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SOLTANDO A LÍNGUA COM AS FÁBULAS: DESENVOLVENDO A ORALIDADE.
Autor 1, Supervisor 2, Coordenador de Área 3.
SILVA, Maiara Mozzini Almeida da Silva1; MEDEIROS, Rosana da Silva Lopes2; LUIZ,
Nilza Souza Bom 3.
Faculdades Adamantinenses Integradas – FAI
Subprojeto: PEDAGOGIA
RESUMO
O presente artigo alude ao ensino da oralidade e vêm de forma assistencial revelar as
contribuições ocasionadas pelo teatro no desenvolvimento e formação do educando do ensino
fundamental no decorrer dos anos iniciais na perspectiva do oral, considerando que este
indivíduo esta em amplo desenvolvimento linguístico e em plena fase de extroversão, mas da
qual, muitos dos discentes “entram mudos e saem calados”. Entretanto, deve-se considerar
que o estudante é um ser que pensa, sente e faz, sendo possível, através do ambiente escolar, e
com a participação dos familiares que a arte teatral, dentro desta atmosfera seja uma estratégia
eficaz no desenvolvimento da oralidade. Esta laboração visa, ainda, analisar algumas das
diversas formas de trabalhar a oralidade na sala de aula, enfatizando as limitações e
destacando as estratégias para o uso desta habilidade linguística, ou seja, salientando que o
teatro, neste caso, vem a se tornar um mediador, estimulando o aprendizado, não unicamente
de conteúdos específicos da área, como também de competências e habilidades preparatórias a
vida cotidiana. A fábula foi empregada como base textual e adaptada para teatro, por ser
considerada uma narrativa curta, em prosa ou em verso, de fácil leitura e compreensão e por
apresentar uma moralidade ao seu final, ampara o desenvolvimento não apenas pelo quesito
ao gosto pela leitura, mas também preparar o discente quanto a valores importantes, como a
moral. Além disso, faz parte do conteúdo programático a ser desenvolvido durante o ano
letivo. Abordando e evidenciando que a oralidade na dependência do lecionando, coopera e
promove a interação entre os acadêmicos, que desfrutam de opiniões divergentes e
igualitárias, acentuando assim alguns pontos que conduzirão no aporte do aprimoramento e
desenvolvimento intelectual dos discentes. Neste sentido, o domínio da linguística só
irárealizar-se por intermédio das interações entre escola, professor e aluno. Seja no aspecto
pedagógico ou no artístico, assistido ou encenado, o teatro tem o papel de auxiliar o educando
em seu crescimento cultural e em sua formação como indivíduo, considerando que a escola é
um espaço de conhecimento e de aprendizagem fundamentais para a expansão perceptiva do
mesmo. Portanto, o objetivo aqui será o de abarcar e contribuir, para que a oralidade dentro da
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sala de aula caminhe para se tornar um meio que possibilite a aprendizagem em sua forma
integral, possibilitando o seu desenvolvimento por meio de atividades teatrais.
Palavras-chave: Oralidade, teatro, fábula, educando, desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
A temática oralidade vem sendo alvo de questionamentos feitos por profissionais da área
educacional, afinal o prestígio e a qualidade da linguagem oral, é algo não observado nas
instituições de ensino, basicamente por aquelas dos anos iniciais. Por ser considerada uma das
fases mais importantes do aprendizado do escrito e do oral, na qual a criança se encontra em
desenvolvimento pleno de suas habilidades, as quais, se não incorporadas nesta fase,farão
falta nos anos subsequentes e poderão trazer aos discentes dificuldades relevantes, as quais
deixarão marcas inevitáveis em sua vida adulta.
Muitas das instituições de ensino de nosso país enfatizam somente a questão da escrita e da
gramática, esquecendo-se de que a expressão oral é um dos elementos mais utilizados pelos
indivíduos, sendo algo apresentado a nós seres humanos antes mesmo de ingressar na vida
escolar.
A questão da oralidade não ser trabalhada frequentemente nas dependências escolares, uma
vez que esta deve envolver a visão de mundo do educador, faz-nos pensar que trabalhar o oral
vai muito além de conversas, devendo se apresentar situações reais que poderão um dia vir a
enfrentar e mostrando a ele o tipo de linguagem que esta situação vai lhe exigir, até porque a
linguagem não é algo homogêneo.
Durante as séries iniciais, o discente experimenta e segue se aperfeiçoando as diferentes
formas de se expressar, faça-se ela através da linguagem oral ou da linguagem escrita,
gerando assim condições de passar para uma nova fase, etapa na qual o escolar carece por
realizar apresentações em publicou no meio social escolar.
Levando em conta este objeto de estudo, o teatro aparece como instrumento pedagógico,
ganhando força e fundamentando-se como prática educacional do século XIX, relacionandose quase que exclusivamente com o desenvolvimento da oralidade e das capacidades
expressivas do conjunto corpo e voz. Inclusive, devemos aceitar que este gênero está mais
presente na vida do discente do que qualquer outro, como por exemplo, o gênero carta, pois se
sabe que a apresentação teatral promove a oralidade oportunizando a forma de expressão oral,
consequentemente auxiliando a compreensão da escrita.
III
De acordo com Reverbel ( 1989) “Nosso objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um alunopintor ou um aluno-compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o mundo, a si
próprio e a importância da arte na vida humana.”
Nesse contexto realizou-se um estudo com os alunos do terceiro ano da escola EMEF Prof.
Eurico Leite de Morais, fazendo-se uma diagnose, dinâmicas e ensaios teatrais, objetivandose o desenvolvimento e ampliação da oralidade no ambiente escolar. Para tanto se utilizou a
encenação de fábulas como forma de liberdade de expressão, servindo de grande ferramenta
para o professor desenvolver em seus educandos a oralidade.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Considerando que o presente se atentou em interpelar a influência do trabalho com a oralidade
em sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamental e o quanto se faz necessário propiciar
aos alunos atividades especificas a competência oral; desenvolveram-se atividades,com as
quais se pretendeu verificar as dificuldades reais e iniciais da sala, para que com isso se
pudesse fazer uma análise de como o projeto deveria transcorrer.
Por conseguinte as atividades principiaram-se com a aplicação de uma sondagem (Anexo A),
baseada nos conhecimentos adquiridos pela leitura de artigos científicos presentes em meios
de comunicação (internet), juntamente com analise do material do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), programa que tem como compromisso formal
assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar
que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do
ensino fundamental. Preliminarmente conheceram-se os requisitos pertinentes a um adequado
nível de desenvolvimento da oralidade para um terceiro ano do ensino fundamental, podendo
assim, instituírem-se os pontos que se faziam essenciais para a investigação que se executaria.
À vista disso, ao grupo escolar em questão, solicitou-se a escolha de uma obra infantil,
prioritariamente fábulas, por ser o conteúdo do teatro a ser apresentado pelos educandos,
podendo tal obra literária de cunho infantil ser levada para a residência do aluno, o qual
deveria por si só, ou com a ajuda de um adulto, ler a obra, recontando-a posteriormente aos
bolsistas do PIBID/FAI, para que assim fossem reconhecidas as dificuldades orais de cada um
e da sala em conjunto.
Seguidamente a realização da sondagem ocorreu na sala de leitura do ambiente escolar na
qual se observou que por timidez, pela não leitura da obra escolhida, ou ainda, pela
preocupação de não se saber relatar o exemplar optado com facilidade, alguns lecionandos
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recusaram-se a fazer o reconto. Neste momento, ficou evidente a carência de uma alteração
estratégica, então foi requerida aos mesmos a narração de outra obra qualquer, por eles
conhecida. Analisando os dados coletados, os observadores entenderam que em boa parte os
discentes estão confinados em si mesmos,ocasionando a sua dicção não clara, em timbres
pouco auscultáveis necessários para a adução de um teatro.
Foto 1: Sondagem
Diagnosticadas e analisadas as dificuldades, discutiu-se sobre as possíveis atividades
aplicáveis para o momento, onde os discentes pudessem prosperar o seu acanhamento e seu
linguajar. Foram propostas atividades como a do “telefone sem fio” (Anexo B), atentando-se
quanto à memorização do que lhe foi transmitido, sua sequência aos demais ali presentes e
ainda como as frases chegariam ao receptor final, até porque estas foram elaboradas num grau
de dificuldade crescente, das com poucas palavras e sem complexidade, até as mais
elaboradas com maior grau de dificuldade.
Adjacente à proposta anterior, o terceiro ano ouviu a fábula “O homem, o menino e o
burro”(anexo C - Fábula) proferida por três vezes em voz alta. Posteriormente, pediu-se a eles
que organizassem as ilustrações relativas à história, que foram apresentadas em forma de
quadros e contendo os fatos principais da fábula. A atividade exigia a memorização da
sequência lógica dos fatos e, ainda, a capacidade de exposição coerente da história.
V
Foto 2: Organização das imagens
Foto 3: Organização das imagens
Num outro momento procedeu-se à “Roda de conversa”, dinâmica coletiva que oportuniza a
expressão de pensamentos, ampliando a competência comunicativa, por fazer uso da
linguagem prazerosamente, provocando o aprendizado do ouvir o outro e ampliando a
oralidade por ser um momento de relato. Usou-se como mote da roda de conversa objetos do
gosto das crianças e que tivessem alguma importância em suas vidas. Com o objeto em mãos
eles deveriam expressar seu conhecimento, vivência e sentimentos em relação ao mesmo,
construindo um entrosamento e aproximando-os e gerando integração entre os discentes.
Foto 4: Roda de conversa
A dinâmica da mímica foi utilizada por trabalhar a imaginação, criatividade e memória dos
educandos, lembrando que tanto para uma encenação, como para o ambiente escolar,essas são
requisitos ou habilidades necessárias a uma criança em fase de formação, por provocar através
dos gestos, das expressões corporais, o desenvolvimento pleno do indivíduo, sendo, portanto,
uma forma diferenciada de comunicação, de expressão de pensamentos, sentimentos, de
relacionar-se com o outro, estimulando o movimento, a atenção, configurando-se como uma
linguagem dinâmica, flexível e essencial para todos os seres humanos. Nesta atividade foram
representados pelos discentes do terceiro ano do ensino fundamental, profissões, brincadeiras
e animais. (anexo D – Mímica).
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Após a realização das atividades supracitadas, iniciou-se o trabalho com as fábulas A lebre e a
tartaruga e O ratinho, o galo e o gato (Anexo E – Teatros), reescritas e adaptadas pela
professora, as quais foram entregues aos discentes já em forma de teatro o que provocou
nestes, animação e euforia. A partir desse momento puderam-se iniciar os ensaios teatrais,
antecedidos pela leitura teatralizada e escolha dos alunos para os papéis.
Foto 5 e 6: Entrega teatros e leitura.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A prática teatral no ambiente escolar, mais especificamente com uma sala de terceiro ano do
ensino fundamental, acarreta uma série de vantagens, provocando no discente o aprendizado
do improvisar, o desenvolvimento da vivacidade corporal, a melhoria na impostação de voz,
proporciona o entrosamento com os demais alunos e, junto a estas, auxilia o desenvolvimento
linguístico, incentivando a leitura e propiciando o contato com obras clássicas como as
fábulas, trabalhando a cidadania, ética, sentimentos, interdisciplinaridade; ajudando-os a
desinibirem-se e a adquirirem autoconfiança.
Enfim, incontáveis são as vantagens de se empregar o teatro para desenvolver a oralidade.
Comprova-se dita afirmação através dos resultados obtidos ao longo do desenvolvimento do
projeto. Primeiramente, notou-se que no transcorrer das primeiras atividades os educandos
conservavam-se extremamente tímidos, não se interessando em participar, com recusas para
estabelecer diálogo com os bolsistas e até mesmo com colegas de sala e, quando
questionados, procuravam responder somente o necessário por meio de respostas
monossilábicas.
Os primeiros contatos serviram para diagnosticar os problemas quanto a questão do nível de
desenvolvimento da oralidade através da sondagem. A organização dos dados colhidos
explicitaram graficamente que os discentes em sua abundante maioria, dispõem de adstrito
VII
desenvolvimento da oralidade no que tange a entonação da voz, ritmo ao falar, postura
adequada, entre outros, mostrados claramente no gráfico a seguir.
SONDAGEM: ORALIDADE
14
12
10
8
6
4
2
0
SIM
NÃO
PARCIALMENTE
Gráfico 1: Resultado sondagem
Para elevar as habilidades concernentes ao eixo oralidade primou-se pela elaboração de
dinâmicas capazes de estimular e desencadear a fala, a comunicação e expressão verbal e não
verbal. Com a realização da atividade “Telefone sem fio” que tinha por finalidade facilitar a
comunicação e o relacionamento com respeito e responsabilidade, atinou-se que os discentes,
por ansiedade em verbalizar o que lhes foi transmitido no ouvido, mostraram-se desligados
quanto ao conteúdo proferido, ou ainda, por conta de seu acanhamento, as frases eram
distorcidas ou esquecidas chagando com muitas falhas ao final da fila. Foi ressaltada para os
alunos a responsabilidade em se memorizar o que lhes foi dito e em transmitir de maneira
correta e em tom de voz adequado.
Por saber que a oralidade difere-se da escrita, em especial, porque se realiza de outra forma,
aprendemos, desde muito cedo, a socializar saberes, informações, emoções e aprendemos a
conversar, destacando que para o desenvolvimento humano da linguagem, a fala é sua
primeira revelação cultural e por isso deve ser trabalhada no ambiente escolar. Deste modo,
desenvolveu-se a atividade com a fábula “O homem, o menino e o burro”, na qual havia a
preocupação de fazer com que os discentes, além de organizar a sequência lógica dos fatos da
fábula por meio das imagens, também fossem verbalizando a história ouvida previamente.
Notou-se que alguns acertaram logo de primeira, outros ainda se enrolaram diante dos
VIII
quadros, mas ao verbalizar a história iam percebendo os enganos. Em suma, pode-se ver que
os discentes já demonstraram mais vontade em falar e expor, mesmo com erros os fatos
relatados, o que demonstra que no momento de apresentação já se sentiram autoconfiantes o
bastante para a realização de uma exposição oral.
Quanto à dinâmica da mímica, escolheu-se por ser considerada uma das modalidades mais
primitivas de auto expressão e por ser uma forma representativa básica do homem, muita
usada para comunicação, entretenimento ou ainda para fins educativos. Em consequência
disso eleger-se-á, como estimulo a desinibição dos educando, os quais se mostraram
desembaraçados, e caracterizando quase que fielmente o animal, profissão ou jogo por ele
sorteado, deixando a dinâmica ainda mais divertida. De acordo com BOAL ( 1985, p. 95) a
mímica “é o conhecido jogo “diga isso por mímica”, no qual se formam duas equipes. A
primeira propõe a um dos elementos da segunda o titulo do filme, o nome de um político ou
uma frase recentemente pronunciada por um demagogo qualquer ou por um político popular”.
Após, trabalhadas as dinâmicas embasadas na oralidade e no teatro, as aulas subsequentes
foram dedicadas à montagem do espetáculo, com marcações de cena em ordem cronológica,
mostra de interpretação dos personagens pelo educador aos educandos, juntamente com as
variações que os mesmos poderiam ter no transcorrer do enredo. Criaram-se planos corporais
diferentes para focalizar as fala, sucessivamente foram repetidas as cenas e as falas para o
ganho de naturalidade.
Mesmo com as dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento do projeto, elas
foram essenciais para a aproximação da professora/supervisora com os bolsistas e dos
educandos com os bolsistas. Apesar do curto espaço de tempo para aplicação dessas
atividades, os alunos puderam desenvolver uma relação de confiança e até mesmo de
confidencia com os bolsistas, chegando ao ponto de se expressarem contando algo do seu diaa-dia e ate mesmo seus segredos.
Com este vínculo criado, percebeu-se no decorrer das atividades uma evolução dos
educandos, uma maior vontade de participar e de se expressar e em especial o aumento de sua
autoestima perante os demais colegas de sala.
4. CONCLUSÃO
Em síntese, o teatro contribui no desenvolvimento da expressão e comunicação, favorecendo
a produção coletiva de conhecimento da cultura, seja ela com valor estético ou educativo e de
IX
acordo com a visão pedagógica, tem a função de mostrar o comportamento social e moral,
através do aprendizado de valores e do bom relacionamento com as pessoas.
Com isso, a oralidade deve ser repensada e fazer parte constante da prática pedagógica, indo
além do que já esta sendo feito. Vários autores defendem que o trabalho com a modalidade
oral da língua não se reduz à fala cotidiana, informal, mas consiste em realizar um trabalho
sistemático e planejado voltado, principalmente, para os usos em instâncias mais públicas de
interação, em espaços diversos que não apenas os da informalidade do contexto familiar e de
amigos. Cabe à escola auxiliar os estudantes a desenvolver conhecimentos e habilidades para
a inserção em situações variadas de uso da oralidade, propondo objetivos bem definidos e
atividades de escuta e produção de textos orais.
A oralidade pode ser muito mais que isso, ela tem a função de contribui para que haja
interação Com os ensaios dos teatros já em andamento, a turma já começa a se familiarizar
com as falas e com o cenário que está em fase de conclusão, fazendo com que estes se sintam
estimulados e incentivados a sempre melhorar, para que na hora tão esperada (data em
discussão), consigam mostrar tudo que lhes foi passado.
Fica claro assim, que ao se trabalhar e desenvolver com seriedade imensurável o teatro e a
oralidade, no ambiente escolar, torna os alunos seres construtores de seu próprio
conhecimento, entendendo que esta forma de comunicação, a expressão oral, trabalhada de
maneira lúdica e prazerosa, desenvolve o artístico e o cultural do teatro, lembrando que a
temática nuncupativa é parte importante dos seguimentos de expressões teatrais.
Sendo assim, verificamos realmente que o teatro aplicado junto à educação, é
importantíssimo, por ter em seus aspectos, os formadores do ato educativo, já que esta arte
vem sendo praticada a milhares de anos ao redor do mundo e que deve ser e fazer parte
cotidianamente do escolar.
Somente com este estudo, compreendemos que educação e teatro, possuem papel de suma
importância, quanto à transformação pedagógica e cênica dos discentes perante o social
escolar e sugerimos ainda que este, por sua vez, ganhe espaços maiores nos centros
educativos, afinal os trabalhos junto com as artes cênicas (teatro), são considerados grandes
ferramentas para o professor desenvolver em seus educandos a liberdade verbal e, sem duvida
nenhuma, alunos que praticam o teatro e a oralidade, possuem rendimento diferenciado ao
passo que aprenderam de forma lúdica, prazerosa e alegre.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa: terceiro e quarto
ciclo do ensino Fundamental. Brasília MEC, 2001.
BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo
através do teatro. 6º ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985.
FERREIRA, Taís; FALKEMBACH, Maria Fonseca. Teatro e dança nos anos iniciais.Porto
Alegre: Mediação, 2012.
FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizador letrando da oralidade à escrita. 9º ed. São
Paulo: Cortez, 2012.
FERREIRA, Ana Flávia Inácio. Oralidade no ensino: sugestão de atividades. Disponível
em: <http://www.letras.ufmg.br>. Acesso em: 25 de abril de 2014.
LEITÂO, Rui. O velho, o menino e o burro.Disponível em: <http://www.wscom.com.br>.
Acesso em: 25 de maio de 2014.
MILANI, Orly Marion Webber. A comunicação oral na apresentação de Atividades
escolares. Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em: 10 de abril de 2014.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: Atividades de retextualização. 13º
ed. São Paulo: Cortez Editora, 2011.
NAZARETH, C. A. O teatro infantil na cena do mundo. Disponível em:
<http://vertenteculturalteatroinfantil.blogspot.com/2006/12/o-teatro-infantil.html>.
Acesso
em: 03 ago. 2014.
ROCHA, Justiniano José. Fábulas (imitadas de Escopo e La Fontaine). Disponível em:
<www.ebooksbrasil.com>. Acesso em: 4 de abril de 2014.
REVERBEL, O. Um caminho do teatro na escola. Minas Gerais: Scipione, 1989.
REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. São Paulo: Scipione, 1997.
SANTOS, Sandoval Nonato Gomes. A exposição oral nos anos iniciais do ensino
fundamental. 1º ed. São Paulo: Cortez, 2012. – (Coleção Trabalhando com ... na escola).
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SEB. Pacto nacional pela alfabetização na
idade certa. Brasília: MEC/ SEB, 2012.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF,
1998.
XI
Anexos
XII
Anexo A: Sondagem
SONDAGEM: ORALIDADE
ALUNO: _________________________________________________IDADE:_______
SÉRIE: _____________
DATA:____/____/_____.
EXECUÇÃO
SIM
PROFESSOR:
NÃO
PARCIALMENTE
Apresenta dicção clara
Usa tom de voz audível
Adota uma postura descontraída
Estabelece contatos visuais
Apresenta entonação adequada
Apresenta ritmo ao falar
Dá uma sequência coerente a história: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Utiliza a repetição
Sabe opinar sobre a história contada
Gostou do tipo de atividade
A apresentação causou-lhe insegurança, medo.
Quer realizar atividades desse tipo novamente
OBS: O aluno deverá contar a história lida no final de semana.No caso da não leitura do livro, pedir para contar
uma história já conhecida.
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________
Bolsista
Bolsista
Bolsista
Bolsista
Bolsista
Supervior
XIII
Anexo B:Telefone sem fio
TELEFONE SEM FIO
Turma toda
Frase: Eu gosto de livros.
Classe dividida em 2 grupos
Frase 1: Fiz a lição de casa.
Frase 2: Aprendi a fazer contas de multiplicação.
Frase 3: A minha escola fica no Jardim Adamantina.
Frase 4: Na segunda-feira tenho aula de Educação Física.
XIV
Anexo C: Fábula
O velho, o menino e o burro.
“"Vivia em determinado local um homem muito velho que tinha na sua companhia um
neto. Certo dia resolveu ir à feira com o seu burro fazendo-se acompanhar do seu neto.
Caminhavam, o velho á frente, seguido do burro e atrás o neto. Ao passarem por uma
povoação logo foram criticados pelos que observavam a sua passagem:
- Olhem aqueles patetas ali, com um burro, e vão a pé.
O velho disse ao neto que montasse no burro, e assim o fez. Um pouco mais adiante
passaram junto de outras pessoas que logo opinaram:
- O garoto que é forte montado no burro e o velho coitado é que vai a pé.
Então o velho mandou o neto descer e montou ele no burro. Andaram mais um pouco
até que encontraram novo grupo de pessoas, e mais uma vez foram censurados:
- Olhem para isso a pobre da criança a pé e o velho muito bem montado no burro.
Ordenou o velho então ao neto:
- Sobe menino, seguimos os dois montados no burro.
O rapaz obedeceu de imediato e seguiram os dois a viagem. Um pouco mais adiante
voltaram a enfrentar a indignação de outras pessoas:
- Que homens cruéis, querem matar o burrinho!
Descendo do burro disse o velho ao rapaz:
- Desce. Continuamos a viagem como começamos. “Está visto que não podemos calar a
boca do mundo.”
Moral da história: não se consegue agradar a todos de uma só vez. Vai aparecer sempre
alguém que irá criticar o que você faz. Temos que ter determinação no que fazemos sem
a preocupação de ficar acatando todas as opiniões, porque quase sempre se conflitam
conforme os interesses de cada um. Na administração pública, por exemplo, as
manifestações coletivas devem ser consideradas, porque têm força e minimizam a
importância dos que discordam pelo simples desejo de contrariar.
XV
Anexo D: Mímica
MÍMICA
BRINCADEIRAS PROFISSÕES ANIMAIS
Futebol
Professor
Canguru
Amarelinha
Médico
Galinha
Corda
Motorista
Bambolê
Cozinheiro
Macaco
Esconde-esconde
Dentista
Jogar Vídeo Game
Nadador
Sapo
XVI
Anexo E: Teatros
O RATINHO, O GALO E O GATO.
NARRADOR ----Certa manhã, um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o
mundo e as coisas bonitas de que falavam seus amigos.
Ratinho sai da toca e começa andar até chegar à fazenda.
RATINHO ----- Como é linda a luz do sol! E as árvores, como são verdes suas folhas!
NARRADOR ----Ia farejando e admirando tudo o que via.
RATINHO ---- Que toca mais engraçada.
O ratinho se aproxima do gato e fareja-o.
NARRADOR ----- O ratinho notou no terreiro certo animal de belo pelo, que dormia sossegado ao
sol. Aproximou-se dele e farejou-o, sem receio nenhum.
RATINHO ----- Que belo animal!
O galo se aproxima, abre as asas e canta. O ratinho se assusta e sai correndo.
GALO ---- Có-co-ri-có!!!
RATINHO ------ Socorro! Socorro!
O ratinho volta para a toca e conta tudo para sua mãe.
RATINHO ----- Mãe, observei tantas coisa interessante.
MÃE RATA ----- Então me conte como foi seu passeio.
RATINHO ----- Nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um de pelo
macio e ar bondoso devia, ser um desses bons amigos da nossa gente. Mas fiquei triste, pois estava
dormindo e não pude cumprimentá-lo.
MÃE RATA ----- Que perigo!
RATINHO ---- Não foi nada, mas o outro, mamãe, esse sim era um bicho feroz, de penas amarelas,
bico pontudo, crista vermelha, parecia ameaçador. Bateu as asas barulhentas, abriu o bico e soltou
um co-có-ri-có tão alto, que quase caí de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo
que devia ser o famoso gato, que tanta destruição faz no nosso povo.
MÃE RATA — Como te enganas, meu filho! O bicho de pelo macio e ar bondoso é que é o terrível
gato. Que te comeria num piscar de olhos. O outro, barulhento, de olhar feroz e crista vermelha,
filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal. Aprenda uma lição: as aparências enganam.
NARRADOR ---- Assim o ratinho aprendeu que quem vê cara não vê coração.
(Adaptação Rosana Medeiros)
XVII
A LEBRE E A TARTARUGA.
NARRADOR ---- A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o
dia em que encontrou a tartaruga.
TARTARUGA ---- Ei, dona lebre! Eu tenho certeza de que se apostarmos uma corrida serei a
vencedora
Lebre ----Uma corrida? Eu e você? Essa é boa! HÁ HÁ HÁ HÁ HA!
TARTARUGA----Por acaso você está com medo de perder?
LEBRE----Quem é você pra ganhar de mim? É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder
uma corrida para uma tartaruga.
TARTARUGA---- Então está disposto a me enfrentar?
LEBRE ---- Claro que sim! Amanhã mostro a você quem é o mais veloz.
TARTARUGA ----- Isso é o que vamos ver.
Tartaruga e Lebre saem uma para cada lado. A raposa e outros animais demarcam o caminho e
montam a linha de chegada.
RAPOSA ---- Estão prontas? Preparar. Já!
A lebre sai em disparada e a tartaruga bem devagar. Os animais gritam o nome da Lebre e da
Tartaruga.
CORUJA ---- Tartaruga! Tartaruga!
ÁGUIA ---- Lebre! Lebre!
LEBRE ---- Aquela molenga nunca vai me alcançar. Vou tirar uma soneca.
A lebre se deita perto de uma árvore.
NARRADOR ----- A lebre certa de que ia vencer nem se preocupou e resolveu descansar. Mas
a lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante,
a passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora.
LEBRE ---- Eu sabia que ia vencer, nem estou vendo a tartaruga.
A Tartaruga cruza a linha de chegada e a Lebre chega logo depois e os animais gritam “É
campeã! É campeã!”
CORUJA ---- Parabéns, Tartaruga! Você venceu!
A lebre desapontada se aproxima da tartaruga e a cumprimenta.
LEBRE ---- Parabéns, Lebre. Você mereceu essa vitória.
NARRADOR ---- Assim a Lebre aprendeu que não deve se gabar e também que quem persiste
alcança seus objetivos.
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