I SOLTANDO A LÍNGUA COM AS FÁBULAS: DESENVOLVENDO A ORALIDADE. Autor 1, Supervisor 2, Coordenador de Área 3. SILVA, Maiara Mozzini Almeida da Silva1; MEDEIROS, Rosana da Silva Lopes2; LUIZ, Nilza Souza Bom 3. Faculdades Adamantinenses Integradas – FAI Subprojeto: PEDAGOGIA RESUMO O presente artigo alude ao ensino da oralidade e vêm de forma assistencial revelar as contribuições ocasionadas pelo teatro no desenvolvimento e formação do educando do ensino fundamental no decorrer dos anos iniciais na perspectiva do oral, considerando que este indivíduo esta em amplo desenvolvimento linguístico e em plena fase de extroversão, mas da qual, muitos dos discentes “entram mudos e saem calados”. Entretanto, deve-se considerar que o estudante é um ser que pensa, sente e faz, sendo possível, através do ambiente escolar, e com a participação dos familiares que a arte teatral, dentro desta atmosfera seja uma estratégia eficaz no desenvolvimento da oralidade. Esta laboração visa, ainda, analisar algumas das diversas formas de trabalhar a oralidade na sala de aula, enfatizando as limitações e destacando as estratégias para o uso desta habilidade linguística, ou seja, salientando que o teatro, neste caso, vem a se tornar um mediador, estimulando o aprendizado, não unicamente de conteúdos específicos da área, como também de competências e habilidades preparatórias a vida cotidiana. A fábula foi empregada como base textual e adaptada para teatro, por ser considerada uma narrativa curta, em prosa ou em verso, de fácil leitura e compreensão e por apresentar uma moralidade ao seu final, ampara o desenvolvimento não apenas pelo quesito ao gosto pela leitura, mas também preparar o discente quanto a valores importantes, como a moral. Além disso, faz parte do conteúdo programático a ser desenvolvido durante o ano letivo. Abordando e evidenciando que a oralidade na dependência do lecionando, coopera e promove a interação entre os acadêmicos, que desfrutam de opiniões divergentes e igualitárias, acentuando assim alguns pontos que conduzirão no aporte do aprimoramento e desenvolvimento intelectual dos discentes. Neste sentido, o domínio da linguística só irárealizar-se por intermédio das interações entre escola, professor e aluno. Seja no aspecto pedagógico ou no artístico, assistido ou encenado, o teatro tem o papel de auxiliar o educando em seu crescimento cultural e em sua formação como indivíduo, considerando que a escola é um espaço de conhecimento e de aprendizagem fundamentais para a expansão perceptiva do mesmo. Portanto, o objetivo aqui será o de abarcar e contribuir, para que a oralidade dentro da II sala de aula caminhe para se tornar um meio que possibilite a aprendizagem em sua forma integral, possibilitando o seu desenvolvimento por meio de atividades teatrais. Palavras-chave: Oralidade, teatro, fábula, educando, desenvolvimento. 1. INTRODUÇÃO A temática oralidade vem sendo alvo de questionamentos feitos por profissionais da área educacional, afinal o prestígio e a qualidade da linguagem oral, é algo não observado nas instituições de ensino, basicamente por aquelas dos anos iniciais. Por ser considerada uma das fases mais importantes do aprendizado do escrito e do oral, na qual a criança se encontra em desenvolvimento pleno de suas habilidades, as quais, se não incorporadas nesta fase,farão falta nos anos subsequentes e poderão trazer aos discentes dificuldades relevantes, as quais deixarão marcas inevitáveis em sua vida adulta. Muitas das instituições de ensino de nosso país enfatizam somente a questão da escrita e da gramática, esquecendo-se de que a expressão oral é um dos elementos mais utilizados pelos indivíduos, sendo algo apresentado a nós seres humanos antes mesmo de ingressar na vida escolar. A questão da oralidade não ser trabalhada frequentemente nas dependências escolares, uma vez que esta deve envolver a visão de mundo do educador, faz-nos pensar que trabalhar o oral vai muito além de conversas, devendo se apresentar situações reais que poderão um dia vir a enfrentar e mostrando a ele o tipo de linguagem que esta situação vai lhe exigir, até porque a linguagem não é algo homogêneo. Durante as séries iniciais, o discente experimenta e segue se aperfeiçoando as diferentes formas de se expressar, faça-se ela através da linguagem oral ou da linguagem escrita, gerando assim condições de passar para uma nova fase, etapa na qual o escolar carece por realizar apresentações em publicou no meio social escolar. Levando em conta este objeto de estudo, o teatro aparece como instrumento pedagógico, ganhando força e fundamentando-se como prática educacional do século XIX, relacionandose quase que exclusivamente com o desenvolvimento da oralidade e das capacidades expressivas do conjunto corpo e voz. Inclusive, devemos aceitar que este gênero está mais presente na vida do discente do que qualquer outro, como por exemplo, o gênero carta, pois se sabe que a apresentação teatral promove a oralidade oportunizando a forma de expressão oral, consequentemente auxiliando a compreensão da escrita. III De acordo com Reverbel ( 1989) “Nosso objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um alunopintor ou um aluno-compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana.” Nesse contexto realizou-se um estudo com os alunos do terceiro ano da escola EMEF Prof. Eurico Leite de Morais, fazendo-se uma diagnose, dinâmicas e ensaios teatrais, objetivandose o desenvolvimento e ampliação da oralidade no ambiente escolar. Para tanto se utilizou a encenação de fábulas como forma de liberdade de expressão, servindo de grande ferramenta para o professor desenvolver em seus educandos a oralidade. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Considerando que o presente se atentou em interpelar a influência do trabalho com a oralidade em sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamental e o quanto se faz necessário propiciar aos alunos atividades especificas a competência oral; desenvolveram-se atividades,com as quais se pretendeu verificar as dificuldades reais e iniciais da sala, para que com isso se pudesse fazer uma análise de como o projeto deveria transcorrer. Por conseguinte as atividades principiaram-se com a aplicação de uma sondagem (Anexo A), baseada nos conhecimentos adquiridos pela leitura de artigos científicos presentes em meios de comunicação (internet), juntamente com analise do material do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), programa que tem como compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. Preliminarmente conheceram-se os requisitos pertinentes a um adequado nível de desenvolvimento da oralidade para um terceiro ano do ensino fundamental, podendo assim, instituírem-se os pontos que se faziam essenciais para a investigação que se executaria. À vista disso, ao grupo escolar em questão, solicitou-se a escolha de uma obra infantil, prioritariamente fábulas, por ser o conteúdo do teatro a ser apresentado pelos educandos, podendo tal obra literária de cunho infantil ser levada para a residência do aluno, o qual deveria por si só, ou com a ajuda de um adulto, ler a obra, recontando-a posteriormente aos bolsistas do PIBID/FAI, para que assim fossem reconhecidas as dificuldades orais de cada um e da sala em conjunto. Seguidamente a realização da sondagem ocorreu na sala de leitura do ambiente escolar na qual se observou que por timidez, pela não leitura da obra escolhida, ou ainda, pela preocupação de não se saber relatar o exemplar optado com facilidade, alguns lecionandos IV recusaram-se a fazer o reconto. Neste momento, ficou evidente a carência de uma alteração estratégica, então foi requerida aos mesmos a narração de outra obra qualquer, por eles conhecida. Analisando os dados coletados, os observadores entenderam que em boa parte os discentes estão confinados em si mesmos,ocasionando a sua dicção não clara, em timbres pouco auscultáveis necessários para a adução de um teatro. Foto 1: Sondagem Diagnosticadas e analisadas as dificuldades, discutiu-se sobre as possíveis atividades aplicáveis para o momento, onde os discentes pudessem prosperar o seu acanhamento e seu linguajar. Foram propostas atividades como a do “telefone sem fio” (Anexo B), atentando-se quanto à memorização do que lhe foi transmitido, sua sequência aos demais ali presentes e ainda como as frases chegariam ao receptor final, até porque estas foram elaboradas num grau de dificuldade crescente, das com poucas palavras e sem complexidade, até as mais elaboradas com maior grau de dificuldade. Adjacente à proposta anterior, o terceiro ano ouviu a fábula “O homem, o menino e o burro”(anexo C - Fábula) proferida por três vezes em voz alta. Posteriormente, pediu-se a eles que organizassem as ilustrações relativas à história, que foram apresentadas em forma de quadros e contendo os fatos principais da fábula. A atividade exigia a memorização da sequência lógica dos fatos e, ainda, a capacidade de exposição coerente da história. V Foto 2: Organização das imagens Foto 3: Organização das imagens Num outro momento procedeu-se à “Roda de conversa”, dinâmica coletiva que oportuniza a expressão de pensamentos, ampliando a competência comunicativa, por fazer uso da linguagem prazerosamente, provocando o aprendizado do ouvir o outro e ampliando a oralidade por ser um momento de relato. Usou-se como mote da roda de conversa objetos do gosto das crianças e que tivessem alguma importância em suas vidas. Com o objeto em mãos eles deveriam expressar seu conhecimento, vivência e sentimentos em relação ao mesmo, construindo um entrosamento e aproximando-os e gerando integração entre os discentes. Foto 4: Roda de conversa A dinâmica da mímica foi utilizada por trabalhar a imaginação, criatividade e memória dos educandos, lembrando que tanto para uma encenação, como para o ambiente escolar,essas são requisitos ou habilidades necessárias a uma criança em fase de formação, por provocar através dos gestos, das expressões corporais, o desenvolvimento pleno do indivíduo, sendo, portanto, uma forma diferenciada de comunicação, de expressão de pensamentos, sentimentos, de relacionar-se com o outro, estimulando o movimento, a atenção, configurando-se como uma linguagem dinâmica, flexível e essencial para todos os seres humanos. Nesta atividade foram representados pelos discentes do terceiro ano do ensino fundamental, profissões, brincadeiras e animais. (anexo D – Mímica). VI Após a realização das atividades supracitadas, iniciou-se o trabalho com as fábulas A lebre e a tartaruga e O ratinho, o galo e o gato (Anexo E – Teatros), reescritas e adaptadas pela professora, as quais foram entregues aos discentes já em forma de teatro o que provocou nestes, animação e euforia. A partir desse momento puderam-se iniciar os ensaios teatrais, antecedidos pela leitura teatralizada e escolha dos alunos para os papéis. Foto 5 e 6: Entrega teatros e leitura. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A prática teatral no ambiente escolar, mais especificamente com uma sala de terceiro ano do ensino fundamental, acarreta uma série de vantagens, provocando no discente o aprendizado do improvisar, o desenvolvimento da vivacidade corporal, a melhoria na impostação de voz, proporciona o entrosamento com os demais alunos e, junto a estas, auxilia o desenvolvimento linguístico, incentivando a leitura e propiciando o contato com obras clássicas como as fábulas, trabalhando a cidadania, ética, sentimentos, interdisciplinaridade; ajudando-os a desinibirem-se e a adquirirem autoconfiança. Enfim, incontáveis são as vantagens de se empregar o teatro para desenvolver a oralidade. Comprova-se dita afirmação através dos resultados obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto. Primeiramente, notou-se que no transcorrer das primeiras atividades os educandos conservavam-se extremamente tímidos, não se interessando em participar, com recusas para estabelecer diálogo com os bolsistas e até mesmo com colegas de sala e, quando questionados, procuravam responder somente o necessário por meio de respostas monossilábicas. Os primeiros contatos serviram para diagnosticar os problemas quanto a questão do nível de desenvolvimento da oralidade através da sondagem. A organização dos dados colhidos explicitaram graficamente que os discentes em sua abundante maioria, dispõem de adstrito VII desenvolvimento da oralidade no que tange a entonação da voz, ritmo ao falar, postura adequada, entre outros, mostrados claramente no gráfico a seguir. SONDAGEM: ORALIDADE 14 12 10 8 6 4 2 0 SIM NÃO PARCIALMENTE Gráfico 1: Resultado sondagem Para elevar as habilidades concernentes ao eixo oralidade primou-se pela elaboração de dinâmicas capazes de estimular e desencadear a fala, a comunicação e expressão verbal e não verbal. Com a realização da atividade “Telefone sem fio” que tinha por finalidade facilitar a comunicação e o relacionamento com respeito e responsabilidade, atinou-se que os discentes, por ansiedade em verbalizar o que lhes foi transmitido no ouvido, mostraram-se desligados quanto ao conteúdo proferido, ou ainda, por conta de seu acanhamento, as frases eram distorcidas ou esquecidas chagando com muitas falhas ao final da fila. Foi ressaltada para os alunos a responsabilidade em se memorizar o que lhes foi dito e em transmitir de maneira correta e em tom de voz adequado. Por saber que a oralidade difere-se da escrita, em especial, porque se realiza de outra forma, aprendemos, desde muito cedo, a socializar saberes, informações, emoções e aprendemos a conversar, destacando que para o desenvolvimento humano da linguagem, a fala é sua primeira revelação cultural e por isso deve ser trabalhada no ambiente escolar. Deste modo, desenvolveu-se a atividade com a fábula “O homem, o menino e o burro”, na qual havia a preocupação de fazer com que os discentes, além de organizar a sequência lógica dos fatos da fábula por meio das imagens, também fossem verbalizando a história ouvida previamente. Notou-se que alguns acertaram logo de primeira, outros ainda se enrolaram diante dos VIII quadros, mas ao verbalizar a história iam percebendo os enganos. Em suma, pode-se ver que os discentes já demonstraram mais vontade em falar e expor, mesmo com erros os fatos relatados, o que demonstra que no momento de apresentação já se sentiram autoconfiantes o bastante para a realização de uma exposição oral. Quanto à dinâmica da mímica, escolheu-se por ser considerada uma das modalidades mais primitivas de auto expressão e por ser uma forma representativa básica do homem, muita usada para comunicação, entretenimento ou ainda para fins educativos. Em consequência disso eleger-se-á, como estimulo a desinibição dos educando, os quais se mostraram desembaraçados, e caracterizando quase que fielmente o animal, profissão ou jogo por ele sorteado, deixando a dinâmica ainda mais divertida. De acordo com BOAL ( 1985, p. 95) a mímica “é o conhecido jogo “diga isso por mímica”, no qual se formam duas equipes. A primeira propõe a um dos elementos da segunda o titulo do filme, o nome de um político ou uma frase recentemente pronunciada por um demagogo qualquer ou por um político popular”. Após, trabalhadas as dinâmicas embasadas na oralidade e no teatro, as aulas subsequentes foram dedicadas à montagem do espetáculo, com marcações de cena em ordem cronológica, mostra de interpretação dos personagens pelo educador aos educandos, juntamente com as variações que os mesmos poderiam ter no transcorrer do enredo. Criaram-se planos corporais diferentes para focalizar as fala, sucessivamente foram repetidas as cenas e as falas para o ganho de naturalidade. Mesmo com as dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento do projeto, elas foram essenciais para a aproximação da professora/supervisora com os bolsistas e dos educandos com os bolsistas. Apesar do curto espaço de tempo para aplicação dessas atividades, os alunos puderam desenvolver uma relação de confiança e até mesmo de confidencia com os bolsistas, chegando ao ponto de se expressarem contando algo do seu diaa-dia e ate mesmo seus segredos. Com este vínculo criado, percebeu-se no decorrer das atividades uma evolução dos educandos, uma maior vontade de participar e de se expressar e em especial o aumento de sua autoestima perante os demais colegas de sala. 4. CONCLUSÃO Em síntese, o teatro contribui no desenvolvimento da expressão e comunicação, favorecendo a produção coletiva de conhecimento da cultura, seja ela com valor estético ou educativo e de IX acordo com a visão pedagógica, tem a função de mostrar o comportamento social e moral, através do aprendizado de valores e do bom relacionamento com as pessoas. Com isso, a oralidade deve ser repensada e fazer parte constante da prática pedagógica, indo além do que já esta sendo feito. Vários autores defendem que o trabalho com a modalidade oral da língua não se reduz à fala cotidiana, informal, mas consiste em realizar um trabalho sistemático e planejado voltado, principalmente, para os usos em instâncias mais públicas de interação, em espaços diversos que não apenas os da informalidade do contexto familiar e de amigos. Cabe à escola auxiliar os estudantes a desenvolver conhecimentos e habilidades para a inserção em situações variadas de uso da oralidade, propondo objetivos bem definidos e atividades de escuta e produção de textos orais. A oralidade pode ser muito mais que isso, ela tem a função de contribui para que haja interação Com os ensaios dos teatros já em andamento, a turma já começa a se familiarizar com as falas e com o cenário que está em fase de conclusão, fazendo com que estes se sintam estimulados e incentivados a sempre melhorar, para que na hora tão esperada (data em discussão), consigam mostrar tudo que lhes foi passado. Fica claro assim, que ao se trabalhar e desenvolver com seriedade imensurável o teatro e a oralidade, no ambiente escolar, torna os alunos seres construtores de seu próprio conhecimento, entendendo que esta forma de comunicação, a expressão oral, trabalhada de maneira lúdica e prazerosa, desenvolve o artístico e o cultural do teatro, lembrando que a temática nuncupativa é parte importante dos seguimentos de expressões teatrais. Sendo assim, verificamos realmente que o teatro aplicado junto à educação, é importantíssimo, por ter em seus aspectos, os formadores do ato educativo, já que esta arte vem sendo praticada a milhares de anos ao redor do mundo e que deve ser e fazer parte cotidianamente do escolar. Somente com este estudo, compreendemos que educação e teatro, possuem papel de suma importância, quanto à transformação pedagógica e cênica dos discentes perante o social escolar e sugerimos ainda que este, por sua vez, ganhe espaços maiores nos centros educativos, afinal os trabalhos junto com as artes cênicas (teatro), são considerados grandes ferramentas para o professor desenvolver em seus educandos a liberdade verbal e, sem duvida nenhuma, alunos que praticam o teatro e a oralidade, possuem rendimento diferenciado ao passo que aprenderam de forma lúdica, prazerosa e alegre. X REFERÊNCIAS BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa: terceiro e quarto ciclo do ensino Fundamental. Brasília MEC, 2001. BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro. 6º ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985. FERREIRA, Taís; FALKEMBACH, Maria Fonseca. Teatro e dança nos anos iniciais.Porto Alegre: Mediação, 2012. FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizador letrando da oralidade à escrita. 9º ed. São Paulo: Cortez, 2012. FERREIRA, Ana Flávia Inácio. Oralidade no ensino: sugestão de atividades. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br>. Acesso em: 25 de abril de 2014. LEITÂO, Rui. O velho, o menino e o burro.Disponível em: <http://www.wscom.com.br>. Acesso em: 25 de maio de 2014. MILANI, Orly Marion Webber. A comunicação oral na apresentação de Atividades escolares. Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em: 10 de abril de 2014. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: Atividades de retextualização. 13º ed. São Paulo: Cortez Editora, 2011. NAZARETH, C. A. O teatro infantil na cena do mundo. Disponível em: <http://vertenteculturalteatroinfantil.blogspot.com/2006/12/o-teatro-infantil.html>. Acesso em: 03 ago. 2014. ROCHA, Justiniano José. Fábulas (imitadas de Escopo e La Fontaine). Disponível em: <www.ebooksbrasil.com>. Acesso em: 4 de abril de 2014. REVERBEL, O. Um caminho do teatro na escola. Minas Gerais: Scipione, 1989. REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. São Paulo: Scipione, 1997. SANTOS, Sandoval Nonato Gomes. A exposição oral nos anos iniciais do ensino fundamental. 1º ed. São Paulo: Cortez, 2012. – (Coleção Trabalhando com ... na escola). SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SEB. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa. Brasília: MEC/ SEB, 2012. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. XI Anexos XII Anexo A: Sondagem SONDAGEM: ORALIDADE ALUNO: _________________________________________________IDADE:_______ SÉRIE: _____________ DATA:____/____/_____. EXECUÇÃO SIM PROFESSOR: NÃO PARCIALMENTE Apresenta dicção clara Usa tom de voz audível Adota uma postura descontraída Estabelece contatos visuais Apresenta entonação adequada Apresenta ritmo ao falar Dá uma sequência coerente a história: introdução, desenvolvimento e conclusão. Utiliza a repetição Sabe opinar sobre a história contada Gostou do tipo de atividade A apresentação causou-lhe insegurança, medo. Quer realizar atividades desse tipo novamente OBS: O aluno deverá contar a história lida no final de semana.No caso da não leitura do livro, pedir para contar uma história já conhecida. OBSERVAÇÕES ADICIONAIS: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________ Bolsista Bolsista Bolsista Bolsista Bolsista Supervior XIII Anexo B:Telefone sem fio TELEFONE SEM FIO Turma toda Frase: Eu gosto de livros. Classe dividida em 2 grupos Frase 1: Fiz a lição de casa. Frase 2: Aprendi a fazer contas de multiplicação. Frase 3: A minha escola fica no Jardim Adamantina. Frase 4: Na segunda-feira tenho aula de Educação Física. XIV Anexo C: Fábula O velho, o menino e o burro. “"Vivia em determinado local um homem muito velho que tinha na sua companhia um neto. Certo dia resolveu ir à feira com o seu burro fazendo-se acompanhar do seu neto. Caminhavam, o velho á frente, seguido do burro e atrás o neto. Ao passarem por uma povoação logo foram criticados pelos que observavam a sua passagem: - Olhem aqueles patetas ali, com um burro, e vão a pé. O velho disse ao neto que montasse no burro, e assim o fez. Um pouco mais adiante passaram junto de outras pessoas que logo opinaram: - O garoto que é forte montado no burro e o velho coitado é que vai a pé. Então o velho mandou o neto descer e montou ele no burro. Andaram mais um pouco até que encontraram novo grupo de pessoas, e mais uma vez foram censurados: - Olhem para isso a pobre da criança a pé e o velho muito bem montado no burro. Ordenou o velho então ao neto: - Sobe menino, seguimos os dois montados no burro. O rapaz obedeceu de imediato e seguiram os dois a viagem. Um pouco mais adiante voltaram a enfrentar a indignação de outras pessoas: - Que homens cruéis, querem matar o burrinho! Descendo do burro disse o velho ao rapaz: - Desce. Continuamos a viagem como começamos. “Está visto que não podemos calar a boca do mundo.” Moral da história: não se consegue agradar a todos de uma só vez. Vai aparecer sempre alguém que irá criticar o que você faz. Temos que ter determinação no que fazemos sem a preocupação de ficar acatando todas as opiniões, porque quase sempre se conflitam conforme os interesses de cada um. Na administração pública, por exemplo, as manifestações coletivas devem ser consideradas, porque têm força e minimizam a importância dos que discordam pelo simples desejo de contrariar. XV Anexo D: Mímica MÍMICA BRINCADEIRAS PROFISSÕES ANIMAIS Futebol Professor Canguru Amarelinha Médico Galinha Corda Motorista Bambolê Cozinheiro Macaco Esconde-esconde Dentista Jogar Vídeo Game Nadador Sapo XVI Anexo E: Teatros O RATINHO, O GALO E O GATO. NARRADOR ----Certa manhã, um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e as coisas bonitas de que falavam seus amigos. Ratinho sai da toca e começa andar até chegar à fazenda. RATINHO ----- Como é linda a luz do sol! E as árvores, como são verdes suas folhas! NARRADOR ----Ia farejando e admirando tudo o que via. RATINHO ---- Que toca mais engraçada. O ratinho se aproxima do gato e fareja-o. NARRADOR ----- O ratinho notou no terreiro certo animal de belo pelo, que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o, sem receio nenhum. RATINHO ----- Que belo animal! O galo se aproxima, abre as asas e canta. O ratinho se assusta e sai correndo. GALO ---- Có-co-ri-có!!! RATINHO ------ Socorro! Socorro! O ratinho volta para a toca e conta tudo para sua mãe. RATINHO ----- Mãe, observei tantas coisa interessante. MÃE RATA ----- Então me conte como foi seu passeio. RATINHO ----- Nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um de pelo macio e ar bondoso devia, ser um desses bons amigos da nossa gente. Mas fiquei triste, pois estava dormindo e não pude cumprimentá-lo. MÃE RATA ----- Que perigo! RATINHO ---- Não foi nada, mas o outro, mamãe, esse sim era um bicho feroz, de penas amarelas, bico pontudo, crista vermelha, parecia ameaçador. Bateu as asas barulhentas, abriu o bico e soltou um co-có-ri-có tão alto, que quase caí de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso gato, que tanta destruição faz no nosso povo. MÃE RATA — Como te enganas, meu filho! O bicho de pelo macio e ar bondoso é que é o terrível gato. Que te comeria num piscar de olhos. O outro, barulhento, de olhar feroz e crista vermelha, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal. Aprenda uma lição: as aparências enganam. NARRADOR ---- Assim o ratinho aprendeu que quem vê cara não vê coração. (Adaptação Rosana Medeiros) XVII A LEBRE E A TARTARUGA. NARRADOR ---- A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga. TARTARUGA ---- Ei, dona lebre! Eu tenho certeza de que se apostarmos uma corrida serei a vencedora Lebre ----Uma corrida? Eu e você? Essa é boa! HÁ HÁ HÁ HÁ HA! TARTARUGA----Por acaso você está com medo de perder? LEBRE----Quem é você pra ganhar de mim? É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para uma tartaruga. TARTARUGA---- Então está disposto a me enfrentar? LEBRE ---- Claro que sim! Amanhã mostro a você quem é o mais veloz. TARTARUGA ----- Isso é o que vamos ver. Tartaruga e Lebre saem uma para cada lado. A raposa e outros animais demarcam o caminho e montam a linha de chegada. RAPOSA ---- Estão prontas? Preparar. Já! A lebre sai em disparada e a tartaruga bem devagar. Os animais gritam o nome da Lebre e da Tartaruga. CORUJA ---- Tartaruga! Tartaruga! ÁGUIA ---- Lebre! Lebre! LEBRE ---- Aquela molenga nunca vai me alcançar. Vou tirar uma soneca. A lebre se deita perto de uma árvore. NARRADOR ----- A lebre certa de que ia vencer nem se preocupou e resolveu descansar. Mas a lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, a passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. LEBRE ---- Eu sabia que ia vencer, nem estou vendo a tartaruga. A Tartaruga cruza a linha de chegada e a Lebre chega logo depois e os animais gritam “É campeã! É campeã!” CORUJA ---- Parabéns, Tartaruga! Você venceu! A lebre desapontada se aproxima da tartaruga e a cumprimenta. LEBRE ---- Parabéns, Lebre. Você mereceu essa vitória. NARRADOR ---- Assim a Lebre aprendeu que não deve se gabar e também que quem persiste alcança seus objetivos.