Eficiência da Siderurgia Brasileira na Década de 1990 Utilizando a Análise de Envoltória de Dados Autoria: Cristiana Fernandes de Muylder, Fernando Tadeu Pongelupe Nogueira RESUMO A indústria siderúrgica sempre foi reconhecida por sua importância no desenvolvimento econômico dos países. No Brasil, esta indústria, criada originalmente pelo Governo, enfatiza a capacidade produtiva voltada para os mercados interno e internacional. A década de 1990 foi caracterizada por profundas transformações decorrentes da revolução imposta pelas novas posturas internacionais em termos comerciais, financeiros e tecnológicos, em função da globalização da economia e dos impactos desse processo na realidade nacional. Como este setor industrial tem grande significado no cenário siderúrgico nacional e peso considerável no desenvolvimento da economia mineira deve-se analisar a sua eficiência produtiva. A análise da eficiência da produção das empresas com múltiplos insumos e produtos consiste em construir uma superfície limite, de tal modo que as empresas mais eficientes situem sobre esta fronteira enquanto as menos eficientes se situem internamente. Introdução A economia brasileira vem passando por intenso processo de reformas econômicas e institucionais destinadas à retomada do desenvolvimento no atual contexto de globalização que caracteriza o novo padrão de expansão da economia mundial e, o ajuste requerido, passa pela busca de competitividade de todos os setores, em especial, o setor industrial. A abertura da economia brasileira, iniciada no final dos anos 80, teve como causas principais as forças globalizadoras em operação na economia mundial, que deixavam claro que o modelo de desenvolvimento fechado chegava ao seu final. Algumas das forças motoras deste crescimento econômico encontram-se no comércio, investimento e financiamento internacional. O PIB industrial que teve uma taxa de crescimento anual na ordem de 6,73% no ano de 1994, declinou para uma taxa de –1,6% no ano de 1999, embora no primeiro semestre de 2000 tenha alcançado uma taxa média de crescimento de 5% (BRASIL, 2000a). Segundo PORTER (1993), a vantagem competitiva surge do valor que a empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de produção. A competitividade de uma indústria é a capacidade de desenvolver e sustentar vantagens competitivas que lhe permitam enfrentar a concorrência, e baseia-se em diversos fatores externos e internos à própria empresa. Conforme estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria, CNI (1999), o desempenho das indústrias brasileiras deve-se à demanda de produtos industriais (interna e externa); ao nível dos investimentos produtivos na indústria; ao ritmo das inovações tecnológicas, além dos custos associados à carência de infra-estrutura, inconsistência do sistema tributário, falhas dos mecanismos de financiamento e rigidez do mercado de trabalho. Fatores como a capacidade instalada da indústria, índice de pessoal ocupado na produção industrial, taxas médias de crescimento da produtividade da mão-de-obra, taxas médias da produtividade do trabalho, vendas industriais para mercado interno, valores exportados e importados da indústria, montantes desembolsados do sistema BNDES para gêneros industriais são indicadores importantes para o estudo da competitividade e vantagens comparativas da indústria. O objetivo das indústrias, neste novo ambiente, é encontrar um padrão de competição e de vantagens competitivas que lhes assegurem a conquista de mercados e, assim, sua 1 sobrevivência. A indústria mineira, também sob o impacto da abertura comercial e da competição internacional, enfrenta um processo de especialização e reestruturação tecnológica. Parte-se da premissa de que a indústria siderúrgica mineira tem grande significado no cenário siderúrgico nacional e peso considerável no desenvolvimento da economia mineira, e de que a mesma vem se adequando às mudanças estruturais ocorridas nos anos 90 em função da privatização do setor, abertura comercial, investimento tecnológico e processo de estabilização econômica. Nesses aspectos, fundamenta-se a importância de uma análise que possa identificar os fatores internos e externos que contribuam na busca de vantagens comparativas, e, por consequência, no desenvolvimento industrial do Estado e do Brasil. Objetivo O objetivo básico deste artigo é analisar a eficiência produtiva da siderurgia nacional na década de 90, ano a ano, com múltiplos insumos e produtos. Objetivos específicos: • Construir uma superfície limite de forma que os melhores anos para o setor siderúrgico se situem sobre esta fronteira e os anos menos eficientes se situem internamente. Aspectos Econômicos Da Produção Siderúrgica Brasileira A Indústria Siderúrgica A origem da siderurgia perde-se no tempo com a invenção das primeiras máquinas, armas e implementos agrícolas. O ferro e aço eram considerados substâncias diversas. Antes do século XV, o ferro era obtido como massa pastosa moldada pelo uso do martelo e não como líquido que corre para um molde. O fim da Idade Média, na Europa, é marcado pelo progresso na metalurgia, começando o processo de refinação do ferro no século XVIII, quando a maior parte das máquinas era de madeira. O rápido desenvolvimento dos métodos de refino na segunda metade do século XIX abriu caminho a novas utilizações do metal. Construíram-se máquinas industriais, grande quantidade de objetos metálicos de uso geral e o ferro e o aço foram transformados no mais importante material de construção. Outro importante marco para o desenvolvimento da indústria siderúrgica mundial foi a construção das ferrovias no último quartil do século XIX que impulsionou a indústria a escalas de produção cada vez maiores na Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos. Em sua evolução, a siderurgia mundial apresentou três estágios distintos. No primeiro, correspondente ao período pós–guerra até a década de 70, contou com enorme desenvolvimento, assim como ocorreu com outras indústrias. Entre 1945 e 1979, a taxa média anual de crescimento da produção mundial de aço bruto foi cerca de 5%. A reconstrução de um mundo assolado pela guerra alavancou a atividade industrial, favorecendo alguns países no rápido desenvolvimento de suas economias, constando-se um grande crescimento da siderurgia nos países desenvolvidos e também em alguns países em desenvolvimento, que, como o Brasil, implantaram e expandiram sua siderurgia através do Estado. Nessa fase, a siderurgia mundial era predominantemente estatal: o índice de estatização da produção de aço atingiu 75% em 1980.(BNDES, 2001) No segundo estágio, na década de 80, o setor caracterizou-se pela estagnação com produção em torno de 700 milhões de t/ano, e pela desaceleração do crescimento das economias desenvolvidas o que influenciou e muito o comportamento da demanda de aço. Essa fase, de superoferta de aço com preços em queda, caracterizou-se também pela intensificação do uso de materiais substitutos como alumínio, plástico e cerâmica, ameaçando a hegemonia do aço. O Quadro 1, retrata o crescimento da produção siderúrgica, em toneladas. A produção da América Latina cresceu 189,4% na década de 80 comparando-se com a década anterior, 2 enquanto a produção mundial crescia apenas 20,18% no mesmo período. Isto indica o ganho de competitividade e representatividade da produção da América Latina que participava, na década de 70, com 2,22%, crescendo nos anos 80 para 4% da produção e na década de 90 alcançou 5% da produção siderúrgica mundial. Quadro 1 – Indicadores da produção siderúrgica mundial, em 106 t, 1970-1990 Produção 1970 1980 1990 Mundo 595,4 715,6 770,1 América Latina 13,2 28,9 38,5 Fonte: IBS (1995) A siderurgia estatal tinha limitações para completar o seu ciclo de capacidade, constituindo ela própria entraves ao seu desenvolvimento. Um exemplo era as influências diretas das decisões políticas. O controle do Estado reduzia a velocidade de resposta produtiva e a liberdade das empresas em relação às exigências do mercado e às mudanças do ambiente. De maneira geral, os investimentos em pesquisa de novas tecnologias de produtos e processos realizados pelas empresas eram insuficientes para caracterizar um salto qualitativo. Muitas delas tornaram-se lentas, desatualizadas ou até mesmo obsoletas tecnologicamente, pouco racionalizadas e pouco eficientes em custo, e muitas vezes protegidas por mercados fechados. A reestruturação e a agilização da siderurgia mundial, em processo de estagnação, passaram a se constituir uma necessidade impiedosa. A terceira fase, iniciada em 1988 e que perdura até os dias atuais, caracterizou-se pela reestruturação, com profundas e constantes transformações do setor. Alavancado pelas idéias de abertura de mercado e globalização econômica, iniciou-se um processo agressivo de privatização na siderurgia mundial. Esse movimento, que pode ser considerado o ponto de partida para a reestruturação, vem ocorrendo ao longo de toda a década de 90, de forma constante e bastante intensa. Em 1990 a participação estatal da indústria siderúrgica era de 60% da produção mundial atingindo, em 1994, 40% e atualmente restam menos de 20% nas mãos do Estado, com grande concentração na Rússia, Ucrânia e China. Pode-se verificar, pelo Quadro 2, que a produção brasileira de aço bruto cresceu, comparando-a com o ano anterior, 10,24% em 1991, 5,75% em 1992, 5,44% em 1993 enquanto o índice de crescimento de produção siderúrgica mundial era de –4,74% em 1991, 1,89% em 1992 e 1,10% em 1993. Além disto, verifica-se que a produção brasileira de aço bruto cresceu 22%, na década de 90 enquanto a produção da América Latina 32% e 2% a produção mundial. Quadro 2 – Produção de aço bruto no Mundo, América Latina e Brasil, em 106 t, 1990-1999 Indicadores 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Mundo 770,1 733,6 719,7 727,6 752,2 752,2 750,0 798,8 776,9 América 38,5 39,5 41,4 43,6 46 47,7 50 52,3 51,5 Latina Brasil 20,5 22,6 23,9 25,2 25,7 27,1 25,2 26,1 25,7 Fonte: IBS, 2000 1999 786,8 50,9 24,9 Referencial Teórico Os modelos de avaliação do grau de eficiência relativa das empresas têm origem no trabalho de FARREL (1957). A operacionalização destes se dá através de programação matemática, utilizando a técnica de “Data Envelopment Analysis”, DEA. A análise da eficiência da produção das empresas com múltiplos insumos e produtos consiste em construir uma superfície limite, de tal modo que as empresas mais eficientes situem sobre esta fronteira enquanto as menos eficientes se situem internamente. Desta forma, a ineficiência de uma empresa qualquer do conjunto analisado pode ser avaliada como a distância do seu vetor insumo/produto até a fronteira referência. 3 O DEA é uma metodologia não-paramétrica para mensuração comparativa de eficiência de unidades tomadoras de decisão – “decision making units”, (DMU). O modelo clássico é de autoria de CHARNES, COOPER e RHODES (1978) é chamado modelo CCR. O objetivo deste modelo é explicitar a eficiência relativa de uma DMU em um problema de programação linear. As “n” DMUs utilizam-se de “m” insumos para produzir “s” bens. O T T vetor de insumos x j = (x1 j , x 2 j ,..., x mj ) e o vetor de bens y j = ( y1 j , y 2 j ,..., y sj ) são conhecidos por intermédio de cada DMU j, com j=1,...,n. As n+1 variáveis que devem ser determinadas são: o conjunto de pesos e multiplicadores (us e vs); e a extensão (h) em que a DMU pode expandir todos os seus bens. Modelo CCR: s max h = ∑u r =1 m r yr ∑v x i =1 i (1) i Sujeito a: s ∑u r =1 m r y rj ∑v x i =1 i i ≤ 1 onde j = 1,..., n (2) j Onde: u r , vr > 0 r = 1,..., s (3) i = 1,..., m O numerador em (1) representa um conjunto de bens desejados e o denominador representa um conjunto de insumos utilizados para produzir os bens. O valor ótimo para “h” obtido nesta razão está no intervalo 0 ≤ h * ≤ 1 e pode ser interpretado como um indicador de desempenho. O valor de “h=1” representa a eficiência máxima. As vantagens de se utilizar este modelo de Análise de Envelopamento de Dados são, segundo TULKENS (1993): • caracterizar cada DMU como eficiente ou ineficiente através de uma única medida resumo de eficiência; • não julgar “a priori” os valores das ponderações de insumos e bens que levariam as DMUs ao melhor nível de eficiência possível; • prescindir de sistemas de preços; • dispensar pré-especificações de funções de produção subjacentes; • verificar os valores ótimos de produção e de consumo respeitando as restrições de factibilidade; • permitir observar as unidades de referência para aquelas que foram assinaladas como ineficientes; e • produzir resultados alocativos eficientes no sentido de “Pareto”. A DEA tem a desvantagem de não tratar erros estocásticos, o que torna sua fronteira de eficiência suscetível a erros de medida, e da possibilidade de se estabelecer relações de causa e efeito entre as variáveis. Resultados Da Aplicação Do Dea Para Empresas Siderúrgicas Brasileiras Na Década De 1990 4 Foram utilizadas informações referentes às indústrias siderúrgicas brasileiras (ANEXO 1) que constituem as variáveis para o modelo DEA classificas da seguinte forma: Insumos • consumo de minério de ferro, 103 toneladas (MINFERRO); • consumo de minério de manganês, 103 toneladas (MINMANG); • consumo de calcário, 103 toneladas (CALC); • consumo de dolomita, 103 toneladas (DOLO); • consumo de carvão mineral, 103 toneladas (CARVAOMINE); • consumo de carvão vegetal, 103 toneladas (CARVAOVEG); • consumo de fero gusa, 103 toneladas (FERROGUSA); • consumo de óleo combustível, 103 toneladas (OLEO); • consumo de alumínio, 103 toneladas (ALUM); • folha de pagamentos, 106 US$ (FOLHA), e • impostos pagos, 106 US$ (IMPOSTOSPAGOS). Bens ou produtos • produção de aço bruto, 103 toneladas (ACO) – CASO 1 • quantum exportado, 103 toneladas (EXP) – CASO 2 • consumo interno, 103 toneladas (CONSINTERNO) – CASO 3 • quantum exportado e consumo interno, 103 toneladas (EXP e CONSINTERNO) – CASO 4 Caso 1 – Produção de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990. Os índices encontrados através da Análise Envoltória dos Dados (DEA), no primeiro caso (Anexo II), comprovam que a indústria siderúrgica brasileira possuía vantagem competitiva nos anos da década de 1990, mesmo com o processo de privatização do setor, iniciado em 1992. A privatização possibilitou o início de uma nova etapa de desenvolvimento e fortalecimento da siderurgia brasileira, imprescindível para a consolidação da posição de destaque da indústria nacional no competitivo mercado internacional. A reestruturação, modernização tecnológica e aumento da capacidade produtiva do setor siderúrgico nacional foram consequências de investimentos que ocorreram de 1994 até 2000. (IBS, 2000 a) A produção de aço bruto cresceu 21,39%, em toneladas, na década de 1990. A eficiência da produção de aço bruto é justificada pelo preço do aço brasileiro no mercado nacional que, apesar do chamado “custo brasil” e de sua tendência de aproximação do preço internacional é aceito e demandado pelas diversas indústrias que utilizam o aço como insumo. Especificamente, no ano de 1995, o índice encontrado esteve abaixo da linha de fronteira o que caracteriza uma perda de eficiência da indústria. Esta queda se deve, principalmente, à variação do preço dos insumos domésticos em relação ao preço sombra ou internacional. (Figura 1) 98 97 96 95 94 99 19 19 19 19 19 19 92 91 93 19 19 19 90 101% 100% 100% 99% 99% 98% 19 % Efficiency Figura 1 – Análise da Produção de Aço Bruto Brasileira, 103 toneladas, década 90, em relação a todos os insumos. Decision Making Units 5 A eficiência da indústria siderúrgica brasileira quanto à produção de aço bruto, na década de 90, reforça o estudo de matriz de análise política, MAP, desenvolvida na tese de um dos autores deste artigo. (MUŸLDER, 2001) 6 Caso 2 – Quantum exportado de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990. No segundo caso (Anexo III), é analisado o volume exportado de aço bruto brasileiro. Através do DEA denota-se que a indústria siderúrgica brasileira sofre com pressões do mercado competitivo globalizado e que seu mercado oscila muito diante da qualidade e diversidade de produtos siderúrgicos demandados por todo o mundo. Segundo a figura 2, a eficiência da siderurgia nacional antes da privatização em relação às exportações, em toneladas, na década de 90, deve-se ao poder do governo, detentor das principais empresas na ocasião, criar e favorecer situações de comércio como incentivos e concessões. A reestruturação das empresas com o processo de desestatização, de 1992 até 1994, alterou a capacidade de produção para exportação. A tendência ascendente, a partir de 1996, deve-se à adequação tecnológica e administrativa das indústrias no novo cenário competitivo após a privatização. 120,00% 100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 % Efficiency Figura 2 – Análise do volume exportado de aço bruto brasileiro, 103 toneladas, na década de 1990 em relação a todos os insumos. Decision Making Units Caso 3 – Consumo interno de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990. Analisando o consumo interno, na década de 90, de aço bruto brasileiro, (Anexos IV), observa-se que o mercado interno se torna altamente competitivo após o início do processo de privatização, iniciado em 1992, onde a demanda das indústrias nacionais é o principal fator de elevação da competitividade em decorrência do preço interno ser superior ao praticado no mercado mundial, com exceção dos tipos de aço especiais. Muitos são os requisitos de concorrência: preço, qualidade e especificidade técnica. O mercado mundial paga melhor por aços especiais enquanto o aço bruto ou de menor valor agregado possui vantagem competitiva no mercado nacional. Cabe-se ressaltar que o consumo aparente de aço bruto do Brasil cresceu na década de 1990, de 9.008 para 14.078 (103 toneladas). IBS (2000b) 120,00% 100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 % Efficiency Figura 3 – Consumo interno de aço bruto produzido no Brasil, década de 1990, em toneladas, em relação a todos os insumos. Decision Making Units Caso 4 – Volume exportado e consumo interno de aço bruto no Brasil, em toneladas, década 1990. Confirma-se a competitividade e eficiência do setor siderúrgico nacional ressaltando-se a complementariedade do mercado interno e o mercado externo no que tange às especificidades de produtos siderúrgicos e, principalmente, preços e qualidade diferenciados. Esta característica da indústria siderúrgica brasileira diante do mercado consumidor interno e 7 externo, favorece o seu mix de produtos e fortalece seu destaque no cenário mundial. (Figura 4) % Efficiency Figura 4 - Quantum exportado e consumo interno de aço bruto produzido no Brasil, 1990-1999, 103 toneladas 102% 100% 98% 96% 94% 92% 90% 88% 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Decison Making Units Conclusão A indústria siderúrgica sempre foi reconhecida por sua importância no desenvolvimento econômico dos países. No Brasil, esta indústria, criada originalmente pelo Governo, enfatiza a capacidade produtiva voltada para os mercados interno e internacional. A década de 1990 foi caracterizada por profundas transformações decorrentes da revolução imposta pelas novas posturas internacionais em termos comerciais, financeiros e tecnológicos, em função da globalização da economia e dos impactos desse processo na realidade nacional. O método da de Análise Envoltória de Dados, DEA, mostrou que a indústria siderúrgica brasileira foi competitiva ao longo dos anos 90 e que sua reestruturação, após o processo de privatização, possui muita relevância na conquista de qualidade e eficiência do setor em diferentes segmentos de mercado. Bibliografia BNDES. Competitividade: Conceituação e Fatores Determinantes: Textos para Discussão. DEESD: Mar/1991. BNDES. Impactos da privatização do setor siderúrgico. Brasília: 2001. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior – MDIC. Informe Estatístico. Brasília: 2000a. http://www.mdic.gov.br BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Desenvolvimento da Produção. Boletim Estatístico. Brasília:2000b CAMPOS, A. C. in SANTOS, M., VIEIRA, W. Agricultura na virada do milênio: velhos e novos desafios. Viçosa, 2000. 458p. Capítulo 13 CHARNES A., COOPER, W.W., RHODES, C. Measuring efficincy of decision making units. European Journal of Operational Research, v. 2, n. 6. p. 429-444, 1978. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI. Economia Brasileira – Comparações Regionais. Brasília, 1999. 91 p. FARREL, M. J. The measurement of productive efficiency. Journal of the Royal Statistical Society, Series A, 120, pont 3, p. 253-281, 1957. 8 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FIEMG. Minas Gerais. [13 Set. 2000]. (http://www.fiemg.com.br) FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 100 Anos da Indústria em Belo Horizonte. Belo Horizonte: FIEMG/SESI, 1998. 96 p. il. INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA - IBS. A siderurgia em Números. Rio de Janeiro. 1995. INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA – IBS. A siderurgia em Números. Rio de Janeiro. 2000b. INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA – IBS. Rio de Janeiro. 2000a [20 out. 2000]. (http://www.ibs.org.br) INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA – IBS. Rio de Janeiro. 2001 [12 mar. 2001]. (http://www.ibs.org.br) INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA – IBS. Seminário sobre siderurgia para imprensa Volumes I e II. Rio de Janeiro. 2000c. LINS, M. P. E. e MEZA, L. A., Análise envoltória de dados e perspectivas de integração no ambiente do apoio à decisão. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2000. 232 p. MUŸLDER, C. Indústria Siderúrgica: reestruturação e competitividade. UFV, 2001. PORTER, M. E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1993. 897 p. PORTER, M. E. Competição = on competition: Estratégias Competitivas Essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 320 p. TULKENS, H. On FDH Efficiency Analysis: Some methodological issues and applications to the retail banking, courts and urban transit. The Journal of Productivity Analysis, 4, p. 183210, 1993. 9 ANEXO I 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 aco 20567 22617 23934 25207 25747 25076 25237 26153 25760 24996 minferro 23889 23087 26665 27158 27612 27642 27662 28846 28924 26701 minmang 266 269 296 271 250 314 245 237 205 143 calc 4243 4516 4608 4499 4293 4552 4881 5441 5134 4784 dolo 1027 951 939 1008 1194 1531 1237 1470 1565 1170 carvaomine 9584 10103 10158 9968 10579 10170 9935 10481 11000 10484 carvaoveg 9199 7799 7227 6747 7076 6304 5343 4505 4366 4273 ferrogusa 18329 19326 20552 21100 22124 21187 20890 21401 21061 20674 oleo 370 391 454 435 411 343 328 201 248 132 alum 18 23 23 24 25 29 30 41 40 40 folha 2368 1604 1609 1842 1868 2280 2120 1958 1673 988 impostospagos 1353 1037 1127 1375 1566 1675 1710 1783 1652 1348 exp 8995,5 10922,2 11786,7 12237,3 11077,6 9654,7 10257,3 9162,8 8755,8 10032,9 consinterno 7553 7952 7616 8899 10298 11725 12681 14653 13611 13435 10 ANEXO II Caso 1 - Análise da produção de aço bruto brasileira, 10 3 toneladas, na década de 90, em relação a todos os insumos. AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELADAS DECISION MAKING UNITS % EFFICIENCY 1999 100% 1998 100% 1993 100% 1997 100% 1990 100% 1996 100% 1992 100% 1991 100% 1994 100% 1995 98,89% ANEXO III Caso 2 – Análise do volume de aço bruto exportado, 103 toneladas, na década de 90, em relação a todos os insumos. QUANTUM EXPORTADO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELADAS DECISION MAKING UNITS % EFFICIENCY 1991 100% 1992 100% 1993 100% 1999 100% 1996 94,39% 1994 88,76% 1997 87,65% 1998 85,58% 1990 84,62% 1995 81,18% ANEXO IV Caso 3 – Análise do consumo interno de aço bruto no Brasil, 103 toneladas, na década de 90, em relação a todos os insumos. CONSUMO INTERNO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELADAS DECISION MAKING UNITS % EFFICIENCY 1999 100% 1996 100% 1997 100% 1998 96,66% 1995 90,81% 1994 86,94% 1991 80,62% 1993 75,18% 1990 74,73% 1992 67,80% 11 ANEXO V Caso 4 – Análise do quantum exportado e do consumo interno de aço bruto no Brasil, 103 toneladas, na década de 90, em relação a todos os insumos. QUANTUM EXPORTADO E CONSUMO INTERNO DE AÇO BRUTO PRODUZIDO NO BRASIL, 1990-1999, 103 TONELDAS DECISION MAKING UNITS % EFFICIENCY 1997 100% 1990 100% 1994 100% 1999 100% 1992 100% 1991 100% 1993 100% 1996 100% 1998 100% 1995 92,65% 12