BOLETIM DE OCORRÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Sarina Francescato Torres Flávia Silva Arbex Borim Programa de Gerontologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Flávia Silva Arbex Borim Programa de Gerontologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Objetivo Descrever a eficácia da notificação multiprofissional na identificação dos fatores que levam a quedas de idosos institucionalizados. Método Estudo descritivo realizado no Lar dos Velhinhos de Campinas (fevereiro a dezembro de 2014). Os dados foram registrados através do boletim de quedas que seguiu o fluxograma: 1o Enfermagem: aferição dos sinais vitais e coleta dos dados (data, horário, nível de dependência, local, motivo, posição do corpo, tipo de calçado, presença de dispositivo de auxílio à marcha); 2o Médico: avaliação da sintomatologia, investigação de fratura e, se necessário, medicação ou encaminhamento para exame de imagem; 3o Fisioterapia: verificação da frequência de quedas, identificação do fator causal, reavaliação do idoso se julgar necessário e conduta para prevenir novas quedas; 4o Assistente social: contato com familiar/responsável. Resultados Foram notificadas 98 quedas (51% mulheres). Observamos que quanto maior o nível de dependência do idoso maior o número de quedas (61,2%). Dos idosos caidores, 45,9% faziam uso de bengala/andador e 16,3% eram cadeirantes. O horário com maior ocorrência foi da manhã/tarde (38 episódios cada). Os locais de quedas foram: dependências externas (n=31), quarto (n=30), banheiro (n=17), sala (n=9), refeitório (n=7) e fora da instituição (n=4). O uso de chinelo foi responsável por 17,3% das quedas, 25,5% o idoso estava descalço/meia e 57,1% o calçado foi considerado adequado. Em relação ao fator causal, foram preponderantes a instabilidade postural (37,7%), fatores acidentais (37,7%), hipotensão postural/síncope (14,2%) e tontura/vertigem (10,2). Conclusão O boletim de quedas se mostrou eficaz para identificar os fatores de risco, auxiliando em sua prevenção. Contato: [email protected]