PRAXIA Revista on line de Educação Física da UEG http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/praxia Artigo Correlação entre intensidades da reserva de frequência cardíaca e intensidades do consumo máximo de oxigênio. Veridiana Mota Moreira*a, Alexandre Machado Lehnenb b a Avenida das Rosas s/n, Bairro Sol Nascente, Quirinópolis, GO, Brasil, UEG, E-mail: [email protected] Av. Princesa Isabel, 385, Porto Alegre, RS, Brasil; Faculdade SOGIPA de Educação Física, E-mail: [email protected] Recebido em XX XX 2012, Aceito para publicação em XX XX 2012, Disponível online dia XX XX 2012. Resumo Estudos demonstraram que a reserva da freqüência cardíaca (RFC) admite ter uma correlação direta entre os seus percentuais e os mesmos do VO2max. Outros estudos demonstraram que a melhor correlação de RFC foi encontrada com a reserva do VO2max (RVO2max). Portanto, o objetivo dessa pesquisa é verificar qual a melhor correlação, entre os %RFC com os %VO2max ou %RVO2max. Para isso, uma amostra constituída de 20 indivíduos do sexo masculino com idade de 30,4 ± 4,5 anos, assintomáticos e ativos fisicamente foi submetida aos testes. Palavras-chave: RFC, VO2max, RVO2max. Abstract Studies have shown that heart rate reserve (HRR) admits a direct correlation between its percentage and the same of VO2max. Other studies have shown that the best correlation of HRR was found with the reserves of VO2max (RVO2max). Therefore, the objective of this research is to ascertain the best correlation between the % HRR with RVO2max% or % VO2max. For this pourpose, a sample consisted of 20 males with 30.4 ± 4.5 years old, asymptomatic and physically active have undergone testing. Keywords: HRR, VO2max, RVO2max. Introdução Para que o treinamento físico eleve a condição de vida em termos de saúde, bemestar, força, capacidade funcional, etc. são necessários métodos específicos, com controles de variáveis fisiológicas, proporcionando eficiência e segurança2,3,4,5. Os treinamentos físicos estão baseados na tríade conhecida como6,1,7: frequência, duração e intensidade. Segundo alguns autores1,7 a variável mais importante dessas citadas, é a intensidades do exercício, sendo inclusive considerada como termo moderador da adesão ou não aos programas de treinamento. Praxia, Vol. 35, No. 6, 2012 1158 PRAXIA Revista on line de Educação Física da UEG http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/praxia Artigo Em termos de programas aeróbios, a intensidade dos exercícios é determinada aplicando-se percentuais sobre parâmetros fisiológicos e/ou metabólicos, por exemplo: frequência cardíaca (FC), reserva da frequência cardíaca (RFC), consumo máximo de oxigênio (VO2max), reserva do consumo de oxigênio (RVO2max), ponto de compensação respiratória (PCR), equivalente metabólico (MET), entre outros. Desta forma, esse trabalho tem por objetivo determinar a melhor correlação entre: RFC versus VO2max ou RFC versus RVO2max. Materiais e Métodos O delineamento desse trabalho caracteriza-se por uma pesquisa observacional do tipo transversal com abordagem descritiva e amostragem não-probabilística. Avaliações preliminares foram feitas a fim de excluir os participantes com possibilidades de riscos irreversíveis durante os testes de esforço (TE). A pesquisa possui dados quantitativos, que através do tratamento estatístico adequado gerou respostas correlacionais e inferenciais15. A amostra constituiu-se de 20 indivíduos do sexo masculinos (n = 20), com média de idade 30,4 ± 4,53 anos, fisicamente ativos, mais especificamente, em treinamento aeróbio. Todos participantes foram convidados diretamente a realizar os testes com prévias explicações do seu objetivo, e em acordo, assinaram o termo de consentimento14 para a realização dos mesmos. Resultados Os dados foram coletados a partir de uma amostra com 20 indivíduos (n = 20) voluntários, do sexo masculino, assintomáticos, praticantes de exercícios físicos aeróbios. Para melhor visualização dos resultados obtidos neste estudo, os dados foram apresentados da seguinte forma: (a) informações antropométricas da amostra; (b) tabela das informações de FC e consumo de oxigênio por estágio; (c) correlações encontradas entre RFC versus VO2max e RFC versus RVO2max, bem como, os gráficos das regressões lineares e (d) diferença significativa entre os parâmetros da melhor correlação. Discussão Algumas recomendações1,17 para treinamento aeróbio utilizam como controle de intensidade dos exercícios físicos percentuais da frequência cardíaca máxima e/ou do consumo máximo de oxigênio. Em quaisquer dos casos é preciso obter o máximo que o indivíduo pode atingir, para só então, aplicar percentuais sobre esses máximos, determinando a intensidade correta para a prática dos exercícios. Praxia, Vol. 35, No. 6, 2012 1161 PRAXIA Revista on line de Educação Física da UEG http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/praxia Artigo Os parâmetros máximos, tanto para consumo de oxigênio (VO2) como para frequência cardíaca (FC), podem ser extraídos de duas formas: direta ou indiretamente. No caso do consumo de oxigênio a forma direta consiste em aplicar um protocolo de esforço e fazer análise da troca de gases expirados. Para a frequência cardíaca o modo direto consiste em aplicar um protocolo de exercício e observar qual a maior frequência, geralmente ao final do teste. Conclusões Baseando-se nos pressupostos apresentados nesse trabalho, pode-se afirmar que, para a amostra estudada, os percentuais da RFC possuem melhor correlação com os percentuais do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e não com a reserva do consumo máximo de oxigênio (RVO2max), embora as correlações encontradas para ambos casos tenham sido altas. Referências (1) American College of Sports Medicine (ACSM). Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforço e sua Prescrição. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003. (2) Yazbek PJ, Battistella LR. Do atleta ao transplantado, Condicionamento físico. Savier: Associação Paulista de Medicina. São Paulo - SP, 1994. (3) Dantas EHM. A Prática da Preparação Física. 4ª ed. Rio de Janeiro: Shape e Promoções Ltda, 1995. (4) Weineck J. Treinamento Ideal. 1ª ed. São Paulo: Manole Ltda, 1999. (5) Carvalho ES, Santos ALG, Schneider AP, Beretta L, Tebexreni AS, Cesar MC et al. Análise comparativa da aptidão cardiorrespiratória de triatletas, avaliados em ciclossimulador e bicicleta ergométrica. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 2000; 8: 21-24. (6) Pollock ML, Wilmore JH. Exercício na Saúde e na Doença. 2ª ed. Rio de janeiro: Médica e Científica Ltda, 1993. Praxia, Vol. 35, No. 6, 2012 1161