Sistemas de Água II - Aula 4 - Coagulação – Mistura
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Aula 4 – Coagulação e Mistura rápida
1 – Coagulação
 O processo de coagulação envolve a aplicação de
produtos químicos para a precipitação de compostos
em solução e desestabilização de suspensões
coloidais de partículas sólidas que não poderiam ser
removidas por sedimentação, flotação ou filtração.
 Os termos “coagulação” e “floculação” são
frequentemente aplicados como sinônimos.
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 Vamos pensar como se fossem duas fases distintas:
 A coagulação é a alteração físico-química de
partículas coloidais da água, produzindo partículas
que possam ser removidas em seguida em por um
processo físico de separação.
 Essa seria a primeira fase: envolve a adição de
coagulantes químicos com a finalidade de reduzir as
forças que mantêm separadas as partículas em
suspensão (processo rápido).
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 A segunda fase seria a floculação: a agitação lenta
do material coagulado promove as colisões entre as
partículas previamente desestabilizadas, formando
partículas de maior tamanho, visíveis a olho nu: os
flocos (processo lento).
 A coagulação acontece através de dois fenômenos:
 O primeiro químico (coagulação = desestabilização
da dispersão coloidal pela supressão da camada
dupla), em que acontecem as reações do coagulante
com a água e a dos precipitados do metal do
coagulante usado.
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 O segundo físico, consiste no transporte dos
precipitados para que haja contato com as impurezas
presentes na água, de maneira que formem
aglomerados maiores.
 Assim, a coagulação (ou mistura rápida) e a
floculação (mistura lenta) são, portanto, processos de
transporte de fluido.
 Como fenômenos de transporte de fluido, a
diferença entre as duas reside no tempo e na
intensidade da mistura, que é definida pelo gradiente
de velocidade.
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 O conhecimento da taxa de união entre as
partículas previamente desestabilizadas (cinética da
floculação), é fundamental para o dimensionamento
das unidades de floculação.
 Os coagulantes usuais incluem sais de alumínio ou
ferro, sendo o mais utilizado é o sulfato de alumínio –
Al2(SO4)3 . 14H2O.
 Em aplicações específicas é comum a adição de
auxiliares de coagulação: polímeros, sílica ativada e
bentonita.
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 O processo de coagulação efetua-se na unidade de
mistura rápida da estação, presente na quase
totalidade
das
tecnologias
de
tratamento
(excetuando-se a filtração lenta).
 O pH de coagulação é um parâmetro crítico na
eficiência do processo, dependendo
 O pH depende do coagulante utilizado, da dose
aplicada e da alcalinidade presente.
 Para otimizar o processo é necessária a realização
de ensaios de coagulação “jar-test”.
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2 – Coloides (suspensão coloidal)
 Coloides formam a linha divisória entre as soluções
e as misturas heterogêneas (tamanho das partículas
se situa entre 10-3 μm e 1 μm (10-6 mm e 10-3 mm).
10-3 m
Partículas
dissolvidas
1 m
Partículas
coloidais
Partículas em
suspensão
 Os coloides estão sempre presentes nas águas
naturais.
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 As partículas coloidais têm uma área superficial
específica muito alta.
 Seu comportamento na suspensão é determinado
pelas suas propriedades de superfície.
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 Apesar dos coloides poderem ser tão pequenas que
a dispersão pareça uniforme, elas são grandes o
suficiente para desviar a luz de modo eficiente (efeito
tyndall).
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 Coloides mais importantes: são aqueles nos quais o
meio dispersante é a água: Hidrofílicos e Hidrofóbicos
 Hidrofóbicos: não sofrem interação com a água
(são instáveis).
 Hidrofílicos: interagem com a água
(são estáveis).
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 Os coloides hidrofílicos são estáveis devido à sua
atração para com as moléculas da água.
 Exemplos: sabão, goma de roupa e detergentes.
 Devido à sua afinidade com água, não são
facilmente removidos de suspensões como os
coloides hidrofóbicos, sendo necessárias dosagens 10
a 20 vezes maiores que as usadas no tratamento
convencional para coagular materiais hidrofílicos.
 Partículas hidrofóbicas não possuindo afinidade
com água, dependem da sua carga elétrica para
manterem sua estabilidade na suspensão.
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Estabilização de um coloide hidrofóbico em água por íons adsorvidos
 As partículas individuais são mantidas separadas
por forças de repulsão eletrostáticas, desenvolvidas
por íons positivos absorvidos na sua superfície
provenientes da solução.
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 Uma analogia é a força repulsiva que existe entre os
polos iguais de duas barras magnéticas.
 Os coloides presentes em sistemas aquáticos
apresentam predominantemente carga elétrica
negativa.
 Reduzindo ou neutralizando sua carga, as partículas
coloidais
irão
progressivamente
aglomerar,
possibilitando sua sedimentação.
Esse é o objetivo da coagulação
química
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 A maior parcela de turbidez oriunda de matérias
orgânica e inorgânica, encontrada nas águas naturais,
é hidrofóbica.
 A magnitude da força repulsiva desenvolvida pela
camada dupla eletrizada dos íons atraídos para uma
partícula é denominada potencial zeta.
 A desestabilização de coloides hidrofóbicos é
obtida através da adição de coagulantes químicos (sais
de alumínio e de ferro).
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 Os íons metálicos hidrolisados, altamente
carregados eletricamente produzidos por esses sais
em solução, reduzem as forças repulsivas entre os
coloides através de compressão da camada dupla
difusa que envolve as partículas individuais.
 Com as forças de repulsão anuladas, a mistura
lenta provoca contato das partículas, e as forças de
atração causam a aglomeração progressiva das
partículas.
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 A remoção da turbidez por coagulação depende do
tipo de coloides existentes na suspensão; da
temperatura, do pH, da composição química da água,
do tipo e da dosagem de coagulantes e auxiliares de
coagulação; e do grau e o tempo de mistura para a
dispersão química e formação de floco.
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Três fenômenos favorecem o desenvolvimento de
carga negativa na superfície das partículas:
1) Para o caso das argilas minerais a carga negativa esta
associada à substituição de silício por átomo de
menor valência na estrutura do cristal (alumínio,
ferro ou magnésio).
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2) O segundo fenômeno refere-se aos grupos carboxilas
ou hidroxilas, presentes na superfície das partículas
→ caso típico de das bactérias agregadas as
partículas → dissociarem-se na água e, dependendo
do pH do meio aquoso, produzirem carga elétrica
negativa.
3) A adsorção de íons na superfície da partícula, de
correntes das forças de Van der Walls e pontes de
hidrogênio.
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3 – Teoria da coagulação (a ideia da DCE)
 Quando as partículas coloidais são dispersas na
água, íons de carga positiva se aproximam (K+, Na+ e
Ca++) e forma-se uma camada de íons positivos e
negativos: Camada compacta ou Camada de Stern.
 Essa camada (CC) é decorrente de forças de
repulsão eletrostática e de atração de Van der Walls
(que atuam a pequenas distâncias).
 Assim, apesar da carga negativa da maioria dos
coloides, a suspensão tende a ser eletricamente
neutra.
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 As estas forças de atração contrapõem-se as forças
difusivas impelidas pelos íons (positivas), nas direções
das menores concentrações iônicas.
 Como consequência, há formação de uma segunda
camada, denominada camada difusa (CD).
 Sua espessura dependerá mais da concentração
iônica do que do tamanho das partículas.
 A carga elétrica que se forma em virtude dessa
camada tende a manter a individualidade das
partículas e a estabilidade da dispersão.
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 A medida que se afasta da superfície da partícula,
menor se torna a concentração de íons ao redor.
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 Como função dessa decrescente concentração de
íons surgem potenciais elétricos de grande interesse
ao processo de coagulação:
1) Potencial existente na superfície da partícula ,
chamado de potencial de Nernst (diminui com a
distância);
2) Potencial existente na interface entre as
camadas aderida e difusa;
3) Potencial existente no plano de cisalhamento
(potencial zeta).
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 Plano de cisalhamento: define a porção de água (e
de íons), que se move juntamente com a partícula.
 Esse plano esta situado entre o limite externo da
camada aderida e o limite interno da camada difusa.
 Stern afirmou que há uma distância mínima entre a
superfície do coloide e os íons de carga contrária, na
qual o potencial elétrico decresce linearmente.
 Em seguida, a diminuição resulta exponencial,
passando pela fronteira das camadas compacta e
difusa, região em que o potencial elétrico é chamado
de Zeta.
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 Não é possível medir o potencial na superfície da
partícula, daí a importância do potencial zeta.
 O potencial zeta consiste na energia eletrostática
(em Volts) a ser aplicada capaz de deslocar um íon de
mesmo sinal do ponto mais remoto da camada difusa
à superfície da camada compactada.
 O potencial zeta é determinado pela medida da
mobilidade das partículas coloidais através de uma
célula, visto através de um microscópio.
 Para as águas naturais o potencial zeta é negativo,
variando geralmente entre -8 mV e -20 mV.
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 A ideia da DCE foi proposta por Helmholtz (AWWA,
2000). que desenvolveu o conceito de um sistema
contendo cargas distribuídas em dois planos paralelos.
 Quando dois coloides semelhantes se aproximam
um do outro, ocorre interação entre as camadas
difusas, fazendo com que haja repulsão em
decorrência da força eletrostática entre os mesmos.
 A energia potencial de repulsão diminui com a
distância a partir da superfície do coloide.
 O potencial zeta diminui com o aumento da
concentração iônica.
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 Existe uma força natural de atração entre duas
massas quaisquer (força de Van der Waals).
 A energia potencial de repulsão é conhecida como
o trabalho necessário para a aproximação de duas
partículas coloidais semelhantes.
 Ela é tanto maior quanto menor a distância entre as
partículas.
 Quando a força iônica é pequena, a energia
resultante é de repulsão e atinge um valor máximo,
denominado de barreira de energia (plano de
cisalhamento)
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 Por isso, o potencial zeta fornece informações
sobre o grau de estabilidade de um sistema coloidal.
 Já quando a força iônica é grande, a energia
resultante pode ser reduzida a ponto de eliminar a
barreira de energia, de modo que as partículas podem
se aproximar sem que haja repulsão entre elas.
Mecanismos teóricos de desestabilização de partículas:
segundo Di Bernardo, atualmente considera-se a
coagulação como o resultado individual ou combinado
da ação de quatro mecanismos distintos:
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 Mecanismos teóricos de desestabilização
de partículas coloidais
1. Compressão da dupla camada.
2. Adsorção-desestabilização ou adsorçãoneutralização ou neutralização.
3. Varredura.
4. Formação de pontes químicas.
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1) Compressão da dupla camada elétrica: o aumento
da concentração de íons ocasiona a compressão da
camada difusa.
 Segundo o modelo de Schulze-Hardy (1900) tal
intento é obtido mais facilmente com a dispersão de
íons de carga positiva trivalentes como ferro e
alumínio.
 Os íons de carga positiva atravessam a camada
compacta → reduzem a magnitude do potencial zeta e
a espessura da dupla camada → permitem a posterior
aproximação das partículas.
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 Dois aspectos devem
mecanismo de coagulação:
i)
ser
destacados
neste
A quantidade de eletrólitos para conseguir a
coagulação é independente da concentração de
coloides na água;
ii) Para qualquer quantidade adicionada de eletrólitos
é impossível reestabilizar as partículas coloidais, ou
seja, a reversão de carga das mesmas, que passa a
ser positiva.
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2) Adsorção-desestabilização
ou
adsorçãoneutralização ou neutralização de cargas: ocorre
imediatamente após a dispersão do coagulante na
massa líquida.
 Dependendo do pH há a formação de carga positiva
que pode ser adsorvida na superfície das partículas,
desestabilizando-as.
 Em alguns casos partículas do coagulante são
adsorvidos na superfície das partículas coloidais →
pode resultar na reversão de carga da partícula e
consequente restabilização da suspensão.
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 Isso explica a existência de uma estreita faixa de
variação em termos de dosagem de coagulante e pH
→ específica para cada água natural.
 O pH usual para coagulação com sulfato de
alumínio esta entre 4,5 e 6,5 (melhor eficiência no
processo de coagulação).
 A adsorção ocorre em intervalo de tempo inferior
a 1 s e elevado gradiente de velocidade.
 Esse mecanismo de coagulação predomina em
estações de filtração direta de escoamento
ascendente e descendente.
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 Nesse caso as partículas desestabilizadas são
retidas no meio granular dos filtros.
 A dosagem do coagulante necessária
neutralização é diretamente proporcional
concentração e a área superficial do coloide.
á
à
 É influenciada pelo número e distribuição dos
tamanho de partículas que constituem a dispersão.
 Águas com alcalinidade e turbidez de mesma
magnitude desestabilizar-se-ão com dosagens
distintas de coagulante.
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 A água que apresentar maior número de partículas
de menor dimensão (maior área superficial), há de
necessitar de uma dosagem mais elevada.
3) Varredura: passa a predominar a medida que, em
função do pH de coagulação, se eleva
progressivamente a dosagem do coagulante.
 Em função das dosagens de coagulante e do pH do
meio, as partículas coloidais são adsorvidas e as
suspensas envolvidas pelo precipitado de hidróxido de
alumínio Al(OH)3 ou de ferro Fe(OH)3.
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 O mecanismo de varredura conduz a dosagens mais
elevadas de coagulante.
 Assim, em geral, o floco formado adquire maior
peso, sedimentando-se ou flotam com mais
facilmente que os flocos obtidos com a coagulação
realizada no mecanismo de adsorção e neutralização
de cargas (densidade relativa de 1,01 a 1,05).
 Entretanto, isso pode favorecer a não
sedimentação e consequente arraste as unidades
filtrantes.
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 Variações no pH de coagulação ou na dosagem de
coagulante podem conduzir à reestabilização das
partículas coloidais e evitar a agregação.
4) Formação de pontes químicas: com o objetivo de
reduzir as dosagens de coagulante e ao mesmo
tempo conferir aos floco maior densidade são
empregados polímeros orgânicos ou sintéticos
(auxiliares de coagulação).
 Esses polímeros são composto orgânicos de longas
cadeias. A coagulação efetua-se por intermédio da
formação de pontes químicas.
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 As partículas coloidais são adsorvidas na superfície
das diversas cadeias dos polímeros.
 A molécula deve ser longa para evitar o efeito
repulsivo da dupla camada e permitir a adsorção em
sua superfície.
 Entretanto a excessiva dosagem de polímeros
evitará a formação de pontes pela ausência de sítios
disponíveis.
 Ao alto custo, quando comparados com sais de
ferro e alumínio.
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 O seu uso apresenta algumas vantagens:
 Formação de flocos mais resistentes à erosão nos
interstícios do meio filtrante;
 Redução do volume de lodo gerado;
 Redução dos gastos com alcalinizante para correção
do pH final → menores dosagens de coagulante
minimizam a queda do pH;
 Maior facilidade de desidratação do lodo gerado
comparada aos sair de ferro e alumínio.
 Os mecanismos de varredura e de neutralização de
cargas são fundamentais nas ETAs.
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Diagrama de coagulação (remoção de turbidez) com o uso de sulfato de alumínio
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 Verificam-se duas regiões principais, a de coagulação
por varredura e a de neutralização de cargas.
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 Nas tecnologias de ciclo completo, a coagulação é
realizada, predominantemente, por varredura.
 Nas ETAs de filtração direta (FDD, FDA e DF), a
coagulação acontece no mecanismo de neutralização de
carga.
 Considerações sobre diagramas de coagulação:
 As regiões delimitadas pelas linhas são sensíveis às
características de cada água podendo sofrer oscilações.
 Cada estudo exige a construção de um diagrama de
coagulação específico, para que sejam definidas regiões
de melhor remoção para a água em questão.
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 A condição apropriada de coagulação (dosagem de
coagulante x pH de coagulação) para cada tecnologia de
tratamento pode ser obtida em equipamento de
laboratório chamados Jartest.
4 - Tipos de coagulantes e suas propriedades
 As propriedades das águas provenientes de rios
variam com grande facilidade (sazonalmente e devido
ao descarte de esgotos e outros agentes poluidores).
 Isso torna o tratamento complexo, exigindo uma
flexibilidade operacional a fim de atender as variações
da qualidade da água.
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 Critérios para definição do tipo de coagulante a ser
utilizado (literatura clássica):
 A tecnologia de tratamento;
 O custo de manutenção da estação (manutenção
dos tanques e dosadores);
 O custo dos coagulantes e dos demais produtos
químicos associados (alcalinizantes, ácidos ou
auxiliares de coagulação).
 Entretanto, segundo Di Bernardo e Richter, a
característica da água bruta é um dos fatores mais
importantes.
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 O principal resíduo gerado nas ETAs, o lodo nos
decantadores, vai depender dessa característica.
 Os dois componentes principais dos resíduos do
tratamento de água (RTA) são:
 Os materiais contidos na água (solúveis ou
insolúveis)
 Os coagulantes utilizados para a remoção destes
materiais.
 As características químicas e físicas dos RTA variam
conforme a composição química do coagulante.
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 Problemas com o manuseio, tratamento e
disposição dos RTA são minimizados ajustando-se o
processo de coagulação ou mudando o coagulante.
 Obs: O desempenho da coagulação pode
apresentar diferenças quando se utilizam coagulantes
de mesmo nome fornecidos por empresas diferentes.
 Isso se deve à variação das concentrações de
impurezas no material utilizado em sua produção.
 Devem ser estudas as propriedades do lodo gerado
a fim de equalizar soluções que minimizem os
problemas advindos do seu manuseio e disposição.
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 A maioria dos coagulantes utilizados são metálicos
(a base de alumínio ou ferro) e são classificados como
coagulante superiores. Outras espécies utilizadas são
os coagulantes naturais e polímeros.
 A utilização de polímeros é bastante restrita devido
o seu custo elevado e potencial de geração de
resíduos tóxicos na água tratada.
 Já a utilização de coagulantes naturais vem sendo
alvo de estudos a fim de determinar a sua eficiência e
a viabilidade de se tornarem substitutos dos
coagulantes superiores.
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 Entretanto, nas ETAs brasileiras, a sua utilização é
limitada à auxiliar dos coagulantes metálicos.
 Os coagulantes de origem orgânica naturais são
conhecidos como polieletrólitos.
 São constituídos de grandes cadeias moleculares
(dotados de sítios com cargas positivas ou negativas).
 Apenas os polieletrólitos catiônicos podem ser
utilizados sem a aplicação do coagulante primário.
 A presença de um coagulante orgânico na água
pode aumentar o teor de matéria orgânica e causar o
aparecimento de sabor e odor desagradáveis.
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 Dentre os coagulantes naturais, destaca-se a
quitosana, que é proveniente da quitina e coagulantes
de origem vegetal a base de tanino.
 Os coagulantes naturais têm vantagens em relação
aos coagulantes químicos como:
 Menor custo;
 Uso de matéria orgânica renovável;
 Biodegradabilidade; menor geração de massa de
lodo;
 Geração de lodo orgânico com maior facilidade de
eliminação.
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 Como auxiliares de coagulação apresentam
vantagens como:
 Redução do consumo do coagulante primário;
 Redução dos gastos com produtos químicos;
 Redução no volume do lodo no decantador.
 O sulfato de alumínio e cloreto férrico,
pertencentes ao grupo dos sais metálicos simples
contendo os íons Al+3 ou Fe+3, são os mais estudados e
usados.
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 SULFATO DE ALUMÍNIO.
 Fórmula molecular Al2(SO4)3.nH2O.
 Em que n é número de moléculas de água de
hidratação, que varia dependendo do produto, sendo
14 ou18.
 É caracterizado pela cor branca-acinzentada, sendo
o coagulante mais utilizado nas ETAs brasileiras,
devido ao seu baixo custo e eficiência.
 É sintetizado pela dissolução de hidróxido de
alumínio, Al(OH)3, em ácido sulfúrico, H2SO4:
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2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 + 3 H2O → Al2(SO4)3.6H2O
 É disponibilizado seco em pedras ou granular, ou
líquido (em soluções).
 O produto seco tem entre 14 e 18 % de Al2O3.
Líquido apresenta um teor padronizado de 8%.
 É capaz de promover coagulação efetiva em faixas
de pH que vão de 5 a 7. Fora dessa faixa é impraticável
a coagulação com sulfato de alumínio.
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 O sulfato de alumínio em solução é um ácido
corrosivo, devendo ser armazenado em tanques com
revestimento de borracha, plástico, epóxi ou aço
inoxidável.
 Sulfato de alumínio adquirido na forma sólida:
• Dosagens de coagulante: (5 mg/L a 100 mg/L).
• Sacos com 25 kg e 40 kg de capacidade.
• Pureza: 90% a 95%.
• Massa Específica Aparente: 700 a 800 kg/m3.
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FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho
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 Sulfato de alumínio adquirido na forma líquida:
• Dosagens de coagulante: (5 mg/L a 100 mg/L).
• Produto adquirido na forma líquida.
• Caminhão tanque.
• Pureza: 50 %.
• Massa Específica: 1.300 kg/m3.
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FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho
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 Com a adição de sulfato de alumínio a água é
produzido CO2, que é o responsável pela diminuição
da alcalinidade e o Al(OH)3 que é o hidróxido
responsável pela formação dos flocos.
 A reação do sulfato de alumínio com a água pode
ser representada por:
Al2(SO4 )3.18H2O + 3Ca(HCO3)2 → 3CaSO4 + 2Al(OH )3↓ + 6CO2
 1 mg/L de sulfato de alumínio produz 0,26 mg/L de
Al(OH)3.
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 Para a correção de alcalinidade natural são
utilizados cal, carbonato de sódio (barrilha) ou soda
cáustica :
 Cal:
Al2(SO4)3.14H2O + 3Ca(OH)2 → 2Al(OH)3↓ + 3CaSO4+ 6H2CO3 + 14H2O
 Carbonato de sódio :
Al2(SO4)3.14H2O + 3Na2CO3 → 2Al(OH)3↓ + 3Na2SO4 + 11H2O
 Soda cáustica :
Al2(SO4)3.14H2O + Na(OH) → 2Al(OH)3↓ + 3Na2SO4 + 14H2O
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 Normatização: a ABNT possui uma norma que fixa
as condições exigíveis para o fornecimento e
recebimento do sulfato de alumínio para utilização no
tratamento de água destinada ao abastecimento
público.
NBR 11176 Sulfato de alumínio: ela fixa condições
relativas às características de apresentação,
embalagem, armazenamento, inspeção, aceitação e
rejeição, e condições específicas, que englobam
composição química e granulometria.
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 CLORETO FÉRRICO
 É representado pela fórmula molecular FeCl3.6H2O.
 Pode ser encontrado na forma líquida e sólida.
 Propriedades corrosivas. Sua manipulação exige
cuidados especiais (utilização de equipamentos de
segurança e recipientes anticorrosivos).
 Matérias para o seu armazenamento: PVC, PRFV
(plástico reforçado por fibra de vidro), polietileno,
polipropileno, poliéster.
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 Sua utilização é feita em associação com cal
(atualmente o uso de cloreto férrico em ETA não é
muito difundido).
 Quando ocorre a hidrólise do cloreto férrico, os
complexos de ferro formados adquirem cargas
positivas.
 A agregação das partículas é resultante da
neutralização das cargas negativas dos sólidos da água
pelos complexos de ferro dotados de caga positiva.
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 Alcalinidade natural:
2FeCl3.6H2O + 3Ca(HCO3)2 → 2Fe(OH)3↓ + 3CaCl2+ 6CO2 + 6H2O
 Cal:
2FeCl3.6H2O + 3Ca(OH)2 → 2Fe(OH)3↓ + 3CaCl2+ 6CO2 + 6H2O
 Carbonato de sódio :
2FeCl3.6H2O + 6H2O + 3Na2CO3 → 2Fe(OH)3↓ + 6NaCl+ 3CO2 + 9H2O
 Soda cáustica :
2FeCl3.6H2O + 6H2O + 3 Na(OH) → 2Fe(OH)3↓ + 3NaCl + 6H2O
 1 mg/L de cloreto férrico produz 0,40 mg/L de Fe(OH)3.
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Diagrama de coagulação com o uso de cloreto férrico
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 Existem três regiões típicas:
A região A, em que a coagulação é decorrente do
mecanismo de varredura.
 O pH é compreendido entre 6 e 9.

 A a dosagem de cloreto férrico de FeCl3.6H2O, entre
27 e 270 mg/L.
 A região B, em que há predominância do mecanismo
de coagulação por adsorção e neutralização de carga.
O pH por volta de 4,5 a 6,0;
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 Dosagem de cloreto férrico variando de 27 a 270
mg/L.
 A região C, onde geralmente para valores de pH
inferires a 6,0. Dependendo da dosagem de cloreto
férrico, ocorre a reestabilização.
 SULFATO FÉRRICO.
 É
representado
Fe2(SO4)3.8H2O.
pela
fórmula
molecular
 Pode ser encontrado na forma líquida e sólida.
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 Propriedades corrosivas quando em solução.
 Quando sólido é fornecido em forma granular, com
composição em peso de 68% a 78% de Fe2(SO4)3.
 Quando líquido em solução 50% de Fe2(SO4)3 ou 756
kg/m3 de concentração, com densidade de 1,5.
 Alcalinidade natural:
Fe2(SO4)3 + 3Ca(HCO3)2 → 2Fe(OH)3↓ + 3CaSO4+ 6CO2
 Cal:
Fe2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 → 2Fe(OH)3↓ + 3CaSO4
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 Carbonato de sódio :
Fe2(SO4)3 + 3H2O + 3Na2CO3 → 2Fe(OH)3↓ + 3Na2SO4 + 3CO2
 Soda cáustica :
Fe2(SO4)3 + 6Na(OH) → 2Fe(OH)3↓ + 3Na2SO4
 1 mg/L de sulfato férrico produz 0,54 mg/L de
Fe(OH)3.
 Todos os coagulantes férricos são eficientes em
uma larga faixa de pH que vai de 4 a 11.
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 Outro composto de ferro que pode ser utilizado é o
sulfato ferroso Fe2SO4.7H2O.
 Ele produz hidróxido férrico somente a pH acima
de 9.
 O sulfato ferroso com cal encontram seu uso no
abrandamento (redução da dureza) da água.
 Em reação com o cloro, o sulfato ferroso produz
sulfato férrico e cloreto férrico, com aplicabilidade de
pH 4 a 11.
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Cloreto e sulfato férrico adquirido na forma liquida
FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho
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 NA PRÓXIMA AULA:
• Gradiente de velocidade.
• Dispositivos de mistura rápida.
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Coloides - Departamento de Engenharia Ambiental