Eficiência da Siderurgia Brasileira na Década de 1990 Utilizando a Análise de Envoltória de
Dados
Autoria: Cristiana Fernandes de Muylder, Fernando Tadeu Pongelupe Nogueira
RESUMO
A indústria siderúrgica sempre foi reconhecida por sua importância no desenvolvimento
econômico dos países. No Brasil, esta indústria, criada originalmente pelo Governo, enfatiza a
capacidade produtiva voltada para os mercados interno e internacional. A década de 1990 foi
caracterizada por profundas transformações decorrentes da revolução imposta pelas novas
posturas internacionais em termos comerciais, financeiros e tecnológicos, em função da
globalização da economia e dos impactos desse processo na realidade nacional. Como este
setor industrial tem grande significado no cenário siderúrgico nacional e peso considerável no
desenvolvimento da economia mineira deve-se analisar a sua eficiência produtiva. A análise
da eficiência da produção das empresas com múltiplos insumos e produtos consiste em
construir uma superfície limite, de tal modo que as empresas mais eficientes situem sobre esta
fronteira enquanto as menos eficientes se situem internamente.
Introdução
A economia brasileira vem passando por intenso processo de reformas econômicas e
institucionais destinadas à retomada do desenvolvimento no atual contexto de globalização
que caracteriza o novo padrão de expansão da economia mundial e, o ajuste requerido, passa
pela busca de competitividade de todos os setores, em especial, o setor industrial.
A abertura da economia brasileira, iniciada no final dos anos 80, teve como causas principais
as forças globalizadoras em operação na economia mundial, que deixavam claro que o
modelo de desenvolvimento fechado chegava ao seu final. Algumas das forças motoras deste
crescimento econômico encontram-se no comércio, investimento e financiamento
internacional.
O PIB industrial que teve uma taxa de crescimento anual na ordem de 6,73% no ano de 1994,
declinou para uma taxa de –1,6% no ano de 1999, embora no primeiro semestre de 2000 tenha
alcançado uma taxa média de crescimento de 5% (BRASIL, 2000a).
Segundo PORTER (1993), a vantagem competitiva surge do valor que a empresa consegue
criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de produção. A competitividade de uma
indústria é a capacidade de desenvolver e sustentar vantagens competitivas que lhe permitam
enfrentar a concorrência, e baseia-se em diversos fatores externos e internos à própria
empresa.
Conforme estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria, CNI (1999), o
desempenho das indústrias brasileiras deve-se à demanda de produtos industriais (interna e
externa); ao nível dos investimentos produtivos na indústria; ao ritmo das inovações
tecnológicas, além dos custos associados à carência de infra-estrutura, inconsistência do
sistema tributário, falhas dos mecanismos de financiamento e rigidez do mercado de trabalho.
Fatores como a capacidade instalada da indústria, índice de pessoal ocupado na produção
industrial, taxas médias de crescimento da produtividade da mão-de-obra, taxas médias da
produtividade do trabalho, vendas industriais para mercado interno, valores exportados e
importados da indústria, montantes desembolsados do sistema BNDES para gêneros
industriais são indicadores importantes para o estudo da competitividade e vantagens
comparativas da indústria.
O objetivo das indústrias, neste novo ambiente, é encontrar um padrão de competição e de
vantagens competitivas que lhes assegurem a conquista de mercados e, assim, sua
1
sobrevivência. A indústria mineira, também sob o impacto da abertura comercial e da
competição internacional, enfrenta um processo de especialização e reestruturação
tecnológica.
Parte-se da premissa de que a indústria siderúrgica mineira tem grande significado no cenário
siderúrgico nacional e peso considerável no desenvolvimento da economia mineira, e de que
a mesma vem se adequando às mudanças estruturais ocorridas nos anos 90 em função da
privatização do setor, abertura comercial, investimento tecnológico e processo de
estabilização econômica. Nesses aspectos, fundamenta-se a importância de uma análise que
possa identificar os fatores internos e externos que contribuam na busca de vantagens
comparativas, e, por consequência, no desenvolvimento industrial do Estado e do Brasil.
Objetivo
O objetivo básico deste artigo é analisar a eficiência produtiva da siderurgia nacional na
década de 90, ano a ano, com múltiplos insumos e produtos.
Objetivos específicos:
•
Construir uma superfície limite de forma que os melhores anos para o setor
siderúrgico se situem sobre esta fronteira e os anos menos eficientes se situem
internamente.
Aspectos Econômicos Da Produção Siderúrgica Brasileira
A Indústria Siderúrgica
A origem da siderurgia perde-se no tempo com a invenção das primeiras máquinas, armas e
implementos agrícolas. O ferro e aço eram considerados substâncias diversas. Antes do século
XV, o ferro era obtido como massa pastosa moldada pelo uso do martelo e não como líquido
que corre para um molde. O fim da Idade Média, na Europa, é marcado pelo progresso na
metalurgia, começando o processo de refinação do ferro no século XVIII, quando a maior
parte das máquinas era de madeira. O rápido desenvolvimento dos métodos de refino na
segunda metade do século XIX abriu caminho a novas utilizações do metal. Construíram-se
máquinas industriais, grande quantidade de objetos metálicos de uso geral e o ferro e o aço
foram transformados no mais importante material de construção. Outro importante marco para
o desenvolvimento da indústria siderúrgica mundial foi a construção das ferrovias no último
quartil do século XIX que impulsionou a indústria a escalas de produção cada vez maiores na
Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos.
Em sua evolução, a siderurgia mundial apresentou três estágios distintos. No primeiro,
correspondente ao período pós–guerra até a década de 70, contou com enorme
desenvolvimento, assim como ocorreu com outras indústrias. Entre 1945 e 1979, a taxa média
anual de crescimento da produção mundial de aço bruto foi cerca de 5%. A reconstrução de
um mundo assolado pela guerra alavancou a atividade industrial, favorecendo alguns países
no rápido desenvolvimento de suas economias, constando-se um grande crescimento da
siderurgia nos países desenvolvidos e também em alguns países em desenvolvimento, que,
como o Brasil, implantaram e expandiram sua siderurgia através do Estado. Nessa fase, a
siderurgia mundial era predominantemente estatal: o índice de estatização da produção de aço
atingiu 75% em 1980.(BNDES, 2001)
No segundo estágio, na década de 80, o setor caracterizou-se pela estagnação com produção
em torno de 700 milhões de t/ano, e pela desaceleração do crescimento das economias
desenvolvidas o que influenciou e muito o comportamento da demanda de aço. Essa fase, de
superoferta de aço com preços em queda, caracterizou-se também pela intensificação do uso
de materiais substitutos como alumínio, plástico e cerâmica, ameaçando a hegemonia do aço.
O Quadro 1, retrata o crescimento da produção siderúrgica, em toneladas. A produção da
América Latina cresceu 189,4% na década de 80 comparando-se com a década anterior,
2
enquanto a produção mundial crescia apenas 20,18% no mesmo período. Isto indica o ganho
de competitividade e representatividade da produção da América Latina que participava, na
década de 70, com 2,22%, crescendo nos anos 80 para 4% da produção e na década de 90
alcançou 5% da produção siderúrgica mundial.
Quadro 1 – Indicadores da produção siderúrgica mundial, em 106 t, 1970-1990
Produção
1970
1980
1990
Mundo
595,4
715,6
770,1
América Latina
13,2
28,9
38,5
Fonte: IBS (1995)
A siderurgia estatal tinha limitações para completar o seu ciclo de capacidade, constituindo
ela própria entraves ao seu desenvolvimento. Um exemplo era as influências diretas das
decisões políticas. O controle do Estado reduzia a velocidade de resposta produtiva e a
liberdade das empresas em relação às exigências do mercado e às mudanças do ambiente. De
maneira geral, os investimentos em pesquisa de novas tecnologias de produtos e processos
realizados pelas empresas eram insuficientes para caracterizar um salto qualitativo. Muitas
delas tornaram-se lentas, desatualizadas ou até mesmo obsoletas tecnologicamente, pouco
racionalizadas e pouco eficientes em custo, e muitas vezes protegidas por mercados fechados.
A reestruturação e a agilização da siderurgia mundial, em processo de estagnação, passaram a
se constituir uma necessidade impiedosa.
A terceira fase, iniciada em 1988 e que perdura até os dias atuais, caracterizou-se pela
reestruturação, com profundas e constantes transformações do setor. Alavancado pelas idéias
de abertura de mercado e globalização econômica, iniciou-se um processo agressivo de
privatização na siderurgia mundial. Esse movimento, que pode ser considerado o ponto de
partida para a reestruturação, vem ocorrendo ao longo de toda a década de 90, de forma
constante e bastante intensa. Em 1990 a participação estatal da indústria siderúrgica era de
60% da produção mundial atingindo, em 1994, 40% e atualmente restam menos de 20% nas
mãos do Estado, com grande concentração na Rússia, Ucrânia e China.
Pode-se verificar, pelo Quadro 2, que a produção brasileira de aço bruto cresceu,
comparando-a com o ano anterior, 10,24% em 1991, 5,75% em 1992, 5,44% em 1993
enquanto o índice de crescimento de produção siderúrgica mundial era de –4,74% em 1991, 1,89% em 1992 e 1,10% em 1993. Além disto, verifica-se que a produção brasileira de aço
bruto cresceu 22%, na década de 90 enquanto a produção da América Latina 32% e 2% a
produção mundial.
Quadro 2 – Produção de aço bruto no Mundo, América Latina e Brasil, em 106 t, 1990-1999
Indicadores 1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
Mundo
770,1
733,6
719,7
727,6
752,2
752,2
750,0
798,8
776,9
América
38,5
39,5
41,4
43,6
46
47,7
50
52,3
51,5
Latina
Brasil
20,5
22,6
23,9
25,2
25,7
27,1
25,2
26,1
25,7
Fonte: IBS, 2000
1999
786,8
50,9
24,9
Referencial Teórico
Os modelos de avaliação do grau de eficiência relativa das empresas têm origem no trabalho
de FARREL (1957).
A operacionalização destes se dá através de programação matemática, utilizando a técnica de
“Data Envelopment Analysis”, DEA.
A análise da eficiência da produção das empresas com múltiplos insumos e produtos consiste
em construir uma superfície limite, de tal modo que as empresas mais eficientes situem sobre
esta fronteira enquanto as menos eficientes se situem internamente. Desta forma, a
ineficiência de uma empresa qualquer do conjunto analisado pode ser avaliada como a
distância do seu vetor insumo/produto até a fronteira referência.
3
O DEA é uma metodologia não-paramétrica para mensuração comparativa de eficiência de
unidades tomadoras de decisão – “decision making units”, (DMU). O modelo clássico é de
autoria de CHARNES, COOPER e RHODES (1978) é chamado modelo CCR.
O objetivo deste modelo é explicitar a eficiência relativa de uma DMU em um problema de
programação linear. As “n” DMUs utilizam-se de “m” insumos para produzir “s” bens. O
T
T
vetor de insumos x j = (x1 j , x 2 j ,..., x mj ) e o vetor de bens y j = ( y1 j , y 2 j ,..., y sj ) são
conhecidos por intermédio de cada DMU j, com j=1,...,n. As n+1 variáveis que devem ser
determinadas são:
o conjunto de pesos e multiplicadores (us e vs); e
a extensão (h) em que a DMU pode expandir todos os seus bens.
Modelo CCR:
s
max h =
∑u
r =1
m
r
yr
∑v x
i =1
i
(1)
i
Sujeito a:
s
∑u
r =1
m
r
y rj
∑v x
i =1
i
i
≤ 1 onde j = 1,..., n (2)
j
Onde:
u r , vr > 0
r = 1,..., s (3)
i = 1,..., m
O numerador em (1) representa um conjunto de bens desejados e o denominador representa
um conjunto de insumos utilizados para produzir os bens. O valor ótimo para “h” obtido nesta
razão está no intervalo 0 ≤ h * ≤ 1 e pode ser interpretado como um indicador de desempenho.
O valor de “h=1” representa a eficiência máxima.
As vantagens de se utilizar este modelo de Análise de Envelopamento de Dados são, segundo
TULKENS (1993):
•
caracterizar cada DMU como eficiente ou ineficiente através de uma única medida
resumo de eficiência;
•
não julgar “a priori” os valores das ponderações de insumos e bens que levariam as
DMUs ao melhor nível de eficiência possível;
•
prescindir de sistemas de preços;
•
dispensar pré-especificações de funções de produção subjacentes;
•
verificar os valores ótimos de produção e de consumo respeitando as restrições de
factibilidade;
•
permitir observar as unidades de referência para aquelas que foram assinaladas como
ineficientes; e
•
produzir resultados alocativos eficientes no sentido de “Pareto”.
A DEA tem a desvantagem de não tratar erros estocásticos, o que torna sua fronteira de
eficiência suscetível a erros de medida, e da possibilidade de se estabelecer relações de causa
e efeito entre as variáveis.
Resultados Da Aplicação Do Dea Para Empresas Siderúrgicas Brasileiras Na Década De 1990
4
Foram utilizadas informações referentes às indústrias siderúrgicas brasileiras (ANEXO 1) que
constituem as variáveis para o modelo DEA classificas da seguinte forma:
Insumos
•
consumo de minério de ferro, 103 toneladas (MINFERRO);
•
consumo de minério de manganês, 103 toneladas (MINMANG);
•
consumo de calcário, 103 toneladas (CALC);
•
consumo de dolomita, 103 toneladas (DOLO);
•
consumo de carvão mineral, 103 toneladas (CARVAOMINE);
•
consumo de carvão vegetal, 103 toneladas (CARVAOVEG);
•
consumo de fero gusa, 103 toneladas (FERROGUSA);
•
consumo de óleo combustível, 103 toneladas (OLEO);
•
consumo de alumínio, 103 toneladas (ALUM);
•
folha de pagamentos, 106 US$ (FOLHA), e
•
impostos pagos, 106 US$ (IMPOSTOSPAGOS).
Bens ou produtos
•
produção de aço bruto, 103 toneladas (ACO) – CASO 1
•
quantum exportado, 103 toneladas (EXP) – CASO 2
•
consumo interno, 103 toneladas (CONSINTERNO) – CASO 3
•
quantum exportado e consumo interno, 103 toneladas (EXP e CONSINTERNO) –
CASO 4
Caso 1 – Produção de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990.
Os índices encontrados através da Análise Envoltória dos Dados (DEA), no primeiro caso
(Anexo II), comprovam que a indústria siderúrgica brasileira possuía vantagem competitiva
nos anos da década de 1990, mesmo com o processo de privatização do setor, iniciado em
1992. A privatização possibilitou o início de uma nova etapa de desenvolvimento e
fortalecimento da siderurgia brasileira, imprescindível para a consolidação da posição de
destaque da indústria nacional no competitivo mercado internacional. A reestruturação,
modernização tecnológica e aumento da capacidade produtiva do setor siderúrgico nacional
foram consequências de investimentos que ocorreram de 1994 até 2000. (IBS, 2000 a)
A produção de aço bruto cresceu 21,39%, em toneladas, na década de 1990. A eficiência da
produção de aço bruto é justificada pelo preço do aço brasileiro no mercado nacional que,
apesar do chamado “custo brasil” e de sua tendência de aproximação do preço internacional é
aceito e demandado pelas diversas indústrias que utilizam o aço como insumo.
Especificamente, no ano de 1995, o índice encontrado esteve abaixo da linha de fronteira o
que caracteriza uma perda de eficiência da indústria. Esta queda se deve, principalmente, à
variação do preço dos insumos domésticos em relação ao preço sombra ou internacional.
(Figura 1)
98
97
96
95
94
99
19
19
19
19
19
19
92
91
93
19
19
19
90
101%
100%
100%
99%
99%
98%
19
% Efficiency
Figura 1 – Análise da Produção de Aço Bruto Brasileira, 103 toneladas, década 90, em relação a todos os
insumos.
Decision Making Units
5
A eficiência da indústria siderúrgica brasileira quanto à produção de aço bruto, na década de
90, reforça o estudo de matriz de análise política, MAP, desenvolvida na tese de um dos
autores deste artigo. (MUŸLDER, 2001)
6
Caso 2 – Quantum exportado de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990.
No segundo caso (Anexo III), é analisado o volume exportado de aço bruto brasileiro. Através
do DEA denota-se que a indústria siderúrgica brasileira sofre com pressões do mercado
competitivo globalizado e que seu mercado oscila muito diante da qualidade e diversidade de
produtos siderúrgicos demandados por todo o mundo.
Segundo a figura 2, a eficiência da siderurgia nacional antes da privatização em relação às
exportações, em toneladas, na década de 90, deve-se ao poder do governo, detentor das
principais empresas na ocasião, criar e favorecer situações de comércio como incentivos e
concessões. A reestruturação das empresas com o processo de desestatização, de 1992 até
1994, alterou a capacidade de produção para exportação. A tendência ascendente, a partir de
1996, deve-se à adequação tecnológica e administrativa das indústrias no novo cenário
competitivo após a privatização.
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
% Efficiency
Figura 2 – Análise do volume exportado de aço bruto brasileiro, 103 toneladas, na década de 1990 em relação a
todos os insumos.
Decision Making Units
Caso 3 – Consumo interno de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990.
Analisando o consumo interno, na década de 90, de aço bruto brasileiro, (Anexos IV),
observa-se que o mercado interno se torna altamente competitivo após o início do processo de
privatização, iniciado em 1992, onde a demanda das indústrias nacionais é o principal fator de
elevação da competitividade em decorrência do preço interno ser superior ao praticado no
mercado mundial, com exceção dos tipos de aço especiais. Muitos são os requisitos de
concorrência: preço, qualidade e especificidade técnica. O mercado mundial paga melhor por
aços especiais enquanto o aço bruto ou de menor valor agregado possui vantagem competitiva
no mercado nacional. Cabe-se ressaltar que o consumo aparente de aço bruto do Brasil
cresceu na década de 1990, de 9.008 para 14.078 (103 toneladas). IBS (2000b)
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
% Efficiency
Figura 3 – Consumo interno de aço bruto produzido no Brasil, década de 1990, em toneladas, em relação a todos
os insumos.
Decision Making Units
Caso 4 – Volume exportado e consumo interno de aço bruto no Brasil, em toneladas, década
1990.
Confirma-se a competitividade e eficiência do setor siderúrgico nacional ressaltando-se a
complementariedade do mercado interno e o mercado externo no que tange às especificidades
de produtos siderúrgicos e, principalmente, preços e qualidade diferenciados. Esta
característica da indústria siderúrgica brasileira diante do mercado consumidor interno e
7
externo, favorece o seu mix de produtos e fortalece seu destaque no cenário mundial. (Figura
4)
% Efficiency
Figura 4 - Quantum exportado e consumo interno de aço bruto produzido no Brasil, 1990-1999, 103 toneladas
102%
100%
98%
96%
94%
92%
90%
88%
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
Decison Making Units
Conclusão
A indústria siderúrgica sempre foi reconhecida por sua importância no desenvolvimento
econômico dos países. No Brasil, esta indústria, criada originalmente pelo Governo, enfatiza a
capacidade produtiva voltada para os mercados interno e internacional.
A década de 1990 foi caracterizada por profundas transformações decorrentes da revolução
imposta pelas novas posturas internacionais em termos comerciais, financeiros e tecnológicos,
em função da globalização da economia e dos impactos desse processo na realidade nacional.
O método da de Análise Envoltória de Dados, DEA, mostrou que a indústria siderúrgica
brasileira foi competitiva ao longo dos anos 90 e que sua reestruturação, após o processo de
privatização, possui muita relevância na conquista de qualidade e eficiência do setor em
diferentes segmentos de mercado.
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8
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9
ANEXO I
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
aco
20567
22617
23934
25207
25747
25076
25237
26153
25760
24996
minferro
23889
23087
26665
27158
27612
27642
27662
28846
28924
26701
minmang
266
269
296
271
250
314
245
237
205
143
calc
4243
4516
4608
4499
4293
4552
4881
5441
5134
4784
dolo
1027
951
939
1008
1194
1531
1237
1470
1565
1170
carvaomine
9584
10103
10158
9968
10579
10170
9935
10481
11000
10484
carvaoveg
9199
7799
7227
6747
7076
6304
5343
4505
4366
4273
ferrogusa
18329
19326
20552
21100
22124
21187
20890
21401
21061
20674
oleo
370
391
454
435
411
343
328
201
248
132
alum
18
23
23
24
25
29
30
41
40
40
folha
2368
1604
1609
1842
1868
2280
2120
1958
1673
988
impostospagos
1353
1037
1127
1375
1566
1675
1710
1783
1652
1348
exp
8995,5
10922,2
11786,7
12237,3
11077,6
9654,7
10257,3
9162,8
8755,8
10032,9
consinterno
7553
7952
7616
8899
10298
11725
12681
14653
13611
13435
10
ANEXO II
Caso 1 - Análise da produção de aço bruto brasileira, 10 3 toneladas, na década de 90, em relação a todos os
insumos.
AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELADAS
DECISION MAKING UNITS
% EFFICIENCY
1999
100%
1998
100%
1993
100%
1997
100%
1990
100%
1996
100%
1992
100%
1991
100%
1994
100%
1995
98,89%
ANEXO III
Caso 2 – Análise do volume de aço bruto exportado, 103 toneladas, na década de 90, em relação a todos os
insumos.
QUANTUM EXPORTADO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103
TONELADAS
DECISION MAKING UNITS
% EFFICIENCY
1991
100%
1992
100%
1993
100%
1999
100%
1996
94,39%
1994
88,76%
1997
87,65%
1998
85,58%
1990
84,62%
1995
81,18%
ANEXO IV
Caso 3 – Análise do consumo interno de aço bruto no Brasil, 103 toneladas, na década de 90, em relação a todos
os insumos.
CONSUMO INTERNO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELADAS
DECISION MAKING UNITS
% EFFICIENCY
1999
100%
1996
100%
1997
100%
1998
96,66%
1995
90,81%
1994
86,94%
1991
80,62%
1993
75,18%
1990
74,73%
1992
67,80%
11
ANEXO V
Caso 4 – Análise do quantum exportado e do consumo interno de aço bruto no Brasil, 103 toneladas, na década
de 90, em relação a todos os insumos.
QUANTUM EXPORTADO E CONSUMO INTERNO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL,
1990-1999, 103 TONELDAS
DECISION MAKING UNITS
% EFFICIENCY
1997
100%
1990
100%
1994
100%
1999
100%
1992
100%
1991
100%
1993
100%
1996
100%
1998
100%
1995
92,65%
12
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1 Eficiência da Siderurgia Brasileira na Década de 1990