PEDAGOGIA EM IMAGENS A REVISTA DO ENSINO/RS (1951-1978): ENTRE IMAGENS E DISCURSOS Maria Helena Camara Bastos PPGEDU/PUCRS Fernanda Busnello BIC/FAPERGS Palavras-chave: revista INTRODUÇÃO A Revista do Ensino, como dispositivo de finalidades educativas, procurou ser um guia à educadora jovem e idealista, que encontrava em suas páginas "a solução para resolver os árduos, porém sublimes, problemas do seu mister”, e, também, orientações e sugestões sobre como proceder no desempenho de suas funções. Para a equipe editorial, a revista tinha a missão de instrumentalizar o professor na execução da sua atividade docente, através da disponibilização de fartos recursos visuais e da apresentação de sugestões variadas. Com essa intenção, situa-se a publicação de suplementos didáticos na revista, que abordam temas específicos. A análise desta seção insere-se na preocupação de estudar como se estabelecem e circulam as orientações didático-pedagógicas da revista e o uso de imagens na sala de aula, vinculando-se aos princípios do método intuitivo. O estudo analisa a Revista do Ensino a partir das orientações didáticas ao professor, especialmente as relativas à utilização de quadros murais, destinados ao desenvolvimento de uma unidade; de gravuras, desenhos e outras ilustrações destinadas a serem reproduzidas pelo professor como atividade do aluno. Identificamos os objetivos e as orientações didático-pedagógicas do suplemento didático descartável, os autores das orientações didáticas e os ilustradores gráficos; a análise dos componentes visuais destacados em cada suplemento; a análise das concepções teóricas embutidas nas orientações didático-pedagógicas e visuais. É um estudo pontual, retomando trabalhos anteriores e privilegiando um rico material do seu acervo, ainda não pesquisado (Bastos,1994; 1995; 1996; 1997; 2003). A revista, fartamente ilustrada, foi um dispositivo fundamental às práticas educativas da professora primária. Ainda hoje, ao folhearmos os cento e setenta 2 números da revista, impressiona a sua qualidade gráfica, não encontrando similar. Inúmeros recursos gráficos são colocados à disposição da professora e do aluno para a apreensão intuitiva do mundo, através da educação dos sentidos, especialmente a visão. A iconografia foi disponibilizada para todas as disciplinas do currículo da escola primária, assim como as orientações para sua exploração em sala de aula, para confecção de quadros murais, para a utilização de recursos audiovisuais. O índice cumulativo por assunto da revista elege gravuras e estampas, como uma categoria de classificação do conteúdo, subdividida em: nossas capas, calendário escolar, ciências naturais, ciências sociais, desenho, geografia do Brasil, geografia exterior, higiene, história do Brasil, linguagem, música, etc. A utilização da imagem como recurso didático remonta a Comenius, nas obras Didática Magna (1638) e O Mundo Sensível em Imagens (1658). Narandowski (2001, p.72) considera a proposta de Comenius de utilização da imagem como uma transformação revolucionária no livro didático, representando o mundo com imagens. 1 A imagem não apenas complementa o texto, como, ainda, é protagonista da mensagem escrita, ao trazer à escola o mundo tal qual esse deve ser percebido. Mas foi com o método mútuo/monitorial (Bastos; Faria Fº, 1999) que se ampliou o uso de recursos didáticos em sala de aula, especialmente de quadros murais, concomitante com o surgimento da litografia, em meados do século XIX, que permitiu a impressão a cores de forma mais econômica. O método intuitivo, o ensino pelos sentidos, especialmente a visão (enseignement pour les yeuxs) e a lição de coisas estimularam a produção de recursos didáticos. No século XX, a escola nova, a escola ativa, também estimula o uso diversificado e intensivo de recursos audiovisuais em sala de aula. O estudo dessa produção iconográfica, orientando o cotidiano da sala de aula, permite entrever os processos discursivos que atuam na perpetuação e cristalização de determinados sentidos em detrimento a outros (Orlandi, 1993, p.23). Dessa forma, constituiu-se em um significativo dispositivo de educação continuada do professor, de orientação e direção intelectual e moral, de conformação de suas práticas sociais e escolares. Essa pesquisa insere-se na perspectiva da história cultural, definida por Chartier (1999), pela conjugação de três elementos não dissociáveis: uma história dos objetos em sua materialidade, uma história das 1 Célia Zaher (2003), no entanto, considera a Gramática da Língua Portuguesa, de João de Barros (1539), como o primeiro livro didático ilustrado. 3 práticas nas suas diferenças e uma história das configurações, dos dispositivos nas suas variações. O estudo da imagem representa um outro campo de pesquisa da História Cultural. Por longo tempo, foram utilizadas como ilustração de algo, como paisagem ou retrato. A sua redescoberta deu-se pela associação com a idéia de representação. Pesavento (2003, p. 85), considera que as imagens têm o real como referente, mas não são a sua mímesis. A imagem possui uma função epistêmica, uma função simbólica e uma função estética.A grande questão para o pesquisador é “a alteridade do mundo icônico”. O pesquisador deve ler a imagem em seus diversos elementos e planos, identificando mensagens e motivações, o que implica uma leitura de temas e significados, que trazem as formas expostas na imagem, e o contexto de produção e recepção. Para Maria Tomaselli (2003), ver é um processo complexo, é refletir, interpretar. Ver usa uma sintaxe, uma gramática. Nós vemos relações, não imagens isoladas. Ver e entender é o mesmo processo. Os infinitos sinais que o cérebro capta têm que ser interpretados o tempo todo parar se ter um razoável padrão de estabilidade que permite uma interpretação deste nosso mundo. Ver não é um único processo, são inúmeros, diferentes, que inclusive acontecem em tempos diferentes: cor, por exemplo, se vê antes do movimento. Entendendo as representações visuais e as imagens como coisas que participam das relações sociais e, mais do que isso, como práticas materiais (Meneses, 2003, p14) que propomos o presente estudo sobre os suplementos didáticos ou quadros murais da Revista do Ensino/RS. A REVISTA DO ENSINO/RS (1951-1978): entre imagens e discursos Em setembro de 1951, a Revista do Ensino volta a circular, após nove anos de interrupção, como iniciativa das professoras primárias Maria de Lourdes Gastal, Gilda Garcia Bastos e Abigail Teixeira, com a intenção de não só “preencher o lugar vazio, que havia junto ao professor primário, estagiário ou não”, como também de aspirar a que a educadora jovem e idealista encontrasse nas suas páginas a solução para “resolver os árduos, porém sublimes, problemas de seu mister”. Nesse sentido, a revista volta-se preponderantemente a orientar a professora primária riograndense, divulgando diretrizes técnico-pedagógicas, material didático e legislação relativa ao ensino. O editorial do primeiro número dessa fase, intitulado “Grandes Sonhos”, reforça os objetivos do novo projeto de “servir à coletividade divulgando experiências 4 e saber comum ao magistério”. Essa intenção de certa forma vincula a Revista do Ensino à fase de 1939 a 1942, cuja meta também era sintetizada no “ideal de servir efetivamente para a disseminação da cultura e do ensino em nosso Estado”. Apesar das intenções comuns, a revista (re)inicia com características distintas, especialmente na sua estrutura gráfica, com expressiva presença de ilustrações fotos, retratos, desenhos, quadros murais, etc. Com o apoio institucional da Secretaria de Educação e Cultura/RS e, por um breve período, como propriedade privada da professora Maria de Lourdes Gastal (maio a novembro de 1956), em 11 de dezembro de 1956 a revista passa a ser uma publicação oficial sob a supervisão técnica do Centro de Pesquisas e Orientações Educacionais - CPOE/RS (1943-1971), divulgando as orientações pedagógicas desse centro de pesquisa 2. A Revista do Ensino, ao longo do período de 1951 a 1978 (2° fase), busca ser um instrumento técnico-pedagógico de atualização permanente do magistério, elevando o nível qualitativo dos profissionais da educação, através da divulgação de experiências pedagógicas, da realidade da educação e do ensino, como apoio ao conteúdo das diferentes áreas que compunham o currículo do ensino elementar e posteriormente do 1° grau. A partir de 1971, com a reforma do ensino pela Lei n° 5692, a revista amplia sua área de abrangência para os outros níveis de ensino. Em seus vinte e seis anos, a revista publicou cento e setenta (170) números, com oito a dez números anuais, com uma média de 80 (oitenta) páginas de material informativo didático-pedagógico. Com uma tiragem inicial de 5.000 exemplares, atingiu a marca de 50.000 exemplares, no início da década de 60. A tiragem é um significativo indicador da repercussão da revista no meio educacional – regional, nacional e internacional -, muitas vezes único meio de (in)formação à disposição do professor e de utilização na sua prática cotidiana. A Revista do Ensino volta-se a dar orientação didático-pedagógica aos professores do ensino primário e pré-primário, através de sugestões de planos de aula, atividades práticas, trabalhos manuais, música, poesias, sugestões de recursos de ensino. Além disso, procura auxiliar o professor no dia-a-dia da sala de aula, trazendo o “fato histórico do mês, calendário do mês, galeria histórica, exercícios, 5 riquezas do Brasil”, isto é, fornecendo subsídios de ensino de aplicação imediata em sala de aula e dirigindo o cotidiano da escola primária. A esmerada produção gráfica começava por suas capas, que, em geral, reproduziam fotos do cotidiano escolar gaúcho e de eventos oficiais. A partir do número 100 (1965) as capas passam a serem desenhadas pela equipe responsável. A contracapa externa destinava-se à propaganda da revista ou da editora que a publicava. As contracapas internas ou entre capas, coloridas, eram utilizadas como recurso didático para o professor, vinculadas aos temas explorados no conteúdo da revista. Os temas eram muito variados, abarcando as várias disciplinas do currículo. Por exemplo, no ano de 1954, as contracapas internas apresentaram ilustrações sobre alavancas, balanças, países soberanos, acidentes geográficos, meios de comunicação, as profissões, os sentidos e seus respectivos órgãos, folhas, trânsito, a iluminação através do tempo, músculos, medidas, símbolos pátrios, a eletricidade nos ajuda. Durante vários números, as contracapas também serviram parar retratar os tipos brasileiros – gaúcho, seringueiro, bananeiro, ervateiros, vaqueiro do nordeste, negras baianas, jangadeiro - e as riquezas do Brasil. As entre capas também ilustram fatos históricos com reprodução de quadros de pintores reconhecidos, por exemplo, “Juramento da Princesa Izabel”, de Vitor Meireles; “Batalha de Campo Grande”, de Pedro Américo. A descrição das contra-capas ficava na seção “Educação Artísica” e “Áudio-Visual”. Várias seções da revista preocupavam-se em fornecer material didático iconográfico para uso do professor e do aluno. Para o aluno, a revista fornecia desenhos “para os pequenos colorirem”, em tamanho de página inteira. Para o professor, a variedade era muito maior, várias seções visavam fornecer material gráfico para decoração da sala de aula e/ou para exploração didática. Calendário do mês e o calendário perpétuo para sala de aula são um dos exemplos. O “Retrato do Mês” é um encarte colorido destacável com uma personalidade/herói da história do Brasil, com a biografia no verso. Além desse recurso didático, a revista fornecia em folha dupla destacável, em preto e branco, com trinta e dois retratos enquadrando o rosto ou o busto de outra personalidade da 2 O CPOE/RS, além de editar a Revista do Ensino para professores, publica a revista infantil Cacique, destinada aos alunos (Bastos, 1994), e o Boletim do centro de Pesquisas e Orientações Educacionais, publicado a cada dois anos, de 1947 a 1966, com as orientações, pesquisas, legislação, bibliografia, provas escolares, que resultaram de trabalhos no Centro. 6 história do Brasil, para ilustrar o caderno do aluno, que deveria colorir. Esse material localizava-se nas páginas centrais da revista, para facilitar o destaque. A revista também produzia material em forma de cartões ilustrados, coloridos ou em preto e branco, com orientação ao professor, com a indicação da série a ser aplicado, a parte do programa atendido, o objetivo e a técnica de aplicação. A orientação dada ressalta que o material é para uso individual do aluno e que, se o professor desejar utilizar no grupo, deve confeccionar outros cartões ilustrados com figuras recortadas de revistas e com legendas escritas com pena “bico de pato” nº 1 e nanquim. Também fazia um alerta de que, para utilização dos cartões desenhados, o ideal seria colá-los em cartolina, para reforçá-los. O ensino de linguagem teve uma atenção privilegiada em relação às demais disciplinas do currículo do ensino primário. Foi produzida uma infinidade de recursos visuais para estimular a prontidão para a leitura, a observação e a lógica da criança; exercícios para desenvolver a discriminação visual, a interpretação; gravuras para estimular a redação e composição. Tais orientações são diretivas e pontuais – “marque com uma cruz a boneca que aparece na gravura, pinte a camisa igual a que o menino aparece na gravura colorida, fazer um traço no brinquedo que o menino ganhou, pinte de verde a árvore de Natal, pinte o pacote igual ao de Mamãe -, não dando flexibilidade e autonomia ao professor. O “Painel do Mês”, a partir do número 101 (1965), sob responsabilidade das professoras Maria Aparecida Grendene e Marilena Merino Fávero, apresentava sugestões para a confecção de material didático na forma de painéis, acompanhado das atividades que podem ser desenvolvidas a partir dele. “O trenzinho do zoo”, “a árvore”, “utilidades da água”, “o ano em estações”, “destacando o Brasil”, “paisagens escolhidas”, “a indústria também contribui para a segurança nacional”, foram alguns dos temas sugeridos para a confecção de painéis. Além da farta iconografia, a revista também estimulava e orientava o professor para a ampla utilização de recursos visuais em sala de aula, assim como sua elaboração. Alguns artigos, a cargo do Serviço de Audiovisuais do CPOE/RS, focalizavam a importância desses recursos - O que é o flanelógrafo, O uso de cartazes, Gravuras – um meio de ensino a seu alcance, A importância dos recursos audiovisuais, etc. O artigo Ciências Naturais: seu estudo na escola primária (nº 131, 1971), de Ester Malamut, enfatiza um amplo e variado uso de materiais audiovisuais, 7 detalhando o aproveitamento de cada um deles - quadro-negro, gravura, diorama, aparelhos, reálias, cartaz, quadro de notícias, mural, gráfico, programas de rádio e TV, filmes, slides, flanelógrafo, quadro de pregas, álbum-seriado, excursão, experiência, entrevista, observação, discussão. A seção “Cantinho das Novidades”, a cargo das professoras Maria Aparecida Grendene e Flávia Maria Rosa, que inicia em abril de 1963 (nº 91), objetivava dar alternativas para a confecção de materiais didáticos e sua utilização pela professora primária em sala de aula. Em cada número, a seção tinha uma cor – verde, rosa, amarelo –, na qual eram sobrepostas figuras em preto e branco representando as imagens a serem trabalhadas com as crianças, por exemplo, o relógio para ensinar as operações e frações; um painel com reportagens de jornal recortados pelos próprios alunos. Do número 108 ao 116, essa seção integra a grande seção Audiovisual, auxiliando, por exemplo, a confecção de cartazes para campanhas educativas, realização de mostras didáticas. A Revista do Ensino mantinha uma equipe permanente para planejamento e ilustração, composta pelos profissionais: Maria Madalena Lutzenberger, Glenda Cruz, Maria Molmar, Jorge Ivan Azevedo, Rose Lutzenberger, Lígia Osório Nársico (para música), Elsy D. Ferreira, Marilena Merino, José Lima Garay, Julio Costa, Ruth I. S. Martins, Nilza G. Haertel, Miriam Tabajara, Eleonora Agrifólio Viana, Maria Luiza Ricciardi, Lourdes Comparsi Oliveira (essas três últimas no últimos anos da revista). Alguns números da revista privilegiaram centralizar o projeto editorial em determinadas temáticas, tais como: O Indígena Brasileiro ( nº 58 e nº106), Brasília (nº67 e nº102), Aviação (nº88), Folclore (nº95), O Brasil e suas riquezas (nº120), Centenário do Instituto de Educação Gen. Flores da Cunha (nº123), Caracterização do Currículo do Ensino de 1º Grau (nº140), Etnias Formadoras do Povo Brasileiro (nº154 e nº155), Estatuto e Carreira do Magistério Público do Estado do Rio Grande do Sul (nº156), Turismo (nº164), Mar (nº166). A revista sobre o “Indígema Brasileiro” teve vinte e um (21) suplementos (tamanho de 31 cm por 44 cm) – seis quadros com reproduções de desenho e quatorze com reproduções de fotografias cedidas pelo Museu do Índio do Rio de Janeiro –, para serem explorados em sala de aula: arte plumária dos índios Kaapos, diversas atividades dos índios, a oca, objetos de uso dos índios, rituais, objetos que os índios fazem, costumes indígenas, a taba, cestas 8 que os índios fazem, adornos usados pelos índios, adornos corporais, arco e flecha e esportes, tipos de índios do Brasil, desenhos e utensílios domésticos, canoas, cerâmica marajoara, pintura corporal. Para cada aspecto ilustrado, a professora tinha, no corpo da revista, uma completa fundamentação. A apresentação desse suplemento visava “fornecer material didático ilustrativo focalizando, de modo geral, os aspectos mais marcantes da vida indígena brasileira, os traços de sua cultura, como uma legítima contribuição à formação social”. O sucesso da revista parece ter residido na característica de fornecer farto material didático e ilustrativo ao professor, junto com orientações metodológicas, conforme podemos depreender destas falas: o motivo maior do interesse que a Revista desperta, no Brasil, é o cunho prático e útil de suas seções, fornecendo ao professorado, periodicamente soma apreciável de orientação, matéria de aula e elementos para trabalhos didáticos (Antonio d’Ávila/SP); o maior motivo do interesse despertado pela Revista é a sua parte prática : orienta, ensina e apresenta farto e excelente material. O professor deixa a escola saturado de teoria. Procura, por isso, avidamente, o que a Revista lhe oferece (Alberto Ferriani/SP). Em agosto de 1979, diante da perspectiva de revitalização da Revista do Ensino, as professoras Yeda Virgínia Castro (coordenadora do Centro de Documentação da SEC/RS) e Tereza Lezama Pain (assistente de direção da revista) argumentam com o fato de ser a “única no País que apresenta destacável um suplemento didático, com orientação para seu aproveitamento como recurso visual”. Essa ênfase também encontramos, em fevereiro de 1978, no parecer emitido pela Editora Emma sobre a queda na venda da revista. Um dos indicativos foi que, a partir dos anos 1970, a revista apresentou maior número de artigos classificados em notícias (relatos de experiência, fatos, acontecimentos, ocorrências relativas ao ensino e ao magistério) diminuindo expressivamente os classificados como material de apoio (orientações e sugestões diretas para o ensino). Assim, a queda das vendas estaria diretamente vinculada ao fato dos professores preferirem uma revista em que predominasse o material de apoio que o instrumentalizasse nas atividades de sala de aula. 9 OS SUPLEMENTOS DIDÁTICOS OU QUADROS MURAIS No número quatro (4), de março de 1952, a revista passa a publicar “O Suplemento do Mês”. Os quatro primeiros suplementos editados foram documentos emanados da SEC/RS (anexo 1). A partir do número 5, são quadros murais descartáveis, com orientação para o seu aproveitamento como recurso didático em sala de aula, nas várias disciplinas do currículo do ensino primário e para motivar a linguagem. A importância do uso de gravuras no ensino da Linguagem merece um artigo na revista, da professora Sydia Sant’Ana Bopp, enfatizando que “para que a criança possa compor, expressar-se, oralmente ou por escrito sobre determinado assunto, necessita de experiências que lhe permitam a mobilização de idéias e a conseqüente organização do pensamento. Entre os meios indicados parar esse fim contam-se as gravuras que, além de responderem aos interesses da criança, desenvolvem-lhe certas disposições intelectuais como observação, lógica, imaginação e contribuem parar o enriquecimento das suas experiências”. O artigo recomenda ainda que o professor deve conhecer os diferentes tipos de gravuras bem como a técnica do seu emprego. Cita três tipos de gravuras: as de sentido completo, as de sentido incompleto e as que ilustram fatos históricos e geográficos. Quanto ao procedimento de uso recomenda sete passos a serem solicitados aos alunos: enumerar os elementos, mencionar a ação principal, formar frases, narrar/descrever o fato, imaginar histórias sugeridas pela gravura, realizar dramatizações, dar títulos à gravura. Esse último passo é considerado “muito interessante e exige grande capacidade de síntese” (Revista do Ensino, nº55, set.1958). Os quadros são desenhos coloridos, em tamanho de 44 cm por 37 cm, com perfeito acabamento gráfico, que contemplam temas específicos, organizados em séries de gravuras. A série Zoologia tem quadros com cavalo, cachorro, vaca, gato, porco, coelhos, ovelhas, cabras, e outros animais. A série Linguagem apresenta quadros temáticos sobre a doma, o lobo e o cordeiro, a pescaria, a pandorga/pipa, a roda d’água, a horta, o escoteiro, a vida na escola, dia de chuva, festa de aniversário, etc. A série Histórica tem quadros que retratam o Brasil Indígena, os descobrimentos do século XV, os descobrimentos da América, o Brasil Colônia, as capitanias hereditárias, o Governo Geral do Brasil, as invasões estrangeiras, os movimentos nativistas, a Independência; que explicam a Bandeira Nacional, etc. 10 Essa série objetivava “ver as cenas históricas”, para facilitar a memorização dos fatos, incluindo em cada quadro uma frase ilustrativa, para melhor fixação da cena. Bittencourt (2002, p.71) afirma que as vinhetas ou legendas colocadas em cada ilustração indicavam o que o aluno deveria observar e reforçava a idéia contida no texto. As orientações didático-pedagógicas do Suplemento do Mês são bastante extensas e completas, trazendo, inclusive, exercícios e perguntas para a professora aplicar com seus alunos. Não há identificação dos responsáveis pela elaboração do material. O suplemento didático também é complementado com outros textos no corpo da revista. Por exemplo, na série Linguagem - tema Doma – há um texto para leitura, que deveria ser mimeografado para o aluno. É interessante a Nota ao final de cada orientação, em que são sugeridas as alterações para a adaptação da tarefa para outras séries que não a indicada, com a ressalva de que todas as professoras poderão “desenvolver a atividade de acordo com as necessidades de sua classe”. Essas orientações, vinculadas ao método intuitivo, trazem de forma detalhada os passos da professora em sala de aula. Por exemplo, para o estudo do cachorro, na série Zoologia, a sugestão de exercícios é que “apresente a gravura, deixando que as crianças observem durante alguns momentos. Se for necessário o professor provocará as manifestações, fazendo perguntas relativas à gravura. Comentar as características do animal: tamanho, aparência, pêlo, cabeça, cauda, patas, focinho, orelhas, etc. Hábitos de vida do animal, alimentação, meios de defesa, alimentação dos cãezinhos novos, utilidade do cão parar o homem. No 3ª, 4º e 5º anos, tratar da classificação do animal como vertebrado, mamífero, etc. Confeccionar uma ficha de classificação do animal”. A seguir, são sugeridas atividades e exercícios de linguagem (Revista do Ensino, nº 8, agosto de 1952, p.60). O Suplemento do Mês não mantém sua continuidade. Vários números da revista não o apresentam e a orientação didático-pedagógica também se torna cada vez mais restrita e simplificada. Em junho de 1955 (nº 31), a equipe diretiva informa o leitor de que está em atraso com a publicação do encarte didático e que doze quadros murais estão sendo vendidos em separado, como um conjunto, contrariando as normas que impediam o encarte didático de ser vendido separadamente. Assim como rareiam os encartes, também diminuem e, muitas vezes, não há orientação didático-pedagógica para os quadros encartados. 11 A partir de 1960, a equipe da revista modifica a apresentação gráfica do material didático suplementar. O tamanho passa a ser bem maior (80cm x 107 cm), traz as orientações ao professor no próprio suplemento (atrás), apresenta os temas das disciplinas do currículo primário - linguagem, matemática, ciências naturais, história e geografia - em um único quadro, com legendas. Esse material é numerado a partir do um, não correspondendo ao número da revista em que é encartado. No encarte correspondente ao número 96, da Revista do Ensino de setembro de 1963, a equipe editorial informa que “atendendo sugestões dos leitores, estamos dando um salto na numeração dos suplementos, com o objetivo de dar numeração igual à da revista, para tornar mais fácil a identificação do suplemento com a revista que corresponde”. Essa alteração associa-se à outra: os quadros murais centram-se em uma única temática (anexo 2). Nos quadros murais de história, a produção utiliza legendas; apresenta mapas; destaca os personagens/heróis e cenas representativas de cada período, com quadros de pintores reconhecidos. Para o suplemento “Conhecendo a nossa história: II Reinado (1840-1889) Primeira parte” são retratados Ireneu Evangelista de Sousa (Barão de Mauá), Nicolau Campos Vergueiro (responsável pela vinda dos imigrantes para a lavoura), D. Teresa Cristina Maria e D. Pedro II. Ainda aparece o desenho da primeira locomotiva a vapor do Brasil – “Baronesa/1853” –, e três aquarelas de José Lutzemberger retratando o imigrante alemão na lavoura, no artesanato, na cidade. Em 1965, com a mudança de direção da revista, também ocorrem mudanças no projeto editorial e gráfico. Algumas capas passam a ser desenhadas e as orientações didático-pedagógicas do material didático suplementar passam a serem designadas “Como aproveitar o suplemento”, abordando diferentes temas das disciplinas do currículo da escola primária. Essa seção apresenta sempre a equipe responsável pela orientação e lay-out, pelo planejamento e pelos desenhos (anexo 3). Para o suplemento O Ano em Estações (nº108 de 1966): a responsável pela orientação e lay-out é a professora Maria Madalena Lutzenberger, o planejamento é das professoras Maria Aparecida Grendene e Ercila T. Ambros, e o desenho de Carl Ernest Zeuner e Elsy Pires Ferreira. Essa distribuição das tarefas expressa a preocupação da equipe editorial tanto com a questão didático-pedagógico como iconográfica. As orientações no corpo da revista passam a ser mais breves, variando de poucas linhas a uma página, contendo indicações bibliográficas para conhecimento 12 do tema. Isso decorre do fato do próprio suplemento trazer a orientação no verso. Observa-se, no entanto, uma nova postura em relação ao professor, estimulando-o a que planeje e crie a partir dos meios disponíveis. Nos números temáticos da revista, que muitas vezes incluíam mais de um suplemento, as orientações são mais extensas e contam com a participação de instituições públicas ou empresas privadas (Philips, Imbelsa). Por exemplo, para o tema Trânsito (nº 158, ago. 1974), com 12 quadros, a Fundação Padre Landell de Moura (FEPLAN) fornece o material para a elaboração da história dialogada. De uma maneira geral, as sugestões didático-pedagógicas da Revista do Ensino limitam-se a orientar uma leitura inicial e interna da própria ilustração, para a identificação do seu conteúdo. Essa leitura é muito importante, pois a seqüência de observações, descrições e narrações cria textos, orais e/ou escritos, que permitem ao aluno estabelecer relações com outros contextos e experiências. No entanto, é necessária ainda uma leitura externa, para permitir identificar outros referenciais, que caracterizam a imagem como objeto - como e por que foi produzida, para que e para quem se fez, quando foi realizada –, permitindo uma leitura mais crítica e analítica (Bittencourt, 2002, p.88). CONCLUINDO A pesquisa em revistas pedagógicas informa sobre o funcionamento e a anatomia do discurso veiculado; possibilita localizar as contradições e as lacunas dentro de um texto e situá-las historicamente em termos dos interesses que sustentam e legitimam (Giroux, 1988, p.94). A elaboração de um corpus de saberes e de saber-fazeres pelo imprenso, busca dar “status” ao saber pedagógico como campo de conhecimento científico e, ao mesmo tempo, dar uma dimensão técnica e instrumental ao cotidiano escolar. Paralelo a esta intenção, se constitui também em um conjunto de falas relativas às normas e aos valores de conduta profissional, como forma de controle da profissão docente. Lima e Carvalho (2003, p. 19) destacam o potencial da iconografia para entender a conformação de discursos e representações sociais, integrada nos processos econômicos e sociais. A leitura iconográfica, como atividade educacional, desenvolve o olhar crítico, ensina a aprender a ver o mundo e a organizar a experiência, produzindo sentido às imagens (Martelli, 2003). 13 O estudo destaca a possibilidade de configurar uma metodologia para estudar a imagem presente na sala de aula como um discurso pedagógico e não como um mero elemento decorativo, permitindo o resgate do imaginário da sala de aula e de práticas escolares. A Revista do Ensino, ao fazer uso significativo da iconografia em sua produção editorial, visava à vulgarização dos recursos audiovisuais em sala de aula e à organização do currículo escolar não como uma simples representação da “realidade”, mas sim em um amplo sistema simbólico (Samain, 1996). Assim, o processo de alfabetização da escola primária também envolvia uma alfabetização visual, como fonte de conhecimento e inteligência. A imagem deveria impregnar a alma infantil, como mais um dispositivo produtor de mensagens didáticopedagógicas. Na perspectiva da escola nova, aprender a ver é condição essencial às atividades de experimentação. Assim, a pedagogia pela imagem ou em imagens, veiculada pela revista, busca uma “didatização” do olhar, sacralizando uma representação da realidade limitada ao conteúdo manifesto, tendo em vista a minuciosa orientação dada para sua exploração pelo professor, tirando a possibilidade de outras visões e interpretações possíveis. A imagem não atua como uma mera ilustração, mas exerce uma função formativa do imaginário social, importante veículo de aculturação do sujeito, perpetua identidades, valores, tradições, culturas. O intenso estímulo à iconografia em sala de aula reflete a materialização do discurso didático-pedagógico do CPOE/RS, tendo por fundamento a escola renovada – “a implantação dos métodos ativos; a centralidade da criança no processo de aprendizagem; a escola como espaço de exercício da criatividade; o desenvolvimento da autodisciplina, da liberdade individual, da consciência moral dos educandos, desenvolvimento do espírito crítico; compreensão da realidade”. Essas foram as metas do Centro visando acompanhar a “civilização em mudança” e os desafios da vida em uma sociedade democrática (Garcia; Peres, 2002, p102). A iconografia em sala de aula, tendo como suporte dispositivos culturais variados, é um tema ainda atual e merece ser foco de atenção dos educadores, em criarem situações para os alunos refletirem sobre as imagens temporalizadas, em uma sociedade cada vez mais dominada pelas imagens da mídia . Para os historiadores da educação, o estudo das imagens – cartazes de propaganda, anúncios de publicidade, ilustração de livros didáticos e revistas 14 pedagógicas, fotografias, mapas, plantas, filmes, lâminas, slides, obras de arte, desenhos, histórias em quadrinhos, etc. – oferece múltiplas possibilidades de leitura da cultura escolar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASTOS, M.H.C.; TAMBARA, Elomar; KREUTZ, Lúcio (Org.) Histórias e Memórias da Educação do Rio Grande do Sul. Pelotas: Ed. Seiva, 2002. BASTOS, M.H.C. O Novo e o Nacional em Revista: a Revista do Ensino do Rio Grande do Sul (1939-1942). São Paulo: FEUSP, 1994. Tese de Doutorado. ________ . Professorinhas da Nacionalização: a representação do professor riograndense na Revista do Ensino (1939-1942). Em Aberto. Brasília, ano 14, n. 61, p. 135-143, jan/mar. 1994. ________ . (coord) A Imprensa Periódica Pedagógica do Rio Grande do Sul: análise de discursos e práticas educativas. Porto Alegre: Faced/UFRGS, 1995. 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Descobrimentos do século XV. 6. 7. 8. Brasil Indígena 9. Brasil Colônia 10.Capitanias hereditárias 11.Governo Geral do Brasil 12. Invasões Estrangeiras 13. Movimentos Nativistas 14. D. João VI no Brasil 15. Independência 16. 17. 18. 19. Lutas – Regência e Reinado 20. D. Pedro e o II Reinado 21. República. SÉRIE LINGUAGEM 9. Festa de aniversário 10. Banho de mar 13. Chapeuzinho Vermelho 14. O sapo e a Garça SÉRIE ZOOLOGIA 1. Patos 5. Bovinos 11. Animais na Floresta 15. Cobras, répteis, peixes 16. Moscas, mosquitos, borboletas, formigas, aranhas, etc ANEXO 2 MATERIAL DIDÁTICO PARA AS CLASSES DO CURSO PRIMÁRIO REVISTA DO ENSINO (1957-1978) SUPLEMENTO Nº 1 – Outubro de 1957 - Sugestões para o desenvolvimento do programa de linguagem para classes de adaptação ao 1º ano da escola primária. Adaptação das professoras Gilka Niderauer Fontoura e Gladis Ada Vieira dos Santos. SUPLEMENTO Nº 2 – Março de 1958 - Sugestões de atividades para o período preparatório no 1º ano. Corália Ribeiro Porto e Gilda Garcia Bastos 18 SUPLEMENTO Nº 3 – Novembro de 1958 - Plano para a organização de uma biblioteca escolar. Ivanyr E. Marchioro Imagem: Brasil Indígena SUPLEMENTO Nº4 – Abril de 1960 - Reforma do Ensino Primário no Rio Grande do Sul. SUPLEMENTO Nº5 – SUPLEMENTO Nº6 –Animais – meios de locomoção SUPLEMENTO Nº7 –Esquema da Bandeira Nacional SUPLEMENTO Nº8 – SUPLEMENTO Nº9 – Palácio da Alvorada (maquete) SUPLEMENTO Nº10 SUPLEMENTO Nº11 – Ciências Naturais (a flor) SUPLEMENTO Nº12 – Origem dos Alimentos / Natal SUPLEMENTO Nº13 – SUPLEMENTO Nº14 – SUPLEMENTO Nº15 – SUPLEMENTO Nº16 – Ensino da Matemática (distância, posição, quantidade, tamanho) SUPLEMENTO Nº17 – Exercícios de Observação SUPLEMENTO Nº18 – Observação das partes do fruto / O papel da mãe no lar SUPLEMENTO Nº19 – SUPLEMENTO Nº20 – SUPLEMENTO Nº21 – SUPLEMENTO Nº22 – SUPLEMENTO Nº23 – SUPLEMENTO Nº24 – A Bandeira Nacional SUPLEMENTO Nº25 – SUPLEMENTO Nº26 – SUPLEMENTO Nº27 – Bandeiras e Tipos Característicos Americanos SUPLEMENTO Nº28 – Calendário Perpétuo para a sala de aula SUPLEMENTO Nº29 – A Vida no Litoral SUPLEMENTO Nº30 – A Vida no Campo • • • • • • • • • • • • • • • Nº96 – 1959 – Animais Domésticos e seus Derivados Nº97 – A Vida no Sertão Nº98 – Nº99 – Nº100 – O Trabalho Humano e as Indústrias Brasileiras Nº101 – Rio de Janeiro Ontem e Hoje Nº102 – O Trabalho Humano e as Indústrias Brasileiras Nº103 – A Histórias da Iluminação Nº104 – Pequena História das Telecomunicações Nº105 – Ondas que transformam a vida da comunidade : telecomunicações Nº106 – O Indígena Nº107 – 1966 – Nossos Dentes e nossos Olhos Nº108 – 1966 – O Ano em Estações Nº109 – 1966 – A indústria também contribui para a segurança nacional Nº110 – 1966 – Principais Comemorações do ano 19 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Nº111 – 1966 – Corpo Humano (coleção de quatro placas coloruidas em terceira dimensão : esqueleto, aparelho digestivo, aparelho circulatório, cinco sentidos e seus orgãos) Nº112 – 1967 – Atividades de Matemática com Conjunto Nº113 – 1967 – Geografia I – iniciando trabalhos com mapas Nº114 – 1967 – Principais Comemorações do ano II Nº115 – 1968 – Geografia II – um mapa é uma representação plana da Terra Nº116 – 1968 – Cuide de sua saúde Nº117 – 1968 – Acontecimentos Históricos – Brasil Colônia I Nº118 – 1968 – Acontecimentos Históricos – Brasil Colônia I Nº119 – 1968 – Profissões a serviço da Comunidade Nº120 – 1968 – Aspectos do Brasil Atual Nº121 – 1969 – Nossas Bandeiras Nº122 – 1969 – Profissões a serviço da Comunidade II Nº123 – 1969 – 1ª Parte : Elementos para Composição 2ª Parte: Planta-Baixa como Sugestão de Trabalho Nº124 – 1969 – A Vida Brasileira na Época Colonial Nº125 – 1969 – Trabalhando com Conjuntos Nº131 – 1971 – Corpo Humano (2º da Série) Nº132 – 1971 – Matemática Moderna – Jogos sobre Atributos Nº133 – 1971 – Animais em seu Habitat Nº134 – 1971 – Corpo Humano (3º e último) Nº135 – 1971 – Você conhece os símbolos da nossa pátria? Nº136 – Nº137 – 1971 – Calendário de 1972 Nº138 – 1972 – Conhecendo nossa História: Independência (1822) Nº139 – 1972 – Análise Sintática Nº140 – Nº141 – 1972 – Meios de Transporte Nº142 – 1972 – O Trânsito na Comunidade Nº143 – 1972 – Conhecendo nossa História : Regência Nº144 – 1972 – Conhecendo nossa História : II Reinado (1840 - 1889) Nº145 – 1972 – Conhecendo nossa história: II Reinado – 2ª PARTE Nº146 – 1972 – Calendário de 1973 Nº147 – 1973 – Onde Vive o Homem Nº148 – 1973 – Quadrinização de uma Fábula Nº149 – 1973 – Ecologia I Nº150 – 1973 – Ciclos Bioquímicos Nº151 – 1973 – Nossas Fronteiras Nº152 – 1973 – Nossos Alimentos Nº153 – 1973 – Interações entre os Seres Vivos 20 ANEXO 3 Como aproveitar o suplemento Nº 108 109 110 114 116 118 119 ORIENTAÇÃO PLANEJAMENTO DESENHOS FOTOS E LAY-OUT Maria Maria Aparecida Carl Ernest Magdalena Grendene e Ercila Zeuner e Elsy Lutzemberger T. Ambros Pires Ferreira Magdalena Paulina Vissoky Carl Ernest Gentileza do Lutzemberger Zeuner Centro Industrial do Rio de janeiro Magdalena Flávia Maria Rosa Carl Ernest Lutzemberger e Valmíria Piccinini Zeuner Magdalena Flávia Maria Rosa Carl Ernest Lutzemberger e valmíria Piccinini Zeuner Magdalena Flávia Maria Rosa Elsy Ferreira Lutzemberger e Ester Malamut Magdalena Cláudia Strauss Carl Ernest Lutzemberger Zeuner Magdalena Paulina Vissoky Júlio Costa Lutzemberger 120 Magdalena Lutzemberger Ester Malamut e Flávia Maria Rosa 121 Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Gilda Garcia Bastos Paulina Vissoky 122 123 124 Magdalena Liba Juta Knijnik Cláudia Strauss e Baseados no livro “Informe Geral sobre a Pesca no RS”, de Boaventura Barcelos Elsy Ferreira Júlio Costa Elsy Ferreira Carl Ernest 21 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 Lutzemberger Maria Aparecida Grendene Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Ester Malamut e Flávia Maria Rosa Iria Lucí M. Poças Iria Lucí M. Poças Flávia Maria Rosa e Valmíria Piccinini Iria Lucí M. Poças Cláudia Strauss e Valmíria Piccinini Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Flávia Maria Rosa e Valmíria Piccinini Ester Grossi Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Zeuner e Nilza Grau Haertel Elsy Ferreira Elsy Ferreira Armando Grau Elsy Ferreira Elsy Ferreira Elsy Ferreira e Carl Ernest Zeuner Elsy Ferreira Elsy Ferreira Iria Lucí M. Poças Elsy Ferreira Valmíria Piccinini e Flávia Maria Rosa Flávia Maria Rosa Elsy Ferreira Valmíria Piccinini e Flávia Maria Rosa Nilza Grau Haertel Iria Lucí M. Poças e Nilda C. Athaide Flávia Maria Rosa Elsy Ferreira Iria Lucí M. Poças e Nilda C. Athaide Valmíria Piccinini e Flávia Maria Rosa Iria Lucí M. Poças e Nilda C. Athaide Flávia Maria Rosa Valmíria Piccinini e Flávia Maria Rosa Flávia Maria Rosa e Valmíria Piccinini CNG e Vitor Haertel Elsy Ferreira Antônio Macedo e Dimitri Lambu Nilza Grau Haertel Elsy Ferreira Antônio Macedo Nilza Grau Haertel Antônio Macedo e Dimitri Lambu Elsy Ferreira Elsy Ferreira Nilza Grau Haertel Antônio Macedo, Dimitri 22 145 Magdalena Lutzemberger Flávia Maria Rosa e Valmíria Piccinini Nilza Grau Haertel 146 147 CALENDÁRIO Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger DE Nilda C. Athaide 1973 Elsy Ferreira Flávia Maria Rosa Elsy Ferreira Miguel Bombin Nilda C. Athaide Elsy Ferreira Elsy Ferreira Flávia Maria Rosa Elsy Ferreira Miguel Bombin Flávia Maria Rosa e Valmíria Piccinini Paulina Vissoky Elsy Ferreira Elsy Ferreira Flávia Maria Rosa e Iria Lucí M. Poças DE Maria Cecília Rockett, Flávia M. Rosa e Iria M. Poças Flávia Maria Rosa Equipe da FEPLAN 148 149 151 152 153 154-155 Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger 158 Magdalena Lutzemberger Magdalena Lutzemberger Elsy Ferreira 159 162 CALENDÁRIO Elsy Ferreira 163 Loudes C.de Oliveira Maria Luiza Ricciardi Lourdes C. de Planejamento: Oliveira equipe de redação Orientação: Maria da Graça Bulhões Eleonora A Esther Pillar Grossi Vianna 157 164 165 Elsy Ferreira 1975 gentileza da EMBRATUR Gentileza da EMBRATUR Lambu e João A. Silva Antônio Macedo E Dimitri Lambu