Registrado sob nº 1182 ISSN 1807-3441 INFLUÊNCIA DA FORÇA GRAVITACIONAL SOBRE O SISTEMA CIRCULATÓRIO HUMANO ROMEU MIQUEIAS SZMOSKI [email protected] Prof(ª) JOÃO AGADIR PINTO JUNIOR Universidade Estadual do Centro-Oeste Palavras-chave: FORÇA, HIDROSTÁTICA, PRESSÃO, POSTURAS, ACELERAÇÃO A força gravitacional, definida por Newton na obra O Peso e o Equilíbrio dos Fluidos como a força que existe em um corpo e que o impulsiona a ir para baixo, influencia significativamente o movimento do sangue através do corpo, atuando ora a favor ora contra ao seu deslocamento. O efeito produzido por ela no sistema cardiovascular é atribuído a variações de pressão causadas pelo fator hidrostático, o qual pode ser expresso em função do produto da densidade do fluido (sangue) pela aceleração gravitacional e altura da coluna de sangue entre dois pontos. Como a atuação da gravidade é sempre para baixo, a posição que uma pessoa assume a maior parte do tempo interfere em sua pressão hidrostática. A alteração desta pode ser calculada necessitando apenas da altura da coluna de líquido dada pela distância vertical entre o ponto considerado e o coração, ou ainda um local onde a pressão hidrostática seja constante a despeito de mudanças posturais. Em um indivíduo deitado, com as artérias em um mesmo plano horizontal, o impulso dado ao sangue pelo bombeamento cardíaco não sofre quase nenhuma interferência da pressão hidrostática. Por outro lado, para um indivíduo em pé, há aumento ou redução da força exercida pelo sangue na parede dos vasos, dependendo da atuação da pressão hidrostática em cada região do corpo. Assim a pressão arterial será maior nos vasos dos membros inferiores do que nos vasos cerebrais. Pressões intensas sobre as veias fazem com que elas sejam distendidas e ocorra acúmulo de sangue nestes locais, se esta situação perdurar, pode haver danos às válvulas que impedem o refluxo do sangue, dando origem às varizes. Mudanças na força gravitacional exercida sobre o corpo, como em mudanças súbitas de postura ou em decolagens de avião e astronaves, requerem adaptação imediata do sistema cardiovascular a fim de evitar a diminuição do fluxo sangüíneo no cérebro e possíveis efeitos como tonturas, desmaios ou inconsciência passageira. Desse modo, dada a contribuição da força gravitacional sobre o sistema circulatório, infere-se a importância de se observar alguns cuidados quanto a estaticidade ou variação aguda de postura, bem como sujeição a acelerações verticais.