Setembro/2013
Governo do Distrito Federal persegue
e demite dirigente sindical
O servidor público da ADASA, Paulo Sérgio
Antônio da Cruz e diretor do SINDSER, foi demitido pelo GDF, com publicação no Diário Oficial
no dia 06/09, sexta-feira, quando estava completando os três anos de estágio probatório.
A demissão coincide com a denúncia interna
que Paulo Sérgio fez ao órgão de que um diretor
da ADASA, o senhor João Carlos Teixeira, estava
fazendo compras em um supermercado de Brasília com carro oficial e motorista da ADASA.
Em seu quadro funcional Paulo Sérgio acumula pontuações altas como um bom funcionário
público, mais para ótimo do que bom, já que alcançou a nota 8,4 em sua última avaliação.
A demissão não veio acompanhada de qualquer explicação por parte do governo, reforçando a tese de que foi perseguição política a um
servidor zeloso com o patrimônio público e que
mereceria elogios pela atitude e não demissão.
Eleito Delegado Sindical do SINDSER em 2011
e depois diretor do Sindicato em 2013, desde o
início de seu mandato, Paulo Sérgio teve uma
atuação comprometida com a categoria e a população, como deve ser um servidor público e
dirigente sindical. Desde que apresentou a primeira denúncia, junto com o SINDSER, protocolada junto ao TCDF, MPDFT e Secretaria de
Transparência, por irregularidades verificadas
na direção da ADASA, Paulo Sérgio passou a ser
perseguido implacavelmente, inclusive tirando-lhe ferramentas de trabalho que o impediam
de exercer sua função.
O diretor da Adasa, João Carlos Teixeira, fazendo compras com motorista da ADASA e carro oficial
do órgão (conforme foto abaixo), e o presidente,
Vinicius Fuzeira que usa de truculência contra os
servidores do órgão.
Se o servidor que denuncia é demitido, qual a
razão de se criar a Secretaria de Transparência?
Um marco na gestão pública para o combate à
corrupção e toda sorte de irregularidades cometidas no serviço público, a criação da Secretaria de
Transparência pelo GDF trouxe alento para a população que está cansada de ver gestores cometendo
toda sorte de crimes contra o patrimônio público,
na maioria das vezes em benefício próprio.
No entanto, quando um servidor, cumprindo
seus deveres denúncia um gestor por práticas nefastas com sérios prejuízos a um órgão público e
é demitido por isso, precisamos repensar qual o
verdadeiro papel da Secretaria de Transparência
e, caso o GDF insista em manter a exoneração do
servidor, é preciso repensar também, o papel desse
mesmo governo no que tange a coisa pública.
O SINDSER exige a reintegração do servidor demitido
Além de não dar qualquer direito de defesa ou
explicações sobre a demissão do servidor, a direção
da ADASA ainda atenta contra a Constituição que
garante estabilidade ao dirigente sindical em pleno
gozo de seu mandato eletivo.
O SINDSER encaminhou ofício ao Governo do
Distrito Federal, Secretarias de Transparência e de
Administração Pública cobrando a reintegração do
servidor Paulo Sérgio e nossas próximas ações se-
rão ações na justiça e denúncias a OIT – Organização Internacional do Trabalho e outros organismos
internacionais.
Não aceitaremos perseguição política contra um servidor que estava apenas cumprindo
o seu papel. Não arredaremos um milímetro
dessa luta. Exigimos reparação e a reintegração do diretor do SINDSER, Paulo Sérgio Antônio da Cruz.
Quem mesmo deve ser exonerado?
O servidor que cumpre seus deveres ou o gestor incompetente,
reacionário, autoritário, arbitrário e assediador?
A exoneração de Paulo Sérgio nos remete a uma inversão de valores no serviço público. O bom servidor, fiel aos princípios que devem reger o serviço público
é exonerado e o mau gestor, que comete
irregularidades de toda sorte em prejuízo à
população e à própria instituição pública é
mantido no cargo e quiçá até exaltado por
suas peripécias.
Download

Governo do Distrito Federal persegue e demite dirigente