CONTROLE DE Chrysodeixis includens COM Trichogramma pretiosum EM FEIJÃO IRRIGADO NO OESTE DA BAHIA, SAFRA 2014 Marco Antonio Tamai1; José Rodrigues do Nascimento Sobrinho2; Marconde Alves Ferraz3; Diorgenes Emanuel Magalhães Morais2; Bruno Lima de Godoy1; Tarcizio Francisco da Cruz1; Leila Tatiane Oliveira Souza1; Saulo Aguiar Ruas1; Mônica Cagnin Martins3; Diogo Rodrigues Carvalho2 1 Universidade do Estado da Bahia, Rodovia BR 242, s/n Loteamento Flamengo, Barreiras, Bahia, 47.802-470. Email: [email protected]. 2Bug Agentes Biológicos S/A, Caixa Postal 163, Piracicaba, SP, 13.400-970. 3Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, Rua Glauber Rocha, Quadra 12, Lote 1, Luís Eduardo Magalhães, BA, 47.850-000. O controle da falsa-medideira, Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae), por Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) foi estudado em lavoura comercial de feijão irrigado (Phaseolus vulgaris) sob pivô-central, em Barreiras-BA, de 11/agosto a 12/setembro/2014. A pesquisa foi conduzida em duas áreas (Área 1 = 50ha; Área 2 = 38ha), recebendo três e quatro liberações do parasitóide (Bug Agentes Biológicos), respectivamente, na população de 100 mil insetos/ha/liberação, distribuídos em 48 pontos/ha, nos dias 11/agosto, 18/agosto, 25/agosto (Áreas 1 e 2) e 01/setembro (Área 2), sendo a primeira liberação no estádio vegetativo da cultura, pouco antes do início da floração. As liberações foram realizadas no dia que se iniciou a emergência dos parasitóides, sendo as cartelas distribuídas ao longo das trilhas/rastros de passagem dos pulverizadores terrestres na lavoura. As avaliações foram realizadas nos dias 20/agosto, 27/agosto, 03/setembro e 12/setembro/2014 em 15 pontos/área (3 plantas/ponto), avaliando-se: a) ovos claros não parasitados (com nascimento de lagartas); b) ovos claros parasitados (com nascimento de T. pretisum); c) ovos escuros parasitados por T. pretiosum, não contabilizando aqueles vindos do campo que apresentavam orifício de emergência do parasitóide. Para a determinação do parasitismo, os ovos nas folhas de todos os pontos de amostragens foram individualizados em cápsulas de gelatina, mantidos em câmara BOD (25oC e 12 horas de fotofase), e avaliados diariamente por dez dias, para determinação da eclosão de lagartas ou T. pretiosum. A quantidades média de ovos/ponto (claros + escuros) na Área 1 foi de 3,7 ovos (20/agosto); 2,7 ovos (27/agosto) e 3,7 ovos (12/setembro), e na Área 2 de 2,7 ovos (20/agosto); 1,3 ovos (27/agosto); 4,0 ovos (03/setembro) e 5,9 ovos (12/setembro). O parasitismo total por T. pretiosum (ovos claros parasitados + escuros parasitados) na Área 1 foi de 16,4% (20/agosto); 57,5% (27/agosto) e 77,3% (12/setembro), enquanto que na Área 2 foi de 64,9% (20/agosto); 100,0% (27/agosto), 47,9% (03/setembro) e 97,2% (12/setembro). Os valores de parasitismo determinados em 12/setembro (77,3% e 97,2%), correspondem a 18 dias após a última liberação do inimigo natural na Área 1, e 12 dias para a Área 2, respectivamente, evidenciando que T. pretiosum permaneceu ativo na área contribuindo para um período prolongado de proteção da lavoura. No período de avaliação, foram realizadas aplicações de acefato e clorantraniliprole para controle de lagartas e percevejos nas áreas. Palavras-chave: Falsa-medideira; controle biológico; parasitóide.