Goiânia, _____ de _____________________ de 2015.
Aluno(a): _______________________________________________nº:_____ Série: 2º Ano Turma:____
Data de entrega: 14/10/2015
Data de devolução: 27/10/2015
LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática
Redação
(UNISA SP/2014)
Texto 1
As cenas de protesto no Leblon na noite de quarta-feira
foram bem registradas pela mídia. Nelas podia-se ver a
bravura de seus protagonistas entrando em desforço
físico com orelhões, justiçando postes com nomes de
ruas, imobilizando lixeiras e incendiando -as nos
cruzamentos, e chutando corajosamente vitrines de
butiques e bancos. Outros ficaram mais a distância,
atirando pedras, rojões e coquetéis molotov. Cada qual
fez o papel a que foi convocado pelas redes “sociais”.
(Ruy Castro. Más companhias. Folha de S.Paulo, 19.07.2013.)
Texto 2
“É novo, e esse novo todo mundo precisa aprender.”
A frase do comandante da PM do Rio, coronel Erir
Ribeiro, resume tudo o que já foi dito e provavelmente
muito do que ainda será conjeturado sobre o vandalismo
– esse lado trevoso das manifestações de protesto que,
a partir de junho, inauguraram um respeitável e inusitado
protagonismo popular no Brasil.
O vandalismo é o avesso da cidadania, do civismo, da
transformação responsável das instituições que o povo
exige. Saques e depredações, a não ser pelo fato de
ocuparem, circunstancial e oportunisticamente, o mesmo
espaço dos protestos cívicos, nada têm a ver com eles.
Seu ramo é o do banditismo, da sociopatia.
Apesar disso, o vandalismo tem sido tratado de forma
confusa e, por vezes, complacente, devido às
circunstâncias em que vem sendo praticado e à
dificuldade dos agentes sociais – inclusive a imprensa –
de compreender que joio é joio, trigo é trigo. A imprensa,
de maneira geral, tem receio de cobrar e apoiar medidas
enérgicas contra os baderneiros, temendo que esse
posicionamento seja confundido com uma reprovação
aos protestos populares. A cobrança da sociedade às
forças de segurança é contraditória. Ora a polícia é
criticada por não agir com mais presteza e rigor (como
na depredação à Prefeitura de São Paulo e no cerco à
Assembleia Legislativa do Rio), ora é acusada de agir
com muita violência.
Como o poder de polícia está subordinado ao poder
político, que tende a buscar a aprovação da sociedade
até mais do que a solução dos problemas – e como as
forças policiais estão diante de algo novo que “todo
mundo precisa aprender” –, a ação policial também
oscila entre a repressão indiscriminada e prolongadas
ausências, incompreensíveis para quem vê o resumo
dos confrontos pela TV.
Além da dificuldade física de mover-se na massa de
manifestantes para chegar aos baderneiros, existe o
Rua 18 nº 186 - centro
receio de, ao realizar detenções, provocar a reação de
manifestantes pacíficos que estão nas proximidades,
levando a um agravamento dos conflitos.
Além de uma PM bem orientada e mais bem estruturada
para conter os quebra-quebras e prender os
responsáveis, todo o aparato das forças de segurança –
que inclui, naturalmente, os setores de inteligência –
deve ser mobilizado pelos governos estaduais e federal,
a fim de pôr um fim às jornadas de destruição que se
tornaram uma espécie de esporte radical para uma parte
(felizmente, pequena) da juventude.
(Uma estratégia para o vandalismo. www.cruzeirodosul.inf.br. Adaptado.)
Texto 3
Várias foram as formas de “vandalismo” e vários seus
sentidos éticos e políticos.
Pode-se não concordar com nenhum deles, como eu
mesmo não concordo, mas não se pode confundir
compreensão com aceitação. Há que se compreender o
que ocorre como condição para medir as formas e
extensões de sua não aceitação.
Entre os “vandalismos” ocorrentes, existem distinções
não apenas de grau e natureza de violência, mas
também de qualidade política e ética.
Em princípio há que se admitir que nossa democracia
ocidental contemporânea, com suas características de
voto universal, direitos de liberdade e sociais garantidos,
tolerante e multicultural foi construída historicamente
mais por rupturas da ordem do que por seu
cumprimento.
Assim, atos ilegais nem sempre significam algo ética ou
moralmente condenável. Tudo depende do momento, da
circunstância, das consequências e das intenções
políticas.
A democracia para existir demanda, por um lado,
cumprimento rigoroso da ordem democrática e,
contraditoriamente, rupturas dessa mesma ordem que
representem ampliação da proteção, reconhecimento e
realização de direitos individuais e coletivos.
O critério de juízo, neste caso, é mais de legitimidade do
que de legalidade.
(Pedro Estevam Serrano. Vandalismos. www.cartacapital.com.br. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados, elabore um texto
dissertativo, em norma-padrão da língua portuguesa,
sobre o tema:
O vandalismo no contexto das manifestações:
selvageria ou cidadania?
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Inglês
Leia os textos em seguida responda as questões abaixo:
fone: (62)3217-6000
www.colegiodecisao.com.br
AIR POLLUTION
One of the formal definitions of air pollution is as follows –
‘The presence in the atmosphere of one or more
contaminants in such quality and for such duration as is
injurious, or tends to be injurious, to human health or
welfare, animal or plant life.’ It is the contamination of air
by the discharge of harmful substances. Air pollution can
cause health problems and it can also damage the
environment and property. It has caused thinning of the
protective ozone layer of the atmosphere, which is
leading to climate change.
Modernization and progress have led to air getting more
and more polluted over the years. Industries, vehicles,
increase in the population, and urbanization are some of
the major factors responsible for air pollution. The
following industries are among those that emit a great
deal of pollutants into the air: thermal power plants,
cement, steel, refineries, petro chemicals, and mines.
Air pollution results from a variety of causes, not all of
which are within human control. Dust storms in desert
areas and smoke from forest fires and grass fires
contribute to chemical and particulate pollution of the air.
The source of pollution may be in one country but the
impact of pollution may be felt elsewhere. The discovery
of pesticides in Antarctica, where they have never been
used, suggests the extent to which aerial transport can
carry pollutants from one place to another. Probably the
most important natural source of air pollution is volcanic
activity, which at times pours great amounts of ash and
toxic fumes into the atmosphere.
Listed below are the major air pollutants and their
sources.
Carbon monoxide (CO)is a colourless, odourless gas that
is produced by the incomplete burning of carbon-based
fuels including petrol, diesel, and wood. It is also
produced from the combustion of natural and synthetic
products such as cigarettes. It lowers the amount of
oxygen that enters our blood . It can slow our reflexes
and make us confused and sleepy.
Carbon dioxide (CO2)is the principle greenhouse gas
emitted as a result of human activities such as the
burning of coal, oil, and natural gases.
Chloroflorocarbons (CFC) are gases that are released
mainly from air-conditioning systems and refrigeration.
When released into the air, CFCs rise to the
stratosphere, where they come in contact with few other
gases, which lead to a reduction of the ozone layer that
protects the earth from the harmful ultraviolet rays of the
sun.
Lead is present in petrol, diesel, lead batteries, paints,
hair dye products, etc. Lead affects children in particular.
It can cause nervous system damage and digestive
problems and, in some cases, cause cancer.
Ozone occurs naturally in the upper layers of the
atmosphere. This important gas shields the earth from
the harmful ultraviolet rays of the sun. However, at the
ground level, it is a pollutant with highly toxic effects.
Vehicles and industries are the major source of groundlevel ozone emissions. Ozone makes our eyes itch, burn,
and water. It lowers our resistance to colds and
pneumonia.
Nitrogen oxide (Nox) causes smog and acid rain. It is
produced from burning fuels including petrol, diesel, and
coal. Nitrogen oxides can make children susceptible to
respiratory diseases in winters.
Questions:
01 - De acordo com o contexto, indique o significado que
mais apropriado para a palavra destacada a seguir:
Air pollution can cause health problems and it can also
damage the environment and property.
a) Beneficiar
b) Contribuir
c) Prejudicar
d) Melhorar
e) Preservar
02- Segundo o texto, Qual das situações abaixo foi
citada no texto sobre o monóxido de carbono?
a) Afeta o sistema nervoso
b) Prejudica o sistema respiratório
c) Provoca câncer
d) Desregula o sistema hormonal
e) Diminui a quantidade de oxigênio do sangue
03- Segundo o contexto, a melhor interpretação para
“Carbon dioxide” é:
a) Gás natural
b) Fumaça proveniente de queimadas
c) Poluição industrial
d) Gás carbônico
e) Gás emitido por veículos automotores
Global Warming
Global warming is the increase in the average
temperature of the Earth's near-surface air and oceans in
recent decades and its projected continuation.
The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)
concludes, "most of the observed increase in globally
averaged temperatures since the mid-20th century is very
likely due to the observed increase in anthropogenic
greenhouse gas concentrations," which leads to warming
of the surface and lower atmosphere by increasing the
greenhouse effect. Natural phenomena such as solar
variation combined with volcanoes have probably had a
small warming effect from pre-industrial times to 1950,
but a cooling effect since 1950. The basic conclusions
have been endorsed by at least 30 scientific societies
and academies of science, including all of the national
academies of science of the major industrialized
countries. The American Association of Petroleum
Geologists is the only scientific society that rejects these
conclusions, and a few individual scientists also disagree
with parts of them.
Remaining scientific uncertainties include the exact
degree of climate change expected in the future, and how
changes will vary from region to region around the globe.
There is ongoing political and public debate regarding
what, if any, action should be taken to reduce or reverse
future warming or to adapt to its expected consequences.
Most national governments have signed and ratified the
Kyoto Protocol aimed at combating greenhouse gas
emissions.
04- De acordo com o contexto, indique o significado que
mais apropriado para a palavra destacada na frase a
seguir:
A few individual scientists also disagree with parts of
them.
a) Debatem
b) Rejeitam
c) Discordam
d) Definem
e) Discutem
05 - Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa
correta:
I- Toda a comunidade cientifica concorda com o relatório
apresentado.
II- Pelo menos 30 comunidades científicas chegaram a
essas conclusões.
III- Todos os chefes de estado assinaram o acordo, para
reduzir os efeitos do aquecimento global.
IV- As variações de temperatura de região para região no
futuro ainda é uma incerteza.
a) Somente II está correta.
b) II e IV estão corretas.
c) III e IV estão corretas.
d) I e III estão corretas
e) Todas estão corretas.
Espanhol
Leia o texto abaixo e responda à questão 01.
TONI. El Jueves. Madri, 27 fev.–4 mar. 2008, p. 3.
06 - En las viñetas se indica que Fidel Castro, una vez
jubilado, si cuidase de sus nietos y jugase a la petanca,
a) llegaría a disfrutar escuchando a los otros.
b) continuaría arengando sobre la revolución.
c) se desilusionaría con su pasado militante.
d) se aburriría y retomaría sus tareas políticas.
e) n.d.a.
Leia o texto abaixo e responda às questões de 07 a 09.
REPUBLICANOS
John McCain será el candidato del Partido Republicano a
la presidencia de los Estados Unidos de América
(EEUU). De ser electo, sucedería al peor presidente de
los últimos ochenta años: George W. Bush. Suceder al
peor puede ser, sin embargo, lo mejor. La elección de
noviembre le ofrece a nuestros vecinos la oportunidad de
mirar hacia arriba. De allí la atracción idealista de Barack
Obama. McCain no es, por supuesto, un afroamericano
de oratoria sagrada. Habla con calma, aunque con
énfasis. Obama tiene 46 años. McCain ya cumplió los 70
y a cada rato evoca a su mamá de 94. Obama llena un
auditorio de veinte mil almas. McCain, apenas un salón
de mil personas. Pero la postura más radical de McCain
concierne a la migración.
En diciembre de 2005, McCain y su colega, el senador
demócrata por Massachussetts, Edward Kennedy,
presentaron la iniciativa de ley S-1033, con tres premisas
esenciales. Primero, asegurar la frontera y aplicar las
leyes sobre migración, llegando a acuerdos de
cooperación con México y Centroamérica. Segundo,
eliminar el hacinamiento existente en el programa de
reunificación familiar. En seguida, promulgar un
“programa esencial de visas laborales” tendente a
otorgar 400.000 visas iniciales a trabajadores
migratorios. Esta visa conduciría a la residencia
permanente. Esposa e hijos podrían seguir al trabajador.
Se trataría, en suma, de contar con una fuerza laboral
estable, segura y productiva.
Al final del camino, sin embargo, el gigantesco embrollo
en torno al tema migratorio sólo encontrará vía de
solución mediante el acuerdo entre el presidente
mexicano, Felipe Calderón, y el nuevo presidente
norteamericano, sea McCain o sea Obama. Felipe
Calderón habla de mantener abiertas las puertas de la
emigración legal. Pero también se refiere a nuestra
obligación de crear oportunidades de trabajo en México.
Hablo como mexicano. Los Estados Unidos intervinieron
en el desarrollo mexicano durante todo el S. XX y, como
consecuencia de ello, la migración laboral es
responsabilidad social y humana de México y de los
Estados Unidos.
FUENTES, Carlos. El País. Madri, 2 mar. 2008. Tribuna. [Adaptado].
07 - En el primer párrafo, el autor comenta que John
McCain – el candidato del Partido Republicano a la
presidencia de los Estados Unidos de América – podría
a) ganar la elección de noviembre con su oratoria
sagrada.
b) superar la fuerza de convocatoria de Obama a los
mítines.
c) mejorar la gestión presidencial desempeñada por
Bush.
d) demostrar la permisividad que defiende para la
inmigración.
e) n.d.a.
08 - La iniciativa de ley S-1033 expuesta en el segundo
párrafo preveía la
a) formación de una bolsa de trabajadores con
inmigrantes.
b) revisión de los límites territoriales fijados con México.
c) eliminación de las posibilidades de reunificación
familiar.
d) promulgación de medidas persecutorias contra los
gringos.
e) n.d.a.
09 - En el último párrafo, se comenta que el presidente
mexicano, Felipe Calderón, ha dicho que se
a) deberá fomentar la emigración para México.
b) limará la postura de México hacia los EEUU.
c) vetará las salida de los trabajadores mexicanos.
d) tendrá que crear en México más empleos.
Leia o texto abaixo e responda à questão 26.
El lenguaje que nos identifica
Preservar nuestra lengua es preservar la libertad de
pensamiento, una particular manera de ver la vida, una
identidad cultural que trasciende lo lingüístico y abarca
los más variados aspectos. No debemos caer en el
purismo a ultranza, que nos aísle perjudicando el
intercambio en diversos órdenes de la vida, pero
tampoco en la molicie, que termine por borrar las huellas
del español, el lenguaje que heredamos de la Madre
Patria que nos une e identifica con los pueblos
hermanos, en valores compartidos, en comunidad de
origen, de vida, de desarrollo y de objetivos.
PRUVOST
DE
KAPPES,
Mabel.
Disponível
em:
<http://www.educar.org/articulos/ellenguajequenosidentifica.asp>. Acesso em: 2
abr. 2009. (Excerto).
10 - Según la autora, las innovaciones que transformen
el castellano en Hispanoamérica han de ser compatibles
con la
a) autorización que al respecto decida emitir el pueblo de
la Madre Patria.
b) eliminación de las huellas indicadoras de la sujeción a
gustos puritanos.
c) manutención de la unidad lingüística entre los países
hispanohablantes.
d) percepción ulterior que de ellas se desarrolle en el
resto del continente.
e) n.d.a.
Gramática
11 - (ENEM/2012)
eu gostava muito de passeá… saí com as minhas
colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de
patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou
outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu
acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da
minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze
aos dezessete anos…
A.P.S., sexo feminino, 38 anos,
Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito).
nível
de
ensino
fundamental.
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o
relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da
língua é
a) predomínio de linguagem informal entrecortada por
pausas.
b) vocabulário regional desconhecido em outras
variedades do português.
c) realização do plural conforme as regras da tradição
gramatical.
d) ausência de elementos promotores de coesão entre
os eventos narrados.
e) presença de frases incompreensíveis a um leitor
iniciante.
12 - (ENEM/2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras
de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista
que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e
acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar
(1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema,
tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar
clássicos da literatura brasileira com temas nativistas,
indianistas e históricos, ele foi também folhetinista,
diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado,
deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar
na descoberta das múltiplas facetas desse personagem
do século XIX, parte de seu acervo inédito será
digitalizada.
História Viva, n.° 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José
de Alencar e da futura digitalização de sua obra,
depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os
leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi
importante porque deixou uma vasta obra literária com
temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio
da digitalização, demonstra sua importância para a
história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá
importante papel na preservação da memória linguística
e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante
porque se destacou por sua temática indianista.
13 - (ENEM/2012)
15 - (ENEM/2012)
Disponível em: www.assine.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
Com o advento da internet, as versões de revistas e
livros também se adaptaram às novas tecnologias. A
análise do texto publicitário apresentado revela que o
surgimento das novas tecnologias
a) proporcionou mudanças no paradigma de consumo e
oferta de revistas e livros.
b) incentivou a desvalorização das revistas e livros
impressos.
c) viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais.
d) aqueceu o mercado de venda de computadores.
e) diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos.
14 - (ENEM/2012)
NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999 (adaptado).
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no
organismo, apresentados na figura, são adaptações
benéficas à saúde de um indivíduo:
a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e
aumento da oxigenação do sangue.
b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da
frequência cardíaca em repouso.
c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e
aumento da gordura corporal.
d) Diminuição do tônus muscular e aumento do
percentual de gordura corporal.
e) Diminuição da gordura corporal e aumento da
frequência cardíaca em repouso.
BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São Paulo: Banco
Sudameris Brasil, 1989.
Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas
vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem
forte influência do rococó europeu e está representada
aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom
Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em
pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa,
sua obra revela
a) liberdade, representando a vida de mineiros à procura
da salvação.
b) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres
de Minas Gerais.
c) simplicidade, demonstrando compromisso com a
contemplação do divino.
d) personalidade, modelando uma imagem sacra com
feições populares.
e) singularidade, esculpindo personalidades do reinado
nas obras divinas.
16 - (ENEM/2012) A substituição do haver por ter em
construções existenciais, no português do Brasil,
corresponde a um dos processos mais característicos da
história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera
em relação a ampliação do domínio de ter na área
semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e
Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e
discute a emergência de ter existencial, tomando por
base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos
escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI,
encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter
“existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de
sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial
com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado
como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só
revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais
perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma
única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a
norma com a própria língua e dessa forma fazer uma
avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e,
através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por
outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico:
do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008.
Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em
diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma
pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a
variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da
língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude
adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à
compreensão da constituição linguística.
17 - (ENEM/2012) O léxico e a cultura
Potencialmente, todas as línguas de todos os tempos
podem candidatar-se a expressar qualquer conteúdo. A
pesquisa linguística do século XX demonstrou que não
há diferença qualitativa entre os idiomas do mundo – ou
seja, não há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou
mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa ser
efetivamente utilizada, essa igualdade potencial precisa
realizar-se na prática histórica do idioma, o que nem
sempre acontece. Teoricamente, uma língua com pouca
tradição escrita (como as línguas indígenas brasileiras)
ou uma língua já extinta (como o latim ou o grego
clássicos) podem ser empregadas para falar sobre
qualquer assunto, como, digamos, física quântica ou
biologia molecular. Na prática, contudo, não é possível,
de uma hora para outra, expressar tais conteúdos em
camaiurá ou latim, simplesmente porque não haveria
vocabulário próprio para esses conteúdos. É
perfeitamente possível desenvolver esse vocabulário
específico, seja por meio de empréstimos de outras
línguas, seja por meio da criação de novos termos na
língua em questão, mas tal tarefa não se realizaria em
pouco tempo nem com pouco esforço.
BEARZOTI
FILHO,
P.
Miniaurélio:
o
dicionário
da
portuguesa. Manual do professor. Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento).
língua
Estudos contemporâneos mostram que cada língua
possui sua própria complexidade e dinâmica de
funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na
medida em que enfatiza
a) a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas,
pois o léxico contempla visão de mundo particular
específica de uma cultura.
b) a existência de línguas limitadas por não permitirem
ao falante nativo se comunicar perfeitamente a respeito
de qualquer conteúdo.
c) a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a
gramática de línguas indígenas, se comparados com
outras línguas de origem europeia.
d) a existência de diferenças vocabulares entre os
idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura
dos falantes de uma comunidade.
e) a atribuição de maior importância sociocultural às
línguas contemporâneas, pois permitem que sejam
abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades.
18 - (ENEM/2012)
Entrevista com Marcos Bagno
Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições
da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam
nos usos que os escritores portugueses do século XIX
faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por
exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de “haver”, como
em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os
portugueses, em dado momento da história de sua
língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo
“ter”.
No entanto, temos registros escritos da época medieval
em que aparecem centenas desses usos. Se nós,
brasileiros, assim como os falantes africanos de
português, usamos até hoje o verbo “ter” como
existencial é porque recebemos esses usos dos nossos
ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que
brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se
juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece
com muitas outras coisas: regências verbais, colocação
pronominal, concordâncias nominais e verbais etc.
Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados
a seguir uma gramática normativa de outra língua
diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso
bicentenário de independência, não faz sentido continuar
rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de
fora.
Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de
brasileiros para só considerar certo o que é usado por
menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de
São Paulo temos mais falantes de português do que em
toda a Europa!
Informativo Parábola Editorial. s/d.
Na entrevista, o autor defende o uso de formas
linguísticas coloquiais e faz uso da norma padrão em
toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo
fato de que ele
a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa,
uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma
padrão.
b) apresenta argumentos carentes de comprovação
cientifica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de
ser verificado na materialidade do texto.
c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por
falantes escolarizados como ele, enquanto a norma
coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados.
d) acredita que a língua genuinamente brasileira está
em construção, o que o obriga a incorporar em seu
cotidiano a gramática normativa do português europeu.
e) defende que a quantidade de falantes do português
brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a
hegemonia do antigo colonizador.
19 - (ENEM/2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à
noite. Seis recados para serem respondidos na
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou
zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação
simultânea de várias funções da linguagem, com o
predomínio, entretanto, de uma sobre outras. No
fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio
código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está
sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção
da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em
detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a
manutenção da comunicação.
20 - (ENEM/2012)
Logia e mitologia
Meu coração
de mil e novecentos e setenta e dois
já não palpita fagueiro
sabe que há morcegos de pesadas olheiras
que há cabras malignas que há
cardumes de hienas infiltradas
no vão da unha na alma
um porco belicoso de radar
e que sangra e ri
e que sangra e ri
a vida anoitece provisória
centuriões sentinelas
do Oiapoque ao Chuí.
erro. E confesso: ele está certo. O certo é “varrição” e
não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros
da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de
“varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar
mostra-lhes o xerox da página do dicionário com a
“varroa” no topo. Porque para eles não é o dicionário que
faz a língua. E o povo. E o povo, lá nas montanhas de
Minas Gerais, fala “varreção” quando não “barrecão”. O
que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca
tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou
se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela
mas reclama sempre que o prato está rachado.
ALVES, R. Mais badulaques.
São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento).
De acordo com o texto, após receber a carta de um
amigo “que se deu ao trabalho de fazer um xerox da
página 827 do dicionário” sinalizando um erro de grafia,
o autor reconhece
a) a supremacia das formas da língua em relação ao
seu conteúdo.
b) a necessidade da norma padrão em situações formais
de comunicação escrita.
c) a obrigatoriedade da norma culta da língua, para a
garantia de uma comunicação efetiva.
d) a importância da variedade culta da língua, para a
preservação da identidade cultural de um povo.
e) a necessidade do dicionário como guia de adequação
linguística em contextos informais privados.
22 - (ENEM/2012)
CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras;
São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
O título do poema explora a expressividade de termos
que representam o conflito do momento histórico vivido
pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é correto
afirmar que
a) o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas
com significado impreciso.
b) “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as
vítimas do regime militar vigente.
c) o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os
movimentos de resistência.
d) o poeta caracteriza o momento de opressão através
de alegorias de forte poder de impacto.
e) “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes que
garantem a paz social experimentada.
21 - (ENEM/2012)
Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre
pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele
sistematicamente me enviava missivas eruditas com
precisas informações sobre as regras da gramática, que
eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos
vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado
que fiz de uma palavra num desses meus badulaques.
Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente
das Minas Gerais, falei em “varreção” – do verbo “varrer”.
De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular,
poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo,
paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de
fazer um xerox da página 827 do dicionário, aquela que
tem, no topo, a fotografia de uma “varroa”(sic!) (você não
sabe o que e uma “varroa”?) para corrigir-me do meu
Capa do LP Os Mutantes, 1968.
Disponível em: http://mutantes.com. Acesso em: 28 fev. 2012.
A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento
da contracultura. O desafio à tradição nessa criação
musical é caracterizado por
a) letras e melodias com características amargas e
depressivas.
b) arranjos baseados em ritmos e melodias nordestinos.
c) sonoridades experimentais e confluência de
elementos populares e eruditos.
d) temas que refletem situações domésticas ligadas à
tradição popular.
e) ritmos contidos e reservados em oposição aos
modelos estrangeiros.
23 - (ENEM/2012)
TEXTO I
A característica da oralidade radiofônica, então, seria
aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a
simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e
coerência, que se traduzem em um texto curto, em
linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo,
marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do
diálogo). É esta organização que vai “reger” a veiculação
da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso,
com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar
emoção, personalidade ao relato do fato.
VELHO,
A.
P.
M.
A
linguagem
do
rádio
. Disponível em: www.bocc.ubi.pt. Acesso em: 27 fev. 2012.
multimídia
TEXTO II
A dois passos do paraíso
A Rádio Atividade leva até vocês
Mais um programa da séria série
“Dedique uma canção a quem você ama”
Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta
Uma carta d'uma ouvinte que nos escreve
E assina com o singelo pseudônimo de
“Mariposa Apaixonada de Guadalupe”
Ela nos conta que no dia que seria
o dia mais feliz de sua vida
Arlindo Orlando, seu noivo
Um caminhoneiro conhecido da pequena e
Pacata cidade de Miracema do Norte
Fugiu, desapareceu, escafedeu-se
Oh! Arlindo Orlando volte
Onde quer que você se encontre
Volte para o seio de sua amada
Ela espera ver aquele caminhão voltando
De faróis baixos e para-choque duro…
BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento).
Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio,
o Texto II apresenta, em uma letra de canção,
a) estilo simples e marcado pela interloculação com o
receptor, típico da comunicação radiofônica.
b) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de
uma possível situação real de comunicação radiofônica.
c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato
de o texto pertencer a uma modalidade de comunicação
diferente da radiofônica.
d) direcionamento do texto a um ouvinte específico
divergindo da finalidade de comunicação do rádio, que e
atingir as massas.
e) objetividade na linguagem caracterizada pela
ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as
marcas de subjetividade do locutor.
24 - (ENEM/2012) A marcha galopante das tecnologias
teve por primeiro resultado multiplicar em enormes
proporções tanto a massa das notícias que circulam
quanto as ocasiões de sermos solicitados por elas. Os
profissionais têm tendência a considerar esta inflação
como automática - mente favorável ao público, pois dela
tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem
liberal do grande mercado em que cada um, dotado de
luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em
toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca
ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores,
mesmo se se abandonam a sua bulimia*, não são
realmente nutridos por esta indigesta sopa de
informações e sua busca finaliza em frustração. Cada
vez mais frequentemente, até, eles ressentem esse
bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se
refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.
O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais
não é a penúria**, mas a abundância. As sociedades
modernas têm a sua disposição muito mais do que
necessitam em objetos, informações e contatos. Ou,
mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre
uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma
demanda que, confusamente, exige uma escolha muito
mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de
informação devem escolher, uma vez que o homem
contemporâneo apressado, estressado, desorientado
busca uma linha diretriz, uma classificação mais clara,
um condensado do que é realmente importante.
(*) fome excessiva, desejo descontrolado.
(**)
miséria, pobreza
VOYENNE, B. Informação hoje.
Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado).
Com o uso das novas tecnologias, os domínios
midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença
mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase
simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante
de imagens. A relação entre as necessidades da
sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o
texto, é desarmônica, porque
a) o jornalista seleciona as informações mais
importantes antes de publicá-las.
b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do
que a tecnologia pode dar.
c) o problema da sociedade moderna é a abundância de
informações e de liberdade de escolha.
d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas
têm para digerir a quantidade de informação disponível.
e) a utilização dos meios de informação acontece de
maneira desorganizada e sem controle efetivo.
25 - (ENEM/2012)
Cabeludinho
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou
aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e
voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela
preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como
quem dissesse no carnaval: aquele menino está
fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências
verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque
aquela preposição deslocada podia fazer de uma
informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar
a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E
pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da
pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho.
Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo
trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi
nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar
com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada.
Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar
mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que
elas informam. Por depois ouvir um vaqueiro a cantar
com saudade: Ai morena, não me escreve/ que eu não
sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir,
ampliava a solidão do vaqueiro.
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.
No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre
diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os
sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das
expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não
sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca
a) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens
do texto.
b) a importância de certos fenômenos gramaticais para
o conhecimento da língua portuguesa.
c) a distinção clara entre a norma culta e as outras
variedades linguísticas.
d) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho
durante as suas férias.
e) a valorização da dimensão lúdica e poética presente
nos usos coloquiais da linguagem.
26 - (ENEM/2012)
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram
um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que
carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era
pôr as barbas de molho diante de treteiro de topete,
depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se
pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983
(fragmento).
TEXTO II
Palavras do arco da velha
Expressão
Signif icado
Cair nos braços de Morfeu
Dormir
Debicar
Zombar, ridicularizar
Tunda
Surra
Mangar
Tugir
Escarnecer, caçoar
Murmurar
Liró
Bem - vestido
Lancheoferecido
Copo d'água
Convescote
pelosamigos
P iquenique
Bilontra
Velhaco
Treteiro de topete
Abriro arco
Tratante atrevido
Fugir
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua
Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
BROWNE, D. Folha de S.Paulo, 13 ago. 2011.
As palavras e as expressões são mediadoras dos
sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a
expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo
enunciado para o campo da
a) conformidade, pois as condições meteorológicas
evidenciam um acontecimento ruim.
b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos
tubarões usando um pronome reflexivo.
c) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é
a condição necessária para a sua sobrevivência.
d) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva a
suposição do perigo iminente para os homens.
e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira
pessoa para expressar o distanciamento dos fatos.
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constatase, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens
lexicais outrora produtivos não mais o são no português
brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de
termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a
ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma
estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para
ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade
linguística variável e diversificada.
28 - (ENEM/2012)
27 - (ENEM/2012)
Aqui é o país do futebol
TEXTO I
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
[...]
No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos
pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de
cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro.
Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem
tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho,
nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda
cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava
aos penates. Não ficava mangando na rua nem
escapulia do mestre, mesmo que não entendesse
patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart
calçava botina de botões para comparecer todo liró ao
copo-d’água, se bem que no convescote apenas
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora
SIMONAL,
W.
Aqui
é
o
país
do
futebol.
www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento).
E os moços inquietos, que a festa enamora,
Derramam-se em torno de um índio infeliz.
[…]
Disponível
em:
Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson
Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de
movimento e expressão da tradição nacional, é
apresentado de forma crítica e emancipada devido ao
fato de
a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
b) ser apresentado como uma atividade de lazer.
c) ser identificado com a alegria da população brasileira.
d) promover a reflexão sobre a alienação provocada
pelo futebol.
e) ser associado ao desenvolvimento do país.
Literatura
29 - (UFG GO/2012/Libras) Obra exemplar da vertente
indianista da poesia brasileira, o poema I - Juca Pirama,
de Gonçalves Dias, representa.
a) a idealização do indígena no contexto nacionalista
brasileiro.
b) a formação guerreira do Brasil, com ênfase no
elemento indígena.
c) o confronto entre o modo de vida indígena e o dos
demais tipos de vida no Brasil.
d) a tendência de valoração da cultura indígena sobre as
diversas culturas brasileiras.
e) o caráter natural da origem do povo brasileiro com
base na figura do índio.
30 - (UFG GO/2012/Julho)
A literatura se articula à
realidade, à história e aos fatos, na medida em que ela
cria, e até funda, mundos imaginados. Gonçalves Dias,
em I – Juca Pirama, ao criar um passado indígena para a
nação brasileira,
a) configura as personagens do poema a partir de seu
convívio com os Timbira.
b) retrata a história dos índios antes da colonização,
ampliando a informação dos livros dos viajantes.
c) representa o povo Timbira, compondo um mundo
entre o real e o ficcional.
d) recupera princípios da conduta dos Timbira,
documentando a imagem cotidiana dessa nação
indígena.
e) reproduz o quadro de costumes dos índios que viviam
no Brasil em sua época.
31 - (UFG GO/2012/Julho)
Leia os
apresentados a seguir.
I
As tribos vizinhas, sem força, sem brio,
As armas quebrando, lançando-as ao rio,
O incenso aspiraram dos seus maracás:
Medrosos das guerras que os fortes acendem,
Custosos tributos ignaros lá rendem,
Aos duros guerreiros sujeitos na paz.
No centro da taba se estende um terreiro,
Onde ora se aduna o concílio guerreiro
Da tribo senhora, das tribos servis:
Os velhos sentados praticam d'outrora,
trechos
Acerva-se a lenha da vasta fogueira,
Entesa-se a corda da embira ligeira,
Adorna-se a maça com penas gentis:
A custo, entre as vagas do povo da aldeia
Caminha o Timbira, que a turba rodeia,
Garboso nas plumas de vário matiz.
DIAS, Gonçalves. I - Juca Pirama. Porto Alegre: LP&M Pocket, 2007. p. 11-12.
Glossário:
maracás: chocalho usado pelos indígenas em
solenidades
ignavo: fraco, covarde
adunar: reunir
embira: cipó usado para amarração
maça: bastão ou porrete com que se sacrifica o
prisioneiro
garboso: elegante, distinto
O poema I – Juca Pirama se destaca por representar um
painel da cultura indígena. Nos versos transcritos, o
elemento desse painel que se evidencia é:
a) o confronto entre povos inimigos.
b) a preparação de um ritual.
c) o modo de vida cotidiano.
d) a caracterização dos papéis tribais.
e) a relação com a natureza.
32 - (UFG GO/2012/Libras)
O herói indianista
romântico, retratado em I - Juca Pirama, opõe-se ao
herói fantástico, dos contos de Murilo Rubião, pois
a) o herói romântico é movido por interesses coletivos e
protagoniza ações surpreendentes, enquanto o herói
fantástico vivencia a frustração da alteração de sua
rotina.
b) a certeza e determinação são constitutivas das ações
do herói romântico, ao passo que a ambiguidade e a
dúvida marcam os atos do herói fantástico.
c) o herói romântico é capaz de transformar a si mesmo
e à realidade que o rodeia, enquanto o herói fantástico é
incapaz de modificar os acontecimentos para reconstruir
o mundo segundo a sua vontade.
d) a angústia e a solidão movem o herói romântico para
um desfecho trágico, ao passo que o herói fantástico
aceita o absurdo e a comicidade de sua existência.
e) o herói romântico é regido por forças naturais e tem
seu comportamento determinado por elas, enquanto o
herói fantástico é refém de forças sobrenaturais que o
impedem de agir por vontade própria.
33 - (UFPA/2013) Gonçalves Dias foi considerado um
dos maiores expoentes da literatura romântica brasileira.
Procurando seguir os preceitos do romantismo,
intencionou produzir uma poesia capaz de exprimir a
independência literária do Brasil. Na condição de poeta,
dedicou-se a vários gêneros literários, entre eles à
poesia lírica e à poesia indianista. Leia atentamente as
estrofes 4, 5, 6 e 7 do canto IV do poema I Juca Pirama,
de Gonçalves Dias:
Andei longes terras,
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
Dos vis Aimorés;
Vi lutas de bravos,
Vi fortes – escravos!
De estranhos ignavos
Calcados aos pés.
E os campos talados,
E os arcos quebrados,
E os piagas coitados
Já sem maracás;
E os meigos cantores,
Servindo a senhores,
Que vinham traidores,
Com mostras de paz.
Aos golpes do imigo
Meu último amigo,
Sem lar, sem abrigo,
Caiu junto a mi!
Com plácido rosto,
Sereno e composto,
O acerbo desgosto
Comigo sofri.
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado,
Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos,
Por ínvios caminhos,
Cobertos d’espinhos
Chegamos aqui!
Glossário:
Aimorés: índios botocudos que habitavam o estado da
Bahia e do Espírito Santo
Timbiras: Tapuias que habitavam o interior do Maranhão
Ignavos: fracos, covardes
Piaga: pajé, chefe espiritual
Maracá: chocalho indígena utilizado em festas religiosas
e cerimônias guerreiras
Talados: devastados
Acerbo: terrível, cruel
Ínvios: intransitáveis
Tendo em vista as estrofes acima transcritas, é correto
afirmar que
a) o índio Tupi descreve as vitórias de sua tribo sobre o
colonizador europeu.
b) o ritual antropofágico é representado como uma
manifestação da barbárie indígena.
c) a submissão das nações indígenas pelo homem
branco é considerada um processo natural e desejável
para o progresso da nova nação independente.
d) o ponto de vista a partir do qual se elabora o poema é
o do europeu português, que condena as práticas
bárbaras e violentas das nações indígenas brasileiras.
e) as práticas colonizadoras portuguesas que levaram
ao quase extermínio da nação Tupi são julgadas do
ponto de vista do próprio índio.
34 - (UFG GO/2012/Libras)
No romance Memórias de um sargento de milícias, de
Manuel Antônio de Almeida, o grupo das personagens é
composto predominantemente de
a) meirinhos, que representavam um dos extremos da
cadeia judiciária no reinado de Dom João VI.
b) tipos caricatos, que formavam a sociedade carioca no
início do século XIX.
c) representantes do clero, que se encarregavam das
festas religiosas do “tempo do rei”.
d) imigrantes, que compunham a classe média do Rio
de Janeiro joanino.
e) oficiais da milícia, que se mantinham a serviço do rei
no chamado “pátio dos bichos”.
35 - (UFG GO/2012/1ª Fase)
Manuel Antônio de Almeida situa os acontecimentos
narrados em Memórias de um sargento de milícias nas
primeiras décadas do século XIX, período em que a sede
da monarquia portuguesa se fixou no Brasil. Escrito à
moda de uma crônica de costumes, esse romance
a) reproduz, em quadros descritivos da sociedade
carioca, o contexto histórico de seu tempo narrativo,
comparando os aspectos negativos do reinado de D.
João VI aos do Brasil de D. Pedro II.
b) recria, por meio da crítica às instituições jurídicas e
religiosas e da caricatura de seus tipos sociais mais
expressivos, o contexto sócio-histórico vigente no Rio de
Janeiro do início do século XIX.
c) representa, na crítica à situação das personagens
negras, o problema da escravidão no Brasil de D. João
VI, defendida por setores dominantes da economia
colonial e combatida pelos aliados ingleses.
d) explicita, no modo como se refere à cultura do povo
cigano, o problema da miscigenação resultante do
processo de imigração iniciado no século XIX, com a
transferência da corte portuguesa para o Brasil.
e) retrata, em imagens da corte joanina, aspectos
culturais do Brasil colonial, opondo suas descrições
literárias à história visual da vida privada no Brasil
apresentada nas gravuras de Debret.
36 - (UDESC SC)
Relacione as colunas abaixo, em
relação ao romance Memórias de um Sargento de
Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Relacione as colunas abaixo:
Coluna I
(1) Ausência de traço idealizante feminino
(2) Traço da prosa romântica
(3) O anti-herói, o picaresco
(4) Possível triângulo amoroso
( ) “Em certas casas os agregados eram muito úteis,
porque a família tirava grande proveito de seus serviços,
e já tivemos ocasião de dar exemplo disso quando
contamos a história do finado padrinho de Leonardo;
outras vezes porém e estas eram em maior número, o
agregado, refinado vadio, era uma verdadeira parasita
que se prendia à árvore familiar, que lhe participava da
seiva sem ajudá-la a dar os frutos, e o que é mais ainda,
chegava mesmo a dar cabo dela.
[...] Em qual dos dous casos estava ou viria a estar em
breve o nosso amigo Leonardo? O leitor que o decida
pelo que se vai passar.” (p. 85)
( ) “Leonardo ao entrar lançou logo os olhos para a
sobrinha de Dona Maria; porém, sem saber por quê, não
teve desta vez mais vontade de rir-se; entretanto a
menina continuava a ser feia e esquisita; nesse dia
estava ainda pior do que os outros. Dona Maria tinha tido
pretensões de asseá-la; vestira-lhe um vestido branco
muito curto, pusera-lhe um lenço de seda encarnado ao
pescoço, e penteara-a de bugres.” (p. 54)
( ) “Afinal de contas a Maria sempre era saloia, e o
Leonardo começava a arrepender-se seriamente de tudo
que tinha feito por ela e com ela. E tinha razão, porque,
digamos depressa e sem mais cerimônias, havia ele
desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que
era atraiçoado.” (p. 13)
( ) A obra se encerra com um “final feliz”, o que se
observa já no título dos dois últimos capítulos: “A morte é
juiz” (cap. 47) e “Conclusão feliz” (cap. 48).
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 4 – 2
b) 2 – 4 – 3 – 1
c) 2 – 3 – 1 – 4
d) 4 – 1 – 2 – 3
e) 3 – 1 – 4 – 2
37 - (ITA SP/2013)
As personagens desta obra, que anunciam um
movimento literário posterior, são quase caricaturas de
tipos do estrato socioeconômico médio da sociedade da
época – o mestre de rezas, a cigana, o barbeiro, dentre
outras. Elas agem conforme as necessidades de
sobrevivência, sem moralismos ou escrúpulos. As
personagens, de certa forma, representam aspectos da
cultura brasileira, entre os quais se destaca o “jeitinho
brasileiro”. Trata-se de:
a) O cortiço, de Aluísio Azevedo.
b) O Ateneu, de Raul Pompéia.
c) Macunaíma, de Mário de Andrade.
d) Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel
Antônio de Almeida.
e) Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald
de Andrade.
38 - (ESPM SP/2013/Julho)
Os leitores devem estar lembrados de que o nosso
antigo conhecido, de quem por algum tempo nos temos
esquecido, o Leonardo pataca, apertara-se em laços
amorosos com a filha da comadre, e que com ela vivia
em santa e honesta paz. Pois este viver santo e honesto
deu em tempo oportuno o seu resultado. Chiquinha (era
este o nome da filha da comadre), achou-se de
esperanças e pronta a dar à luz. Já veem os leitores que
a raça dos Leonardos não se há de extinguir com
facilidade.
(Memórias de Um Sargento de Milícias, Manuel Antonio
de Almeida)
Baseado no trecho acima e na obra em questão,
assinale a afirmação INADEQUADA:
a) O fato de o narrador dirigir-se ao leitor caracteriza a
metalinguagem e tem a função, nesse caso, de auxiliar
na trama do folhetim.
b) Publicado originalmente em capítulos semanais, as
intervenções do narrador serviam também para aguçar a
curiosidade em relação aos acontecimentos futuros.
c) A maneira divertida de relatar, comum na obra, pode
ser verificada no relacionamento entre Leonardo pataca
e Chiquinha: “pronta a dar à luz” como consequência do
“viver santo e honesto”.
d) Embora a obra prenuncie o Realismo, é possível
detectar traços românticos em expressões como
“apertara-se em laços amorosos” e “honesta paz”.
e) O posicionamento, por vezes irônico, do narrador é
confirmado na declaração sobre a suposta dificuldade
em livrar-se da “raça dos Leonardos”.
39 - (PUCCamp SP) Elementos importantes da vida no
Rio de Janeiro, entre os quais se destacam tipos
representativos da sociedade do “tempo do Rei”,
ganharam relevo.
a) nos contos de Noite na taverna, nos quais Álvares
de Azevedo aproxima poeticamente os registros da
reportagem e da imaginação.
b) no romance Memórias de um sargento de milícias,
no qual Manuel Antonio de Almeida se porta como um
cronista de costumes.
c) na peça Macário, exemplo de como o nosso
romantismo ainda imaturo se apropria de temas e
linguagens da dramaturgia alemã.
d) no romance O Ateneu, pelo qual Raul Pompeia dá
voz a seu talento de jornalista investigando
documentação do Rio colonial.
e) nos contos de Várias Histórias, em que Machado de
Assis intensifica seu talento satírico ao criticar duramente
os mandatários da cidade.
TEXTO - Comum às questões: 40, 41.
Considere o trecho adaptado da obra Memórias de um
Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida
Cumpre-nos agora dizer alguma coisa a respeito de
uma personagem que representará no correr desta
história um importante papel, e que o leitor apenas
conhece, porque nela tocamos de passagem no primeiro
capítulo: é a comadre, a parteira que, como dissemos,
servira de madrinha ao nosso memorando.
Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente
gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo ponto, e
finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara
por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a
conheciam por muito beata e pela mais desabrida papamissas da cidade. Era a folhinha mais exata de todas as
festas religiosas que aqui se faziam.
A comadre era uma das parteiras mais procuradas da
cidade; gozava grande reputação de muito entendida, e
ainda nos casos mais graves era sempre a escolhida:
com os seus milagrosos bentinhos, a palma benta, a
medida de Nossa Senhora, a garrafa soprada, e com a
invocação de todas as legiões de santos, de serafins e
de anjos livrava-se ela dos maiores apertos. E ninguém
lhe fosse dar regras, que as não ouvia, nem do físicomor,
se nisso se metesse: era só olhar para uma mulher de
esperanças, e dizia-lhe logo sem grande trabalho o sexo,
o tamanho do filho que trazia nas entranhas, e com uma
pontualidade miraculosa o dia e a hora em que teria de
ver-se desembaraçada; até às vezes, por certos sinais
que só ela conhecia, chegava a dizer qual seria o gênio
e as inclinações do ente que ia ver a luz. Já se vê que
esta vida era trabalhosa e demandava sérios cuidados;
porém a comadre dispunha de uma grande soma de
atividade; e, apesar de gastar muito tempo nos deveres
do ofício e na igreja, sempre lhe sobrava algum para
empregar em outras coisas.
40 - (Fac. Santa Marcelina SP)
Ao afirmar que a
comadre era a folhinha mais exata de todas as festas
religiosas, o narrador emprega uma metáfora, cujo
sentido mais expressivo é
a) o fato de a comadre conhecer todas as festas
religiosas do lugar.
b) a semelhança da comadre com uma folha, por sua
leveza.
c) a função específica da comadre de coordenar as
festas religiosas.
d) o problema de a comadre querer ser, nas festas,
figura de destaque.
e) o defeito da comadre de criticar abertamente as
festas religiosas.
41 - (FUVEST)
I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da
primeira metade do século XVI, vivenciando, na
expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise.
II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o
burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar
flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos
teatrólogos:
a. Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
b. Machado de Assis e Miguel Torga.
c. Gil Vicente e Nelson Rodrigues.
d. Gil Vicente e Martins Pena.
e. Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues
AMOR DE PERDIÇÃO
E Simão Botelho fugindo à claridade da luz e ao voejar
das aves, meditando, chorava e escrevia assim as suas
meditações: O pão do trabalho de cada dia, e o teu seio
para repousar uma hora a face, pura de manchas: não
pedi mais ao céu. Ache-me homem aos dezesseis anos.
Vi a virtude à luz do teu amor. Cuidei que era santa a
paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava
com o seu fogo sagrado. Nunca os meus pensamentos
foram denegridos por um desejo que eu não possa
confessar alto diante de todo o mundo. Dize tu, Teresa,
se os meus lábios profanaram a pureza de teus ouvidos.
Pergunta a Deus quando quis eu fazer do meu amor o
teu opróbrio.
Nunca, Teresa! Nunca, ó mundo que me condenas! Se
teu pai quisesse que eu me arrastasse a seus pés para
te merecer, beijar-lhos-ia. Se tu me mandasse morrer
para te não privar de ser feliz com outro homem,
morreria, Teresa!
in: CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de Perdição – A Brasileira de Prazins.
São Paulo p. 151.
42 - O autor da obra em excerto é:
a. Camilo Castelo Branco
b. Miguel Torga.
c. Nelson Rodrigues.
d. Martins Pena.
e. Rodrigues Lapa.
43 - Publicado em 1862, o romance Amor de perdição,
de Camilo Castelo Branco, se caracteriza pela
passionalidade do narrador e dos personagens,
particularmente
Simão
Botelho
e
Teresa
de
Albuquerque. Perseguindo o mito do amor a dois, do
amor que desafia a lei social, mas que é vencido pela
morte, o romance de Camilo se inscreve em qual dos
mitos da literatura ocidental?
a) Don Juan.
b) Fernando e Isaura.
c) O Santo Graal.
d) Romeu e Julieta.
e) Casa nova.
44 - (EFOA MG) Leia atentamente a proposição:
O Romantismo era a apoteose do sentimento; o
Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem.
É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para
nos conhecermos, para que saibamos se somos
verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de
mal na nossa sociedade.
(Eça de Queirós. In: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura.
São Paulo: Liceu, 1969. p. 207)
O texto de Eça de Queirós reúne alguns princípios
básicos do Realismo. Dentre as alternativas abaixo,
assinale aquela que NÃO está em conformidade com as
definições do romancista português:
a) O Realismo foi marcado por um forte espírito crítico e
assumiu uma atitude mais combativa diante dos
problemas sociais contemporâneos.
b) Em oposição à idealização romântica, o escritor
realista procurou descobrir a verdade de seus
personagens, dissecando-lhes o comportamento.
c) O autor realista retratou com fidelidade a psicologia
do personagem, demonstrando um interesse maior pelas
fraquezas humanas e pelos dramas existenciais.
d) As preocupações psicológicas da prosa de ficção
realista levaram o romancista a uma conscientização do
próprio “eu” e à manifestação de sua mais profunda
interioridade.
e) O sentido de observação e análise vigente no
Realismo exigiu do escritor uma postura racional e crítica
diante das contradições do homem enquanto ser social.
45 - Todas as freiras do convento são possuidoras de
vícios; em uma crítica acerba contra o clero ( e o poder
dominante), Eça de Queiroz não poupa palavras em O
crime do Padre Amaro. Assinale a alternativa que não
está de acordo com esta afirmativa:
a) A prioresa é a maior intriguista do convento;
b) Por seu turno, a prelada oferece “papel, tinta, obreias
e o meu quarto, se para lá quiser ir escrever.”;
c) Além de glutona, a prelada não dispensava uma
agulhada contra as noviças e freiras do convento;
d) A madre escrivã tomava um “copinho de certo vinho
estomacal com que todas as noites era brindada”.
e) Enquanto foi nova, a prioresa foi a que mais
escândalos dava na casa.
Arte
46 - Sobre o Realismo, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao
Naturalismo
b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases,
embora sejam movimentos diferentes
c) O Realismo surgiu como consequência do
cientificismo do século XIX
d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo.
Escreveu Madame Bovary
e) Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou
escritores brasileiros
47 - Entre os escultores do período realista, o que mais
se destaca é Auguste Rodin ( 1840 – 1917), cuja a
produção causou polêmicas. De acordo com O
Realismo:
a) os estudos fisionômicos do homem e os estudos da
natureza de Rodin acabaram não sendo notadas em
seus trabalhos encomendados, respeitava o pedido de
seus clientes, deixando os satisfeitos , mas o artista em
si, frustrado.
b) a escultura do período realista não se preocupa com a
realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais
como são.
c) se aproximava da idealização de beleza da
antiguidade clássica.
d) a escultura realista favoreceu a Igreja, podendo
financiar grandiosas obras para a retomada da
cristianização da Europa.
e) a escultura retoma os materiais antigos e nobres como
o mármore.
48 - Observe as imagens e identifique a que melhor
caracteriza o realismo:
a( )
b( )
c( )
d( )
e( )
49 - A arquitetura
do século XIX passou por
modificações para atender uma nova sociedade, com
novas necessidades urbanas. Marque a afirmação
correta:
a) Se basearam no neoclássico para a realização de
majestosos monumentos em homenagem aos Reis.
b) Com um industrialização crescente, o uso de novos
materiais, a arquitetura perde o sentido de
embelezamento,mas
também
não
ganha
funcionabilidade, ela cai em desuso
c) A arquitetura realista projeta construções para a
aristocracia que se preocupa com a nova imagem que as
cidades estão tomando.
d) A modernidade traz novas necessidades urbanas e
sociais, não há necessidade de imensos palácios e
templos, mas sim de, ferrovias, armazéns, áreas
residenciais, hospitais, bibliotecas e escolas para atender
a crescente população que sai do campo.
e) As modificações mais visíveis são nos materiais
usados nas construções, mas o estilo continua o mesmo,
preservando a beleza histórica.
50 - Sobre a pintura Realista podemos afirmar:
a) era um constante estudo das formas e cores,
lembrando muito a preocupação com a idealização da
beleza.
b) que a intenção do realismo seria retratar a beleza da
vida urbana na Europa do séc XIX
c) era o retorno à preocupação com a alma e com as
questões da Igreja, a volta da monarquia e a Realeza.
d) se dedica única e exclusivamente a ornamentar os
palacetes da burguesia
e) era acima de tudo, a representação da realidade, com
um rigor de um cientista em pleno ato de pesquisa.
51 - Considere
“O Naturalismo é uma ramificação do Realismo e uma
das suas principais características é a retratação da
sociedade de uma forma bem objetiva. Os naturalistas
abordam a existência humana de forma materialista. O
homem é encarado como produto biológico passando a
agir de acordo com seus instintos, chegando a ser
comparado com os animais.”
Cristina Gomes
Marque a
alternativa
que
melhor define
o
NATURALISMO.
a) é compreendida como uma observação total da
natureza, não há preocupação técnica ou científica.
b) por serem contos idealizados, os textos realistas se
apegam a mitologia.
c) um gênero literário que apesar da liberdade ao
expressar o cotidiano, real, ainda se perde na
necessidade de referências clássicas.
d) os romances naturalistas eram cheios de recato e
pudor, estava sempre cerdcado pelo manto do sagrado.
e) é uma escola literária que baseava-se na observação
fiel da realidade e na experiência, mostrando que o
indivíduo é determinado pelo ambiente, não por
idealizações.
52 - No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a
personagem, critica sutilmente um outro estilo de época:
o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da
nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não
digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as
mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que
o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às
sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era
bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele
feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro
indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS,
Machado
de.
Memórias
Rio de Janeiro: Jackson, 1957.
Póstumas
de
Brás
Cubas.
a) era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça...
b) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia
daquele feitiço, precário e eterno
c) o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins
secretos da criação.
d) autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às
sardas e espinhas...
e) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou
dezesseis anos...
c( )
d( )
53 - Seguindo os preceito do Realismo, qual dessas
imagens não corresponde:
e( )
a( )
c( )
b( )
d( )
55 - O Realismo no Brasil teve notoriedade com os
trabalhos de Almeida Junior. Foi certamente o pintor que
melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave
Courbet e de Jean-François Millet.
e( )
54 - Sobre a pintura realista no Brasil, indo contra tudo o
que o Romantismo primava.
As estéticas românticas,
estavam extremamente associadas ao modo de vida e o
cotidiano da corte do Segundo Império, O Realismo
brasileiro nasce com um olhar para a vida no campo, a
simplicidade que contrasta com o árduo trabalho nas
lavouras. Assinale o que não se enquadra dentro da
estética realista.
a( )
b( )
Assim podemos afirmar:
a) A temática central das obras de Almeida Junior está
cercada pela vida no campo, captando a essência do
cotidiano ruralista brasileiro, tema que até então não
havia sido explorado dentro das academias.
b) Seguia a força crítica da literatura, a temática de
Almeida Junior estava ligada a negação pompa e
formalidade romântica.
c) A idealização de uma beleza nacional, de como uma
brasileira bonita era, seus desejos e encantos pelo Brasil
são notórios em suas obras.
d) Uma tentativa de cópia estilística do que já havia sido
sucesso na Europa.
e) As representações de Almeida Júnior estão mais para
o Naturalismo literário do que propriamente o realismo.
Matemática
56 - Se (m  2, 2n) e (3n, m  3) representam o mesmo
ponto no plano cartesiano ortogonal, então o produto m 
n é igual a
a) 0.
b) 1.
c) 5.
d) 6.
e) n.d.a.
57 - Sejam os pontos A(3,2) e B(5,4). A medida do
segmento de reta AB é
a) 2 10
b) 6
c) 4 2
d) 2 7
e) 2 6
58 - Sabe-se que a reta 2x – y + 4 = 0 passa pelo ponto
médio do segmento que une os pontos A(2k, 1) e B(1, k).
O valor de k é:
a) 3
b) –3
c) –2
d) 2
e) 0
59 - Considere a figura abaixo:
y
N
M
45º
1
x
O comprimento do segmento MN é:
a) 2  1/ 2
b)
2 1
c)
2 1
2
d) 1 2
2
e)
2 1
60 - Sejam A e B dois pontos da reta de equação y = 3x
+ 5, que distam cinco unidades da origem. Então, a
soma das ordenadas de A e B é:
a) 1
b) 5
c) 0
d) -3
e) -4
61 - Seja P = (a,b) um ponto no plano cartesiano tal que
0 < a < 1 e 0 < b < 1.
As retas paralelas aos eixos coordenados que passam
por P dividem o quadrado de vértices (0,0), (2,0), (0,2) e
(2,2) nas regiões I, II, III e IV, como mostrado nesta
figura:
Considere o ponto Q   a 2  b 2 , ab  .


Então, é CORRETO afirmar que o ponto Q está na
região
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) n.d.a.
62 2
Pelo vértice da curva y = x – 4x + 3, e pelo ponto onde a
mesma encontra o eixo das ordenadas, passa uma reta
que define com os eixos um triângulo de área:
a) 2
11
b)
4
3
c)
4
d) 3
9
e)
4
63 – Os pontos A(3,1), B(4,-2) e C(x,7) são colineares. O
valor de x é igual a:
a) 1
b) 2
c) 5
d) 6
e) 7
64 - A área do triângulo , cujos vértices são (1,2), (3,4) e
(4,-1), é igual a :
a) 6
b) 8
c) 9
d) 10
e) 12
65 - A área delimitada pelos eixos x  0 , y  0 e pelas
retas x  y  1 e 2x  y  4 é:
a) 3
b) 2
c) 3,5
d) 2,5
e) 1,5
66 - Sendo S a área da superfície de uma célula
esférica, V o volume da célula e k uma constante
numérica, pode-se escrever V em função de S como
V(S)  kS S .
2
Dados: S = 4 R
V
4
R 3
3
1
6
1
e)
8
d)
71 - Um recipiente com água tem, internamente, o
formato de um cilindro reto com base de raio R cm.
Mergulhando nesse recipiente uma esfera de metal de
Nas condições dadas, o valor de k é igual a:
a)
b)
c)
1
3 
1
raio r cm, o nível da água sobe
9R
cm . Qual é o raio
16
dessa esfera?
6 
2
3 
d)

3
e)

6
67 - A razão entre os volumes de uma esfera de raio “R”
e um cilindro eqüilátero de raio “2R” é:
a) 3/4
b) 2/3
c) 1/5
d) 1/6
e) 1/12
a) r 
b) r 
c) r 
d) r 
e) r 
3R
cm
4
9R
cm
16
3R
cm
5
R
cm
2
2R
cm
3
68 - A razão entre a área de uma superfície esférica e a
do cubo circunscrito é:
a) 
72 - A razão entre o volume da esfera de raio a e do
cubo de aresta  é:
b)
a)
c)
d)
e)
6

3

4

8

9
69 - Considere um cone circular reto e um cilindro
circular reto, ambos com diâmetro da base igual a 12 cm
e também uma esfera com diâmetro de 12 c, todos com
volumes iguais. A altura do cone e a altura do cilindro
devem ser respectivamente iguais a:
a) 12 cm e 4 cm
b) 30 cm e 10 cm
c) 24 cm e 8 cm
d) 9 cm e 3 cm
e) 18 cm e 6 cm
70 - As esferas E1 e E2 são tais que o diâmetro de E1 é
igual ao raio de E2. A razão entre os volumes de E1 e E2,
nessa ordem, é:
1
a)
2
1
b)
3
1
c)
4
b)
c)
d)
e)
3
4
3
4
4
3
3
4
4
3
73 - Numa festa há n pessoas. Sabendo que todas se
abraçaram ao chegar e que foram trocados 190 abraços,
o valor de n é:
a) 20
b) 22
c) 25
d) 24
e) 32
74 - Ao chegarem a um hotel 9 pessoas encontraram 3
quartos com 3 camas em cada um. De quantas maneiras
elas poderão se acomodar? Marque a alternativa correta
a) 1690
b) 1680
c) 1234
d) 1780
e) 3456
75 - Numa empresa foram selecionadas 7 pessoas que
deverão ocupar 1 cargo de diretor e 6 cargos de chefia.
De quantas formas os cargos poderão ser ocupados?
Marque a alternativa correta
a) 45
b) 7
c) 67
d) 43
e) 12
76 - Por ocasião dos festejos da Semana da Pátria, uma
escola decidiu exibir seus melhores atletas e as
respectivas medalhas. Desses atletas, em número de
oito e designados por a1, a2, a3, …, a8, serão escolhidos
cinco para, no momento do desfile, fazerem honra à
Bandeira Nacional. Do total de grupos que podem ser
formados, em quantos o atleta a2 estará presente?
a) 39
b) 34
c) 37
d) 35
e) 67
77 - (FGV) Uma urna contém 50 bolinhas numeradas de
1 a 50. Sorteando-se uma bolinha, a probabilidade de
que o número observado seja múltiplo de 8 é:
a) 3/25
b) 7/50
c) 1/10
d) 8/50
e) 1/5
78 - No lançamento de um dado não viciado o resultado
foi um número maior do que 3, qual é a probabilidade de
esse ser um número par?
a) 1/6
b) 1/2
c) 1/3
d) 2/5
e) 2/3
79 - Numa comunidade de 1000 habitantes, 400 são
sócios de um clube A, 300 de um clube B e 200 de
ambos. Escolhendo-se uma pessoa ao acaso, qual a
probabilidade dessa pessoa ser sócia de A ou de B?
a) 75%
b) 60%
c) 50%
d) 45%
e) 30%
d) 4/7
e) 5/7
82 - Um prédio de três andares, com dois apartamentos
por andar, tem apenas três apartamentos ocupados. A
probabilidade de cada um dos três andares tenha
exatamente um apartamento ocupado é:
a) 2/5
b) 3/5
c) 1/2
d) 1/3
e) 2/3
83 - (VUNESP) Dois jogadores, A e B vão lançar um par
de dados. Eles combinam que, se a soma dos números
dos dados for 5, A ganha, e, se essa soma for 8, B é
quem ganha. Os dados são lançados. Sabe-se que A
não ganhou. Qual a probabilidade de B ter vencido?
a) 10/36
b) 5/32
c) 5/36
d) 5/35
e) não se pode calcular
84 - Se num grupo de 10 homens e 6 mulheres
sorteamos 3 pessoas para formarem uma comissão, qual
a probabilidade de que essa comissão seja formada por
2 homens e 1 mulher?
a) 3/56
b) 9/56
c) 15/56
d) 27/56
e) 33/56
Dados da Associação Nacional de Empresas de
Transportes Urbanos (ANTU) mostram que o número de
passageiros transportados mensalmente nas principais
regiões
metropolitanas
do
país
vem
caindo
sistematicamente. Eram 476,7 milhões de passageiros
em 1995, e esse número caiu para 321,9 milhões em
abril de 2001. Nesse período, o tamanho da frota de
veículos mudou pouco, tendo no final de 2008
praticamente o mesmo tamanho que tinha em 2001.
O gráfico a seguir mostra um índice de produtividade
utilizado pelas empresas do setor, que é a razão entre o
total de passageiros transportados por dia e o tamanho
da frota de veículos.
80 - Uma pessoa joga uma moeda quatro vezes, qual a
probabilidade de sair CARA nas quatro jogadas?
a) 1/2
b) 1/4
c) 1/8
d) 1/16
e) 1
81 - (UPF) - Uma urna contém 3 bolas brancas e 4 bolas
pretas. Tira-se, sucessivamente, 2 bolas. Então a
probabilidade das bolas serem da mesma cor, é:
a) 1/7
b) 2/7
c) 3/7
Disponível em: http://www.ntu.org.br.
Acesso em 16 jul. 2009 (adaptado).
Supondo que as frotas totais de veículos naquelas
regiões metropolitanas em abril de 2001 e em outubro de
2008 eram do mesmo tamanho, os dados do gráfico
permitem inferir que o total de passageiros transportados
no mês de outubro de 2008 foi aproximadamente igual a
a) 355 milhões.
b) 400 milhões.
c) 426 milhões.
d) 441 milhões.
e) 477 milhões.
85 - (ENEM/2009) A suspeita de que haveria uma
relação causal entre tabagismo e câncer de pulmão foi
levantada pela primeira vez a partir de observações
clínicas. Para testar essa possível associação, foram
conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos. Dentre
esses, houve o estudo do número de casos de câncer
em relação ao número de cigarros consumidos por dia,
cujos resultados são mostrados no gráfico a seguir.
Centers for Disease Control and Prevention CDC-EIS
Summer Course – 1992 (adaptado).
De acordo com as informações do gráfico,
a) o consumo diário de cigarros e o número de casos de
câncer de pulmão são grandezas inversamente
proporcionais.
b) o consumo diário de cigarros e o número de casos de
câncer de pulmão são grandezas que não se relacionam.
c) o consumo diário de cigarros e o número de casos de
câncer de pulmão são grandezas diretamente
proporcionais.
d) uma pessoa não fumante certamente nunca será
diagnosticada com câncer de pulmão.
e) o consumo diário de cigarros e o número de casos de
câncer de pulmão são grandezas que estão
relacionadas, mas sem proporcionalidade.
86 - (ENEM/2009) Brasil e França têm relações
comerciais há mais de 200 anos. Enquanto a França é a
5ª nação mais rica do planeta, o Brasil é a 10ª, e ambas
se destacam na economia mundial. No entanto, devido a
uma série de restrições, o comércio entre esses dois
países ainda não é adequadamente explorado, como
mostra a tabela seguinte, referente ao período 20032007.
Investimentos B ilaterais
(em milhõesde dólares)
Ano Brasil na França França no Brasil
2003
367
825
2004
2005
357
354
485
1.458
2006
539
744
2007
280
1.214
Disponível em: www.cartacapital.com.br.
Acesso em: 7 jul. 2009.
Os dados da tabela mostram que, no período
considerado, os valores médios dos investimentos da
França no Brasil foram maiores que os investimentos do
Brasil na França em um valor
a) inferior a 300 milhões de dólares.
b) superior a 300 milhões de dólares, mas inferior a 400
milhões de dólares.
c) superior a 400 milhões de dólares, mas inferior a 500
milhões de dólares.
d) superior a 500 milhões de dólares, mas inferior a 600
milhões de dólares.
e) superior a 600 milhões de dólares.
87 - (ENEM/2009) Uma cooperativa de colheita propôs a
um fazendeiro um contrato de trabalho nos seguintes
termos: a cooperativa forneceria 12 trabalhadores e 4
máquinas, em um regime de trabalho de 6 horas diárias,
capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao custo
de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$
1.000,00 pelo aluguel diário de cada máquina. O
fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a
cooperativa colhesse 180 hectares de milho em 6 dias,
com gasto inferior a R$ 25.000,00.
Para atender às exigências do fazendeiro e supondo que
o ritmo dos trabalhadores e das máquinas seja
constante, a cooperativa deveria
a) manter sua proposta.
b) oferecer 4 máquinas a mais.
c) oferecer 6 trabalhadores a mais.
d) aumentar a jornada de trabalho para 9 horas diárias.
e) reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel diário de
uma máquina
88 - (ENEM/2009) Um artesão construiu peças de
artesanato interceptando uma pirâmide de base
quadrada com um plano. Após fazer um estudo das
diferentes peças que poderia obter, ele concluiu que uma
delas poderia ter uma das faces pentagonal.
Qual dos argumentos a seguir justifica a conclusão do
artesão?
a) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 arestas
laterais e a interseção de um plano com a pirâmide
intercepta suas arestas laterais. Assim, esses pontos
formam um polígono de 4 lados.
b) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 faces
triangulares e, quando um plano intercepta essa
pirâmide, divide cada face em um triângulo e um
trapézio. Logo, um dos polígonos tem 4 lados.
c) Uma pirâmide de base quadrada tem 5 faces e a
interseção de uma face com um plano é um segmento de
reta. Assim, se o plano interceptar todas as faces, o
polígono obtido nessa interseção tem 5 lados.
d) O número de lados de qualquer polígono obtido como
interseção de uma pirâmide com um plano é igual ao
número de faces da pirâmide. Como a pirâmide tem 5
faces, o polígono tem 5 lados.
e) O número de lados de qualquer polígono obtido
interceptando-se uma pirâmide por um plano é igual ao
número de arestas laterais da pirâmide. Como a pirâmide
tem 4 arestas laterais, o polígono tem 4 lados.
89- (ENEM/2009) João deve 12 parcelas de R$ 150,00
referentes ao cheque especial de seu banco e cinco
parcelas de R$ 80,00 referentes ao cartão de crédito. O
gerente do banco lhe ofereceu duas parcelas de
desconto no cheque especial, caso João quitasse esta
dívida imediatamente ou, na mesma condição, isto é,
quitação imediata, com 25% de desconto na dívida do
cartão. João também poderia renegociar suas dívidas em
18 parcelas mensais de R$ 125,00. Sabendo desses
termos, José, amigo de João, ofereceu-lhe emprestar o
dinheiro que julgasse necessário pelo tempo de 18
meses, com juros de 25% sobre o total emprestado.
A opção que dá a João o menor gasto seria
a) renegociar suas dívidas com o banco.
b) pegar emprestado de José o dinheiro referente à
quitação das duas dívidas.
c) recusar o empréstimo de José e pagar todas as
parcelas pendentes nos devidos prazos.
d) pegar emprestado de José o dinheiro referente à
quitação do cheque especial e pagar as parcelas do
cartão de crédito.
e) pegar emprestado de José o dinheiro referente à
quitação do cartão de crédito e pagar as parcelas do
cheque especial.
90 - João comprou dois potes de sorvete, ambos com 1
litro do produto. Um dos potes continha quantidades
iguais dos sabores coco, baunilha, flocos e chocolate, e
o outro, quantidades iguais dos sabores flocos, morango
e ameixa. Nessa compra, a fração correspondente à
quantidade de sorvete sabor flocos foi de:
a) 7/12
b) 5/12
c) 7/24
d) 5/24
e) 7/6