RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE Capítulo 3 – Meteorologia Básica e Aplicações (Vianello e Alves) INTRODUÇÃO • A Radiação Solar é a maior fonte de energia para a Terra, sendo o principal elemento meteorológico, que desencadeia todo o processo meteorológico afetando todos os outros elementos (Temperatura, pressão, vento, chuva, umidade, etc) • A Energia Solar é a fonte primaria de energia para todos os processos terrestres, desde a fotossintese até o desenvolvimento de Furacões, tempestades, circulação geral da atmosfera e oceanos. INTRODUÇÃO • Energia Radiante do Sol é fundamental em estudos ecológicos e de disponibilidade de energética, pois a maior parte da energia disponível tem origem na radiação solar. • A luz solar percorre cerca de 150.000.000Km, a uma velocidade de 300.000Km/s e ela gasta 8,3min nessa trajetória. • Veremos algumas relações importantes para a quantificação da radiação solar. RELAÇÕES ASTRONÔMICAS ENTRE SOL E A TERRA DISTÂNCIA DA TERRA SOL É VARIÁVEL Dmin = 147,1 x 106 Km (periélio) Dmáx = 152,1 x 106 Km (afélio) 6 Dmed = 149,6 x 10 Km (1 Unidade astronômica – 1UA) = D Fator de correção da excentricidade da terra – razão ao quadrado da distancia média e a distancia atual Equação de Duffie and Beckman: ( D/ D) 1 + 0,033 cos (360 nj / 365) 2 Hemisfério Norte Iqbal, M. An Introcuction to Solar Radiation. Academic Press. 1983. Fator de correção da excentricidade da terra – razão ao quadrado da distancia média ( D ) e a distancia atual terra (D)- sol Equação de Duffie and Beckman: ( D/ D) 1 + 0,033 cos (360 nj / 365) 2 ( D/ D ) 2 Eq. de Spencer ( D/ D )2 1,000110 + 0,034221 cos X + 0,001280 sen X + 0,000719 cos 2X + 0,000077 sen 2X X 360°.(nj - 1) / 365 COSMOGRAFIA E SISTEMAS DE COORDENADAS CELESTES O GLOBO TERRESTRE: FORMA GEÓIDE, RAIO MÉDIO = 6.371 Km TERRA 2 MOVIMENTOS IMPORTANTES ROTAÇÃO – DIAS E NOITES (PERÍODO 24 h) TRANSLAÇÃO – 4 ESTAÇÕES (365 dias 6 h) AS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO COORDENADAS GEOGRÁFICAS LATITUDE (F) - ângulo formado entre o Plano de Equador Terrestre e o segmento de reta que liga o centro da terra ao ponto em questão 0° a 90° +HN (Hemisfério Norte), -HS (Hemisfério Sul) LONGITUDE – ângulo formado pelo meridiano local e o meridiano de Greenwich (varia de 0° a 180° - leste ou oeste) associado com os meridianos terrestres referência meridiano de Greenwich ALTITUDE – desnível em relação ao nível do Mar BRASIL F varia de 5°N a 34°S e longitude de 35°W Grw a 75° Grw COORDENADAS CELESTES Com a finalidade de se estudar o movimento dos corpos celestes definiu-se os sistemas de coordenadas celestes ESFERA CELESTE Para simplificar o estudo admite-se que os astros estão dispostos sobre uma superfície esférica, denominada esfera celeste PN – pólo norte PS – pólo sul PNC – pólo norte celeste PSC – pólo sul celeste PEC – Plano do equador celeste TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F.J.F. Meteorologia descritiva: fundamentos e aplicações brasileiras. São Paulo: Nobel, 1980. Ascensão reta (a ou AR): ângulo medido sobre o PEC , com origem no meridiano que passa pelo ponto Áries (ou ponto vernal, g), e extremidade no meridiano do astro. A ascensão reta varia entre 0h e 24h (ou entre 0º e 360º) aumentando para leste. O Ponto Áries, também chamado Ponto Gama (g), ou Ponto Vernal, é o ponto do plano do Equador Celeste, ocupado pelo Sol no equinócio de primavera do hemisfério norte (mais ou menos em 22 de março de cada ano). 0 h a 24 h ou 0º a 360º Declinação do astro (): ângulo que o raio vetor do astro faz com a sua projeção no PEC (Plano do Equador Celeste). A declinação varia entre –90º e +90º. Para o sol: -23,45° +23,45º Valores precisos são publicados no anuário astronômico. Para fins agronômicos pode ser estimada pela equação de Cooper (1969): 360 (284 nj ) 23,45 sen 365 nj = dia juliano ou dia do ano (varia de 1 a 365, ou de 1 a 366). FIGURA 48 – Movimento Anual Aparente do Sol na Direção Norte-Sul, Associado à Variação de sua Declinação, Devida à Obliquidade do eixo em Relação ao Plano da Eclíptica (Varejão- Silva, M.A. Ceballos, J.C. 1982- Citado por Vianello e Alves, 2000) Ângulo horário (h): É o ângulo medido sobre o equador, com origem no meridiano local e extremidade no meridiano do astro (ângulo entre o meridiano local e o meridiano que contem o astro). Varia entre -12h e +12h (positivo à tarde e negativo de manhã). O sinal negativo indica que o astro está a leste do meridiano, e o sinal positivo indica que ele está a oeste do meridiano. h = (Hora Solar Verdadeira – 12) . 15° Note que o valor 12 na expressão acima representa o meio dia solar, ou seja o instante em que o Sol passa sobre o meridiano local. A hora solar verdadeira é também denominada na literatura como hora solar aparente. O Sistema Horizontal Local de Coordenadas Celestes Esse sistema utiliza como plano fundamental o Horizonte celeste. As coordenadas horizontais são azimute e a elevação. Sistema Horizontal Local de Coordenadas Celestes a = azimute; e = elevação solar; PHL = Plano do Horizonte Local O Sistema Horizontal Local de Coordenadas Celestes Esse sistema utiliza como plano fundamental o Horizonte celeste. As coordenadas horizontais são azimute e a elevação. Azimute (A): é o ângulo medido no plano do horizonte local (PHL) a partir do rebatimento do astro com a linha NS, com origem no Sul. O azimute varia entre 0º e 180º. É negativo pela manhã e positivo à tarde. Elevação (e) ou altura do astro: é o ângulo medido sobre o círculo vertical do astro, com origem no horizonte e extremidade no astro. A altura varia entre -90° e +90°. O complemento da elevação se chama ângulo zenital (z). Assim, a distância zenital é o ângulo medido sobre o círculo vertical do astro, com origem no zênite e extremidade no astro. O ângulo zenital varia entre 0° e 180°. e + Z =90° Sistema Horizontal Local de Coordenadas Celestes a = azimute; e = elevação solar; PHL = Plano do Horizonte Local O TRIÂNGULO ASTRONÔMICO Triangulo imaginário localizado na esfera celeste que é utilizado para equacionar as relações entre os ângulos: zenital (z), azimutal (a), horário (h) e declinação solar () Observação importante a primeira equação fornece o sinal do ângulo e a segunda o modulo do ângulo. Z = ângulo zenital = latitude do local h = ângulo horário 0° a 90° (+HN e –HS) h = (HORA – 12 ) . 15 cos Z = sen . sen + cos . cos . cos h OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 1 - Ao meio dia solar (h = 0°), tem-se: cos Z = sen . sen + cos . cos . 1 cos Z = cos ( ) Considerando-se a convenção de sinais adotada anteriormente, obtem-se Z= isto significa que quando o sol passa pelo zênite de uma localidade ( Z = 0°) situada em uma determinada latitude quando 2 – Os ângulos horários correspondentes ao nascer (-H) e ao pôr do sol (+H), respectivamente, serão determinados fazendo Z = 90° 0 = sen . sen + cos . cos . cos h cos H = - tg . tg 3 – A duração astronômica do dia (comprimento do dia, ou fotoperíodo), N, pode ser determinada por: 2H N 15 N em horas e H em graus Cálculo do comprimento da sombra Exemplo: Calcule para o dia 1 de outubro em Diamantina – MG (Lat = 18° 15’ S, Long = 43° 36’ W e Alt = 1296 m): a) A declinação solar (δ), o fator de excentricidade da órbita terrestre ( D/ D)2, o ângulo horário do nascer e do por do sol (H), o comprimento do dia (N) – fotoperíodo ou duração astronomia do dia – e os horários de nascer e por do sol. b) Considerando o horário de 15horas deste dia calcule o ângulo zenital (Z), a elevação solar (e) e o azimute do sol (a), para referido dia, no referido horário. Calcule também, para este mesmo dia e horário, o comprimento da sombra de um poste de 10 m de altura. c) Calcule para o referido dia a Radiação no topo da atmosfera (Ro) – aula que vem.................ATÉ LÁ d) Compare com os valores tabelados (Vianello e Alves, 2000) TRABALHO 3 – ENTREGA ATE 20 10 2014 PARA DA DATA DO SEU ANIVERSÁRIO Bibliografia IQBAL, M. An Introduction to Solar Radiation. Academic Press, New York, 390p. 1983. PEREIRA, A.R.; ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P.C. Agrometeorologia: fundamentos e aplicações práticas. Guaiba: Agropécuária, 2002. 478 p. (Capítulo 5) VAREJÃO-SILVA, M.A. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital. Brasília: Inmet, 2005. 531p. CAPITULO I (p.7) e V (p.194) VIANELLO, R.L., ALVES, A.R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV, 2000. 449p. Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hor%C3%A1rio_solar_aparente Acesso em 15 de novembro de 2011.