UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Gustavo Henrique Jesus Santana Marcos Augusto Bazan Pedro Rigatto Neto AVALIAÇÃO DE FORÇA DO QUADRÍCEPS COM ELETROMIOGRAFIA PARA ATLETAS DE FUTSAL DO SEXO MASCULINO COM IDADE ENTRE 20 A 24 ANOS. Academia Mundo Livre - Lins/ SP Lins – SP 2010 GUSTAVO HENRIQUE JESUS SANTANA MARCOS AUGUSTO BAZAN PEDRO RIGATTO NETO AVALIAÇÃO DE FORÇA DO QUADRÍCEPS COM ELETROMIOGRAFIA PARA ATLETAS DE FUTSAL DO SEXO MASCULINO COM IDADE ENTRE 20 A 24 ANOS. Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação do Professor M.Sc. Evandro Emanoel Sauro e orientação técnica da Profº Esp. Ana Beatriz Lima Lins – SP 2010 Santana, Gustavo Henrique Jesus; Bazan, Marcos Augusto; Neto, Pedro Rigatto. S223a Avaliação de força do quadríceps com eletromiografia para atletas de futsal do sexo masculino com idade entre 20 A 24 anos: academia Mundo Livre / Gustavo Henrique Jesus Santana, Marcos Augusto Bazan. -- Lins, 2010 76p.il.31 cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Fisica, 2010 Orientadores: Evandro Emanoel Sauro ; Ana Beatriz Lima 1.Eletromiografia. 2.Teste de 1RM 3. Atletas. I. Título. CDU 796 GUSTAVO HENRIQUE JESUS SANTANA MARCOS AUGUSTO BAZAN PEDRO RIGATTO NETO AVALIAÇÃO DE FORÇA DO QUADRÍCPES COM ELETROMIOGRAFIA PARA ATLETAS DE FUTSAL DO SEXO MASCULINO COM IDADE ENTRE 20 A 24 ANOS Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do titulo de bacharel em Educação Física. Aprovada em: ___/___/___ Banca examinadora: Prof. Orientador: Prof. M.Sc. Evandro Emanoel Sauro_ Titulação: Mestre em_Fisioterapia pela UNIMAR - SP Assinatura: ____________________________ 1 º prof.(a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ____________________________ 2 º prof.(a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: _______________________ A Deus, meu refúgio e força, onde sempre encontrei resposta para os meus problemas. E pelo dom da vida. A minha Mãe Lourdes Ramiro Santana por ter me apoiado, e meu pai José Santana Filho, por não medirem esforços para a realização dos meus sonhos. Por terem mostrado honestidade e respeito. A eles devo a pessoa que me tornei. A minhas irmãs Érika Cristina Ramiro Santana e Elizangela Ramiro Santana por terem me ajudado. A Márcia Buzetti, por estar sempre me incentivando nos estudos. A Kênia Buzetti, pelo carinho e dedicação. Por me guiar pelo caminho correto, e me ensinar a fazer as melhores escolhas. E aos meus professores, que contribuíram para o crescimento do conhecimento transmitido, e por sempre estarem dispostos a atender. Aos meus amigos de classe, talvez pouco tempo para construir uma história, mas muito para um capítulo importante que compõe a minha vida. E a Professora Bia, por ter nos orientado durante esse período. Gustavo Santana Primeiramente agradeço a Deus. Agradeço a Minha Esposa Izabel Esteves e parceira, sem ela acho que eu não seria metade do que eu sou hoje. Meus Familiares, minha Mãe Oladia dos Santos e meus avôs Lauro José dos Santos e Dirce Adriano dos Santos. Em memória para meu Pai Marcos Bazan Peres, espero que ele esteja me olhando e feliz por isso. Agradeço a todos da Academia Mundo Livre, meu grande amigo e parceiro Professor Lauro Viveiros. Meus amigos e professores Gisele de Barros, João Godinho, Fabio Cavalcante, Alex, Jonathan, Rafael Bozzo, Wonder, Fabi, Marcelo e Titão. Mestre Evandro por ter me agüentado ficar indo na casa dele pedindo ajuda, desculpa e obrigado por tudo. E é claro não podia faltar ele presença garantida nessa monografia meu amigo e professor Anderlei Cardoso, vulgo “Mirante” mais conhecido por “mira” valeu mira, você foi um Fenômeno nessa Monografia. Meus parceiros de Monografia Pedro Lee e Gustavo, vocês me surpreenderam rapaziada, respeito muito vocês. A o pessoal que participou de nossa monografia pelo compromisso que ti verão realizando os testes, foram fundamentais também para este trabalho. Professora Bia, por suas orientações e bom senso. Obrigado A todos meus amigos e alunos do “Pilates” aprendo todos os dias com vocês a tentar sem um cara melhor. Obrigado muito obrigado Marcos Augusto Santos Bazan Dedico primeiramente a DEUS, por todas as vitórias que tenho obtido em minha vida profissional. A minha mãe Luzia Ortelâ Rigatto, e meu pai Valdemir Rigatto, por estarem sempre comigo nessa luta, por sempre mi apanharem nos meus sonhos e tornar um deles uma realidade como estar mi formando. Aos meus irmãos Marcelo ortelâ de castro, Mauricio Ortelâ de castro, Marcio Ortelâ de castro e Valdemir Rigatto Junior, por também estar todo esse tempo ao meu lado nas dificuldades já superadas. Aos meus amigos de faculdade que sempre irei lembrar com muito carinho e saudades. Meus parceiros de monografia, GUSTAVO e GUTÃO, parceiros pra toda vida. A o pessoal que participou de nossa monografia pelo compromisso que ti verão realizando os testes, foram fundamentais também para este trabalho. Pedro Rigatto Neto AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS A meus amigos da faculdade, os meus parceiros que vivemos esse período junto. Os Professores, Wonder, Titão, Gisele, por ter dado opiniões e nos ter ajudados. A o pessoal que participou de nossa monografia realizando os testes. A Professora Ana Beatriz Lima, poder-te nos ajudado muito. A Academia Mundo Livre por ter cedido o espaço para realização dos testes. GUSTAVO SANTANA A todos os Professores que esteve nesses 4 anos juntos, principalmente aos professores Wonder, Titão, Gisele, Marcio, Sueli e nosso orientador por todo conhecimento e camaradagem como amigos. Também agradeço a todos meus amigos que estiveram lado a lado em todos os momentos dessa face da minha vida. I não poderia faltar de agradecer a professora BIA, por ter sido maravilhosa e atenciosa com meu grupo, nos orientando e tirando todas as duvidas que aparecessem durante esse período. PEDRO RIGATTO RESUMO O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do treinamento de força nos membros inferiores (Reto Femoral) de atletas de futsal, analisado através de teste direto e ainda o ganho de força através do treinamento de 1RM. A amostra foi composta por 08 atletas de futsal do sexo masculino com nível de condicionamento parecido, (idade de 20 a 24 anos). Todos os atletas foram submetidos a 4 protocolos: Protocolo 1 – Antopometria; Protocolo 2 – Teste de Carga Máxima; Protocolo 3 – Eletromiografia; Protocolo 4 – Circunferência. A pós as avaliações todos os atletas foram submetidos a um programa de treinamento de força, constituído por 5 semanas, com 2 dias semanais de treino.Para analise dos resultados Serão usadas coletas com parâmetros de força, através de eletrodos colocados em nível de MMIIS acoplados ao aparelho de eletromiografia. Com os resultados obtidos concluímos que o treinamento proposto fez com que não ocorresse nenhuma alteração no recrutamento das fibras musculares do quadríceps. Palavras-Chave: Eletromiografia. Teste de 1RM e Atletas ABSTRACT The aim of this study was to investigate the effects of strength training on lower limbs (rectus femoris) from indoor soccer players examined by direct test and still gain strength through training 1RM. The sample comprised 08 futsal athletes males with similar fitness level (age 20-24 years). All athletes were subjected to four protocols: 1 - anthropometric variables; Protocol 2 - Maximum Load Test, Protocol 3 - Electromyography; Protocol 4 - Circumference. The post evaluations all athletes underwent a strength-training program consisting of 5 weeks, 2 days weekly treino.Para analysis of the results collected will be used with strength parameters, using electrodes placed at the level of coupled MMIIS the electromyography apparatus. With these results we conclude that the training did not occur with no change in muscle fiber recruitment of the quadriceps. Keywords: Electromyography. 1RM and Athletes LISTA DE TABELAS Tabela 1: Valores do Teste de 1RM............................................................ 43 Tabela 2: Características iniciais dos sujeitos submetidos ao estudo......... 44 Tabela 3: Percentual de gordura................................................................. 44 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Reto Femoral............................................................................... 29 Figura 2: Cabos........................................................................................... 34 Figura 3: Eletrodos...................................................................................... 34 Figura 4: Transdutor de força…………………………………………………. 35 Figura 5: Eletromiometro………………………………………………………. 35 Figura 6: Cabo flexível………………………………………………………..... 37 Figura 7: Interface do Toolbox de análise................................................... 37 Figura 8: Eletrodos Descartáveis……………………………………………… 38 Figura 9: Dobra Cutânea Triciptal (TR)………………………………………. 39 Figura 10: Dobra Cutânea Supra-ilíaca (SI)…………………………………. 40 Figura 11: Dobra Cutânea Abdominal (AB)………………………………….. 40 Figura 12: Posição para medida da coxa…………………………………….. 41 LISTA DE SIGLAS AB: Abdominal ACM: Associação cristã de moços ATP: Trifosfato de Adenosina ADP: Adenosina difosfato ADM: Amplitude de Movimento CBFS: Confederação Brasileira de Futebol de Salão CM: Centímetro CR: Contração Rápida CL: Contração Lenta FIFA: Federação Internacional das Associações de futebol FIFUSA: Federação Internacional de Futebol de Salão (FCmáx): Freqüência Cardíaca Máxima EMG: Eletromiografia KG: Quilograma LO: Fibras de Contração Lenta MMIIS: Membros Inferiores PH: Potencial Hidrogeniônico RG: Fibras de Contração Rápidas Glicolitica RM: Repetição Máxima SI: Supra-ilíaca TR: Triciptal SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................ 13 1 CONCEITOS PRELIMINARES......................................................... 14 1.1 Introdução ao futebol de salão (Futsal).............................................. 14 1.1.1 Historia do Futsal................................................................................ 15 1.1.2 Principais Fundamentos do futsal...................................................... 16 1.1.3 Cronologia do Futsal......................................................................... 18 1.1.4 Chegada ao Brasil.............................................................................. 20 1.1.5 Como jogar......................................................................................... 20 1.2 Anatomo fisiologia da contração muscular......................................... 21 1.2.1 A química da contração muscular...................................................... 24 1.2.2 A importância do cálcio na contração................................................ 25 1.2.3 Tipos de fibras musculares................................................................. 26 1.2.4 Fibras de contração rápida……………………………………………... 26 1.2.5 Fibras de contração lenta………………………………………………. 27 1.2.6 Fisiologia do quadríceps……………………………………………….... 28 1.2.7 Reto femoral……………………………………………………………… 29 1.2.8 Treinamento de força……………………………………………………. 29 1.3 Eletromiografia…………………………………………………………… 30 1.3.1 Tipos de Eletromiografia ……………………………………………….. 31 1.3.2 Eletromiografia durante as contrações musculares máximas……… 32 1.3.3 Eletromiógrafo…………………………………………………………… 33 1.3.4 Acessórios………………………………………………………………… 33 1.3.5 Transdutor de força……………………………………………………… 34 1.3.6 Eletrogoniômetro…………………………………………………………. 35 2 O EXPERIMENTO............................................................................ 36 2.1 Condições ambientais........................................................................ 36 2.2 Sujeitos............................................................................................... 36 2.3 Materiais............................................................................................. 36 2.4 Testes................................................................................................. 38 2.5 Procedimentos.................................................................................... 42 2.6 Análise estatística.............................................................................. 42 3 Resultados........................................................................................ 42 4 Discussão......................................................................................... 44 5 Conclusão………………………………………………………………… 46 REFERÊNCIAS............................................................................................ 47 APÊNDICE……………………………………………………………………….. 52 ANEXO.......................................................................................................... 54 13 INTRODUÇÃO Nesse trabalho foi utilizado uma das pesquisas que mais ganhou força ao longo do tempo no parâmetro de avaliação muscular. De acordo com Eletromiografia... (2002) A Eletromiografia tem como objetivo analisar a atividade muscular através da averiguação do sinal elétrico que emana do músculo. Esse método permite o registro do potencial de ação da unidade motora. A eletromiografia é uma técnica de monitoramento da atividade elétrica das membranas excitáveis, representando a medida dos potenciais de ação do sarcolema, como efeito de voltagem em função do tempo. O sinal eletromiografico é a somação algébrica de todos os sinais detectados em certa área, podendo ser afetados por propriedades musculares, anatômicas e fisiológicas, assim como pelo controle do sistema nervoso periférico e a instrumentação utilizada para a aquisição dos sinais (ENOKA, 2000). O eletromiógrafo registra a atividade elétrica presente no músculo em contração a qual é decorrente da ativação neuromuscular em condições normais. O registro elétromiografico é importante, pois permite observar o comportamento eletro fisiológico do músculo em diferentes condições fisiológicas; analizando-se a influencia da temperatura corpórea, idade, sexo e esforço. Esse método da elétromiografia também vem sendo utilizado em diversas áreas da saúde como: Fisioterapia, Medicina, Educação Física, Fonoaudiólogia, Odontologia e Terapia Ocupacional, que á utiliza pela clareza nos resultados (ENOKA, 2000). Sabendo dos benefícios que os estuda eletromiografico traz no parâmetro da avaliação muscular, será realizado um trabalho de força com atletas de futsal, para analisar a importância desse treinamento no aumento em um dos principais fundamentos desse esporte que é a potencia do chute. Introduziremos uma pequena historia do futsal. Há relatos que o Futsal foi inventado em 1931 na associação cristã de moços de Montevidéu / Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou esse novo esporte de “Indoor-Foot-Ball”. (CELESTINO, 2008). Esse 14 esporte é praticado em uma quadra com o comprimento de 42 metros no máximo e 25 metros no mínimo, com a largura de 22 metros no máximo e 15 metros no mínimo, tendo 5 jogadores por equipe na quadra, 1 goleiro e 4 na linha. Trabalhar a força muscular dos membros inferiores desses atletas é de suma importância para a melhora da performance tanto de jogo como da potencia do chute, Magalhães, J (2001) A força muscular dos membros inferiores é considerada um importante fator da prestação no futebol, como suporte de habilidades e ações motoras específicas. SILVIA, M.L e RUBIO, K (2003) destacam que a preparação física nos esportes de alto rendimento é cada vez mais enfatizada na atualidade, pois o atleta busca melhorar seu rendimento diariamente e é cobrado por isso constantemente. Existe a preocupação excessiva com o desenvolvimento de força e potencia muscular principalmente da musculatura extensora do joelho (quadríceps) e uma negligência aos exercícios de desenvolvimento da flexibilidade e da força muscular flexora dos joelhos. Esta pesquisa tem como objetivo de verificar, a importância do treinamento de força para o quadríceps (Reto femoral), em atletas de Futsal para obter resultados significativos. O local escolhido para realização dos testes é Academia Mundo livre localizada na cidade de Lins/SP. Diante do exposto surgiu o seguinte questionamento? O Teste de 1RM pode auxiliar no planejamento de um treino para o aumento de força em atletas de Futsal? Acredita - se que sim, pois a relatos que testes realizado com o quadríceps (Reto femoral), tem o ganho de hipertrofia, por tanto a um ganho de força muscular significativo. 1 CONCEITOS PRELIMINARES 1.1 Introdução ao futebol de salão (Futsal) 15 O futebol de salão é derivado do futebol de campo, numa adaptação feita para um campo menor à quadra. Além de ser desporto altamente competitivo, o futebol de salão apresenta-se uma excelente opção recreativa, podendo ainda ser utilizada como parte do treino do futebol de campo. O futebol de salão é jogado com os pés e o jogador se desloca conduzindo ou tocando a bola com qualquer parte do corpo, exceto com as mãos (PACHECO; S, 2010). De acordo com Silvio Pacheco (2010), uma partida de futebol de salão é disputada por duas equipes, cada uma composta por cinco jogadores, um dos quais é o goleiro. Os jogadores deverão se apresentar uniformizados, isto é, com calção, camiseta, meias e tênis. Num jogo oficial de futebol de salão, são quatro os oficiais de arbitragem, responsável pelo controle da partida: um árbitro, autoridade máxima em campo, um coadjuvante por dois fiscais de linha e um anotador – cronometrista, que faz as anotações e marca o tempo de jogo (PACHECO, S, 2010). Oficialmente, uma partida de futebol de salão (futsal), consta de dois tempos de vinte minutos com intervalo de dez minutos para descanso. Quando é jogado por atletas menores, isto é, juvenis, a partida tem a duração de dois tempos de quinze minutos com intervalo de dez minutos para descanso. “O jogo se inicia no centro da quadra pela equipe que venceu no sorteio da posse de bola (TEXEIRA, V, H. 1979, p 51)”. 1.1.1 Historia do Futsal O surgimento do futsal data-se da década de 30 na cidade de montevidéu (Uruguai), onde as peladas de várzea começaram a ser adaptada a quadras de basquete e pequenos salões. 16 Porém, as primeiras regras do futebol de salão (futsal), foram redigidas em 1933 fundamentadas no futebol, basquetebol, handebol e pólo aquático pelo professor de educação física da ACM, associação cristã de moços / Uruguai, Juan Carlos Ceriani (LOMÊU, M, L. 2007). O futebol de salão começou a ser praticado em 1932, em montevidéu, as primeiras regras foram redigidas pelo diretor do departamento de menores da Associação Cristã de Moços (A.C.M.) de Montevidéu, Juan Carlos Ceriani, no inicio era praticado com número variável de jogadores e as regras não passavam de simples transposições das regras já existentes do futebol de campo, com algumas modificações, sendo uma delas a não aplicação da lei do impedimento (TEXEIRA, V, H. 1979). 1.1.2 Principais Fundamentos do Futsal - Domínio no futsal: Domínio é a habilidade de recepcionar a bola. O objetivo do professor ao ensiná-la é o de levar a criança a recepcioná-la com as diversas partes do corpo. - Controle no futsal Controlar a bola é diferente de dominá-la. Enquanto esta ação trata-se da recepção da bola, aquela se refere a mantê-la no ar, com toques de uma e de outras tantas partes do corpo, sem deixá-la cair ao chão. É o que as crianças chamam de embaixadinhas. - Condução no futsal A condução é quando se leva a bola pela quadra de jogo. Uma regra básica: a bola deve estar próxima do condutor. Essa condução pode ser feita em linha reta, daí o nome de retilínea. Também em ziguezague, e, portanto, sinuosamente. As outras faces para se conduzir são internas e externas. A de frente é ineficaz. - Chute no futsal O chute surge quando do contato da criança com a bola em direção à meta adversária ou para afastar o perigo de um ataque adversário. O primeiro 17 seria o chute com o objetivo ofensivo. O segundo, com o objetivo defensivo. Logo, chute sempre é a mesma coisa, o que muda é o objetivo. Quais seriam as possíveis trajetórias de chute? Rasteira, meia-altura e alta. Quais seriam os tipos, as maneiras de chutar? Com o dorso ou de peito de pé, de bate - pronto ou semi-voleio, de voleio ou sem-pulo, de bico e por cobertura. - Cabeceio no futsal A exemplo do chute, o cabeceio pode ser ofensivo e defensivo. Quem cabeceia o faz para marcar um gol, para defender a sua equipe ou para passar a bola para um companheiro de equipe A exemplo do chute e do passe, o cabeceio pode ter diferentes trajetórias, isto é, pode ser em linha reta, para o alto ou em direção ao chão. O local onde se toca na bola determinará as diferentes trajetórias. Cabeceio no meio da bola, ela sai em linha reta. Cabeceou-se embaixo da bola, ela vai para o alto. Cabeceou-se em cima, ela desce. - Passe no futsal O passe só acontece quando há duas pessoas. Ocorre quando o jogador Passa a bola para o companheiro e envia a bola para outro atleta. Em geral passa-se a bola com os pés, mas também pode sair um passe com a cabeça, com o peito, a coxa, o ombro. - O passe é classificado quanto à distância, à trajetória (altura), à execução (parte do corpo), ao espaço de jogo (quadra) e à habilidade. - Distância: Curto - até 4 metros; Médio - 4 a 10 metros; Longo - acima de 10 metros. - Trajetória: Rasteiro, meia altura, parabólico. - Execução: Interna, externa, anterior (bico), solado, dorso. - Espaço de Jogo: Lateral, diagonal, paralelo. - Passes de Habilidade: Coxa, peito, cabeça, calcanhar, ombro, parabólico ou cavado. - Drible no futsal O drible é feito com posse de bola. Quem dribla, procura a com bola, passar por um adversário. Esse "passar pelo adversário" exigirá, algumas vezes velocidade, técnicas e outras apenas mudança de direção, algumas, criatividade, ginga e muitas técnicas utilizadas. 18 Ainda, todas estas coisas simultaneamente. Entretanto, uma coisa é certa: o que dificulta a habilidade de marcar é a perda do equilíbrio e a desatenção. Logo, o drible eficaz é aquele que provoca no outro o desequilíbrio (HISTÓRIA…2003). 1.1.3 Cronologia do Futsal a) 1949 - A ACM do Rio de Janeiro organiza o primeiro torneio aberto de futebol de salão para meninos entre dez e quinze anos. b) 1954 - Em 28 de julho é fundada, no Rio de Janeiro, a primeira entidade oficial, a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, na sede do América Futebol Clube. c) 1955 - Em 14 de junho é fundada a Federação Paulista de Futebol de Salão. d) 1956 - É realizado o primeiro campeonato da cidade do Rio de Janeiro, com 42 disputantes, cabendo ao time carioca "Imperial" o título de primeiro campeão. e) 1958 - A Confederação Brasileira de Desportos resolve oficializar a prática de futebol de salão, uniformiza suas regras e funda o Conselho Técnico de Futebol de salão tendo as Federações Estaduais como filiadas. f) 1959 - Primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções. A seleção do Rio de Janeiro fica com o título, Seleção Paulista fica com o vicecampeonato. g) 1971 - É fundada no Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), contando com a filiação de 32 países que praticavam o futebol de salão nos moldes brasileiros. O primeiro presidente da é João Havellange. h) 1981 - A CBFS conseguem sua sede própria. 19 i) 1982 - É realizado o primeiro campeonato Mundial de Seleções de Futsal, com o ginásio do Ibirapuera o Brasil torna-se o primeiro campeão vencendo o Paraguai. j) 1985 - O segundo Campeonato Mundial de Futsal é realizado na Espanha e o Brasil torna-se bi vencendo a própria Espanha. k) 1988 - Na terceira edição do Mundial de Seleções o Paraguai surpreende o Brasil e fica com o título na Austrália. l) 1989 - A Holanda é sede do quarto Mundial de Seleções, mais uma vez o Brasil conquista o título diante dos donos da casa. m) 1990 - A FIFA homologa a supervisão do futsal mediante extinção da Fifusa e cria sua comissão de futsal. Posteriormente, algumas Federações desistem de acabar com a Fifusa e elege o Sr. Antonio Alberca presidente. Surge o termo Futsal. n) 1992 - Na quinta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista seu quarto título diante dos Estados Unidos em Hong Kong. A organização fica por conta da FIFA. o) 1996 - Sexta edição do Mundial de Seleções, o Brasil conquista o Pentacampeonato Mundial diante da Espanha, donos da casa. p) 2000 - Sétima edição do Mundial de Seleções, na Guatemala, o Brasil é surpreendido pela Espanha na Final. q) 2002 - É realizado o primeiro Brasileiro de Seleções Feminino em São Paulo, a Seleção Paulista é a campeã de forma invicta. r) 2003 - Por intermédio de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o Futsal é incluído nos jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. A Federação Paulista de Futsal lança um projeto em prol do Futsal: "Eu Quero Futsal Olímpico". s) 2004 - A FIFA promove, na China, o seu 5º Campeonato Mundial. A Espanha é bicampeã. O Brasil, pela primeira vez, fica de fora de uma final de Copa do Mundo. Boa parte dos jogadores brasileiros que se destacam ou com acesso à dupla cidadania é contrata por equipes de todo o mundo (HISTÓRIA…2003). 20 1.1.4 Chegada ao Brasil Em 1948, um grupo de professores brasileiros participou no Uruguai de um concurso patrocinado pelo instituto Técnico da Federação Sul- americana da A.C.M., entrando em contato com o futebol de salão. No ano seguinte, a A.C.M. do Rio de Janeiro organizava o primeiro torneio aberto de futebol de salão para meninos entre dez e quinze anos, dele participando mais de cinqüenta equipes independentes ou filiadas a clubes cariocas. Ao mesmo tempo, em São Paulo, constituía-se uma comissão para redigir novas regras, a fim de diminuir os riscos para os jogadores. Esta comissão publicou em 1950 um livro com estas regras. No mesmo ano, um torneio aberto foi realizado pela A.C.M. paulista (TEXEIRA, V, H. 1979). 1.1.5 Como jogar O futsal é disputado em quadras de 24 a 42m de comprimento por 14 a 22m de largura. A bola pesa entre 410 e 500g e tem de 53 a 62 cm de circunferência. As metas medem três metros de largura por dois de altura, à frente das quais se demarcam áreas cujas linhas são eqüidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do jogo é marcar tentos, como no futebol association, mas algumas regras são exclusivas do futsal (PACHECO, S, 2010.). Segundo Silvio Pacheco (2010), o arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a quinta falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre direto, sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer cinco faltas será desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo, com a mão ou com os pés, quatro segundos após defendê-la e de modo que não atravesse a linha central sem que primeiro toque o piso, ou um jogador. A partida tem a duração de quarenta 21 minutos sendo, (dois tempos de vinte) para adultos e de trinta minutos (dois tempos de 15) para juvenis. 1.2 Anatomo fisiologia da contração muscular Para podermos entender a fisiologia e o mecanismo da fisiologia da contração muscular, devemos saber como é a estrutura do músculo esquelético. Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são organizadas em feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por sua vez são agrupadas juntas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante a gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas importantes tais como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no sarcoplasma. A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é denominada um sarcômero. Cada miofibrila contém muitos miofilamentos. Os miofilamentos são fios finos de duas moléculas de proteínas, actina (filamentos finos) e miosina (filamentos grossos). A Fisiologia da contração muscular explica os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e continuação de qualquer tipo de vida. Na fisiologia humana, são explicados as características e mecanismos específicos do corpo humano, que o fazem ser um ser vivo. O próprio fato de que permanecemos vivos está quase além do nosso controle, pois a fome nos faz procurar alimento e o medo nos faz buscar refúgio. As sensações de frio nos fazem procurar calor e outras forças nos impelem a procurar companhia e nos reproduzir. Assim, o ser humano é, na verdade um autônomo e o fato de sermos organismos com sensações, sentimentos e conhecimento é parte dessa seqüência automática da vida; esses atributos especiais nos permitem 22 viver sob condições extremamente variadas que, de outra forma, tornariam a vida impossível. De acordo com A FISIOLOGIA… (2008), ocorre por várias etapas e, do estímulo da contração muscular até a sua execução, as etapas são as seguintes: a) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas fibras musculares; b) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância neurotransmissora, a acetilcolina; c) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular, abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas protéicas na membrana da fibra muscular. d) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia potencial de ação na fibra muscular; f) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular da mesma forma como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais; g) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para profundidade da fibra muscular, onde o faz com que o retículo sarcoplasmático libere para as miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no interior do retículo sarcoplasmático; h) Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actínia e miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil; i) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação chegue; essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração (A FISIOLOGIA…2008 p1). De acordo com A FISIOLOGIA… (2008), o mecanismo da contração muscular será demonstrado a teoria dos filamentos deslizantes, uma 23 série de hipóteses é admitida para explicar como os filamentos deslizantes desenvolvem tensão e encurtam-se, uma delas é a seguinte: a) Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente a actina; b) Quando uma molécula de ATP se liga a miosina, a conformação da miosina e o sítio de ligação se tornam instáveis liberando a actina; c) Quando a miosina libera a actina, o ATP é parcialmente hidrolisado (transformando-se em ADP) e a cabeça da miosina inclina-se para frente; d) A religação com a actina provoca a liberação do ADP e a cabeça da miosina se altera novamente voltando à posição de início, pronta para mais um ciclo. A contração muscular é um processo complexo que envolve diversas proteínas celulares e sistemas de produção de energia. O resultado é o deslizamento da actina sobre a miosina, fazendo com que o músculo encurte e, conseqüente, desenvolva tensão. Embora os detalhes completos da contração muscular no nível molecular continuem a ser discutidos, seu processo está bem definido. O processo da contração muscular é mais bem explicado pelo modelo do filamento deslizante da contração. (POWERS K, S; HOWLEY, T, E. 2000.) As contrações musculares podem ser isométricas, concêntricas ou excêntricas. O músculo esquelético pode executar três tipos de contração: isométrica, em que o comprimento muscular permanece constante; concêntrica, em que o músculo encurta, é gerada potência e o trabalho é executado pelo músculo; e excêntrica, em que o músculo aumenta de comprimento no estado ativo, potência é absorvida e o trabalho é realizado sobre o músculo (MAUGHAN R; GLEESON M, 2004). Conforme Maughan e Gleeson (2004), o músculo esquelético é um dos quatro principais tecidos do corpo, sendo os outros o nervoso, o conjuntivo e o epitelial. Há três formas de músculos no corpo: o cardíaco encontrado somente no coração; e o músculo liso, localizado nas paredes dos vasos, vias aéreas, 24 aparelhos digestivos e bexiga; e o músculo esquelético (ou estriado), cujas fibras unem partes do esqueleto. Somente o músculo esquelético está sob controle voluntário direto e permite o movimento dos membros, assim como a manutenção da postura. A contração muscular é o encurtamento das fibras musculares. Existem três formas diferentes de contração para o músculo que esta sendo trabalhado a contração isométrica é a contração feita na posição estática e não modificada o comprimento dos músculos ou ângulo de articulação o qual a articulação isotônica ocupada, pois é muito específica para esse ângulo (BONPA R T, 2004). Excêntrica e concêntrica são outros termos que também devem ser explicados: um movimento muscular excêntrico é o movimento no qual o músculo desenvolve tensão enquanto está sendo alongado (também conhecido como trabalho “negativo”). “Um movimento muscular concêntrico é aquele no qual o músculo desenvolve tensão enquanto está sendo contraído (também conhecido como trabalho positivo) (BONPA ,R T, 2004, p22)”. 1.2.1 A química da contração muscular O estímulo para a contração muscular é geralmente um impulso nervoso, que chega à fibra muscular através de um nervo. O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o retículo sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali armazenado seja liberado no hialoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação da actínia e permite que esta se ligue à miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, o que faz cessar a contração. 25 A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP produzidas durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da miosina à actínia quanto em sua separação, que ocorre durante o relaxamento muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado de rigidez cadavérica (rigor mortis). A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir apenas alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal reserva de energia nas células musculares é uma substância denominada fosfato de creatina (fosfocreatina ou creatina-fosfato). Dessa forma, podemos resumir que a energia é inicialmente fornecida pela respiração celular é armazenada como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP. Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos em energia são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o glicogênio armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustíveis (ANATOMIA... p1). 1.2.2 A importância do cálcio na contração O cálcio é um fator essencial para a divisão do ATP, com esta divisão o mesmo libera energia que será transferida para o filamento do músculo. O músculo então descontrai, pois o cálcio retorna para as nervuras obstruindo o desenvolvimento da ATP. Acredita-se que o músculo não terá força suficiente para se movimentar não recebendo os estímulos e mensagens necessárias, por outro lado existe o plano de transporte na quais as nervuras sarcoplasmáticas obterão a presteza suficiente para o fornecimento das mensagens (A FISIOLOGIA Muscular. p 1). 26 1.2.3 Tipos de fibras musculares O músculo esquelético não conte apenas um grupo homogêneo de fibras com pesquisadores propriedades identificaram metabólicas dois tipos e contrateis distintos de semelhantes. fibras por Os suas características contrateis e metabólicas. Uma técnica comum para estabelecer o tipo especifica de fibras musculares avaliadas a cadeia pesada da molécula de miosina, que existe em três formas ou isoformas diferentes. A analise avalia a sensibilidade diferente de fibra a um pH alterado da enzima miosina ATPase (uma medida do fenótipo da miosina).(MCARDLE D W; KATCH I F; KATCH L V, 2007). 1.2.4 Fibras de contração rápida As fibras musculares de contração rápida possuem uma alta capacidade para a transmissão eletroquímicas dos potenciais de ação. Um alto nível de atividade de miosina ATPase, um nível rápido de liberação e captação do cálcio pelo reticulo sarcoplasmático e de um alto nível de renovação das pontes cruzadas, característica essas que se relacionam todas com sua capacidade de gerar energia rapidamente para produzir contrações rápidas e vigorosas. Convém lembrar que é a miosina ATPase que fraciona o ATP para fornecer energia para contração muscular. As fibras de contração rápida dependem essencialmente do sistema glicólitico em curto prazo e bem desenvolvido para transferência de energia. Foram denominados também fibras RG, indicando suas capacidades rápidas glicogenoliticas. Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas nas atividades explosivas e rápidas,assim como em outras contrações musculares vigorosas, 27 que dependem quase inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia (MCARDLE D W; KATCH I F; KATCH L V, 1991). As fibras CR podem ser subdivididas em dois subtipos: fibras CR tipo A (IIA) e fibras CR tipo B (IIB). Fibras IIA possuem características contráteis rápidas, ou seja, se contraem rapidamente (40-90 milissegundos), mas são dotadas de características metabólicas semelhantes às fibras CL. Possuem uma capacidade oxidativa razoável, inferior à CL, mas que pode aumentar consideravelmente. No entanto, seu verdadeiro potencial está no metabolismo anaeróbio de média duração (1-3 minutos). As fibras IIA são capazes de gerar energia independentemente da presença de oxigênio, produzindo como subproduto de seu trabalho o ácido láctico. Fibras IIB são chamadas de verdadeiras fibras de contração rápida, pois sua velocidade de contração é rápida (40-90 milissegundos) e suas propriedades metabólicas possuem um baixo caráter oxidativo e um alto potencial para o fornecimento de energia de curta (1-50 segundos) e média (1-3 minutos) duração (MUSCULOS... p1). 1.2.5 Fibras de contração lenta As fibras de contração lenta geram energia para a ressíntese de ATP predominantemente por meio do sistema de transferência de energia aeróbica de ação relativamente longa. Elas se caracterizam por um baixo nível de atividade de miosina ATPase, por uma menor velocidade de contração de por uma capacidade glicólítica menos desenvolvida que suas congêneres de contração rápida.as fibras de contração lenta contêm mitocôndrias relativamente volumosas e numerosas. É essa concentração de mitocôndrias, combinada com os altos níveis de mioglobina, que empresta as fibras de contração lenta sua pigmentação vermelha característica. Esse tipo de fibra muscular é resistente a fadiga e bem apropriadas para exercícios aeróbicos 28 prolongados. Essas fibras foram rotuladas também como fibras LO, para descrever sua velocidade lenta de contração e grande dependência em relação ao metabolismo oxidativo. Diferentemente das fibras RG, que cansam rapidamente já a LO estão adaptadas ao trabalho prolongado e são recrutadas para atividades aeróbicas (MCARDLE D W; KATCH I F; KATCH L V, 1991). Segundo MCARDLE D W; KATCH I F; KATCH L V, (1991). Muitos pesquisadores classificam as fibras de contração lenta como tipo I, enquanto as fibras rápidas são classificadas como tipo ll. As Fibras CL possuem características contráteis de caráter lento, ou seja, se encurtam mais lentamente. Porém não se iluda, as fibras CL se contraem em cerca de 90-140 milissegundos, ou seja, muito mais rapidamente do que até mesmo um piscar de olhos! Metabolicamente, são dotadas de muitas mitocôndrias (organelas responsáveis pelo metabolismo aeróbio), enzimas aeróbias e capilares sanguíneos (micro-vasos sanguíneos que facilitam a perfusão de oxigênio pelos músculos). Por isto, são dotadas de uma alta capacidade para oxidar (queimar) gorduras, carboidratos e até mesmo ácido láctico (MUSCULOS... p1). 1.2.6 Fisiologia do quadríceps De acordo Nether (2000) a fisiologia do quadríceps pode ser assim classificada; a) Inserção Proximal: b) Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior c) Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha intertrocantérica e tuberosidade glútea. d) Vasto Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica e) Vasto Intermédio: 2/3 proximais da face anterior e lateral do fêmur e ½ distal da linha áspera 29 f) Inserção Distal: Patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade anterior da tíbia. g) Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4) h) Ação: Extensão do joelho e o reto femoral realizam flexão do quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, rotação lateral (NETTER, 2000). 1.2.7 Reto femoral Fonte: wikipedia.org (2010) Figura 1: Reto Femoral 1.2.8 Treinamento de força 30 Este trabalho é chamado de sobrecarga e conduz a um aumento de força por meio do seguinte processo. Quando o músculo se contrai contra resistência, a síntese proteínas musculares é estimulada, formando assim fissuras muito pequenas nas fibras musculares e no tecido conectivo. I ocorre principalmente durante a fase excêntrica do movimento, depois de um tempo novas proteínas são construídas, o tecido conectivo é restaurado, as fibras musculares tornam-se maiores e o músculo aumenta e diâmetro e força. (BEAN, A. 1999). Segundo Fleck e Kraemer (2002), o treinamento de força se divide em vários tipos: Treinamento isométrico, Treinamento dinâmico de resistência invariável, Treinamento dinâmico de resistência variável, Treinamento isocimético, Treinamento excêntrico e Pliometria. O treinamento de força dinâmico envolve contração concêntrica e excêntrica do grupo muscular, realizado contra uma resistência constante ou variável. “Pra esse tipo de treinamento, as pessoas normalmente usam pesos livres (barras e halteres) e equipamentos de resistência variável ou constante (HEYWARD, H, V. 2004. P124)”. O termo força muscular refere-se à capacidade de desenvolver força máxima durante um esforço isolado. “Pode ser medida pela determinação do esforço máximo de uma repetição, denominado “1 RM “, em um ou mais exercícios (BAECHLE R T; GROVES R B. 2000. p15)”. Força máxima, revelada pelo nível de força que o atleta é capaz de atingir em conseqüência da tensão muscular máxima (GOMES C A. 2009. p103). 1.3 Eletromiografia A eletromiografia tem como objetivo analisar a atividade muscular através da averiguação do sinal elétrico que emana do músculo. Esse método permite todo o registro do potencial de ação da unidade motora, podendo ser empregado como um método diagnóstico para patologias neuromusculares, 31 traumatismos e como instrumento cinesiológico, visando descrever o papel de diversos músculos em atividades específicas (ELETROMIOGRAFIA.. 2002 p1). O axônio simples conduz um impulso para todas as fibras musculares, fazendo com que sofram despolarização de modo relativamente simultâneo. A despolarização produz atividade elétrica, que se manifesta como potencial de ação da unidade motora (PAUM), e que é graficamente registrada como o eletromiograma,(ELETROMIOGRAFIA...2002.p1). Na análise do movimento humano, esse registro acontece por meio da monitorização do sinal mioelétrico captado por eletrodos, que podem ser intramusculares ou de superfície, este último considerado o mais adequado para os estudos cinesiológicos, principalmente durante a realização de um determinado movimento (ELETROMIOGRAFIA... 2002. p1). 1.3.1 Tipos de eletromiografia Os eletrodos de agulha registram a atividade de uma área muito menor que a abrangida pelos eletrodos de superfície, e tornaram possível o estudo da atividade de s motoras isoladas (KITCHEN; BAZIN, 1998). Os eletrodos de agulha não são úteis para estudo cinesiológico, devido ao desconforto causado pela agulha que permanece no músculo durante a contração são mais apropriados para a EMG clínica já que o examinador não tem controle sobre a colocação do eletrodo, nem pode mover o eletrodo dentro do músculo depois de ter sido colocado (SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). É um método invasivo, pouco utilizado, com contato direto com as fibras musculares. Não se utiliza quando o objetivo é estudar a atividade geral de um músculo superficial (VERONESI, 2008). Um eletrodo é um transdutor que converte uma forma de energia em outra e podem ser usados vários tipos de eletrodos para monitorar o sinal eletromiográfico (SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 32 Eletromiografia de Superfície é formada por eletrodos que são colocados sobre a pele. Método não invasivo que tem a capacidade de captar as atividades elétricas de todas as fibras musculares ativas (VERONESI, 2008). De acordo com Sullivan; Schmitz (2004) a eletromiografia é usada para testar a velocidade de condução nervosa e para pesquisas cinesiológicas. Os eletrodos de superfície são geralmente considerados adequados para monitorar grandes músculos superficiais ou grupos musculares. Eles não são considerados seletivos o suficiente para registrar com precisão a atividade de uma unidade motora isolada ou de pequenos músculos ou músculo profundo. Os eletrodos de superfície podem ser classificados como monos polares e bipolares. Mono polar, um eletrodo sobre o feixe, muscular de interesse e outro num ponto não afetado pela atividade deste feixe, então se mede a diferença de potencial entre os dois pontos (SILVA, 2007). A diferença de potencial entre os dois eletrodos é registrada através de um amplificador diferencial. O terceiro eletrodo é utilizado para terreamento do paciente. O sinal registrado representa a soma dos potencias individuais produzidos por todas as fibras nervosas ou musculares ativadas (KITCHEN; BAZIN, 1998). 1.3.2 Eletromiografia durante as contrações musculares balísticas máximas O sinal EMG proporciona uma maneira conveniente de estudar as complexidades da fisiologia neuromuscular durante diferentes contrações musculares. A EMG reflete tanto a quantidade quanto a qualidade de atividade elétrica gerada pelo músculo. Nas contrações isométricas o sinal EMG modifica-se proporcionalmente à força muscular gerada. As contrações dinâmicas refletem uma maior complexidade em virtude das mudanças nas características de força-torque 33 durante a ADM. Os movimentos balísticos rápidos produzem uma EMG caracterizada por explosões alternativas de atividade elétrica nos músculos agonistas e antagonistas (MCARDLE D W; KATCH I F; KATCH L V, 2007). 1.3.3 Eletromiógrafo Sistema de 2 ou 4 canais que permitem a aquisição de sinal eletromiográfico ou sinais provenientes transdutores de força. Possibilita a observação simultânea dos sinais eletromiográficos e das grandezas físicas envolvidas no movimento. Dispõe de dois modos de visualização: sinal original e biofeedback (ELETROMIOGRAFIA... 2002 p1). 1.3.4 Acessórios Eletrodos adesivos, régua, caneta dermográfica, lixa para esfoliação, gel condutor e cabos. Eletrodos de superfície são pequenos discos metálicos, mais comumente feitos de prata-cloreto de prata, aplicados à pele (preparada) sobre o músculo apropriado. Num arranjo bipolar, dois eletrodos são aplicados sobre um músculo, usualmente sobre o seu ventre, numa direção longitudinal com relação às fibras musculares. Contudo, um eletrodo é um transdutor, um dispositivo para conversão de uma forma de energia em outra. Os eletrodos convertem o sinal bioelétrico resultante da despolarização muscular ou nervosa, em um potencial elétrico capaz de ser processado por um amplificador. E a diferença de potencial elétrico que sofre o processamento (ELETROMIOGRAFIA... 2002 p1). 34 Fonte: ELETROMIOGRAFIA... 2002 Figura 2: Cabos Fonte: ELETROMIOGRAFIA... 2002 Figura 3: Eletrodos 1.3.5 Transdutor de força É utilizado para tração ou compressão, sendo que o princípio de funcionamento baseia-se na variação da resistência ôhmica de um sensor denominado extensômetros, quando submetido a uma deformação. Utiliza-se comumente em células de carga quatro extensômetros ligados entre si segundo a ponte de Wheatstone e o desbalanceamento da mesma, em virtude da deformação dos extensômetros, é proporcional à força que a provoca. É através da medição deste desbalanceamento que se obtém o valor da força aplicada. Os extensômetros são colados a uma peça metálica (alumínio, aço ou liga cobre-berílio), denominada corpo da célula de carga e inteiramente solidários à sua deformação. A força atua, portanto sobre o corpo da célula de 35 carga e a sua deformação é transmitida aos extensômetros, que por sua vez medirão sua intensidade (ELETROMIOGRAFIA... 2002 p1). Fonte: ELETROMIOGRAFIA... 2002 Figura 4: Transdutor de força 1.3.6 Eletrogoniômetro Possui um sensor que fornece um sinal elétrico correspondente ao movimento angular que pode ser registrado durante o experimento. Fonte: ELETROMIOGRAFIA... 2002 Figura: 5 Eletromiometro 36 2 2.1 O EXPERIMENTO Condições ambientais: Após pesquisa aprovada, todas as avaliações foram realizadas no laboratório de Avaliação do Esforço Física (LAEF) do centro Universitário Católico Salesiano Auxilium-UNISALESIANO de Lins, curso de educação física, onde o teste eletromiografico e o teste de 1RM foram realizados para determinação da força muscular, já o treinamento foi realizado na academia MUNDO LIVRE localizada na Rua Ver. Manoel Olvinhas nº30 em Lins, ambos os lugares tiveram temperatura ambiente, nos horários disponíveis dos indivíduos, entre os períodos matutinos e vespertinos. 2.2 Sujeitos A população alvo foi composta por oito atletas do gênero masculino, no qual os mesmos fazem parte da equipe de futsal da cidade de Lins-SP, com faixa etária entre 20 a 24 anos. 2.3 Material: Para a realização de todos os procedimentos do presente estudo, foram utilizados os seguintes materiais: a) eletromiógrafo EMGSYSTEM com as seguintes configurações para os canais de aquisição para eletromiografia o ganho é 100 vezes e os eletrodos 37 ativos possuem um ganho 20 vezes, totalizando ganho 2000 vezes. Cada canal possui 5 faixas de ganho. Os canais configurados para eletromiografia possuem dois filtros, sendo eles o passa baixo e passa alto que eliminam as freqüências e ruídos não desejados na coleta. O EMG possui 3 canais para aquisição EMG e um canal para goniometria. Fonte: Alves; Nunes, 2009. Figura 6: Cabo flexível Para análise dos parâmetros espectrais foi utilizado o Toolbox de Processamento matemático e análise de sinais de EMG sendo utilizada a análise de freqüência mediana conforme recomendado para determinação de fadiga (MATSUDA et al., 1989; OLIVEIRA et al., 2005). Fonte: Alves; Nunes, 2009. Figura 7: Interface do Toolbox de análise Foram utilizados eletrodos descartáveis da marca Maxicor 38 Fonte: Alves; Nunes, 2009. Figura 8: Eletrodos Descartáveis b) um eletrodo de referencia; c) computador compatível com Microsoft Windows d) lápis, caneta e papel para avaliações e outras anotações; e) prancha isolante para solo; f) maca; g) fita crepe h) álcool 70% da marca cooperalcool e algodão da marca York. i) Agachamento; j) Balança (TANITA, TMB-305); k) Cadeira Extensora; l) Calculadora; m) Compasso de dobras de cutâneas – CESCORF; n) Cronômetro; o) Eletromiógrafo EMGSYSTEM; p) Estadiômetro SANNY; q) Fita métrica (TBM); r) Ficha de coleta de dados; s) Leg Press 45º; t) Mesa Flexora; u) Monitor da freqüência cardíaca (POLAR). 2.4 Testes 39 Protocolo 1 – Antropometria Os sujeitos foram submetidos a uma anamnese para que pudesse determinar o nível de atividade física, após a anamnese foi mensurado o perfil antropométrico (GUEDES, GUEDES, 2006) de cada sujeito: Estatura: na avaliação da altura, o avaliado deve estar descalço e com o mínimo de roupa possível para que se torne visível a posição de seu corpo. Ele também deve posicionar-se em pé, de forma ereta, com os membros superiores pendentes ao lado do corpo, os calcanhares unidos e as pontas dos pés afastadas aproximadamente em 60* entre si. Peso: para a determinação do peso corporal, o avaliado coloca-se cuidadosamente sobre a plataforma, pondo um pé de cada vez no centro desta, em posição ereta, os pés afastados à largura dos quadris, o peso distribuído igualmente em ambos os pés, os braços lateralmente ao longo do corpo e o olhar em um ponto fixo à sua frente de modo evitar oscilações. Composição corporal: Para determinação da porcentagem de gordura corporal, será usado método duplamente indireto de dobras cutâneas. Serão aferidas as dobras cutâneas em diferentes pontos anatômicos para o sexo masculino (tricipital, supra-ilíaca e abdômen) e posteriormente calculado do porcentual de gordura. a) A dobra cutânea triciptal (TR) é determinada na face posterior do braço, mas também paralelamente ao eixo longitudinal, só que com o ponto de reparo identificado na metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olecrano; Fonte: Fitness.fitmail.com.br Figura 9: Dobra Cutânea Triciptal (TR) 40 b) A dobra cutânea supra-ilíaca (SI) também é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a crista ilíaca e o último arco costal, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste levemente o braço direito para trás para permitir a execução da medida; Fonte: Fitness.fitmail.com.br Figura 10: Dobra Cutânea Supra-ilíaca (SI) c) Aproximadamente a dois centímetros à direita da borda lateral da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, é determinada a dobra cutânea abdominal (AB). Fonte: Fitness.fitmail.com.br Figura 11: Dobra Cutânea Abdominal (AB) Protocolo 2 – Teste de carga máxima O método de teste de carga máxima, é representado pela sigla 1RM, refere-se à maior quantidade possível de peso, imposto externamente, que se 41 pode mover / levantar em uma única repetição completa por meio de determinado movimento padronizado. (GUEDES; GUEDES, P.434, 2006). Protocolo 3 – eletromiografico Para o teste eletromiografico, o eletrodo ativo é para captar a atividade do músculo, a referência para distinguir o grupamento a ser estudado do não estudado e a terra para prevenir interferências ambientais e para dar segurança ao paciente. Protocolo 4 – Circunferências Para a determinação da medida deve-se circundar com a fita métrica o segmento a ser medido. Com relação às medidas do perímetro da coxa, o avaliado deve posicionar-se em pé, em posição ereta, com os membros superiores pendentes ao lado do corpo, a cabeça orientada no plano de Frankfurt, o peso corporal distribuído igualmente entre ambas as pernas e as coxas afastadas o suficiente para que seja possível manusear livremente a fita métrica. (GUEDES; GUEDES, P.434,2006). Fonte: homemcorpus.blogspot.com Figura 12: Posição para medida da coxa 42 2.5 Procedimentos: O exame eletromiográfico foi realizado com o aparelho nos oito atletas de futsal isoladamente no período da tarde com feedback verbal. Cada participante realizou o exame sentado em uma cadeira extensora, com 2 eletrodos posicionados no músculo reto femoral ( origem e inserção). O Teste foi realizado na cadeira extensora, sendo em que o atleta realizou um movimento de extensão do joelho e pode verificar que não ouve alteração do numero de fibras recrutadas. Podendo-se observar que mesmo diante de um trabalho de força especifico para tal musculatura não ouve alteração no recrutamento de fibras, na perna no qual ele tem maior controle de bola (força). Para maior controle do estudo foram coletados em contração voluntaria máxima (a musculatura reto femoral) por comando verbal no ângulo de 90 a 180 graus de extensão de joelho. 2.6 Análise estatística: Serão realizados testes para determinação de força máxima com praticantes de futsal, onde serão usadas coletas com parâmetros de força, através de eletrodos colocados em nível de MMIIS acoplados ao aparelho de eletromiografia. 3 RESULTADOS Após aquisição os sinais foram tratados pela análise de parâmetros espectrais para freqüência mediana, obtendo os seguintes resultados descrita na tabela 1. 43 Todos os Atletas de Futsal avaliados não apresentaram aumento ou diminuição da força de quadríceps no final da avaliação e tão pouco o aumento no numero de fibras recrutadas. Devido ao prazo curto de cinco semanas e esses atletas não terem alterados seu ritmo de treinamento. Para uma melhor visualização dos resultados, os mesmos foram dispostos em tabelas. Tabela 1 – Tabela referente à aquisição de força pelos testes de 1RM, médias em kilogramas da carga máxima de todos os atletas, não obtiveram aumento da força muscular para o referido músculo. Tabela referente ao teste de 1RM Jogador Coleta Inicial Coleta Final 1 310 310 2 240 240 3 315 315 4 235 235 5 285 285 6 450 450 7 315 315 8 270 270 Fonte elaborada pelo autor (2010) A tabela 1; Demonstra os valores obtidos em kilogramas com os testes de força no quadríceps dos atletas de futsal, A primeira e a segunda coleta não obteve resultados significativos. Portanto todos os atletas de Futsal avaliados não apresentaram aumento ou diminuição da força de quadríceps no final da avaliação, e tão pouco um aumento no numero de fibras recrutadas, na onde os valores obtidos no teste de 1RM nos mostraram nenhuma melhora no ganho de força, Talvez devido ao curto período de treinamento de cinco semanas e esses atletas não terem alterados seu ritmo de treinamento. 44 Tabela 2: Características iniciais dos sujeitos submetidos ao estudo. Dados em media. Características do grupo Idade (anos) 20 a 24 anos Peso (kg) 74 kg Altura (cm) 1,72 cm % Gordura (%) 12,53 G % Força Máxima (RM) 302 kg Fonte elaborada pelo autor (2010) Tabela 2; Demonstra as características iniciais do grupo de atletas de futsal. Todos os valores que constam na tabela foram determinados através de uma media equivalente ao grupo. Tabela 3: Percentual de gordura (G%) PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA HOMENS Nível /Idade 18 – 25 26 – 35 36 – 45 46 – 55 56 – 65 Excelente 4a6% 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% Abaixo da Média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% Equações para determinação do percentual de gordura (Homens): Densidade = 1,1714 - 0,0671 Log (TR + SI + AB) 10 Tabela 3; Expressa os valores determinados em percentual de gordura (G%) 45 4 DISCUSSÃO A EMG é considerada o estudo das funções musculares através da captação do Sinal Mioelétrico (SME) (ORTOLAN, 2000). O SME também pode ser utilizado em outros vários estudos como da função muscular normal e fadiga muscular relacionados com atividades musculares. Pode ser utilizado na detecção de esforço muscular durante atividades físicas, e em estudos e acompanhamento do desenvolvimento muscular decorrentes de tratamento fisioterápicos (ORTOLAN, 2000) e análise da fadiga neuromuscular. Segundo Tarkka (1984), durante a realização de exercício isométrico com carga constante até a fadiga ocorre um aumento tempo-dependente no sinal eletromiográfico, o que confere confiabilidade aos protocolos deste estudo; sendo que este aumento pode ocorrer devido ao aumento da amplitude do potencial de ação, há mudanças na ordem de recrutamento das unidades motoras após os primeiros segundos de contração, o aumento do recrutamento de unidades motoras ou o aumento das taxas de disparo do neurônio motor, são os fatores utilizados como estratégia de compensação da perda da função motora. Quando um músculo é estimulado após contrações repetidas, trabalhos clássicos há muito apontavam a existência de uma elevação na amplitude do EMG (MASUDA,et al, 1999; MIYASHITA,et al,1981) devido às unidades motoras disparem em velocidades crescentes para compensar a queda da força de contração das fibras fadigadas na tentativa em manter o nível de tensão ativa, sendo evidentes em contrações submáximas (BIGLANDRITCHIE,1954; DEVRIES, 1968). As curvas com comportamento decrescente já foram justificadas em outros estudos (SADOYAMA; MIYANO, 1981), que avaliando o músculo reto da coxa demonstraram uma diminuição da atividade eletromiográfica devido à diminuição da velocidade de condução do potencial de ação das fibras musculares utilizadas; assim como pela diminuição do recrutamento de fibras e 46 5 CONCLUSÃO Foi observado que não houve uma melhora entre as fibras recrutadas dos atletas devido às adaptações mecânicas fisiológicas que estão relacionadas ao aumento do recrutamento de fibras musculares decorrente do mês de treinamento do atleta. A partir dos testes realizados na cadeira extensora, utilizando o eletromiografo consegue com exatidão determinar a contração do músculo. Utilizando a freqüência mediana como metodologia de análise da contração muscular pode-se com confiabilidade descrever pelo comportamento do sinal EMG na análise dos parâmetros espectrais. Foram observados que com cinco semanas de treino em atletas já treinados de futsal não acorreu um ganho e nem uma perda significativa da força do músculo em questão. No entanto, devido algumas limitações metodológicas do presente estudo, pode-se sugerir novas pesquisas relacionadas ao tema onde, devido ao pouco tempo de estudo pode ocorrer uma variabilidade variável dependente utilização de mais sujeitos 8. Na amostra seria um fator importante, além de verificar a força do músculo em questão, o estudo de outros músculos auxiliares ao reto femoral, durante o exercício de contração máxima. 47 REFÊRENCIAS A FISIOLOGIA e o Mecanismo da Contração Muscular. Portal da educação física.com. br. 28 de agosto 2008. Disponível em http://www.portal educaçao.com. br/fisioterapia/artigos/6048/a-fisiologia-e-o-mecanismo-dacontra çao-muscular. Acesso em; 13 de setembro de 2010. A FISIOLOGIA Muscular. colegioweb.com. br. [s.l;s.d]. Disponível em http://www.colegioweb.com.br/biologia/a-fisiologia-muscular.html. Acesso em 13 outubro de 2010. ALVES.T.G; NUNES.L.C.A. Analise da Fadiga Muscular através da eletromiografia e o protocolo biopolar em jogadores de Futebol, 2009,Monografia ( Graduação em Fisioterapia).Faculdade de Educação Física de Lins,Lins. ANATOMIA e Fisiologia Humana. Afh.bio.br. [sl,sd] Disponível em http://www.afh.bio.br /sustenta/Sustenta4.as. Acesso em setembro de 2010. ARENDT-NIELSEN, L.; MILLS, K.R. The relationship between mean power frequency of the EMG spectrum and muscle fibre conduction velocity. Electroenceph. Clin. Neurophysiol. 1985; 60(2):130-134. BAECHLE. R. THOMAS; GROVES. R. BARNEY. Treinamento de Força Passos para o Sucesso 2 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2000. BEAN, A. O Guia completo de treinamento de força. São Paulo: MANOLE, 1999. BIGLAND-RITCHIE, B.; LIPPOLD, O.C.J. The relation between force, velocity and integrated electrical activity in human muscles. Journal of Physiology, v.123, p.214-24. 1954. 48 BOMPA. O. TUDOR. Treinamento de Potência para o Esporte, São Paulo: Photer, 2004. CELESTINO, W. Futebol de salão: história, regras, preparação física, técnicas, táticas. Fortaleza: IOCE, 2008. DEVRIES, H.A. Method for evaluation of muscle fatigue and endurance from electromyographic fatigue curves. American Journal of Physical Medicine, v.47, n3, p.125-35, 1968. ELETROMIOGRAFIA Associada a Patologias do Sistema Locomotor. Unicamp com.br. Campinas 2002. Disponível em http://www.ib.unicamp.br/labs/Evanisi/ eletromio.htm. Acessado em Maio de 2010. ENOKA, M. Base neuromecanica da cinesiologia: 2 ed, São Paulo: Manola, 2000 FLECK, J, S ; KRAEMER,J,W. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular 2 ed, Artmed, 2002. GOMES. C. A. Treinamento Desportivo Estrutura e Periodização 2 ed. Porto Alegre. ARTMED. 2009. GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Manual Pratico para Avaliação em Educação Física. Barueri-SP; Manole, 2006. HEYWARD. H. V. Avaliação Física e Prescrição de Exercício. 4 ed, Porto Alegre: Artmed, 2004. 49 HISTORIA. Futsal brasil.com. br. [S.l]. 2003. Disponível em http://www.futsalbrasil.com.br/index. phd. Acesso em: 14 de setembro de 2010. HOUSH, T.J. et al. Electromyographic fatigue thresholds of the superficial muscles of the quadriceps femoris. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 1979; 71(2/3):131-136. KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton. 10 a ed. São Paulo. Ed Manole, 1998. LOMEU, M. L. EDUCAÇÃO Fisca.org, [s.l] 23 de março de 2007, Disponível: http://educacaofisica.org/joomla/index.php?Itemid=2&id=113&option=com_cont ent&task=view, acesso; 20 de agosto 2010. MAGALHAES J. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2001, vol. 1, numero 2 MAUGHAN R.; CLEESON M. As Bases Bioquímicas do Desempenho nos Esportes, Guanabara Koogan, 2004. MASUDA, K.; et al. Changes in surface EMG parameters during static and dynamic fatiguing contractions. J. Electromyogr. Kinesiol., v.9, n.1, p.39-46, 1999. MCARDLE D W ; KATCH I F ; KATCH L V. Fisiologia do Exercício, Energia, Nutrição e Desempenho Humano, Guanabara Koogan,3 ed, 1991. MCARDLE D W ; KATCH I F ; KATCH L V. Fisiologia do Exercício, Energia, Nutrição e Desempenho Humano, Guanabara Koogan,6 ed,2007. MIYASHITA, M.; KANEHISA, H., NEMOTO, I. EMG related to anaerobic threshold, J. Sports Med., v.21, n.3, p.209-15, 1981. 50 MUSCULO e Tipos de Fibras Musculares. Careplus.com. br. [s.l; sd] Disponível em: http://www.careplus.com.br/edicao/edicao13/musculos_fibras .htm. Acesso em dia 25 de outubro de 2010. NETTER. F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ORTOLAN, R. L. Estudo e Avaliação de Técnicas de Processamento do Sinal Mioelétrico Para o Controle do Sistema de Reabilitação. 2000. 133f. PACHECO, S. Confederação Brasileira de Desportos. Futsaldobrasil.com Disponível em: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/origem. Php, Acesso em: 24/06/10. POWERS, K, S; HOWLEY, T,E.Fisiologia do Exercício,Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho,Manole,2000. SADOYAMA, T.; MIYANO, H. Frequency analysis of surface EMG to evaluation of muscle fatigue. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol. 47(3): 239-246. 1981. SILVA, E.V. A utilização da Eletromiografia na Identificação da Fadiga Muscular. Lins, 2007,43. p.Monografia(Graduação em Fisioterapia)Faculdade de Fisioterapia de Lins SILVIA, M.L.; RUBIO, K. Superação no esporte: limites individuais ou sociais? Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. - 3, Nº. 3, 2003 SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4a ed. Barueri. Ed Manole, 2004. 51 TARKKA, I.M. Power spectrum of electromyography in arm and leg muscles during isometric contractions and fatigue. J. Sports Med. Phys. Fit.; 24(3):189194. 1984. TEIXEIRA, V. H, Educação Física, Futebol de Salão, vol. 1,1979. VERONESI, J.J.R. Fisioterapia do Trabalho: Cuidando da Saúde Funcional do Trabalhador. São Paulo. Andreoli, 2008. 52 APÊNDICE 53 APENDICE A – TERMO DE COMPROMISSO Nós, Gustavo Henrique Jesus Santana RG: 42.818.241-0 Marcos Augusto Bazan RG: 30.759.121-9 e Pedro Rigatto Neto RG: 44.586.432-1 estudantes do ultimo ano do curso de Educação Física no Centro Universitário Salesiano Auxilium (UNISALESIANO – Lins), juntamente com o orientador Prof. Ms. Evandro Emanoel Sauro, RG: , nos responsabilizamos com a saúde física e mental dos participantes no período da realização do projeto (T.C.C.). Para isso nos comprometemos a explicar quaisquer tipos de duvidas sobre os experimentos utilizados. No entanto a participação e continuidade nos tais experimentos poderão ser facultativas, podendo parar a qualquer momento. Diante disso, nos responsabilizaremos por quaisquer danos morais e físicos que passa vir a acontecer. Gratos _________________________ _________________________ Gustavo Henrique Jesus Santana Marcos Augusto Bazan _________________________ Pedro Rigatto Neto ________________________________________ Prof. Ms. Evandro Emanoel Sauro Eu.................................................................................RG.................................... Por participar do presente estudo, comprometo-me a ser ativo em todas atividades propostas pelas pessoas competentes deste projeto, autorizando dessa formas a utilização e divulgação dos dados em quais quer meios científicos, desde que meu nome seja preservado. Lins, de setembro de 2010. _____________________________________ Assinatura do participante 54 ANEXOS 55 ANEXO A – Predição do porcentual de gordura (%G) – Homem GUEDES (1985) mm 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 20 6,59 6,66 6,72 6,78 6,84 6,90 6,96 7,02 7,08 7,14 21 7,19 7,25 7,31 7,37 7,43 7,48 7,54 7,60 7,65 7,71 22 7,77 7,82 7,88 7,93 7,99 8,04 8,10 8,15 8,21 8,26 23 8,32 8,37 8,42 8,48 8,53 8,58 8,63 8,69 8,74 8,79 24 8,84 8,89 8,94 9,00 9,05 9,10 9,15 9,20 9,25 9,30 25 9,35 9,40 9,45 9,50 9,55 9,59 9,64 9,69 9,74 9,79 26 9,84 9,88 9,93 9,98 10,03 10,07 10,12 10,17 10,21 10,26 27 10,31 10,35 10,40 10,44 10,49 10,53 10,58 10,62 10,67 10,71 28 10,76 10,80 10,85 10,89 10,94 10,98 11,02 11,07 11,11 11,15 29 11,20 11,24 11,28 11,33 11,37 11,41 11,45 11,50 11,54 11,58 30 11,62 11,66 11,71 11,75 11,79 11,83 11,87 11,91 11,95 11,99 31 12,03 12,07 12,11 12,16 12,20 12,24 12,28 12,31 12,35 12,39 32 12,43 12,47 12,51 12,55 12,59 12,63 12,67 12,71 12,74 12,78 33 12,82 12,86 12,90 12,93 12,97 13,01 13,05 13,09 13,12 13,16 34 13,20 13,23 13,27 13,31 13,35 13,38 13,42 13,45 13,49 13,53 35 13,56 13,60 13,64 13,67 13,71 13,74 13,78 13,81 13,85 13,88 36 13,92 13,96 13,99 14,03 14,06 14,09 14,13 14,16 14,20 14,23 37 14,27 14,30 14,34 14,37 14,40 14,44 14,47 14,50 14,54 14,57 38 14,61 14,64 14,67 14,71 14,74 14,77 14,80 14,84 14,87 14,90 39 14,94 14,97 15,00 15,03 15,07 15,10 15,13 15,16 15,19 15,23 40 15,26 15,29 15,32 15,35 15,38 15,42 15,45 15,48 15,51 15,54 41 15,57 15,60 15,63 15,67 15,70 15,73 15,76 15,79 15,82 15,85 42 15,88 15,91 15,94 15,97 16,00 16,03 16,06 16,09 16,12 16,15 43 16,18 16,21 16,24 16,27 16,30 16,33 16,36 16,39 16,42 16,45 44 16,48 16,50 16,53 16,56 16,59 16,62 16,65 16,68 16,71 16,73 45 16,76 16,79 16,82 16,85 16,88 16,90 16,93 16,96 16,99 17,02 46 17,04 17,07 17,10 17,13 17,16 17,18 17,21 17,24 17,27 17,29 47 17,32 17,35 17,38 17,40 17,43 17,46 17,48 17,51 17,54 17,56 48 17,59 17,62 17,65 17,67 17,70 17,73 17,75 17,78 17,80 17,83 49 17,86 17,88 17,91 17,94 17,96 17,99 18,01 18,04 18,07 18,09 50 18,12 18,14 18,17 18,19 18,22 18,25 18,27 18,30 18,32 18,35 51 18,37 18,40 18,42 18,45 18,47 18,50 18,52 18,55 18,57 18,60 52 18,62 18,65 18,67 18,70 18,72 18,75 18,77 18,80 18,82 18,85 56 53 18,87 18,89 18,92 18,94 18,97 18,99 19,02 19,04 19,06 19,09 54 19,11 19,14 19,16 19,18 19,21 19,23 19,25 19,28 19,30 19,33 55 19,35 19,37 19,40 19,42 19,44 19,47 19,49 19,51 19,54 19,56 56 19,58 19,61 19,63 19,65 19,68 19,70 19,72 19,74 19,77 19,78 57 19,81 19,84 19,86 19,88 19,90 19,93 19,95 19,97 19,99 20,02 58 20,04 20,06 20,08 20,11 20,13 20,15 20,17 20,19 20,22 20,24 59 20,26 20,28 20,31 20,33 20,35 20,37 20,39 20,41 20,44 20,46 60 20,48 20,50 20,52 20,54 20,57 20,59 20,61 20,63 20,65 20,67 61 20,70 20,72 20,74 20,76 20,78 20,80 20,82 20,84 20,87 20,89 62 20,91 20,93 20,95 20,97 20,99 21,01 21,03 21,05 21,07 21,10 63 21,12 21,14 21,16 21,18 21,20 21,22 21,24 21,26 21,28 21,30 64 21,32 21,34 21,36 21,38 21,40 21,42 21,44 21,46 21,48 21,50 65 21,52 21,54 21,56 21,58 21,60 21,62 21,64 21,66 21,68 21,70 66 21,72 21,74 21,76 21,78 21,80 21,82 21,84 21,86 21,88 21,90 67 21,92 21,94 21,96 21,98 22,00 22,02 22,04 22,06 22,08 22,10 68 22,12 22,13 22,15 22,17 22,19 22,21 22,23 22,25 22,27 22,29 69 22,31 22,33 22,35 22,36 22,38 22,40 22,42 22,44 22,46 22,48 70 22,50 22,51 22,53 22,55 22,57 22,59 22,61 22,63 22,65 22,66 71 22,68 22,70 22,72 22,74 22,76 22,77 22,79 22,81 22,83 22,85 72 22,87 22,88 22,90 22,92 22,94 22,96 22,98 22,99 23,01 23,03 73 23,05 23,07 23,08 23,10 23,12 23,14 23,16 23,17 23,19 23,21 74 23,23 23,24 23,26 23,28 23,30 23,32 23,33 23,35 23,37 23,39 75 23,40 23,42 23,44 23,46 23,47 23,49 23,51 23,53 23,51 23,56 (1) Dens = 1,17136 - 0,06706 Log10 (TR + SI + AB) (2)