O Centro de Memória Fluminense (CEMEF), é um centro documental e cultural, integra o sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Fluminense, criado em março de 1992, reúne uma série de coleções particulares de personalidades niteroienses, cedidas por doação ou comodato, além de vir formando ao longo dos anos o seu próprio acervo, através de compra e doações. O CEMEF tem como missão coletar documentação, independente da sua forma física, com a finalidade de reunir, preservar e divulgar a memória fluminense. Reunindo um acervo de livros, periódicos, folhetos, fotografias, postais, mapas, plantas, partituras e manuscritos, versando sobre o Estado do Rio de Janeiro, com ênfase na cidade de Niterói, e nas areas de história e Literatura de autores fluminenses. O Centro de Memória foi idealizado pela Prof(a) Aidyl de Carvalho Preis, com intuito de abrigar documentação sobre o Estado do Rio de Janeiro e que possibilitasse estudos sobre a História Fluminense, a ideia começou a germinar com a criação, em 1971, na Universidade Federal Fluminense, com o Curso de Pósgraduação em História. Tal iniciativa mereceu apoio de vários professores e autoridades universitárias e também do Núcleo de Documentação da UFF. Havia entre os Professores responsáveis pela criação do curso de Pós-Graduação em História da UFF, grande preocupação em salvaguardar coleções públicas e particulares de Niterói. A efetiva criação do Centro de Memória Fluminense da UFF deveu-se sobretudo, à ação de profissionais advindos da área de História, da Professora Aidyl e do Bibliotecário João Carlos Gomes Ribeiro, profissional sempre atento as questões de preservação de acervos, que foi o primeiro chefe do Centro de Memória e mais tarde viria a ser diretor do Núcleo de Documentação. Nesta época o Bibliotecário João Carlos Gomes Ribeiro, chefiava a Biblioteca de Geociências da UFF e identificou a necessidade de se abrigar a Coleção Carlos Mônaco, de reconhecida importância para a História de Niterói e Rio de Janeiro, dando inicio aos esforços, que resultaram na reunião daquele acervo na Biblioteca da Geociências, Campus Praia Vermelha, primeiro endereço do Centro de Memória Fluminense. Paralelamente ao Centro de Memória, foi criada também sua sociedade de Amigos (SACEM) da qual a Prof. Aidyl de Carvalho Preis foi a primeira Presidente (1992-1996). Em 8 de março de 1993, através da edição da Norma de Serviço nº386, firmada pelo então Reitor Prof. José Raymundo Martins Romeo, o Centro de Memória Fluminense é institucionalizado, sendo vinculado ao Núcleo de Documentação da Universidade Federal Fluminense. Em 1994 o CEMEF inaugura suas novas instalações no terceiro andar da Biblioteca Central do Gragoatá. Em setembro de 1996 assume o Centro de Memória Fluminense a Convite de João Carlos Gomes Ribeiro, a Bibliotecária Maria José da Silva Fernandes, cedida pela Fundação Biblioteca Nacional. Durante a gestão de Maria José Fernandes (1996-2011), são incorporadas várias coleções ao acervo do CEMEF, além da conclusão de trabalhos de tratamento técnico de todas as coleções, salvo as que se encontram em constante crescimento. Maria José Fernandes profissional sempre atenta aos assuntos relacionados a História e Memória Fluminense, em parceria com professores da Universidade, entre eles Professor César Augusto de Ornellas Ramos e Emílio Maciel Eigenheer, realizam inúmeras exposições e trabalhos de pesquisa, entre eles a série “Cadernos do Centro de Memória Fluminense” iniciada em 2003, com o objetivo de dar um caráter mais permanente as exposições realizadas pelo CEMEF. Idealizada pelo Professor Emílio Eigenheer, a série se encontra em seu vigésimo número. A partir do nono caderno, começamos a publicar na série os catálogos das coleções do CEMEF, com o objetivo de centralizar todas as publicações. Em 1999 o CEMEF, transfere-se mais uma vez agora para o primeiro andar da Biblioteca Central do Gragoatá, onde funciona até hoje, ocupando uma área de 150m2, na ala direita. Neste espaço estão abrigados o acervo a equipe técnica e a consulta de usuários, em 2010 o espaço do Centro de Memória foi fechado com vidros Blindex, o que trouxe maior segurança para o acervo. Fonte: FERNANDES, Maria José da Silva. A importancia das coleções particulares para a preservação da memória regional: o Centro de Memória Fluminense da UFF. Niterói: Sociedade de Amigos do Centro de Memória Fluminense, 2005. (Cadernos do Centro de Memória Fluminense, 7). FERNANDES, Maria José da Silva. Centro de Memória Fluminense: relatório de gestão set.1996/abr.2011. Niterói, 2011.