“COM-FABULANDO E HQs: UMA POSSIBILIDADE NA FORMAÇÃO DE LEITORES E ESCRITORES”. Silvana Ferreira de Souza, Renata Junqueira de Souza, EMEF ”Jair Luiz da Silva” – Junqueirópolis/SP e UNESPPresidente Prudente-SP. [email protected] Resumo: A presente comunicação visa compartilhar a experiência realizada em uma 3ª série do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Junqueirópolis, que por meio de um projeto de leitura e escrita intitulado “Com-fabulando” que tinha por objetivo estimular a leitura e a escrita nos participantes. Por meio de algumas Histórias em Quadrinhos (Maurício de Souza) foram introduzidas fábulas de Esopo e de Jean de La Fontaine para as crianças, que a partir destas, realizaram atividades de leitura e escrita. Nas atividades de escrita os alunos puderam realizar o reconto das fábulas, o que permitiu o aperfeiçoamento na utilização dos mecanismos de coesão e coerência; possibilitando o trabalho com intertextualidade (Koch e Travaglia, 2003; Koch e Elias, 2006). Encerramos as atividades utilizando as produções dos próprios alunos para realizar a revisão e reescrita com objetivo de fazer com que os discentes se sentissem satisfeitos com os resultados de seus textos no final do processo. (PCN, 1997; Geraldi, 2006). Palavras-chaves: Leitura, Produção de Texto, Texto Narrativo Seminário do 16º COLE vinculado: 08 (VI Semin “Literatura Infantil e Juvenil” ) Introdução Atualmente os conteúdos escolares presentes em sala de aula devem buscar atender a uma proposta de educação formal pautada na diversidade de textos encontrados na vida cotidiana, por conseguinte, faz-se necessário que os professores proponham atividades que permitam a comunicação entre os indivíduos inseridos no interior escolar, podendo a comunicação dar-se por “intermédio de algum tipo de linguagem que, como vimos, se altera de acordo com o uso que pessoas fazem dela.” (Aguiar, p.25, 2004). Esta comunicação pode ser realizada por intermédio da linguagem verbal ou não verbal. Por este motivo, optamos por introduzir em uma terceira série do Ensino Fundamental, o estudo das fábulas por meio de HQ’s - Histórias em Quadrinhos – de Mauricio de Souza visando o diálogo com as obras clássicas objetivando promover o ensino da leitura e da reescrita das fábulas de Esopo e de Jean de La Fontaine. Nossa proposta era a de investigar se as HQ’s poderiam vir a ser um instrumento de auxilio para a aprendizagem de textos narrativos; ou se seria possível estabelecer a relação entre textos verbais e não verbais e se por meio da linguagem não-verbal poderíamos ensinar a estrutura narrativa destes textos. O objetivo da atividade proposta era o de estimular a leitura de fábulas de Esopo e de Jean de La Fontaine, tendo como instrumento as histórias em quadrinhos da “Turma da Mônica”, de Mauricio de Souza e proporcionar momentos de escrita e reescrita das fábulas. 1 – Por que tudo começou... No acervo da Biblioteca da Escola Municipal Jair Luiz da Silva, na cidade de Junqueirópolis/SP, havia um grande número de gibis, em especial da Turma da Mônica. Na sala de aula pesquisada, também havia um número razoável de revistas em quadrinhos presentes. Ao observarmos a relação que as crianças mantinham com as HQ”s, percebemos que este tipo de portador era muito procurado pelas crianças, então, resolvemos proporcionar situações de ensino de leitura e da escrita, que utilizassem as História em Quadrinhos - doravante denominada neste artigo como HQ’s ou HQ – como instrumentos de ensino. Em virtude do grande interesse das crianças pela Turma da Mônica de Mauricio de Souza em especial, selecionamos as Histórias em Quadrinhos, pois estas “...representam hoje, no mundo inteiro, um meio de comunicação de massa de grande penetração popular.” (VERGUEIRO, p. 7,2006) E como todos nós “Certamente aprendemos a ler a partir do nosso contexto social” (MARTINS, p. 15, 1988), uma vez que, “A leitura do mundo precede a leitura da palavra.” (FREIRE,1984, 11-12), resolvemos partir do interesse que os alunos demonstravam pelas HQ’s para apresentar de forma lúdica e divertida as fábulas de Esopo e La Fontaine, visando o desenvolvimento da leitura e da escrita deste tipo de texto narrativo. Ao analisar-mos as Histórias em Quadrinhos, pudemos perceber que as mesmas se estruturam a partir códigos escritos e de desenhos o que nos reportou à Aguiar que afirma a comunicação entre os homens ocorre a partir de dois tipos de códigos: o código verbal e o código não verbal. Aguiar afirma que: “O primeiro organiza-se com base na linguagem articulada, que forma a língua, e o segundo vale-se de imagens sensoriais várias, como as visuais, as auditivas, as sinestésica, olfativas e gustativas.” (p.25, 2004) Em virtude das Histórias em Quadrinhos possuírem os dois tipos de códigos, optamos por utilizá-las no ensino da leitura e da escrita de fábulas. Vale ressaltar que estes dois tipos de linguagem estão presentes na história da humanidade desde os seus primórdios. A autora Vera Teixeira Aguiar afirma tal processo histórico afirmando que: “As comunidades humanas, espelhadas no tempo e no espaço, têm estruturas de pensamento subjacentes próprias, moldadas segundo suas experiências históricas e expressas por meio de linguagens que lhe são significativas. Como são múltiplas as condições de vida dos núcleos sociais, os códigos inventados para a expressão e a comunicação de suas necessidades são os mais variados. “ (p. 25, 2004) Historicamente, a escrita de registros de histórias em seqüências é mais antiga do que a utilização dos sinais gráficos, ou seja, o desenho é o primeiro meio de se contar uma história produzida pela raça humana. Os homens primitivos deixaram imagens desenhadas nas paredes das cavernas para registrarem suas caçadas e aquilo que viviam, ou seja, representavam assim seu modo de vida. Segundo Vergueiro “as histórias em quadrinhos vão de encontro das necessidades do ser humano, na medida em que utilizam fartamente um elemento de comunicação que esteve presente na história da humanidade desde os primórdios: a imagem gráfica.” (p. 8, 2006) Essa necessidade é tão presente no ser humano desde os nossos primórdios, que mesmo atualmente, as crianças iniciam seu processo de comunicação com e sobre o mundo por meio dos desenhos e visam “comunicar uma mensagem” (VERGUEIRO, p. 9, 2006). Em seguida, a civilização humana passou a utilizar a Linguagem Oral para repassar aos seus descendentes a sabedoria deixada por seus antepassados, para solucionar problemas e manter vivas as tradições e segredos de seus povos. Com o decorrer do tempo, a oralidade deixa de exercer suas funções e os antigos buscam uma nova forma de registrar os conhecimentos adquiridos. Surge assim, a Linguagem Escrita que exercerá esse papel, mas, exigirá das gerações mais jovens a necessidade de aprender a ler os símbolos que foram deixados. Dadas as limitações de espaço e tempo decorrentes do uso exclusivo da linguagem oral, o homem criou outras formas de representação a fim de assegurar maior acesso aos fenômenos da realidade, gerar e registrar produtos culturais e, assim, fazer História. (SILVA, 2002, p. 62) Conclui-se que, a leitura enquanto processo histórico surge da necessidade que os indivíduos e sociedades mais antigas possuíam de registrar os conhecimentos acumulados para deixar de herança às futuras gerações. Para alcançarmos nosso intuito focamos nosso trabalho na Intertextualidade presente nas Histórias em Quadrinhos, do brasileiro Mauricio de Souza com a “Turma da Mônica”. Utilizamos o termo Intertextualidade de acordo com Paulino que afirma que “As produções humanas, embora aparentemente desconexas, encontram-se em constante interrelação. Na verdade, constrói-se uma grande rede, com o trabalho de indivíduos e grupos onde os fios são formados pelos bens culturais.” (p. 12, 1995) Cada obra realizada pelo homem, traz na sua essência todo o bem cultural produzido pela humanidade do qual este individuo se apropriou durante a sua vida, seja por meio da leitura, seja por meio do cinema, seja por meio das Histórias em Quadrinhos, etc. Por este motivo, selecionamos algumas HQ’s da Turma da Mônica que mantivessem uma relação intertextual com as fábulas conhecidas ou não pelas crianças. 2 – Como tudo aconteceu... Nossa prática com o ensino tem demonstrado a importância dos atos de ler e escrever para a formação integral dos discentes e por meio do contato dos alunos com os textos literários estes podem “suscitar o imaginário” (ABRAMOVICH, p. 17, s.d.), e “Ela atua no intervalo que se estabelece entre o real objetivo e o eu. Espécie de mediadora privilegiada, ela nos transmite uma experiência estética e uma dimensão libertadora, que co-responde aos nosso anseios.” (BRANDÃO e MICHELETTI, p. 25, 2002) Gostaria também de ressaltar que concebemos literatura como sendo “Qualquer texto, mesmo não consagrado, com intenção literária, visível num trabalho da linguagem e da imaginação, ou simplesmente esse trabalho enquanto tal. “ (LEITE, p. 21, 2006) Além disso, introduzindo a narrativa por meio das fábulas, estava possibilitando um trabalho intertextual com os alunos, que segundo Koch e Elias “...a intertextualidade é elemento constituinte e constitutivo do processo de escrita/leitura e compreende as diversas maneiras pelas quais a produção/ recepção de um dado texto depende de conhecimentos de outros textos por parte dos interlocutores, ou seja, dos diversos tipos de relações que um texto mantém com outros textos.” (p. 86, 2006) O trabalho intertextual permite aos alunos que os mesmos se apropriem dos textos construídos ao logo da história e perceba-os como algo dinâmico e vivo que poderá ser modificado pelo escritor de acordo com a sua vontade. Iniciamos este trabalho com a seleção das Histórias em Quadrinhos, dos gibis da Turma da Mônica, de Mauricio de Souza, que trouxessem em seu interior elementos intertextuais das Fábulas de Esopo e de La Fontaine. Após a seleção dos dados, foram escolhidas por nós duas histórias, denominadas “Bidu Fábulas” e “A Galinhona”. A primeira foi retirada da coleção “Um Tema Só”, do Cascão Fábulas, cuja história é intitulada “Bidu Fábulas”. A segunda foi retirada do gibi do Chico Bento, número 445, da Editora Globo, cuja história se chamava “A Galinhona”. O trabalho foi iniciado em duplas, pois de acordo com os PCN de Língua Portuguesa, na escola devemos “propor situações de produção de textos, em pequenos grupos” (p. 69, 1997), através da leitura da HQ “Bidu Fábulas”. Após a leitura em duplas, as crianças puderam fazer o levantamento de algumas características das fábulas descritas na história oralmente e fizeram a lista de fábulas presentes na HQ. Este trabalho tinha o intuito de resgatar com as crianças os conhecimentos prévios que as mesmas possuíam sobre fábulas e levantar quais eram conhecidas pelos alunos. Em um primeiro momento, os alunos leram e discutiram sobre as fábulas que eles identificaram na história e suas características, e com o auxilio do professor escreveram o nome destas na lousa. A utilização de várias versões se justifica pois, é função do professor “oferecer textos escritos impressos de boa qualidade” (PCN, p. 69, 1997) que podem “se converter em referências de escrita para os alunos” (PCN, p. 69, 1997) Na referida HQ aparecem quatro fábulas: A lebre e a tartaruga; O lobo e o cordeirinho; A raposa e o bode e A raposa e as uvas. Iniciamos as atividades oferecendo aos alunos várias versões da fábula “A raposa e a cegonha”, estando entre elas, a versão de Esopo, a versão de La Fontaine (estrutura narrativa), e a versão original de La Fontaine em forma de versos. Após a apresentação das versões os alunos discutiram nas duplas e fizeram um Quadro Comparativo entre as versões, destacando as informações semelhantes e as informações diferenciadas que as mesmas apresentavam. Em seguida foi oferecido às crianças a HQ do Chico, sob o título “A Galinhona”, cujo processo intertextual ocorre em relação a fábula “A Raposa e a Uva”. Neste momento, também foram lidas diversas versões da mesma fábula, visando que os alunos percebessem que os textos podem ser reescritos a partir do olhar de quem o faz, ou seja, que as mesmas podem ser mudadas de acordo com o que o escritor deseja fazer. Neste momento foi solicitado aos alunos que fizessem a reescrita da fábula pelos alunos em dupla, uma vez que, o objetivo é que os alunos pudessem “reescrever ou parafrasear bons textos já repertoriados mediante a leitura” (PCN, p. 74, 1997), pois os ato de escrever apresenta muitas dificuldades para as crianças, pois exige das mesmas que coordenem muitos aspectos ao mesmo tempo, como a coordenação de pontuação, aspectos de coesão e coerência, etc. Em seguida foi realizada pelo professor a leitura da fábula “A raposa e o corvo”. Após a leitura desta, foi entregue aos alunos a história digitada em uma folha e foi solicitado aos alunos que fizessem a organização da mesma, pois a história entregue às crianças estava com os parágrafos fora de ordem. Logo após foi realizada a correção da reescrita da fábula “A raposa e as uvas”, em duplas e coletivamente. A atividade de correção permite que os alunos percebam que o texto é algo inacabado, que pode e deve ser refeito quantas vezes o escritor desejar, pois o texto apresenta a qualidade de ser provisório. Na revisão do texto o alune assume um papel de revisor, ou seja, ele rompe com o seu produto e passa a enxergá-lo como algo que precisa ser avaliado por ele. Segundo os PCN de Língua Portuguesa, a criança irá “deslocar a ênfase da intervenção, no produto final, para o processo de produção, ou seja, revisar, desde o planejamento, ao longo de todo o processo: antes, durante e depois” (p. 74, 1997) Para finalizar foi proposta que os alunos utilizassem a fábula “A cigarra e a formiga”, por ser a mais conhecida destes, para que fizessem a reescrita da mesma modificando o final desta. Essa proposta visava fazer com que os mesmos pudessem recontar a história dando-lhe o final que desejassem, para permitir que os mesmos como escritores possam intervir no texto e dar-lhe suas próprias características de acordo com o modo que os mesmo escrevem. Gastaríamos de ressaltar que, sabemos que muitos colegas podem criticar a escolha das fábulas para a realização deste trabalho, pois esta nem sempre é bem vista pelos professores. Mas faremos uso de Geraldi que afirma, que devemos fazer a leitura de textos curtos para desenvolvermos o trabalho em grande grupo pelos professores e alunos, pois estes permitem “maior nível de profundidade” em que o “professor poderá exercer sua função de ruptura com o processo de compreensão da realidade.” (p. 64, 2006) E foi isso que procuramos fazer desde o inicio deste trabalho que ainda não foi encerrado. Cada dia em que aplicamos o Projeto COM-FABULANDO, percebemos que a escrita só existe como trabalho, como afirma Sercundes, ou seja, “todas as atividades realizadas fazem parte de um processo contínuo de aprendizagem.” (p. 88, 1997), que só será finalizada quando os alunos conseguirem se enxergar naquilo que produziram, percebendo que o escritor deixa suas marcas peculiares naquilo que escreve. 3 – O que aconteceu até agora... Gostaria de relatar um pouco do que aconteceu até o presente com a aplicação das atividades do COM-FABULANDO. As crianças se tornaram mais sensíveis a presença de outros textos conhecidos quando realizam a leitura de outras obras literárias, fazendo comentários com os colegas e com o próprio professor. O processo de intertextualidade ficou mais claro para estes pequenos leitores. Além disso, perceberam que o processo de escrita requer o processo de revisão de textos, denominado aqui como “o conjunto de procedimento por meio dos quais um texto é trabalhado até o ponto em que se decide que está, para o momento, suficientemente bem escrito”. (PCN, p. 80, 1997). Infelizmente, algumas crianças ainda acham que o trabalho em duplas, é uma forma de não colaborar com o outro, por dois motivos: ou porque não acredita que saiba algo e que tenha algo para contribuir; ou por achar que o colega que senta ao seu lado não tem algo a contribuir. Por ser um trabalho ainda não terminado, procuramos conscientizar as crianças que sobre a importância da ajuda do outro no processo final de produção e correção dos textos produzidos. 4 – Conclusões Chegamos ao final deste artigo e gostaríamos de fazer algumas ressalvas em relação ao trabalho que fizemos até o presente momento. Primeiramente, gostaríamos de afirmar que as Histórias em Quadrinhos podem realmente ser um importante instrumento de auxílio no ensino e na aprendizagem da leitura e na escrita. O segundo fato é que as HQ apresentam em sua estrutura a linguagem verbal e não verbal o que auxilia no desenvolvimento da leitura escrita e dos signos presentes na mesma, levando a um aprofundamento da compreensão do enredo por parte das crianças envolvidas nesta pesquisa. Além disso, a relação que as crianças mantêm com as Histórias em Quadrinhos permite com que estas se sintam mais à vontade perante a leitura que irão realizar, o que facilita a introdução do conteúdo programado. Enfim, confirmamos que as Histórias em Quadrinhos, se bem utilizadas, servem como um excelente instrumento de aprendizagem e de discussão sobre o mundo no qual estamos inseridos, dependendo somente, do seu bom uso por parte do professor. BIBLIOGRAFIA • ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e bobices. 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