Goiânia, _____ de _____________________ de 2015. Aluno(a): _______________________________________________nº:_____ Série: 2º Ano Turma:____ Data de entrega: 14/10/2015 Data de devolução: 27/10/2015 LISTÃO – Redação, Linguagens e Matemática Redação (UNISA SP/2014) Texto 1 As cenas de protesto no Leblon na noite de quarta-feira foram bem registradas pela mídia. Nelas podia-se ver a bravura de seus protagonistas entrando em desforço físico com orelhões, justiçando postes com nomes de ruas, imobilizando lixeiras e incendiando -as nos cruzamentos, e chutando corajosamente vitrines de butiques e bancos. Outros ficaram mais a distância, atirando pedras, rojões e coquetéis molotov. Cada qual fez o papel a que foi convocado pelas redes “sociais”. (Ruy Castro. Más companhias. Folha de S.Paulo, 19.07.2013.) Texto 2 “É novo, e esse novo todo mundo precisa aprender.” A frase do comandante da PM do Rio, coronel Erir Ribeiro, resume tudo o que já foi dito e provavelmente muito do que ainda será conjeturado sobre o vandalismo – esse lado trevoso das manifestações de protesto que, a partir de junho, inauguraram um respeitável e inusitado protagonismo popular no Brasil. O vandalismo é o avesso da cidadania, do civismo, da transformação responsável das instituições que o povo exige. Saques e depredações, a não ser pelo fato de ocuparem, circunstancial e oportunisticamente, o mesmo espaço dos protestos cívicos, nada têm a ver com eles. Seu ramo é o do banditismo, da sociopatia. Apesar disso, o vandalismo tem sido tratado de forma confusa e, por vezes, complacente, devido às circunstâncias em que vem sendo praticado e à dificuldade dos agentes sociais – inclusive a imprensa – de compreender que joio é joio, trigo é trigo. A imprensa, de maneira geral, tem receio de cobrar e apoiar medidas enérgicas contra os baderneiros, temendo que esse posicionamento seja confundido com uma reprovação aos protestos populares. A cobrança da sociedade às forças de segurança é contraditória. Ora a polícia é criticada por não agir com mais presteza e rigor (como na depredação à Prefeitura de São Paulo e no cerco à Assembleia Legislativa do Rio), ora é acusada de agir com muita violência. Como o poder de polícia está subordinado ao poder político, que tende a buscar a aprovação da sociedade até mais do que a solução dos problemas – e como as forças policiais estão diante de algo novo que “todo mundo precisa aprender” –, a ação policial também oscila entre a repressão indiscriminada e prolongadas ausências, incompreensíveis para quem vê o resumo dos confrontos pela TV. Além da dificuldade física de mover-se na massa de manifestantes para chegar aos baderneiros, existe o Rua 18 nº 186 - centro receio de, ao realizar detenções, provocar a reação de manifestantes pacíficos que estão nas proximidades, levando a um agravamento dos conflitos. Além de uma PM bem orientada e mais bem estruturada para conter os quebra-quebras e prender os responsáveis, todo o aparato das forças de segurança – que inclui, naturalmente, os setores de inteligência – deve ser mobilizado pelos governos estaduais e federal, a fim de pôr um fim às jornadas de destruição que se tornaram uma espécie de esporte radical para uma parte (felizmente, pequena) da juventude. (Uma estratégia para o vandalismo. www.cruzeirodosul.inf.br. Adaptado.) Texto 3 Várias foram as formas de “vandalismo” e vários seus sentidos éticos e políticos. Pode-se não concordar com nenhum deles, como eu mesmo não concordo, mas não se pode confundir compreensão com aceitação. Há que se compreender o que ocorre como condição para medir as formas e extensões de sua não aceitação. Entre os “vandalismos” ocorrentes, existem distinções não apenas de grau e natureza de violência, mas também de qualidade política e ética. Em princípio há que se admitir que nossa democracia ocidental contemporânea, com suas características de voto universal, direitos de liberdade e sociais garantidos, tolerante e multicultural foi construída historicamente mais por rupturas da ordem do que por seu cumprimento. Assim, atos ilegais nem sempre significam algo ética ou moralmente condenável. Tudo depende do momento, da circunstância, das consequências e das intenções políticas. A democracia para existir demanda, por um lado, cumprimento rigoroso da ordem democrática e, contraditoriamente, rupturas dessa mesma ordem que representem ampliação da proteção, reconhecimento e realização de direitos individuais e coletivos. O critério de juízo, neste caso, é mais de legitimidade do que de legalidade. (Pedro Estevam Serrano. Vandalismos. www.cartacapital.com.br. Adaptado.) Com base nos textos apresentados, elabore um texto dissertativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O vandalismo no contexto das manifestações: selvageria ou cidadania? Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Inglês Leia os textos em seguida responda as questões abaixo: fone: (62)3217-6000 www.colegiodecisao.com.br AIR POLLUTION One of the formal definitions of air pollution is as follows – ‘The presence in the atmosphere of one or more contaminants in such quality and for such duration as is injurious, or tends to be injurious, to human health or welfare, animal or plant life.’ It is the contamination of air by the discharge of harmful substances. Air pollution can cause health problems and it can also damage the environment and property. It has caused thinning of the protective ozone layer of the atmosphere, which is leading to climate change. Modernization and progress have led to air getting more and more polluted over the years. Industries, vehicles, increase in the population, and urbanization are some of the major factors responsible for air pollution. The following industries are among those that emit a great deal of pollutants into the air: thermal power plants, cement, steel, refineries, petro chemicals, and mines. Air pollution results from a variety of causes, not all of which are within human control. Dust storms in desert areas and smoke from forest fires and grass fires contribute to chemical and particulate pollution of the air. The source of pollution may be in one country but the impact of pollution may be felt elsewhere. The discovery of pesticides in Antarctica, where they have never been used, suggests the extent to which aerial transport can carry pollutants from one place to another. Probably the most important natural source of air pollution is volcanic activity, which at times pours great amounts of ash and toxic fumes into the atmosphere. Listed below are the major air pollutants and their sources. Carbon monoxide (CO)is a colourless, odourless gas that is produced by the incomplete burning of carbon-based fuels including petrol, diesel, and wood. It is also produced from the combustion of natural and synthetic products such as cigarettes. It lowers the amount of oxygen that enters our blood . It can slow our reflexes and make us confused and sleepy. Carbon dioxide (CO2)is the principle greenhouse gas emitted as a result of human activities such as the burning of coal, oil, and natural gases. Chloroflorocarbons (CFC) are gases that are released mainly from air-conditioning systems and refrigeration. When released into the air, CFCs rise to the stratosphere, where they come in contact with few other gases, which lead to a reduction of the ozone layer that protects the earth from the harmful ultraviolet rays of the sun. Lead is present in petrol, diesel, lead batteries, paints, hair dye products, etc. Lead affects children in particular. It can cause nervous system damage and digestive problems and, in some cases, cause cancer. Ozone occurs naturally in the upper layers of the atmosphere. This important gas shields the earth from the harmful ultraviolet rays of the sun. However, at the ground level, it is a pollutant with highly toxic effects. Vehicles and industries are the major source of groundlevel ozone emissions. Ozone makes our eyes itch, burn, and water. It lowers our resistance to colds and pneumonia. Nitrogen oxide (Nox) causes smog and acid rain. It is produced from burning fuels including petrol, diesel, and coal. Nitrogen oxides can make children susceptible to respiratory diseases in winters. Questions: 01 - De acordo com o contexto, indique o significado que mais apropriado para a palavra destacada a seguir: Air pollution can cause health problems and it can also damage the environment and property. a) Beneficiar b) Contribuir c) Prejudicar d) Melhorar e) Preservar 02- Segundo o texto, Qual das situações abaixo foi citada no texto sobre o monóxido de carbono? a) Afeta o sistema nervoso b) Prejudica o sistema respiratório c) Provoca câncer d) Desregula o sistema hormonal e) Diminui a quantidade de oxigênio do sangue 03- Segundo o contexto, a melhor interpretação para “Carbon dioxide” é: a) Gás natural b) Fumaça proveniente de queimadas c) Poluição industrial d) Gás carbônico e) Gás emitido por veículos automotores Global Warming Global warming is the increase in the average temperature of the Earth's near-surface air and oceans in recent decades and its projected continuation. The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) concludes, "most of the observed increase in globally averaged temperatures since the mid-20th century is very likely due to the observed increase in anthropogenic greenhouse gas concentrations," which leads to warming of the surface and lower atmosphere by increasing the greenhouse effect. Natural phenomena such as solar variation combined with volcanoes have probably had a small warming effect from pre-industrial times to 1950, but a cooling effect since 1950. The basic conclusions have been endorsed by at least 30 scientific societies and academies of science, including all of the national academies of science of the major industrialized countries. The American Association of Petroleum Geologists is the only scientific society that rejects these conclusions, and a few individual scientists also disagree with parts of them. Remaining scientific uncertainties include the exact degree of climate change expected in the future, and how changes will vary from region to region around the globe. There is ongoing political and public debate regarding what, if any, action should be taken to reduce or reverse future warming or to adapt to its expected consequences. Most national governments have signed and ratified the Kyoto Protocol aimed at combating greenhouse gas emissions. 04- De acordo com o contexto, indique o significado que mais apropriado para a palavra destacada na frase a seguir: A few individual scientists also disagree with parts of them. a) Debatem b) Rejeitam c) Discordam d) Definem e) Discutem 05 - Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: I- Toda a comunidade cientifica concorda com o relatório apresentado. II- Pelo menos 30 comunidades científicas chegaram a essas conclusões. III- Todos os chefes de estado assinaram o acordo, para reduzir os efeitos do aquecimento global. IV- As variações de temperatura de região para região no futuro ainda é uma incerteza. a) Somente II está correta. b) II e IV estão corretas. c) III e IV estão corretas. d) I e III estão corretas e) Todas estão corretas. Espanhol Leia o texto abaixo e responda à questão 01. TONI. El Jueves. Madri, 27 fev.–4 mar. 2008, p. 3. 06 - En las viñetas se indica que Fidel Castro, una vez jubilado, si cuidase de sus nietos y jugase a la petanca, a) llegaría a disfrutar escuchando a los otros. b) continuaría arengando sobre la revolución. c) se desilusionaría con su pasado militante. d) se aburriría y retomaría sus tareas políticas. e) n.d.a. Leia o texto abaixo e responda às questões de 07 a 09. REPUBLICANOS John McCain será el candidato del Partido Republicano a la presidencia de los Estados Unidos de América (EEUU). De ser electo, sucedería al peor presidente de los últimos ochenta años: George W. Bush. Suceder al peor puede ser, sin embargo, lo mejor. La elección de noviembre le ofrece a nuestros vecinos la oportunidad de mirar hacia arriba. De allí la atracción idealista de Barack Obama. McCain no es, por supuesto, un afroamericano de oratoria sagrada. Habla con calma, aunque con énfasis. Obama tiene 46 años. McCain ya cumplió los 70 y a cada rato evoca a su mamá de 94. Obama llena un auditorio de veinte mil almas. McCain, apenas un salón de mil personas. Pero la postura más radical de McCain concierne a la migración. En diciembre de 2005, McCain y su colega, el senador demócrata por Massachussetts, Edward Kennedy, presentaron la iniciativa de ley S-1033, con tres premisas esenciales. Primero, asegurar la frontera y aplicar las leyes sobre migración, llegando a acuerdos de cooperación con México y Centroamérica. Segundo, eliminar el hacinamiento existente en el programa de reunificación familiar. En seguida, promulgar un “programa esencial de visas laborales” tendente a otorgar 400.000 visas iniciales a trabajadores migratorios. Esta visa conduciría a la residencia permanente. Esposa e hijos podrían seguir al trabajador. Se trataría, en suma, de contar con una fuerza laboral estable, segura y productiva. Al final del camino, sin embargo, el gigantesco embrollo en torno al tema migratorio sólo encontrará vía de solución mediante el acuerdo entre el presidente mexicano, Felipe Calderón, y el nuevo presidente norteamericano, sea McCain o sea Obama. Felipe Calderón habla de mantener abiertas las puertas de la emigración legal. Pero también se refiere a nuestra obligación de crear oportunidades de trabajo en México. Hablo como mexicano. Los Estados Unidos intervinieron en el desarrollo mexicano durante todo el S. XX y, como consecuencia de ello, la migración laboral es responsabilidad social y humana de México y de los Estados Unidos. FUENTES, Carlos. El País. Madri, 2 mar. 2008. Tribuna. [Adaptado]. 07 - En el primer párrafo, el autor comenta que John McCain – el candidato del Partido Republicano a la presidencia de los Estados Unidos de América – podría a) ganar la elección de noviembre con su oratoria sagrada. b) superar la fuerza de convocatoria de Obama a los mítines. c) mejorar la gestión presidencial desempeñada por Bush. d) demostrar la permisividad que defiende para la inmigración. e) n.d.a. 08 - La iniciativa de ley S-1033 expuesta en el segundo párrafo preveía la a) formación de una bolsa de trabajadores con inmigrantes. b) revisión de los límites territoriales fijados con México. c) eliminación de las posibilidades de reunificación familiar. d) promulgación de medidas persecutorias contra los gringos. e) n.d.a. 09 - En el último párrafo, se comenta que el presidente mexicano, Felipe Calderón, ha dicho que se a) deberá fomentar la emigración para México. b) limará la postura de México hacia los EEUU. c) vetará las salida de los trabajadores mexicanos. d) tendrá que crear en México más empleos. Leia o texto abaixo e responda à questão 26. El lenguaje que nos identifica Preservar nuestra lengua es preservar la libertad de pensamiento, una particular manera de ver la vida, una identidad cultural que trasciende lo lingüístico y abarca los más variados aspectos. No debemos caer en el purismo a ultranza, que nos aísle perjudicando el intercambio en diversos órdenes de la vida, pero tampoco en la molicie, que termine por borrar las huellas del español, el lenguaje que heredamos de la Madre Patria que nos une e identifica con los pueblos hermanos, en valores compartidos, en comunidad de origen, de vida, de desarrollo y de objetivos. PRUVOST DE KAPPES, Mabel. Disponível em: <http://www.educar.org/articulos/ellenguajequenosidentifica.asp>. Acesso em: 2 abr. 2009. (Excerto). 10 - Según la autora, las innovaciones que transformen el castellano en Hispanoamérica han de ser compatibles con la a) autorización que al respecto decida emitir el pueblo de la Madre Patria. b) eliminación de las huellas indicadoras de la sujeción a gustos puritanos. c) manutención de la unidad lingüística entre los países hispanohablantes. d) percepción ulterior que de ellas se desarrolle en el resto del continente. e) n.d.a. Gramática 11 - (ENEM/2012) eu gostava muito de passeá… saí com as minhas colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos… A.P.S., sexo feminino, 38 anos, Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito). nível de ensino fundamental. Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é a) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. b) vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português. c) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. d) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. e) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante. 12 - (ENEM/2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.° 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial. d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. 13 - (ENEM/2012) 15 - (ENEM/2012) Disponível em: www.assine.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). Com o advento da internet, as versões de revistas e livros também se adaptaram às novas tecnologias. A análise do texto publicitário apresentado revela que o surgimento das novas tecnologias a) proporcionou mudanças no paradigma de consumo e oferta de revistas e livros. b) incentivou a desvalorização das revistas e livros impressos. c) viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais. d) aqueceu o mercado de venda de computadores. e) diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos. 14 - (ENEM/2012) NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999 (adaptado). A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adaptações benéficas à saúde de um indivíduo: a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação do sangue. b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em repouso. c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura corporal. d) Diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corporal. e) Diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em repouso. BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São Paulo: Banco Sudameris Brasil, 1989. Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra revela a) liberdade, representando a vida de mineiros à procura da salvação. b) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Minas Gerais. c) simplicidade, demonstrando compromisso com a contemplação do divino. d) personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares. e) singularidade, esculpindo personalidades do reinado nas obras divinas. 16 - (ENEM/2012) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação a ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado). Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica. b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua. c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma. d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos. e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística. 17 - (ENEM/2012) O léxico e a cultura Potencialmente, todas as línguas de todos os tempos podem candidatar-se a expressar qualquer conteúdo. A pesquisa linguística do século XX demonstrou que não há diferença qualitativa entre os idiomas do mundo – ou seja, não há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa ser efetivamente utilizada, essa igualdade potencial precisa realizar-se na prática histórica do idioma, o que nem sempre acontece. Teoricamente, uma língua com pouca tradição escrita (como as línguas indígenas brasileiras) ou uma língua já extinta (como o latim ou o grego clássicos) podem ser empregadas para falar sobre qualquer assunto, como, digamos, física quântica ou biologia molecular. Na prática, contudo, não é possível, de uma hora para outra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou latim, simplesmente porque não haveria vocabulário próprio para esses conteúdos. É perfeitamente possível desenvolver esse vocabulário específico, seja por meio de empréstimos de outras línguas, seja por meio da criação de novos termos na língua em questão, mas tal tarefa não se realizaria em pouco tempo nem com pouco esforço. BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o dicionário da portuguesa. Manual do professor. Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento). língua Estudos contemporâneos mostram que cada língua possui sua própria complexidade e dinâmica de funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na medida em que enfatiza a) a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas, pois o léxico contempla visão de mundo particular específica de uma cultura. b) a existência de línguas limitadas por não permitirem ao falante nativo se comunicar perfeitamente a respeito de qualquer conteúdo. c) a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a gramática de línguas indígenas, se comparados com outras línguas de origem europeia. d) a existência de diferenças vocabulares entre os idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura dos falantes de uma comunidade. e) a atribuição de maior importância sociocultural às línguas contemporâneas, pois permitem que sejam abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades. 18 - (ENEM/2012) Entrevista com Marcos Bagno Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de “haver”, como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”. No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparecem centenas desses usos. Se nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque recebemos esses usos dos nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora. Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português do que em toda a Europa! Informativo Parábola Editorial. s/d. Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão. b) apresenta argumentos carentes de comprovação cientifica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na materialidade do texto. c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados. d) acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa do português europeu. e) defende que a quantidade de falantes do português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador. 19 - (ENEM/2012) Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 20 - (ENEM/2012) Logia e mitologia Meu coração de mil e novecentos e setenta e dois já não palpita fagueiro sabe que há morcegos de pesadas olheiras que há cabras malignas que há cardumes de hienas infiltradas no vão da unha na alma um porco belicoso de radar e que sangra e ri e que sangra e ri a vida anoitece provisória centuriões sentinelas do Oiapoque ao Chuí. erro. E confesso: ele está certo. O certo é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostra-lhes o xerox da página do dicionário com a “varroa” no topo. Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. E o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção” quando não “barrecão”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela mas reclama sempre que o prato está rachado. ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento). De acordo com o texto, após receber a carta de um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário” sinalizando um erro de grafia, o autor reconhece a) a supremacia das formas da língua em relação ao seu conteúdo. b) a necessidade da norma padrão em situações formais de comunicação escrita. c) a obrigatoriedade da norma culta da língua, para a garantia de uma comunicação efetiva. d) a importância da variedade culta da língua, para a preservação da identidade cultural de um povo. e) a necessidade do dicionário como guia de adequação linguística em contextos informais privados. 22 - (ENEM/2012) CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 2002. O título do poema explora a expressividade de termos que representam o conflito do momento histórico vivido pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é correto afirmar que a) o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas com significado impreciso. b) “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as vítimas do regime militar vigente. c) o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os movimentos de resistência. d) o poeta caracteriza o momento de opressão através de alegorias de forte poder de impacto. e) “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes que garantem a paz social experimentada. 21 - (ENEM/2012) Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra num desses meus badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” – do verbo “varrer”. De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário, aquela que tem, no topo, a fotografia de uma “varroa”(sic!) (você não sabe o que e uma “varroa”?) para corrigir-me do meu Capa do LP Os Mutantes, 1968. Disponível em: http://mutantes.com. Acesso em: 28 fev. 2012. A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento da contracultura. O desafio à tradição nessa criação musical é caracterizado por a) letras e melodias com características amargas e depressivas. b) arranjos baseados em ritmos e melodias nordestinos. c) sonoridades experimentais e confluência de elementos populares e eruditos. d) temas que refletem situações domésticas ligadas à tradição popular. e) ritmos contidos e reservados em oposição aos modelos estrangeiros. 23 - (ENEM/2012) TEXTO I A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do diálogo). É esta organização que vai “reger” a veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade ao relato do fato. VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio . Disponível em: www.bocc.ubi.pt. Acesso em: 27 fev. 2012. multimídia TEXTO II A dois passos do paraíso A Rádio Atividade leva até vocês Mais um programa da séria série “Dedique uma canção a quem você ama” Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta Uma carta d'uma ouvinte que nos escreve E assina com o singelo pseudônimo de “Mariposa Apaixonada de Guadalupe” Ela nos conta que no dia que seria o dia mais feliz de sua vida Arlindo Orlando, seu noivo Um caminhoneiro conhecido da pequena e Pacata cidade de Miracema do Norte Fugiu, desapareceu, escafedeu-se Oh! Arlindo Orlando volte Onde quer que você se encontre Volte para o seio de sua amada Ela espera ver aquele caminhão voltando De faróis baixos e para-choque duro… BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento). Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, o Texto II apresenta, em uma letra de canção, a) estilo simples e marcado pela interloculação com o receptor, típico da comunicação radiofônica. b) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de uma possível situação real de comunicação radiofônica. c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto pertencer a uma modalidade de comunicação diferente da radiofônica. d) direcionamento do texto a um ouvinte específico divergindo da finalidade de comunicação do rádio, que e atingir as massas. e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as marcas de subjetividade do locutor. 24 - (ENEM/2012) A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multiplicar em enormes proporções tanto a massa das notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados por elas. Os profissionais têm tendência a considerar esta inflação como automática - mente favorável ao público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem liberal do grande mercado em que cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se abandonam a sua bulimia*, não são realmente nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua busca finaliza em frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação. O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a penúria**, mas a abundância. As sociedades modernas têm a sua disposição muito mais do que necessitam em objetos, informações e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma escolha muito mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de informação devem escolher, uma vez que o homem contemporâneo apressado, estressado, desorientado busca uma linha diretriz, uma classificação mais clara, um condensado do que é realmente importante. (*) fome excessiva, desejo descontrolado. (**) miséria, pobreza VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado). Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante de imagens. A relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o texto, é desarmônica, porque a) o jornalista seleciona as informações mais importantes antes de publicá-las. b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar. c) o problema da sociedade moderna é a abundância de informações e de liberdade de escolha. d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para digerir a quantidade de informação disponível. e) a utilização dos meios de informação acontece de maneira desorganizada e sem controle efetivo. 25 - (ENEM/2012) Cabeludinho Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvir um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve/ que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro. BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003. No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca a) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto. b) a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa. c) a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas. d) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias. e) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem. 26 - (ENEM/2012) lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). TEXTO II Palavras do arco da velha Expressão Signif icado Cair nos braços de Morfeu Dormir Debicar Zombar, ridicularizar Tunda Surra Mangar Tugir Escarnecer, caçoar Murmurar Liró Bem - vestido Lancheoferecido Copo d'água Convescote pelosamigos P iquenique Bilontra Velhaco Treteiro de topete Abriro arco Tratante atrevido Fugir FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). BROWNE, D. Folha de S.Paulo, 13 ago. 2011. As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da a) conformidade, pois as condições meteorológicas evidenciam um acontecimento ruim. b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubarões usando um pronome reflexivo. c) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência. d) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva a suposição do perigo iminente para os homens. e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoa para expressar o distanciamento dos fatos. Na leitura do fragmento do texto Antigamente constatase, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada. 28 - (ENEM/2012) 27 - (ENEM/2012) Aqui é o país do futebol TEXTO I Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Olha o sambão, aqui é o país do futebol [...] No fundo desse país Ao longo das avenidas Nos campos de terra e grama Brasil só é futebol Nesses noventa minutos De emoção e alegria Esqueço a casa e o trabalho A vida fica lá fora Dinheiro fica lá fora A cama fica lá fora A mesa fica lá fora Salário fica lá fora A fome fica lá fora Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo-d’água, se bem que no convescote apenas A comida fica lá fora A vida fica lá fora E tudo fica lá fora SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). E os moços inquietos, que a festa enamora, Derramam-se em torno de um índio infeliz. […] Disponível em: Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba. b) ser apresentado como uma atividade de lazer. c) ser identificado com a alegria da população brasileira. d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol. e) ser associado ao desenvolvimento do país. Literatura 29 - (UFG GO/2012/Libras) Obra exemplar da vertente indianista da poesia brasileira, o poema I - Juca Pirama, de Gonçalves Dias, representa. a) a idealização do indígena no contexto nacionalista brasileiro. b) a formação guerreira do Brasil, com ênfase no elemento indígena. c) o confronto entre o modo de vida indígena e o dos demais tipos de vida no Brasil. d) a tendência de valoração da cultura indígena sobre as diversas culturas brasileiras. e) o caráter natural da origem do povo brasileiro com base na figura do índio. 30 - (UFG GO/2012/Julho) A literatura se articula à realidade, à história e aos fatos, na medida em que ela cria, e até funda, mundos imaginados. Gonçalves Dias, em I – Juca Pirama, ao criar um passado indígena para a nação brasileira, a) configura as personagens do poema a partir de seu convívio com os Timbira. b) retrata a história dos índios antes da colonização, ampliando a informação dos livros dos viajantes. c) representa o povo Timbira, compondo um mundo entre o real e o ficcional. d) recupera princípios da conduta dos Timbira, documentando a imagem cotidiana dessa nação indígena. e) reproduz o quadro de costumes dos índios que viviam no Brasil em sua época. 31 - (UFG GO/2012/Julho) Leia os apresentados a seguir. I As tribos vizinhas, sem força, sem brio, As armas quebrando, lançando-as ao rio, O incenso aspiraram dos seus maracás: Medrosos das guerras que os fortes acendem, Custosos tributos ignaros lá rendem, Aos duros guerreiros sujeitos na paz. No centro da taba se estende um terreiro, Onde ora se aduna o concílio guerreiro Da tribo senhora, das tribos servis: Os velhos sentados praticam d'outrora, trechos Acerva-se a lenha da vasta fogueira, Entesa-se a corda da embira ligeira, Adorna-se a maça com penas gentis: A custo, entre as vagas do povo da aldeia Caminha o Timbira, que a turba rodeia, Garboso nas plumas de vário matiz. DIAS, Gonçalves. I - Juca Pirama. Porto Alegre: LP&M Pocket, 2007. p. 11-12. Glossário: maracás: chocalho usado pelos indígenas em solenidades ignavo: fraco, covarde adunar: reunir embira: cipó usado para amarração maça: bastão ou porrete com que se sacrifica o prisioneiro garboso: elegante, distinto O poema I – Juca Pirama se destaca por representar um painel da cultura indígena. Nos versos transcritos, o elemento desse painel que se evidencia é: a) o confronto entre povos inimigos. b) a preparação de um ritual. c) o modo de vida cotidiano. d) a caracterização dos papéis tribais. e) a relação com a natureza. 32 - (UFG GO/2012/Libras) O herói indianista romântico, retratado em I - Juca Pirama, opõe-se ao herói fantástico, dos contos de Murilo Rubião, pois a) o herói romântico é movido por interesses coletivos e protagoniza ações surpreendentes, enquanto o herói fantástico vivencia a frustração da alteração de sua rotina. b) a certeza e determinação são constitutivas das ações do herói romântico, ao passo que a ambiguidade e a dúvida marcam os atos do herói fantástico. c) o herói romântico é capaz de transformar a si mesmo e à realidade que o rodeia, enquanto o herói fantástico é incapaz de modificar os acontecimentos para reconstruir o mundo segundo a sua vontade. d) a angústia e a solidão movem o herói romântico para um desfecho trágico, ao passo que o herói fantástico aceita o absurdo e a comicidade de sua existência. e) o herói romântico é regido por forças naturais e tem seu comportamento determinado por elas, enquanto o herói fantástico é refém de forças sobrenaturais que o impedem de agir por vontade própria. 33 - (UFPA/2013) Gonçalves Dias foi considerado um dos maiores expoentes da literatura romântica brasileira. Procurando seguir os preceitos do romantismo, intencionou produzir uma poesia capaz de exprimir a independência literária do Brasil. Na condição de poeta, dedicou-se a vários gêneros literários, entre eles à poesia lírica e à poesia indianista. Leia atentamente as estrofes 4, 5, 6 e 7 do canto IV do poema I Juca Pirama, de Gonçalves Dias: Andei longes terras, Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimorés; Vi lutas de bravos, Vi fortes – escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo, Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri. Meu pai a meu lado Já cego e quebrado, De penas ralado, Firmava-se em mi: Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui! Glossário: Aimorés: índios botocudos que habitavam o estado da Bahia e do Espírito Santo Timbiras: Tapuias que habitavam o interior do Maranhão Ignavos: fracos, covardes Piaga: pajé, chefe espiritual Maracá: chocalho indígena utilizado em festas religiosas e cerimônias guerreiras Talados: devastados Acerbo: terrível, cruel Ínvios: intransitáveis Tendo em vista as estrofes acima transcritas, é correto afirmar que a) o índio Tupi descreve as vitórias de sua tribo sobre o colonizador europeu. b) o ritual antropofágico é representado como uma manifestação da barbárie indígena. c) a submissão das nações indígenas pelo homem branco é considerada um processo natural e desejável para o progresso da nova nação independente. d) o ponto de vista a partir do qual se elabora o poema é o do europeu português, que condena as práticas bárbaras e violentas das nações indígenas brasileiras. e) as práticas colonizadoras portuguesas que levaram ao quase extermínio da nação Tupi são julgadas do ponto de vista do próprio índio. 34 - (UFG GO/2012/Libras) No romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o grupo das personagens é composto predominantemente de a) meirinhos, que representavam um dos extremos da cadeia judiciária no reinado de Dom João VI. b) tipos caricatos, que formavam a sociedade carioca no início do século XIX. c) representantes do clero, que se encarregavam das festas religiosas do “tempo do rei”. d) imigrantes, que compunham a classe média do Rio de Janeiro joanino. e) oficiais da milícia, que se mantinham a serviço do rei no chamado “pátio dos bichos”. 35 - (UFG GO/2012/1ª Fase) Manuel Antônio de Almeida situa os acontecimentos narrados em Memórias de um sargento de milícias nas primeiras décadas do século XIX, período em que a sede da monarquia portuguesa se fixou no Brasil. Escrito à moda de uma crônica de costumes, esse romance a) reproduz, em quadros descritivos da sociedade carioca, o contexto histórico de seu tempo narrativo, comparando os aspectos negativos do reinado de D. João VI aos do Brasil de D. Pedro II. b) recria, por meio da crítica às instituições jurídicas e religiosas e da caricatura de seus tipos sociais mais expressivos, o contexto sócio-histórico vigente no Rio de Janeiro do início do século XIX. c) representa, na crítica à situação das personagens negras, o problema da escravidão no Brasil de D. João VI, defendida por setores dominantes da economia colonial e combatida pelos aliados ingleses. d) explicita, no modo como se refere à cultura do povo cigano, o problema da miscigenação resultante do processo de imigração iniciado no século XIX, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil. e) retrata, em imagens da corte joanina, aspectos culturais do Brasil colonial, opondo suas descrições literárias à história visual da vida privada no Brasil apresentada nas gravuras de Debret. 36 - (UDESC SC) Relacione as colunas abaixo, em relação ao romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Relacione as colunas abaixo: Coluna I (1) Ausência de traço idealizante feminino (2) Traço da prosa romântica (3) O anti-herói, o picaresco (4) Possível triângulo amoroso ( ) “Em certas casas os agregados eram muito úteis, porque a família tirava grande proveito de seus serviços, e já tivemos ocasião de dar exemplo disso quando contamos a história do finado padrinho de Leonardo; outras vezes porém e estas eram em maior número, o agregado, refinado vadio, era uma verdadeira parasita que se prendia à árvore familiar, que lhe participava da seiva sem ajudá-la a dar os frutos, e o que é mais ainda, chegava mesmo a dar cabo dela. [...] Em qual dos dous casos estava ou viria a estar em breve o nosso amigo Leonardo? O leitor que o decida pelo que se vai passar.” (p. 85) ( ) “Leonardo ao entrar lançou logo os olhos para a sobrinha de Dona Maria; porém, sem saber por quê, não teve desta vez mais vontade de rir-se; entretanto a menina continuava a ser feia e esquisita; nesse dia estava ainda pior do que os outros. Dona Maria tinha tido pretensões de asseá-la; vestira-lhe um vestido branco muito curto, pusera-lhe um lenço de seda encarnado ao pescoço, e penteara-a de bugres.” (p. 54) ( ) “Afinal de contas a Maria sempre era saloia, e o Leonardo começava a arrepender-se seriamente de tudo que tinha feito por ela e com ela. E tinha razão, porque, digamos depressa e sem mais cerimônias, havia ele desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que era atraiçoado.” (p. 13) ( ) A obra se encerra com um “final feliz”, o que se observa já no título dos dois últimos capítulos: “A morte é juiz” (cap. 47) e “Conclusão feliz” (cap. 48). Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. a) 1 – 3 – 4 – 2 b) 2 – 4 – 3 – 1 c) 2 – 3 – 1 – 4 d) 4 – 1 – 2 – 3 e) 3 – 1 – 4 – 2 37 - (ITA SP/2013) As personagens desta obra, que anunciam um movimento literário posterior, são quase caricaturas de tipos do estrato socioeconômico médio da sociedade da época – o mestre de rezas, a cigana, o barbeiro, dentre outras. Elas agem conforme as necessidades de sobrevivência, sem moralismos ou escrúpulos. As personagens, de certa forma, representam aspectos da cultura brasileira, entre os quais se destaca o “jeitinho brasileiro”. Trata-se de: a) O cortiço, de Aluísio Azevedo. b) O Ateneu, de Raul Pompéia. c) Macunaíma, de Mário de Andrade. d) Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. e) Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. 38 - (ESPM SP/2013/Julho) Os leitores devem estar lembrados de que o nosso antigo conhecido, de quem por algum tempo nos temos esquecido, o Leonardo pataca, apertara-se em laços amorosos com a filha da comadre, e que com ela vivia em santa e honesta paz. Pois este viver santo e honesto deu em tempo oportuno o seu resultado. Chiquinha (era este o nome da filha da comadre), achou-se de esperanças e pronta a dar à luz. Já veem os leitores que a raça dos Leonardos não se há de extinguir com facilidade. (Memórias de Um Sargento de Milícias, Manuel Antonio de Almeida) Baseado no trecho acima e na obra em questão, assinale a afirmação INADEQUADA: a) O fato de o narrador dirigir-se ao leitor caracteriza a metalinguagem e tem a função, nesse caso, de auxiliar na trama do folhetim. b) Publicado originalmente em capítulos semanais, as intervenções do narrador serviam também para aguçar a curiosidade em relação aos acontecimentos futuros. c) A maneira divertida de relatar, comum na obra, pode ser verificada no relacionamento entre Leonardo pataca e Chiquinha: “pronta a dar à luz” como consequência do “viver santo e honesto”. d) Embora a obra prenuncie o Realismo, é possível detectar traços românticos em expressões como “apertara-se em laços amorosos” e “honesta paz”. e) O posicionamento, por vezes irônico, do narrador é confirmado na declaração sobre a suposta dificuldade em livrar-se da “raça dos Leonardos”. 39 - (PUCCamp SP) Elementos importantes da vida no Rio de Janeiro, entre os quais se destacam tipos representativos da sociedade do “tempo do Rei”, ganharam relevo. a) nos contos de Noite na taverna, nos quais Álvares de Azevedo aproxima poeticamente os registros da reportagem e da imaginação. b) no romance Memórias de um sargento de milícias, no qual Manuel Antonio de Almeida se porta como um cronista de costumes. c) na peça Macário, exemplo de como o nosso romantismo ainda imaturo se apropria de temas e linguagens da dramaturgia alemã. d) no romance O Ateneu, pelo qual Raul Pompeia dá voz a seu talento de jornalista investigando documentação do Rio colonial. e) nos contos de Várias Histórias, em que Machado de Assis intensifica seu talento satírico ao criticar duramente os mandatários da cidade. TEXTO - Comum às questões: 40, 41. Considere o trecho adaptado da obra Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida Cumpre-nos agora dizer alguma coisa a respeito de uma personagem que representará no correr desta história um importante papel, e que o leitor apenas conhece, porque nela tocamos de passagem no primeiro capítulo: é a comadre, a parteira que, como dissemos, servira de madrinha ao nosso memorando. Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papamissas da cidade. Era a folhinha mais exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam. A comadre era uma das parteiras mais procuradas da cidade; gozava grande reputação de muito entendida, e ainda nos casos mais graves era sempre a escolhida: com os seus milagrosos bentinhos, a palma benta, a medida de Nossa Senhora, a garrafa soprada, e com a invocação de todas as legiões de santos, de serafins e de anjos livrava-se ela dos maiores apertos. E ninguém lhe fosse dar regras, que as não ouvia, nem do físicomor, se nisso se metesse: era só olhar para uma mulher de esperanças, e dizia-lhe logo sem grande trabalho o sexo, o tamanho do filho que trazia nas entranhas, e com uma pontualidade miraculosa o dia e a hora em que teria de ver-se desembaraçada; até às vezes, por certos sinais que só ela conhecia, chegava a dizer qual seria o gênio e as inclinações do ente que ia ver a luz. Já se vê que esta vida era trabalhosa e demandava sérios cuidados; porém a comadre dispunha de uma grande soma de atividade; e, apesar de gastar muito tempo nos deveres do ofício e na igreja, sempre lhe sobrava algum para empregar em outras coisas. 40 - (Fac. Santa Marcelina SP) Ao afirmar que a comadre era a folhinha mais exata de todas as festas religiosas, o narrador emprega uma metáfora, cujo sentido mais expressivo é a) o fato de a comadre conhecer todas as festas religiosas do lugar. b) a semelhança da comadre com uma folha, por sua leveza. c) a função específica da comadre de coordenar as festas religiosas. d) o problema de a comadre querer ser, nas festas, figura de destaque. e) o defeito da comadre de criticar abertamente as festas religiosas. 41 - (FUVEST) I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise. II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade. Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos: a. Camilo Castelo Branco e José de Alencar. b. Machado de Assis e Miguel Torga. c. Gil Vicente e Nelson Rodrigues. d. Gil Vicente e Martins Pena. e. Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues AMOR DE PERDIÇÃO E Simão Botelho fugindo à claridade da luz e ao voejar das aves, meditando, chorava e escrevia assim as suas meditações: O pão do trabalho de cada dia, e o teu seio para repousar uma hora a face, pura de manchas: não pedi mais ao céu. Ache-me homem aos dezesseis anos. Vi a virtude à luz do teu amor. Cuidei que era santa a paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fogo sagrado. Nunca os meus pensamentos foram denegridos por um desejo que eu não possa confessar alto diante de todo o mundo. Dize tu, Teresa, se os meus lábios profanaram a pureza de teus ouvidos. Pergunta a Deus quando quis eu fazer do meu amor o teu opróbrio. Nunca, Teresa! Nunca, ó mundo que me condenas! Se teu pai quisesse que eu me arrastasse a seus pés para te merecer, beijar-lhos-ia. Se tu me mandasse morrer para te não privar de ser feliz com outro homem, morreria, Teresa! in: CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de Perdição – A Brasileira de Prazins. São Paulo p. 151. 42 - O autor da obra em excerto é: a. Camilo Castelo Branco b. Miguel Torga. c. Nelson Rodrigues. d. Martins Pena. e. Rodrigues Lapa. 43 - Publicado em 1862, o romance Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, se caracteriza pela passionalidade do narrador e dos personagens, particularmente Simão Botelho e Teresa de Albuquerque. Perseguindo o mito do amor a dois, do amor que desafia a lei social, mas que é vencido pela morte, o romance de Camilo se inscreve em qual dos mitos da literatura ocidental? a) Don Juan. b) Fernando e Isaura. c) O Santo Graal. d) Romeu e Julieta. e) Casa nova. 44 - (EFOA MG) Leia atentamente a proposição: O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mal na nossa sociedade. (Eça de Queirós. In: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo: Liceu, 1969. p. 207) O texto de Eça de Queirós reúne alguns princípios básicos do Realismo. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está em conformidade com as definições do romancista português: a) O Realismo foi marcado por um forte espírito crítico e assumiu uma atitude mais combativa diante dos problemas sociais contemporâneos. b) Em oposição à idealização romântica, o escritor realista procurou descobrir a verdade de seus personagens, dissecando-lhes o comportamento. c) O autor realista retratou com fidelidade a psicologia do personagem, demonstrando um interesse maior pelas fraquezas humanas e pelos dramas existenciais. d) As preocupações psicológicas da prosa de ficção realista levaram o romancista a uma conscientização do próprio “eu” e à manifestação de sua mais profunda interioridade. e) O sentido de observação e análise vigente no Realismo exigiu do escritor uma postura racional e crítica diante das contradições do homem enquanto ser social. 45 - Todas as freiras do convento são possuidoras de vícios; em uma crítica acerba contra o clero ( e o poder dominante), Eça de Queiroz não poupa palavras em O crime do Padre Amaro. Assinale a alternativa que não está de acordo com esta afirmativa: a) A prioresa é a maior intriguista do convento; b) Por seu turno, a prelada oferece “papel, tinta, obreias e o meu quarto, se para lá quiser ir escrever.”; c) Além de glutona, a prelada não dispensava uma agulhada contra as noviças e freiras do convento; d) A madre escrivã tomava um “copinho de certo vinho estomacal com que todas as noites era brindada”. e) Enquanto foi nova, a prioresa foi a que mais escândalos dava na casa. Arte 46 - Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA. a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam movimentos diferentes c) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame Bovary e) Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros 47 - Entre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin ( 1840 – 1917), cuja a produção causou polêmicas. De acordo com O Realismo: a) os estudos fisionômicos do homem e os estudos da natureza de Rodin acabaram não sendo notadas em seus trabalhos encomendados, respeitava o pedido de seus clientes, deixando os satisfeitos , mas o artista em si, frustrado. b) a escultura do período realista não se preocupa com a realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como são. c) se aproximava da idealização de beleza da antiguidade clássica. d) a escultura realista favoreceu a Igreja, podendo financiar grandiosas obras para a retomada da cristianização da Europa. e) a escultura retoma os materiais antigos e nobres como o mármore. 48 - Observe as imagens e identifique a que melhor caracteriza o realismo: a( ) b( ) c( ) d( ) e( ) 49 - A arquitetura do século XIX passou por modificações para atender uma nova sociedade, com novas necessidades urbanas. Marque a afirmação correta: a) Se basearam no neoclássico para a realização de majestosos monumentos em homenagem aos Reis. b) Com um industrialização crescente, o uso de novos materiais, a arquitetura perde o sentido de embelezamento,mas também não ganha funcionabilidade, ela cai em desuso c) A arquitetura realista projeta construções para a aristocracia que se preocupa com a nova imagem que as cidades estão tomando. d) A modernidade traz novas necessidades urbanas e sociais, não há necessidade de imensos palácios e templos, mas sim de, ferrovias, armazéns, áreas residenciais, hospitais, bibliotecas e escolas para atender a crescente população que sai do campo. e) As modificações mais visíveis são nos materiais usados nas construções, mas o estilo continua o mesmo, preservando a beleza histórica. 50 - Sobre a pintura Realista podemos afirmar: a) era um constante estudo das formas e cores, lembrando muito a preocupação com a idealização da beleza. b) que a intenção do realismo seria retratar a beleza da vida urbana na Europa do séc XIX c) era o retorno à preocupação com a alma e com as questões da Igreja, a volta da monarquia e a Realeza. d) se dedica única e exclusivamente a ornamentar os palacetes da burguesia e) era acima de tudo, a representação da realidade, com um rigor de um cientista em pleno ato de pesquisa. 51 - Considere “O Naturalismo é uma ramificação do Realismo e uma das suas principais características é a retratação da sociedade de uma forma bem objetiva. Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais.” Cristina Gomes Marque a alternativa que melhor define o NATURALISMO. a) é compreendida como uma observação total da natureza, não há preocupação técnica ou científica. b) por serem contos idealizados, os textos realistas se apegam a mitologia. c) um gênero literário que apesar da liberdade ao expressar o cotidiano, real, ainda se perde na necessidade de referências clássicas. d) os romances naturalistas eram cheios de recato e pudor, estava sempre cerdcado pelo manto do sagrado. e) é uma escola literária que baseava-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente, não por idealizações. 52 - No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo. “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.” ASSIS, Machado de. Memórias Rio de Janeiro: Jackson, 1957. Póstumas de Brás Cubas. a) era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça... b) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno c) o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. d) autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas... e) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos... c( ) d( ) 53 - Seguindo os preceito do Realismo, qual dessas imagens não corresponde: e( ) a( ) c( ) b( ) d( ) 55 - O Realismo no Brasil teve notoriedade com os trabalhos de Almeida Junior. Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet. e( ) 54 - Sobre a pintura realista no Brasil, indo contra tudo o que o Romantismo primava. As estéticas românticas, estavam extremamente associadas ao modo de vida e o cotidiano da corte do Segundo Império, O Realismo brasileiro nasce com um olhar para a vida no campo, a simplicidade que contrasta com o árduo trabalho nas lavouras. Assinale o que não se enquadra dentro da estética realista. a( ) b( ) Assim podemos afirmar: a) A temática central das obras de Almeida Junior está cercada pela vida no campo, captando a essência do cotidiano ruralista brasileiro, tema que até então não havia sido explorado dentro das academias. b) Seguia a força crítica da literatura, a temática de Almeida Junior estava ligada a negação pompa e formalidade romântica. c) A idealização de uma beleza nacional, de como uma brasileira bonita era, seus desejos e encantos pelo Brasil são notórios em suas obras. d) Uma tentativa de cópia estilística do que já havia sido sucesso na Europa. e) As representações de Almeida Júnior estão mais para o Naturalismo literário do que propriamente o realismo. Matemática 56 - Se (m 2, 2n) e (3n, m 3) representam o mesmo ponto no plano cartesiano ortogonal, então o produto m n é igual a a) 0. b) 1. c) 5. d) 6. e) n.d.a. 57 - Sejam os pontos A(3,2) e B(5,4). A medida do segmento de reta AB é a) 2 10 b) 6 c) 4 2 d) 2 7 e) 2 6 58 - Sabe-se que a reta 2x – y + 4 = 0 passa pelo ponto médio do segmento que une os pontos A(2k, 1) e B(1, k). O valor de k é: a) 3 b) –3 c) –2 d) 2 e) 0 59 - Considere a figura abaixo: y N M 45º 1 x O comprimento do segmento MN é: a) 2 1/ 2 b) 2 1 c) 2 1 2 d) 1 2 2 e) 2 1 60 - Sejam A e B dois pontos da reta de equação y = 3x + 5, que distam cinco unidades da origem. Então, a soma das ordenadas de A e B é: a) 1 b) 5 c) 0 d) -3 e) -4 61 - Seja P = (a,b) um ponto no plano cartesiano tal que 0 < a < 1 e 0 < b < 1. As retas paralelas aos eixos coordenados que passam por P dividem o quadrado de vértices (0,0), (2,0), (0,2) e (2,2) nas regiões I, II, III e IV, como mostrado nesta figura: Considere o ponto Q a 2 b 2 , ab . Então, é CORRETO afirmar que o ponto Q está na região a) I. b) II. c) III. d) IV. e) n.d.a. 62 2 Pelo vértice da curva y = x – 4x + 3, e pelo ponto onde a mesma encontra o eixo das ordenadas, passa uma reta que define com os eixos um triângulo de área: a) 2 11 b) 4 3 c) 4 d) 3 9 e) 4 63 – Os pontos A(3,1), B(4,-2) e C(x,7) são colineares. O valor de x é igual a: a) 1 b) 2 c) 5 d) 6 e) 7 64 - A área do triângulo , cujos vértices são (1,2), (3,4) e (4,-1), é igual a : a) 6 b) 8 c) 9 d) 10 e) 12 65 - A área delimitada pelos eixos x 0 , y 0 e pelas retas x y 1 e 2x y 4 é: a) 3 b) 2 c) 3,5 d) 2,5 e) 1,5 66 - Sendo S a área da superfície de uma célula esférica, V o volume da célula e k uma constante numérica, pode-se escrever V em função de S como V(S) kS S . 2 Dados: S = 4 R V 4 R 3 3 1 6 1 e) 8 d) 71 - Um recipiente com água tem, internamente, o formato de um cilindro reto com base de raio R cm. Mergulhando nesse recipiente uma esfera de metal de Nas condições dadas, o valor de k é igual a: a) b) c) 1 3 1 raio r cm, o nível da água sobe 9R cm . Qual é o raio 16 dessa esfera? 6 2 3 d) 3 e) 6 67 - A razão entre os volumes de uma esfera de raio “R” e um cilindro eqüilátero de raio “2R” é: a) 3/4 b) 2/3 c) 1/5 d) 1/6 e) 1/12 a) r b) r c) r d) r e) r 3R cm 4 9R cm 16 3R cm 5 R cm 2 2R cm 3 68 - A razão entre a área de uma superfície esférica e a do cubo circunscrito é: a) 72 - A razão entre o volume da esfera de raio a e do cubo de aresta é: b) a) c) d) e) 6 3 4 8 9 69 - Considere um cone circular reto e um cilindro circular reto, ambos com diâmetro da base igual a 12 cm e também uma esfera com diâmetro de 12 c, todos com volumes iguais. A altura do cone e a altura do cilindro devem ser respectivamente iguais a: a) 12 cm e 4 cm b) 30 cm e 10 cm c) 24 cm e 8 cm d) 9 cm e 3 cm e) 18 cm e 6 cm 70 - As esferas E1 e E2 são tais que o diâmetro de E1 é igual ao raio de E2. A razão entre os volumes de E1 e E2, nessa ordem, é: 1 a) 2 1 b) 3 1 c) 4 b) c) d) e) 3 4 3 4 4 3 3 4 4 3 73 - Numa festa há n pessoas. Sabendo que todas se abraçaram ao chegar e que foram trocados 190 abraços, o valor de n é: a) 20 b) 22 c) 25 d) 24 e) 32 74 - Ao chegarem a um hotel 9 pessoas encontraram 3 quartos com 3 camas em cada um. De quantas maneiras elas poderão se acomodar? Marque a alternativa correta a) 1690 b) 1680 c) 1234 d) 1780 e) 3456 75 - Numa empresa foram selecionadas 7 pessoas que deverão ocupar 1 cargo de diretor e 6 cargos de chefia. De quantas formas os cargos poderão ser ocupados? Marque a alternativa correta a) 45 b) 7 c) 67 d) 43 e) 12 76 - Por ocasião dos festejos da Semana da Pátria, uma escola decidiu exibir seus melhores atletas e as respectivas medalhas. Desses atletas, em número de oito e designados por a1, a2, a3, …, a8, serão escolhidos cinco para, no momento do desfile, fazerem honra à Bandeira Nacional. Do total de grupos que podem ser formados, em quantos o atleta a2 estará presente? a) 39 b) 34 c) 37 d) 35 e) 67 77 - (FGV) Uma urna contém 50 bolinhas numeradas de 1 a 50. Sorteando-se uma bolinha, a probabilidade de que o número observado seja múltiplo de 8 é: a) 3/25 b) 7/50 c) 1/10 d) 8/50 e) 1/5 78 - No lançamento de um dado não viciado o resultado foi um número maior do que 3, qual é a probabilidade de esse ser um número par? a) 1/6 b) 1/2 c) 1/3 d) 2/5 e) 2/3 79 - Numa comunidade de 1000 habitantes, 400 são sócios de um clube A, 300 de um clube B e 200 de ambos. Escolhendo-se uma pessoa ao acaso, qual a probabilidade dessa pessoa ser sócia de A ou de B? a) 75% b) 60% c) 50% d) 45% e) 30% d) 4/7 e) 5/7 82 - Um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos ocupados. A probabilidade de cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento ocupado é: a) 2/5 b) 3/5 c) 1/2 d) 1/3 e) 2/3 83 - (VUNESP) Dois jogadores, A e B vão lançar um par de dados. Eles combinam que, se a soma dos números dos dados for 5, A ganha, e, se essa soma for 8, B é quem ganha. Os dados são lançados. Sabe-se que A não ganhou. Qual a probabilidade de B ter vencido? a) 10/36 b) 5/32 c) 5/36 d) 5/35 e) não se pode calcular 84 - Se num grupo de 10 homens e 6 mulheres sorteamos 3 pessoas para formarem uma comissão, qual a probabilidade de que essa comissão seja formada por 2 homens e 1 mulher? a) 3/56 b) 9/56 c) 15/56 d) 27/56 e) 33/56 Dados da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (ANTU) mostram que o número de passageiros transportados mensalmente nas principais regiões metropolitanas do país vem caindo sistematicamente. Eram 476,7 milhões de passageiros em 1995, e esse número caiu para 321,9 milhões em abril de 2001. Nesse período, o tamanho da frota de veículos mudou pouco, tendo no final de 2008 praticamente o mesmo tamanho que tinha em 2001. O gráfico a seguir mostra um índice de produtividade utilizado pelas empresas do setor, que é a razão entre o total de passageiros transportados por dia e o tamanho da frota de veículos. 80 - Uma pessoa joga uma moeda quatro vezes, qual a probabilidade de sair CARA nas quatro jogadas? a) 1/2 b) 1/4 c) 1/8 d) 1/16 e) 1 81 - (UPF) - Uma urna contém 3 bolas brancas e 4 bolas pretas. Tira-se, sucessivamente, 2 bolas. Então a probabilidade das bolas serem da mesma cor, é: a) 1/7 b) 2/7 c) 3/7 Disponível em: http://www.ntu.org.br. Acesso em 16 jul. 2009 (adaptado). Supondo que as frotas totais de veículos naquelas regiões metropolitanas em abril de 2001 e em outubro de 2008 eram do mesmo tamanho, os dados do gráfico permitem inferir que o total de passageiros transportados no mês de outubro de 2008 foi aproximadamente igual a a) 355 milhões. b) 400 milhões. c) 426 milhões. d) 441 milhões. e) 477 milhões. 85 - (ENEM/2009) A suspeita de que haveria uma relação causal entre tabagismo e câncer de pulmão foi levantada pela primeira vez a partir de observações clínicas. Para testar essa possível associação, foram conduzidos inúmeros estudos epidemiológicos. Dentre esses, houve o estudo do número de casos de câncer em relação ao número de cigarros consumidos por dia, cujos resultados são mostrados no gráfico a seguir. Centers for Disease Control and Prevention CDC-EIS Summer Course – 1992 (adaptado). De acordo com as informações do gráfico, a) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas inversamente proporcionais. b) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas que não se relacionam. c) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas diretamente proporcionais. d) uma pessoa não fumante certamente nunca será diagnosticada com câncer de pulmão. e) o consumo diário de cigarros e o número de casos de câncer de pulmão são grandezas que estão relacionadas, mas sem proporcionalidade. 86 - (ENEM/2009) Brasil e França têm relações comerciais há mais de 200 anos. Enquanto a França é a 5ª nação mais rica do planeta, o Brasil é a 10ª, e ambas se destacam na economia mundial. No entanto, devido a uma série de restrições, o comércio entre esses dois países ainda não é adequadamente explorado, como mostra a tabela seguinte, referente ao período 20032007. Investimentos B ilaterais (em milhõesde dólares) Ano Brasil na França França no Brasil 2003 367 825 2004 2005 357 354 485 1.458 2006 539 744 2007 280 1.214 Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 7 jul. 2009. Os dados da tabela mostram que, no período considerado, os valores médios dos investimentos da França no Brasil foram maiores que os investimentos do Brasil na França em um valor a) inferior a 300 milhões de dólares. b) superior a 300 milhões de dólares, mas inferior a 400 milhões de dólares. c) superior a 400 milhões de dólares, mas inferior a 500 milhões de dólares. d) superior a 500 milhões de dólares, mas inferior a 600 milhões de dólares. e) superior a 600 milhões de dólares. 87 - (ENEM/2009) Uma cooperativa de colheita propôs a um fazendeiro um contrato de trabalho nos seguintes termos: a cooperativa forneceria 12 trabalhadores e 4 máquinas, em um regime de trabalho de 6 horas diárias, capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao custo de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$ 1.000,00 pelo aluguel diário de cada máquina. O fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a cooperativa colhesse 180 hectares de milho em 6 dias, com gasto inferior a R$ 25.000,00. Para atender às exigências do fazendeiro e supondo que o ritmo dos trabalhadores e das máquinas seja constante, a cooperativa deveria a) manter sua proposta. b) oferecer 4 máquinas a mais. c) oferecer 6 trabalhadores a mais. d) aumentar a jornada de trabalho para 9 horas diárias. e) reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel diário de uma máquina 88 - (ENEM/2009) Um artesão construiu peças de artesanato interceptando uma pirâmide de base quadrada com um plano. Após fazer um estudo das diferentes peças que poderia obter, ele concluiu que uma delas poderia ter uma das faces pentagonal. Qual dos argumentos a seguir justifica a conclusão do artesão? a) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 arestas laterais e a interseção de um plano com a pirâmide intercepta suas arestas laterais. Assim, esses pontos formam um polígono de 4 lados. b) Uma pirâmide de base quadrada tem 4 faces triangulares e, quando um plano intercepta essa pirâmide, divide cada face em um triângulo e um trapézio. Logo, um dos polígonos tem 4 lados. c) Uma pirâmide de base quadrada tem 5 faces e a interseção de uma face com um plano é um segmento de reta. Assim, se o plano interceptar todas as faces, o polígono obtido nessa interseção tem 5 lados. d) O número de lados de qualquer polígono obtido como interseção de uma pirâmide com um plano é igual ao número de faces da pirâmide. Como a pirâmide tem 5 faces, o polígono tem 5 lados. e) O número de lados de qualquer polígono obtido interceptando-se uma pirâmide por um plano é igual ao número de arestas laterais da pirâmide. Como a pirâmide tem 4 arestas laterais, o polígono tem 4 lados. 89- (ENEM/2009) João deve 12 parcelas de R$ 150,00 referentes ao cheque especial de seu banco e cinco parcelas de R$ 80,00 referentes ao cartão de crédito. O gerente do banco lhe ofereceu duas parcelas de desconto no cheque especial, caso João quitasse esta dívida imediatamente ou, na mesma condição, isto é, quitação imediata, com 25% de desconto na dívida do cartão. João também poderia renegociar suas dívidas em 18 parcelas mensais de R$ 125,00. Sabendo desses termos, José, amigo de João, ofereceu-lhe emprestar o dinheiro que julgasse necessário pelo tempo de 18 meses, com juros de 25% sobre o total emprestado. A opção que dá a João o menor gasto seria a) renegociar suas dívidas com o banco. b) pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação das duas dívidas. c) recusar o empréstimo de José e pagar todas as parcelas pendentes nos devidos prazos. d) pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação do cheque especial e pagar as parcelas do cartão de crédito. e) pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação do cartão de crédito e pagar as parcelas do cheque especial. 90 - João comprou dois potes de sorvete, ambos com 1 litro do produto. Um dos potes continha quantidades iguais dos sabores coco, baunilha, flocos e chocolate, e o outro, quantidades iguais dos sabores flocos, morango e ameixa. Nessa compra, a fração correspondente à quantidade de sorvete sabor flocos foi de: a) 7/12 b) 5/12 c) 7/24 d) 5/24 e) 7/6