Ensaio
André Roncaglia de Carvalho e Nelson Cantarino
Um mundo em três
velocidades, mas em
qual direção?
A
economia é uma ciência triste. Triste porque não é, em verdade, uma
ciência exata, aborrecendo seus leitores com mudanças bruscas e irregularidades inesperadas. O domínio do futuro é a alquimia perseguida pelo economista. Mas, parafraseando o velho Chico, a coisa “vai mal, mas
vai mal demais”.
Um ditado da profissão diz que o economista faz a boa fama do meteorologista. Prever o que vai acontecer é fácil quando nada muda. No entanto,
apreender como os movimentos gerais das médias emprestam sentido aos
comportamentos individuais é tarefa espinhosa, repleta de atalhos sedutores
que convidam à ingenuidade das explicações simplórias.
Em vez de prever com a precisão da segunda casa decimal, propomos uma rápida olhadela no que vem ocorrendo com o mundo. A desaceleração é nítida.
Entretanto, pode-se notar no gráfico à direita, que as barras azul-claras – representadas pelos países em desenvolvimento – respondem por grande parte
do crescimento econômico, isto é, pela altura da linha vermelha. Por outro
lado, a barras azul-escuras vão perdendo robustez, refletindo a tendência à
estagnação a que vêm sendo submetidas as economias industrializadas.
Divisão
O Fundo Monetário Internacional divide o mundo
em duas categorias, como se pode notar no gráfico acima. Todavia, essa visão agregada faz injustiça
com a realidade, encobrindo peculiaridades que não
podem escapar ao analista. Portanto, dividiremos o
mundo em três grandes blocos, funções da velocidade com que vêm andando os negócios nas economias
que os compõem, a saber:
1.Europa em longa estagnação e submersa
em incertezas
2.EUA em lenta recuperação
3.Economias emergentes: pouso suave
ou forçado?
PIB Mundial
% de um ano para o ano
Economias desenvolvidas
Mundo
Economias em desenvolvimento
6
4
2
+
0
2
4
2007
08
09
10
11
* Estimativa baseada em 52 países que
representam 90% do PIB mundial
Fonte: The Economist
Crescimento do PIB Real (%)
Gráfico em linhas
Emergentes
5
EUA
Eurolândia
2,5
0
-2,5
-5
O gráfico à direita permite visualizar os diferentes
ritmos com mais nitidez.
52 | geografia | conhecimento prático
2007
1985
1990
Fonte: Fundo Monetário Internacional
1995
2000
2005
2010
2016
Porém, devemos nos indagar quanto ao significado dessas tendências. Para tanto, um
quadro analítico que nos permite identificar
com mais clareza a dinâmica embutida nas
relações entre esses grandes blocos destacados pelo gráfico acima é fornecido pelo historiador Fernand Braudel.
Braudel fazia uma distinção interessante entre economia mundial e economia-mundo. A
economia mundial abrangia a Terra inteira,
todos aqueles que no mundo não industrializado dedicavam-se ao comércio. Já as economias-mundo envolviam partes autônomas
dessa economia mundial, regiões economicamente independentes que bastavam a si
próprias e as quais suas ligações internas lhe
davam unidade. A China levou sua influência durante a Idade Moderna às vastas regiões
vizinhas: a Coreia, ao Japão, ao Vietnã e por
grande parte do Sudoeste Asiático. A Índia
transformou o Oceano Índico em seu mare
nostrum, estendendo seu comércio das costas
orientais do continente africano até as ilhas
do arquipélago malaio.
Parte significativa dos emergentes são economias-mundo que se entrelaçam no mercado
global, levando sua influência para outras
regiões distantes de suas áreas originais. Estamos assistindo à diversificação da dinâ-
mica da economia mundial, onde inúmeros
centros regionais estão buscando o palco até
então ocupado pelos EUA e seus antecessores
da Europa ocidental.
o PRoBLEMA DAs
EXPECTATivAs
O índice de indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi publicado
nesta segunda-feira, indicando aquilo que já
se temia há tempos: a atividade econômica
mundial vai se desacelerando.
O índice da OCDE busca apresentar sinais
antecipados de pontos de inflexão entre expansão e desaceleração da atividade. Baseiase em vários de indicadores que historicamente apontam para mudanças no ritmo da
economia.
O gráfico abaixo evidencia o comportamento
agregado de todos os países que compõem a
OCDE (os países desenvolvidos), os quais representam cerca de 85% do PIB mundial. Valores acima de 100 indicam que o crescimento econômico está acima da sua tendência de
longo prazo, indicando aceleração; valores
abaixo de 100 indicam crescimento abaixo
de sua taxa história, indicando desaceleração
da atividade econômica.
Desaceleração da OECD
110
105
100
95
90
85
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Fonte: Dados compostos com base no banco de dados da OECD
2007
2008
2009
2010
2011
FERNAND BRAUDEL (1902-1985)
Historiador francês, um dos expoentes
da escola dos Annales e autor de obras
seminais como O Mediterrâneo e o
Mundo Mediterrâneo na Época de Felipe
II (1966) e Civilização Material, economia
e capitalismo, Séculos XV-XVIII (1979).
Formado em história pela Faculté des
lettres da Universidade de Paris (Sorbonne), ensinou vários anos na Argélia
(1923-1932) enquanto trabalhava em
sua pesquisa sobre Felipe II de espanha
e o Mediterrâneo. Nos anos 30 integrou
o grupo de intelectuais franceses ativos
no estabelecimento da Universidade
de São Paulo. Braudel permaneceu no
Brasil lecionando por dois anos (193537) até ser nomeado para a seção de
ciências da École Pratique des Hautes
Études, em Paris. Após a 2ª Guerra
Mundial (1939-1945), tornou-se professor do collège de France (1949) e
diretor do centre de recherches Historiques da École des Hautes Études, uma
organização não governamental ligada
à pesquisa e desenvolvimento das ciências Humanas. como Administrador
da Maison des Sciences de l’Homme,
dirigiu, ainda, a revista Annales, economies, Sociétés, civilisations. Sua obra
em torno do Mar Mediterrâneo na época de Felipe II trouxe inovações metodológicas ao recorrer à Geografia – ou à
Geo-História – abordando não apenas
questões políticas e econômicas, mas
também a interação dos homens com
o ambiente natural e com o espaço
concebido geograficamente. Aqui
Braudel destrincha seu objeto com o
exame de três temporalidades distintas
(a longa, a média conjuntural e a curta
duração, o acontecimento), cada qual
com seu ritmo próprio. Uma verdadeira
polifonia onde a longa duração é “uma
história quase imóvel... uma história
lenta a desenvolver-se e a transformarse, feita muito frequentemente de
retornos insistentes, de ciclos sem fim
recomeçados.”
em Civilização Material, economia e
capitalismo, Séculos XV-XVIII (1979),
Braudel se empanha no esforço de destrinchar a dinâmica do desenvolvimento capitalista por toda Época Moderna,
hierarquizando hegemonias e refazendo o percurso da economia comercial
até a industrialização.
geografia | conhecimento prático | 53
Ensaio
André Roncaglia de Carvalho e Nelson Cantarino
Índice de indicadores antecedentes – Ásia (selecionado)
Base 100 = tendência de longo prazo
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11
A seguir, apresentamos os indicadores para
China, Coreia do Sul e Japão. Como se nota,
o Japão se mantém em forte ritmo de crescimento (6% nos últimos 12 meses), porém, os
esforços do governo em contrapor os efeitos
dos desastres naturais sofridos pelo país não
serão sustentados por muito tempo. China
e Coreia do Sul parecem apresentar sensível
arrefecimento de sua atividade econômica.
Fonte: OECD
Japão
Coreia do Sul
China
Índice de indicadores antecedentes
Base 100 = tendência de longo prazo
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A economia dos EUA apresenta tendência de
acomodação do ritmo de crescimento à sua
taxa histórica. Já a Zona do Euro agregada
mostra forte desaceleração. A OCDE entende que o Brasil sofrerá intensamente os efeitos da crise, caindo sensivelmente abaixo de
sua taxa histórica de crescimento econômico,
o que parece reforçar os receios da equipe
econômica do governo Dilma e do Banco
Central do Brasil quanto à desaceleração da
economia brasileira.
EUA
Fonte: OECD
Brasil
Zona do Euro
Índice de indicadores antecedentes – Europa (selecionado)
Base 100 = tendência de longo prazo
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11
Por fim, se abrirmos os dados da Europa, selecionando as maiores economias e a Grécia,
a situação é ainda mais dramática. Os indicadores antecipam forte queda no ritmo de
crescimento da atividade econômica da Alemanha, França e Itália (as três maiores economias do bloco). São evidentes os sintomas
da crise financeira que se propaga pelo continente. A Grécia não dá sinais de qualquer
melhoria.
Fonte: OECD
54 | geografia | conhecimento prático
França
Alemanha
Grécia
Itália
A conclusão a que se chega é a de que se crescimento econômico é,
nas palavras de Keynes, um estado de espírito, podemos dizer que
o desânimo tomou conta da economia mundial. Saídas fáceis não
existem. Concertos entre nações parecem difíceis, dado que se estabelece o “salve-se quem puder”. Os chamados “efeitos de composição” têm visto aumentar seu risco de ocorrência. Eles significam
que a saída para um problema que resulta da ação composta de vários agentes é ineficaz quando todos a buscam simultaneamente.
O mundo precisa de liderança e os olhos se voltam para o Leste
Asiático. Por enquanto, a China faz-se de desentendida. A Europa
agoniza e os EUA lavam suas mãos.
Mas será que o desarranjo econômico que estamos observando é estrutural? A prosperidade dos emergentes é sustentável? Ou somos
testemunhas de mudanças conjunturais no sistema econômico capitalista no qual o centro de seu poder está migrando para o oriente?
Em uma breve comparação histórica podemos relembrar a interpretação de Charles Kindleberger acerca dos motivos e da intensidade
da Grande Depressão que assolou a economia mundial na década de
1930. Sua desproporcionalidade estava baseada em um vácuo de hegemonia no centro do sistema monetário internacional. Nessa época,
o poder financeiro global ainda flutuava entre a City londrina e Wall
Street. Focados em seus problemas domésticos, as autoridades britânicas e os burocratas de Washington não atuaram como uma força
estabilizadora, o que os obrigaria a assumir a responsabilidade por
cinco funções básicas:
1. Manter um mercado relativamente aberto para as mercadorias sob pressão;
2. Garantir empréstimos de longo prazo contra-cíclicos;
3. Preservar um sistema relativamente estável de
taxas de câmbio;
4. Assegurar a coordenação das políticas macroeconômicas;
5. Atuar como emprestador de última instância, garantindo
liquidez nas crises financeiras.
As lições da história econômica serviram de exemplo e o governo norteamericano não pestanejou em garantir a liquidez de seu mercado financeiro quando algumas de suas principais instituições privadas ruíram. Os
organismos internacionais herdados do Sistema de Bretton Woods, tais
como FMI e Banco Mundial, ainda podem cumprir parte de seus papéis
de coordenação de políticas macroeconômicas e em escala limitada garantir a liquidez em alguns mercados, no caso da Europa com uma mãozinha do recém-criado Mecanismo Europeu de Estabilidade.
Com a desaceleração das economias avançadas do ocidente e a impossibilidade de o poderio norte-americano continuar a se financiar
através de sua dívida pública, uma atuação consciente das autoridades
chinesas seria uma válvula de escape para ao menos três das funções
básicas propostas por Kindleberger: manter um mercado consumidor aberto para os produtos sob pressão, rever a política de desvalorização de sua taxa de câmbio e garantir a liquidez internacional, seja
por empréstimos, seja pela compra de títulos de dívidas, especialmente na Zona do Euro.
gEoECoNoMiA E ARRANjo iNTERNACioNAL
1
O gráfico abaixo mostra, no topo, os emergentes crescendo rapidamente, desde 2008, apesar de já demonstrarem alguma desaceleração. Os eUA e a Alemanha em marcha lenta, à meia altura do gráfico, seguidos pela
eurolândia e os “malfeitores” periféricos, Itália e espanha (ao menos aos olhos da Alemanha).
Avaliação anual
PIB e emprego
15
10
china
Índia
Brasil
Alemanha
PIB
5
-
0
+
5
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20
25
30
Emprego
35
40
eUA
Zona do euro
Japão
espanha
Itália
Fonte: Haver Analytics
geografia | conhecimento prático | 55
Ensaio
2
essa configuração agregada permite que
extrapolemos algumas tendências em direção ao futuro, de sorte a delinear a nova
geoeconomia que vai se esboçando – é
preciso ressaltar – no horizonte do visível.
O gráfico abaixo indica o prazo para que a
china supere os eUA, ao menos em termos
de PIB. Atualmente, os eUA esbanjam um
PIB de cerca de US$ 15 trilhões, enquanto
a china exubera US$ 7 trilhões.
PIB per capita
Previsão de 2007 a 2012
EUA
10 2018
10 +
Inglaterra
60
eUA
50
França
40
Japão
30
Alemanha
4
2016
2021
A preços correntes e taxas de câmbio do mercado
Se analisarmos as previsões feitas pela
revista britânica The economist (gráfico ao lado), observaremos o comportamento esperado do crescimento
econômico (gráfico à esquerda) e para
a inflação ao consumidor (gráfico à direita). É interessante notar como os eUA
e a Austrália são os únicos a estabilizar o
PIB, ao passo que eurolândia, Inglaterra
e Japão imbicam para baixo.
56 | geografia | conhecimento prático
40
50
60
Índia
0
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Brasil
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2006
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rússia
20
2001
10
china
Fonte: Unidade de Inteligência Econômica
Austrália
Canadá
EUA
Japão
Inglaterra
EUA
Zona do Euro
Previsão para 2012
Previsão do PIB para o ano
Previsão de consumo para o ano
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
2011
Previsão por mês
Fonte: The Economist poll of forecasters
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Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
2011
Previsão por mês
2012
1
NASA/JPl-cAlTecH
70
tem 1,4 bilhões de pessoas em torno
de si. Mesmo assim, o gráfico abaixo
mostra como o crescimento PIB per
capita chinês dá um baile no norteamericano, tendo crescido mais de
50% entre final de 2007 e 2012.
É claro que quando se divide o valor
do PIB pelas suas respectivas populações, os eUA ainda estão muito à
frente, uma vez que a produção desse
país é dividida entre 300 milhões de
pessoas, ao passo que o bolo chinês
China vs PIB dos USA
China
3
André roncAgliA de cArvAlho e nelson cAntArino
5
A seguir, um inventário das expectativas de crescimento dos países com trajetórias de aceleração (à esquerda) e daqueles com tendências de encolhimento
da produção (à direita). É indiscutível que algo se desenha no horizonte das
possibilidades. Os países mais pobres e em desenvolvimento aceleram suas
atividades, aumentando o emprego e acumulando capitais. Os mais ricos parecem ter alcançado uma velocidade de estol.
Previsão do PIB para o ano
0
5
10
15
20
25
25
20
15
10
5
0
Sudão
Líbia
Mongólia
Grécia
Macau
Portugal
Angola
Suíça
Iraque
Itália
Nigéria
Luxemburgo
Quatar
Holanda
Uzbequistão
Espanha
Butão
Alemanha
China
Irlanda
NASA/Darrell L. McCall
Fonte: Unidade de Inteligência Econômica
Será essa a grande convergência de que os economistas falam há tanto tempo? Seria um
imperativo histórico o alcance pelos atrasados dos países avançados? Ou será apenas uma
circunstância específica precipitada pela crise de 2008 que, ao tornar público o problema
dos bancos privados americanos e europeus, aglutinou no presente os problemas a emergir
de forma escalonada em um futuro esparso? Em outras palavras, haveria mesmo uma convergência em pleno movimento ou novamente seria tão somente um espasmo econômico
rapidamente superado pela tecnologia das economias desenvolvidas?
Novo jogo
A bola agora está com a China e seus zagueiros
emergentes. Muitos ainda se impressionam com o
crescimento econômico alucinante que o Império
do Centro atingiu desde as reformas pró-mercado
de Deng Xiaoping, na década de 1980. Aqui, não
podemos esquecer as lições do historiador francês
Fernand Braudel. O império chinês sempre foi o
centro de um dos mercados regionais mais pujantes
e prósperos da economia mundial, uma economiamundo por direito.
Conjuntural ou não, a crise demonstra os limites de
um processo de globalização baseados na ideologia
neoliberal em que os mercados substituíram os Estados como organizadores da interação econômica.
A lição que podemos tirar da experiência chinesa é
que a atuação estatal ainda é a base do crescimento
planejado. O tão falado “Capitalismo de Estado” na
verdade não é fundamentalmente distinto de experiências vitoriosas de desenvolvimento econômico
como as industrializações tardias do século 19.
Ao contrário da opinião de muitos críticos, o
sistema capitalista não está agonizando. Ironicamente, ao abraçar o capitalismo, o governo comunista chinês lhe deu fôlego. Hoje, a sociedade
chinesa apresenta os problemas típicos do capitalismo desenfreado: distribuição de riquezas desigual, consumismo, luta de classes e descaso com
o meio ambiente.
André Roncaglia de
Carvalho é mestre em Economia
Política pela PUC-SP e doutorando
do Programa de Economia do
Desenvolvimento – IPE-USP. Atua
como pesquisador nas áreas de
Economia Monetária, História
do Pensamento Econômico,
História Econômica do Brasil
e Macroeconomia. É professor
de Fundamentos da Economia,
Macroeconomia e Economia
Brasileira pela Fundação-Escola
de Comércio Álvares Penteado
(FECAP).
e-mail: [email protected]
Nelson Cantarino é
mestre em História Social pela
Universidade Federal Fluminense
(UFF) e doutorando do Programa
de História Social – FFLCH-USP.
Atua como pesquisador nas áreas
de História das Instituições, História
do Pensamento Econômico,
História Econômica Geral e do
Brasil. É professor de Formação
Econômica do Brasil, Economia
Brasileira Contemporânea e
História Econômica Geral na
Fundação-Escola de Comércio
Álvares Penteado (FECAP). e-mail:
[email protected]
geografia | conhecimento prático | 57
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