“Fazer todo bem que se possa, amar sobretudo a liberdade e, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a liberdade” Ludwig van Beethoven EDITORIAL GOSP lança primeira edição de revista Unidade Em latim, unĭtas. Em francês, unité. Em alemão, einheit. Em italiano, unità. Em inglês, unit. Seja qual for o idioma, a palavra ‘Unidade’ traz uma referência direta a tudo aquilo que não pode ser dividido. Tudo aquilo que não pode ser dissociado sem que sua respectiva essência seja destruída ou alterada. É com esse propósito de união entre os Maçons e, principalmente, entre os Poderes, que a nova gestão do Grande Oriente de São Paulo (GOSP) irá legitimar a continuidade das nossas ações e objetivos. À frente desse caminho, estão o Grão-Mestre Estadual, o Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho, e o Grão-Mestre Estadual Adjunto, o Poderoso Irmão Kamel Aref Saab. Como uma de nossas ações, temos a satisfação de apresentar a todos os nossos Irmãos da Jurisdição a primeira edição da Revista Luzes, que passa a ser veiculada bimestralmente. Trata-se de um projeto editorial sólido, com informações relevantes e fontes de inestimado conhecimento, apresentadas em um projeto gráfico elegante e ao mesmo tempo moderno. A publicação tem formato digital e, sendo assim, pode se difundir pelos quatro cantos do País de maneira ágil e inteligente. Confira nesta primeira edição uma entrevista exclusiva com o GME. Nela, nosso Eminente Irmão fala sobre a importância do momento vivido pelo GOSP e pela Maçonaria Paulista, bem como apresenta algumas das estratégias e desafios que permeiam nossas atividades ao longo dos próximos tempos. “É chegada a hora de os Maçons deixarem a plateia para serem protagonistas no processo de evolução da sociedade.” Veja ainda uma reportagem especial sobre os 94 anos de história do GOSP, celebrados em 29 de julho, e passeie pelo tempo a partir do Museu Maçônico José Bonifácio (MMJB). As demais editorias trazem o valoroso trabalho de Obreiros, a mensagem da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (PAEL), ações de Lojas Maçônicas e as atividades das Paramaçônicas. Tenham todos uma ótima leitura. Poderoso Irmão Reinaldo Lázaro Ruas Grande Secretário Estadual de Comunicação e Imprensa EXPEDIENTE Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente de São Paulo (GOSP): Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho • Grão-Mestre Estadual Adjunto do Grande Oriente de São Paulo (GOSP): Poderoso Irmão Kamel Aref Saab • Grande Secretário Estadual de Comunicação e Imprensa (GSCI): Poderoso Irmão Reinaldo Lázaro Ruas (Jornalista Responsável GOSP: MTB 42.742) • Poderosos Irmãos Secretários Estaduais Adjuntos da GSCI: Sérgio Ayres da Silva Filho e Antônio Francisco Mascarenhas Jornalista Responsável: Roberto Souza (MTB: 11.408) • Editor-Chefe: Fábio Berklian • Editor: Rodrigo Moraes • Reportagem: Daniella Pina e Lais Cattassini • Revisão: Paulo Furstenau • Projeto Gráfico: Luiz Fernando Almeida • Diagramação: Leonardo Fial, Luiz Fernando Almeida e Willian Fernandes Foto de capa: GOSP / Arquivo • www.rspress.com.br ENTREVISTA O Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho acumula 32 anos de Ordem Maçônica, tendo passado por todos os cargos da Loja Retidão e Prudência, número 2.143, onde foi iniciado, além de postos de destaque como Presidente da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (PAEL) e Grão-Mestre Estadual Adjunto. Ele é também advogado especializado em direito do trabalho, professor universitário e conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nesta entrevista exclusiva concedida à Revista Luzes do GOSP, ele fala sobre os principais desafios e o futuro do GOSP. Como será seu mandato até 2019? Qual tônica deve estar presente, marcando sua gestão? Um dos eixos de principal destaque é a reaproximação do GOSP com as Lojas da jurisdição. É importante que o Grão-Mestrado fique mais perto dos nossos Veneráveis Mestres, na manutenção dos princípios iniciáticos e para que a administração das Lojas seja auxiliada por todas as Secretarias do GOSP. 4 Luzes É chegada a hora de os Maçons deixarem a plateia para serem protagonistas no processo de evolução da sociedade Grão-Mestre Estadual fala sobre os desafios da gestão e o futuro da Maçonaria Gospiana Outra ferramenta de aproximação será a construção do parque de informática, que permitirá que todos os Irmãos possam interagir em nossos sistemas. Cada um terá seu e-mail próprio, além de um ambiente social parecido com o Facebook, para que a comunicação seja bastante efetivada. Quais os principais desafios e como o Irmão espera superá-los? Temos inúmeros desafios. Destaco o combate às ‘pseudomaçonarias’, que hoje já passam de 140 entidades que promovem um verdadeiro comércio. Pretendemos combatê-las fortalecendo a relação com nossas Lojas e com a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (GLESP) e, ainda, dificultando que os Irmãos vindos dessas ‘Lojas comerciais’ mantenham os graus que tiverem nestas. Outro ponto é, mais uma vez, incentivar o Instituto Acácia de Responsabilidade Social para que centralize o trabalho filantrópico da Maçonaria, servindo como elo direto entre os recursos privados e públicos e as mais de 150 entidades filantrópicas mantidas atualmente pelas Lojas e Irmãos. Finalmente, enfrentaremos também a evasão, que faz o GOSP perder membros que sem dúvida têm potencial. Isso será combatido não apenas mostrando nosso passado histórico, mas falando sobre nosso futuro. julho/agosto 2015 Gosp / divulgação eminente irmão benedito marques ballouk filho tem 32 anos de ordem maçônica julho/agosto 2015 Fale um pouco sobre a relação do Poder Executivo com os demais poderes constitucionais Maçônicos. Como essas forças institucionais se unem em prol da Maçonaria Gospiana? Podemos dizer que temos hoje uma relação completamente harmônica. Depois de muitos problemas entre os três poderes, essa nova gestão da PAEL foi eleita em chapa única, o que demonstra essa harmonia, união e preparo de todos. Mostra também que todos temos consciência de nossos desafios. Se não fizermos a Maçonaria dar um salto de qualidade, estamos fadados a ser um clube de amigos. Essa união é fundamental para um futuro promissor. Ninguém é tão bom quanto todos nós juntos. Qual será a importância dada em sua gestão para temas como tempo de estudo e formação maçônica? Os Encontros Regionais de Aprendizes e Companheiros (ERACs) passam a ser subsidiados pelo GOSP. Como será isso? Cada Loja Maçônica é um centro de estudos tanto dos princípios iniciáticos quanto das discussões ideárias da sociedade civil. Isso já ocorre dentro de cada um desses micronúcleos. Queremos fomentar os ERACs para trazer a esses membros nossos princípios iniciáticos e ouvi-los em nível regional. A realização desses eventos sempre foi muito complicada para as Lojas, sobretudo em função do alto custo e do trabalho de organização necessário. O GOSP passa a patrocinar financeira, logística e institucionalmente esses encontros. Luzes 5 ENTREVISTA “A grande ação do Maçom está fora da Loja, na sociedade, nas 166 horas de semana que restam. É hora de os Maçons se aliarem às outras pessoas de bem” As nove Regiões Maçônicas receberão esse evento uma vez por ano e nós participaremos com cadastramento, diplomas, banners e até grade pedagógica. A política estadual também é marcada atualmente pela regionalização (criação de subsedes). Como isso facilita as Lojas e Obreiros? Que tipo de transformação está sendo alcançada? Nossa ideia é valorizar a identidade regional da Maçonaria. Pensar que uma instituição do tamanho do GOSP é completamente homogênea seria um erro. Existe um núcleo único, com motivações e objetivos iguais, mas regionalmente ele é permeado por inúmeras nuances e variáveis. O 6 Luzes objetivo é deixar nascer dessa capilaridade o interesse que cada região tem pelo desenvolvimento dos temas. Um homem sentado em uma cadeira da rua São Joaquim 457 é incapaz de satisfazer a todas as expectativas de mais de 645 municípios. As Regiões Maçônicas já estão maduras para isso e vamos dar todo o apoio e incentivo necessários. Faremos um projeto-piloto nas regiões de Santos e Ribeirão Preto. O Brasil vive uma profunda crise econômica e social, influenciada por um problema estrutural e político básico: a corrupção. Como a Maçonaria é impactada nesse contexto e age diante desse cenário de políticas malfeitas? A corrupção é o maior inimigo do Brasil atualmente, matando milhares de pessoas e atrasando o desenvolvimento do País. Nada como uma entidade interessada e comprometida com a Pátria para combater esse cenário. Acreditamos que a ação de influenciar a mudança do parlamento, tirando os corruptos e colocando em seu lugar homens de bem, é um caminho para isso. Os Maçons precisam estar envolvidos nisso. Não adianta sermos líderes e construtores sociais dentro de uma Loja Maçônica enquanto deixamos o País continuar dessa forma. Vale frisar que a Maçonaria nunca fez nada pelo Brasil nesses 193 anos de história. Quem fez foram os Maçons, pessoas de carne, osso e muita boa vontade. Qual o papel da Maçonaria nesse meio? Nosso papel é fazer uma interface entre o Discurso Maçônico e a prática cidadã. Em duas horas semanais de Maçonaria, você aprende Filosofia Maçônica e a edificação moral do homem. A grande ação do Maçom está fora da Loja, na sociedade, nas 166 horas de semana que restam. É hora de os Maçons se aliarem às outras pessoas de bem. Deixando a plateia e se tornando protagonistas no processo de evolução da sociedade, por meio único e legítimo, no exercício da política. É uma revolução pacífica, um movimento cívico e democrático. Em vez de trabalhar apenas denunciando corruptos que são depois beneficiados pelo sistema arcaico de leis e aplicação da justiça e que resultam na impunidade, nós, do GOSP – pelo projeto do Grupo Estadual de Ação Política (GEAP) –, nos encarregamos de articular um pacto social para buscar apoio de líderes e entidades a essa proposta. Uma grande aliança formada para disputar o espaço hoje ocupado pelos corruptos, colocando em seus lugares cidadãos de bem. Se há muitos anos os maçons foram operativos na construção de edifícios e plantaram as sementes da razão, hoje se dedicam à construção moral da sociedade. julho/agosto 2015 Iniciado em 12 de novembro de 1998 na ARLS Fraternidade Paulistana 2309, o Poderoso Irmão Grão-Mestre Estadual Adjunto Kamel Aref Saab foi elevado em 18 de novembro de 1999 e exaltado no dia 17 de agosto de 2000. Foi instalado e empossado Venerável Mestre em 6 de junho de 2004. Nessa Oficina, foi responsável pela arrecadação para construção pró-templo, no período de 1999 a 2002. Também foi V M da ARLS Ézio Donatti, de 3 de junho de 2006 a 31 de maio de 2007. Em Lojas, foi Tesoureiro, Orador, membro e Presidente de Comissões Permanentes e de Comissões de Instalação e Posse, na qualidade de Presidente, 1º e 2º Vigilantes e Mestre de Cerimônias. Eleito Deputado Estadual pela ARLS Fraternidade Paulistana para o período de 2007 a 31 de março de 2009, foi nessa época presidente da Comissão do Regimento Interno da PAEL. Ir Saab exerceu novo período parlamentar, de julho de 2009 a maio de 2011, desta vez pela ARLS Lealdade Paulistana 2920, ocasião em que foi eleito à presidência da Comissão de Relações com a Soberana Assembleia Federal Legislativa (SAFL). Novamente eleito, dessa vez pela ARLS Ézio Donatti para o período de junho de 2011 a maio de 2015, Ir Saab foi escolhido por seus pares para Vice-Presidente da PAEL no biênio 2011/13 e, nos dois anos posteriores, eleito Presidente da PAEL, cujo mandato se encerrou em 20 de junho de 2015. Iniciou nos corpos filosóficos em 13 de março de 2002, na Loja de Perfeição Paulistana, 20219. Atingiu o Grau 33 em 26 de junho de 2010 Gosp / Arquivo Perfil do Grão-Mestre Adjunto, o poderoso Irmão Kamel Aref Saab no Rito Escocês Antigo e Aceito. Ocupou, de 2004 a 2011, diversos cargos nos Corpos de Perfeição, Sublime Capítulo Bandeirantes, Conselho Kadosh e Consistório, como Orador, 1º Vigilante e T V P . Em 28 de outubro de 2014, teve reconhecimento do Grau 33 para o Rito Brasileiro. Foi agraciado em janeiro de 2015 com a Medalha e Título do Mérito Cultural. Em abril recebeu a Medalha José Bonifácio, conferida pelo Grande Oriente de São Paulo (GOSP). No dia 23 de maio deste ano, recebeu a Medalha MMDC, honraria reconhecida pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do decreto 40.087, de 14 de maio de 1962. Graduou-se em 1977 na Superior Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, concluindo pós-graduação em Engenharia de Higiene e Segurança Industrial em 1978. Uma década depois, concluiu o curso de bacharel em administração de empresas pela mesma instituição de ensino superior. Confira entrevista exclusiva com o Poderoso Irmão Grão-Mestre Estadual Adjunto Kamel Aref Saab na próxima edição da Revista Luzes. Veja ainda reportagem sobre o Ilustre Conselho Estadual (ICE), do qual o Poderoso Ir.’. Saab é presidente, no site do GOSP. julho/agosto 2015 Luzes 7 LOJAS • Trabalho em todas as regiões do estado Estrela de Santos melhores sentimentos de solidariedade. Para dar cumprimento a um dos seus objetivos, a Loja assumiu, em 1981, a entidade Associação Casa de Estar de Santos, que mantém até hoje. O espaço atende 96 crianças de forma integral, fornecendo alimentação e cuidados pedagógicos gratuitamente. O Capítulo Santos da Ordem DeMolay também é uma Entidade Paramaçônica patrocinada pela Loja Estrela de Santos. Nele, jovens são orientados para que tenham os mesmos princípios de Estrela de Santos / Arquivo Fundada em 1937, a Loja Maçônica Estrela de Santos é a maior da América Latina, com cerca de 230 Irmãos que participam dos trabalhos nesse Oriente, no litoral de São Paulo. Segundo o Venerável Mestre, Ir .’. Dirceu Agostinho, a Oficina realiza reuniões semanais às quartas-feiras, às 20h30, e trabalha no Rito Moderno. A Loja é uma entidade cultural e filantrópica, constituída com a finalidade de congregar homens livres e de bons costumes e imbuídos com os Perseverança III 8 Luzes “amor filial”, “reverência sobre as coisas sagradas”, “cortesia”, “companheirismo”, “fidelidade”, “pureza” e “patriotismo”. O Capítulo é presidido pelo Ir.’. Francisco Alexandre de Paula Ferreira. A Loja também adota a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul – Unidade Estrela de Santos. “Esse trabalho é fundamental para a comunidade. Estou na Loja há 10 anos e cresci muito como ser humano. Aprendemos princípios e esses ensinamentos ajudam a Sociedade a se desenvolver também”, afirma o Ir.’. Agostinho. “Vejo a importância da nossa Loja no dia a dia, como no apoio à Casa de Estar, no trabalho das Cunhadas que visitam asilos e em como os Maçons procuram ajudar. Crescemos como cidadãos e seres humanos”, conclui. Fundada em 1869, a Loja Maçônica Perseverança III, em Sorocaba, tem sua história intimamente ligada ao desenvolvimento social do País. Vinte e quatro membros abolicionistas da Oficina sorocabana Constância decidiram abrir a própria Loja baseada em princípios da liberdade e educação do homem. A instituição arrecadava dinheiro entre os Irmãos, comprava escravos e os libertava. “A Loja também criou uma escola para atender esses negros”, conta o Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônica e Membro da Loja, Poderoso Irmão João Carlos Wey. A Loja mantém, por meio da Fundação Ubaldino do Amaral, o jornal Cruzeiro do Sul e responde pela Fundação Cultural Cruzeiro do Sul, mantenedora da Rádio Jornal Cruzeiro do Sul FM. Entre os projetos sociais apoiados, estão a Fundação Educacional Politécnica de Sorocaba; a Associação Protetora dos Insanos de Sorocaba; o Lar Escola Monteiro Lobato, entre outros. julho/agosto 2015 OBREIROS Natural de Piquerobí, o Irmãos que Irmão Bento Oliveira Sildesenvolvem va é advogado trabalhista e atua há mais de 30 anos trabalhos em seu próprio escritório. reconhecidos, Foi iniciado em 21 de novembro de 1987 na Loja ajudando a molDuque de Caxias, nº 1.357, dar a Maçonaria no Oriente de São José dos Campos, desenvolnos âmbitos estavendo diversas funções dual e nacional dentro da Maçonaria. Entre suas principais realizações, está a criação do Instituto Próvisão, com a proposta de prestar atendimento gratuito para pessoas do interior com doenças oculares, deficiência visual, surdocegueira e múltipla deficiência sensorial. A iniciativa evoluiu e resultou na fundação do Hospital Oftalmológico, em uma colaboração entre o Grande Oriente de São Paulo (GOSP), Grande Oriente do Brasil (GOB), Poder Público e iniciativas privadas nacional e internacional. O centro de referência realiza atualmente 30 mil consultas por mês. Os anos de dedicação às obras filantrópicas e à Maçonaria renderam uma trajetória que passou por funções como Venerável Mestre, Deputado Federal e participação no Ilustre Conselho Estadual do GOSP. Atualmente, o Irmão Oliveira desempenha a função de Membro do Ilustre Conselho Federal do GOB. O Irmão Laelso Rodrigues foi iniciado em 27 de abril de 1957 na Loja Perseverança III, nº 0199, no Oriente de Sorocaba, acumulou funções que foram de Hospitaleiro a Deputado Federal. Entre seus diversos cargos, foi Soberano Grão-Mestre-Geral do Grande Oriente do Brasil em dois mandatos e tem a honra de ser Grão-Mestre-Geral de Honra do GOB. julho/agosto 2015 Gosp / Arquivo Atuação dos Irmãos Laelso Rodrigues e Bento Oliveira Silva Contador por formação, atuou a vida inteira na indústria, passando pelas áreas têxtil e automobilística. A experiência foi fundamental para que o Irmão Rodrigues fizesse parte decisiva na industrialização de Sorocaba, ocupando o cargo de Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Industrial. Seu trabalho ajudou na modernização do parque industrial e na construção da cidade como é conhecida hoje. Atualmente aposentado, dedica seu tempo apoiando e promovendo as entidades mantidas pela ARLS Perseverança III: Fundação Cultural Cruzeiro do Sul, Vila dos Velhinhos, Associação Protetora dos Insanos, Liga Sorocabana de Combate ao Câncer e Lar Escola Monteiro Lobato. Indiretamente, a Loja também auxilia o Serviço de Obras Sociais e a Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba. Luzes 9 REPORTAGEM Grande Oriente de São Paulo completa 94 anos Objetos expostos no museu maçônico ajudam a contar a história do GOSP 10 Luzes julho/agosto 2015 GOSP / Arquivo Fundado em 29 de julho de 1921, GOSP acumula história e conquistas julho/agosto 2015 Luzes 11 REPORTAGEM A Maçonaria em São Paulo antecede a criação do Grande Oriente de São Paulo (GOSP).A primeira Loja de que se tem registro no estado é a Loja Maçônica Inteligência, de Porto Feliz, fundada em 1831. A Loja Maçônica Amizade, fundada em 1832 na capital, é a segunda mais antiga da qual se tem informação. Nessa época, a Maçonaria crescia à medida que chegavam novos estudantes à cidade, principalmente os alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que chegavam já iniciados em Lojas de outros estados. O grande número de Maçons que passaram a morar na capital justificou a formação de outras Lojas Maçônicas, que reuniram nomes abolicionistas como Rui Barbosa e Luiz Gama. Com o crescimento da Maçonaria na região e em todo o Brasil, a comissão com delegação dos Veneráveis das Lojas da capital de São Paulo enviou, em 5 de abril de 1898, a proposta da descentralização administrativa da Maçonaria de cada estado, como já acontecia com a organização do Poder Executivo da República. Por isso, em 1900 foram suspensos os cargos de Delegados Gerais e criados os Grandes Orientes Estaduais. No período entre 1901 e 1920, segundo a historiadora e assistente do Museu Maçônico José Bonifácio, Elizabeth do Val, São Paulo chegou a ter o Grande Oriente Estadual de São Paulo, porém, a Maçonaria Paulista precisava de mais autonomia em suas decisões jurisdicionais. Algumas mudanças na constituição do Grande Oriente Estadual levaram à formação do GOSP. A fundação do Grande Oriente de São Paulo teve representantes das Lojas Maçônicas de São Paulo e, como primeiro Grão-Mestre Estadual, o Eminente Irmão José Adriano Marrey Júnior. Os primeiros membros do GOSP formaram uma Assembleia Constituinte, que elaborou os artigos da Carta Magna Gospiana. Marrey Júnior dirigiu a Maçonaria paulista por 21 anos. Ao longo de seus 94 anos de história, o Grande Oriente de São Paulo foi presidido por 20 Grão-Mestres, que enfrentaram momentos históricos importantes e pavimentaram o caminho para a força da Maçonaria no Brasil. José Adriano Marrey Júnior – 1921/1942 Benedito Pinheiro Machado Tolosa – 1942/1960 Luiz Meira – 1960/1962 Aurélio de Souza – 1962/1964 José Menezes Júnior – 1964/1969 Danylo José Fernandes – 1969/1973 José Camilo de Andrade – 1973/1974 Paulo Breda Filho – 1974/1979 Dionísio Pereira de Souza – 1979/1982 Januário Sylvio Pezzotti – 1982/1983 Ézio Donatti – 1983/1987 Francisco Murilo Pinto – 1987/1987 Décio Azevedo – 1987/1991 Rubens Barbosa de Mattos – 1991/1995 Romeu Bonini – 1995/1999 José Baptista Morais de Oliveira – 1999/2003 Claudio Roque Buono Ferreira – 2003/2007 Mario Sergio Nunes da Costa – 2011/2015 Benedito Ballouk Filho – 2007/2011 – 2015/2019 12 Luzes julho/agosto 2015 GOSP / Arquivo Galeria dos Grão-Mestres Estaduais Marrey Júnior enfrentou períodos em que o governo brasileiro perseguiu a Maçonaria. Durante o governo de Getúlio Vargas, os trabalhos das Lojas Maçônicas precisaram ser suspensos. Após o mandato de Marrey Júnior, quem assumiu foi o Eminente Irmão Benedito Pinheiro Machado Tolosa, que respondeu pela direção do GOSP de 1942 a 1960. Tolosa foi médico e professor universitário, tendo sido cofundador da Maternidade Pró-Matre Paulista. Como médico, prestou serviços durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Foi durante esse período que se iniciou a construção do Edifício-Sede do Grande Oriente de São Paulo, localizado à rua São Joaquim, 457, no bairro da Liberdade, em São Paulo (SP). Tolosa no estado, criando novas e resgatando as inativas. Hoje, existem cerca de 800 Lojas Maçônicas e 25 mil Obreiros trabalhando em quase 400 Orientes da Jurisdição. Foi o Eminente Ir.’. Ezio Donatti quem reestruturou o Museu Maçônico durante sua gestão, entre 1983 e 1987. O Museu (ver box) funciona no terceiro andar do Palácio Maçônico e a trabalhou para arrecadar o dinheiro necessário para a construção do templo e, em 1950, o Grande Oriente do Brasil se comprometeu com uma doação para o término das obras. O espaço foi inaugurado em 25 de janeiro de 1955 e recebeu o nome Benedito Pinheiro Machado Tolosa, em homenagem ao então Grão-Mestre. Entre 1974 e 1979, o GOSP foi conduzido pelo Eminente Irmão Paulo Breda Filho, advogado e jornalista que trabalhou para reintegrar as Lojas e o patrimônio do Grande Oriente de São Paulo. O empenho de Breda foi continuado pelo Eminente Irmão Dionísio Pereira de Souza, que entre 1979 e 1983 esforçou-se para aumentar o número de Lojas visitação é gratuita. O espaço é dedicado à preservação da cultura e da história do GOSP e da Maçonaria Paulista. “É importante preservar a memória. Qualquer instituição que não tem memória, não tem futuro, não tem presente e não tem passado. A história, para ser preservada, deve ser conhecida. Para ser conhecida, deve ser difundida”, observa o Eminente Grão-Mestre Estadual do GOSP, Benedito Marques Ballouk Filho. O Eminente Irmão Ballouk, que assumiu a direção do GOSP pela primeira vez em 2007, foi responsável pelo projeto Reinserção Política da Maçonaria do Estado de São Paulo, com o objetivo de combater a corrupção. Ballouk foi o primeiro GME a unir as Obediências Maçônicas Paulistas. julho/agosto 2015 Da esq. para a dir.: Busto de Luiz gama; cópia da bíblia de Martinho Lutero; Símbolo da sabedoria são alguns dos destaques do museu maçônico josé Bonifácio (MMJB) Luzes 13 REPORTAGEM . É importante . preservar a memória. Qualquer instituição que não tem memória, não tem futuro, não tem presente e não tem passado Eminente Ir.’. Ballouk Benedito Pinheiro Tolosa foi o idealizador do palácio do GOSP e arrecadou fundos para a construção da sede 14 Luzes julho/agosto 2015 GOSP / Arquivo A história do GOSP se confunde com a história brasileira. De acordo com Elizabeth, o GOSP se fez presente principalmente em projetos educacionais. “O GOSP foi representado pelas Lojas que trabalhavam em prol da educação de base para crianças e operários desde a segunda metade do século 19. Esse movimento em prol da educação se estendia também aos orfanatos criados e mantidos pela Maçonaria Paulista, que igualmente contribuíram para o crescimento da cidade por meio da instrução popular”, avalia. O Eminente Ir.’. Ballouk salienta que não é a Maçonaria que participa ativamente de processos históricos, mas os Maçons. “A Maçonaria jamais irá se posicionar politicamente. São os Maçons que, por meio de ensinamentos e da filosofia maçônica, trabalham para a construção social.” “A história do GOSP é bastante presente na vida política do estado de São Paulo. Os Maçons têm uma participação muito grande nos movimentos sociais do estado e também em eventos políticos”, completa o Poderoso Ir.’. João Carlos Wey, Grande Secretário Estadual de Cultura e Educação Maçônica do GOSP. Durante a Revolução de 1932, por exemplo, Maçons ilustres como o Irmão Ibrahim Nobre trabalharam em hospitais e contribuíram para os bancos de sangue do estado. “O Grande Oriente de São Paulo trabalhou pela união da sociedade e para defender a liberdade de pensamento em todas as correntes religiosas, sociais e filosóficas”, observa Elizabeth. Assim como a história paulista, a trajetória do GOSP continua por meio de trabalhos de Obreiros que levam adiante a Moral Maçônica. “Temos uma rica história nestes 94 anos de Fundação. São muitos Obreiros que se dedicaram à causa, à sociedade, às famílias, às sementes da razão, da virtude e da moral. Não podemos deixar de agradecer a cada um, cada homem livre e de bons costumes, que ajudou a escrever essa rica história da Maçonaria Paulista, cujo destino está hoje em nossas mãos, de cada Obreiro, de cada Dignidade, de cada Oficial, de cada membro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do GOSP. Precisamos trabalhar com entusiasmo para, de fato, deixar um legado que seja motivo de orgulho para as futuras gerações de Irmãos, assim como aquele que herdamos até aqui”, declara Ballouk. julho/agosto 2015 história viva Nas paredes do Museu Maçônico José Bonifácio (MMJB), a história do GOSP é contada por meio de quadros, bandeiras, estandartes, selos, paramentos, medalhas e diversos outros objetos históricos da Cultura Maçônica. “O Museu é a história viva desses 94 anos do GOSP e 193 anos do GOB”, conta o Eminente Ir.’. Benedito Marques Ballouk Filho. Seja pelo simbolismo, seja pelo valor imaterial de seus itens, o espaço localizado no terceiro andar do GOSP abriga peças que valem a visita, como o livro de ouro de 1948, a réplica da Bíblia Sagrada de Martinho Lutero e os Cadastros da Ordem do GOB e do GOSP, que datam da década de 1920. Fundado em 28 de maio de 1955, na gestão do Eminente Grão-Mestre Benedito Pinheiro Machado Tolosa, o espaço abriga itens de Lojas paulistas, brasileiras e estrangeiras, doados por membros da Ordem e acumulados desde então. Por meio do Decreto nº 236, instituído pelo Eminente Ir.’. Tolosa, o museu começou a ganhar forma sob o plano de ser um cartão de visitas da Maçonaria. Em 1956, o Ir.’. Ferdinand Krackowizer, então diretor do Museu Maçônico, começou a fazer contato com inúmeras potências a fim ampliar o acervo. Em 1986, na gestão do GME, o Eminente Ir.’. Ézio Donatti, foi realizada a primeira etapa de catalogação dos objetos. Pouco a pouco, o Museu se estabeleceu e foi otimizando seu funcionamento, bem como a Biblioteca e a Hemeroteca, que conseguiram crescer rapidamente por meio da doação de livros e periódicos maçônicos. Em 1997, durante a gestão do GME, Eminente Ir.’. Romeu Bonini, o Museu ganhou o nome de Museu Maçônico José Bonifácio (MMJB), como homenagem ao mineralogista, estadista e poeta santista, patriarca da Independência do Brasil e primeiro Grão-Mestre do GOB. Em 2011, o projeto do museu virtual do GOSP recebeu um prêmio pela participação no edital Modernização de Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Isso permitiu a catalogação do acervo. Dessa forma, foi possível divulgar o rico acervo para Maçons, além de estudantes, pesquisadores e público em geral. “Minha ideia é que, por meio da Lei Rouanet, nós possamos tornar o Museu Maçônico um museu público, frequentado, inclusive, por alunos das redes municipais e estaduais”, completa o Eminente Ir.’. Ballouk Filho. Luzes 15 FILOSÓFICAS As boas e as más línguas U m fabulista grego, nascido em fins do século 6 a.C. na cidade de Phrygia, na Ásia Menor, de nome Esopo, nos deixou muitas histórias. Esopo tinha um aspecto feio, era corcunda e gaguejava, porém, era ao mesmo tempo dono de uma inteligência privilegiada, aliada a um espírito sutil e engenhoso. Foi escravo em Samos e morreu tragicamente executado em Delphos. Uma passagem altamente marcante da vida do fértil fabulista e historiador é conhecida como As Línguas de Esopo. “Certo dia, Xanto, o último amo a quem Esopo serviu como escravo, querendo oferecer um suntuoso almoço, pediu a ele para comprar no mercado o que de melhor encontrasse. Esopo comprou apenas línguas, que mandou cozinhar de diversos modos. Os comensais logicamente se aborreceram e indagaram de Esopo sobre o significado daquilo, ao que prontamente ele respondeu: “Existe coisa melhor do que a língua?”. “Ela é o vínculo da vida civil, chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Por meio dela, constroem-se e policiam-se as cidades. Instrui-se, persuade-se e domina-se nas assembleias. Cumpre-se o primeiro de todos os deveres, que é louvar a Deus.” Xanto, tentando confundir e embaraçar seu escravo, mandou comprar no dia seguinte o que de pior houvesse no mercado. E novamente Esopo comprou línguas. Interpelado por seu amo, prontamente se expli- cou: “A língua é a pior coisa que há no mundo. É a mãe de todas as questões, de todos os processos, a fonte das discórdias e das guerras. Se ela é o órgão da verdade, é também o do erro e, pior ainda, da infâmia e da calúnia. Por seu intermédio, destroem-se as cidades e os seres humanos. Se por um lado louva os deuses e os poderosos, por outro é o órgão da blasfêmia e da impiedade”. Hoje a humanidade continua sendo servida de línguas. Quais têm prevalecido? As piores ou as melhores? As boas ou as más línguas? Que sejamos sempre a boa-nova, a boa língua, aquela que ensina a encontrar soluções, aquela que forma, que educa, que apoia o sublime trabalho de lutar pela vida. Sejamos a língua que dignifica o ser humano, que se doa sem alardes, sem ostentação, que socorre um irmão necessitado, não praticando um ato de caridade, mas sim um dever de solidariedade. A caridade muitas vezes constrange quem a pratica e humilha quem a recebe. A solidariedade, ao contrário, dignifica quem dela se beneficia. Sejamos a boa língua que defende a liberdade, que não aceita que mutilem, deformem ou suprimam os direitos fundamentais do ser humano. Somente o império da fraternidade universal vencerá a escravidão e imporá o respeito mútuo. Sejamos a língua da virtude, do saber, do amar a liberdade, do defender a igualdade e do estimular a fraternidade. Sejamos apenas Maçons. Irmão João Carlos Wey Grande Secretário Estadual de Cultura e Educação Maçônica 16 Luzes julho/agosto 2015 PAEL Presidente eleito da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (PAEL), o Eminente Irmão Raimundo Hermes Barbosa fala sobre a relação entre Executivo e Legislativo em prol do avanço do GOSP. Com 34 anos de Ordem e uma carreira Maçonica em Lojas até a presidência da PAEL, o advogado fala dos principais desafios desse momento histórico e do futuro da Maçonaria Estadual. Como é seu cotidiano como Presidente da PAEL? A PAEL é composta por cerca de 450 Veneráveis Irmãos Deputados com distintas ideias. Compete a mim e ao restante da Mesa Diretora, composta por Primeiro e Segundo Vice-presidentes, Orador e Secretário, coordenar os trabalhos da casa em direção a uma unanimidade ou o mais próximo possível disso. Essa tarefa nem sempre é fácil. julho/agostO 2015 GOSP / Arquivo Poderes independentes unidos por um bem comum Quais os seus principais desafios e como eles são superados? Além da condução dos trabalhos de forma harmônica, como disse, os desafios também envolvem a continuidade do trabalho desenvolvido até agora e buscar aprimorá-lo com maior sintonia interna, com os outros poderes e com a Maçonaria Gospiana como um todo. Outro desafio à parte é auditar as contas da construção do Palácio Maçônico Benedito Pinheiro Machado Tolosa, ajudando a viabilizar tão necessário projeto. Esse processo deve ter início em 2015. Apesar de ser extremamente importante, a PAEL e suas ações ainda precisam ser mais difundidas. Temos aproximadamente 800 Lojas, um número muito maior do que os 450 Deputados Estaduais. Isso é combatido no cotidiano, trabalhando em um recadastramento de todos os Irmãos para que o GOSP possa ter acesso às informações do que é discutido e votado na Poderosa Assembleia. Também faremos um resgate da história da PAEL. Esse levantamento precisa ser feito para que todos saibam de seu passado glorioso. Uma das principais tônicas no discurso do GME é a da união entre os Poderes Maçônicos. Como a PAEL se enquadra nesse contexto? A chapa eleita com o Eminente Irmão Ballouk e o Poderoso Irmão Kamel, assim como essa nova PAEL, foi marcada pela união. O discurso visto foi de resgate da dignidade, fraternidade e união. Esses três poderes [incluindo o Judiciário] são completamente independentes, mas não há uma guerra entre eles. Pelo contrário, vivemos em um período de harmonia em que a insubordinação dá lugar à colaboração. Quando falamos da construção do novo Palácio, não estamos apenas falando de uma construção física de pedra, mas do momento de União Fraterna que se descortina para benefício de toda a Maçonaria Gospiana. Clique aqui e confira a íntegra da entrevista. Luzes 17 Nova diretoria da Ordem DeMolay SP participa de eventos 2º Grande Mestre Estadual Adjunto, o Ir.’. Reno Barroso Bezerra. A Entidade é patrocinada pelo GOSP e mantém uma relação de fraternidade por meio de projetos voltados aos ideais e princípios maçônicos. Durante o Encontro de Paramaçônicas realizado em 9 de maio, no Palácio do GOSP, a Ordem DeMolay estreitou esse laço, representada por seu Grande Mestre Estadual, pelo Mestre Conselheiro Estadual, pelo Oficial Executivo da 3a Região Administrati- va e diversos Capítulos da 1ª Região Administrativa do Grande Capítulo do Estado de São Paulo. A diretoria da Ordem DeMolay também esteve presente na cerimônia de posse do GME do GOSP, o Eminente Irmão Benedito Marques Ballouk Filho, quando recebeu um certificado de agradecimento e apoio do GOSP à Ordem DeMolay. Além das atividades de relacionamento de líderes, os Jogos DeMolay Paulista movimentaram membros da Entidade. A 22ª edição do evento, em Sertãozinho (SP), reuniu mais de 600 DeMolays para disputas esportivas. Ao todo, mais de 50 Capítulos estaduais marcaram presença, além das lideranças juvenil e adulta da Ordem DeMolay SP. Francisco Lima Photo / Divulgação Nos dias 18 e 19 de abril, foi realizado em São José do Rio Preto o 35º Congresso Estadual da Ordem DeMolay SP. Na presença de mais de mil jovens DeMolays e Maçons dos aproximadamente 100 Capítulos instalados no estado, o evento apresentou a nova diretoria da organização. Para o cargo de Grande Mestre Estadual, tomou posse o Ir.’. Samuel Aleixo Miguel; como Grande Mestre Estadual Adjunto, foi eleito o Ir.’. Renato da Silva Shishido, e como Samuel Aleixo Miguel / Arquivo PARAMAÇÔNICAS • Entidades disseminam ideais da Maçonaria 18 Luzes julho/agosto 2015 O barulho dos motores, as jaquetas de couro, as botas e os capacetes importados não passam despercebidos. Sempre que aparecem, os Bodes do Asfalto roubam a cena, disseminando ideais maçônicos como a prática da filantropia e da benemerência. A Entidade Paramaçônica participa de diversos eventos, como o Porco à Paraguaia realizado no dia 31 de maio em Boituva, interior de São Paulo. O almoço bene- ficente arrecadou mais de R$ 40 mil, que foram destinados ao Nosso Lar São Vicente de Paulo, à Fundação Crescer Criança e ao Lions Clube de Boituva, organizadores do evento. Os motociclistas também marcaram presença na 8ª Festa Junina do Instituto Ingo Hoffmann, no dia 13 de junho, em Campinas. A celebração tem como objetivo arrecadar fundos para manter o projeto, além de promover Hugo Santana / Arquivo Bodes do Asfalto disseminam filantropia sobre duas rodas um dia de diversão às crianças em tratamento de câncer. De acordo com o Coordenador Estadual do GOB para os Bodes do Asfalto, Ir.’. Hugo Santana, o grupo representa um elo entre o GOB e o Moto Clube e tem como ideal divulgar a filantropia da entidade entre formadores de opinião. Com apoio dos escoteiros, os Bodes do Asfalto participaram ainda do desfile cívico de 9 de julho, realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Facções da capital e Grande São Paulo fizeram um belo desfile, que teve a participação de Irmãos e Cunhadas em 80 motos. Desfile de Escoteiros presta homenagem à memória da Revolução de 32 Concentrados nos arredores do Obelisco de São Paulo, maior símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, membros do escotismo paulista homenagearam o histórico 9 de julho nos 83 anos do movimento. O desfile cívico-militar contou com 36 grupos de escoteiros, totalizando 1.500 membros. A atividade relembra o importante papel do escotismo nos tempos de Revolução. Durante os meses do movimento, os escoteiros prestaram os mais diversos serviços de apoio à causa revolucionária e aos combatentes, sobretudo ao manter o abastecimento e a distribuição de alimentos em várias cidades do estado. De acordo com o Ir.’. Luiz Ferrarezi, dos Escoteiros do Brasil, além da homenagem, o objetivo do desfile é apresentar os principais valores do escotismo através das práticas do civismo, como fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina. julho/agosto 2015 Luzes 19