Uma Generalização das Integrais Definidas de Moore e de Escardó Aarão Lyra Direção do Curso de Sistemas de Informação Universidade Potiguar, UnP, 59056-000, Natal, RN, Brasil. [email protected] Adrião D. D. Neto Benjamín R. C. Bedregal Departamento de Engenharia Elétrica Departamento de Informática e Matemática Aplicada UFRN, 59072-970 Natal, RN, Brasil UFRN, 59072-970 Natal, RN, Brasil [email protected] [email protected] A integração de funções reais é uma ferramenta muito usada na solução de diversos problemas nas engenharias e ciências em geral, bem como serve de base para conceitos importantes como, por exemplo, as transformadas matemáticas. Na literatura, podemos observar que alguns trabalhos foram desenvolvidos levando em consideração a matemática intervalar de Moore [3] em relação ao cálculo diferencial, dentre eles podemos destacar os trabalhos do próprio Moore [4], de Acióly [1] e o de Escardó [2]. A última abordagem generaliza a primeira, no sentido que considera funções intervalares em vez de semi-intervalares, porém também usa limites de integração reais. Já Acióly [1] apresentou uma noção de integral considerando funções e limites de integração intervalares, porém, não corresponde às características relativas à área de regiões sob o gráfico das funções intervalares. Nossa proposta, considera funções e limites de integração intervalares de tal forma que a integral definida de qualquer função real aproximada (ou representada) pela função intervalar em limites de integração dentro dos limites intervalares pertence ao intervalo da integral definida intervalar. Formalmente: Sejam F : IR → IR uma função definida no intervalo [a1 , b2 ]. A integral definida intervalar de F nos limites de integração intervalares A = [a1 , a2 ] e B = [b1 , b2 ], tal que a2 ≤ b1 e A e B não são raizes parciais de F é: R B A F(X)dX = [i1 , i2 ] onde R π (B) R π (B) i1 = min{ π 2(A) fR min (x)dx, π 2(A) fR min (x)dx, R π1 (B) π1 (A) 1 fR min (x)dx, e i2 = max{ R π1 (B) R π1 (B) π2 (A) R π2 (B) π1 (A) 2 fR min (x)dx} fR max (x)dx, R π1 (B) R π2 (B) π2 (A) R Moore utilizou em [4] a notação [a,b] f (x)dx para representar a integral da função real f no intervalo R [a, b], ou seja, ab f (x)dx como pode ser visto na literatura do Cálculo Diferencial e Integral atual. Ele utilizou também o teorema da continuidade afirmando que sendo F : R −→ IR uma função semi-intervalar contínua, existemduas funções reais F e F tais que, ∀x ∈ R, F (x) = F (x) , F (x) . Então, Moore [4] definiu a integral dehF em um intevalo [a, b] como: i R R R [a,b] F(x)dx = [a,b] F(x)dx, [a,b] F(x)dx Onde podemos ver claramente que: F = fmin e F = fmax O teorema da continuidade [4], mostra que esta definição coincide com a nossa proposta quando os limites de integração são intervalos degenerados, ou seja R [b,b] R [a,a] F(X)dX = [a,b] o(F)(x)dx, onde o(F) é a função semi-intervalar correspondente de F. Referências [1] Acióly, Benedito Melo, Fundamentação Computacional da Matemática Intervalar D.Sc., Master’s thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil, 1991. [2] Escardó, Martin Hötzel, Pcf extended with real numbers: a domain-theoretic approach to higher-order exact real number computation, Ph.D. thesis, Imperial College, 1997. [3] Moore, R. E., Interval Analysis, Prentice Hall, New Jersey, 1966. [4] fR max (x)dx, fR max (x)dx, π (A) fR max (x)dx} 2 onde fRmin (x) = π1 (F[x, x]) e fRmax (x) = π2 (F[x, x]). π1 (A) 168 , Methods and Applications of Interval Analysis , SIAM Publications, Philadelphia, 1979.