Bazin cinema e realidade cinema e realidade Bazin - cinema e realidade Bazin - escreveu no período de 1944/56, morre aos 40 anos, Contexto - crítico de cinema (Esprit /Cahiers du cinema) escrita fragmentada, conteúdo político, defesa da noção de reencantamento do mundo pós-guerra, Cinema como fenômeno idealista, antes de técnico, (primazia da idéia sobre a materialidade) Livros - O que é o cinema? (essencialista) Cinema vocação realista - base técnica (função de reprodução da realidade, anseio humano de mumificar a realidade através da arte / ) Bazin - cinema e realidade Marca de um certo acolhimento da crítica francesa (anterior aos anos 60) a simplicidade dos filmes americanos (western), antes da crítica ideológica a cultura de massa e a homogeinização que o cinema americano simbolizava. Influências - Bergson (a questão da durée -tempo que se desenrola / tempo não espacializado), Sartre (Imaginação), Mounier (existencialista católico), Merleaux Ponty (fenomenologia) Bazin - cinema e realidade Evolução da linguagem do cinema - “imagistas x realistas” Evolução da técnica (som, dolly, etc) como artifícios que colocam o cinema na direção do mito do cinema total reproduzir de forma mais realista possível o real, Profundidade de campo “long shots”: elogio ao corte / montagem no próprio plano através de artifícios como movimentos da objetiva (Soft foco - Orson Welles), Elogio da montagem que trabalha com a unidade do espaço e tempo fílmico (Plano Sequência / Jean Renoir) / crítica à montagem formalista, que fragmenta o espaço em busca do efeito. Bazin - cinema e realidade Recepção - Dá ao espectador a liberdade de ter controle sobre o processo de visualização do filme (cenas), Relação com o real - Permite uma relação de ambiguidade do real, (reproduz a percepção humana do real /noção de participação do percebido e do acontecimento) Mise-én-scene objetiva - documentário / estética (ficção /narração) Cenários e locações externas - contra o artificialismo Bazin - cinema e realidade Aqui a ambiguidade é um atributo central do real. Influência de Merleau-Ponty, para quem não pode haver conhecimento completo da situação, mas sim uma resposta cada vez mais sensível a diferença misteriosa que o mundo nos apresenta (alteridade) e que envolve nossa consciência. Assim, a ambiguidade se torna um valor, uma medida da profundidade do real. Participação do espectador Bazin - cinema e realidade Montagem: três motivos para o corte nos filmes sonoros: 1) Como uma análise puramente lógica descritiva da narrativa 2) Em uma análise psicológica do um ponto de vista do personagem e 3) Como uma análise psicológica do ponto de vista da audiência. (contradição em críticas) Crítica - a visão do mundo (real ambíguo) para além da ideologia, Bazin - cinema e realidade Visão do artista como aquele que consegue uma experiência não alienada da sua relação com o mundo (visão romântica) A arte: através do poder da arte como artifício, e talvez por isso tem potencial para ir além "pseudo realidade”. Estruturalistas (razão pura) x fenomenólogos (processo de negociação com o mundo empírico) Razão pura x intuição (invenção)