Setor de Educação de Jovens e Adultos
ÁREA:
Códigos e Linguagens – Língua Portuguesa
PODCAST:
Análise sintática
DURAÇÃO:
4min50seg.
– Olá! Meu nome é Juliana. Sou professora de Língua Portuguesa.
– Neste programa, vamos falar um pouco sobre um dos assuntos mais temidos pelo estudante
do português: análise sintática.
– Você sabe por que esse é um assunto tão temido assim?
– É porque durante muito tempo pensou-se que estudar português se resumia a fazer análise
sintática. E isso significava decorar um monte de nomes estranhos e ficar fazendo uma porção
de exercícios, classificando palavra por palavra em frases enormes e difíceis. Um horror!
– Mas será que era para ser assim, tão distante do português que falamos e escrevemos todo
dia? A análise sintática, então, não tem nenhuma utilidade para o estudante da língua
portuguesa?
– Vamos pensar nisso!
– A primeira coisa que devemos saber é que análise sintática faz parte da sintaxe, um conteúdo
da gramática da língua portuguesa. Devemos saber também que a gramática explica a estrutura
e o funcionamento da língua e contém o conjunto de regras que determinam o uso considerado
correto do português.
– Opa! Se a gramática define o uso correto da nossa língua, então os assuntos da gramática são
muito importantes, não?
– É isso mesmo! A gramática define o uso padrão da língua, a norma culta. Aí está o xis da
questão: em vez de ficar apenas decorando nomes e fazendo exercícios, precisamos entender
como a língua funciona. É isso que nos ajudará a ler, a falar e a escrever melhor.
– Então vamos a algumas definições. O que você precisa saber sobre sintaxe?
– Você precisa saber que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a combinação das palavras
nas orações, conforme a função exercida por elas. A sintaxe estuda também as relações lógicas
entre as orações. Fazer análise sintática significa entender a função que cada palavra ou oração
desempenha em uma mensagem. Vou tentar explicar melhor:
– Imagine um homem chamado Pedro, de 40 anos, casado, pai de três filhos. De segunda a sextafeira, ele trabalha como montador em uma fábrica de automóveis durante o dia e, à noite, vai
para a faculdade. Aos sábados, o Pedro trabalha como entregador na lanchonete de seu irmão
e todo domingo de manhã ele joga futebol, é o goleiro do time.
– Você reparou nas diferentes funções que o Pedro exerce ao longo da semana? Marido, pai,
montador, estudante, entregador, goleiro. Cada uma dessas funções representa uma dinâmica
diferente na vida do Pedro e altera a forma de ele se comportar e de se relacionar com as
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pessoas. Na análise sintática, não é diferente. Uma mesma palavra pode desempenhar várias
funções. Quer ouvir um exemplo?
– Preste atenção na seguinte oração:
Chocolate é o melhor doce do mundo.
– Nessa oração, a palavra “chocolate” é o sujeito, o termo essencial. Sem ele, a oração não tem
o menor sentido. Agora, ouça esta outra oração:
Vou fazer um bolo de chocolate.
– Nessa oração, vou fazer um bolo já comunica a ideia essencial. A informação de que o bolo é
de chocolate apenas fornece um detalhamento maior sobre a mensagem, é um adjunto
adnominal.
– Percebeu como a função sintática de uma palavra pode ser diferente, dependendo da posição
em que ela se encontra na oração e também do sentido do texto?
– Entender a sintaxe e saber fazer análise sintática nos ajudam a compreender melhor alguns
mecanismos da língua, como a concordância e a regência, bem como as relações de sentido que
se estabelecem entre as orações e parágrafos dos textos.
– Uma boa consulta a dicionários pode ajudar em seus estudos, pois eles geralmente informam
as diferentes funções sintáticas que uma mesma palavra pode desempenhar.
– Sou Juliana, professora de Língua Portuguesa.
– Um grande abraço e até a próxima!
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