FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES Av. Ernani Cardoso, 335/345 – Cascadura – RJ – CEP 21310-310 Tel. 2128-4900 Internet: http//www.souzamarques.br AULA PRÁTICA AULA Nº1 CURSOS: ENGENHARIA MECÂNICA E ENGENHARIA CIVIL Disciplina: Experimentação Básica IV - FÍSICA Prof.(s) Sandra Penha e Marcos Marins Código: ENG5007-2 Período: 4º TÍTULO: CALOR LATENTE DE FUSÃO DO GELO AUTORES: Prof.a Sandra Penha de Souza Almeida Sr. Rogério Maia Fernandes OBJETIVO GERAL Calcular o calor latente de fusão do gelo. INTRODUÇÃO TEÓRICA Antes mesmo que o calor fosse reconhecido como forma de energia, as medidas das quantidades de calor eram feitas através das variações de temperatura que os corpos sofriam quando se lhes fornecia energia sob a forma de calor. Assim estabeleceu-se como unidade de quantidade de calor a caloria (cal). Denomina-se caloria (cal) a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água de 14,5 ºC a 15,5 ºC, sob pressão normal. Aplicação tecnológica típica: Alta condutibilidade térmica: - Serpentina de trocador de calor. Baixa condutibilidade térmica: - Isolante térmico Materiais que se destacam por esta propriedade: Alta condutibilidade térmica: - Cobre - Alumínio Baixa condutibilidade térmica: - Porcelana - Madeira MUDANÇA DE FASE A matéria se apresenta na natureza, basicamente em três estados físicos, ou fases; sólido, liquido e gasoso. Sólido: Apresenta uma estrutura cristalina definida e organizada, devido às forças de coesão entre os átomos regularmente dispostos. Estes apenas vibram em torno de posições fixas, com pequeno grau de liberdade. Líquido: As forças de coesão entre os átomos são menos intensas, permitindo ligeiro movimento de translação molecular, e consequentemente, maior grau de liberdade. Por isso, os Arq.: EXP BAS IV-1 líquidos possuem volume definido, mas adquirem a forma do recipiente que os contém. Gasoso: Apresenta moléculas com elevado grau de liberdade, isto é, as forças de coesão entre os átomos são extremamente fracas. Esse estado não apresenta volume e forma definidos. Sabemos que, fornecendo ou retirando calor de uma substância, estamos aumentando ou reduzindo a sua agitação molecular. Por exemplo, uma substância no estado sólido, absorvendo calor, vai aumentando a vibração molecular apresentando acréscimos na sua temperatura. Ao atingir determinada temperatura, esse aumento na vibração pode ocasionar o rompimento de sua estrutura cristalina, organizada, modificando a disposição de seus átomos e moléculas. Essa modificação é a mudança de estado. Imediatamente após o início da mudança de fase, todo calor absorvido pela substância será utilizado no rompimento da estrutura sólida e, consequentemente, a temperatura permanecerá constante, até que toda a substância se transforme. No sentido oposto, uma substância no estado líquido cedendo calor, vai reduzindo a agitação molecular e a temperatura decresce até determinado valor, no qual, os átomos e moléculas se agrupam, adquirindo posições fixas, passando a vibrar em torno delas. Ao mudarem de estado, as substâncias de um modo geral, tem o mesmo comportamento: 1 - Toda substância possuí uma temperatura característica de mudança de estado, que depende da pressão a que esteja submetida. 2 - Para que ocorra uma mudança de estado, é necessário que: a) que a substância esteja na sua temperatura de transformação, e b) que se forneça ou se retire calor da substância. 3 - Durante a mudança de estado, a temperatura da substância permanece constante. FUSÃO É a passagem da fase sólida para a fase liquida, e se processa com a absorção de calor. O calor envolvido na transformação é diretamente proporcional a massa da substância. Q m A constante que transforma essa relação de proporcionalidade em uma igualdade é chamada de calor latente (L) e determina a quantidade de calor necessária para transformar a massa de uma grama de substância. Q (unid. caloria/g) Q Lm L m Calor Latente é o calor envolvido na transformação por unidade de massa. Por exemplo: calor latente de fusão do gelo Cf = 80 cal/g, sob pressão de 1 atm a 0 ºC. Logo, 1 g de gelo para passar para o estado líquido absorve 80 calorias. BIBLIOGRAFIA BÁSICA HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. SCHAUM, Daniel; MERWE, Carel W. V. Física geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2005. SEARS, Francis et all Física. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Arq.: EXP BAS IV-1 REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS 1. É proibida a permanência de alunos, sem jalecos; 2. É proibido o uso de sandálias, chinelos e shorts; 3. É proibido fumar, ingerir alimentos ou bebidas; 4. Manter cabelos longos presos; 5. Não colocar sobre as bancadas bolsas, agasalhos, mochilas, etc. 6. Realizar os procedimentos experimentais somente com um professor, monitor ou laboratorista; 7. Fazer uso de equipamento de proteção individual e coletivo adequado ao trabalho que está sendo executado (óculos, luvas, avental, capela de exaustão, etc); 8. Conhecer o funcionamento dos equipamentos antes de operá-los; 9. Muita atenção com transformadores de tensão e fontes de alta tensão; 10. Ao encerrar as atividades, verificar se todos os aparelhos foram devidamente desligados; 11. Comunicar qualquer incidente ao responsável pelo laboratório. O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES? 1. Princípio de incêndio: - Chamar ajuda do laboratorista imediatamente; - Desligar o quadro de energia elétrica; - Usar o extintor de incêndio caso tenha recebido treinamento adequado; - Dirigir-se para saída de emergência; - Ligar para o Corpo de Bombeiros 193; 2. Queimaduras - Lavar abundantemente com água por pelo menos 15 minutos; - Encaminhar a vítima ao médico. 3. Cortes - Lavar o local com água abundantemente; - Cobrir o ferimento com gaze; - Encaminhar imediatamente ao pronto-socorro. Arq.: EXP BAS IV-1 FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES Av. Ernani Cardoso, 335/345 – Cascadura – RJ – CEP 21310-310 Tel. 2128-4900 Internet: http//www.souzamarques.br LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAÇÃO BÁSICA IV TÍTULO DA EXPERIÊNCIA CALOR LATENTE DE FUSÃO DO GELO CURSO: DATA DA REALIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA: PROFESSOR: COMPONENTES DO GRUPO: ___/___/______ TURMA: GRUPO: Arq.: EXP BAS IV-1 FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES DEPARTAMENTO DE FÍSICA AULA PRÁTICA – Calorimetria (calor latente de fusão do gelo) – EXP. IV-1 PARTE A 1 – PROCEDIMENTO DE ENSAIO 1.1 - OBJETIVO Calcular o calor latente de fusão do gelo. 1.2 – OPERAÇÃO DE LABORATÓRIO a) Foi pesada uma massa (m1) de água à temperatura ambiente (cerca de 150 g) e colocada no calorímetro com gelo. (0 ºC). Depois de atingido o equilíbrio térmico (0 ºC) da água e do calorímetro foi pesada a massa (m 2) de água que corresponde à massa (m1) mais a do gelo derretido. 1.3 – PROCEDIMENTO DE CÁLCULO a) Determinar a massa do gelo derretido, através da expressão: (m2 – m1). b) Para o cálculo do calor latente de fusão do gelo lembrar que: Qg Qp Qg (m 2 m1 )Cf (m 2 m1 )Ca (t 2 0) Qp m1Ca (t 1 t 2 ) c) Para facilitar a determinação de Cf deveremos obter m 1 tal que não derreta todo o gelo, para garantir equilíbrio térmico a 0 ºC. Logo (t 2 = 0 ºC) SIMBOLOGIA: Cf - Calor latente de fusão do gelo m1 - Massa da água colocada no calorímetro. m2 - Massa de água que corresponde à massa (m1) mais a do gelo derretido Ca - Calor específico da água 1 cal / g 0C t1 - Temperatura da água ambiente t2 - Temperatura de equilíbrio 1.4 – QUESITOS a) Desenvolvimento algébrico necessário para obter Cf = f(m 1, m2, Ca, t1) b) Calcular Cf 1.5 – TABELA DE MEDIÇÃO GRANDEZA medidas m1 184 m2 245 t1 26º t2 0º Arq.: EXP BAS IV-1 FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES DEPARTAMENTO DE FÍSICA AULA PRÁTICA – Calorimetria (calor latente de fusão do gelo) – EXP. IV-1 PARTE B 1 – PROCEDIMENTO DE ENSAIO 1.1 - OBJETIVO Calcular o calor latente de fusão do gelo. 1.2 – OPERAÇÃO DE LABORATÓRIO a) Pesar uma massa (m1) de água à temperatura ambiente (cerca de 150 g). b) Colocar essa massa de água no calorímetro com gelo. (0 ºC) c) Fazer leitura da temperatura, até que seja atingido o equilíbrio térmico (0 ºC) da água e do calorímetro. d) Pesar agora a massa (m2) de água que corresponde à massa (m 1) mais a do gelo derretido. e) Determinar a massa do gelo derretido, através da expressão: (m 2 – m1). f) Para o cálculo do calor latente de fusão do gelo utilizar a fórmula desenvolvida na PARTE ª 1.3 – PROCEDIMENTO DE CÁLCULO a) Calcular o valor de Cf 1.4 – QUESITOS a) Comparar o valor calculado com o valor tabelado para Cf. Justifique o motivo da diferença caso exista. 1.5 – TABELA DE MEDIÇÃO GRANDEZA medidas EQUIPAMENTO Termômetro m1 FABRICANTE m2 t1 t2 SENSIBILIDADE Arq.: EXP BAS IV-1