Fórum Internacional sobre Responsabilização e Transparência no Setor Público Apresentação dos Resultados Evelyn Levy Secretária de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Brasil 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 1 - Administração de Conflitos de Interesse Fatores essenciais para uma política efetiva sobre conflito de interesses: • Definição clara e realista do que seria considerado uma situação de conflito de interesses • Estabelecer regras não-ambíguas sobre aquilo que se espera fazer para resolver uma situação de conflito • Colocar em prática os padrões explicitados através da: - socialização: comunicação, capacitação e orientação - aplicação das normas: monitoramento e sanção dos indivíduos no caso de não-cumprimento dos padrões 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 1 - Administração de Conflitos de Interesse Recomendações de políticas: • Aumentar a consciência sobre os conceitos básicos do Serviço Público, marcadamente de que este serve ao interesse público • Envolver os servidores públicos e o público em geral no desenvolvimento de padrões para assegurar que estes reflitam as expectativas da sociedade • Mobilizar a opinião pública para que ela acompanhe as práticas cotidianas e assegure a responsabilização • Avaliar o impacto das medidas sobre conflito de interesses e rever as políticas com o objetivo de identificar as áreas de risco 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 1 - Administração de Conflitos de Interesse Desafios e Opções para Implementação: • A elaboração de padrões é a parte fácil do trabalho; a implementação (socialização, aplicação das normas e monitoramento) é mais difícil, para não mencionar um mudança real na cultura • Coordenação de medidas de prevençãoe aplicação de normas, e integração dessas em uma estrutura institucional coerente • Balanceamento: • ex. - proteção da privacidade versus assegurar transparência (prover o acesso público a informações sobre renda, patrimônio e conflitos) • Liderança: demonstração de exemplo pessoal a partir da alta administração até os servidores. • Foco em medidas preventivas • novas tecnologias provêem ferrramentas eficientes para coleta e processamento de informações sobre renda e patrimônio 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 2 - Estabelecimento de uma Gestão de Orçamento Transparente e Eficiente • Orçamento deve obedecer aos princípios da boa governança: - Transparente, Mensurável, Coerente, Longo Prazo, Integridade (cumprimento da Lei) • Países devem construir um processo orçamentário adequado às suas realidades culturais e organizacionais Princípios Básicos: • Orçamento Abrangente: refletindo todas as receitas e despesas • Necessidade de Sistemas Automatizados e Integrados • Bom Arcabouço Legal: Regras conhecidas por todos • Orçamentos devem estar balanceados em um Plano Plurianual • Governo Eletrônico (Internet): aberto à sociedade civil • Servidores Públicos devem estar envolvidos: seus valores e princípios são determinantes do sucesso 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 2 - Estabelecimento de uma Gestão de Orçamento Transparente e Eficiente • Reformas orçamentárias devem ser processos contínuos, não existem “balas de prata”, nem pode basear-se em um único processo Orientação a Resultados/Desempenho • Necessidade de associar recursos a produtos/resultados • Resultados devem estar relacionados a objetivos/interesses sociais • Ind.de Desempenho: Estáveis, Limitados, Atuais e Mensuráveis • Divulgar o custo econômico do governo (Accruals) • Qual o “Custo de Oportunidade” da atividade governamental? Responsabilização • Clara Responsabilidade - Pessoa específica responsável • Sistemática integração entre metas, padrões, orçamento anual e plano plurianual 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 2 - Estabelecimento de uma Gestão de Orçamento Transparente e Eficiente • Sanções devem ser razoáveis mas significativas e aplicáveis • Auditoria eficiente e constante: deve avaliar a efetividade e a qualidade dos programas e evitar a “fatiga” das auditorias • Relatórios periódicos contextualizados e comparáveis no tempo • Caso especial das Agências autônomas - “Princípios de Bratislava”: - Requisitos para garantir a autonomia: • Necessidade de uma estrutura de governança definida e fortes mecanismos de supervisão • Necessidade de fortalecer a capacidade dos ministérios e dos corpos de auditorias para controlar e acompanhar as agências semi-autônomas • Necessidade de estabelecer um processo de revisão para identificar os benefícios e as fraqueza do sistema de agências Transparência • Deve haver um papel para a Sociedade Civil, ONGs e um efetivo monitoramento por parte do Legislativo • Mudança cultural e um sistema de regulação comum 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 3 - Mecanismos de Acompanhamento para Verificação Pública e Acesso à Informação Quais são as necessidades? • LEIS: Acesso à informação e de Garantia de participação pública • POLÍTICAS: Treinamento e Gerenciamento; Coleta e sistematização de informações; Construção de Indicadores • RECURSOS (materiais e humanos) • ÓRGÃOS DE MONITORAMENTO INDEPENDENTES Quais são os obstáculos? • Ausência de consciência e formação por parte da Cidadania • Cultura de Sigilo por parte do Administrador Público • Falta de recursos • Falta de competência específica no ambiente público • Carência de órgãos de imprensa independentes • Barreiras (tecnológicas, comportamentais e de conhecimento) 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil Grupo Focal 3 - Mecanismos de Acompanhamento para Verificação Pública e Acesso à Informação Como garantir que a prestação da informação e a participação cidadã sejam reais? • Menos propaganda e mais prestação de contas • Mais metodologias concretas • Mecanismos de reclamação / controle independente • Cultura pró-ativa no serviço público • Medidas de desempenho (por indicadores) • Dar publicidade às experiências de sucesso • Fortalecimento da capacitação das organizações da Sociedade Civil Como começar? • Criar liderança, comprometimento e vontade política • Construir capacitação e atitudes no serviço público • Estimular capacitação da Sociedade Civil • “Ouvir de verdade” 5 e 6 de dezembro de 2001 - Brasília - Brasil