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Fatores de Risco para Quedas em Idosos que Vivem na
Comunidade#
TINETTI, M.E et al. NEJM 1988; V. 319; 1701-07#
(Resumo por: Jamile Barakat Awada)
As quedas são um grande problema para saúde do idoso.
caíram (24%) tiveram lesão séria decorrente da queda. Vinte e
Trinta por cento das pessoas acima da idade de 65 anos que
nove das 272 quedas (11%) resultaram em lesão grave.
vivem na comunidade caem todos os anos. A taxa aumenta
quedas resultaram em 20 fraturas: 9 de membros superiores, 2
para 40% naqueles acima de 80 anos. As quedas são uma das
de pelve, 4 de costela e 5 de membros inferiores. Nenhuma
maiores causas de morte por acidentes, e a sexta maior causa
fratura resultou em morte. 12 quedas resultaram em lesão de
de morte entre os idosos. Os objetivos do estudo de Tinetti. et
partes moles grave.
al. foram de identificar os fatores de risco para queda, em um
52 dos 108 indivíduos que caíram disseram que tinham medo
grupo representativo, que vive na comunidade, para se avaliar
de cair, 28 disseram que deixaram de realizar atividades como
a utilidade de simples observações do equilíbrio e da marcha
passear e limpar a casa devido ao medo de queda.
em identificar pessoas em risco para quedas, e para descrever
as situações nas quais as quedas ocorrem.
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DISCUSSÃO:
METODOLOGIA
de idade ou mais, mais de 30 % dos indivíduos caíram pelo
Foi selecionada uma amostra com 336 pacientes que
menos uma vez. O risco de queda aumenta linearmente com o
participavam do programa de saúde e envelhecimento de Yale.
numero de fatores de risco, sugerindo que a predisposição
Critérios de exclusão: viver em casa de cuidados para idosos;
para queda resulta do efeito acumulado de distúrbios múltiplos.
não concordar em responder o questionário da pesquisa; ter
Intervenções médicas, cirúrgicas, reabilitação, e intervenção
vivido em casa de cuidado para idosos; não ter a capacidade
ambiental são efetivas em reduzir a prevalência de vários
de entender inglês ou de seguir simples instruções. Os idosos
fatores de risco. O uso de benzodiazepínicos, fenotiazinas e
foram avaliados uma a três semanas depois de terem
antidepressivos está associado com a queda,
respondido o questionário YHAP. Os indivíduos foram
independentemente de outros fatores de risco.
Neste estudo prospectivo de 1 ano de pessoas com 75 anos
questionados sobre quedas que ocorreram nos dois anos
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anteriores, sua mobilidade recente, medo de cair, tontura, falta
A ausência de associação entre queda e uso de diuréticos,
de equilíbrio e sintomas musculoesqueléticos que poderiam
anti-hipertensivos e medicação cardíaca sugere que o uso
apresentar. O exame observou a diferença em um minuto na
destas medicações pode ser um marcados do aumento do
pressão arterial sentada e em pé, visão de proximidade (teste
risco associado com outros fatores de risco.
de Jaeger), e visão de profundidade (teste de Snellen),
Foi encontrada associação dependente entre queda e alguma
audição, problemas nos pés, reflexos frontais, percepção de
característica demográfica, depressão, consumo de álcool,
localização, a função muscular, marcha e equilíbrio. Além
hipotensão postural ou condições inadequadas do domicilio.
disso, foram avaliados 30 possíveis perigos nas residências
A relação com ambiente é bastante complexa, sendo que no
dos idosos.
caso de indivíduos com risco aumentado no ambiente onde
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vive deve-se fazer mudanças para se garantir a segurança.
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RESULTADOS
O total foram de 272 quedas relatadas. 46% caíram uma vez;
A limitação deste desenho de estudo foi que, apesar de se
29% caíram duas vezes e 25% caíram pelo menos 3 vezes.
descrever os fatores intrínsecos, relacionados a atividade e
Mais de 20 itens de equilíbrio e marcha foram associados com
ambientais presentes no momento da queda, não se pode
as quedas. Os fatores de risco para queda encontrados foram:
inferir relação causal pois estes dados foram obtidos após a
uso de sedativos, distúrbio cognitivo, incapacidade de
queda e apenas dos indivíduos que caíram.
membros inferiores, reflexo palmomental, problemas nos pés e
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anormalidades do equilíbrio e da marcha. . A prevalência da
maioria dos fatores de risco entre os indivíduos que
caíram
uma vez estavam entre os que nunca caíram e aqueles que
caíram mais de 1 vez.
Fatores médicos agudos, fatores
relacionados a atividade e fatores ambientais foram
identificados em 222 (82%) das 272 quedas. A maioria das
quedas (77%) ocorreram em casa. Vinte e seis indivíduos que
Rev. da Liga de Clínica Médica - UNICID 2(1); 2013
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