Todos pela educação
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JUNHO 2009
Página
Responsabilidade Social
03
A JUSTIÇA no Brasil,,,
05
O que a TV fez com a menina Maísa...
06
Dia dos namorados...
07
LAZER um direito de todos...
08
Os perigos do refrigerante
09
A violência Escolar
10
FESTAS JUNINAS
11
Limitações sociais
12
Hortas orgânicas
13
A menstruação chegou !!!
14
Estresse e Coração
15
Minha proposta de paz social
16
Caros leitores e amigos
a nossa GAZETA
está se readequando
como multiplicador de conhecimento
e veículo de divulgação de nossos
Projetos Sociais
Estudo sobre Valores
Sociais
Disponibilizamos para douwload em PDF um
estudo sobre comportamento e valores pessoais e sociais efetuado em Portugal, que pode
nos dar uma idéia de como os problemas são
mais comuns do que possamos imaginar.
O Trabalho tem por título “Análise Psicológica”
e por tema:
“Erro educacional fundamental nos domínios
moral, pró-social e acadêmico: Dados empíricos e implicações emocionais.”
Trata-se de um Estudo muito rico em direcionamentos educacionais e que julgamos de
muita atualidade e utilidade, para o desenvolvimento de trabalhos, sobre Educação Moral e
Cívica.
Vale a pena conferir.
www.gazetavaleparaibada.com/
comportamento.pdf
Não há dúvida de que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento do país e o
engrandecimento do seu povo, mas a educação deve ser de alta qualidade e que os recursos a ela
destinados sejam aplicados na integralidade com essa finalidade de forma inteligente e que maximizem os resultados desejados.
O arcabouço legal que rege a política de educação brasileira é composto, entre outros, pela Constituição Federal (CF) de 1988 (e suas emendas), pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB – de 1996) e pelo conjunto de normas e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE).
A Constituição Federal determina que os estados devem atuar no ensino fundamental e médio e só
devem oferecer ensino superior quando já tiverem atendido todas as demandas nesses dois níveis
de ensino. Aos municípios cabe a oferta de ensino infantil e fundamental. À União cabe ofertar o
ensino técnico e superior e direcionar recursos aos outros componentes da federação para que
ofertem ensino de qualidade além de fiscalizá-los.
A estrutura de financiamento da educação é regida pela Constituição que determina que 18% dos
recursos da União deverão ser aplicados na educação e que 25% dos recursos dos estados e municípios deverão ser direcionados para educação. Em 1996 foi criado o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) que tinha como objetivo determinar um gasto por aluno/ano, melhorar a remuneração do professor e teve vigência até
2007, sendo substituído por outro programa semelhante, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que tem duração prevista de 14 anos. Entretanto, dados os desníveis econômicos regionais, embora os estados
e municípios sejam responsáveis por gerir esse fundo, se algum componente da federação não
consegue com o percentual de recursos determinado pela Constituição Federal (25% de seus recursos) chegar ao gasto mínimo por aluno definido nacionalmente a União tem a responsabilidade de
complementar. Em valores de 2005, os gastos com educação pelo setor público saltaram em 1995
de R$ 61,376 bilhões para R$ 86,953 bilhões em 2005, um aumento de 41,67% nesses onze anos. Os
estados em 1995 gastaram R$ 29,6 bilhões e em 2005 os seus gastos foram de R$ 36,5 bilhões, representando um aumento de 23,2%. Os municípios, em 1995 gastaram R$ 17, 143 bilhões, em 2005
os seus gastos foram de R$ 33,83 bilhões, representando um aumento de 97,34%. Os gastos diretos
da União variaram muito pouco nesse período, passaram de R$ 14,6 bilhões para R$ 16,6 bilhões,
um aumento de apenas 13,76%. Esses números refletem a descentralização do ensino que já vinha
ocorrendo há vários anos e se aprofundou nos últimos 15 anos e a priorização em gastos com o
ensino fundamental. É interessante verificar que os gastos do setor públicos em 2005 58,9% eram
direcionados para o ensino fundamental, 17,2% para o ensino superior, 10,5% para o ensino médio
e profissionalizante, 7,1% para as crianças de zero a seis anos e 6,2% foram direcionados para outros tipos de ensino. Deve-se observar também que os baixos valores da União devem-se principalmente à aprovação no Congresso Nacional da Desvinculação de Receitas da União(DRU) que diminui em 20% dos recursos vinculados, como é o caso dos recursos destinados à educação.
Um povo bem educado é estar preparado para os desafios que são impostos pela competição cada
vez mais forte dos outros países que com sua alta produtividade e tecnologias avançados nos impõe constantes embates no dia-a-dia no comércio, na industria e na prestação de serviços. Essa
preparação deve ser ofertada pelo governo, em seus três níveis, ou quando não for possível a oferta direta deve ser subsidiada para aqueles que não podem pagar uma boa formação em escolas
particulares. Apesar de ter havido um progresso muito significativo nos últimos 15 anos, há inda
muito para ser feito. Fundamentalmente, além das ações já tomadas, deve ser melhorada a qualidade do ensino, dando ênfase ao ensino profissionalizante concomitante com o ensino tradicional,
aumentando mais o tempo diário de aula, elevando o rigor nas avaliações, incentivando o docente
com treinamentos e remuneração e universalizar o ensino médio. Essas são algumas providências
que se forem tomadas certamente elevariam muito o nosso nível educacional e conseqüentemente
o progresso social e econômico de nosso País.
Conheça mais sobre tradições culturas e regiões do Cone Leste Paulista - acesse - www.conelestepaulista.brazi.us
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 02
Crônica do mês
Porque os Planetas são redondos?
Caros leitores, amigos, professores, diretores e educadores.
O nosso jornal mensal, veículo que se pretende que seja um multiplicador de
conhecimentos, está se readaptando, para que se torne um elemento de interação entre os projetos desenvolvidos pela OSCIP “Associação, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Cone Leste Paulista” que usa a sigla “Formiguinhas do Vale”.
Assim, neste mês, publicamos apenas alguns assuntos de arquivo de nossa
redação e outros publicados em sites especializados, que são de interesse e
bandeiras do Projeto Social “Formiguinhas do Vale”.
Entre os Projetos Sociais, da OSCIP “Formiguinhas do Vale” destacamos o
projeto “Viveiro Escola Planta Brasil Figueiredo Ferraz”; “Uma horta orgânica
em cada casa”; “Um Viveiro de árvores nativas em cada Escola”; o projeto de
iniciação musical “SaciArte” diretamente ligado ao também projeto comunitário “Arte & Sobre”, que tem por finalidade o desenvolvimento do artesanato
local e sua divulgação e promoção. Concomitantemente estamos também implantando um projeto social dedicado aos idosos da Comunidade de uma
parte esquecida da Região Leste da cidade de São José dos Campos - Brasil,
cujos detalhes serão oportunamente divulgados.
Aguardem, pois os conteúdos que passarão a ser divulgados, certamente em
muito lhes ajudarão na formatação de aulas sobre, Meio Ambiente, Ecossistemas, Aquecimento Global, Música de Raiz, Tradições Populares e Culturas
regionais.
O mundo é uma bola. Ou, pelo
menos, parece uma. Mas o formato arredondado não é exclusividade da Terra entre os planetas do
sistema solar. Mercúrio, Marte,
Vênus, Júpiter e os demais também são redondos, e não se trata
de uma simples coincidência segundo o pesquisador José Williams Vilas Boas, da Divisão de
Astrofísica do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE).
O especialista explica que os planetas têm esse formato pela combinação de dois fatores: a força
da atração da gravidade e a sua
massa. Todos os corpos no espaço se atraem entre si, pela gravidade, que é maior quanto maior
for a massa do planeta. Na Terra,
por exemplo, é essa força que
nos puxa para o chão, que faz
com o que os objetos caiam no
solo, que mantém os oceanos
presos à superfície e que impede
que os gases da atmosfera escapem para o meio interplanetário.
E essa força é tão grande no caso
dos planetas, lembra Vilas Boas,
Filipe de Sousa
Educação, Meio Ambiente e a Verdade
Por: Luciane Dorta
Segundo o dicionário da
Língua Portuguesa da Melhoramentos, Educação
significa:
1 - Desenvolvimento das faculdades físicas, morais e intelectuais
do ser humano.
Já o verbo educar:
2 - Formar a inteligência e o espírito de.
3 - Cultivar a inteligência.
No mesmo Dicionário, Ambiente:
1 - Aquilo que cerca o ser vivo ou
as coisas.
2 - Lugar, espaço, recinto.
Juntando esses dois conceitos fica
muito fácil pensar em Educação
Ambiental; ensinar as pessoas a
pensar de maneira holística e integradas com seu corpo, intelecto e
valores.
Mas esses conceitos precisam da
prática, e esta é desenvolvida com
pessoas. Pessoas que estão sempre em movimento, em questionamentos, em crises, que possuem
crenças, valores e culturas que influenciam em suas ações. Aliado a
isso temos influências externas e
muitas delas nem tão preocupadas
assim com princípios educacionais. E este é o grande desafio das
pessoas que se propõem a fazer
esse papel, seja como professo,
facilitador, orientador ou simplesmente aquele que quer ser um exemplo.
Mas é claro que existe um caminho. Na verdade, vários e um dos
que visualizo com mais clareza é a
verdade. O olhar real e holístico
sobre o desafio, sobre a atividade,
o público, sua cultura, seus princípios.
Como lidar com cada uma dessas
questões? De maneira participativa, ou seja, todos pensam na questão, facilitadores e educandos.
Uma vez assisti a uma apresentação do psicólogo social Oscar Motomura e ele disse algo que vale
para qualquer segmento; mas que
na educação, além de ser uma prática colaborativa, traz o conceito
de “formar a inteligência e o espírito”. Ele falou sobre colocar o problema na mesa, encará-lo com seriedade, sinceridade e verdade.
Sem disfarces, preconceitos ou
que acaba provocando um efeito
semelhante ao que se teria se fosse possível fazer uma imensa pilha com milhares de tijolos. A partir de um determinado momento,
o peso dos tijolos seria tão grande que a pilha se esmagaria sobre
si mesma. E foi mais ou menos
isso que aconteceu quando os
planetas se formaram.
No início, quando havia pouca
massa, a Terra, ainda jovem, poderia ser disforme ou parecer uma pedra gigante com qualquer
formato, como ocorre com os asteróides. No entanto, a atração
gravitacional juntou mais massa
no planeta, aumentando o seu
peso, o que ocorreu também com
os demais integrantes de sistema
solar.
Com o crescimento, a gravidade
de um planeta fica tão forte que
tudo é esmagado na direção do
centro e o material que forma o
planeta finalmente se distribui em
forma de uma bola, uma vez que
essa força puxa tudo para o centro.
com “panos quentes” para proteger esta ou aquela metodologia,
política ou ideológica. Porque às
vezes uma ideologia não encaixa
em determinada realidade e isso
não quer dizer que ela não seja boa ou que não tenha valores éticos.
A idéia da educação ambiental se
estende a esta prática; só assim de
maneira flexível e verdadeira poderemos alcançar mentes e corações., valores e princípios, teoria e
prática.
E isso em qualquer idade, em qualquer lugar, em qualquer situação e
sob qualquer viés.
Educação para a cidadania, educação formal, enfim, educação para a
vida, cultivando a inteligência ambiental.
AJUDENOS A MANTER ESTA PUBLICAÇÃO E NOSSOS PROJETOS DE EDUCAÇÃO, CULTURA E PRESERVAÇÃO
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Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do Cone Leste Paulista, que compõe as
Regiões: Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.
Editor: João Filipe Frade de Sousa
O jornal Gazeta Valeparaibana é um joint venture
Tiragem mensal: de 10.000 exemplares, comprovada por Nota Fiscal.
do grupo Rede Vale Comunicações e está presente
Editado e distribuído por: Rede Vale Comunicações
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mental e Médio
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Junho 2009
Gazeta Valeparaibana
Responsabilidade social
Educação ambiental, reflorestamento, questionamentos. Projetos: “Um viveiro
em cada Escola”, “Viveiro
Planta Brasil”, “Um horta
em cada casa”; agricultura
orgânica, projeto de
reciclagem/artesanato “Arte
& Sobra”, são algumas das
iniciativas do Projeto Social
OSCIP “Formiguinhas do
Vale”.
Aguarde artigos no site da
Gazeta
CONHEÇA
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TROQUE UM
PARLAMENTAR
CORRUPTO
POR 344
PROFESSORES
Sou professor de Física, de ensino
médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e
gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: R$650,00
Eu fico com vergonha até de dizer,
mas meu salário é R$650,00. Isso
mesmo! E olha que eu ganho mais
que outros colegas de profissão que
não possuem um curso superior como eu e recebem minguados
R$440,00. Será que alguém acha
Pagina 03
Educação para a verdade !
que, com um salário assim, a rede de
ensino poderá contar com
professores competentes e
dispostos a ensinar?
Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O
professor faz de conta que dá aula, o
aluno faz de conta que aprende, o
Governo faz de conta que paga e a
escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade!
Sinceramente, eu leciono porque
sou um idealista e atualmente vejo a
profissão como um trabalho social.
Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu
idealismo foi duro!
Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano.
O minuto trabalhado por
eles, aqui custa ao contribuinte R$11.545.00 (onze
mil, quinhentos e quarenta e cinco)
Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões,
na Espanha, cada parlamentar
custa por ano R$850 mil e na vizinha, Argentina, R$1,3 milhões.
Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo,
688 professores com curso superior !!!!!!!!
Vamos sorrir... Sorrir faz bem!
Aquele baixinho franzino entra no bar lotado, sobe
num banco, pega um megafone e pergunta para os
frequentadores:
- Tem algum cabra valente aqui que goste de uma
boa briga?
No mesmo instante levanta-se um cara com 2 metros de altura, dirigese a ele e quando chega perto do baixinho, o baixinho fala:
Elian Alabi Lucci
O modelo espanhol de educação - que
vem servindo de base para a reforma
da Educação brasileira nestes últimos
anos - tem como orientação fundamental a educação para os valores. É, sem
dúvida, uma proposta muito válida, julgamos porém, mais correto, diante da
conjuntura atual em que vivemos, falar
em educação para as virtudes ou, melhor ainda, para a verdade, independentemente das disciplinas que compõem
o currículo escolar. Mas, por que educação para as virtudes e por que, mais
ainda, para a verdade?
O declínio das virtudes cívicas e políticas no mundo atual e o fato de que “a
corrupção só não está no centro do
sistema de governo em apenas dez ou
doze países dos cento e oitenta e cinco
filiados à ONU” estão entre as mais duras constatações feitas pelo escritor,
filósofo e acadêmico Jean-François
Revel, no discurso que pronunciou sobre o tema virtude, no mês de dezembro de 1998, durante a sessão pública
de encerramento das atividades da Academia Francesa. Desde a fundação
da Academia, no século XVI, o discurso
sobre as virtudes é praxe obrigatória na
sessão do fim de ano, a principal de
todas, com a presença das figuras mais
representativas do pensamento europeu.
Revel começou seu pronunciamento
dizendo que não é raro, hoje em dia,
ouvirmos falar da virtude num tom que,
se não é de zombaria, pelo menos é de
indulgente ironia. Qualificar um homem
de virtuoso é situá-lo entre os personagens mais entediantes da literatura edificante do séc. XIX, quando não se trata
de um pérfido recurso para chamá-lo
de hipócrita.
Mas onde está o verdadeiro desarranjo
da virtude neste "final de século cinzento" (João Paulo II) e "século do vício" (Revel) e que tem muito que ver
com a educação e com a maneira de
pensar dos jovens catequizados ininterruptamente pelos meios de comunicação e pela mídia (braços armados do
processo de globalização) para o acúmulo de bens?
A MERCANTILIZAÇÃO DO MUNDO
“Neste final de século, a dinâmica do-
minante é a globalização da economia.
Ela se fundamenta na ideologia do pensamento único, o qual decretou que
uma só política econômica é, a partir de
agora, possível, e que somente os critérios do neoliberalismo e do mercado
(competitividade, produtividade, câmbio livre, rentabilidade etc.) permitem a
uma sociedade sobreviver num planeta
que se tornou uma grande selva do
ponto de vista da concorrência. Sobre
esse osso duro da ideologia contemporânea vão se formando novas mitologias, elaboradas pela mídia, que tenta
fazer os cidadãos aceitarem esse novo
estado do mundo.
A mercantilização generalizada de coisas e palavras, da natureza e da cultura, do corpo e do espírito, é a característica central de nossa época, lugar de
violência (simbólica, política e sociológica) no coração do novo dispositivo
ideológico. Esta, mais que nunca, repousa no poder da mídia, em plena expansão por causa da explosão das novas tecnologias. Ao espetáculo da violência e seus efeitos miméticos juntamse, cada vez mais, de maneira muito
insidiosa, novas formas de censura e
de intimidação que mutilam a razão e
obliteram o espírito.
Enquanto, aparentemente, triunfam a
democracia e a liberdade num planeta
parcialmente livre de regimes autoritários, reaparecem paradoxalmente as
censuras, as colonizações culturais e,
sob aspectos muito diversos, as manipulações dos espíritos. Novo e sedutor
“ópio do espírito”, a mídia distrai os
cidadãos e os afastam da ação cívica e
reivindicativa.”
(Extraído de: Culture, Idéologie e
Sociète. Ignácio Ramonet et al. Paris.
Mar. 1997, pp. 6 e 7).
Jean Guitton, também da Academia
Francesa, em sua obra – pequena no
tamanho, mas maiúscula quanto ao seu
conteúdo – Silencio sobre lo Esencial,
no primeiro capítulo que trata da verdade, diz que o mundo está sempre em
crise e que o que se chama de História
não é senão a narração dessas crises,
que recomeçam sob diversas formas (o
problema presente é saber se a crise
atual difere em grau ou em natureza da
antecedente).
- Muito bem já arranjamos um!
- Tem algum outro cabra valente que queira brigar com este aqui?
LIVRE PARA ANUNCIAR
LIVRE PARA ANUNCIAR
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Junho 2009
Darío Aranda,Argentina
Em entrevista jornal argentino, a escritora e documentarista francesa, Marie-Monique Robin apresenta seu novo livro, fruto de três anos de profundas
investigações sobre o poder de influência da multinacional sobre Governos e o projeto de controle
total da produção de alimentos em nível global.
Corrupção, produção de armas químicas e controle
sobre do que você come são algumas das denuncias feitas pela francesa.
Como define a Monsanto?
Monsanto é uma empresa delinquente. E digo por
que há provas concretas disso. Foi muitas vezes
condenada por suas atividades industriais, por
exemplo o caso dos PCB, produto que agora está
proibido, mas que segue contaminando o planeta.
Durante 50 anos o PCB esteve nos transformadores
de energia. E a Monsanto, que foi condenada por
isso, sabia que eram produtos muito tóxicos, mas
escondeu informação e nunca disse nada. E é a
mesma história com outros dois herbicidas produzidos por Monsanto, que formaram o coquetel chamado “agente laranja” utilizado na guerra do Vietnã,
e também sabia que era muito tóxico e fez o mesmo.
E mais, manipulou estudos para esconder a relação
entre as dioxinas e o câncer. É uma prática recorrente na Monsanto. Muitos dizem que isto é o passado, mas não é assim, é uma forma de obter lucros
que ainda hoje está vigente. A empresa nunca aceitou seu passado nem aceitou responsabilidades.
Sempre tratou de negar tudo. É uma linha de conduta, e hoje acontece o mesmo com os transgênicos e
o Roundup.
Quais são as práticas comuns da Monsanto na
ordem global?
Tem práticas comuns em todos os países onde
atua. Monsanto esconde dados sobre seus produtos, mas não só isso, também mente e falsifica estudos sobre seus produtos. Outra particularidade que
se repete na Monsanto é que cada vez que cientistas independentes tratam de fazer seu trabalho a
fundo com os transgênicos, têm pressões ou perdem seus trabalhos. Isso também acontece nos
organismos dos Estados Unidos como são a FDA
(Administração de Alimentos e Medicamentos) ou
EPA (Agência de Proteção Ambiental). Monsanto
também é sinônimo de corrupção. Dois exemplos
claros e provados são a tentativa de suborno no
Canadá, que originou uma sessão especial do Senado canadense, quando se tratava a aprovação do
hormônio de crescimento leiteiro. E o outro caso é
na Indonésia, onde a Monsanto foi condenada porque corrompeu a cem altos funcionários para por
no mercado seu algodão transgênico. Não duvidamos que exista mais casos de corrupção onde a
Monsanto é quem corrompe.
Você também afirma que a modalidade de “portas
giratórias” é uma prática habitual.
Sem dúvida. Na história da Monsanto sempre está
presente o que nos Estados Unidos se chama “a
porta giratória”. Um exemplo claro: o texto de regulamentação que regula os transgênicos nos Estados
Unidos foi publicado em 1992 pela FDA, a agência
norteamericana encarregada da seguridade de alimentos e medicamentos. A qual se supõe é muito
séria, ao menos sempre eu pensava isso, até antes
deste trabalho. Quando diziam que um produto
havia sido aprovado pela FDA pensava que era
seguro. Agora sei que não é assim. No '92, o texto
da FDA foi redigido por Michael Taylor, advogado
da Monsanto que ingressou na FDA para fazer esse
texto e logo foi vice-presidente da Monsanto. Um
exemplo muito claro de “porta giratória”. Há muitos
exemplos, em todo o mundo.
Monsanto fabricou o agente laranja, PCB e glifosato. E tem condenações por publicidade enganosa.
Por que tem tão boa reputação?
Por falta de trabalho sério dos jornalistas e a cum-
Gazeta Valeparaibana
plicidade dos políticos. Em todo o mundo é igual.
Por que a Monsanto não fala?
Tentou chamá-los?
Sim, mas não aceitaram perguntas.
Também é o mesmo em todo o mundo. Ante qualquer jornalista crítico, a Monsanto tem uma só política: “No comentes” (sem comentários).
O que significa a Monsanto no mercado mundial de
alimentos?
A meta da Monsanto é controlar a cadeia alimentar.
Os transgênicos são um meio para essa meta. E as
patentes uma forma de consegui-lo. A primeira
etapa da “revolução verde” já ficou para trás, foi a
de plantas de alto rendimento com utilização de
pesticidas e a contaminação ambiental. Agora estamos na segunda etapa dessa “revolução”, onde a
chave é fazer valer as patentes sobre os alimentos.
Isto não tem nada a ver com a idéia de alimentar ao
mundo, como se publicou em seu momento. A única finalidade é aumentar os lucros das grandes
corporações. Monsanto ganha em tudo. Ela vende o
pacote tecnológico completo, sementes patenteadas e o herbicida obrigatório para essa semente.
Monsanto te faz firmar um contrato pelo qual te
proíbe conservar sementes e te obriga a comprar
Roundup, não se pode utilizar um glifosato genérico. Neste modelo Monsanto ganha em tudo, e é
tudo ao contrário da segurança alimentar. De passagem, recordemos, que a soja transgênica que se
cultiva aqui não é para alimentar aos argentinos, é
para alimentar aos porcos europeus. E o que acontecerá na Argentina quando as carnes da Europa
terem que ser etiquetadas sendo que foram alimentadas com soja transgênica? Se deixará de comprar
carnes desse tipo e a Argentina também receberá o
golpe, porque lhe abaixará a demanda de soja.
Esteve na Argentina, Brasil e Paraguai. Que particularidades encontrou na região?
Deve-se recordar que a Monsanto entrou aqui graças ao governo de Carlos Menem, que permitiu que
a soja transgênica entrasse sem nenhum estudo.
Foi o primeiro país da América Latina. Depois da
Argentina organizou-se um contrabando de sementes transgênicas, de grandes produtores, para o
Paraguai e o Brasil, que se viram obrigados a legalizá-las porque eram cultivos que depois se exportavam. E depois veio a Monsanto a reclamar suas
regalias. Foi incrível como se expandiu a soja transgênica na região, e em tão poucos anos. É um caso
único no mundo.
Na década de 90 a Argentina era denominada como
aluno modelo do FMI. Hoje, com 17 milhões de hectares com soja transgênica e a utilização de 168
milhões de litros só de glifosato, pode-se dizer que
a Argentina é um aluno modelo dos agronegócios?
Sim, claro. A Argentina adotou o modelo Monsanto
em tempo recorde, é um caso pragmático. Mas também houve alguns problemas com o aluno modelo.
Como as sementes transgênicas são patenteadas,
Monsanto tem o direito de propriedade intelectual.
Isso significa, como o vi no Canadá e Estados Unidos, que lhes fazem firmar aos produtores um contrato nos quais se comprometem a não conservar
parte de suas colheitas para ressemear no próximo
ano, o que fazem os agricultores de todo o mundo.
A Monsanto o denuncia como uma violação de sua
patente. Então a Monsanto envia a “polícia de genes”, que é algo incrível, detetives privados que
entram nos campos, tomam amostras , verificam se
é transgênico e se o agricultor tem comprado suas
sementes. Se não as tem comprado, realizam juízos
e a Monsanto ganha. É parte de uma estratégia
global: a Monsanto controla a maioria das empresas
sementeiras e patenteia as sementes, exigindo que
cada campesino compre suas sementes. O que
aconteceu aqui é que a lei argentina não proíbe
guardar sementes de uma colheita e utilizá-las na
próxima semeadura. Em um primeiro momento a
Monsanto disse que não iria pedir regalias, e deu
sementes baratas e Roundup barato. Mas em 2005
começou a pedir regalias, rompeu o acordo inicial e
por isso mantém um enfrentamento judicial com
seu aluno preferido.
O Roundup tem um papel protagonista neste modelo. Muitas comunidades campesinas e indígenas
denunciam seus efeitos, mas existem poucas proibições.
É um impacto incrivelmente silenciado. Ninguém
pode negar o que trazem as esterilizações com este
herbicida, totalmente nocivo. Tenho a segurança de
que será proibido em algum momento, como foi o
PCB, estou segura de que chegará este momento.
De fato na Dinamarca já foi proibido por sua alta
toxicidade. É urgente analisar o perigo dos agroquímicos e os OGM (Organismos Geneticamente Modificados).
Contudo, as grandes empresas do setor prometem
há décadas que com transgênicos e agrotóxicos se
conseguirá aumentar a produção, e assim acabar
com a fome do mundo.
A Argentina é o melhor exemplo dessa mentira.
Como tem ido com a sojização do país? Tem se
perdido na produção de outros alimentos básicos e
ainda há fome. Este modelo é o modelo do monocultivo, que acaba co outros cultivos vitais. É uma
transformação muito profunda da agricultura, que
leva diretamente à perda da soberania alimentar, e
lamentavelmente já não depende de um governo
para poder revertê-lo.
Por que ao processo agrário atual você o chama “a
ditadura da soja”?
É uma ditadura no sentido de um poder totalitário,
que abrange tudo. Deve-se ter claro que quem controla as sementes controla a comida e controla a
vida. Nesse sentido, a Monsanto tem um poder
totalitário. É tão claro que até a Syngenta, outra
grande empresa do setor e competidora da Monsanto, chamou ao Brasil, Paraguai e Argentina “as repúblicas unidas da soja”. Estamos frente a um programa político com finalidades muito claras. Uma
pergunta simples o demonstra: quem decide o que
se vai cultivar na Argentina? Não o decide nem o
governo nem os produtores, o decide a Monsanto. A
multinacional decide o que se semeará, sem importar aos governos, o decide a empresa. E, para pior,
a segunda onda de transgênicos vai ser muito forte,
com um modelo de agrocombustíveis que acarretará mais monocultivos. E, a esta altura, já está claro
que o monocultivo é perda de biodiversidade e é
todo contrário à segurança alimentar. Já não há
dúvidas de que o monocultivo, seja o da soja ou
para biodiesel, é o caminho para a fome.
Qual é o papel da ciência no modelo de agronegócios, onde a Monsanto é só sua cara mais famosa?
Antes pensava que quando um estudo era publicado em uma prestigiosa revista científica, se tratava
de um trabalho sério. Mas não. As condições em
que se publicam alguns estudos são tristes, com
empresas como Monsanto pressionando aos diretores das revistas. No tema transgênico fica muito
claro que é quase impossível realizar estudos do
tema. Em muitas partes do mundo, os Estados Unidos ou a Argentina, os laboratórios de investigações são pagos por grandes empresas. E quando o
tema é sementes, transgênicos ou agroquímicos, a
Monsanto sempre está presente e sempre condiciona as investigações.
Os cientistas tem temor ou são cúmplices?
Ambas as coisas. O temor e a cumplicidade estão
presentes nos laboratórios do mundo. No livro deixo claro que há cientistas, em todos os países, cuja
única função é legitimar o trabalho da empresa.
Qual é o papel dos governos para que empresas
como Monsanto avancem?
Os governos são os melhores propagandistas dos
OGM (Organismos Geneticamente Modificados).
www.plantabrasil.brazi.us
Página 04
Realizam um trabalho de lobby incrível. A Monsanto
leva seus estudos, sua informação, suas revistas e
fotos, tudo muito lindo. E diz aos políticos que não
haverá contaminação e salvará ao mundo. E os
políticos entram na dela. E também há pressões.
Deputados franceses tem denunciado publicamente
as pressões da Monsanto, até reconheceram que a
companhia contatou a cada um dos 500 deputados
para que legislem segundo os interesses da empresa.
E o papel dos meios de comunicação?
Me dá muita pena porque sou jornalista e acredito
no que fazemos, acredito que é uma profissão com
um papel muito importante na democracia, mas há
uma grande manipulação dos meios. Em todo o
referido aos transgênicos, a imprensa não trabalha
seriamente. Os meios olham a propaganda da Monsanto e a publicam sem questionamentos, como se
fossem empregados da empresa. Também é público
que a Monsanto oferece faustas refeições aos periodistas, lhes dá regalias, os leva de viagem a Saint
Louis (onde está sua sede central); os jornalistas
vão muito contentes, passeiam pelos laboratórios,
não perguntam nada e vão. Assim funcionam os
meios com a Monsanto. Também registrei casos
nos quais a Monsanto busca, em cada meio de comunicação, um defensor. Estabelece contato com
ele e consegue opiniões favoráveis. Não sei se há
corrupção, mas sei que a Monsanto consegue seu
objetivo. Na Argentina é claro como atua, ao ver
alguns artigos de suplementos rurais se vê que em
lugar de artigos jornalísticos são publicidades da
Monsanto. Não pareceria que um jornalista o escreveu, foi diretamente a companhia.
Que avaliação faz do enfrentamento entre o governo
e as entidades patronais do agronegócio?
Em 2005 entrevistei a Eduardo Buzzi, estava furioso
pelo assunto das regalias reclamadas pela Monsanto. Falava dos enganos da Monsanto. E, além disso,
falava dos problemas que trazia a soja, até me pôs
em contato com pequenos produtores que me falaram das mentiras da Monsanto, da resistência que
mostravam as ervas daninhas, que tinha que utilizar
mais herbicidas e que os campos ficavam como
terra morta. Buzzi sabia tudo isso e me dizia que
questionava esse modelo, afirmava que a soja trazia
a destruição da agricultura familiar e me dizia que a
Federação Agrária representava esse setor, que
enfrentava aos pools de semeadura e às grandes
empresas. E Buzzi denunciava muito este modelo,
muito bom discurso. Mas agora não é o que acontece. Nunca o voltei a ver e gostaria de perguntar-lhe
o que lhe aconteceu que agora se une com as entidades mais grandes, me estranha muito a mudança
que mostra. E acima de Buzzi está com Aapresid
(Associação Argentina de Produtores de Semeadura
Direta – integrada por todas as grandes empresas
do setor, incluindo as sementes e agroquímicas),
que é a que mais ganha com todo esse modelo, e
que apareceu pouco neste conflito. Aapresid manipula tudo e está com os grandes sojeiros, que não
são agricultores e que até promovem um modelo
sem agricultores. Então não entendo como a Federação Agrária disse representar produtores pequenos e está com a Aapresid. O que a Federação Agrária é muito estranho, não se entende.
E o papel do governo?
As retenções podem ser que freiem algo do processo de sojização. Mas não é uma solução frente a um
modelo tão agressivo. A solução tem que ser algo
muito mais radical e não a curto prazo. Claro que a
tentação dos governos é grande, a soja traz bons
rendimentos, mas deve-se pensar a longo prazo.
Não há soluções simples e de curto prazo para um
modelo que tira campesinos de suas terras e, mediante esterilizações, contamina a água, a terra e a
população.
Da redação
Junho 2009
Gazeta Valeparaibana
Página 05
A Justiça no Brasil
A Justiça brasileira
e as classes sociais
Não me lembro de ter presenciado - no judiciário brasileiro cena tão horrenda e patética
quando a que protagonizaram
ontem os ministros Joaquim
Barbosa e Gilmar Mendes.
Independentemente do mérito da
questão em pauta - uma pendenga a
respeito de funcionários públicos no
Paraná - o ministro Joaquim Barbosa
expôs no plenário do Supremo a opinião de parte significativa da sociedade brasileira: o descolamento da justiça - ou de quase toda ela - com a sociedade, sobretudo com as classes
mais pobres.
Joaquim Barbosa que carrega a honra
de ser o primeiro negro a chegar ao
Supremo sabe bem dos degraus que
existem entre as classes sociais, cores de pele, etnias, graus de instrução,
gêneros, no Brasil. Por outro lado, o
ministro Gilmar Mendes tem exposto o
Supremo Tribunal á chacota pública,
ao desgosto, a incredulidade, ao desrespeito como nenhum ministro antes
dele.
Curiosamente, Gilmar Mendes vem de
uma região que conheço bem, que é o
interior do Mato Grosso, mais especificamente de Diamantino (cidade que
ostentou durante um bom tempo o
título de maior município do mundo).
Em poucos lugares o poder econômico e a violência sem punição são tão
impactantes, ativos, explícitos e descarados quanto nessa região. O Mato
Grosso se tornou nas últimas décadas
o que era o sertão nordestino na época dos coronéis. É virtualmente uma
terra sem lei, o que não deixa de ser
um paradoxo quando o presidente do
Superior Tribunal Federal é de lá, da
família que controla o poder regional.
Curiosidades
Como se formam as ondas
do mar?
Amadas pelos surfistas em busca
de boas manobras e desprezadas
por muitos banhistas que só querem saber de calmaria na praia, as
ondas do mar se formam pela ação
do vento sobre a superfície da á-
Como todo paradoxo ele somente é
aparente. No fundo ele revela os nexos e os sentidos inegáveis, mas que
a sociedade tende a se furtar de ver,
ou que as classes dominantes tentam
a todo custo esconder. Joaquim Barbosa está profundamente errado
quando acusa Mendes de destruir a
imagem do judiciário brasileiro. Em
verdade, por mais inusitado que possa ser, o atual presidente do STF encarna e expõe a justiça brasileira tal
como ela efetivamente é: indiferente,
insensível, leniente com os poderosos, rigorosa com os pobres, suave
com os delitos de colarinho branco
(corrupções, desvios, improbidades),
dura e implacável com os de subtração de bens pessoais (um furto, um
assalto), desregulamentada e subjetiva. Uma mulher é capaz de passar meses presa por furtar um pote de margarina, mas um corrupto de bilhões
transita livre como um passarinho.
Mas essa postura do judiciário brasileiro manifesta suas origens históricas e suas raízes sociais.
Até a Independência do Brasil toda
formação dos homens da justiça se
dava em Portugal, mais especificamente em Coimbra. Obviamente que
para um jovem chegar até os bancos
da Universidade, naquela época, era
necessário ter posses, muitas posses.
Em São Paulo mesmo, no começo do
século XIX, havia apenas três homens
que se gabavam de ter passado por
Coimbra.
Com a Independência o governo do
Império decidiu estabelecer dois cursos de direito no Brasil, um para atender ao norte outro para atender
o centro-sul. Depois de longas discussões no parlamento decidiu-se pelas
cidades de Olinda em Pernambuco e
São Paulo. Em 1828 era inaugurado o
curso de Direito do Largo de São
Francisco.
Desde então os cursos se multiplicaram, mas um fato permanece. Os cursos mais conceituados, aqueles que
formam homens e mulheres que irão
ocupar os principais postos do poder
judiciário no país, são compostos de
oriundos das elites brasileiras.
Até ai, por si só, não há um demérito
de origem. O problema são as implicações disso. Além da óbvia proteção
classista, que julga com pesos diferentes aqueles que são do mesmo
grupo social e os que não são (e não
me digam que as leis são impessoais,
pois são interpretativas, e as interpretações são socialmente marcadas),
existe a própria “conformação” das
leis.
Leis que permitem que processados
por corrupção respondam em liberdade, mas que elementos que furtaram
supermercados não, são escritas a luz
da proteção da classe social de onde
provém os legisladores e membros do
legislativo.
A impressão popular é precisa: qualquer cidadão comum ficaria preso se
cometesse o mesmo crime, da mesma
forma, que um Pimenta Neves. É mais
fácil escapar de um processo por desvio de verbas públicas do que por atraso de pensão alimentícia.
Mas ainda há mais nisso. Os membros
do judiciário brasileiro, pela formação
elitista que recebem nos cursos de
direito, se deslocam da realidade e
travam discussões “hermenêuticas”
que não atendem aos interesses da
sociedade, como, por exemplo, a recente decisão de proibir a prisão de
acusados até o julgamento da última
instância do processo, excetuando-se
casos de risco.
E isso é um traço de parte das elites
brasileiras: a indiferença para com a
realidade, a não ser que seus interesses sejam envolvidos. Nesses casos,
bem como regularmente faz o ministro
Gilmar Mendes, a lei é torcida e retorcida em favor de seus pares, sob a
alegação de que são interpretações
em prol da sociedade (leia-se: seus
próximos).
A velha máxima ainda vale: Para os
amigos tudo, para os inimigos a lei.
E assim é. Quando o ministro Joaquim
Barbosa convidou seu parceiro de
STF a andar nas ruas pediu algo que,
historicamente, está muito além do
que os membros do judiciário (sua
grande maioria, é claro) podem e estão acostumados a fazer.
Quando alguns articulistas se dizem
preocupados com a perda de legitimidade dos poderes diante da sociedade
na realidade se equivocam parcialmente. Essa legitimidade sempre foi
circunstancial, e no caso do único poder que não é eletivo - o judiciário - a
ausência de legitimidade sempre houve e sempre foi plena. Apenas, antes,
estas coisas não chegavam aos ouvidos da população de forma tão escandalosa e em tempo real, era só de
“ouvir falar”.
Por isso o que o judiciário precisa não
é de uma “restauração”, pois não há o
que se restaurar, ele esta onde sempre esteve. Melhor seria dizer uma
“revolução”, que conseguisse efetivamente fazer do judiciário um poder
que representasse todas as classes
sociais brasileiras, assim como - bem
ou mal - ocorre no executivo e no legislativo. Mas, talvez isso esteja ainda
mais distante do que termos os outros
dois poderes honestos e corretos na
execução de suas obrigações.
No final das contas, devemos reconhecer, resta para o judiciário fazer o
serviço sujo que é, de modos mirabolantes, evitar que toda e qualquer corrupção cometida pelos donos do poder seja punida. Nisso eles são profundamente zelosos. Então é justo
que, por fim, os outros poderes protejam o judiciário, sobretudo os membros do STF, e que a maioria de seus
ministros condene Joaquim Barbosa.
Exatamente por fugir ao roteiro histórico de proteção dos poderosos e descolamento da realidade da maioria da
sociedade brasileira.
Apenas uma nota para encerrar: Fiquei realmente com medo quando vi a
risada do excelentíssimo senhor presidente do Superior Tribunal Federal,
Ministro Gilmar Mendes, ao escarnecer a fala de seu colega. Digna de figurar em filme de terror.
Rodrigo Silva
acesse: www.conelestepaulista.brazi.us
gua, explica Lauro Calliari, professor do departamento de Oceanografia da Universidade Federal do
Rio Grande (Furg).
Quanto maior a força do vento, duração e
comprimento sobre o qual ele atua na superfície (fetch), maior será a altura das
ondas, diz o oceanógrafo.
"Essas ondas formadas viajam grandes
distâncias até atingir a costa. Podemos ter
vento forte no meio do oceano, a cerca de
2 mil quilômetros do litoral, que as ondas
geradas naquele local pelos ventos fortes
vão até a costa", complementa.
Além das ondas geradas pela ação do vento, existem aquelas provocadas por abalos
sísmicos ou mesmo por eventos como o
desmoronamento de um pedaço de montanha que cai no mar. "O mecanismo de propagação é o mesmo, só que a origem é
diferente", ressalta Calliari.
As tsumani, por exemplo, ocorrem após
perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como um sismo, atividade vulcânica ou deslocamento
de terras. Essas ondas podem chegar à
costa com altura de até 50 metros, como
na tragédia que matou mais de 280 mil
pessoas em dezembro de 2004, na Ásia.
Da redação
Junho 2009
Gazeta Valeparaibana
O que a TV fez com MAÍSA !
Responsabilidade social
PROGRAMAS DE TV PODEM ESTIMULAR O INICIO PRECOCE
DA VIDA SEXUAL
NAS CRIANÇAS.
Alguns pais relaxam quando o assunto é a
classificação indicativa de programas de televisão e filmes. E essa atitude realmente pode
prejudicar o desenvolvimento dos filhos, segundo um estudo divulgado pelo Hospital de
Crianças de Boston, nos Estados Unidos. A
pesquisa aponta que o início precoce da atividade sexual entre adolescentes pode estar
relacionado à quantidade de conteúdo adulto
a que foram expostos durante a infância.
Os autores afirmam que as atrações das telinhas e telonas estão entre as principais fontes de informações sobre sexo e relacionamentos, e os pequenos não estão preparados
para recebê-las. "Eles não têm experiência de
vida nem o desenvolvimento do cérebro para
diferenciar completamente entre a realidade a
que estão se encaminhando e a ficção apenas
para entreter", disse David Bickham, cientista
do Centro de Mídia e Saúde da Criança e coautor do estudo.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores
acompanharam 754 participantes, sendo 365
meninos e 389 meninas, durante duas fases
da vida: na infância (a partir dos seis anos) e
alguns anos depois, quando a idade variava
entre 12 e 18 anos. Em cada etapa, registraram o que foi visto por cada um e a quantidade de tempo gasto assistindo às atrações de
TV e durante uma amostra de dois dias da
semana (um dia qualquer e um sábado ou domingo).
Os jovens com início da vida sexual precoce
foram, então, monitorados durante a segunda
parte do projeto. O estudo constatou que, para cada hora que a garotada conferiu conteúdos indicados para o público adulto durante
os dois dias, as chances de manter relações
sexuais no início da adolescência aumentou
33%.
Entre as dicas dos cientistas estão não colocar televisão no quarto dos filhos e não permitir que fiquem em frente do aparelho por
mais de duas horas, além de saber o que vêem e manter um diálogo aberto sobre os temas apresentados. "Os comportamentos sexuais podem ser influenciados durante a infância, mas essa é apenas uma área que estudamos. Ainda há uma série de outros temas
na televisão e em filmes, como violência e
linguagem, cuja influência também deve ser
monitorada desde a infância até a adolescência", diz Hernan Delgado, que comandou a
pesquisa.
Patrícia Zwipp
Como motivar na Escola - Preservar é preciso...
Cada um tem uma
história
lugares como Olinda (PE) e
Parati (RJ).
4 - Peça aos alunos que conversem com pessoas mais
velhas (avós, vizinhos) e perguntem como era a cidade na
época em que eles eram jovens. Oriente-os a tomar notas e depois, em classe, a
compartilhar a experiência
com os outros. No final, conclua atentando para a importância da história oral, aquela
que não se aprende em livros,
mas pela conversa entre as
pessoas de diferentes gerações.
3 - Compare os dados coletados nos dois trabalhos e levante discussões. Por que as
construções utilizavam determinados materiais? Por que
as casas são diferentes de um
lugar para outro? O relevo
interfere no modo de vida dos
moradores de cada cidade?
Os alunos devem pesquisar
as respostas. Junto com eles,
produza versões, relacionan2 - Num outro dia, organize
do a arquitetura com a econoum estudo do meio para algumia, a sociedade, os costuO aluno aprende, tom,a gosto
ma cidade histórica próxima à
mes, o local e a época dos
e será sem dúvida o melhor
sua (se houver) ou leve para a
lugares
agente multiplicador da neclasse fotos e livros sobre
analisados.
cessidade de preservar.
1 - Peça aos seus alunos que
façam um levantamento dos
locais, construções, relevo e
recursos naturais do bairro ou
da cidade onde moram e, depois, desenhem o que observaram. Proponha que, em grupos, eles montem painéis
contando um pouco da história e da geografia do local.
Página 06
"Existem três Tipos de pessoas no mundo: As que
fazem as coisas acontecerem; as que assistem as
coisas acontecerem e as que não se dão conta das
coisas que acontecem."
O que a televisão
fez para a
Maísa?
Precisamos cuidar para que
as nossas crianças possam
ter o direito de serem apenas
crianças
Lícia Egger Moellwald
Você é capaz de lembrar o que
fazia aos seis anos? Se a sua
vida era dormir, ir para escolinha e brincar, sua infância foi
saudável, normal e talvez monótona se comparada com a
da menina Maísa.
Prodígio e cheia de respostas
engraçadas, a bonitinha estrela do programa de domingo do
SBT tornou-se uma reedição
pós-moderna da sensação mirim de Hollywood, Shirley
Temple, ganhadora de um Oscar especial aos seis anos de
idade em 1935.
A semelhança com a atriz chega a tal ponto que a menininha
repetiu várias vezes no ar
quando fala com o apresentador Silvio Santos "É você que
acha que eu sou parecida com
a Shirley Temple".
Deliciosamente irreverente, a
pequena prodígio brasileira
reproduzia na tela da TV, até
alguns sábados atrás, o sabor
da infância levada e ao mesmo
tempo inocente.
A menininha é tão incrível que,
nas suas aparições, o espectador chegava de fato a esquecer o que é apropriado para
uma criança desta idade. Fruto
da exacerbação dos interesses
de consumo, Maísa tornou-se
aos poucos o exemplo da loucura do poder, da ambição e
da falta de parâmetros quando
o assunto é a exploração humana.
Pequena e frágil, a pequena
precisou chorar em cena, com
medo de um menino fantasia-
www.plantabrasil.brazi.us
do de monstro, para expor a
inadequação do seu personagem à realidade da idade e as
várias formas de exploração
do trabalho infantil.
Porque a menina vem chorando nas suas apresentações
ainda ninguém sabe, mas o
Conselho Estadual dos direitos da criança e do adolescente de São Paulo finalmente resolveu agir e investigar se a
pequena vem sofrendo pressão para se apresentar.
Na minha humilde opinião, o
choro da criança pode ser de
sono, cansaço, insegurança e
até mesmo de solidão. Presa
ao palco como um animalzinho
num picadeiro de circo, sob os
olhares de milhares de pessoas, Maísa pode estar chorando
pela sua condição de objeto de
entretenimento, mas ainda ninguém sabe.
Mas o choro da menina serve
de alerta para todos os pais
que levam seus pequenos filhos à exaustão pelo excesso
de atividades, muitos na esperança de superar, no futuro, o
que ainda não conseguiram
realizar em sua vida pessoal.
Para a pobre Maísa, fica a torcida para que, se for decidida
a sua continuidade na TV ela
venha, como Shirley Temple, a
ter uma belíssima carreira como diplomata e embaixatriz –
ou simplesmente que a lucidez
supere a loucura e a deixem
viver sua infância em paz.
O fato é que precisamos cuidar para que as nossas crianças possam ter o direito de
serem apenas crianças e quando tiverem medo, sono ou tristeza, sentirem-se amparadas e
ajudadas. Afinal, a infância é
decisiva no processo do crescimento e por isso é preciso
vivê-la bem, cabendo a seus
pais saber preservar e proporcionar.
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 07
O Fator preponderante de abandono dos cursos profissionalizantes...
Segundo o IBGE, o FINANCEIRO é o principal
problema do abandono
dos cursos
profissionalizantes.
De 23,9 milhões de brasileiros consultados pelo IBGE, 2,4 milhões participaram do curso de qualificação profissional, mas não conseguiram finalizálo. Destes, 25,5% apontaram problema
financeiro como principal impedimento para concluí-lo. Os dados, divulgados nesta sexta-feira, integram o suplemento da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios 2007 (Pnad),
que analisa os aspectos complementa- nunca trabalharam na área de formares da Educação de Jovens e Adultos ção. Do percentual de concluintes,
(EJA) e Educação Profissional no País. 12,2 milhões (56,4%) trabalhavam, em
2007, ou trabalharam anteriormente na
A maior parte das pessoas que alegou área de atuação, e 65,7% afirmaram
falta de dinheiro esteve mais presente que isso ocorreu porque o curso posna região Sudeste, onde o percentual sui conteúdo necessário para trabaalcançou 29,4%. Cerca de 18,7% dos lhar - resposta mais freqüente na regibrasileiros disseram ter desistido por ão Centro-Oeste, com percentual de
insatisfação com o conteúdo, enquan- 71,2%.
to outros 10,1% estiveram incapazes
de acompanhar as aulas. Outros moti- Cerca de 31,1% das pessoas que nunvos de abandono foram o local do cur- ca trabalharam na área de formação
so (7,4%), problemas familiares (7%), afirmaram faltar vagas de trabalho e
problemas de saúde (4,1%) e conteúdo 30,4% não trabalharam por terem enincompatível com o mercado de traba- contrado outra oportunidade melhor
lho (1,3%).
de emprego. A região Nordeste foi a
Por outro lado, 21,5 milhões de pesso- que apresentou o maior percentual de
as conseguiram concluir a qualifica- queixas por falta de vagas (41,8%),
ção profissional - destes, 9,4 milhões enquanto os habitantes da região Sul
informaram ter encontrado melhores
oportunidades (35,1%).
Desocupados na
educação
Profissional
No contingente de pessoas ocupadas
(90,8 milhões de pessoas), 3,6% participaram da educação profissional em
2007, enquanto, entre os desocupados
(8,1 milhões de pessoas), o percentual
foi de 7,5%. Entre os ocupados, 23,4%
freqüentaram anteriormente a educação profissional, percentual que entre
os desocupados foi de 26,1%.
Isto significa que mais da maioria
(66,4%) dos desocupados não haviam
freqüentado anteriormente e nunca
participaram em 2007 de um curso de
educação profissional.
SEU FILHO ESTÁ PREPARADO PARA IR PARA A ESCOLINHA?
Deixar seu filho pequeno em um lugar
estranho, com pessoas desconhecidas
parece ser o fim do
mundo. Mas esse é
apenas o primeiro
passo para um momento superimportante para você e
para ele.
Qual é a hora certa de mandar meu filho para a
escolinha?
Não existe um consenso em quando essa separação precisa acontecer. Mas não adianta
ficar adiando com medo da reação que seu
filho pode ter. “Não imagine que na idade ideal
12 de JUNHO
DIA DOS
NAMORADOS
Esta data já era comemorada há mais
de 2 mil anos.
O Dia dos Namorados foi introduzido
no Brasil, em 1950,
não haja sofrimento, riscos, perdas. Isso pode
acontecer em qualquer idade, ideal ou não”,
avisa o pediatra e homeopata Moisés Chencinski.
O especialista dá dicas de como perceber se a
hora de ir para escolinha está chegando. “A
partir do momento em que haja a consciência
do outro, a criança já pode ir à escola, pelo
menos por meio período. Esta consciência
pode ser demonstrada pelo desejo de contato,
pelo ciúme, pela possessividade, pela insegurança no contato com outra criança”, sugere o
pediatra.
Como posso convencer meu filho a ir para a
escola?
“Uma criança que cresce amada, respeitada e
apoiada vai encarar com mais naturalidade a
sua ida para uma escola. Sem que isso seja
visto como uma ‘separação’ e sim como uma
evolução natural do processo de viver”, explica Moisés Chencinski.
É importante não esconder nada da criança
para que ela não perceba que está indo para a
escolinha apenas quando chegar lá. “Ela se
sentirá enganada, insegura em relação aos
adultos que devem ser seu ponto de apoio, seu
porto seguro”, afirma o especialista.
Meu filho foi para a escola uma vez e não quer
mais voltar. O que faço?
Não tenha pressa em fazer com que seu filho
acostume com a escolinha. Se for preciso, vá
aos poucos, respeitando o tempo dele. “A adaptação pode ser gradual, sem pressa. Você
pode levar seu filho apenas algumas vezes por
semana ou por um período mais curto. Isso até
a criança se sentir mais segura e independente”, garante o pediatra.
O que prestar atenção na hora de escolher a
escolinha?
Escolher a escola com calma e cuidado ajuda
você a não se frustrar com suas expectativas.
Um lugar perto de casa, indicado por pessoas
próximas, ajuda a criança na adaptação, pois
evita o desgaste de se locomover por muito
tempo e deixar a ida à escola muito estressante.
Outro ponto importante é que isso evita que
você dependa de tios, avós ou babás para levar seu filho na escolinha. “Na fase inicial é
fundamental não depender de outras pessoas”, garante Moises.
pelo publicitário João Dória, quando
ele criou um slogan de apelo comercial que dizia "não é só com beijos que
se prova o amor".
A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o
Dia dos Namorados - comemorado
nos Estados Unidos em fevereiro.
É provável que o dia 12 de junho tenha
sido a data escolhida porque representa uma época pobre em festas co-
memorativas que alavanquem as vendas do comércio de presentes. A idéia
funcionou tão bem para os comerciantes que, desde aquela época, o Brasil
inteiro comemora anualmente a data.
Em quase todo o mundo ocidental,
principalmente no Hemisfério Norte, o
dia consagrado aos namorados é 14
de fevereiro, o "Dia de São Valentim",
ou "Valentine´s Day", celebrado desde
o século 19.
São Valentino foi um padre martirizado em Roma, no ano 270 d.C. A ligação de seu nome aos namorados deve-se ao fato de a data coincidir com o
dia de um antigo Festival da Fertilidade. O evento, uma festa pagã, era realizado na Antiga Roma.
Lá, dedicava-se o dia aos deuses Lupercus e Juno, protetores dos casais.
A troca de presentes entre os namorados já era um hábito naquele tempo.
O negócio é pechinchar !
Certo dia um amigo encontra o outro numa loja de calçados, escolhendo um par de sapatos, pedindo fiado e pechinchando o preço.
Depois de muita pechincha, o cara saiu da loja carregando o pacote.
O amigo, se aproximou e disse:
Rubão! Eu não estou entendendo! Você é o maior caloteiro do pedaço! Você não vai pagar este par de
sapatos, por que você pechinchou tanto o preço?
- É que o dono dessa loja é meu camarada e eu não quero que ele tome um prejuízo muito grande!
www.gazetavaleparaibana.com
LIVRE
Para
ANUNCIAR
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Lazer um direito de todos
Cultura, Lazer, Esporte, Animação sociocultural, Democratização e Políticas
Públicas na área de Meio
Ambiente, Educação Ambiental e
Empreendedorismo.
Reflexões acerca do
espaço urbano
É relativamente recente a preocupação com os efeitos nocivos causados pelo processo de urbanização
crescente, para a estrutura de nossas
cidades. A ação predatória, motivada
pelos interesses imediatistas, ocasiona problemas muito sérios, que afetam a qualidade de vida e o lazer das
populações.
A grande maioria das nossas
cidades não conta com um número
suficiente de equipamentos específicos de lazer para o atendimento à população. E o que é pior muitos deles,
mantidos pela iniciativa privada como
teatros e cinemas, estão fechando e
dando lugar a empreendimentos mais
lucrativos. Mesmo aquelas cidades
que contam com um razoável número
desses equipamentos nem sempre
têm seu uso otimizado, em virtude
seu seu alto custo, aliado á distância
a ser percorrida pelos moradores
mais carentes e que são a maioria,
por vezes tendo que se utilizar de uma
ou mais conduções. Mas o poder público não pode ficar ausente e uma
das formas de poder agir é incentivar
projetos nas comunidades que propiciem cultura e lazer. Além da luta para
a implantação de novos espaços, devemos também, comunidades, poder
público instituído e empresas gerar
possibilidades para que esses projetos se viabilizem.
Se o espaço para o lazer é privilégio de poucos, todo o esforço para
a sua democratização não pode depender unicamente da construção de
equipamentos específicos. Eles são
importantes e sua proliferação é uma
necessidade que deve ser atendida.
Mas, a ação democratizadora precisa
abranger a conservação dos equipamentos já existentes, sua divulgação,
“dessacralização”, e incentivo à utilização, através de políticas específicas, e a preservação do patrimônio
ambiental urbano.
(MARCELLINO, 2002).
Com o desenvolvimento do
processo de urbanização, no dia-adia, a grande cidade acaba se transformando no grande espaço de lazer,
para a maioria da população. Percorrê-la, no cotidiano, pode ser algo enfadonho ou transformar-se em tarefa
agradável e estimulante para os sentidos, a partir da variedade da paisagem urbana, em termos de significado
enquanto patrimônio ambiental urbano. No entanto, como é o caso da cidade de São José dos Campos e da
maioria das cidades do Cone Leste
Paulista, os grandes trunfos no futuro
são o Turismo Rural, histórico e o
Meio Ambiente.
A importância que o lazer vem
ganhando nas últimas décadas, como
problema social e como objeto de reivindicação, a partir de sua consideração como direito social, ligado à qualidade de vida nas cidades, não vem
sendo acompanhada pela ação do poder público, com o estabelecimento
de políticas setoriais, na área, devidamente articuladas com outras esferas
de atuação, vinculadas com as iniciativas espontâneas da população e
com parcerias junto à iniciativa privada.
A noção de cultura deve ser
entendida em sentido amplo, consistindo “[...] num conjunto de modos de
fazer, ser, interagir e representar que,
produzidos socialmente, envolvem
simbolização e, por sua vez, definem
o modo pelo qual a vida social se desenvolve” (MACEDO, 1982). Implica,
assim, no reconhecimento de que a
atividade humana está vinculada à
construção de significados que dão
sentido à existência. A análise da cultura, pois, não pode ficar restrita ao
“produto” da atividade humana, mas
tem que considerar também o
“processo dessa produção” - “o modo como esse produto é socialmente
elaborado” (MACEDO, 1982). O lazer é
visto aqui, portanto, como fruto da
sociedade urbano-industrial e, dialeticamente, incide sobre ela como gerador de novos valores que a contestam.
(MARCELLINO, 2005).
PÁGINA 8
Como vão ficar as novas aposentadorias
Veja como devem ficar as
novas aposentadorias
O Projeto de Lei nº. 3299/08, que acaba com o fator previdenciário na concessão de aposentadorias deverá seguir diretamente para o plenário, sem
passar pelas comissões de Finanças e
Tributação e de Constituição e Justiça
da Câmara. Essa é a expectativa da
assessoria do relator do projeto, deputado Pepe Vargas (PT-RS), que prevê a
aprovação de requerimento de urgência tão logo a pauta da Câmara seja
liberada.
Diferentemente do que foi proposto no
projeto original do senador Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o fator previdenciário (reduz em até 40% o valor
da aposentadoria em relação ao teto
do INSS) e adota a média dos últimos
36 meses de contribuição para efeito
de cálculo, a tendência é de que a proposta de Vargas mantenha o fator e
adote a fórmula 95/85 para que os trabalhadores possam receber como benefício o maior valor de suas contribuições.
Entenda como o fator previdenciário
influencia no benefício e o que muda
com a adoção da fórmula 95/85, pela
qual o benefício é pago pelo maior
valor se a soma da idade e do tempo
de contribuição alcançar 95 (para homens) ou 85 (para mulheres):
1. O fator de um homem com 56 anos
e 36 de contribuição é 0,781, ou seja:
para um salário de R$ 1.000,00 aplicado o fator resultaria o valor de R$
781,00. Ele precisaria trabalhar e contribuir até os 60 anos para teoricamente atingir o fator 1,023 e receberia, portanto, R$ 1.023 de aposentadoria. Mas
nada garante isso, porque a cada ano
a expectativa de vida pode subir e,
quando chegar lá, haverá um período
residual a contribuir. Ou seja, não há
como saber ao certo quando poderia
se aposentar com o vencimento inte-
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gral.
No mesmo exemplo de um homem
com 36 anos de contribuição e 56 de
idade, a soma atingirá 92 e apesar de
faltarem 3 para os 95, para atingir a
integralidade será necessário somente
mais 1,5 ano na ativa, pois nessa fórmula cada ano conta dobrado, um de
idade e outro de contribuição. Com a
vantagem que alcançados os 35 anos
mínimos de contribuição congela-se a
tabela de expectativa de vida. Ou seja,
esse trabalhador poderá ter assegurada sua aposentadoria integral aos 57,5
anos.
2. O fator de uma trabalhadora com 50
anos e 31 de contribuição é 0,629 ou
seja: para um salário de R$ 1.000,00
aplicado o fator resultaria o valor de
R$ 629,00. Precisaria trabalhar e contribuir até os 58 anos para teoricamente atingir o fator 1,045.
No mesmo exemplo de uma mulher
com 31 anos de contribuição e 50 de
idade a soma atingirá 81 e apesar de
faltarem 4 para os 85, para atingir a
integralidade serão necessários somente mais 2 anos na ativa, pois nesta
fórmula cada ano conta dobrado, um
de idade e outro de contribuição. Com
a vantagem que alcançados os 30 anos mínimos de contribuição congelase a tabela de expectativa de vida. Ou
seja, esta trabalhadora poderá ter assegurada sua aposentadoria integral
aos 52 anos.
Hoje, o teto de contribuição e, portanto, de benefício do INSS é de R$
3.218,90, mas dificilmente o trabalhador alcança esse valor, por causa do
fator previdenciário, que pode reduzir
o valor a quase metade. As centrais
sindicais de trabalhadores propõem
uma redução máxima de 20%.
Ou seja, usando os mesmos exemplos
acima, de um trabalhador ou trabalhadora que perderiam 22% e 37% do beneficio, essa redução ficaria limitada a
20% e daí para menos. O deputado
Vargas quer manter ainda a regra atual
que usa 80% das maiores contribuições desde julho de 1994 como base
de cálculo para o benefício. Os trabalhadores querem reduzir o percentual
para 70%.
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Refrigerantes podem
causar taquicardia e
paralisia.
O consumo excessivo de refrigerantes pode
causar taquicardias, fraqueza nos ossos e
paralisia muscular, entre outros problemas de
saúde, segundo afirma um estudo publicado
nesta terça-feira no International Journal of
Clinical Practice.
Os autores do estudo, dirigido por Moses Elisaf, da universidade grega de Ioannina, afirmam que o número de pessoas que adoecem
por um consumo excessivo desse tipo de bebida tem aumentando, o que se deve em parte ao empenho das empresas em comerciali-
zar garrafas cada vez maiores. Na pesquisa,
os especialistas encontraram casos de cáries,
diabetes e enfraquecimento da estrutura óssea, além de hipocalemia, uma queda extrema dos níveis de potássio.
Segundo os pesquisadores, a queda do potássio aumenta o risco de problemas musculares graves e disfunções cardíacas, doenças
que podem chegar a ser mortais. "Estamos
consumindo mais refrigerantes que nunca e
foram identificados vários problemas de saúde, incluindo dentais, enfraquecimentos dos
ossos, diabetes e o desenvolvimento da síndrome metabólica", afirmou o diretor do estudo, Moses Elisaf.Em relatório, Elisaf examinou
casos de pessoas que bebiam dois ou mais
Página 9
litros de refrigerante ao dia. Um dos casos
documentados é o de uma grávida de 21 anos
que estava há seis consumindo três litros ao
dia. A mulher teve diagnosticada hipocalemia
severa após ser hospitalizada com cansaço,
falta de apetite e vômitos.A paciente só se
recuperou quando parou de beber refrigerantes e recebeu suplementos de potássio. Outras pessoas que bebiam de dois a 9 l diários
do refrigerante apresentaram diferentes problemas musculares, "desde um leve enfraquecimento a uma paralisia profunda". Os cientistas discutem várias teorias para explicar tal
efeito: o conteúdo de açúcar do refrigerante
poderia fazer com que os rins segregassem
potássio demais, ou a cafeína poderia ser
responsável por induzir uma redistribuição do
potássio nas células do corpo. Os ingredientes mais comuns nessas bebidas são frutose,
glicose e cafeína e, segundo Elisaf, embora
cada um deles tenha sua parcela de culpa na
indução da hipocalemia, a cafeína parece ter
um efeito dominante. No entanto, o especialista aponta que os refrigerantes sem cafeína
também podem gerar uma queda do potássio
devido à frutose, que pode provocar diarréia.
"Em uma era onde a indústria alimentícia tenta impor um aumento das porções desses
produtos, esses achados podem ter implicações importantes para a saúde pública", explicam os autores do estudo.
Da redação
No início da década de 1990, em uma
série que fiz para rádio e TV, denominada “O Apocalipse de Jesus para os
Simples de Coração”, comentei que o
presidente John Fitzgerald Kennedy
(1917-1963), dos Estados Unidos, já
pressentira tal panorama insensato
provocado pelo desprezo ao nosso
orbe, como se pode inferir de seu discurso proferido em 10 de junho de
1963, em Washington, D.C.:
— “(...) Não seja-mos, pois, cegos
quanto a nossas diferenças, mas dirijamos também a atenção para nossos interesses comuns e para os meios pelos quais as diferenças pos-sam
ser resolvidas. Se não pudermos, agora, pôr paradeiro a elas, poderemos, pelo menos, auxiliar a proporcionar segurança ao mundo — não
obstante nossas dificuldades —, pois,
em última aná-lise, nosso elo comum
e básico está em todos nós habitarmos este planeta. Respiramos todos
o mesmo ar. Todos nós acarinhamos
o futuro de nossos filhos. E todos nós
somos mortais (...)”.
Contudo, em muitas ocasiões, alguns
até desfazem de tamanho infortúnio
anunciado. Ecologis-tas ainda são
apelidados de “ecochatos”. Importuno, porém, será o quadro com o qual
a Humanidade irá deparar-se.
Mas, voltando aos dias atuais, referindo-se às secas e aos dilúvios que se
têm derramado sobre o Brasil, o presidente Lula, atento aos fatos, no seu
programa matinal das segundasfeiras, “Café com o Presidente”, no
dia 11 de maio corrente, assim se
manifestou, respondendo a uma pergunta que lhe fez o repórter Luciano
Seixas, da Radiobrás:
“Luciano, a avaliação é que alguma
coisa está nos chamando a atenção
para que a gente tome mais cuidado
com o planeta Terra. As mudanças
que estão acontecendo no mundo,
aqui no Brasil nós as notamos também, quando faz muita seca no lugar
onde não tinha seca, quando chove
demais no lugar onde não chovia. É
para chamar a atenção da gente
de que algumas coisas estão mudando no mundo e que precisamos começar a olhar com muito mais atenção. Daí por que a nossa ida a Copenhague em dezembro deste ano para discutir a questão do clima é muito
importante. E o Brasil vai jogar um
peso muito grande na sua delegação”.
Que assim seja, pois nosso país tem
muito a contribuir, desde o seu natural sentimento de Solidariedade.
Por AE-AP
Londres - Cerca de 300 mil pessoas
morrem todos os anos por causa de
desastres relacionados às mudanças
climáticas, segundo adverte um estudo do Fórum Humanitário Global, grupo liderado pelo ex-secretário-geral
da Organização das Nações Unidas
(ONU) Kofi Annan. A entidade avalia
ainda que o aquecimento global afeta
seriamente 325 milhões de pessoas e
provoca US$ 125 bilhões em perdas
econômicas todos os anos ao redor
do mundo.
Annan afirma que as populações dos
países mais pobres são as que mais
sofrem com as mudanças climáticas.
O estudo, divulgado hoje em Londres,
foi elaborado a partir da análise de
informações públicas sobre desastres
naturais.
Mudanças Climáticas
Crianças vão ser as
maiores vítimas das
mudanças
Climáticas
O alerta foi feito por uma pesquisa
britânica e é direcionado principalmente para países em desenvolvimento. Essas nações, entre elas o
Brasil, devem sofrer uma intensificação de problemas como a desnutrição e mortalidade infantil.
O estudo foi publicado pela organização não governamental britânica Instituto Internacional para o Meio ambiente e o Desenvolvimento (IIED, na
sigla em inglês). A pesquisa mostra
que acidentes naturais, como enchentes e deslizamentos, já são responsáveis pela morte de quatro milhões de crianças por ano em todo o
mundo. Um número que pode ser duplicado com a elevação da temperatura do planeta causada pelas emissões de gases poluentes na atmosfera. As secas e mudanças no regime
das chuvas devem gerar um aumento
no preço dos alimentos e ser um agravante para a desnutrição.
As migrações por causa desses desastre naturais devem deixar milhares
de crianças sem acesso ao ensino.
Cerca de 175 milhões de crianças
vão abandonar suas casas devido a
catástrofes climáticas. Outro preço
amargo dessa realidade é que em
situação de pós-emergência meninos
e meninas tendem a sofrer mais violência física e sexual.
O estudo é uma alerta sobre as conseqüências de não se considerar os
impactos sobre a infância ao combater o aquecimento global. “Se as discussões sobre os impactos das mudanças climáticas falharem em levar
em conta as vulnerabilidades particulares de crianças de diferentes idades, as medidas de prevenção e adaptação podem se demonstrar inadequadas de diversas maneiras, e
podem até mesmo resultar em prejuízos adicionais para a saúde e a mente de meninos e meninas”, afirma David Bull, diretor do Unicef na Inglaterra.
O assunto vai ser foco de debates
nos próximos meses no site da Agência de Notícias sobre o Direito a Infância (Andi).
Em 2007, durante o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, as predições acerca das consequências do aquecimento global foram dramáticas. E hoje, dois anos depois, vozes respeitáveis levantam-se para declarar que o
assunto é muito mais grave do que se
pensa. No Pólo Sul, o derretimento
das geleiras, em um decênio, cresceu
quase 80%. No fim deste ano, ocorrerá, na capital da Dinamarca, importante reunião política com autoridades de diversos países.
A situação é realmente inquietante.
Planeta Terra — a casa de todos
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Da Redação
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 10
Violência Escolar
A Violência Escolar
é uma violência
contra a escola.
Como uma infecção generalizada a
violência espalha-se pela sociedade,
independentemente de classe social,
nível cultural ou local de moradia.
Sentimo-nos impotentes diante da
proliferação da violência.
Os atos violentos contra a vida e o
patrimônio aterrorizam as comunidades escolares. Os atentados não mais
se restringem a ações isoladas de indivíduos degenerados, agora aparecem verdadeiras comunidades anormais atentando contra tudo e contra
todos.
Há tempos cientistas que se dedicaram a estudar a origem da violência
concluíram que está ligada ao complexo de inferioridade. O complexo de
inferioridade é a forma ilusória, simbólica, assumida pela impossibilidade de
superar o mais forte. Historicamente,
adolescentes e jovens sempre manifestaram sua inferioridade diante da
hegemonia dos mais velhos.
Toda e qualquer hegemonia, nas sociedades civilizadas, se manifesta através do Estado. Toda a contestação
juvenil tem sido dirigida contra o Estado.
Recebemos, diariamente, uma carga
enorme de notícias sobre corrupção
em todos os níveis estatais, da prefeitura do calcanhar-do-judas aos magistrados supremos da Nação. Enquanto
os presídios estão cheios de ladrões
de quinquilharias, saqueadores dos
cofres públicos são mantidos em liberdade. A impressão que o cidadão
comum adquire é a de que é livre roubar e dilapidar o patrimônio público.
Ensinaram-nos que podemos mudar
pelo voto e continuamos sob a hegemonia de ladrões da coisa pública. A
incapacidade da política do voto para
administrar o Estado – seguindo a
clássica lição de Clauseritz – continuará através da guerra social, da violência generalizada.
servados aos deserdados da Lei.
A violência na escola é uma violência
contra a escola. É um ataque de morte
contra o Estado corrupto e corruptor.
Impossibilitados de espancar os criminosos do colarinho branco espancam
professores e funcionários de escola.
Em cada escola arrombada e depredada o que vemos é a extravasão do
complexo de inferioridade diante da
corrupção nos altos escalões do serviço público.
A popularização do ensino espalhou
escolas pelo país. Em cada uma delas
e em cada professor ou funcionário
está a presença física do Estado. Postado ostensivamente diante dos cidadãos um templo erguido em honra dos
ladrões impedidos de condução sob
algemas para os presídios, agora re-
A violência na escola é uma violência
contra a Escola, porque é a manifestação visível contra um Estado, que
transformou em regra os versos de
uma canção gravada por Pedro Ortaça: “Ladrão é quem rouba pouco;
quem rouba muito é barão”.
Paulo Monteiro
Curiosidades
to momento depois das chuvas:
"Quando essa mesma luz incide
sobre uma gota d'água, saem as
Aquele céu de bri- sete cores. É o arco-íris, que acongadeiro, que, ao tece quando há muito vapor de áacordar de manhã gua após uma chuva, por exemdá vontade de a- plo", lembra o professor.
proveitar bem o
dia, não é obra do
acaso. O céu é
azul por conta da
interação da luz do Sol com a atmosfera terrestre.
Por que o céu é azul?
Por que a chuva cai
em gotas e não em
jorro?
A atmosfera terrestre é o conjunto
de gases que envolve o nosso planeta. Nitrogênio e oxigênio compõem a imensa maioria, mas existe
um gás, que responde por apenas
0,00006% da atmosfera, que é o
responsável pela cor do nosso
céu, segundo o professor Paulo
Mottola: o ozônio.
A luz do sol é formada pela união
de várias cores. Ao entrar em contato com a atmosfera, ela se espalha devido às particulas existentes
no ar. Quando a luz solar chega ao
nosso planeta, encontra as moléculas de ozônio (O3) e, nelas, sofre
o fenômeno de refração.
Mottola explica que é como uma
filtragem: a luz atravessa molécula
e apenas a freqüência azul do espectro passa. Daí o céu ser azul. O
mesmo fenômeno explica um boni-
Ao redor da terra há um vapor
de água invisível. "Quando
essas gotículas
de vapor se
juntam, formam
as nuvens",
explica o professor de Física Luiz Carlos Marques Silva, de
São Paulo. Como são muito pequenas, com diâmetro de milésimos
de centímetros, essas microgotículas, que podem ser formadas também por cristais de gelo, são muito
leves e flutuam.
De acordo com Silva, a chuva não
está dentro das nuvens, mas sim
uma nuvem que se desfaz, perdendo partes de si mesma. A transformação da nuvem em gotas se dá
quando há choques entre as microgotículas, formando gotas maiores e mais pesadas, o que as faz
cair.
O modo como as gotas da chuva
se formam depende do tipo de nuvem, se quente ou fria. Nas nuvens
quentes, à medida em que uma gotícula cai, ela se choca com outras,
fundindo-se com elas e formando
uma gotícula um pouco maior. Este processo continua à medida em
que a gota vai caindo e, quando
ocorre de forma rápida, forma uma
gota de maior tamanho.
Nas nuvens frias as gotas iniciamse como cristais de gelo. Essas
nuvens se formam a uma altitude
elevada e prolongam-se até zonas
onde a temperatura está abaixo de
0ºC, o ponto de congelamento da
água. À medida em que o ar tornase mais quente, os cristais derretem, transformando-se em gotas
de chuva.
da atmosfera. Parte da luz é refratada para dentro da gota, refletida
no seu interior e novamente refratada para fora da gota. A luz branca é uma mistura de várias cores.
Quando a luz atravessa uma superfície líquida - no caso, a gota da
chuva - ou sólida (transparente), a
refração faz aparecer o espectro
de cores: violeta, anil, azul, verde,
amarelo, laranja e vermelho.
"Quando a luz do sol atravessa um
trecho de chuva, ela é refletida e
refratada no interior das gotas e
devolvida em várias cores ao ambiente", segundo o Departamento
de Física da USP. Mas o arco-íris
não existe realmente. Ele é uma
ilusão de óptica cuja posição aparente depende da posição do observador. Todas as gotas de chuva
refratam e refletem a luz do sol da
mesma forma, mas somente a luz
de algumas delas chega ao olho
do observador.
Segundo cientistas, ás vezes é
possível que um segundo arco-íris,
mais fraco, possa ser visto fora do
arco-íris principal. Esse raro fenômeno ocorre quando há dupla reflexão da luz do sol nas gotas de
chuva. Devido à reflexão extra, as
cores do arco são invertidas quanUm arco-íris apado comparadas com o arco-íris
rece quando a luz
principal.
branca do sol é
Da redação
interceptada por uma gota d'água
Como se
forma um
arco-íris?
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Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 11
Culturas e tradição
Casamento na Roça
PERSONAGENS:
Padre (nome), mulher do padre (nome),
noiva (nome), duas ex-namoradas do
noivo (nomes), noivo (nome), Delegado (nome), dois ajudantes de delegado
(nome), pais da Noiva (João Fábio e
Marisa), Irmão da Noiva (nome) e Padrinhos (nomes).
Os convidados se posicionam em duas filas, deixando o centro para a passagem da noiva. O padre encontra-se
no Altar, sua mulher “grávida”, ao lado, os padrinhos, a família da noiva, o
delegado e seus ajudantes, próximos
do Altar.
Numa barraca ao lado da Igreja o noivo, na companhia se uma ex-namorada
que sai da barraca aparentando bêbada e suspirando de alegria e cansaço.
EX-NAMORADA: Ai! Pedrilho Foguetão
me deixou doidinha!
O noivo grita:
NOIVO: Oh! Vidão porreta! Isso é bom
demais! O pior é que eu já to é morto!
Oh! Mulher do cão!
Chega outra ex-namorada e o noivo
alegra-se.
NOIVO: Pois não é que eu estava te
esperando! Chegue pra cá minha bichinha me fazer um chamego! Eu estou cansado!
EX-NAMORADA: Cansado de quê? O
que era que você estava fazendo aqui
no nosso ninho?
NOIVO: Cansado de tanto trabalhar
mulher! E era de ser de que?
Na Igreja o Padre anuncia a chegada
da noiva:
PADRE: A noiva ta chegando! Vamos
bate parma pra ela pessoar!
NOIVA: Ai mãe, ele num vem., acho
que vou desmaia! (simula um desmaio,
é acudida pela mãe e pelas madrinhas).
O pai da noiva faz um sinal para o delegado, cochica no ouvido.
DELEGADO: Pêra aí seu padre; eu já
vou buscar aquele safado! (e sai acompanhado por dois ajudantes armados
com espingarda e cassetetes).
PAI DA NOIVA: Pai não sai daí que eu
trago ele nem que seja morto pro senhor fazer o enterro!
E chegando lá.
NOIVO E EX-NAMORADA: UI! UI! UI!
UI! UI! UI!
NOIVO: Cadê a cachaça?
EX-NAMORADA: Ta aqui! (pausa) Ta
na hora do casório!
NOIVO:- Que negócio é esse de casamento e eu lá sou doido.
PAI DA NOIVA: Achemos ele delegado!
Aquele safado ta aí dentro! E se ele
não honrar minha filha, pode deixar
que eu mermo mato.
O noivo é encurralado e levado até o
altar, grande parte dos convidados
posicionam-se atrás do noivo para que
ele não fuja.
PADRE: Bão, vamos começar logo esse casório. Dirigindo-se a noiva dizJ Ocê, Chiquinha Dengosa, promete de
coração, pra marido toda vida, Pedrilho Foguetão?
NOIVA: Mais que pergunta mais isquisita seu vigário faz pra mim, eu vim
aqui mais o Pedrinho não foi pra dizer
sim?
PADRE: (Dirigindo-se ao noivo) – E
ocê Pedrilho, que me olha tão prosa,
qué mesmo pra sua esposa sinhá Chiquinha Dengosa?
EX-NAMORADA GRÁVIDA – Não seu
padre! Ele não pode se casar com Chiquinha Dengosa! Ele tem que se casar
comigo, porque eu estou grávida dele!
A noiva simula um desmaio nos braços do noivo.
NOIVO – Seu Padre, mais esse filho
não é meu! Ele é filho de Tiquim!
PADRE – E quem é Tiquim?
NOIVO: Seu Padre, é tiquim de um, um
tiquim de outro.
O pai e o irmão da noiva tiram a exnamorada da Igreja.
O noivo põe a sua noiva de pé.
DELEGADO – Padre, sem mais nenhuma massada termine esse casamento.
Ligeiro! (aponta a arma para o padre).
NOIVO – Padre faça o que o delegado
mandou que eu prefiro casar com Dengosa a ser pai de Tiquim.
PADRE – Então Pedrilho Foguetão deseja sinhá Dengosa como sua esposa?
NOIVO – Num havia de querê, num é
essa minha opinião, mas se não caso
com Chiquinha, vô direto pro caixão.
(olha para o delegado que mira a espingarda).
IRMÃO DA NOIVA: (Segura o colarinho
da camisa) Diz logo esse sim seu cabra safado!
NOIVO – Sim seu Padre!
PADRE – Então, em nome do cravo e
do manjericão caso a Chiquinha Dengosa.
CONVIDADOS – Viva!!! ( e jogam arroz
para dar sorte).
PADRE – E vamos pro baile, pessoar!!!! (convidados formam pares e iniciam quadrilha).
milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos
deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido,
canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são
apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem
parte do cardápio desta época: arroz doce,
bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque,
quentão, vinho quente, batata doce e muito
mais.
Tradições
As tradições fazem parte das comemorações.
O mês de junho é marcado pelas fogueiras,
que servem como centro para a famosa dança
de quadrilhas. Os balões também compõem
este cenário, embora cada vez mais raros em
função das leis que proíbem esta prática, em
função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam
andando e cantando pelas ruas das cidades.
Vão passando pelas casas, onde os moradores
deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são
realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e
empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes.
A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo
casamenteiro, são comuns as simpatias para
mulheres solteiras que querem se casar. No
dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a
tradição que o pão bento deve ser colocado
junto aos outros mantimentos da casa, para
que nunca ocorra a falta. As mulheres que
querem se casar, diz a tradição, devem comer
deste pão.
LIVRE PARA ANUNCIAR
A Origem das Festas Juninas
De acordo com historiadores, esta festividade
foi trazida para o Brasil pelos portugueses,
ainda durante o período colonial (época em
que o Brasil foi colonizado e governado por
Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de
elementos culturais portugueses, chineses,
espanhóis e franceses. Da França veio a dança
marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as
típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde
teria surgido a manipulação da pólvora para a
fabricação de fogos. Da península Ibérica
teria vindo a dança de fitas, muito comum em
Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o
passar do tempo, misturando-se aos aspectos
culturais dos brasileiros (indígenas, afrobrasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características
particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas
ganham uma grande expressão. O mês de
junho é o momento de se fazer homenagens
aos três santos católicos: São João, São Pedro
e Santo Antônio. Como é uma região onde a
seca é um problema grave, os nordestinos
aproveitam as festividades para agradecer as
chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas
representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades
nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e
geram empregos nestas cidades. Embora a
maioria dos visitantes seja de brasileiros, é
cada vez mais comum encontrarmos turistas
europeus, asiáticos e norte-americanos que
chegam ao Brasil para acompanhar de perto
estas festas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do
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Projeto: Formiguinhas do Vale
Junho 2009
Gazeta Valeparaibana
Página 12
Limitações sociais
Devaneios e preocupações de um preocupado...
Quantos de nós já não nos questionamos sobre o que está ocorrendo em
nosso planeta. Chuva onde havia seca
e Fone e, Seca onde antes havia fartura e prosperidade.
A banalização que está sendo imposta
ás causas ambientais e o modismo
com que se está querendo rotular os
ambientalistas, são mais que evidentes interesses daqueles que fizeram e
estão fazendo deste mundo, um munMilhares dos mais pobres no planeta do com futuro imprevisível.
estão morrendo de fome e de sede;
Crianças, em condições sub-humanas Quantos de nós já não nos questionavegetando em lamaçais e terra seca mos sobre o Mundo que nossos filhos
ou inundada de sujeira e dejetos de vivenciarão? - Quantos de nós já não
uma forma tal que para o século XXI nos questionamos, sobre a responsase nos apresenta irracional.
bilidade de colocarmos um novo ser
no mundo atual?
Vírus e doenças, novas e velhas que
pareciam já erradicadas do planeta, O certo é que a natureza nos está
reaparecem mais fortes e sob novas mostrando que algo está errado, nós a
formas desafiando a ciência e pondo sociedade enxergamos diferenças a
em pânico, este novo Globo globaliza- olhos vistos e a própria natureza se
do.
encontra confusa, ao ponto de algumas árvores frutíferas se encontrarem
Alterações comportamentais na socie- em extinção e outras mudando sua
dade, em crianças, jovens e adultos data de frutificação ou frutificando
que teem vindo a tornar a Paz social duas a três vezes ao ano.
um sonho perseguido pela maioria da
sociedade.
Afinal o que está errado? Onde estamos errando? O que nos estão escon-
dendo?
Interesses maiores, de grandes corporações continuam a ser motivo para
ignorar os acontecimentos e os interesses financeiros se sobrepõe ao racional.
Será que são somente as queimadas?
Será que são somente as emissões de
gases que elevam o efeito estufa, provocados por nossos veículos? Ou será que são também as toneladas de
lixo atômico e espacial que diariamente estão emporcalhando a estratosfera? Será que são também os alimentos que somos obrigados a ingerir carregados de agrotóxicos e fertilizantes
químicos?
Aonde estará a verdade?
Quem terá coragem de explicar?
Aonde estão as respostas?
Filipe de Sousa
Os fatos
A chegada de uma frente fria no litoral
do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina poderá causar rajadas de ventos
de até 80 km/h e até neve nas áreas
mais altas do planalto catarinense entre este domingo e a próxima terçafeira, segundo previsão do Centro de
Informações de Recursos Ambientais
e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram).
O instituto explica que a frente fria está associada a um sistema de baixa
pressão posicionada no litoral e formará um ciclone extratropical. Na parte
oceânica, os ventos devem ultrapassar
os 80 km/h e o mar ficará muito agitado, principalmente ao sul de Florianópolis, de acordo com o Ciram.
A próxima semana começa sob a influência de uma intensa massa de ar seco e frio, que deixa o tempo firme com
sol e temperaturas bastante baixas em
todas as regiões de Santa Catarina.
Nas áreas mais próximas ao RS, do
Oeste ao Planalto Sul Catarinense, o
tempo ainda fica mais úmido devido ao
ciclone extratropical, com possibilidade de neve nas áreas altas do Planalto
Sul, na madrugada de terça-feira.
A noite da quarta-feira será a mais gelada da semana, com temperaturas
próxima de zero grau e negativas nas
áreas mais elevadas do Oeste, Meio
Oeste e Planalto, com formação de geada ampla em boa parte do Estado,
segundo previsão do Ciram.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou no final de maio que
"não é hora de buscar culpados" para
a tragédia ocorrida na última quintafeira com o rompimento da barragem
Algodões I, em Cocal, que deixou pelo
menos sete mortos. "Então qualquer
um, seja engenheiro, seja meteorologista, não poderia prever um fenômeno como esse. Acho que não é hora de
culpar nem Deus, e nem a humanidade", disse.
Em relação à nota do engenheiro Luiz
Hernani que nega ter determinado o
retorno das famílias na barragem Algodões I, mesmo com o risco de rompimento, o governador reafirmou que o
desastre foi imprevisível.
"Em relação à nota é uma posição pessoal dessa pessoa (se referindo ao engenheiro Luiz Hernani). Ninguém poderia prever. Ninguém de bom senso,
nem os institutos meteorológicos, poderiam prever que do outro lado da
serra no Ceará (haveria) uma chuva de
142 mm, ocorrida em poucas horas,
nos municípios de Santana do Acaraú,
Sobral, Tianguá e Vicoça", afirmou.
Dias, que foi até a cidade de Cocal
neste domingo, anunciou que fará uma
consulta à população sobre a construção de uma nova barragem. "Se tem
alguém que quer saber a verdade do
que aconteceu sou eu. Agora, não vamos tomar qualquer providência na
barragem sem ouvir a população", disse o governador.
Para Wellington Dias, a preocupação
maior deve ser a de localizar os desaparecidos. Ele confirmou que até agora são sete óbitos e duas pessoas desaparecidas. O governador pediu que
os números de mortes fossem concentrados na divulgação da Defesa Civil
para evitar pânico e especulações de
números.
Dias divulgou que as meninas desaparecidas são Raissa Alves dos Santos,
1 anos três meses e a Taissa Alves
dos Santos, de 9 anos. São duas irmãs
da comunidade Angico Branco.
De acordo com o governador, a maior
chuva da história do Piauí ocorreu este
ano nos dias 30 de abril e 1º de maio,
que foi de 118 mm. "Eu devo dizer que
sofro muito. Não tem no mundo quem
consiga pagar ou substituir a dor dessas pessoas que tiveram seus entes
queridos perdidos".
?
www.conelestepaulista.brazi.us
Além de falarem a mesma língua (o
português), há outra impressionante
identidade entre Brasil e Índia na
nova novela das oito, “Caminho das
Índias”: o tamanho dos “palácios”
das famílias ricas de ambos os países, com seus pés-direitos monumentais, suas muitas salas e antesalas, seus serviçais e familiares agregados. Têm realmente uma escala
“oriental” –reparem nas portas, na
altura dos tetos– as residências da
elite carioca, ali. É, no entanto, em
torno das diferenças culturais que
gira a dança de quadrilha dos conflitos amorosos da trama. O “tempero
exótico”, além da cafonice, é uma
das marcas de sua autora, Glória
Perez. Dessa vez, há o jovem indiano
que faz negócios no Brasil e ameaça
desrespeitar um dos preceitos de
sua cultura –o casamento arranjado–
para poder se unir à amada brasileira. Isso porque, claro, ele ainda não
conhece Juliana Paes, moça de grupo social superior e operadora de
telemarketing que já se apaixonou
por um integrante de casta
“intocável” com doutorado nos Estados Unidos (Márcio Garcia). Abundam os clichês de uma Índia ao mesmo tempo “globalizada” e tradicional, em que se ressaltam suas características rígidas e hierárquicas. Serve para que o Brasil apareça como
representante da modernidade ocidental, antiga aspiração da excolônia periférica magicamente realizada por Perez. Mas as oposições
entre os dois países criam relações
curiosas, talvez não propositais. Apresentados ambos como objeto de
preconceito e ignorância, um certo
paralelo surge entre os “intocáveis”,
na Índia, e os loucos –ou “usuários
de saúde mental”– no Brasil. Não à
toa, o principal personagem nesse
último grupo é negro e pobre. A
“naturalização” das diferenças, criticada na prática das castas, parece
ressurgir, parcialmente, no
“ocidente”. Quanto aos “palácios”
da gente rica de toda parte, é verdade que eles são um fetiche constante do mundo das novelas. Mas, numa trama que procura dar tanta importância às diferenças, é curioso
que seja justo nessa dimensão –
digamos, socioeconômica– que apareçam as maiores semelhanças –e
nada “ocidentais”– entre os dois países. Creio que Márcio Garcia tinha
em mente diferenças, e não semelhanças, quando comentou sobre a
condição social de seu personagem:
“Na Índia, direitos iguais não existem”.
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 13
Alimentação orgânica e hortas orgânicas
BRASÍLIA - Mostrar à população a importância dos alimentos orgânicos e
incentivar o consumo desses produtos é o objetivo da campanha “Entre
para o Mundo da Vida Saudável. Prefira Alimento Orgânico, promovida pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), durante a 5ª
Semana dos Alimentos Orgânicos,
que será realizada de 25 a 31 de maio,
em 24 estados e no Distrito Federal.
manejar os recursos naturais de forma
harmoniosa, garantindo a saúde não
só de quem os consome, mas também
de todo o ambiente em questão.
nutrientes à dieta da família. Ervas,
cebolas, tomates, pimentões e vegetais de folhas verdes escuras como
espinafre são ideais.
Este tem como precursor o pesquisa- Existem três fatores principais para se
dor inglês Sir. Albert Howard; que fri- fazerem hortas de telhado:
sava que a fertilidade do solo é o fator
essencial para a eliminação das doenças em plantas e animais. Assim, tal · As hortas devem ser leves.
modalidade agrícola considera a inter- · As hortas devem custar pouco ou
nada.
dependência entre solo, planta, ambiA campanha será veiculada em canais ente e homem; reconhecendo o pri- · Os métodos devem ser fiáveis –
de TV aberta e fechada, cinema e inter- meiro como um organismo vivo.
para que as pessoas desenvolvam
net. Além disso, cartazes, folderes e
a sua confiança no método.
uma cartilha do Ziraldo divulgarão os Ao contrário da agricultura convenciobenefícios das frutas, hortaliças, nal, a agricultura orgânica pratica a De acordo com a nossa experiência,
grãos, carnes e demais alimentos or- rotação de culturas; com manejo do praticamente qualquer coisa pode
gânicos para a saúde .
solo baseado na utilização de matéria crescer em uma sementeira rasa. A
tanto vegetal quanto animal para a a- profundidade da sementeira determina
De acordo com o coordenador de
dubação, permitindo a manutenção de com que frequência se deverá regar.
Agroecologia, Rogério Dias, a campa- seus organismos e aporte de nutriennha e a Semana dos Alimentos Orgâ- tes. Assim, húmus de minhoca, esterOs fertilizantes são um grande problenicos são importantes para que o con- co curtido, adubação com leguminoma em áreas urbanas – é pouco provásumidor entenda o seu papel e promo- sas, dentre outras técnicas, são emvel que haja estrume disponível. Os
va uma agricultura mais sustentável.
pregadas visando este objetivo. A aplifertilizantes inorgânicos podem ser
cação de minerais naturais e controle
conseguidos mais facilmente.
Selo Oficial - O público escolheu a i- biológico de pragas são outros aspecdentidade visual do Selo Brasileiro de tos relacionados a essa prática, que
Conformidade Orgânica que vai identi- exclui completamente a utilização de
ficar os alimentos comercializados e transgênicos.
conferir mais garantias aos consumidores, a partir do primeiro semestre Sistemas orgânicos são, também, conde 2010. No caso das feiras e Ceasas, trários à aplicação de monoculturas,
cada produtor será responsável por buscando respeitar a sazonalidade
verificar a qualidade do alimento ven- dos alimentos. Além disso, incentivam
dido pelos “companheiros” e deve ser o trabalho de pequenos produtores,
cadastrado no Ministério da Agricultu- considerando aspectos relacionados à
ra, até 28 de dezembro de 2009.
tradição, cultura e mecanismos de or- Os adubos compostos também são
ganização social local; e fornecendo mais difíceis de serem feitos em telhaAlimentos orgânicos
condições trabalhistas, econômicas e dos devido ao cheiro, pragas de insectos e ratos.
sociais justas.
Alimentos orgânicos, além de serem É possível fazer hortas em pequenos
cultivados sem o uso de agrotóxicos espaços, desde que a água (incluindo Muitas casas em áreas urbanas não
ou outros produtos sintéticos, são re- água já usada) esteja disponível. Culti- têm espaço para hortas. O solo pode
sultantes de um sistema que busca ve vegetais que adicionem sabor e ser duro e infértil. Mas aqui está uma
idéia prática que praticamente qualquer família pode implementar. Ela
funciona melhor se algumas famílias
trabalharem juntas e construírem uma
horta em cada dia ou semana.
1 - Encontre um espaço do tamanho
de uma porta. Demarque um lote que
seja aproximadamente do mesmo formato de porta (cerca de 1 metro de
largura e 2 metros de comprimento).
Faça um buraco no solo até aproximadamente à altura do joelho. Se várias
pessoas trabalharem juntas, isto pode
ser feito rapidamente, mesmo se o solo for muito duro e seco. Tenha o cuidado em manter separado o solo superior (de cor escura), do solo inferior
(de cor mais clara e com mais pedras),
fazendo dois montes.
2. Todas as famílias trazem os seus
restos de material orgânico doméstico
daquele dia e deitam-nos no buraco –
cascas e restos de legumes, restos de
papel, ossos de animais, cascas de
ovos. Use também grama (relva) ou
mato cortado.
3. Quando o buraco estiver cheio pela
metade, deite água até cobrir os restos. Adicione então o subsolo, seguido do solo superior.
4. Plante fileiras de sementes de legumes e cubra com capim ou folhas de
bananeira como material orgânico.
Mantenha bem regado.
5. Decida agora que casa terá o próximo canteiro! Se tiver espaço, você poderá construir vários canteiros sucessivamente.
Projeto: Planta Brasil
O prazer de mexer com a argila
Significado da Arte. É isso mesmo. "A mais sim- gira em movimento centrífugo para ganhar forma.
ples, por ser a mais elementar; a mais difícil, por ser "É tão intenso que minha mão parece estar em paua mais abstrata", anotou.
sa. É quando os pensamentos são esvaziados um a
um, e surge a criação das novas formas."
Mas quem se aventurar a pôr a mãos no barro para
transformá-lo em objetos como xícaras, potes, pa- Além disso, há um outro sentido em manusear o
nelas ou esculturas poderá ser fortemente recom- barro:
pensado. O trabalho com a argila proporciona pos- "O prazer de mexer com algo que é muito antigo",
tura corporal, reeducação da respiração, concentra- diz o artista mineiro Máximo Soalheiro.
ção e até mesmo meditação.
É verdade. Fazer da terra objetos úteis é uma ativi"A disciplina no fazer continua sendo o ingrediente dade que precede até a descoberta do fogo. "Ao
"A cerâmica é ao mesmo tempo a mais simples e a básico para se conseguir centrar o monte de barro", mexer com a argila, entramos em contato com nosmais difícil de todas as artes", escreveu certa vez o diz a ceramista Hideko Honma. Com o barro centra- sa ancestralidade".
crítico de arte inglês Herbert Read, em seu livro O do, a próxima etapa é o trabalho no torno, onde ele
Editora Abril
www.plantabrasil.brazi.us
Junho 2009
Gazeta Valeparaibana
SAÚDE - Esclareça-se e esclareça sua filha.
De repente, a menina nota que precisa
começar a usar desodorante. Um olhar mais atento mostra que os seios
estão surgindo. Logo, a primeira
menstruação acontecerá. Pais e garotas devem ficar atentos: a vida das
jovens vai mudar, e muito. Estudos
recentes mostram tendência mundial
de a primeira menstruação (menarca)
chegar por volta dos 10 anos de idade.
"Minha mãe menstruou aos 14 e eu,
aos 10. Por um lado foi horrível: tive
de usar absorventes, ficar sem ir à
praia. Mas tem a parte boa: prova que
sou adolescente", conta Lara do Amaral, 12 anos. "Foi um susto quando
chegou, pois vi que minha filha já poderia ser mãe. Além dos cuidados da
nova realidade, tive de conversar sobre sexo com ela", diz Lúcia Gouvêa,
40. "A puberdade pode ser vivenciada
como uma conquista, desde que seja
valorizada a condição feminina", orienta a psicanalista Silvia Abu-Jamra
Zornig, da Associação Brasileira de
Estudos do Bebê.
e 1993, para 9,86, entre 2006 e 2008.
Tire dúvidas
1) Que absorvente usar?
Os externos são mais indicados, embora não haja restrição técnica ao interno. Este, porém, por ser invasivo,
pode causar constrangimentos à menina e até machucá-la, se usado de
maneira errada. Os externos podem
ser perfumados ou sem cheiro, mas
em caso de reação alérgica ao primeiro, é melhor adotar a segunda opção.
"A alimentação das pessoas tem melhorado. Hoje consumimos mais proteínas e vitaminas, o que permite a
melhor formação do organismo. Ou
seja, o corpo se desenvolve mais ce2) O que fazer em caso de cólicas?
do. Isoladamente, isso não explica o
Baixa estatura
evento, pois o estímulo social tamQuando a menina não conseguir sair
bém influencia", esclarece Fátima Casos considerados precoces - quan- da cama, é indicado levá-la ao ginecoCoutinho, da Sociedade de Pediatria do a menarca acontece por volta dos logista. Em geral, analgésicos resoldo Rio de Janeiro (Soperj).
8 anos - merecem atenção. "Ficamos vem o problema, mas sempre sob oriatentos ao crescimento, que desaceentação médica.
Pesquisadores investigam ainda se lera com a chegada da menstruação",
hormônios usados na criação de fran- diz Marcelo Lemgruber, coordenador
3) É preciso ir ao ginecologista?
gos e bois usados na alimentação hu- do curso de ginecologia da Escola
mana podem influenciar, mas os da- Médica da PUC-RJ.
Não é obrigatório, já que menstruação
dos não são conclusivos.
não é doença. A decisão sobre a pri"Se a criança estiver muito baixa, usa- meira visita deve partir da jovem. Mas
No Brasil, as meninas costumam mos remédios para bloquear o ciclo quando ela inicia a vida sexual é inmenstruar aos 12 anos nas cidades menstrual e tentar que ela cresça aldispensável.
mais desenvolvidas, e aos 13 onde as guns centímetros", acrescenta. O hecondições econômicas são ruins. Um biatra Williams Ramos explica que a 4) É aconselhável ou não a prática de
dos fatores principais é justamente a criança para de crescer 2 anos após a
atividades físicas?
nutrição. Pesquisadores têm dados chegada da menstruação.
que indicam que, no início dos anos
Os exercícios até ajudam a melhorar
1900, a menarca só ocorria aos 15 a- Atitudes que transformam as garotas
os sintomas.
nos.
Estudo da Universidade de Copenhague (Dinamarca) mostra que a substi5) Há alguma alteração na rotina?
"Há uma antecipação da menarca de tuição das bonecas por passeios em
três ou quatro meses a cada década. shoppings, idas a cabeleireiros e hoA menstruação, ao contrário do que
É o que chamados de aceleração se- ras a fio no computador desencadei- muitos dizem, não impede a jovem de
cular. Além da alimentação, outros am processo de "vivência adulta" caandar descalça, beber líquidos gelafatores são a maior exposição à luz e paz de acelerar as mudanças físicas
dos ou lavar a cabeça, entre outras
amadurecimento precoce", explica o nas meninas. A idade média do deatividades. Deve-se levar vida normal.
hebiatra (médico de adolescentes) senvolvimento dos seios, por exemWilliams Santos Ramos, da Associa- plo, baixou de 10,88 anos, entre 1991 Da redação
ção Brasileira da Adolescência.
A ADOLESCÊNCIA
A adolescência é o período entre a
infância e a idade adulta, caracterizada por alterações no desenvolvimento
biológico, psicológico e social. Biologicamente o início é sinalizado pela
aceleração rápida do crescimento do
esqueleto e pelo início do desenvolvimento sexual; psicologicamente, o
início da adolescência é sinalizado por
uma aceleração do crescimento cognitivo e da formação de personalidade;
socialmente, este é um período de
preparação intensificada para o futuro
papel de um jovem adulto. O início e a
duração da adolescência são variáveis. É útil fazer a distinção entre puberdade, que é um processo físico de
mudança, caracterizado pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias, e a adolescência, que
é um processo de mudanças psicológicas. Sob circunstâncias ideais, os
processos são sincronizados. O final
da adolescência ocorre quando o adolescente recebe plenas prerrogativas
de adulto.
A adolescência geralmente é dividida
em três períodos:
Pré-adolescência: O marco principal
da pré-adolescência é o aparecimento
da puberdade. As mudanças biológi-
cas da puberdade são iniciadas e controladas por interações complexas de
sistemas gonadal e adrenal e pelo eixo hipotalâmico-hipofisário. A atividade dos hormônios produz as manifestações clínicas da puberdade, tradicionalmente categorizadas como características sexuais primárias e secundárias. As características primárias são
aquelas diretamente envolvidas no
coito e na reprodução. Órgãos reprodutor e genitália externa. As características secundárias incluem o desenvolvimento dos seios, alargamento
nos quadris nas mulheres, e crescimento de pêlos faciais e mudança no
tom de voz, nos homens.
Página 14
Estudo sobre Valores
Sociais
Disponibilizamos para douwload
em PDF um estudo sobre comportamento e valores pessoais e sociais
efetuado em Portugal, que pode nos
dar uma idéia de como os problemas
são mais comuns do que possamos
imaginar.
O Trabalho tem por título “Análise
Psicológica” e por tema:
“Erro educacional fundamental nos
domínios moral, pró-social e acadêmico: Dados empíricos e implicações
emocionais.”
Trata-se de um Estudo muito rico
em direcionamentos educacionais e
que julgamos de muita atualidade e
utilidade, para o desenvolvimento de
trabalhos, sobre Educação Moral e
Cívica.
Vale a pena conferir.
www.gazetavaleparaibada.com/
comportamento.pdf
Exames e laboratórios
Em ambos os sexos, a maior parte
dos níveis hormonais adultos é atingida em torno dos 16 anos, mas as garotas começam a puberdade, em média, aos 11 anos, e os meninos aos 13
anos.
Os aumentos característicos de peso
e altura também ocorrem mais cedo
nas meninas do que nos meninos de
modo que aos 12 anos, as meninas
são mais altas e pesadas que nos meninos.As grandes transformações orgânicas impõem dificuldades de ajustes mentais correspondentes, daí uma
fase de grande retraimento.
Da redação
Não existe País que se queira grande, sem que invista em uma boa educação, para a sua juventude.
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Página 15
Estresse x Coração
O American Journal of Medicine em
1997 publicou um trabalho onde é
mostrado que o contato escasso com
pessoas é um fator de risco maior do
que o cigarro para contrair doenças
virais respiratórias. Pensamentos antigos estão ressurgindo. Hipócrates em
500 AC já dizia que as emoções estão
ligadas à saúde. Hoje os cientistas
estão conseguindo demonstrar que as
paixões podem desencadear doenças.
Descobriram que certas células do
corpo humano são capazes de enviar
mensagens entre células nervosas e o
sistema imunológico.
Estudos em animais mostraram que a
interrupção dessa comunicação entre
as células, seja pela engenharia elétrica ou pelo uso de drogas, está associada com uma maior susceptibilidade
às doenças da tireóide, doenças inflamatórias e artrites.
A maioria dos estudos relaciona o estresse à hipertensão e às doenças do
coração. Dados convincentes sugerem que o medo crônico, a ansiedade,
a solidão e a depressão podem ser
letais para pessoas com doenças do
coração.
É significativo o fato de que os ataques cardíacos são provocados pela
agregação de plaquetas formando coágulos, fenômeno conhecido como
"correr ou lutar" e desencadeado pelo
medo ou pavor. Todos nós estamos
constantemente experimentando o
estresse de uma ou outra forma.
Estresse agudo e crônico.
O estresse agudo
É o conseqüente a um acontecimento
traumático, como a perda de um ente
querido, um assalto, uma doença grave na família, a perda do trabalho, perda de um bem.
O estresse crônico
É o do dia a dia, como os problemas
de trânsito, da profissão, econômicos,
relações de trabalho, de família. Nas
situações de estresse o corpo libera
dois hormônios, a adrenalina e a cortisona.
Como resposta a esses dois hormônios as plaquetas se agregam, as células imunológicas são ativadas, o açúcar do sangue vai para os músculos
para lhes proporcionar energia, a respiração e a freqüência cardíaca aumentam e a pressão arterial sobe. A
cortisona de início mantém a resposta
ao estresse e depois lentamente vai
diminuindo até o organismo voltar à
função normal. Quando a situação estressante persiste, a reação persiste e
pode tornar-se prejudicial em vez da
reação benéfica inicial.
A chamada resposta alostática, o que
é?
Em 1998, no New England Journal of
Medicine, foi publicado um trabalho
que usa o termo alostático, que vem
do grego e significa "encontrar estabilidade através da mudança". Este é um
termo usado para explicar a adaptação
que o organismo encontra quando é
submetido a um estresse crônico. O
preço que o organismo paga para obter e conservar essa adaptação pode
ser alto. Algumas pessoas submetidas
a estresse crônico tornam-se hiperativas ou hipoativas quando expostas à
situação estressante. Uma produção
muito pequena ou muito grande de
hormônios frente a uma situação de
estresse pode ser prejudicial por desencadear a produção de substâncias
alternativas afim de corrigir o excesso
ou carência desses hormônios.
O excesso de cortisona:
1 - aumenta a produção de
insulina
2 - provoca fraqueza dos
músculos
3 - predispõe a infecções e a
descalcificação dos ossos
4 - favorece a depressão e a
degenerações do cérebro que levam à perda da memória.
"reação ao estresse" continuando
a produzir os hormônios uma vez
terminado o motivo que o desencadeou. Também se ignora porque
outras pessoas não produzem os
hormônios do estresse quando deles necessitam.
As pesquisas sugerem que exercício moderado e regular é a melhor
maneira de se opor aos efeitos prejudiciais do estresse. As pessoas
que regularmente fazem exercício
percebem que toleram o estresse
muito melhor e não necessitam
mais comer muito ou tomar grandes doses de álcool quando estão
em situações de estresse afim de
se acalmarem.
Reduzir o estresse não significa
que você deve mudar da cidade
para o campo, abandonar seu emprego, se aposentar, largar o automóvel ou mudar de profissão. Basta fazer mais exercícios físicos,
aumentar seu círculo de relações,
participar de atividades sociais,
mudar seus horários de trânsito.
Ainda não se sabe porque
certas pessoas não desligam a Da Redação
Maternidade precoce - um problema social.
No Brasil, de cada mil partos por ano, 71 são de meninas e adolescentes com idades entre 15 e 19 anos, geralmente solteiras. Em toda a América Latina,inclusive os países das Antilhas, o problema é muito grave no Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala etc.
De cada 13 milhões de partos latino-americanos por ano, 2 milhões ocorrem com meninas e adolescentes entre 15 e 19 anos. O Brasil, em que pese desfrutar
em um certo desenvolvimento econômico, encontra-se estatisticamente acompanhado de países muito atrasados.
A média brasileira (71) é pior do que a do conjunto dos países em desenvolvimento, onde a média de tais nascimentos é de 65 por mil partos ao ano. Entre as 2
milhões adolescentes latino-americanas mães todos os anos, muitas foram abusadas sexualmente dentro da própria família.
A cifra, segundo a ONU, é impressionante, e provoca alarme nos organismos que velam pelos direitos da infância como a Unicef. O tema mães adolescentes
será um dos pontos abordados na 10ª Cúpula Ibero-americana, que acontece no Panamá nas sexta-feira e sábado.
O lema dessa cúpula é: Unidos pela Infância e Adolescência, Base da Justiça e Igualdade no Novo Milênio. A Unicef pede providências dos governos nacionais
porque cada vez mais meninas e adolescentes estão sendo exploradas por agentes do comércio da prostituição.
Tal prostituição existe em todo o mundo, mas é mais gritante em bolsões de pobreza em países mais pobres, como Tailândia e Brasil. As meninas brasileiras
prostituídas são mais encontráveis nas cidades turísticas, Rio, Salvador, Natal, Fortaleza, mas também em cidades da Amazônia.
O documento da ONU cita como destacados centros de turismo sexual de meninas e adolescentes as cidades do Rio de Janeiro, Santo Domingo (República Dominicana), Lima (Peru) e San José (Costa Rica).
As Nações Unidas ainda informa que 65 pessoas do sexo feminino entre 15 e 14 anos, de países latino-americanos, são todos os anos infectadas com o HIV.
Porcentagem das mães adolescentes começaram a ser abusadas sexualmente quando tinham 5 anos e dentro da própria família.
No Brasil, contingentes expressivos de meninas de 9 a 14 anos são vítimas de exploração sexual, em diversas cidades, inclusive naquelas de fronteira agrícola
em torno da Amazônia, e dentro dessa região, em cidades como Manaus e naquelas onde concentram-se os negócios com os garimpos de ouro e pedras.
2 milhões de partos de adolescentes por ano na AL
Nos países da América Latina, inclusive Caribe, com Cuba, Haiti, República Dominicana e Porto Rico, entre outros, foram registrados 2 milhões de partos de
mães adolescentes por ano, desde 1997.
Isso representa 15% de todos os nascimentos na região, informa a Divisão de População do Departamento de Informação Econômica e Social e Análise de Políticas das Nações Unidas. A média em todos os países em desenvolvimento é de 65 por mil nascimentos. A média regional da América do Norte é de 68 partos
por mil nascimentos. No Canadá ocorrem 24 partos de adolescentes em mil, e nos EUA 60 partos de adolescentes.
Já na Europa, a média regional é de 25 partos em mil. Na Espanha e Portugal, a média é de 10 por mil e de 24 por mil, respectivamente. A média regional da África ao Sul do Sahara é de 143 por mil.
A média do Oriente Médio e África Setentrional é de 56. A média regional da Ásia Central é de 59; a média regional da Ásia do Sudeste e do Pacífico é de 56.
“A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.“
(Malba Tahan)
Gazeta Valeparaibana
Junho 2009
Aposentadorias
Minha proposta de Paz Social
MINHA PROPOSTA PARA
CONSTRUÇÃO DA PAZ.
A todas pessoas do mundo conturbado que estamos vivendo, nestes
tempos difíceis, apresentamos uma
proposta de “construção da paz”,
com cidadania, num momento em
que a paz social se nos apresenta
como um beco-sem-saída, sem uma luz no fim do túnel! Esperamos
assim estar contribuindo para pacificar a humanidade um tanto quanto meio louca a estas alturas dos
acontecimentos, já bastante caótica, em decomposição!
Espero que alguns de vocês também elaborem suas propostas para
paz ou entrem para o “Projeto Violência Não” do Projeto Social
“Formiguinhas do Vale”, nos apresente críticas e propostas, para
que juntos possamos construir a
paz social e um meio ambiente
mais limpo, agradável e autosustentável. A paz social, uma sociedade mais justa e uma melhor qualidade de vida só podem ser construídas com a participação de cada
um de nós no coletivo da massa
social, com atitudes reais e determinadas.
Em l986 sai da cidade de São Paulo
para me fixar definitivamente nesta
maravilhosa cidade de São José
dos Campos. Foi quando tomei conhecimento do universo da violência escolar, ao observar o comportamento agressivo da maioria dos
alunos, das crianças em geral e
das também não tão crianças, na
sua falta de solidariedade para com
os mais velhos, o desassossego,
as inquietudes de tendência agres-
sivas, a falta de respeito para com
o Meio Ambiente, a ausência de
valores éticos, morais e espirituais.
Mais, que essas atitudes estavam
alcançando níveis de sobrevivência humanas assustadoramente
insuportáveis, com alto grau de degradação do Meio Ambiente e da
convivência social. Conclui que o
interior de uma sala de aula é um
palco de dramatização da violência, onde as peças são apresentadas, uma após outra, na forma de
desrespeito ao professor, desacatos, ameaças, etc., por alunos que
desrespeitam ao professor, não
respeitam seus colegas, não respeitam a si mesmo; fazem do templo da aprendizagem o palco da
violência e de seu habitat um cesto
de lixo.
Foi ai que percebi que a violência
escolar é extensão da violência familiar, e da social influenciada pelos exemplos de corrupção e de
impunidade daqueles que deveriam
ser os exemplo, e que cresce diariamente em progressão geométrica,
de maneira assustadora a ponto de
colocar em risco a convivência amistosa e sadia nas Comunidades;
se nada fizermos para reversão das
causas desta situação, o futuro se
nos apresenta deveras, preocupante. E para reverter este quadro caótico é que resolvemos dar uma singela contribuição para o processo
de construção da paz, fundando o
MOVIMENTO FORMIGUINHAS DO
VALE, UMA OSCIP, sem fins lucrativos, que em seus projetos imprime a Educação Ambiental e o Equilíbrio Social.
O Movimento Formiguinhas do Vale com Paz pertence à humanidade
Página 16
e está para ser construído por todos nós que tomamos consciência
das dimensões caóticas da violência Social e Ambiental. Ele terá a
configuração final que desenharmos, terá a pintura que fizermos.
Vamos desenhá-lo? O Movimento
já conta com um projeto de construção da paz, “Viveiro escola Planta Brasil”www.plantabrasil.brazi.us
e outros em processo de edição,
estão em processo de registro nos
órgãos competentes, e interligados, como elemento multiplicador
e de comunicação ao Jornal Educação, com edição Mensal de
10.000 exemplares, “Gazeta Valeparaibana” Também contamos com
o apoio das comunidades abrangidas, suas maiores divulgadoras e
incentivadoras, acesse os sites:
www.gazetavaleparaibana.com
www.pousadadovalesjc.brazi.us
www.conelestepaulista.brazi.us
Então, meus caros amigos professores, coordenadores, diretores e
concidadãos, ao fazer o lançamento oficial aqui, hoje de um trabalho
que começou em 2004, prestamos
contas à humanidade do que fizemos, até agora, e do que pretendemos fazer daqui para frente, juntamente com todos os envolvidos e
os que vierem a se envolver no
processo de construção de dias
mais felizes para as Comunidades
envolvidas, ao participarem ativamente de NOSSOS PROJETOS. Venham nos conhecer.
Contatos:
Filipe de Sousa
Fone contato: 9114.3431
A criança tem uma resposta mais imediata e é o melhor agente multiplicador do conhecimento em sua comunidade familiar e social.
Não desperdice água. Não deixe uma única de suas torneiras de casa pingando, seu dinheiro está indo
para o ralo. Água é um liquido precioso cada vez mais rara quando pura. Água já provoca mortes de
milhares de pessoas em diversos paises do mundo, por sua escassez. Água, caso não se poupe, poderá
vir a ser motivo de guerras e conflitos mundiais.
Pense nisso !!!!
Que futuro você quer deixar para seus filhos e netos?
“A Sorte de uma nação que se quer grande depende de uma boa e ampla educação de seu povo.”
O Aposentado
EO
SISTEMA
O atual sistema de aposentadoria é injusto e
somente a UNIÃO DOS APOSENTADOS poderá modificá-lo. Seja através de Associações
especificas ou Sindicatos. Esse Sistema criminoso, imposto pela continuidade dos governos em anistiar sonegadores, bancos,
prefeituras, empreiteiras e tantos outros, com
dinheiro de contribuições previdenciárias,
condena à precariedade 26 milhões de aposentados e pensionistas.
É bom lembrar que a Transamazônica, Ponte
Rio-Niteroi, foram construídas com o dinheiro
da aposentadoria desses trabalhadores. E, ao
longo de três ou quatro décadas, os aposentados depositaram compulsoriamente parte
de sua renda ao Instituto Nacional do Seguro
Social. Esses 26 milhões de aposentados,
nunca desviaram um centavo de suas contribuições, mesmo quando em sua mesa faltava
o que comer, continuaram a contribuir aos
Cofres da Previdência.
Agora, na hora de aposentar,é roubado descaradamente pelo “Fator Previdenciário”,
reduzindo sua aposentadoria à metade do
que teria direito.
Desta forma, se os aposentados não tomarem
consciência e se não organizarem na luta por
seus direitos, a cada ano que passa diminuíra
o fio de esperança e o descaso continuará, na
falta de respeito para quem tanto trabalhou
para a construção do Brasil que hoje temos.
Sugiro uma ação conjunta, com envio de Emails para o Presidente LULA. Quem sabe,
enchendo a caixa de mensagens do Presidente, na sua abnegação em eleger seu sucessor, não leve em conta este absurdo.
Divulguem esta sugestão.
IMPORTANTE
As ambulâncias e emergências médicas
perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada, os feridos têm um
celular consigo. No entanto, na hora de
intervir com estes doentes, não sabem
qual a pessoa a contatar na longa lista de
telefones existentes no celular do acidentado.
Para tal, a Cruz Vermelha lança a ideia de
que todas as pessoas acrescentem na
sua longa lista de contactos o NUMERO
DA PESSOA a contatar em caso de emergência. Tal deverá ser feito da seguinte
forma: 'AA Emergência' (as letras AA são
para que apareça sempre este contato
em primeiro lugar na lista de contatos).
É simples, não custa nada e pode ajudar
muito a Cruz vermelha ou quem nos acuda.
Se lhe parecer correta a proposta que lhe
fazemos, passe esta mensagem a todos
os seus amigos, familiares e conhecidos.
É tão-somente mais um dado que registramos no nosso celular e que pode ser a
nossa salvação.
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JUNHO 2009 - Gazeta Valeparaibana