Vereadores entram em recesso Cinco sessões foram realizadas em dez dias, em dezembro; sessões só serão retomadas em 15 de fevereiro Euclides Olveira Minaçu Após realizar cinco sessões ordinárias em apenas 10 dias, quando votou e aprovou a proposta orçamentária do município para 2006, a Câmara Municipal de Minaçu entrou em recesso, no último dia 15. Serão dois meses de atividades paralisadas, até que as sessões sejam retomadas, em 15 de fevereiro do próximo ano Até o próximo dia 23, a Câmara terá expediente administrativo apenas em meio-período, das 8 às 11 horas. Entre os dias 24 de dezembro e 1º de janeiro, o Legislativo permanece fechado, retomando as atividades no dia 02, a partir das 8 horas. Até a volta das sessões, o expediente também ficara restrito ao período da manhã. A calmaria às vésperas do Natal contrasta com as sessões da semana passada. Se o Orçamento não tivesse sido votado e aprovado, o Legislativo não entraria em férias. Na noite de sexta (9), o vereador Eloísio Rômulo Silva, o Ló (PSC), havia faltado à sessão, para tratar de questões particulares em Goiânia. Na sessão de segunda (12), o vereador Edvaldo Pereira da Silva, o Cheiro (PSB) – que foi denunciado pelo Ministério Pùblico (MP) no caso que investiga suposto desvio de verbas públicas para o pagamento de dívidas pessoais – não compareceu aos trabalhos Nesse dia, Ló chegou atrasado – por volta das 20h45 – quando o presidente da Casa, Lindomar Argeu de Carvalho (PL), já havia colocado em votação a ata da sessão anterior. Mesmo assim, Ló chegou ainda a tempo de participar das demais votações da Ordem do Dia, no momento em que o primeiro-secretário, vereador Marcos Pereira, fazia a leitura dos itens que seriam apreciados. Na sessão, Ló deu seu voto contrário ao Orçamento de 2006, proposto pelo prefeito Joaquim Pires (PSB). O projeto 036/05 foi votado nas sessões de sexta (9), segunda (12) e terça (13). Mesmo sendo oposição a Pires, o vereador Alberto de Oliveira (PSDB) aprovou a proposta orçamentária para o próximo ano. Fez, no entanto, várias ressalvas às reais necessidades da cidade e voltou a pedir uma reforma urgente no Hospital Municipal Ednaldo Pereira Machado, que está em condições precárias, segundo o parlamentar. Na sessão da terça-feira (13), Alberto ainda reivindicou que o Executivo forneça equipamentos de segurança aos garis que atuam na limpeza pública da cidade e ‘cutucou’ os vereadores da base aliada de Pires. De forma indireta, ele criticou o ‘silêncio’ de seus colegas parlamentares que, mesmo cientes de inúmeros problemas que ocorrem em Minaçu, estariam dando preferência para a manutenção de seus acordos políticos com o Executivo, em detrimento dos interesses da população. Ele reconheceu que o primeiro ano foi de experiência para a maioria dos vereadores – da Legislatura passada, apenas Adail Ferreira da Silva (Dairão) havia sido reeleito - mas entende que o Legislativo precisa começar a fiscalizar melhorar as ações de Joaquim Pires no Executivo. “O que está em jogo não é apenas o mandato de um prefeito, mas o futuro de uma cidade”, comentou o vereador do PSDB. Na seqüência, o vereador José Divino da Silva (PDT) pediu a palavra e demonstrou certa irritação com as críticas de Alberto aos recém-chegados. No entender de Zé Divino, o fato da maioria dos vereadores estar ligada ao prefeito não impediu os colegas de fazerem solicitações, pedidos e queixas sobre o trabalho do Executivo, durante o primeiro ano de vigência da atual Legislatura. A vereadora Ivaneide Freire Bueno (PPS) foi a única ausência notada na sessão ordinária de terça. RETRANCA Projeto criando Superintendência Municipal de Trânsito é aprovado De autoria do prefeito Joaquim Pires, o Legislativo aprovou a criação da Superintendência Municipal de Trânsito, que ficara vinculada à Secretaria de Transportes. Segundo o vereador Ari Lira (PL), que acompanhou bem de perto os trâmites do projeto junto ao Executivo, o objetivo desse organismo será disciplinar o tráfego viário urbano, de modo que o trânsito de veículos, de pedestres, ciclistas e de animais ocorra de forma mais ‘pacífica’ do que a atualmente vista em Minaçu. Para que a propositura pudesse ser aprovada, o Executivo teve que enviar um outro projeto ao Legislativo, em que fez constar, no Ato das Disposições Transitórias de Minaçu, que o município estava criando a superintendência para se adequar às regulamentações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A Câmara manteve o veto do prefeito ao projeto do vereador José Divino, que previa desconto no IPTU para os comerciantes e moradores que participassem do concurso de decoração natalina da cidade. O Executivo justificou o veto afirmando que o legislador não pode propor projetos que gerem despesas aos cofres públicos, o que seria inconstituicional. O vereador Alberto de Oliveira (PSDB) apresentou projeto criando o “Programa de Implementação do Uso Racional de Energia Elétrica nos Prédios Públicos e Locados”, para que a prefeitura economize no repasse de numerários que faz mensalmente para a Companhia Energética de Goiás (CELG). O tucano ainda pretende que a Secretaria de Esportes da cidade institua o programa “Bom de Nota, Bom de Bola”, visando o aproveitamento de alunos da rede municipal de ensino para a formação de crianças e adolescentes, através de práticas esportivas. Alberto ainda pediu que a farmácia instalada no Pronto Socorro Municipal funcione 24 horas por dia. Atualmente, o local atua apenas no horário comercial. Por fim, o Legislativo aprovou – com várias manifestações de apoio dos parlamentares - o projeto dos vereadores Cheiro e Zé Divino, denominando “Centro Cultural Flávio Mesquita Pinto” o espaço municipal de apresentações artísticas e culturais localizado na Rua 1, nas proximidades da rodoviária.