Agenda 2009 Porto Alegre Regionais 27 e 28/03 UROGINECOLOGIA Local do Evento: Auditório AMRIGS 18/04 Região das Missões – IJUÍ Boletim Informativo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul Ano 2008 Nº 32 Janeiro/Fevereiro/Março Porto Alegre/RS Vacina para HPV é tema de debate 15 e 16/05 Região do Planalto – PASSO FUNDO 29 e 30/05 CONTROVÉRSIAS EM GO Local do Evento: HOTEL SHERATON 28 e 29/08 CLÍNICA ENDOCRINOLÓGICA EM GO Local do Evento: Auditório AMRIGS 25 e 26/09 IMAGENS EM GO Local do Evento: Auditório AMRIGS SOGIRGS 19 e 20/06 Região Serrana – BENTO GONÇALVES 14 e 15/08 Região MERCOSUL – SANT'ANA DO LIVRAMENTO 03/10 Região Central – SANTA MARIA 30 e 31/10 CLIMATÉRIO Local do Evento: Auditório AMRIGS Sogirgs inicia comemoração de seus 60 anos com evento que trouxe ao Rio Grande do Sul o especialista George Sawaya, diretor do Hospital Geral de San Francisco. Págs. 3, 4 e 5 60 anos de vitória não cabem em meia página, por isso marcamos uma grande comemoração. A SOGIRGS chega vitoriosa aos seus 60 anos. Tempo esse de forte atuação em prol da categoria e da sociedade. No dia 30 de maio de 2009, às 20 horas, no Salão Nobre da SOGIPA, vamos comemorar essas bodas em alto estilo, com os olhos no futuro, valorizando, melhorando e intensificando a força da nossa caminhada. Os convites para o jantar poderão ser adquiridos na Secretaria da SOGIRGS. www.sogirgs.org.br Resultados Prova Sogirgs Nas páginas 6, 7 e 8, os resultados da avaliação anual e os depoimentos dos residentes que tiraram os primeiros lugares na prova. Sogirgs no interior No dia 25 de abril, a Associação inicia sua agenda pelo interior do Estado, com um curso em Ijuí. Pág. 9 Expediente Janeiro/Fevereiro/Março de 2009 Boletim Informativo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul, filiada à Febrasgo. SOGIRGS Centro Amrigs Av. Ipiranga, 5311 Porto Alegre CEP: 90610-000 Fone: (51) 3339-3609 Fax: (51) 3339-6494 E-mail: [email protected] www.sogirgs.org.br PRESIDENTE Dra. Beatriz Valiati DIRETORIA ADMINISTRATIVA Dr. Flávio da Costa Vieira DIRETORIA DE FINANÇAS Dra. Marlui Mesquita Scheid DIRETORIA CIENTÍFICA Dra. Maria Celeste Osório Wender DIRETORIA DE NORMAS Dra. Suzana Arenhart Pessini DIRETORIA DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Dr. Breno José Acauan Fº DIRETORIA DE DIVULGAÇÃO Dra. Clarice Diehl Stein DIRETORIA DE ATIVIDADES REGIONAIS Dra. Patrícia El Beitune DIRETORIA DE ASSUNTOS EXTRAORDINÁRIOS Dr. João Alfredo P. Steibel COORDENAÇÃO EDITORIAL Dra. Clarice Diehl Stein REDAÇÃO E EDIÇÃO Fábrika de Notícias Editorial Ciência Sogirgs: 60 anos de atividade associativa A idéia inicial permanece: agregar ginecologistas e obstetras do Rio Grande do Sul. A antiga Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia, fundada em 1949, juntou-se à AMRIGS, com o nome de Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, em 1954, e alterou para Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs) em 1986. Para se adaptar às novas regras legais, tomou o nome atual de Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul em 2004, mantendo a sigla Sogirgs. A idéia inicial permanece, mas houve uma marcada evolução no tipo de atividade associativa. Das primitivas reuniões de apresentação e discussão de casos, que os mais antigos vivenciaram, passou-se a palestras sobre temas prédeterminados, sempre nas noites de sexta-feira. Bem mais tarde, no final da década de 70, as reuniões passaram para as tardes de sexta-feira e, mais adiante, para cursos ocupando as tardes de sexta e as manhãs de sábado, no modelo atual. Um boletim informativo-científico começou a ser publicado, ainda nos anos 70. Os sócios do interior, que precisavam vir a Porto Alegre para usufruir a Sogirgs, passaram a contar com reuniões itinerantes, em cidades como Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Ijuí, Novo Hamburgo, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, e, mais, o que se tornou o tradicional Congresso do Mercosul, em Rivera, opa!, quero dizer, em Sant’Ana do Livramento. O crescimento da Sogirgs acompanhou o nascimento e desenvolvimento da FEBRASGO e, hoje, como federada, representa, de fato, a imensa maioria dos ginecologistas e obstetras de nosso Estado. Participa da montagem dos congressos nacionais e organiza eventos sul-brasileiros e sul-rio-grandenses. É convidada a indicar os membros da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CREMERS, da Comissão Técnica da Unimed e de comissões de órgãos públicos, como de mortalidade materna e de perinatologia. A Sogirgs chega a 2009, ano de seu 60º aniversário, como uma associação fortemente comprometida com o progresso da medicina, com o atento cuidado com conflitos de interesse e a plena dedicação aos seus associados, no sentido de proporcionar o máximo de atualização científica e trazendo os temas controversos à discussão saudável. Orgulhosos devem estar os nossos pioneiros que tiveram a iniciativa de iniciar reuniões científicas da especialidade. Vacina do HPV Ricardo F. Savaris, Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da UFRGS Em 3 de Março de 2009, o Prof. George Sawaya palestrou sobre a vacina do HPV, usando somente os dados disponíveis para a vacina quadrivalente (Gardasil, Merck), a qual atua contra os subtipos 6, 11, 16, 18. A vacina Gardasil é a única vacina aprovada pela FDA nos EUA. A outra vacina, Cervarix (da GSK) atua contra o HPV 16 e 18, e ainda não foi aprovada pela FDA nos Estados Unidos. Após uma breve revisão das etapas históricas, desde as evidências relacionando o HPV com o câncer de colo uterino, o palestrante apresentou a linha de tempo e as decisões das sociedades e da FDA com respeito a vacina. Maio 2005: A Fase II do ensaio foi publicado. Os estudos de Fase II geralmente estabelecem a dose de um produto, a eficácia e a segurança. Junho 2006: A FDA aprova o Gardasil. O Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP), um braço do CDC Americano, dá recomendações provisórias para o uso da vacina. Agosto 2006: O American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG) endossa as recomendações do ACIP. Janeiro 2007: A American Cancer Society (ACS) dá as suas recomendações. Março 2007: O ACIP dá as suas recomendações finais. Maio 2007: A análise interina dos resultados da Fase III do Estudo é publicada. A análise interina é uma pré-análise dos resultados de um estudo que está em andamento. O Prof. Sawaya comentou que duas sociedades profissionais e a FDA estabeleceram recomendações baseadas somente no estudo de Fase II. Esse estudo (Lancet Oncology 2005: 6: 271-278) contava com 552 pacientes e era controlado com placebo. Os resultados foram apresentados com intenção de tratamento modificado (ITT) e por-protocolo (PPA). A ITT modificado é uma análise onde são feitas exclusões, após a randomização, na população Gustavo Py Gomes da Silveira Presidente da Sogirgs de 1977 a 1978 SÓCIO EM DESTAQUE Manoel Luiz Varela, ginecologista e obstetra, é autor do livro de atualização Colposcopia & Papilomavírus Humano (HPV). A obra, publicada este ano, divide-se em duas partes para apresentar desde a história e a nova nomenclatura colposcópica até o tratamento e as vacinas para HPV. 2 Cabe ressaltar que esse estudo demonstrou uma redução pequena, mas significativa, e que os casos de NIC, incluíam NIC1, uma lesão transitória. Em Maio de 2007, a análise interina da vacina quadrivalente foi publicada no New England Journal of Medicine (FUTURE I e FUTURE II). Nesse estudo, 5455 mulheres com idades entre 16-24 anos, de 62 locais entre 16 países, e 12167 mulheres com 15-26, de 90 locais entre 13 países entraram nesses estudos respectivamente. As gestantes, mulheres com história de citopatológico anormal, verrugas genitais, ou com mais de 5 parceiros durante a sua vida foram excluídas. Os resultados do FUTURE I demonstraram que as lesões vulvares, vaginais e perianais foram reduzidas em 34% [risco absoluto de 3,8% vs. 5,8% em 3 anos; número necessário para tratamento (NNT)=50]. Tabela 1: Resultados FUTURE I População Eficácia contra NIC 1, 2, 3, adenocarcinoma in situ associado ao HPV 6, 11, 16 ou 18 Eficácia contra NIC 1, 2, 3, adenocarcinoma in situ independente do tipo de HPV ITT (todas as mulheres do estudo) Redução 55% (2,6 vs. 5,7; 32) Redução 20% (12 vs. 15,4; 29) População suscetível irrestrita (sem HPV no início do estudo, receberam, no mínimo, 1 dose da vacina) Redução: 98% (0,08 vs. 3,3; 21) Não relatado Por-protocolo. População (sem HPV 6,11,16,18 no início do estudo; todas receberam as 3 doses, sem grandes violações de protocolo) Casos começaram a ser contados no mês 7 do estudo Redução 100% (0 vs. 2,6%; 38) Não relatado PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Fábrika de Propaganda TIRAGEM 1.400 exemplares estudada. Idealmente, a melhor maneira de apresentar os dados, do ponto de vista clínico, é através da ITT sem as exclusões. Essa forma representa o cenário real da prática clínica. Já a PPA, representa a forma ideal de administração da medicação em uma população selecionada, sem desvios do protocolo. Os resultados foram: Na ITT modificada: Casos de NIC 1-3 associados com HPV cobertos pela vacina: 7 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina) Verrugas genitais na parte externa: 4 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina). Na PPA: Casos de NIC 1-3 associados com HPV cobertos pela vacina: 3 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina) Verrugas genitais na parte externa: 3 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina). * Números em parênteses são riscos absolutos em 3 anos, vacina vs. placebo, com NNT para benefício. 3 Ciência · · · · Ciência Efeitos adversos: FUTURE I Sem diferenças com eventos relacionados com a vacina, taxas de descontinuidade, ou morte Eventos no local da injeção: 87% vs. 77% (NNT=10) Febre: 13,5% vs. 10,2 (NNT=30) Um caso de câncer vulvar foi diagnosticado em 1 mulher de 22 anos no grupo da vacina Tabela 2: Resultados FUTURE II População Eficácia contra NIC 2, 3, adenocarcinoma in situ associado ao HPV 6, 11, 16 ou 18 Eficácia contra NIC 2, 3, adenocarcinoma in situ independente do tipo de HPV ITT (todas as mulheres do estudo) Redução 44% (1,4 vs. 2,4; 93) Redução 17% (3,6 vs. 4,4; 128) População suscetível irrestrita (sem HPV no início do estudo, receberam, no mínimo, 1 dose da vacina) Redução: 95% (0,05 vs. 1,05; 100) Não relatado Por-protocolo. População (sem HPV 6,11,16,18 no início do estudo; todas receberam as 3 doses, sem grandes violações de protocolo) Casos começaram a ser contados no mês 7 do estudo Redução 98% (0,02 vs. 0,8%; 164) Não relatado * Números em parênteses são riscos absolutos em 3 anos, vacina vs. placebo, com NNT para benefício. Efeitos adversos: FUTURE II · Eventos adversos relacionados ao local da vacina foram semelhantes aos encontrados no FUTURE I · Desfechos nas gestantes (combinando FUTURE I e FUTURE II) sem diferenças em anomalias congênitas · Nos casos em que a data estimada da concepção foi dentro dos 30 dias da vacinação, houve 5 casos de anomalias congênitas no grupo da vacina e 0 no grupo placebo (diferença de risco 4,5%, NNT=23) Uma interpretação para esses resultados é que a vacinação parece ser mais eficaz nas mulheres que não tiveram exposição à priori aos sorotipos de HPV relacionados a vacina. O estudo, contudo, incluiu poucas mulheres virgens, e nenhuma mulher com menos de 15 anos; o efeito, portanto, em mulheres jovens (p.e., entre 11-12 anos) é inferido a partir de outros estudos imunológicos. As diretrizes dos Estados Unidos foram apresentadas: O CDC recomenda a vacinação de meninas de 11-12 anos, alcançando até a idade de 26 anos, sendo que a vacinação pode começar desde os 9 anos. 4 Circunstâncias especiais: pode ser dada para mulheres com citopatológicos anormais, lactentes, mulheres imunocomprometidas, apesar de que a resposta à vacina e a efetividade da mesma possam ser menores do que nas mulheres imunocompetentes. Não é recomendada para gestantes. A American Cancer Society tem recomendações semelhantes ao do CDC, exceto: Mulheres entre 18-26 anos: a decisão da vacina deve ser baseada na discussão sobre a história sexual. A vacina tem efeito limitado na incidência geral de NIC 2/3 em mulheres com 2-4 parceiros durante a sua vida. Não há dados sobre a eficácia em mulheres com >4 parceiros sexuais durante a sua vida, e sobre o custo-efetividade em mulheres com 19-26 anos. Em Março de 2008, uma combinação não-convencional de diferentes estudos foi publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology (combinava os resultados do estudo de Fase II da vacina monovalente contra o HPV 16, do estudo de Fase II da vacina quadrivalente, e a análise interina do FUTURE I e II). O seguimento médio foi de 2,5 anos em mais de 5.500 mulheres. O Prof. Sawaya chamou a atenção dos seguintes resultados dessa tabela nos casos de idade <19 anos, 4-5 parceiros sexuais durante a vida e com presença de ASC-US, ou lesão mais grave no primeiro dia da colheita do citopatológico. Entre as mulheres com <19 anos, houve uma redução de 50,8% nos casos de NIC 2/3/AIS relacionados com os HPV 16,18. A redução geral de qualquer NIC ou AIS foi menor do que 0 (zero). A descrição de <0,0 é incomum e significa um desfecho de malefício, apesar de não ser estatisticamente significativo. As mulheres que tinham uma citologia de ASC-US ou lesão mais grave no momento da inclusão do estudo parecem não ter benefício, e sim, parece haver alguma evidência de ser prejudicial. Portanto, os resultados finais dos estudos são aguardados com muita expectativa para ver se algumas mulheres não devem ser vacinadas. Outras informações são necessárias para os resultados do estudo de Fase III. O ginecologista e obstetra deve procurar ver os seguintes resultados nos artigos: · O efeito da vacina nas taxas de NIC 3 ou mais graves. · Os efeitos sobre os citopatológicos anormais. · Os efeitos na colposcopia e nos tratamentos cervicais (LEEP). · Análise custo-efetiva. · Segurança nas mulheres que ficaram grávidas durante a vacinação. · Efeito sobre o câncer. · A medição da formação de níveis de anticorpos como desfecho tem pouca importância clínica, diz o Prof. Sawaya. Se for necessário, que seja aplicado um reforço. O Prof. Sawaya termina a sua apresentação afirmando que existem prós e contras para a vacina quadrivalente nesse momento. Por um lado, a vacina tem alta eficácia para certos tipos de HPV que causam uma doença importante, e parece ser segura; atrasar a vacinação pode significar que muitas mulheres perderão uma oportunidade de proteção duradoura. Por outro lado, uma abordagem mais conservadora deve ser observada uma vez que importantes perguntas não foram respondidas, como a eficácia geral da vacina, a duração da proteção e sobre os efeitos adversos que podem surgir com o passar do tempo. Ele também comentou sobre a dificuldade de escolher vacinas diferentes que estão disponíveis fora dos EUA. Por fim, ele reconheceu que a vacina contra o HPV tem o potencial de ter um profundo benefício sobre a saúde pública, se o cenário de otimismo sobre os benefícios for concretizado. Prof. George F. Sawaya, MD Professor Associado Department of Obstetrics, Gynecology and Reproductive Sciences Department of Epidemiology and Biostatistics Director, Colposcopy Clinic, San Francisco General Hospital University of California San Francisco O prof. Sawaya declara não ter nenhum conflito de interesse. Ele foi trazido para o Brasil através de uma bolsa de pesquisador visitante concedida pelo CNPq processo 454656/2008-4. 5 Avaliação Prova Sogirgs 2008 Em 11 de novembro de 2008, foi realizada a Facilidade e de Discriminação das questões, 9ª edição da Prova de Avaliação dos Programas sendo a prova considerada regular em relação à de Residência Médica de Ginecologia e discriminação e o grau de facilidade foi médio. Obstetrícia da Sogirgs. Em relação à prova aplicada em 2007, esta Participaram da prova 163 residentes dos foi considerada mais difícil, com mesma 13 serviços de residência médica em atividade capacidade de discriminação. Gostaríamos de no Estado. A prova foi aplicada, dentro do agradecer aos supervisores de cada serviço possível, com a presença de um preceptor local que enviaram questões para prova. A Sogirgs e de um representante de outro serviço, solicita que os preceptores analisem todas as encarregado por levar as provas. Foram 50 questões avaliando as alternativas, bem como questões, 25 de cada especialidade. A cada os índices de discriminação e facilidade, para serviço participante foi enviado o desempenho que possamos melhorar a qualidade das em relação aos outros do Estado. O que a questões. Sogirgs sugere com isso é que esta seja mais Desde a prova de 2005, a diretoria da uma forma para viabilizar a discussão dos Sogirgs vem premiando os três residentes que temas abordados entre a preceptoria e os obtiverem o melhor desempenho com a residentes, oportunizando a atualização médica Isenção da taxa de anuidade da continuada. Sogirgs/Febrasgo para o ano imediatamente A média geral da prova foi de 66,36 havendo posterior. Para o ano de 2008, participaram da melhor desempenho conforme o ano de elaboração da prova Sogirgs os doutores residência (R1: 63,75; R2 66,08; R3 69,25), de Patrícia El Beitune, João Sabino Lahorgue da acordo com o demonstrado no gráfico da Cunha Filho, Thais Guimarães dos Santos, página ao lado. Foram analisados os índices de Felipe Costa e Sérgio Moreira Espinosa. Avaliação A B C D E F G H I J K L M 6 7 INTERIOR Avaliação Estudantes satisfeitas com o exame elogiam e comentam a escolha profissional Sogirgs promove curso em Ijuí A Sogirgs promove, no dia 18 de abril, curso para profissionais da saúde em Ijuí. No evento, serão abordados temas como osteoporose, prevenção e avaliação do risco de fraturas, dor e lesões mamárias e medicina fetal. Palestras e mesas redondas estão entre as atividades programadas para o encontro. O evento será coordenado pelos A Sogirgs realizou, no dia 11 de novembro, a prova anual que avalia o desempenho na área de Ginecologia e Obstetrícia das instituições hospitalares de Porto Alegre e região, além de analisar o conhecimento dos estudantes de forma ampla. Os 13 serviços que participaram tiveram um total de 163 residentes inscritos. As médicas Marcela Godoy, R-3 2008 do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL); Elis Margot Biasuz e Rosielle M. Trombetta, ambas R-3 2008 do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), foram as primeiras colocadas na avaliação. Para Rosielle, participar da prova é de suma importância, pois revela o que o residente >>> realmente aprendeu durante o período de permanência no hospital. “No contexto da nossa formação como especialistas, considero a prova da Sogirgs de grande relevância, uma vez que permite a avaliação dos programas de residência em Ginecologia e Obstetrícia no Estado e possibilita que os próprios residentes façam uma auto-avaliação sobre o seu rendimento”, afirma. >>> Marcela faz uma comparação com provas anteriores e parabeniza a Sogirgs pelo modo como elaborou a avaliação em 2008. “Comparando com as últimas duas provas, esta foi melhor elaborada. A multiplicidade de itens em cada questão exigiu toda a atenção. Acredito ser uma ótima idéia a avaliação anual dos residentes, principalmente levando em conta a tentativa de melhor qualificação dos serviços de residência para a formação de futuros gineco-obstetras de qualidade”, comenta a médica. completa dizendo que a prova foi bem elaborada e sem margem para erros >>> por terEliso Margot conteúdo bem distribuído. A médica, que se diz apaixonada pela carreira, acredita em satisfação pessoal e profissional como chave de sucesso. “A ginecologia é uma especialidade ampla, onde posso realizar diversos procedimentos cirúrgicos, além de abranger toda a parte obstétrica. A demanda de trabalho é grande e o ginecologista é, muitas vezes, o único médico da mulher. É nele que a mulher confia. O ginecologista trata, diagnostica, participa de momentos bons e ruins, além de ajudar a trazer vidas. Quer coisa melhor?!”, ressalta a jovem. 8 médicos Dario Gervásio Ronchi e Patrícia El Beitune. A atividade acontece no Auditório da Unimed Noroeste - Rua Siqueira Couto, 93, centro. As inscrições devem ser feitas através do site www.sogirgs.org.br. Outras informações pelo telefone (51) 3339 3609. Confira, abaixo, a programação completa: 18/04 - Sábado Fotos: Rocha Prova Sogirgs recebe avaliação positiva dos residentes Programação 8h30 14h MESA REDONDA: Avaliação óssea e seu manejo no climatério Coordenação: Dra. Marília Thomé da Cruz Osteoporose: Prevenção e avaliação do risco de fraturas - Dra. Carla Maria De Martini Vanin Condutas medicamentosas e não medicamentosas para a prevenção e tratamento da perda óssea - Dra. Carla Maria De Martini Vanin Discussão MESA REDONDA: Medicina fetal para o pré-natalista Coordenação: Dr. Carlos Alberto Cardoso Dias Ultrassonografia no primeiro trimestre: contribuições e limites - Dr. José Antônio Magalhães Aloimunização ao fator RH: da prevenção ao seguimento de casos positivos - Dra. Patrícia El Beitune Análise crítica dos benefícios e limitações da ecocardiografia fetal - Dr. José Antônio Magalhães Doppler de artérias uterinas: acurácia e limitação na predição da pré-eclampsia e da restrição do crescimento intrauterino Dra. Patrícia El Beitune Discussão 9h45 MESA REDONDA: Queixas em mastologia - como investigar? Coordenação: Dr. Dario Gervásio Ronchi Dor mamária - Dr. Carlos Henrique Menke Derrame papilar e fístula periareolar - Dr. Carlos Henrique Menke Discussão 15h15 Intervalo MINI-CONFERÊNCIA: Terapia hormonal no climatério - quem se beneficia com o uso da baixa dose, ultra-baixa dose e androgênios? Presidente: Dra. Márcia da Costa Eifler Conferencista: Dra. Carla Maria De Martini Vanin 11h15 15h45 MINI-CONFERÊNCIA: Acurácia e limitações da ultrassonografia morfológica Presidente: Dr. Silvio H. Hoffmeister Bartels Conferencista: Dr. José Antônio Magalhães 16h15 10h45 12h Almoço Intervalo MINI-CONFERÊNCIA: Conduta nas lesões não-palpáveis da mama Presidente: Dra. Maria Luiza Pinto Conferencista: Dr. Carlos Henrique Menke 17h Encerramento 9 Página do Residente Espaço Cultural A Comédia dos Erros Francieli Vigo é residente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Infertilidade x Doença celíaca Vigo F, Reberbel TS, Breyer HP, Pereira CDM, Passos EP Ambulatório de Cimatério - Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, Serviço de Gastroenterologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. INTRODUÇÃO OBJETIVO Doença celíaca (DC) é uma doença auto-imune que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos após exposição ao glúten de alguns cereais. A prevalência desta afecção é certamente subestimada. Diversos estudos através de rastreamento sorológico realizado na Europa, América do Sul, Ásia e USA mostraram que aproximadamente 0,5 - 1% destas populações tem DC frequentemente não diagnosticada. A apresentação clássica da DC é uma forma de síndrome de má absorção intestinal: diarréia, esteatorréia, perda de peso, fadiga e anemia. Além de sintomas gastrintestinais, a doença celíaca está envolvida no desenvolvimento de diversas afecções como infertilidade, neoplasias, fraturas. Alguns autores mostram que a prevalência de DC em pacientes portadoras de infertilidade sem causa conhecida encontrase entre 4% e 8 %. Já foi documentado que pacientes portadoras de doença celíaca apresentam características como menarca tardia, menopausa precoce, abortamento de repetição, amenorréia e infertilidade. Aumentando o valor desta associação, há pesquisas mostrando que a introdução de dieta isenta de glúten nestas pacientes levaria a uma diminuição nas taxas de abortamento de repetição e crescimento intra-uterino restrito. Visto a falta de estudos epidemiológicos, o objetivo deste estudo é verificar a prevalência de doença celíaca nos casais atendidos no ambulatório de Infertilidade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). MÉTODO Serão convidados a participar deste estudo os casais atendidos no ambulatório de infertilidade do HCPA que preencham os seguintes critérios de inclusão: pacientes entre 18 e 38 anos, portadores de infertilidade primária ou secundária que concordem em participar do projeto. Os únicos critérios de exclusão serão pacientes cuja causa da infertilidade seja exclusivamente anatômica feminina (obstrução tubária bilateral, mal-formações uterinas ou vaginais, entre outras) ou que não concordem com os termos da pesquisa. Além dos exames rotineiros para avaliação de infertilidade, os casais serão rastreados para doença celíaca através da dosagem de IgA transglutaminase. A confirmação diagnóstica será feita através da biópsia duodenal realizada pelo serviço de Gatroenterologia do HCPA. CONCLUSÕES Espera-se com este estudo obter a prevalência da doença celíaca na população de mulheres inférteis do HCPA para que se consiga um melhor manejo e acompanhamento destas pacientes. 10 “Você é o que você é” Como as mulheres realmente se enxergam? Até quando precisam de um espelho para ver sua imagem refletida? Apresentada em Porto Alegre pela Cia Teatro Di Stravaganza, a adaptação do texto A Comédia dos Erros – de William Shakespeare para os palcos manifesta de maneira lúdica e subversiva que a idéia do autoconhecimento muitas vezes se mostra de maneira enganosa: sempre existem aberturas pelas quais os sentimentos e as paixões transbordam. Ciúmes, apego, possessividade, crise de identidade. Temas do cotidiano feminino e que muitas vezes sugerem fragilidade, no espetáculo se desenvolvem em torno de dois pares de gêmeos idênticos – os dois Antífolos e seus dois criados Drômios – que foram separados na infância durante um naufrágio e levados a cidades diferentes, cada patrão com seu servidor. Até o reencontro dos irmãos, já adultos, os personagens vivem séries de mal-entendidos em uma trama caprichosa e divertida na qual se articula um eficiente jogo dramático em torno dos conceitos de aparência e realidade. Durante a peça, o público é convidado a ser simultaneamente espectador e cliente, pois a encenação tem como ambiente principal um mercado público tipicamente turco e, em suas bancas, as mercadorias estão realmente à venda. Com riqueza de detalhes, o cenário remete a outros espaços, como o interior da casa de Antífolo, o bordel, o convento e o palácio do Duque. Com direção de Adriane Mottola e tradução de Bárbara Heliodora, o espetáculo tem no elenco os atores Rodrigo Mello e Gustavo Curti, interpretando os Drômios; Fernando Kike Barbosa e Carlos Alexandre nos papéis de Antífolos, além de Sofia Salvatori, Lauro Ramalho, Adelino Costa e Anita Coronel, nomes conhecidos na cena cultural. Vale a pena assistir, se reconhecer na natural interpretação dos atores e se deliciar com a magia deste texto leve, escrito pelo maior dramaturgo inglês de todos os tempos, e encarar numa boa que “você é o que você é”. 11