Agenda 2009
Porto Alegre
Regionais
27 e 28/03
UROGINECOLOGIA
Local do Evento: Auditório AMRIGS
18/04
Região das Missões – IJUÍ
Boletim Informativo da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul
Ano 2008 Nº 32 Janeiro/Fevereiro/Março Porto Alegre/RS
Vacina para
HPV é tema
de debate
15 e 16/05
Região do Planalto – PASSO FUNDO
29 e 30/05
CONTROVÉRSIAS EM GO
Local do Evento: HOTEL SHERATON
28 e 29/08
CLÍNICA ENDOCRINOLÓGICA EM GO
Local do Evento: Auditório AMRIGS
25 e 26/09
IMAGENS EM GO
Local do Evento: Auditório AMRIGS
SOGIRGS
19 e 20/06
Região Serrana – BENTO GONÇALVES
14 e 15/08
Região MERCOSUL – SANT'ANA DO LIVRAMENTO
03/10
Região Central – SANTA MARIA
30 e 31/10
CLIMATÉRIO
Local do Evento: Auditório AMRIGS
Sogirgs inicia comemoração de seus 60
anos com evento que trouxe ao Rio Grande
do Sul o especialista George Sawaya,
diretor do Hospital Geral de San Francisco.
Págs. 3, 4 e 5
60 anos de vitória
não cabem em meia página,
por isso marcamos uma
grande comemoração.
A SOGIRGS chega vitoriosa aos seus 60 anos. Tempo esse de forte atuação em prol da
categoria e da sociedade. No dia 30 de maio de 2009, às 20 horas, no Salão Nobre da SOGIPA,
vamos comemorar essas bodas em alto estilo, com os olhos no futuro, valorizando, melhorando e
intensificando a força da nossa caminhada.
Os convites para o jantar poderão ser adquiridos na Secretaria da SOGIRGS.
www.sogirgs.org.br
Resultados
Prova Sogirgs
Nas páginas 6, 7 e 8, os resultados
da avaliação anual e os depoimentos
dos residentes que tiraram os primeiros
lugares na prova.
Sogirgs no interior
No dia 25 de abril, a Associação
inicia sua agenda pelo interior
do Estado, com um curso em Ijuí.
Pág. 9
Expediente
Janeiro/Fevereiro/Março de 2009
Boletim Informativo da Associação de
Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande
do Sul, filiada à Febrasgo.
SOGIRGS
Centro Amrigs
Av. Ipiranga, 5311 Porto Alegre
CEP: 90610-000
Fone: (51) 3339-3609
Fax: (51) 3339-6494
E-mail: [email protected]
www.sogirgs.org.br
PRESIDENTE
Dra. Beatriz Valiati
DIRETORIA ADMINISTRATIVA
Dr. Flávio da Costa Vieira
DIRETORIA DE FINANÇAS
Dra. Marlui Mesquita Scheid
DIRETORIA CIENTÍFICA
Dra. Maria Celeste Osório Wender
DIRETORIA DE NORMAS
Dra. Suzana Arenhart Pessini
DIRETORIA DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL
Dr. Breno José Acauan Fº
DIRETORIA DE DIVULGAÇÃO
Dra. Clarice Diehl Stein
DIRETORIA DE ATIVIDADES REGIONAIS
Dra. Patrícia El Beitune
DIRETORIA DE ASSUNTOS
EXTRAORDINÁRIOS
Dr. João Alfredo P. Steibel
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Dra. Clarice Diehl Stein
REDAÇÃO E EDIÇÃO
Fábrika de Notícias
Editorial
Ciência
Sogirgs: 60 anos de atividade associativa
A idéia inicial permanece: agregar ginecologistas e obstetras do Rio Grande
do Sul. A antiga Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia, fundada em 1949, juntou-se à
AMRIGS, com o nome de Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, em 1954, e
alterou para Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs) em
1986. Para se adaptar às novas regras legais, tomou o nome atual de Associação de
Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul em 2004, mantendo a sigla Sogirgs.
A idéia inicial permanece, mas houve uma marcada evolução no tipo de
atividade associativa. Das primitivas reuniões de apresentação e discussão de casos,
que os mais antigos vivenciaram, passou-se a palestras sobre temas prédeterminados, sempre nas noites de sexta-feira. Bem mais tarde, no final da década de
70, as reuniões passaram para as tardes de sexta-feira e, mais adiante, para cursos
ocupando as tardes de sexta e as manhãs de sábado, no modelo atual. Um boletim
informativo-científico começou a ser publicado, ainda nos anos 70. Os sócios do
interior, que precisavam vir a Porto Alegre para usufruir a Sogirgs, passaram a contar
com reuniões itinerantes, em cidades como Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Ijuí, Novo
Hamburgo, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, e, mais, o que se tornou o
tradicional Congresso do Mercosul, em Rivera, opa!, quero dizer, em Sant’Ana do
Livramento.
O crescimento da Sogirgs acompanhou o nascimento e desenvolvimento da
FEBRASGO e, hoje, como federada, representa, de fato, a imensa maioria dos
ginecologistas e obstetras de nosso Estado. Participa da montagem dos congressos
nacionais e organiza eventos sul-brasileiros e sul-rio-grandenses. É convidada a
indicar os membros da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CREMERS, da
Comissão Técnica da Unimed e de comissões de órgãos públicos, como de
mortalidade materna e de perinatologia.
A Sogirgs chega a 2009, ano de seu 60º aniversário, como uma associação
fortemente comprometida com o progresso da medicina, com o atento cuidado com
conflitos de interesse e a plena dedicação aos seus associados, no sentido de
proporcionar o máximo de atualização científica e trazendo os temas controversos à
discussão saudável. Orgulhosos devem estar os nossos pioneiros que tiveram a
iniciativa de iniciar reuniões científicas da especialidade.
Vacina do HPV
Ricardo F. Savaris, Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da UFRGS
Em 3 de Março de 2009, o Prof. George Sawaya palestrou sobre a vacina
do HPV, usando somente os dados disponíveis para a vacina quadrivalente
(Gardasil, Merck), a qual atua contra os subtipos 6, 11, 16, 18. A vacina Gardasil
é a única vacina aprovada pela FDA nos EUA. A outra vacina, Cervarix (da GSK)
atua contra o HPV 16 e 18, e ainda não foi aprovada pela FDA nos Estados
Unidos.
Após uma breve revisão das etapas históricas, desde as evidências
relacionando o HPV com o câncer de colo uterino, o palestrante apresentou a
linha de tempo e as decisões das sociedades e da FDA com respeito a vacina.
Maio 2005: A Fase II do ensaio foi publicado. Os estudos de Fase II geralmente
estabelecem a dose de um produto, a eficácia e a segurança.
Junho 2006: A FDA aprova o Gardasil. O Advisory Committee on Immunization
Practices (ACIP), um braço do CDC Americano, dá recomendações provisórias
para o uso da vacina.
Agosto 2006: O American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG)
endossa as recomendações do ACIP.
Janeiro 2007: A American Cancer Society (ACS) dá as suas recomendações.
Março 2007: O ACIP dá as suas recomendações finais.
Maio 2007: A análise interina dos resultados da Fase III do Estudo é publicada.
A análise interina é uma pré-análise dos resultados de um estudo que está em
andamento.
O Prof. Sawaya comentou que duas sociedades profissionais e a FDA
estabeleceram recomendações baseadas somente no estudo de Fase II. Esse
estudo (Lancet Oncology 2005: 6: 271-278) contava com 552 pacientes e era
controlado com placebo. Os resultados foram apresentados com intenção de
tratamento modificado (ITT) e por-protocolo (PPA). A ITT modificado é uma
análise onde são feitas exclusões, após a randomização, na população
Gustavo Py Gomes da Silveira
Presidente da Sogirgs de 1977 a 1978
SÓCIO EM DESTAQUE
Manoel Luiz Varela, ginecologista e obstetra, é autor do
livro de atualização Colposcopia & Papilomavírus Humano
(HPV). A obra, publicada este ano, divide-se em duas partes
para apresentar desde a história e a nova nomenclatura
colposcópica até o tratamento e as vacinas para HPV.
2
Cabe ressaltar que esse estudo demonstrou uma redução pequena, mas
significativa, e que os casos de NIC, incluíam NIC1, uma lesão transitória.
Em Maio de 2007, a análise interina da vacina quadrivalente foi publicada
no New England Journal of Medicine (FUTURE I e FUTURE II). Nesse estudo,
5455 mulheres com idades entre 16-24 anos, de 62 locais entre 16 países, e
12167 mulheres com 15-26, de 90 locais entre 13 países entraram nesses
estudos respectivamente. As gestantes, mulheres com história de
citopatológico anormal, verrugas genitais, ou com mais de 5 parceiros durante a
sua vida foram excluídas.
Os resultados do FUTURE I demonstraram que as lesões vulvares,
vaginais e perianais foram reduzidas em 34% [risco absoluto de 3,8% vs. 5,8%
em 3 anos; número necessário para tratamento (NNT)=50].
Tabela 1: Resultados FUTURE I
População
Eficácia contra NIC 1, 2, 3,
adenocarcinoma in situ associado ao
HPV 6, 11, 16 ou 18
Eficácia contra NIC 1, 2, 3,
adenocarcinoma in situ independente
do tipo de HPV
ITT (todas as mulheres do estudo)
Redução 55% (2,6 vs. 5,7; 32)
Redução 20% (12 vs. 15,4; 29)
População suscetível irrestrita (sem
HPV no início do estudo, receberam,
no mínimo, 1 dose da vacina)
Redução: 98% (0,08 vs. 3,3; 21)
Não relatado
Por-protocolo. População (sem HPV
6,11,16,18 no início do estudo; todas
receberam as 3 doses, sem grandes
violações de protocolo) Casos
começaram a ser contados no mês 7
do estudo
Redução 100% (0 vs. 2,6%; 38)
Não relatado
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Fábrika de Propaganda
TIRAGEM
1.400 exemplares
estudada. Idealmente, a melhor maneira de apresentar os dados, do ponto de
vista clínico, é através da ITT sem as exclusões. Essa forma representa o
cenário real da prática clínica. Já a PPA, representa a forma ideal de
administração da medicação em uma população selecionada, sem desvios do
protocolo. Os resultados foram:
Na ITT modificada:
Casos de NIC 1-3 associados com HPV cobertos pela vacina:
7 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina)
Verrugas genitais na parte externa:
4 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina).
Na PPA:
Casos de NIC 1-3 associados com HPV cobertos pela vacina:
3 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina)
Verrugas genitais na parte externa:
3 casos (no grupo placebo) vs. 0 (no grupo da vacina).
* Números em parênteses são riscos absolutos em 3 anos, vacina vs. placebo, com NNT para benefício.
3
Ciência
·
·
·
·
Ciência
Efeitos adversos: FUTURE I
Sem diferenças com eventos relacionados com a vacina, taxas de descontinuidade, ou morte
Eventos no local da injeção: 87% vs. 77% (NNT=10)
Febre: 13,5% vs. 10,2 (NNT=30)
Um caso de câncer vulvar foi diagnosticado em 1 mulher de 22 anos no grupo da vacina
Tabela 2: Resultados FUTURE II
População
Eficácia contra NIC 2, 3,
adenocarcinoma in situ associado ao
HPV 6, 11, 16 ou 18
Eficácia contra NIC 2, 3,
adenocarcinoma in situ independente
do tipo de HPV
ITT (todas as mulheres do estudo)
Redução 44%
(1,4 vs. 2,4; 93)
Redução 17% (3,6 vs. 4,4; 128)
População suscetível irrestrita (sem
HPV no início do estudo, receberam,
no mínimo, 1 dose da vacina)
Redução: 95%
(0,05 vs. 1,05; 100)
Não relatado
Por-protocolo. População (sem HPV
6,11,16,18 no início do estudo; todas
receberam as 3 doses, sem grandes
violações de protocolo) Casos
começaram a ser contados no mês 7
do estudo
Redução 98%
(0,02 vs. 0,8%; 164)
Não relatado
* Números em parênteses são riscos absolutos em 3 anos, vacina vs. placebo, com NNT para benefício.
Efeitos adversos: FUTURE II
· Eventos adversos relacionados ao local da vacina foram semelhantes aos
encontrados no FUTURE I
· Desfechos nas gestantes (combinando FUTURE I e FUTURE II) sem diferenças
em anomalias congênitas
· Nos casos em que a data estimada da concepção foi dentro dos 30 dias da
vacinação, houve 5 casos de anomalias congênitas no grupo da vacina e 0 no
grupo placebo (diferença de risco 4,5%, NNT=23)
Uma interpretação para esses resultados é que a vacinação parece ser
mais eficaz nas mulheres que não tiveram exposição à priori aos sorotipos de
HPV relacionados a vacina. O estudo, contudo, incluiu poucas mulheres virgens,
e nenhuma mulher com menos de 15 anos; o efeito, portanto, em mulheres
jovens (p.e., entre 11-12 anos) é inferido a partir de outros estudos
imunológicos.
As diretrizes dos Estados Unidos foram apresentadas:
O CDC recomenda a vacinação de meninas de 11-12 anos, alcançando até a
idade de 26 anos, sendo que a vacinação pode começar desde os 9 anos.
4
Circunstâncias especiais: pode ser dada para mulheres com
citopatológicos anormais, lactentes, mulheres imunocomprometidas, apesar de
que a resposta à vacina e a efetividade da mesma possam ser menores do que
nas mulheres imunocompetentes. Não é recomendada para gestantes.
A American Cancer Society tem recomendações semelhantes ao do
CDC, exceto:
Mulheres entre 18-26 anos: a decisão da vacina deve ser baseada na
discussão sobre a história sexual.
A vacina tem efeito limitado na incidência geral de NIC 2/3 em mulheres
com 2-4 parceiros durante a sua vida.
Não há dados sobre a eficácia em mulheres com >4 parceiros sexuais
durante a sua vida, e sobre o custo-efetividade em mulheres com 19-26 anos.
Em Março de 2008, uma combinação não-convencional de diferentes
estudos foi publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology
(combinava os resultados do estudo de Fase II da vacina monovalente contra o
HPV 16, do estudo de Fase II da vacina quadrivalente, e a análise interina do
FUTURE I e II). O seguimento médio foi de 2,5 anos em mais de 5.500 mulheres.
O Prof. Sawaya chamou a atenção dos seguintes resultados dessa tabela
nos casos de idade <19 anos, 4-5 parceiros sexuais durante a vida e com
presença de ASC-US, ou lesão mais grave no primeiro dia da colheita do
citopatológico.
Entre as mulheres com <19 anos, houve uma redução de 50,8% nos casos
de NIC 2/3/AIS relacionados com os HPV 16,18. A redução geral de qualquer NIC
ou AIS foi menor do que 0 (zero). A descrição de <0,0 é incomum e significa um
desfecho de malefício, apesar de não ser estatisticamente significativo.
As mulheres que tinham uma citologia de ASC-US ou lesão mais grave no
momento da inclusão do estudo parecem não ter benefício, e sim, parece haver
alguma evidência de ser prejudicial.
Portanto, os resultados finais dos estudos são aguardados com muita
expectativa para ver se algumas mulheres não devem ser vacinadas.
Outras informações são necessárias para os resultados do estudo de Fase III.
O ginecologista e obstetra deve procurar ver os seguintes resultados nos artigos:
· O efeito da vacina nas taxas de NIC 3 ou mais graves.
· Os efeitos sobre os citopatológicos anormais.
· Os efeitos na colposcopia e nos tratamentos cervicais (LEEP).
· Análise custo-efetiva.
· Segurança nas mulheres que ficaram grávidas durante a vacinação.
· Efeito sobre o câncer.
· A medição da formação de níveis de anticorpos como desfecho tem pouca
importância clínica, diz o Prof. Sawaya. Se for necessário, que seja aplicado um
reforço.
O Prof. Sawaya termina a sua apresentação afirmando que existem prós e
contras para a vacina quadrivalente nesse momento. Por um lado, a vacina tem
alta eficácia para certos tipos de HPV que causam uma doença importante, e
parece ser segura; atrasar a vacinação pode significar que muitas mulheres
perderão uma oportunidade de proteção duradoura. Por outro lado, uma
abordagem mais conservadora deve ser observada uma vez que importantes
perguntas não foram respondidas, como a eficácia geral da vacina, a duração da
proteção e sobre os efeitos adversos que podem surgir com o passar do tempo.
Ele também comentou sobre a dificuldade de escolher vacinas diferentes que estão
disponíveis fora dos EUA. Por fim, ele reconheceu que a vacina contra o HPV tem o
potencial de ter um profundo benefício sobre a saúde pública, se o cenário de
otimismo sobre os benefícios for concretizado.
Prof. George F. Sawaya, MD
Professor Associado
Department of Obstetrics, Gynecology and Reproductive Sciences
Department of Epidemiology and Biostatistics
Director, Colposcopy Clinic, San Francisco General Hospital
University of California San Francisco
O prof. Sawaya declara não ter nenhum conflito de interesse. Ele foi trazido
para o Brasil através de uma bolsa de pesquisador visitante concedida pelo CNPq
processo 454656/2008-4.
5
Avaliação
Prova Sogirgs 2008
Em 11 de novembro de 2008, foi realizada a
Facilidade e de Discriminação das questões,
9ª edição da Prova de Avaliação dos Programas
sendo a prova considerada regular em relação à
de Residência Médica de Ginecologia e
discriminação e o grau de facilidade foi médio.
Obstetrícia da Sogirgs.
Em relação à prova aplicada em 2007, esta
Participaram da prova 163 residentes dos
foi considerada mais difícil, com mesma
13 serviços de residência médica em atividade
capacidade de discriminação. Gostaríamos de
no Estado. A prova foi aplicada, dentro do
agradecer aos supervisores de cada serviço
possível, com a presença de um preceptor local
que enviaram questões para prova. A Sogirgs
e de um representante de outro serviço,
solicita que os preceptores analisem todas as
encarregado por levar as provas. Foram 50
questões avaliando as alternativas, bem como
questões, 25 de cada especialidade. A cada
os índices de discriminação e facilidade, para
serviço participante foi enviado o desempenho
que possamos melhorar a qualidade das
em relação aos outros do Estado. O que a
questões.
Sogirgs sugere com isso é que esta seja mais
Desde a prova de 2005, a diretoria da
uma forma para viabilizar a discussão dos
Sogirgs vem premiando os três residentes que
temas abordados entre a preceptoria e os
obtiverem o melhor desempenho com a
residentes, oportunizando a atualização médica
Isenção da taxa de anuidade da
continuada.
Sogirgs/Febrasgo para o ano imediatamente
A média geral da prova foi de 66,36 havendo
posterior. Para o ano de 2008, participaram da
melhor desempenho conforme o ano de
elaboração da prova Sogirgs os doutores
residência (R1: 63,75; R2 66,08; R3 69,25), de
Patrícia El Beitune, João Sabino Lahorgue da
acordo com o demonstrado no gráfico da
Cunha Filho, Thais Guimarães dos Santos,
página ao lado. Foram analisados os índices de
Felipe Costa e Sérgio Moreira Espinosa.
Avaliação
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
6
7
INTERIOR
Avaliação
Estudantes satisfeitas com o exame elogiam e comentam a escolha profissional
Sogirgs promove curso em Ijuí
A Sogirgs promove, no dia 18 de abril, curso para
profissionais da saúde em Ijuí. No evento, serão abordados temas
como osteoporose, prevenção e avaliação do risco de fraturas, dor
e lesões mamárias e medicina fetal.
Palestras e mesas redondas estão entre as atividades
programadas para o encontro. O evento será coordenado pelos
A Sogirgs realizou, no dia 11 de novembro, a prova anual que avalia o desempenho na área de Ginecologia e
Obstetrícia das instituições hospitalares de Porto Alegre e região, além de analisar o conhecimento dos estudantes de
forma ampla. Os 13 serviços que participaram tiveram um total de 163 residentes inscritos. As médicas Marcela Godoy,
R-3 2008 do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL); Elis Margot Biasuz e Rosielle M. Trombetta, ambas R-3 2008 do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), foram as primeiras colocadas na avaliação.
Para Rosielle, participar da prova é de suma importância, pois revela o que o residente
>>> realmente
aprendeu durante o período de permanência no hospital. “No contexto da nossa
formação como especialistas, considero a prova da Sogirgs de grande relevância, uma vez
que permite a avaliação dos programas de residência em Ginecologia e Obstetrícia no Estado
e possibilita que os próprios residentes façam uma auto-avaliação sobre o seu rendimento”,
afirma.
>>>
Marcela faz uma comparação com provas anteriores e parabeniza a Sogirgs pelo modo
como elaborou a avaliação em 2008. “Comparando com as últimas duas provas, esta foi
melhor elaborada. A multiplicidade de itens em cada questão exigiu toda a atenção. Acredito
ser uma ótima idéia a avaliação anual dos residentes, principalmente levando em conta a
tentativa de melhor qualificação dos serviços de residência para a formação de futuros
gineco-obstetras de qualidade”, comenta a médica.
completa dizendo que a prova foi bem elaborada e sem margem para erros
>>> por terEliso Margot
conteúdo bem distribuído. A médica, que se diz apaixonada pela carreira, acredita
em satisfação pessoal e profissional como chave de sucesso. “A ginecologia é uma
especialidade ampla, onde posso realizar diversos procedimentos cirúrgicos, além de
abranger toda a parte obstétrica. A demanda de trabalho é grande e o ginecologista é, muitas
vezes, o único médico da mulher. É nele que a mulher confia. O ginecologista trata,
diagnostica, participa de momentos bons e ruins, além de ajudar a trazer vidas. Quer coisa
melhor?!”, ressalta a jovem.
8
médicos Dario Gervásio Ronchi e Patrícia El Beitune. A atividade
acontece no Auditório da Unimed Noroeste - Rua Siqueira Couto,
93, centro.
As inscrições devem ser feitas através do site
www.sogirgs.org.br. Outras informações pelo telefone (51) 3339
3609. Confira, abaixo, a programação completa:
18/04 - Sábado
Fotos: Rocha
Prova Sogirgs recebe avaliação
positiva dos residentes
Programação
8h30
14h
MESA REDONDA: Avaliação óssea e seu manejo no climatério
Coordenação: Dra. Marília Thomé da Cruz
Osteoporose: Prevenção e avaliação do risco de fraturas - Dra.
Carla Maria De Martini Vanin
Condutas medicamentosas e não medicamentosas para a
prevenção e tratamento da perda óssea - Dra. Carla Maria De
Martini Vanin
Discussão
MESA REDONDA: Medicina fetal para o pré-natalista
Coordenação: Dr. Carlos Alberto Cardoso Dias
Ultrassonografia no primeiro trimestre: contribuições e
limites - Dr. José Antônio Magalhães
Aloimunização ao fator RH: da prevenção ao seguimento de
casos positivos - Dra. Patrícia El Beitune
Análise crítica dos benefícios e limitações da ecocardiografia
fetal - Dr. José Antônio Magalhães
Doppler de artérias uterinas: acurácia e limitação na predição
da pré-eclampsia e da restrição do crescimento intrauterino Dra. Patrícia El Beitune
Discussão
9h45
MESA REDONDA: Queixas em mastologia - como investigar?
Coordenação: Dr. Dario Gervásio Ronchi
Dor mamária - Dr. Carlos Henrique Menke
Derrame papilar e fístula periareolar - Dr. Carlos Henrique
Menke
Discussão
15h15
Intervalo
MINI-CONFERÊNCIA: Terapia hormonal no climatério - quem
se beneficia com o uso da baixa dose, ultra-baixa dose e
androgênios?
Presidente: Dra. Márcia da Costa Eifler
Conferencista: Dra. Carla Maria De Martini Vanin
11h15
15h45
MINI-CONFERÊNCIA: Acurácia e limitações da ultrassonografia morfológica
Presidente: Dr. Silvio H. Hoffmeister Bartels
Conferencista: Dr. José Antônio Magalhães
16h15
10h45
12h
Almoço
Intervalo
MINI-CONFERÊNCIA: Conduta nas lesões não-palpáveis da
mama
Presidente: Dra. Maria Luiza Pinto
Conferencista: Dr. Carlos Henrique Menke
17h
Encerramento
9
Página do Residente
Espaço Cultural
A Comédia dos Erros
Francieli Vigo é residente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Infertilidade x Doença celíaca
Vigo F, Reberbel TS, Breyer HP, Pereira CDM, Passos EP
Ambulatório de Cimatério - Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, Serviço de Gastroenterologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Doença celíaca (DC) é uma doença auto-imune que
ocorre em indivíduos geneticamente predispostos após
exposição ao glúten de alguns cereais. A prevalência desta
afecção é certamente subestimada. Diversos estudos
através de rastreamento sorológico realizado na Europa,
América do Sul, Ásia e USA mostraram que
aproximadamente 0,5 - 1% destas populações tem DC
frequentemente não diagnosticada. A apresentação
clássica da DC é uma forma de síndrome de má absorção
intestinal: diarréia, esteatorréia, perda de peso, fadiga e
anemia. Além de sintomas gastrintestinais, a doença
celíaca está envolvida no desenvolvimento de diversas
afecções como infertilidade, neoplasias, fraturas. Alguns
autores mostram que a prevalência de DC em pacientes
portadoras de infertilidade sem causa conhecida encontrase entre 4% e 8 %. Já foi documentado que pacientes
portadoras de doença celíaca apresentam características
como menarca tardia, menopausa precoce, abortamento
de repetição, amenorréia e infertilidade. Aumentando o
valor desta associação, há pesquisas mostrando que a
introdução de dieta isenta de glúten nestas pacientes
levaria a uma diminuição nas taxas de abortamento de
repetição e crescimento intra-uterino restrito.
Visto a falta de estudos epidemiológicos, o objetivo
deste estudo é verificar a prevalência de doença celíaca
nos casais atendidos no ambulatório de Infertilidade do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
MÉTODO
Serão convidados a participar deste estudo os casais
atendidos no ambulatório de infertilidade do HCPA que
preencham os seguintes critérios de inclusão: pacientes
entre 18 e 38 anos, portadores de infertilidade primária ou
secundária que concordem em participar do projeto. Os
únicos critérios de exclusão serão pacientes cuja causa da
infertilidade seja exclusivamente anatômica feminina
(obstrução tubária bilateral, mal-formações uterinas ou
vaginais, entre outras) ou que não concordem com os
termos da pesquisa. Além dos exames rotineiros para
avaliação de infertilidade, os casais serão rastreados para
doença celíaca através da dosagem de IgA
transglutaminase. A confirmação diagnóstica será feita
através da biópsia duodenal realizada pelo serviço de
Gatroenterologia do HCPA.
CONCLUSÕES
Espera-se com este estudo obter a prevalência da doença celíaca na população de mulheres inférteis do
HCPA para que se consiga um melhor manejo e acompanhamento destas pacientes.
10
“Você é o que você é”
Como as mulheres realmente se enxergam? Até quando
precisam de um espelho para ver sua imagem refletida?
Apresentada em Porto Alegre pela Cia Teatro Di Stravaganza,
a adaptação do texto A Comédia dos Erros – de William
Shakespeare para os palcos manifesta de maneira lúdica e
subversiva que a idéia do autoconhecimento muitas vezes se
mostra de maneira enganosa: sempre existem aberturas
pelas quais os sentimentos e as paixões transbordam.
Ciúmes, apego, possessividade, crise de identidade.
Temas do cotidiano feminino e que muitas vezes sugerem
fragilidade, no espetáculo se desenvolvem em torno de dois
pares de gêmeos idênticos – os dois Antífolos e seus dois
criados Drômios – que foram separados na infância durante
um naufrágio e levados a cidades diferentes, cada patrão
com seu servidor. Até o reencontro dos irmãos, já adultos, os
personagens vivem séries de mal-entendidos em uma trama
caprichosa e divertida na qual se articula um eficiente jogo
dramático em torno dos conceitos de aparência e realidade.
Durante a peça, o público é convidado a ser
simultaneamente espectador e cliente, pois a encenação tem
como ambiente principal um mercado público tipicamente
turco e, em suas bancas, as mercadorias estão realmente à
venda. Com riqueza de detalhes, o cenário remete a outros
espaços, como o interior da casa de Antífolo, o bordel, o
convento e o palácio do Duque.
Com direção de Adriane Mottola e tradução de Bárbara
Heliodora, o espetáculo tem no elenco os atores Rodrigo
Mello e Gustavo Curti, interpretando os Drômios; Fernando
Kike Barbosa e Carlos Alexandre nos papéis de Antífolos,
além de Sofia Salvatori, Lauro Ramalho, Adelino Costa e Anita
Coronel, nomes conhecidos na cena cultural.
Vale a pena assistir, se reconhecer na natural
interpretação dos atores e se deliciar com a magia deste
texto leve, escrito pelo maior dramaturgo inglês de todos os
tempos, e encarar numa boa que “você é o que você é”.
11
Download

informativo para pdf da internet.cdr