Impresso Janeiro / Fevereiro de 2011 Especial 1 9912270051 – DR/RS Associação Brasileira de Angus CORREIOS JANEIRO / FEVEREIRO DE 2011 - ANO 12 - Nº 50 INFORMATIVO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANGUS 2 Janeiro / Fevereiro de 2011 Associação Brasileira de Angus Diretoria Biênio 2011/2012 Diretoria Executiva Diretor Presidente Paulo de Castro Marques Diretor 1ºVice Presidente José Roberto Pires Weber Diretor Vice Presidente Mariana Franco Tellechea Diretor Vice Presidente Eduardo Macedo Linhares Diretor Vice Presidente Valdomiro Poliselli Junior Diretor Financeiro Reynaldo Titoff Salvador Diretor Administrativo Marco Antônio Gomes da Costa Diretor de Marketing Felipe Moura Diretor de Núcleos Sérgio Colaço da Silva Diretor de Carne Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello Conselho de Administração Membros Eleitos Antônio Maciel Neto Renato Zancanaro Renato Ramirez Antonino de Souza Dornelles Carlos Alberto Martins Bastos Membros Natos – (Ex-Presidentes da ABA) Angelo Bastos Tellechea Antônio Martins Bastos Filho Fernando Bonotto Hermes Pinto José Roberto Pires Weber Reynaldo Titoff Salvador José Paulo Dornelles Cairoli Joaquim Francisco B. de Assumpção Mello Conselho Fiscal Membros Efetivos João Francisco Bade Wolf Ronaldo Zechlinski de Oliveira Fábio Luiz Gomes Membros Suplentes Roberto Soares Beck Frederico Fittipaldi Pons Elio Sacco Conselho Técnico Susana Macedo Salvador – Presidente [email protected] Antônio Martins Bastos Filho [email protected] Luis Felipe Ferreira da Costa [email protected] Luiz Alberto Muller [email protected] Sérgio Tellechea [email protected] Amilton Cardoso Elias - Representante ANC [email protected] Coordenação Juliana Brunelli de Moraes [email protected] Jornalistas Responsáveis Eduardo Fehn Teixeira - MTb/RS 4655 e Horst Knak - MTB/RS 4834 Reportagem: Eduardo Fehn Teixeira Edição: Horst Knak Colaboradores: jornalistas Ana Esteves, Alexandre Gruszynski, Nelson Moreira, Luciana Radicione, Nicolau Balaszov e colunistas convidados Apoio: Assessoria de Imprensa da ABA - Eduardo Fehn Teixeira Diagramação: Jorge Macedo Departamento Comercial: Daniela Levandovski 51 3231.6210 // 51 8116.9784 Edição, Diagramação, Arte e Finalização Agência Ciranda - Fone 51 3231.6210 Av. Getúlio Vargas, 908 - conj. 502 CEP 90.150-002 - Porto Alegre - RS www.agenciaciranda.com.br [email protected] Associação Brasileira de Angus Largo Visconde do Cairu, 12 / conj. 901 CEP 90.030-110 - Porto Alegre - RS www.angus.org.br [email protected] Fone: 51 3328.9122 * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. EDITORIAL Missão cumprida Amigos da Angus. Encerramos, em 2010, mais um período marcante, com avanços tanto para a pecuária brasileira como, e especialmente, para a raça Angus, a preferida entre os europeus e sem dúvida entre as chamadas raças britânicas. Nos meses finais do ano passado, novamente as pistas de remates serviram para animar, remunerar e comprovar a todo o mercado a preferência por Angus. A temporada de leilões da Primavera, com uma forte concentração no Estado gaúcho - o berço da raça no Brasil - se não foi para a Angus aquela performance dos sonhos dos criadores, de longe também não deixou a desejar. Ao contrário. Nos quase 40 leilões realizados com chancela de nossa Associação Brasileira de Angus, até em alguns inexpressivos em termos de tamanho e tradição, as médias tanto de machos quanto de fêmeas HUMOR deixaram satisfeitos vendedores e compradores. E por certo tiraram as dúvidas de todos, sobre qual a raça que mais cresce e se valoriza no Brasil. Isso vem acontecendo há alguns anos e a cada ano nossa raça Angus se supera e vai sempre além de todo e qualquer obstáculo. É a genética mais utilizada no mercado, é o rebanho que mais cresce e é a raça que conquista cada vez maior número de criadores e usuários. Fica mesmo difícil saber quantos leilões foram realizados e o número exato dessas vendas envolvendo Angus. Mas considerando os remates chancelados, dos quais temos os dados necessários, pode-se afirmar, por certo errando para menos, que a comercialização da raça alcançou um crescimento superior a12% em 2010 em relação ao desempenho obtido em 2009. Mais especificamente, os cálculos nos mostram que nesses leilões a média geral Angus chegou aos R$ 4.876,00, contra os R$ 4.354,00 de 2009. O faturamento geral dos eventos de 2010 foi de R$ 11,606 milhões, com venda de 2.380 reprodutores. Em 2009, as vendas somaram R$ 11,212 milhões, para 2.575 exemplares. Pode-se afirmar, sem medo de errar – e em errando, seria para menos - que os touros saíram por cerca de R$ 5,6 mil em 2010 e as fêmeas por 3,9 mil: são as médias das médias dos remates, ou seja, as médias de cada categoria em cada leilão, dividida pelo número de remates. Uma amostragem que diz tudo! No mais, deixo a presidência da ABA com um profundo sentimento do dever cumprido. Fiz tudo aquilo que estava ao nosso alcance, contando sempre com os apoios e as opiniões daqueles que junto conosco estiveram atentos a tudo em nossa gestão, e fo- mos bastante felizes. Com trabalho e dedicação, nós, junto com nossos associados e com os defensores da genética Angus, conseguimos colocar nossa raça num patamar superior, graças especialmente ao desenvolvimento do Programa Carne Angus Certificada. Agora, o comando está nas mãos de nosso amigo e amante da Angus, Sr. Paulo de Castro Marques. Continuaremos colaborando com a Angus, nos dedicando agora especificamente ao Programa Carne Angus Certificada, que sempre acreditamos ser o grande pilar de nossa raça. Obrigado a todos e uma boa leitura. Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello Presidente da ABA na gestão 2009/2010 PERFIL Janeiro / Fevereiro de 2011 Um novo olhar sobre a raça Angus 3 Novo presidente da ABA, Paulo de Castro Marques, mineiro de nascimento e paulista por adoção, prima pela qualidade em tudo que faz, mas garante que está industrial mas é de fato um fazendeiro É com uma boa dose de orgulho que ele fala de seu pai, que desde cedo fez de tudo. Vendeu livros, medicamentos, até chegar ao laboratório. Mas a saudade do campo, de uma vida mais pacata, fez Seu João mudar com toda a família para Uberlândia. E este foi um tempo que marcou muito a vida e a alma de Paulo de Castro Marques. Não demorou muito e os negócios chamaram a família Marques para São Paulo – capital - novamente. Só que aí, o bichinho da paixão pelo campo, pelo gado, já tinha “adoentado” Paulo. Vai daí que em 1976 eles compraram uma fazenda em Pouso Alegre, Minas Gerais, e foram inauguradas as porteiras da Agropecuária Martona. Como dizem os mineiros, era uma “lindeza”. Fazenda toda voltada para a produção de leite, com rebanho Holandês e Girolando. Em pouco tempo, com o espírito empresarial campeando, o empreendimento rural já era um sucesso. “Chegamos a produzir três mil litros de leite ao dia”, lembra Paulo. Por volta de 1994/95, ele decidiu deixar a Martona para se dedicar à indústria farmacêutica da família, onde, por sinal, também deixa a sua marca de sempre buscar a inovação. Mas a separação do campo não durou muito. Era muito intensa a paixão e três anos depois ele voltou a adquirir uma propriedade, também em Minas Gerais, desta vez no município de Fama, onde Foto: Horst Knak/Agência Ciranda A serenidade mineira com a forma dinâmica paulista de ser nos negócios. Junte estas duas características e veremos a essência da personalidade de Paulo de Castro Marques, uma pessoa que, pelas circunstâncias familiares, começou muito cedo a trabalhar. Com 11 anos ajudava a família em um laboratório de medicamentos, montado por seu pai, o “Seu” João, um empreendedor nato, conforme descreve o filho, Paulo Marques, um selecionador de Angus em sua Casa Branca Agropastoril e que acaba de assumir a comando de uma das raças que mais cresce no Brasil – a Associação Brasileira de Angus (ABA). começava a Casa Branca Agropastoril, um projeto de seleção genética voltada para a pecuária de corte, com a meta de produzir reprodutores comerciais para quem tivesse interesse nos benefícios do cruzamento industrial. Rebanho com eficiência máxima “Eu e meu filho fizemos uma pesquisa de mercado e vimos que muito em breve o Brasil estaria exportando carne bovina e, para isto, seria necessário aumentar o rebanho com carnes de qualidade, para que o produtor ganhasse um valor a mais pelo produto que gera e vende”, lembra o pecuarista. Por esta razão eles iniciaram o trabalho da Casa Branca com as raças Angus - que segundo Paulo possui uma carne de extrema qualidade - a Simental sul africana - que trabalha em regiões de climas extremos - e a Brahman, que entre os zebuínos é a que melhores características possui para trabalho nos trópicos. “Todas elas são ferramentas para produzir animais em que o comprador vai ter o máximo de eficiência em seu plantel”, assinala, acrescentando que animais improdutivos não permanecem no rebanho, são logo enviados para a engorda e para o abate. “Eu primo pela qualidade em tudo o que faço”, ressalta. Isto também mostra porque na empresa ele atua na área operacional. “Gosto de fazer as coisas funcionarem e, na verdade eu digo que estou industrial, mas sou um fazendeiro”, diz, depois de ser instigado a responder quem é Paulo, na sua própria visão. Espírito empreendedor Ele complementa dizendo que fazenda, na verdade, deveria se chamar fazendo, pois lá as coisas estão sempre em elaboração. Segundo diz, seu espírito é bem mais do empreendedor que do empresário. “Acho que o empreendedor está sempre em busca de algo para ser feito, implementado, já o empresário pode ser aquele que leva adiante o que o empreendedor iniciou”, define. E com este jeito mineiro ele vai levando à frente seus empreendimentos. Na Casa Branca coleciona prêmios e mais prêmios; no Biolab, inovações e mercados. O executivo (ou megaempresário) Paulo de Castro Marques dá as cartas num mercado que cresce 13% ao ano, o de medicamentos sob Paulo Marques em dois momentos: o industrial e o produtor rural - "Chegou a hora de o Brasil todo conhecer a fantástica e internacional carne Angus e de usar esta genética desenvolvida aqui no País para o melhoramento das carcaças destinadas ao abate, visando à produção de carne de real qualidade” Foto: Divulgação Por Nelson Moreira prescrição médica, onde a Biolab cresce anualmente 20%. Na última década ele deu uma guinada nos negócios da Biolab ao investir no desenvolvimento de fórmulas inovadoras. E no primeiro semestre de 2010 jogou mais um coringa no tabuleiro do mercado, na forma de espinho à com conrrência. Em parceria com a empresa alemã Merz, lançou o Xeomin, a nova geração de toxina botulínica que não necessita de refrigeração no seu armazenamento. Pura inovação! Incansável, neste ano Paulo Marques já participou de uma maratona de exposições, e na Feicorte veio a realização. Conquistou o grande campeonato nas três raças que cria. No Angus, a rainha da pista foi Electra 49 TE; no Simental o grande campeão foi PWM Infinito e no Brahman a casa Branca fez CABR Dhiphala, filha da Glória POI, que também reinou na Expozebu. Eu prometo Ao tomar posse à frente da Associação Brasileira de Angus (ABA), ele promete: “vou levar as qualidades da genética Angus para o Brasil. Chegou a hora do Brasil todo conhecer a fantástica e internacional carne Angus e de usar esta genética desenvolvida aqui no País para o melhoramento das carcaças destinadas ao abate, visando a produção de carne de real qualidade”, assinala ele, com o entusiasmo e a cautela de qualquer bom mineiro. Mas e especificamente em relação à raça Angus, agora que assumiu o mando de campo da raça? “Vamos dar ao Angus a importância que ele merece. Vamos falar - e mostrar - para todo o Brasil da eficiência desta genética para produção da melhor carne do mundo e sobre a produtividade, a velocidade de giro e a qualidade da raça Aberdeen Angus”, antecipa o novo dirigente da ABA. “Temos estratégias e bons planos sim, Mas eles serão conhecidos na prática”, instiga Paulo de Castro Marques. Mas ele não é novo na raça Angus. Foi e é um dos grandes incentivadores, trazendo vários criadores do centro do País para a raça Angus. É um dos criadores do Núcleo de Criadores de Angus de São Paulo, em 2002/2003, entidade que presidiu entre 2005 e 2007. E sua trajetória junto à Associação Brasileira de Angus (ABA) data de 2005/2006, quando ocupou o cargo de vice-presidente, e como tal continuou durante a segunda gestão de José Paulo Cairoli, entre 2007 e 2008, seguindo com o mesmo cargo na gestão de Joaquim Mello, a quem substitui agora como presidente da ABA. Sempre participativo e presente, como bom mineiro trabalhou forte nos bastidores, prestando grandes ajudas nas decisões das gestões anteriores à sua e fazendo como ninguém a interação com os criadores do centro do País. 4 Janeiro / Fevereiro de 2011 CONSELHO TÉCNICO Curso de Avaliadores Promebo/Angus: mercado de olho na qualidade A seleção genética dos rebanhos Angus vem evoluindo em crescente velocidade, resultando num visível incremento de produção e de produtividade no campo. Embora ainda aquém do que gostariam os especialistas, mas pressionados especialmente pelo mercado, que exige animais cada vez mais corretos em caracterização racial e rápidos em acabamento, técnicos de campo e produtores se preocupam cada vez mais com a busca de maior qualificação e controle na seleção dos animais. E ssa foi a máxima da edição deste ano do Curso de Melhoramento Genético Angus – Formação de Avaliadores Promebo, realizado nos dias 19 e 20 de novembro pela Associação Brasileira de Angus (ABA), através de seu Conselho Técnico. O evento teve como metas principais a atualização, a capacitação, a padronização de critérios de avaliações genéticas e o fomento ao Programa de Melhoramento Genético Angus, sendo também requisito obrigatório para o credenciamento de novos avaliadores para coleta de dados a campo do programa Promebo – Angus. Nesta edição, além das palestras e treinamentos práticos habituais, o curso contou com a atuação do veterinário e professor da UFRGS, Jayme Tarouco, que abordou o uso da ultrassonografia nas avaliações de carcaças. Também realizaram palestras o coordenador técnico do Promebo, Leonardo Talavera Campos, e o especialista em Melhoramento Genético da Gensys Consultores Associados, Mário Luis Piccoli. Outra novidade foi a apresentação de um case de sucesso na área de seleção genética da Cabanha Santo Antão, vencedora do Premio Luis Alberto Fries – 2009, a cargo do selecionador de Angus e técnico da ABA, Flávio Montenegro Alves. “O curso neste ano foi extremamente proveitoso, pela grande interação entre alunos e professores”, avaliou o veterinário Fábio Medeiros, subgerente do Programa Carne Angus Certificada e técnico do Melhoramento Genético da ABA. Foi uma turma com perfil diferen- ciado, reunindo criadores experientes, técnicos da ABA, experientes técnicos de campo, estudantes e profissionais recém formados altamente interessados no tema, acrescentou. “Também tivemos a participação do professor titular da Ufrgs – Disciplina de Melhoramento Animal – José Braccini Neto – que contribuiu sobremaneira com as atividades abordadas pelo curso. Reunindo 29 participantes, entre técnicos, produtores e interessados no aperfeiçoamento dos conhecimentos da seleção genética, o curso teve sua parte teórica desenvolvida na sede da ABA, em Porto Alegre, e a parte prática na Fazenda Alvorada – cabanhas Silveira e La Cornélia, propriedade da selecionadora Leila Settineri Schetert, em Tapes, RS. Dupla marca em alta A demanda cada vez mais acentuada por reprodutores de dupla marca, tanto machos quanto fêmeas, conforme os técnicos, revela com clareza a evolução da aplicação das técnicas de seleção genética pelos produtores, de olho na competição que cresce num mercado ávido por qualidade. “Destaque para o uso de relatórios de avaliações genéticas, para a efetiva aplicação dos conceitos da principal ferramenta de seleção, que é a DEP (Diferença Esperada na Progênie) e também para os princípios básicos de seleção”, apontou um dos palestrantes do curso, Leonardo Talavera Campos. Para o Coordenador Técnico do Promebo, o produtor deve focalizar primeiramente os seus objetivos de produção e a busca de maior produtividade dentro de seu sistema de produção, sempre sintonizado com seu mercado, seus clientes. “Assim ele vai ter condições para buscar mais qualidade, sempre a partir da quantidade de animais em sua propriedade”, explicou o especialista, que avisa: “é preciso eliminar, sem pena, os animais inferiores, qualificando cada vez mais o rebanho”. Leonardo Campos enfatiza que ao mesmo tempo, neste trabalho de constante seleção, esse produtor precisa estar atento aos parâmetros raciais, caracterizando seus animais dentro da raça e agregando as qualidades e características de produção dos bovinos Angus. Ele também chamou a atenção para a necessidade de se ter um volume adequado de fêmeas visando a produção de touros. “O ideal é a produção de 10% a 20% de touros em relação ao total de fêmeas controladas – mas matrizes”, calcula. Grupos de manejo Os fatores não genéticos que surtem efeitos sobre o trabalho de melhoramento genético foi uma das principais abordagens de Mário Luis Piccoli, da Gensys. Ele falou sobre o conceito e a formação de grupos de manejo – um grupo de animais que recebe oportunidades iguais e o grupo contemporâneo, que contém o grupo de manejo. Conforme Mário Piccoli, o grupo contemporâneo é representado pelo lugar onde o animal nasceu, o ano, a estação, o sexo, a idade da vaca quando pariu. “O ambiente é padrão, mas a resposta dos animais é diferente em razão de sua genética”, avalia. Ele chamou a atenção sobre a necessidade da avaliação de características como conformação, precocidade e musculosidade e a atribuição de escores de 1 a 5 para as carcaças. “Sem avaliação não há evolução e sem a aplicação de métodos corretos que induzem ao progresso, não haverá melhoramento genético”, assegura o especialista. Ultrassonografia Especializado em ultrassonografia e novidade na edição deste ano do curso, o professor da UFRGS Jayme Tarouco abordou as correlações entre as características produtivas e de carcaça, com ênfase à utilização do ultrassom para a seleção dos animais visando um melhor rendimento e qualidade da carne. Segundo ele, a importância de se discutir essas correlações está na composição dos índices de seleção, ou seja, que características seriam mais adequadas e mais associadas com as características de composição corporal? “Isso nos dá um indicativo da produção de cada característica dentro do índice de seleção final para carcaça. Selecionando para relação músculo/osso, é possível selecionar para área de olho de lombo, mas sem aumentar o tamanho e o peso adulto dos animais”, ensina. Tarouco observa que hoje a seleção é feita para relação músculo/gordura. “Isso vai fazer com que os animais tenham maior ganho diário de peso, mas com maior tamanho adulto e redução da precocidade de acabamento e de reprodução”, explica o técnico. Conforme enfatizou, o uso da técnica reduz o tempo para a seleção dos animais em relação ao teste de progênie tradicional. Com vistas à característica de carcaça, o uso da ultrassonografia também reduz muito os custos e se obtém uma pressão de seleção maior para uma característica de carcaça nas fêmeas, além de estar selecionando características diretamente relacionadas à composição de qualidade da carcaça e carne. Jayme Tarouco observa que de 2009 para 2010 houve um incremento de 17% no número de animais avaliados por ultrassom dentro do Promebo. “A progênie leva 56 meses para provar um touro, ao passo que o ultrassom demanda apenas 36 meses”, comparou. Novos horizontes e comprimento de testículos O veterinário Felipe de Oliveira Mascarenhas de Souza, filho do selecionador de Angus Angusto Mascarenhas de Souza (leia-se Cabanha Santo Izidro, em Dilermando de Aguiar, RS), participou do curso visando ampliar seus conhecimentos sobre a área de melhoramento genético Angus voltado ao Promebo. “O curso realmente ampliou meus horizontes e gostei bastante especialmente das abordagens sobre o uso da ultrassonografia e do case da Cabanha Santo Antão”, revelou Felipe, que também é pós-graduado em Marketing do Agronegócio. Já o experiente técnico Marcelo Trigo, que tem entre seus atendimentos a Casa Branca Agropastoril, do selecionador Paulo de Castro Marques, achou o curso bastante abrangente e gostou especialmente dos debates que se estabeleceram com os palestrantes e a troca de informações com os demais participantes do evento. Com forte atuação no Centro Oeste brasileiro, ele trouxe uma novidade. Segundo observou, touros da Casa Branca com testículos mais longelíneos (compridos), apresentaram performance superior na comparação com os demais. “É um dado novo, que se aplica à regiões também mais recentes para a genética Angus, representadas pelo Centro Oeste, onde o clima é mais quente”, observou. Com doutorado em Reprodução Animal pela USP, Trigo, que já participou de outras edições do curso, avaliou a iniciativa da ABA como altamente positiva para o aperfeiçoamento dos profissionais responsáveis pela seleção a campo. E enfatizou: “Temos que praticar e treinar cada vez mais o olho”. Os destaques Detalhadamente, o curso buscou a capacitação dos técnicos que atuam na pecuária para a implantação e condução adequada de programas de melhoramento genético, também disseminar conceitos atuais de melhoramento genético, promover o acesso detalhado a sistema de controle pecuário, relatórios, estatísticas, sumário de touros, etc., tornando as ferramentas promotoras do melhoramento genético de fácil e correta operação e interpretação a todos os profissionais que atuam na orientação a campo da raça Angus. Nos tópicos teóricos foram abordados os princípios de seleção, efeitos genéticos e ambientais, critérios de seleção, seleção e uso dos relatórios genéticos, sistema de avaliação por escores visuais, caracterização racial e avaliação de carcaças por ultrassonografia. E nos itens práticos do curso, destaque para os grupos de manejo, procedimento de pesagem, avaliação de escores visuais, avaliação de pelame e contagem de carrapato. Leonardo Campos e Mário Piccoli conduziram trabalhos a campo Janeiro / Fevereiro de 2011 5 6 Janeiro / Fevereiro de 2011 CONSELHO TÉCNICO Ultrassonografia: ABA participa de curso promovido pela AAA Foi realizada entre o final de novembro e início de dezembro de 2010, na Cabanha El Volcan, na localidade de Balcarce, província de Buenos Aires, na Argentina, a 2ª etapa do Curso de Avaliação de Carcaças através de Ultrasonografia. E cumprindo programação estabelecida pela ABA, esteve na Argentina para realizar este importante curso, a veterinária gaúcha Renata Paiva, de Uruguaiana, RS, que já havia participado da primeira etapa do treinamento, também na Argentina. A presença da técnica no curso foi o resultado do convênio assinado em abril de 2010 entre a Associação Brasileira de Angus (ABA) e a Associação Argentina de Angus (AAA). Na oportunidade da assinatura do acordo, contando com a presença do presidente da AAA, Sebastián Rodríguez Larreta e do então presidente da ABA, Joaquim Mello, tendo como local a Churrascaria Barranco, em Porto Alegre, RS, as duas entidades firmaram o pacto no sentido de promover o crescimento do uso da ultrasonografia no Brasil, investir na formação de mão-de-obra especializada e treinada e a padronização do procedimento de coleta e avaliação de imagens obtidas através da ultrassonografia em carcaças. Enviada especial Para participar do curso na Argentina, a ABA selecionou, durante a Expointer 2010, a veterinária Renata Paiva, que já vinha realizando trabalhos de análise de ultrassonografias para as associações do Hereford, Braford e Brangus e o Núcleo Angus Três Fronteiras (baseado em Livramento, RS), através de um convênio que estas entidades mantém com a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS), quando participam de exposições. A partir deste currículo, Renata conquistou a oportunidade de representar o Conselho Técnico da ABA no curso, e se tornou a primeira veterinária brasileira a realizar este treinamento na Ar- Renata Paiva em ação: unificação de critérios de seleção Curso de avaliação de caraças foi realizada na Cabanha El Volcan, em Balcarce, Buenos Aires gentina, cuja base foi desenvolvida pelo consagrado geneticista norte-americano Doyle Wilson. A primeira etapa do evento foi realizada logo após a Expointer 2010 e representou a primeira participação da veterinária Renata Paiva. Esta etapa aconteceu na Argentina, de 6 a 10 de setembro de 2010, e teve a participação de 20 veterinários, contando inclusive com a presença do renomado pesquisador Doyle Wilson, um dos pioneiros e criador do método de uso deste sistema de avaliação de carcaças por ultrassonografia nos Estados Unidos. DEPs pra várias características “Foram dois dias de palestras divididas em várias partes sobre a avaliação de carcaças e as tendências que existem no mercado de ecografia para a avaliação de animais de um ano com vistas ao teor de gordura. Também foram abordadas as utiliza- ções da ultrassonografia com as DEPs para várias características, como carne, gordura, etc”, conta Renata. Na seqüência foram três dias de prática, com a análise de ultrassonografias feitas nos animais da cabanha. A segunda etapa do curso, também com a presença de Doyle Wilson, teve inicialmente um enfoque prático, com a análise de 150 imagens de 40 animais da propriedade, seguida de uma prova teórica sobre a avaliação de carcaças realizada na primeira etapa do curso, em setembro. As provas serão analisadas nos Estados Unidos e o resultado será conhecido no mês de fevereiro. Na avaliação de Renata Paiva, o curso trouxe aos participantes um grande conhecimento na parte de ultrassonografia em carcaças. “Foi fantástico porque havia veterinários da Argentina, do Uruguai, do Chile e da Colômbia, e isto proporcionou muita troca de experiência porque cada um destes países tem suas peculiaridades”, destacou ela, que acredita em grandes oportunidades no mercado de trabalho para os profissionais que se especializarem neste tipo de conhecimento e técnica. Porteira aberta Para Susana Macedo Salvador, a ida de Renata Paiva para a Argentina, para participar deste curso, foi o início da parte prática rumo aos interesses da ABA, que é da montagem de uma equipe de profissionais capacitados na obtenção e também na interpretação das imagens obtidas através da ultrassonografia. “E tudo isso está sendo feito por meio de técnicas de êxito consagrado, que vão contribuir para a elevação da qualidade de nossas carcaças e também de sua padronização, de acordo com as características desejadas pelo mercado”, avalia a dirigente do Conselho Técnico da ABA. Janeiro / Fevereiro de 2011 7 8 Janeiro / Fevereiro de 2011 CARNE 2011: ano de crescimento da oferta e preços sustentados O aquecimento do consumo interno – em muito gerado pelo aumento do poder aquisitivo das classes C e D no Brasil - promete refletir-se nos negócios com a carne bovina em 2011. No cenário doméstico, aspectos macroeconômicos como queda do índice de desemprego e alta da renda devem manter aquecidos a produção e o consumo de carne entre a população. Pelo lado exportador, a crise nos países da Europa, que reduziu parte do fornecimento da matéria-prima no mercado internacional, indica a possibilidade de crescimento do interesse pelo produto made in Brazil. Outro fator que deve marcar 2011 é a continuidade do processo de recomposição do rebanho, no passado duramente afetado com o abate de matrizes. Por Luciana Radicione N o Rio Grande do Sul, o preço médio do quilo do boi gordo passou de R$ 2,44 no final de 2009 para cerca de R$ 3,00 no final de 2010, com um aumento de 24% no volume de abate em relação ao ano anterior. A recuperação de preços, segundo informes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), decorreu da demanda maior pelo consumidor, associada a fatores climáticos, como estiagem em regiões produtoras, o que pressionou para cima os preços da matéria-prima. A entidade prevê que 2011 será ainda um ano bons preços ao produtor. Já na praça de São Paulo, o indicador ESALQ/BMF&Bovespa acumulou alta de 47,2%, passando de R$ 79,56 para R$ 117,18 – a maior cotação alcançada desde a série do Cepea/USP iniciada em 1997. “O aumento do preço ainda está ligado à falta de matéria-prima, mesmo com a reposição dos rebanhos com mais intensidade em 2010, não foi suficiente para atender à demanda do mercado, com isso preços se elevaram”, sintetiza o analista de mercado da Scot Consultoria, Alex Lopes da Silva. Ele acredita que em 2011 os preços se manterão com indicador de alta, com exceção dos picos naturais que ocorrem na safra e entressafra, formando um cenário altamente atrativo para o produtor. Na visão do analista, a expansão da renda do brasileiro possibilitou novos hábitos de consumo, onde a preferência pela carne é notável: “esse tipo de demanda está diretamente ligada ao fator renda per capita. Cada ponto percentual de aumento da renda amplia em 0,5 ponto o consumo da carne”, exemplifica. Um forte desencontro entre oferta e demanda reinou absoluto em 2010, especialmente no segundo semestre, na opinião do professor do Cepea/USP, Sérgio De Zen. Esse foi o estopim para a valorização extrema dos preços, ao contrário de 2008, com a crise internacional, quando muitos deixaram de investir na atividade. “A consequência foi a perda da capacidade produtiva, onde o setor pagou uma conta cara pela falta de oferta de boi”, constata. No ano passado, segundo ele, a disponibilidade de animais para abate cresceu 20% e o consumo acompanhou de perto esse movimento. Agora, o professor do Cepea vê um patamar de preços sustentados em função do crescimento da demanda no varejo. “Para o preço cair, será preciso fazer com que o brasileiro coma menos carne”, brinca. No Rio Grande do Sul, exemplifica ele, houve uma maior procura por cortes de carne de qualidade pelas camadas B, C e D da população. “Essas classes ampliaram a fatia de consumo deste tipo de produto, que tem como referência no Estado a carne Angus”, afirma. No estudo “Perspectivas para a Agropecuária em 2011”, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vê com otimismo o mercado para a carne bovina neste ano, embora ainda em ritmo de recuperação. Nos primeiros cinco meses do ano, segundo indicadores da BMF&Bovespa, a arroba do boi gordo deve fincar em patamares entre R$ 90,00 e R$ 100,00. Já a demanda do mercado internacional, segundo a CNA, vai favorecer diretamente os negócios no Brasil, onde o mercado deverá ser impulsionado pelo aumento das importações de países como Rússia, Hong Kong e pelo Oriente Médio. “Outros países com base exportadora forte ainda se recuperam dos efeitos da crise e não terão como alimentar o crescimento da demanda internacional, abrindo espaço para a carne brasileira”, afirma a CNA em seu relatório. Enquanto no cenário internacional cresce a expectativa por uma recuperação modesta da economia – ainda reflexo da crise que abalou financeiramente as grandes potências -, no mercado doméstico a previsão é de manutenção do crescimento do consumo e da produção de carne. É o que aposta o diretor-técnico da AgraFNP, José Vicente Ferraz. Para ele, a produção de carne bovina em todo o Brasil deverá apresentar uma elevação entre 1,5% e 2% em 2011, sustentada também pela gestão da política brasileira que promete reduzir ainda mais o desemprego e manter aquecido o mercado de consumo no País. A expansão da produção, na opinião de Ferraz, não deve resultar na baixa dos preços ao consumidor, que deverão permanecer em níveis historicamente elevados, assim como foi em 2010. Ou seja, o ciclo de produção ainda vai continuar pressionado, e a alta da produção ainda será insuficiente para baixar um pouco os preços ao consumidor. Rumo ao recorde nas exportações Mesmo o câmbio pouco atrativo às exportações, a carne bovina brasileira apresentou bom desempenho em 2010 no mercado externo, atingindo uma receita de US$ 4,9 bilhões, referentes a 1,64 milhão de toneladas. O valor ficou abaixo das expectativas iniciais das empresas, que projetavam embarques de US$ 5 bilhões. Em 2009, o País fechou com 1,92 milhão de toneladas embarcadas, com uma receita de US$ 4,12 bilhões. Em 2010, a alta do faturamento foi beneficiada pelo aumento do preço médio da tonelada, que alcançou US$ 3.948,00. Para a Associação Brasileira das In- dústrias Exportadoras de Carne (Abiec), além do efeito câmbio, os embarques foram prejudicados pela suspensão das compras dos Estados Unidos à carne termoprocessada brasileira, pela presença de níveis de ivermectina acima do permitido. As vendas do produto só foram reiniciadas no final de dezembro, após 7 meses de embargo, deixando para trás um déficit de 23% nas exportações brasileiras no ano passado, tanto em volume quanto em receita. Para 2011, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, projeta receita de até US$ 5,5 bilhões com a venda do produto no exterior, especialmente com a conquista de mercados estratégicos para a carne brasileira, caso da Coreia do Sul e Japão. “Vamos dar prioridade a mercados que remuneram melhor”, disse o executivo, lembrando ainda que está nos planos do setor investir em mercados como Turquia, México e Indonésia, além de Cuba, Angola e Marrocos. “Queremos em 2011 é fazer um trabalho junto com o governo para trazer competitividade à nossa carne”, destacou Camardelli. O executivo destacou ainda seu interesse pelo mercado do Chile, que está sendo reconquistado após os episódios de febre aftosa no Brasil. Na indústria gaúcha, o cenário também se revela positivo. “O ritmo de recuperação do rebanho acompanhado da maior demanda possibilitaram o abate de 1,8 milhão de cabeças no Rio Grande do Sul, interrompendo ciclo de queda que se estendia há quatro anos”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados (Sicadergs), Ronei Lauxen. Para 2011, o dirigente projeta um incremento de até 11% no volume de animais abatidos, o que pode levar os frigoríficos gaúchos a uma aproximação do recorde histórico alcançado em 2006, quando 2,05 milhões de cabeças foram para o gancho. CARNE Janeiro / Fevereiro de 2011 9 Cresce demanda para carne de qualidade A melhora do poder aquisitivo elevou a procura por cortes de carne de qualidade pelas camadas B, C e D da população, abrindo novos mercados para a Carne Angus, considerada referência de qualidade no mercado A pesar dos preços elevados e de taxar como “positivo” o ano de 2010, o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) conta que a ociosidade das indústrias fechou na casa dos 30%, fato que deve se repetir neste ano. “Mas com os preços sustentados o produtor vai trabalhar com matrizes retidas no campo, e logo no futuro vai haver uma expansão da oferta de animais para abate”, prevê Péricles Salazar. Segundo ele, a retenção se iniciou há 3 anos, e ainda será necessário pelo menos mais um ano e meio para que haja um aumento da oferta aos frigoríficos. Em relação às exportações, optar entre mercado interno e externo é sempre um dilema, segundo Salazar, mesmo que as condições entre um e outro seja mais favorável. “O que não se admite é perder espaços já conquistados no mercado e romper contratos para priorizar determinada região. Deve haver um equilíbrio na oferta”, diz. Para 2011, a expectativa é de conquista de novos mercados, especialmente o produto in natura para os Estados Unidos (para onde só vende termoprocessada) e, imediatamente, o Japão. “Temos condições de colocar produto in natura nesses mercados exigentes, pois o produto brasileiro é competitivo, fruto de uma pecuária moderna e cada vez mais profissional”, reforça Salazar. O Brasil vende atualmente para 150 países, sendo os maiores compradores a Rússia (de 35% a 40% do volume total, o Egito, o Irã e a Argélia. “Queremos alcançar diretamente a China, onde o produto brasileiro já se encontra, mas via Hong Kong.” Nos planos do Frigorífico Silva, com planta em Santa Maria/RS, está o de trabalhar para atender cada vez mais a demanda por carne de qualidade no mercado nacional. Volume não vai faltar, assegura Ricardo Vaz, da Projepec, consultoria que atua junto ao frigorífico. As perspectivas de abate dentro do Programa Carne Angus Certificada são muito boas em virtude do aumento da oferta que marcou todo o ano de 2010. “Estamos abatendo, dentro do programa, entre 1.000 e 1.200 animais por mês”, comemora. E o Silva está operando com capacidade total, que é de 500 animais abatidos por dia. Até março deste ano, porém, a meta é chegar a um volume de abate diário de 700 cabeças ou 14 mil por mês, por conta da expansão da indústria que ganhou novas instalações (câmara resfriadora e sete novas mangueiras). Com um amplo mercado comprador que chega até o estado de São Paulo, o Silva aposta no aquecimento do mercado interno, superior ao registrado em 2010. “Exportamos para Rússia e África e também estamos habilitados a exportar para a União Europeia, mas nosso foco neste momento é priorizar e atender aos clientes brasileiros”, afirma. E não são poucos: as redes Carrefour e Zaf fari são os maiores compradores da produção do Silva. Antonio Augusto Miranda, da VPJ Alimentos, comemora os resultados obtidos pela empresa em 2010. A expectativa era crescer em torno de 30%, mas o faturamento emplacou alta de 55%. E para este ano, ele projeta a manutenção do ritmo do crescimento e aposta numa expansão de 50%, com a manutenção dos preços médios praticados no ano passado. Segundo ele, o crescimento é atribuído diretamente ao comportamento do mercado voltado à carne de qualidade, que cada vez mais está descobrindo Carne Angus já está no auto-serviço, como a rede Zaffari as peculiaridades do Angus. “Restaurantes, churrascarias e o consumidor estão incluindo o Angus em seus cardápios”, afirma. Embora o número de abates não tenha crescido na mesma proporção, Miranda destaca que 2010 foi um ano de expansão no número de animais disponibilizados dentro do Programa Carne Angus Certificada, movimento que também foi acompanhado pelo maior número de criadores que passaram a receber a genética da VPJ para produção de animais dentro dos critérios do programa. “Além do incremento de produtores dentro do Carne Angus, o que vimos em 2010 foi um crescimento extraordinário do mercado em geral voltado para esta raça”, garante. Segundo ele, muitos criadores de gado comercial estão colocando a raça em campo, de olho nos resultados e ótimas perspectivas de negócios. “O empresariado está apostando muito, pois o Angus notadamente agrega valor à atividade carne. E com isso também diversificamos nossa oferta de cortes. Passamos a produzir e lançamento no mercado, dentro da linha nobre, hambúrgueres e novos cortes de dianteiros.” 10 CARNE Janeiro / Fevereiro de 2011 PECForum apontou tendências e desafios do mercado pecuário em 2011 Fotos: Divulgação Todas os indicadores no final de 2010 apontavam para um cenário favorável, mas também desafiador, para o setor produtivo de pecuária de corte neste 2011. P ara entender melhor este cenário e as oportunidades que surgirão no horizonte do setor de produção da carne bovina no Brasil e no mundo, bem como conhecer novas ferramentas de gestão pecuária, renomados especialistas e autoridades ligadas ao agronegócio participaram do PECForum – Fórum Internacional de Pecuaristas, realizado nos dias 17 e 18 de novembro, no Center Convention, em Uberlândia (MG). O evento, que contou com o apoio da Associação Brasileira de Angus (ABA), atraiu mais de 600 pecuaristas do Brasil e do exterior, para discutir tendências, desafios, oportunidades e novas ferramentas e formas de gestão para a atividade pecuária brasileira. Durante a abertura, estiveram presentes os dirigentes da Associação Bra- Deputado Federal Aldo Rebelo participou dos debates sobre a nova realidade ambiental de 2011 sileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Eduardo Biagi e Jovelino Carvalho Mineiro Filho, Antenor Amorim Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA e Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Destaque para a palestra do Deputado Federal (reeleito) Aldo Rebelo, que colocou em discussão a nova realidade ambiental a partir de 2011 e as propostas para reforma do Código Florestal Brasileiro, projeto que está em trâmite na Câmara Federal, em Brasília (DF). “O objetivo do evento foi reunir pecuaristas de gado de corte, profissionais ligados à cadeia produtiva da indústria de carnes e do setor de insumos, para discutir os rumos do setor no próximo ano. São esses especialistas que possibilitaram o forte crescimento da pecuária brasileira na última década e que irão dar continuidade à crescente valorização da atividade, que hoje produz 9 milhões de toneladas de carne bovina/ano e exporta quase 2 milhões de toneladas/ano”, afirma Silmar Müller, diretor da Probiz, organizadora do evento. Além da ABA, o PECForum contou também com o apoio das principais entidades pecuárias, como ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), além do Sindicato Rural de Uberlândia, entre outras. O evento tem ainda o apoio da TV Terraviva, do Grupo Bandeirantes de Comunicação, e do Grupo SAFRAS & Mercado, além de importantes empresas fornecedoras de insumos e produtos para a cadeia da carne bovina. VPJ agora tem Carne Angus Ausqual Certified Foto: André Silva/Divulgação Estabelecimento de Vadomiro Poliselli Júnior recebeu certificação no final de 2010 O Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus (ABA), conta desde 2007 com o reconhecimento internacional da Ausmeat em seu processo de certificação da Carne Angus. Todo o processo de certificação e registros documentados são periodicamente auditados, conferindo à ABA reconhecimento único no Brasil. Para o subgerente ABA - Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, “o reconhecimento Ausmeat ao processo de certificação da Carne Angus agrega credibilidade ao processo desenvolvido pela ABA, conferindo segurança adicional aos consumidores em relação à qualidade e identidade do produto que recebe nosso selo”. VPJ BEEF Integrante do Programa Carne Angus Certificada, a VPJ Beef (empresa do grupo VPJ, de propriedade do selecionador Valdomiro Poliselli Júnior), teve suas unidades submetidas à auditoria de certificação Aus- qual e foi aprovada na última rodada de auditorias do Programa Carne Angus, que ocorreu no período de 3 a 12 de novembro. 0 trabalho foi realizado pelo auditor da Saiglobal Brasil Certificação – representante da Ausmeat no Brasil, Guilherme Beil Amado. Foram também auditadas as unidades do Marfrig e do Frigorífico Silva, no Rio Grande do Sul. “É o reconhecimento de um trabalho sério e criterioso que vem sendo realizado em constante aperfeiçoamento pela VPJ Beef desde 2005”, avalia o Gerente Geral da empresa, Antonio Augusto Miranda. Segundo ele, em Pirassununga, SP, a VPJ Beef mantém um moderno centro de desossa, maturação, porcionamento e distribuição de cortes tipificados e porções de carne Angus. Já em Goianira, GO e em Santa Maria, RS, são realizados os abates dos animais certificados, produzidos por pecuaristas integrantes do Programa Carne Angus Certificada. Para Miranda, a ABA realiza um trabalho técnico e correto na certificação da carne Angus. E o consumidor, seja ele particular ou profissional, já identifica e valoriza este selo de certificação, que comprova a incomparável qualidade da carne Angus”, diz. Janeiro / Fevereiro de 2011 11 12 CARNE Janeiro / Fevereiro de 2011 2010: um ano de muitos avanços Por Fábio Schuler Medeiros Em março de 2004, com grande futuro, mas apenas uma unidade frigorífica produzindo um volume de 2 mil e poucos quilos de carne Angus ao mês, para a recém conquistada marca pioneira Zaffari Angus, surgia de fato o Programa Carne Angus Certificada, após anos de trabalho de diversas diretorias da ABA formatando este que viria se transformar num dos maiores programas de carnes do Brasil. N os anos que se seguiram o Programa foi se desenvolvendo, ampliando seus volumes e se profissionalizando. Buscando agregar credibilidade, padronização e permitir o crescimento organizado do Programa Carne Angus, desenvolvemos um sistema de certificação nunca antes visto no Brasil para um programa de carne de qualidade, a partir de modelos nacionais e internacionais (CAB – USA; CAAB – Austrália; Carne Angus Argentina; Programa Nelore Natural) incorporando suas experiências e modernos conceitos de gestão pela qualidade à linguagem Asmeat, uma referencia mundial em padronização na industria frigorífica. O resultado, em pouco mais de 1 ano de trabalho, em junho de 2007, alcançamos o reconhecimento inétido no Brasil a um programa de carnes – Acreditação Internacional através da Ausqual. A partir desta conquista, o programa passou a crescer rapidamente e vieram novos parceiros - VPJBeef, Marfrig SP, Angus da Gruta, porém ainda não havíamos conquistado uma efetiva valorização de nossos animais e consolidado posição no mercado da carne. Em paralelo desde o final de 2007, o Marfrig desenvolvia um dos maiores programas de fomento ao cruzamento industrial já realizado no Brasil, financiando a inseminação de ventres zebus com a genética Angus no Brasil central, mudando o paradigma da produção de carne de qualidade nestes estados e marcando assim um novo momento da pecuária da região. Ao mesmo tempo, um programa de premiação para animais Angus no Marfrig com sobrepreço de até 6 % para Machos e aproximadamente 10% para fêmeas já despertava a atenção dos produ- tores e reforçava as ações de estímulo ao cruzamento industrial. Angus já era o animal mais valorizado pela indústria no estado de SP! No ano de 2009, novos avanços com a inclusão do parceiro Frigorífico Silva, já com uma tabela de premiação diferenciada pelos animais Angus. Nas feiras de terneiros/bezerros já era possível verificar uma valorização adicional e uma grande liquidez dos animais Angus, de todas as categorias. O mercado havia percebido a real importância da raça e, principalmente, o mercado passou a entender que o Angus seria crescentemente valorizado. No dia 01 de dezembro de 2009, foi dado mais um grande passo na trajetória do Programa. A assinatura de um novo contrato com o Marfrig, que expandia o trabalho de certificação para as recém assumidas unidades no RS e a publicação de uma tabela de premiação diferenciada em que o Angus passava a ter bonificações diferenciadas para todas as categorias. Os machos Angus passaram a ter uma valorização de 3 a 10%; As fêmeas passaram a valer preço de macho, fazendo jus à sua qualidade, com bonificações adicionais sobre este valor. Era o primeiro passo efetivo no RS de um caminho de crescente valorização financeira dos animais Angus na indústria. E foi o início de um ano de muitas conquistas sob a batuta serena do presidente Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello e sua diretoria. Valorização de todas as categorias de animais Angus As feiras e leilões de ventres e animais de reposição espelharam o crescimento e valorização da raça. Sobrepreços de até 21% para bezerros Angus em relação ao gado geral e ampla liquidez foram destaque nas pistas de todo o país. O RS passou a ser assediado por terminadores das regiões sudeste e centro-oeste, e até do exterior, para compra de animais e o cruzamento industrial teve grande impulso para produção de bezerros no centro-oeste, fechando o ano de 2009 com quase 1,5 milhão de doses de sêmen comercializadas, volume recorde para a raça, e projetando cifras superiores a 2 milhões de doses de sêmen no ano de 2010. Diversas empresas pecuárias no Brasil central, acreditando no potencial dos animais cruzados, visualizando seus resultados a campo e a valorização paga pela indústria, passaram a mudar a paisagem da região Centro Oeste brasileira, onde hoje basta andar pelas estradas e visitar as maiores e mais tecnificadas fazendas de GO, MS MT para verificar que a Genética Angus está mudando a paisagem dos pastos do Brasil. Estes reflexos também foram sentidos na comercialização de reprodutores, com preços diferenciados e grande liquidez para machos e fêmeas, em especial para aqueles provados pelo Promebo. Ampliação das unidades Para melhor atender aos produtores do estado do RS, o Programa Carne Angus passou a atuar em todas as unidades do Marfrig RS, incorporando as unidades de São Gabriel e posteriormente, Capão do Leão (Extremo Sul). De olho no potencial do cruzamento industrial e iniciando a colher os resultados do Programa de Fomento montado pelo Marfrig no centro oeste no ano de 2007, passamos a ter atuação na unidade de Mineiros – GO do Marfrig, com amplo raio de captação de animais e o alicerce de um grande confinamento da empresa. Volumes recordes de animais abatidos Registramos no ano de 2010 o volume de 150 mil animais Angus abatidos nas unidades certificadas, um crescimento de 89% em relação a 2009. Também nosso tradicional Concurso de Carcaças, em sua quinta edição, não poderia deixar de espelhar o momento que a raça vive. Alcançamos a marca de 500 animais Angus abatidos no dia do concurso, com qualidade excepcional. A média geral de peso de carcaça (animais participantes tem até 4 dentes) foi de 260kg (17,3@) e com excelente grau de acabamento! Mas o verdadeiro destaque do concurso foi para os lotes que disputaram ponto a ponto a categoria Angus Definido. Eram animais de 0 a 2 dentes, com acabamento superior e peso de carcaça próximo aos 300kg (20@), demonstrando definitivamente que a Raça Aberdeen Angus possui potencial para atender as mais exigentes demandas da indústria e do consumidor. Novas marcas, novos pontos de venda Novas marcas de carne certificada foram lançadas e as existentes foram consolidadas. A Marca Zaffari Angus, produzida agora em parceria pelo Frigorífico Marfrig e Frigorífico Silva, cresceu e chegou a todas as lojas da rede Zaffari do RS e SP, com volumes de comercialização que superam as 30 toneladas por mês; A VPJ Angus Prime, aliando uma eficiente distribuição, um verdadeiro artesanato na preparação dos cortes e o espírito empreendedor da empresa na criação de novos cortes, inovando com Hamburguers, e quebrando tabus fornecendo também cortes congelados de alta qualidade, ampliou seus volumes de comercialização e sua rede de distribuição; desbravando mercados, a marca Palatare Angus, do Marfrig, passou a compor a linha de produtos focada em boutiques e restaurantes; Best Beef Angus, do Frigorífico Silva, chegou ao mercado no mês de Agosto, focada nos segmentos de restaurantes e boutiques, encantando a todos com a qualidade da carne Angus, e por fim, após longo processo de preparação estratégica, o Marfrig Group lançou uma nova marca de carne Angus Certificada, que promete atingir os consumidores mais exigentes do país, a Seara Angus. O resultado deste competente trabalho comercial de nossos parceiros foi que neste ano, mais de 100 pontos de venda em todo o país passaram a receber a carne Angus Certificada, que serão rapidamente multiplicados com a entrada no mercado da nova marca Seara Angus, encantando os consumidores mais exigentes. Seguimos com reconhecimento internacional: mantivemos com louvor nosso status de “Acreditação Internacional - Ausqual”, sendo auditados constantemente pela Ausmeat, sem a ocorrência de “Não Conformidades”, ganhando ainda mais credibilidade junto à mesma e o respeito e admiração de outras entidades e órgãos oficiais. Hoje temos orgulho de termos nosso exemplo em busca de credibilidade internacional seguido por outros programas de carne, o que reforça que realmente estamos no caminho certo. Programa consolidado, reforçado e preparado para crescer Mas todo o trabalho dos anos de 2009 e 2010 ainda está por apresentar seus maiores frutos. Quando assumiu a direção do programa junto com a presidência da ABA, em dezembro de 2008, Dr. Joaquim Mello tinha como principal objetivo preparar o programa para ganhar o Brasil. Foi o que fizemos, com muita satisfação. Neste ano de 2010, o programa foi reestruturado, formou parcerias, ampliou seu quadro de profissionais e preparou o terreno para que a nova diretoria, comandada pelo criador e experiente empresário Paulo de Castro Marques possa comandar um grande crescimento do Programa Carne Angus, pautado pelo profissionalismo, arrojo e inovação. Algumas novidades já estão acontecendo, como a ampliação do Programa de Fomento Marfrig para o estado do RS, que passa a desenvolver ações relacionadas a inseminação artificial, avaliação de touros, entre outras através de políticas diferenciadas de custeio e garantia de preços mínimos ao produtor... Certamente, na próxima edição do Angus@ newS já teremos mais novidades. Médico Veterinário D. Sc. Sub Gerente ABA – Programa Carne Angus Certificada [email protected] Janeiro / Fevereiro de 2011 13 14 Janeiro / Fevereiro de 2011 CARNE Correlação entre o boi gordo no Rio Grande do Sul e em São Paulo Por Hyberville Neto O preço do boi gordo em São Paulo é usado como referência nacional. Isto ocorre, pois ali está o maior centro consumidor e exportador de carne bovina. São Paulo exportou 42,4% da carne bovina em 2010, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O s preços em São Paulo servem de base para as negociações no mercado futuro, nas operações de hedge e opções na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BVM&F). Com isto, pecuaristas de outros estados que procuram assegurar preços no mercado futuro devem conhecer o mercado em São Paulo e a correlação com os preços no seu estado. Por exemplo, em Goiás, o diferencial de base se alonga no segundo semestre, devido aos confinamentos. Goiás é o maior estado confinador e normalmente existe forte pressão de baixa na época de entrega das boiadas confinadas. Focaremos esta análise no Rio Grande do Sul, com os preços de Pelotas e sua relação com as cotações em Barretos-SP. A correlação entre as médias mensais de preços em Pelotas e Barretos desde 2000 é de 0,76, o que indica existência de forte correlação entre os preços nessas regiões. Erechim-RS tem correlação menor, de 0,66. Lembrando que valores mais próximos a 1 indicam correlações fortes. Mas ao comparar a correlações de outras praças com São Paulo, vemos que as das praças gaúchas são relativamente baixas. Em Campo Grande-MS, Cuiabá-MT, e Goiânia-GO, por exemplo, as correlações com os preços de Barretos são de 0,98, nas três regiões. No Noroeste do Paraná é de 0,99 e em Santa Catarina, de 0,91. Para as negociações em bolsa, um fator importante a se considerar é o diferencial de base. O diferencial de base médio, desde 2000, entre os preços do boi gordo em Pelotas e Barretos é de -4,8%. O pecuarista gaúcho tenta prever a diferença de preços entre o valor travado (referência São Paulo) e o valor que receberá no mercado físico, na hora da venda dos animais. Para isto, usa o diferencial de base. Para deixar a história mais interessante, o diferencial não é fixo, pelo motivo observado acima. A correlação é razoável, mas ocorrem variações de preços com amplitudes e direções diferentes, alterando o diferencial, conforme oferta e demanda em cada região. O diferencial varia até em regiões de alta correlação, como em Goiânia, por exemplo. Para uma programação acurada em relação aos preços travados, devese considerar o diferencial na época de vencimento do contrato, quando teoricamente serão entregues os animais no mercado físico. Observe nas figuras 1, 2,3 e 4 a variações dos preços do boi gordo nessas duas regiões, Pelotas e Barretos. Observe como o diferencial de base se alonga no final do ano. Um dos fatores para este distanciamento de preços é a retirada das boiadas de áreas que serão usadas para lavoura no Rio Grande do Sul. Há uma desova para liberar a terra e queda nos preços, o que alonga o diferencial. A oferta desses animais pode causar queda de preços ou frear altas, como ocorreu em 2010, quando o diferencial se distanciou de São Paulo em função da valorização menor no Rio Grande do Sul, e não de queda (figura 4). Na tabela 1 estão os diferencias de base em cada trimestre desde 2000. No período analisado, o diferencial médio no último trimestre de cada ano foi maior que nos outros (figuras 1 a 4). Ao vender bois no mercado futuro, nos vencimentos outubro ou novembro, deve-se ter em mente que o preço tende a estar ainda menor, comparando com o de São Paulo. Se a operação for feita no início do ano, por exemplo, deve-se considerar que o diferencial deve se alongar, e não fazer as programações com base na diferença da época da negociação. Médico-veterinário, consultor da Scot Consultoria [email protected] Tabela 1. Diferenciais de base - Pelotas-RS em relação a Barretos-SP, por trimestre e médias. ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 média trimestre 1º -9,17% 4,49% -5,39% -14,15% -9,92% -9,88% 0,80% 11,61% -5,08% -1,97% -0,46% -3,56% Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br 2º -13,56% -1,27% -6,38% -14,15% -12,81% -2,07% 3,35% 6,11% -9,23% -5,28% -4,55% -5,44% 3º -2,70% 3,24% -5,59% -9,21% -12,62% -2,82% 2,66% 8,53% -4,92% -0,53% -3,32% -2,48% 4º 0,48% -1,61% -12,81% -11,25% -18,12% -10,78% 2,50% -2,31% -9,68% -5,93% -15,07% -7,69% média ano -6,24% 1,21% -7,54% -12,19% -13,37% -6,39% 2,33% 5,99% -7,23% -3,43% -5,85% -4,79% CARNE Janeiro / Fevereiro de 2011 15 O boi vai à Bolsa de Valores Não é de hoje que negociar na bolsa de valores tem virado mania entre os produtores e pecuaristas brasileiros. De cinco anos para cá, a Bolsa Brasileira de Mercadorias, ligada à Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) tem conquistado cada vez mais adeptos especialmente nas negociações que envolvem pecuária. Conforme especialistas, o boi foi a grande estrela do pregão em 2010, se colocando entre as commodities que tiveram o maior número de contratos negociados, ao lado de café e milho. Houve momentos melhores, é claro, especialmente em 2008, quando um grande volume de contratos foi negociado. No entanto, mesmo com a redução, o boi continua bombando na bolsa. “Tem sido a estrelinha da bolsa sendo bastante difundido e atingindo níveis recordes de negociação”, disse a consultora da XP Investimentos, Lygia Pimentel. Por Ana Esteves A especialista explica que a grande motivação para as aplicações boi pregão se devem à alta valorização da carne no mercado físico e também à alta demanda pelo produto. “No ano passado, ocorreu um verdadeiro boom dessa commoditie em termos de preços no mercado, pois o volume de animais disponíveis para abate estava baixo”, disse Lygia. A analista lembra que em 2010, o boi obteve preços recordes, ultrapassando R$ 100 reais por arroba no mercado físico, o que acaba aumentando o interesse dos investidores em aplicar na bolsa. “Subia muito todos os dias, todos queriam comprar boi, até aqueles que não tinham muita intimidade com a bolsa começaram a negociar. Quem já investia também se motivou e acabou negociando boi.” A comercialização é boi é relativamente nova na bolsa, mas sempre teve muita liquidez, volume interessante, sempre se mostrando uma alternativa em expansão e muito promissora. Lygia explica que hoje existem dois tipos de negociadores na bolsa: o especulador que compra apenas na expectativa de que a arroba suba, para depois vender num valor mais elevado e ficar com a diferença e tem o hedger que é pecuarista, que possui um rebanho e o negocia na bolsa. “Nesse caso é aquele produtor que tem 100 cabeças e que passa observando o movimento do mercado.” Em 2011, deve ter oferta maior de animais no mercado, no entanto nesse momento preço está bom, vale a pena travar os preços agora na bolsa para lucrar depois. O sucesso que a bolsa tem feito entre o público em geral se deve à necessidade cada vez maior de procurar outras maneiras de investir, tirando dinheiro da poupança e procurando outras alternativas, inclusive commodities. “Em 2010 registramos um crescimento de mais de 100% em pessoas que aplicam em commodities,” disse Lygia. Além disso, com o mercado impulsionado e difundido, e a frustração de quem investiu na bolsa muitos acabaram se refugiando nas commodities. Especialistas apontam que entre os estados que mais investem em, mercado futuro estão São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul. “Especialmente a região metropolitana, pois o produtor do interior ainda é muito temeroso da bolsa”, disse Lygia. A analista informa que a tendência é de que, durante o ano de 2011, o boi deva se manter em patamares elevados, por volte de R$ 100 a arroba, mantendo bom nível de comercialização. “Não deve ser tão bom quanto 2010, mas será satisfatório.” Os bons resultados do boi nas negociações de mercado futuro fez com que Bolsa Brasileira de Mercadorias passasse a intermediar a venda de gado entre pecuaristas e frigoríficos. Uma das primeiras federações a assinar o contrato foi a Faeg, Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, na busca por maior facilidade ao acesso dos criadores ao leilão eletrônico de carne bovina. Na sede da Faeg será instalada uma Central do Boi que vai intermediar as negociações entre o produtor e as corretoras. O pecuarista vai procurar uma corretora e identificar o seu animal. Ele vai informar quanto o animal pesa, qual a raça. Com essa identificação, o corretor vai ofertar o lote de animais para o frigorífico, que na outra ponta, através de uma corretora, vai adquirir esse lote. O gado já era vendido no mercado futuro da Bolsa de Valores. Mas agora o produtor pode fazer a venda de forma imediata. A principal vantagem é a garantia de pagamento. O pecuarista vende o lote e o frigorífico é obrigado a depositar 90% do valor na conta da Bolsa antes do embarque dos animais. Além de Goiás, as federações de pecuaristas de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul também já assinaram o convênio para ter a central da bolsa. Mas mesmo que a commoditie boi venha alcançando destaque da Bolsa, no Rio Grande do Sul a movimentação perde força. Os principais analistas da questão alegam que dois são os principais fatores que afastam as aplicações envolvendo o boi na Bolsa de Valores, no Sul do País. A primeira razão, que é determinante, é a diferenciação climática que o Sul do Brasil apresenta em relação ao Brasil Central. Enquanto no Centro do País o clima é tropical, no Sul é subtropical. E o segundo e forte fator que afasta os produtores e investidores das aplicações em boi como investimento na Bolsa é a falta de tradição, de familiaridade com o assunto. Mas os especialistas afirmam que em pouco tempo, com o sucesso que esta aplicação vem revelando, cada vez mais gente estará aplicando no boi como uma commoditie segura e rentável. Programa Marfrig Fomento agora no RS Programa de Fomento à produção de Angus através da Inseminação Artificial está disponível já nesta temporada aos produtores do RS Em mais uma ação para fomentar o crescimento da raça Angus e valorizar todos os elos da cadeia de produção do Angus, o Programa Marfrig Fomento foi ampliado para atender os produtores do estado do RS. Nos mesmos moldes do programa de sucesso que está ajudando a mudar o cenário da pecuária na região Centro Oeste, o Programa Marfrig Fomento RS financiará aos produtores a compra dos protocolos de IATF (Inseminação em Tempo Fixo), sêmen e mão de obra especializada para execução dos serviços de reprodução. Os valores são congelados, sem a cobrança de juros, e serão quitados pelos produtores com a entrega dos terneiros produzidos, com a garantia adicional de um preço mínimo vinculado ao valor do Boi Gordo (ESALQ) e com uma tabela progressiva de descontos por produtividade. O produtor pode ainda reter parte das fêmeas para reposição de seu plantel. Segundo Diego Alagia Brasil, gerente de Fomento RS e responsável pelo projeto, o Programa de Fomento Angus trará ao Rio Grande do Sul uma alternativa inédita para o produtor que busca diferenciar-se através da qualidade, visando agregar valor ao produto final. “O programa financiará a IATF (inseminação em tempo fixo), uma das tecnologias mais modernas de reprodução bovina, comprovadamente eficiente na utilização de genética superior em escala comercial, sem custo financeiro, com descontos crescentes, estimulando a eficiência e remunerando muito bem os produtos”, completa. Os animais serão terminados em confinamentos próprios do Marfrig. Para o Gerente de Fomento do Marfrig Luciano Andrade, “a orientação sobre o que e como produzir, somada à garantia de compra com valores diferenciados, faz com que o produtor tenha plena convicção de que está no caminho certo, além de proporcionar à empresa uma previsibilidade apurada sobre as quantidades a serem recebidas e regularidade das entregas”. Segundo Fábio Medeiros, subgerente da ABA, Programa Carne Angus, “é uma iniciativa inédita no RS. Um moderno sistema de comercialização com garantia de preços mínimos e redução nos custos de transação”. Ele explica que além destas vantagens de financiamento e garantia de preços mínimos, os animais serão adquiridos diretamente na propriedade, sem custos de frete, corretagem e taxas bancárias, tendo a garantia de pagamento do Marfrig, que ocorre em até 30 dias após o embarque. Os serviços na área de reprodução serão realizados por empresas especializadas. No RS, a Progen Inseminação Artificial está credenciada pelo Marfrig, podendo coordenar os trabalhos junto aos produtores. Segundo o diretor da empresa Fábio Barreto, o fomento da indústria à utilização de genética de qualidade é de grande importância por agregar valor ao produto, fidelização de produtores ao frigorífico e qualificação da carne produzida. “A IATF neste processo é a técnica de melhor custo- benefício do mercado, permitindo acelerar o melhoramento genético a um custo compatível com os resultados. Acreditamos no Programa por seus fundamentos e pelas grandes vantagens criadas ao produtor com financiamento de longo prazo deste melhoramento genético”, finaliza Fábio Barreto. Os produtores interessados deverão contatar Diego Brasil, gerente de Fomento Marfrig RS. 16 Janeiro / Fevereiro de 2011 NOTÍCIAS DA ABA Macedo, um mago da genética das britânicas Macedo em um dos momentos máximos de sua extensa galeria de títulos: três grandes campeonatos em 2007 Quem não conheceu Macedo pessoalmente, por certo ouviu falar da Cabanha Azul ... Aos 76 anos de idade, faleceu dia 12 de janeiro, em Porto Alegre, RS, vitimado por um câncer contra o qual lutava já há alguns anos, o agropecuarista, selecionador por excelência, João Vieira de Macedo Neto. Por Eduardo Fehn Teixeira C olecionador de troféus com a conquista de memoráveis campeões das raças de origem britânicas Angus, Hereford e Devon principalmente na Internacional Expointer, dono da legendária Cabanha Azul, em Quaraí, RS, com mais de um século de existência, Macedo, como era chamado por seus amigos e admiradores, deixa a viúva Magdala, quatro filhos e onze netos. Depois de participar ativamente da Expointer 2010, em agosto/setembro, em meio às pessoas que circulavam nas dependências especialmente armadas para o 7º Remate Selo Racial, na Cabanha Azul, em Quaraí, no início de outubro do ano passado, João Vieira de Macedo Neto, peça chave no desenvolvimento do sucesso do tradicional leilão, poderia até passar despercebido em meio à multidão. Extremamente discreto e introvertido, o patriarca da família Macedo escondia, por trás de um homem calvo e franzino, um agropecuarista forte, apaixonado pelo campo, pelas tecnologias, pela seleção apurada de reprodutores das raças que criava e um memorável vencedor nas pistas de julgamentos de animais de excelência. Ano passado, dizia ter conquistado tudo que começara a almejar quando ainda era estudante da Faculdade de Agronomia e Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em meados da década de 1950. E conquistou. Embora tenha nascido em Belo Horizonte (MG), em razão do pai estar servindo ao Exército naquela cidade em 1934, foi em solo gaúcho que Macedo trilhou sua história. Desde que se formou, em 1957, e foi atender ao plantel de reprodutores da Cabanha Azul ao lado do tio, Lauro Dornelles de Macedo, conquistou mais de 110 grandes campeonatos em nas pistas da Expointer, em Esteio, RS, onde também brilhou por muitos anos com os ovinos Merino Australiano. Em 2007, ao comemorar os cem anos da Cabanha Azul, pela terceira vez conquistou o grande campeonato nas três raças a que se dedicava: Angus, Devon e Hereford. Com isso, elevou a estância à referência em genética de bovinos produtores de carne de qualidade para o Brasil. Aliás, foi ele quem lançou, em Porto Alegre, nos anos 80, a primeira loja de carnes especiais produzidas na Cabanha Azul, seguindo os passos das grandes cabanhas norteamericanas. Em 2008 e 2009, a Expointer também teve um significado especial para ele, dentro e fora das pistas. Já doente, em 2008 Macedo Neto foi condecorado pelo Governo Gaúcho com a Medalha Assis Brasil, a mais elevada honraria concedida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul a um homem do campo. E em 2009, também na Expointer, foi homenageado com o Troféu Guri, reconhecimento prestado pelo Grupo RBS a pessoas que tenham levado o Rio Grande do Sul para além das fronteiras do Estado. Nas associações de criadores, o pecuarista também fez história. Foi presidente das entidades representativas das raças Angus, Devon e Hereford. Dirigiu a Associação Brasileira de Angus (ABA) de 1980 a 82. Durante sua gestão à frente da associação de Hereford, foi iniciado o registro da raça sintética Braford no Brasil. Também presidiu, nos anos 80, a Associação Nacional dos Criadores – Herd Book Collares, entidade que informatizou durante sua gestão. Sempre conciliador e humanitário, Macedo contou com uma equipe fiel de trabalho: “Nunca vou esquecer quando sofri um acidente e rompi os ligamentos. Estava procurando médico quando ele chegou para mim e disse para eu ir para a Capital. Lá, já havia médico me esperando, quarto no hospital, tudo reservado. Ele era muito bom com os funcionários” contou Altamiro da Costa, 62 anos, que trabalhou na Cabanha Azul por 30 anos. A discrição de Macedo também está presente na lida com os funcionários. Sempre preferiu mostrar como queria o trabalho com ações. Até pouco tempo, acordava cedo, como sempre fez, e ia junto com a peonada para a lida no campo. “No tratamento com os animais, os empregados têm sempre em mente uma regra: nunca bater. Tocar os animais só com folhas secas, nunca com nada que machuque. Ele sempre dizia que o animal deve ter respeito pelo homem, nunca medo. Assim como a família, os animais eram a vida dele”, comenta um dos administradores da cabanha, Juarez Viero, 50 anos, mais de 30 deles na Cabanha Azul. “A integridade do pai é um legado. Admiro muito a dedicação que ele sempre teve com a família e o zelo que dispensa a seus funcionários, amigos e colaboradores e aos seus animais”, destaca uma das filhas, a atual presidente do Conselho Técnico da Associação Brasileira de Angus, Susana Macedo Salvador (leia-se Cia Azul - Uruguaiana, RS). NOTÍCIAS DA ABA Janeiro / Fevereiro de 2011 Angus agora tem sede própria A Associação Brasileira de Angus (ABA) inaugurou sua nova sede própria em Porto Alegre, RS. A solenidade, no dia 1º de dezembro de 2010, aconteceu durante coquetel com recepção a selecionadores associados, parceiros, ex-dirigentes e convidados, no novo endereço da entidade: Largo Visconde do Caurú, 12 – conj. 901, no centro de Porto Alegre, RS. No descerramento da placa alusiva ao evento, o então presidente em conclusão de mantato, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello, brindou juntamente com seu vice-presidente, Fábio Gomes e com Paulo Marques, Fábio Gomes, Joaquim Mello e Afonso Motta descerram placa Não perca o Encontro Técnico do Secretariado Mundial de Angus As novidades da raça Angus no mundo e os últimos avanços na seleção genética por marcadores moleculares, entre outros temas de vanguarda, estarão em destaque durante a Reunião Técnica do Secretariado Mundial Angus, que a Associação Argentina de Angus (AAA) realiza de 8 a 15 de outubro de 2011, em Buenos Aires, capital argentina. O evento é realizado a cada dois anos, envolvendo os 19 países integrantes do Secretariado. Durante a Reunião Técnica do WAS 2011, da qual participarão todos os países criadores de Angus no globo, será também realizada a 33º Exposição Nacional Angus de Primavera, a 12º Exposição Nacional do Terneiro Angus e a Expo-Genética Angus, oferecendo interessantes oportunidades comerciais através da venda de sêmen, embriões e reprodutores. Paralelamente, uma programação social oferece coquetel de abertura, visitas a cabanhas argentinas dedicadas à criação de Angus e ao Mercado de Liniers, além do jantar de encerramento, regado com leilão de genética. Desde 1879, quando a Argentina importou os primeiros reprodutores Angus de pedigree, o crescimento da raça tem sido constante. Pelas extraordinárias aptidões reprodutivas, produtivas e pela insuperável qualidade de sua carne, a raça Angus foi ganhando espaço, tornando-se a mais difundida na Argentina (mais da metade das 50 milhões de cabeças do rebanho bovino daquele país tem sangue Angus puro ou em elevada mestiçagem), sendo reconhecida como a raça líder da pecuária argentina. O Secretariado Mundial de Angus foi criado em 1969, para estimular a difusão e compartilhamento das informações mais atuais da raça. Entre os itens que mais se destacam nas ações do Secretariado estão a manutenção da pureza genética do Angus, a troca de informações genéticas, a promoção internacional da raça e os programas de intercâmbio de jovens criadores. Paralelamente, uma programação de turismo e de informações que terão como centro a cidade de Buenos Aires, uma das mais charmosas da América Latina, com seu patrimônio arquitetônico impressionante e uma intensa vida cultural, tendo como centro o tango, a culinária e o melhor pólo do mundo. Além disso, os participantes poderão viajar e conhecer outros lugares maravilhosos da Argentina, com suas imponentes atrações naturais. O Encontro do Secretariado Angus é coordenado por Alejandro Alejandro Salemme. E maiores informações sobre o evento podem ser obtidas na sede da ABA ou do e-mail [email protected], com Juan Pablo Hornos. o presidente recém eleito, Paulo de Castro Marques e seu vice, José Roberto Pires Weber. “Esta é uma conquista de todo o mundo Angus. É um sonho antigo, agora real”, comemorou o selecionador gaúcho Joaquim Mello. Dito e feito O anúncio da compra no novo espaço Angus havia sido feito pelo presidente da ABA, Joaquim Mello, aproveitando o grande número de associados, criadores e admiradores da raça presentes durante a solenidade de entrega de prêmios para os proprietários das cabanhas vencedoras nos julgamentos de animais rústicos e de argola, durante a Expointer 2010. Naquela ocasião, Mello enfatizou que “a atual diretoria vai se despedir do comando da ABA, com a entrega de uma sede própria para a Angus em Porto Alegre”. Ao observar que já estava com as chaves da nova sede nas mãos, Mello disse também que planejava fazer a mudança do escritório até 17 Paulo Marques, Fábio Gomes, Joaquim Mello e Pires Weber brindam o final daquele ano, antes de entregar o comando da associação para a nova diretoria. Pois foi dito e feito! Ampla e funcional Mais ampla e com vista para o Rio Guaíba, a nova sede da entidade, em seus 185 metros quadrados, além de muito bem situada - no Centro da Capital gaúcha - conta com espaços apropriados ao seu bom funcionamento, com ampla sala para reuniões e de diretoria, pontos para depósito e arquivamento de materiais/preservação da história da entidade, além de dependências bem convencionadas ao posicionamento da equipe Angus, facilitando o atendimento aos parceiros e associados. Estes são os novos associados da ABA Do último período de 2010 (a partir de novembro), até a presente data, novos criadores se filiaram à Associação Brasileira de Angus (ABA). Veja a seguir quem são estes novos associados: Ademir Hoinaski – Palmas, PR; Ademir Hoinaski Filho – Palmas, PR; Bárbara Pilotti Wolf – Tapes, RS; Galapa Agropecuária – Rio Grande, RS; Leonardo Gruppelli Costa – Pelotas, RS; Carlos Alberto Gregory – São Leopoldo, RS; Claudiomar Pedro Scherer – Cascavel, PR. Prezados Criadores Associados ABA e Técnicos: A Associação Brasileira de Angus, por intermédio da atuação do seu Conselho Técnico, tem buscado a constante evolução da raça Aberdeen Angus em todo o território nacional através da construção de pilares sólidos baseados no melhoramento genético, na adequação a novas tecnologias e na constante orientação ao criador, para que este atinja e desfrute o máximo do que a raça pode oferecer, sempre mantendo as características e o padrão racial fundamental para que a conquista do mercado de carne de qualidade seja cada dia maior. Pensando nesta constante evolução e conquista é que a Associação Brasileira de Angus, em nome de sua diretoria, vem por meio desta solicitar aos criadores associados da entidade e técnicos, interessados em voluntariamente tornar-se Membro do Conselho Técnico da ABA biênio 2011/2012, a enviarem para apreciação da Diretoria uma carta de intenção, informando o seu envolvimento com a raça, no caso específico dos técnicos esta carta deverá explicar a razão de seu interesse em participar do Conselho, juntamente com o seu Curriculum Vitae e carta de apresentação por parte de um criador associado. Serão disponibilizadas 04 (quatro) vagas para a composição do Corpo do Conselho Técnico ABA, sendo necessário que o interessado, tanto Criador associado quanto o Técnico, possuam formação acadêmica nas áreas de Medicina Veterinária, Zootecnia ou Agronomia. Os interessados poderão enviar a documentação até o dia 15/02/2011 por correio para sede da ABA ou para o endereço de email [email protected]. Certos de sua atenção, renovamos nossos votos de estima e distinta consideração. Cordialmente, Paulo de Castro Marques Diretor Presidente Associação Brasileira de Angus 18 NOTÍCIAS Janeiro / Fevereiro de 2011 Touros Naco e Mergulhão Genética nacional na bateria da ABS Entre outros, dois super touros nacionais foram contratados no final de 2010 para integrarem a bateria de reprodutores de corte europeus de uma das mais importantes centrais de sêmen do mercado: a ABS Pecplan, cuja matriz está em Uberaba, MG. O touro red Angus multicampeão “Naco” e não menos importante touro Mergulhão”. Atualmente “Naco” é propriedade da Reconquista Agropecuária, de José Paulo Cairoli, de Alegrete, RS, e da Cabanha Terra Costa, de Marco Antônio Costa, em Santo Antonio da Patrulha, RS. A contratação ocorreu durante o 7º Leilão Seleção Reconquista, realizado na noite de 1º de Dezembro, em Porto Alegre, RS. O reprodutor foi produzido pela Reconquista Agropecuária, considerada como uma das propriedades selecionadoras de Angus mais premiadas do Brasil, tendo já conquistado oito vezes o título máximo do Ranking Nacional da Associação Brasileira de Angus (ABA), nas 10 últimas edições da disputada competição. Um marco em 2010 Para Vasco Beheregaray Neto, Gerente de Mercado da ABS na América do Sul, essa é uma das contratações mais importantes do ano. “Naco é o reprodutor Red Angus com o maior número de prêmios da atualidade. Este animal reflete a qualidade do trabalho de seleção da Reconquista que, sem sombra de dúvidas, é a cabanha de maior prestígio na seleção do Angus”, avalia o dirigente. Naco leva em sua bagagem seis grandes campeonatos, apontados por seis diferentes jurados, nas mostras de Cascavel 2008, Uruguaiana 2009, Avaré 2009 e 2010, Londrina 2010 e Expointer 2010. “É um touro muito completo. Tem uma excelente caracterização racial, harmonia nas suas linhas, tamanho moderado e aprumos extraordinários para suportar seus 1.100 kgs. É filho de Fenômena 5494, uma matriz Três Marias, Grande Campeã Nacional em 2007. Naco tem um pedigree totalmente aberto permitindo o seu uso em vários rebanhos elite que buscam nova genética de Red Angus”, argumenta Beheregaray Neto. Marcelo Selistre, Supervisor da ABS Pecplan no RS, representou a empresa no evento em Porto Alegre e comemora o sucesso na contratação do importante touro, afirmando que “Naco será um touro “pai” de muitos rebanhos e faremos dele um dos líderes de registros da raça Angus no Brasil”. Namoro desde a Expointer “Esses contatos com a ABS vem desde a Expointer. E sempre tivemos a preocupação de negociar um produto como o touro Naco com uma central desta grandeza e visibilidade no mercado”, diz o selecionador José Paulo Cairoli. Segundo ele, o pai de Naco já morreu e a mãe é argentina. “Tratase de uma genética nova para plateis puros e também bastante indicada para cruzamentos, gerando uma carcaça com muita carne”, examina o criador. Mergulhão: mais de duas décadas de seleção da Cabanha Santa Joana Foto: J. G. Martini Naco: genética da Reconquista Agropecuária vai para o mercado Sucesso de pista na produção Já para Marco Antonio Costa a contratação deste touro por uma empresa de alta credibilidade e tradição no mercado como a ABS, nos permite ter a certeza que a qualidade genética comprovada em pista será certamente comprovada também como touro pai. Mergulhão: Resultado de 22 anos de seleção E para alegria da Associação Brasileira de Angus (ABA) e de todos os selecionadores da raça no Brasil, já são vários os touros nacionais cuja genética já está disponível em importantes centrais de sêmen. Recentemente, mais um touro de brasileiro, produzido pela Cabanha Santa Joana, de Ulisses Amaral, em Santa Vitória do Palmar, está figurando na bateria de reprodutores de corte europeus da consagrada ABS Pecplan, cuja matriz está em Uberaba, MG. Trata-se do touro “Mergulhão”, resultado de mais de 22 anos do trabalho criterioso do selecionador Ulisses Rodrigues Amaral. Ele inclusive foi o primeiro ganhador do Prêmio Mérito Genético Luiz Alberto Fries, da Associação Brasileira de Angus (ABA), que premia rebanhos por desempenho, baseado em critérios e ponderações que geram uma avaliação individual para cada cabanha participante do Promebo na raça Angus. Aconteceu durante a 10ª edição do remate Só Angus, na temporada de 2010, quando Marcelo Valente Selistre, Supervisor da ABS no Rio Grande do Sul, adquiriu o touro com a certeza de que ele contribuirá significativamente com o melhoramento dos rebanhos comerciais. “Mergulhão fez parte do Teste de Progênie da Associação Brasileira de Angus, ficando entre os cinco melhores em mais de cinco mil touros da mesma geração. Também era o reprodutor PC com os melhores dados de desempenho”, destaca o dirigente. Mergulhão apresenta um grande destaque na sua avaliação genética. É Deca 1 (Top 10%) para os principais índices de produção: 39,7 no índice de Desmama, 24,6 no índice de Carcaça e 23,9 no índice Final. Trata-se de um touro Red Angus PC de pedigree aberto (sangue de Contrapunto), fruto de um rigoroso processo de seleção e que alia dados de desempenho objetivos. A mãe de Mergulhão, a vaca Santa Joana 2026, foi a primeira colocada no Promebo 2009, no ranking das vacas PC. “Daí o nosso interesse e adquirir genética deste tipo de rebanho onde as DEP’s são realmente utilizadas para selecionar os melhores animais, indivíduos com condições de expressar seu potencial genético em um sistema de manejo comercial”, afirma Vasco Beheregaray Neto, Gerente de Mercado da ABS na América do Sul. Origem consagrada Ao abrir o Sumário de Touros da raça Angus, é possível encontrar lá vários animais de destaque com genética da Cabanha Santa Joana. A Santa Joana possui um rebanho de 500 cabeças de Angus PC para seleção genética. As avaliações do Promebo foram iniciadas em 1988, sempre comprometidas com o rigoroso con- trole das informações vindas do campo de cada animal. A seleção é feita de forma massal, onde os animais para ficarem na propriedade têm que ter desempenho superior, ou seja, que efetivamente sejam melhoradores de rebanho. A propriedade utiliza o programa de melhoramento genético Promebo, focando as decisões de manejo em dados objetivos de diferentes DEP’s. “Começamos com a identificação da mãe e do cruzamento. Ao nascer cada bezerro é identificado com um brinco, pesado e avaliado. Depois, avaliamos os produtos na desmama e sobreano (18 meses), para dados de ganho e características fenotípicas”, diz Ulisses Amaral. “Desde 2001 incluímos nesse trabalho a avaliação de carcaça (área de olho de lombo, gordura na picanha e nas costelas). É bem criterioso e detalhado, mas vale a pena, pois hoje nosso rebanho é muito padronizado, com velocidade de ganho de peso e genética que privilegia, entre outras características positivas, o baixo peso ao nascer, precocidade e rendimento de carcaça”, completa o selecionador. “Nessas duas décadas a evolução do nosso rebanho foi muito grande e nos sentimos satisfeitos e recompensados com os resultados. Temos certeza que Mergulhão contribuirá com o melhoramento de muitos outros rebanhos. Esse é o caminho para quem quer ter qualidade, ficar atento ao trabalho no campo e aos números, analisar com critério e decidir com segurança”, conclui Ulisses Amaral. Genética nacional conquista espaço “A contratação de touros como o Naco e Mergulhão por uma central de grande peso como a ABS, é resultado do longo trabalho que estas renomadas cabanhas têm realizado em busca de uma maior produtividade e adaptabilidade da raça Angus em território Nacional, utilizando como ferramenta primordial o melhoramento genético da raça. Isto demonstra que a genética Angus nacional caminha em marcha acelerada para conquistar um espaço ainda maior na pecuária tropical e subtropical”, diz a gente da ABA, Juliana Brunelli. Janeiro / Fevereiro de 2011 19 20 Janeiro / Fevereiro de 2011 LEILÃO NOVA ERA Angus faz a festa no Leilão Nova Era Fotos: Isadora Lescano/ABA Por Eduardo Fehn Teixeira No dia 2 de dezembro de 2010 a Associação Brasileira de Angus (ABA) lotou o salão principal da Associação Leopoldina Juvenil, Porto Alegre, RS, para sua festa de confraternização e final de ano e a realização do tradicional Leilão Nova Era. O pregão eletrônico teve a oferta formada por doações de empresas e associados da entidade, com renda revertida à ABA. Com transmissão ao vivo via C2Rural e sob o comando do martelo do leiloeiro Eduardo Knorr, da Knorr Remates, de Pelotas, RS, o pregão resultou num faturamento de R$ 140.550,00. O mais mais O lote mais valorizado da noite foi uma prenhez (Brigadier em GAP 17981089 Ferrugem) apresentada à venda pela Estância do Espinilho, de Roberto Soares Beck, de Cruz Alta, RS. O comprador, que lançou R$ 22,5 mil, foi o selecionador Marco Antonio Gomes Costa, da Cabanha Terra Costa, em Santo Antonio da Patrulha, RS. O segundo lote mais bem cotado da noite foi uma terneira Angus PO (Santa Eulália Quebracho Zorzal TE 673), colocada em venda pela Estância Santa Eulália, do presidente da ABA em final de mandato, selecionador Joaquim Mello, de Pelotas, RS, que foi arrematada por R$ 19,5 mil pela criadora Zuleika Borges Torrealba, proprietária da Cabanha da Maya, Bagé, RS. As médias dos demais produtos apregoados foram: prenhezes por R$ 8.156,00; doses de sêmen por R$ 241,50; embriões por R$ 1 mil e terneiras PO foram valorizadas à média de R$ 12 mil. Nova diretoria da ABA Na ocasião, foi anunciada a nova diretoria da entidade, que tem à frente o mineiro radicado em São Paulo, SP, Paulo de Castro Marques, e também foi realizada a entrega de prêmios dos principais eventos da raça durante o ano de 2010: o Ranking Oficial de Criadores e Expositores da ABA (veja reportagem especial nesta edição), o Prêmio Mérito Genético Luiz Alberto Fries, o 5º Concurso de Carcaças Angus e o 1º Campeonato de Carcaças Angus. Doadores As ofertas do leilão foram doadas pelos estabelecimentos: 3E Agropecuária, Angus Lago Dourado, Cabanha Basca, Cabanha Bons Ventos, Casa Branca Agropastoril, Casa Branca e Luiz Orlando Foz, Estância do Espinilho, Agropecuária Fumaça, Estância Santa Eulália, Cabanha Terra Costa e Rincon del Sarandy, Abs Pecplan, Alta Genetics – Progen, Axelgen, Cabanha Catanduva, Cia Azul, Ciale, CRI, FSL Angus Itu, Select Sires – Semeia, Semex, Solução Genética, Cabanha Terra Costa e Reconquista, Cabanha Umbu e Reconquista Agropecuária. Os presidentes O leilão foi considerado excelente tanto pelo presidente em conclusão de mandato à frente da ABA, Joaquim Mello, como pelo novo presidente eleito da ABA, Paulo de Castro Marques. “A oferta foi pequena no tamanho, mas enorme na qualidade”, avaliou Marques, comparando com a edição de 2009. Já para Joaquim Mello, tanto o pregão quanto a Festa Angus de final de ano representaram o coroamento de êxito de sua gestão à frente da Associação Brasileira de Angus (ABA). Joaquim Mello: Programa Carne Angus é o pilar da raça! Joaquim Mello destacou realizações de sua gestão A o concluir sua gestão à frente da Associação Brasileira de Angus (ABA) no biênio 2009/2010, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello cumpriu a promessa que fez quando assumiu o cargo, de ter como base de seu trabalho e de sua diretoria o total apoio ao Programa Carne Angus Certificada, que sempre considerou “o pilar de sustentação da raça Aberdeen Angus”. Em atividade desde 2003, o Programa Carne Angus Certifica da ABA, através de uma equipe que hoje conta com 19 profissionais, cuida de todo o processo de produção da carne Angus, por meio de um sistema de certificação organizado e de alto nível, que conta com reconhecimento internacional, conferido pela certificadora Ausmeat, desde 2007. “Nosso programa é o único do Brasil a ter uma certificação internacional, mantida através de auditorias periódicas de todo o processo, conferindo credibilidade internacional ao selo da ABA”, reforça Mello. Avanços na Carne Angus Desde o começo de sua gestão, Joaquim Mello estabeleceu diálogo direto com a indústria frigorífica, tomando a frente das negocia- ções e da gestão do Programa Carne Angus Certificada. Como resultado, o Programa Carne Angus apresentou um crescimento de 89% nos abates de animais Angus, devendo fechar 2010 com a marca histórica de 150 mil animais Angus abatidos. Também foi ampliado de oito para 11 o número de unidades frigoríficas certificadas pelo Programa em todo o Brasil, através de novas parcerias como o Frigorífico Silva no RS e da ampliação do trabalho com o Marfrig nos estados do RS e GO, onde, neste último, o Programa de carnes da ABA passa a atuar no mercado, com um parceiro forte, capaz de captar o imenso potencial e aceitação que o cruzamento industrial está tendo naquela importante região. “Os estados de GO, MT e MS são as principais regiões produtoras de bezerros do Brasil e também a região que abriga os maiores confinamentos do País. Os animais meio sangue Angus tem se adaptado muito bem a este sistema de produção e em breve teremos um grande volume de carne Angus certificada sendo produzida na unidade de Mineiros – GO, do Marfrig - onde iniciamos recentemente nosso trabalho de certificação”, destacou dirigente. A comercialização e volumes de carne Angus produzida foram ampliados da mesma forma. Atualmente a Carne Angus é comercializada em seis marcas distintas: Zaffari Angus, Seara Angus, Palatare Angus, Angus da Gruta, VPJ Angus Prime e Best Beef Angus, incluindo cortes in natura, porcionados e até cortes industrializados como o Steak Burguer Angus (da VPJ Beef). “Já são mais de 100 pontos de venda de Carne Angus Certificada em todo o Brasil”, comemorou Joaquim Mello. E o mais significativo para a raça Angus, conforme Mello: “os criadores que participam com o fornecimento de animais Angus ao Programa obtém remuneração de até 16% acima dos valores praticados pelo mercado, além do fato de toda a cadeia Angus estar sendo valorizada, como se pode observar nas feiras de bezerros e ventres, onde neste ano foram registrados sobrepreços na maioria das praças, chegando a 21% nas fêmeas e 14,5% nos machos, citando apenas dois exemplos de feiras promovidas pela ABA”. O cruzamento industrial Angus hoje é a raça/genética mais usada no cruzamento industrial no Brasil. “Estimamos que quatro em cada cinco bezerros nascidos de Cruzamento Industrial (vaca zebu x touro europeu) seja Angus”, enfatiza Joaquim Mello. Este raciocínio, segundo ele, é feito considerando o “market share” do Angus na área da Inseminação Artificial. “Estimamos fechar 2010 superando a marca dos 2 milhões de doses de sêmen vendidas no Brasil”, antecipou, com otimismo, Joaquim Mello. Segundo ele, em 2009 a raça comercializou 1,5 milhões de doses de sêmen em todo o Brasil, atingindo a participação de 80% do mercado de sêmen para cruzamento (leia-se mercado de raças taurinas, preferidas para o cruzamento industrial). “No cômputo total, Angus representa 27% de todo o mercado de inseminação de gado de corte, incluindo nesta conta o rebanho zebuíno”, estimou. O crescimento do Angus em todo o Brasil pode ser notado se olharmos a distribuição nacional da venda recorde de sêmen registrada no ano de 2009. Dos 1,5 milhão de doses, 55% foi comercializada nos estados da região Centro Oeste, principal zona produtora de bezerros do Brasil, 21% na Região Sul, 14% na Região Norte, 8% na região sudeste e 2% na região Nordeste. E no RS, onde a raça é líder de mercado, Angus participa com mais de 50% do sêmen vendido, maior numero de reprodutores e leilões de gado comercial. Mais sócios Paralelamente a essas conquistas, que acabam por proporcionar estabilidade técnica e saúde financeira à entidade, premiando seus associados com orientações e serviços pontuais, a gestão de Joaquim Mello também fez crescer o número de associados da ABA, que atinge na atualidade a invejável marca dos 425 sócios ativos no RS, SC, PR, SP entre outros estados. Também ampliou o patrimônio da entidade, através de uma eficiente gestão financeira e da colaboração de associados e parceria de empresas. Modernização do estande na Expointer Outro ponto de destaque da gestão de Joaquim Mello foi a reforma, a revitalização do Estande Angus no tradicional Pavilhão de Gado de Corte do parque de exposições Assis Brasil, em Esteio, RS, palco da internacional Expointer. “Ampliamos e modernizamos nosso estande e criamos novos espaços, para que a entidade se instale com maior eficiência e para que nossos associados e os amigos da Angus possam contar com um atendimento à altura da importância de nossa raça”, sintetizou o dirigente. O “novo estande Angus” foi apresentado aos associados e ao mercado durante a Expointer 2010, ocasião na qual a ABA inaugurou uma placa onde estão fixadas as marcas das cabanhas e empresas que apoiaram a realização da obra. “A placa de marcas simboliza o apoio financeiro que tivemos daqueles estabelecimentos que ali podem ser visualizados”, reforçou Mello. Compra da sede própria E os filiados à Associação Brasileira de Angus (ABA) já podem expressar todo o seu orgulho porque a entidade já tem uma sede própria, ampla, moderna e estrategicamente localizada na região central da capital gaúcha, Porto Alegre. “Adquirimos e quitamos esta nova sede da Angus em 30 de agosto deste ano. E as reformas para a adequação da estrutura às necessidades da entidade foram recentemente concluídas. Era um sonho antigo de todos os criadores de Angus, que agora se torna real e está no coração da capital do Estado do RS, berço do Angus no Brasil e principal criatório da raça pura no País”, comemorou, com emoção, Joaquim Mello. A nova sede da Angus foi oficialmente inaugurada no dia 1º de dezembro deste 2010, em coquetel que contou com a presença maciça de autoridades, dirigentes do agribusiness brasileiro e, lógico, de criadores, técnicos e investidores que formam o mundo Angus. Dever cumprido “Ao término de dois anos de trabalho, com apoio de uma coesa diretoria, deixo a entidade com um forte alicerce, preparada em todos os sentidos para que o Angus ganhe ainda mais espaço no Brasil e ocupe seu papel fundamental de raça destinada a melhorar a qualidade da carne do País e desta forma valorizar a pecuária nacional”, avaliou, aliado a um forte sentimento do dever cumprido, Joaquim Mello. LEILÃO NOVA ERA Janeiro / Fevereiro de 2011 21 Paulo Marques: “Angus para o Brasil” Durante a festa de final de ano da ABA, o novo presidente eleito da entidade para o biênio 2011/2012 concedeu entrevista coletiva à imprensa nacional. Mineiro de nascimento, mas radicado em São Paulo, SP, Paulo de Castro Marques destacou que pretende trabalhar no sentido proporcionar maior visibilidade à raça Angus em nível nacional. “ Angus se traduz em gado eficiente, produtor da melhor carne do mundo”, saiu dizendo o novo presidente da ABA – o primeiro presidente da entidade de fora do Rio Grande do Sul, desde o seu primeiro presidente, em 1963. “Vamos dar ao Angus a importância que ele merece. Vamos falar e mostrar para todo o Brasil da eficiência desta genética para produção da melhor carne do mundo e sobre a produtividade e a qualidade da raça Aberdeen Angus”, antecipou. Paulo Marques prometeu que seu grupo diretivo também pretende desenvolver um trabalho capaz de valorizar cada vez mais a genética Angus desenvolvida no Brasil em relação à importada, a partir de animais adequados às realidades brasileiras. E de forma sintética, ele prometeu ainda que vai se dedicar à valorização da carne Angus de qualidade. “Vamos levar a todo o mercado e especialmente ao consumidor muita informação nova sobre o que é carne de qualidade e sobre os diferenciais que tornam a carne Angus um produto verda- Paulo Marques: maior visibilidade à raça Angus Leilão Nova Era foi realizado no tradicional Clube Leopoldina Juvenil, Porto Alegre deiramente superior, posição que a Carne Angus já ocupa nos principais mercados internacionais”, resumiu Castro Marques. Um perfil diferenciado Na medicina e na pecuária, Paulo de Castro Marques lança fórmulas de sucesso. Paulo Marques – leia-se Casa Branca Agropastoril, com sede em Fama, MG - está também à frente do quarto maior laboratório do Brasil - a Biolab - e acaba de minimizar a concorrência lançando no mercado um rival para o Botox. É assim também na pecuária, onde ele coleciona títulos e vitórias, resultantes da combinação de três características que se destacam em sua personalidade: visão, ousadia e organização. Paulo Marques já é conhecido no cenário do agronegócio por ter brilhado nas seleções de gados Angus, de Brahman, de Simental, e igualmente exibe medalhas com o sofisticado cavalo Árabe. Está aí uma coisa que leva tempo: a inovação. Na criação de um produto são estimados de 5 a 10 anos, por isso é preciso saber exatamente o potencial daquilo em que se pretende investir. Assim como tempo é dinheiro, criatividade tem quase tudo a ver com a experiência. “Apesar de ser uma jovem indústria farmacêutica, em seus 13 anos, a Biolab carrega a história de mais de meio século de trabalho, iniciado por meu pai (João Marques). Hoje contamos com três unidades na grande São Paulo (uma para pesquisa e duas para produção) e também estamos construindo uma nova unidade de pesquisa em Taboão da Serra”, revelou o agroempresário. O executivo (ou megaempresário) Paulo de Castro Marques dá as cartas num mercado que cresce 13% ao ano, o de medicamentos sob prescrição médica, onde a Biolab cresce anualmente 20%. Na última década ele deu uma guinada nos negócios da Biolab ao investir no desenvolvimento de Fotos: Isadora Lescano/ABA Nova diretoria confraterniza e já programa as ações de 2011 fórmulas inovadoras e nesse primeiro semestre jogou mais um coringa no tabuleiro do mercado e da concorrência. Em parceria com a empresa alemã Merz lançou o Xeomin, a nova geração de toxina botulínica que não necessita de refrigeração no armazenamento. A novidade já amaciou o mercado e tirou as fisionomias de preocupação de muitos médicos e clínicas especializadas, enquanto os concorrentes franzem a testa na convivência com o novo produto. “A Biolab tem uma trajetória marcada pelo investimento em inovação e pesquisa. Estamos apostando em nanotecnologia e entrando em novas áreas de atuação”, revela Paulo, que hoje atua nas áreas cosmética, cardiológica, dermatológica, pediátrica, endocrinológica, ginecológica e orto/ reumatológica. Ainda no final do ano passado, Paulo Marques antecipou os bons tempos para os negócios, ao lançar o protetor solar nanotecnológico Photoprot FPS 100, que adere mais e protege mais a pele. Só neste projeto os investimentos superam os R$ 5 milhões na criação do produto em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E essa é, aliás, uma das políticas da empresa: destinar 7% de seu faturamento à área da inovação. “A Biolab é meu trabalho do diaa-dia e a Casa Branca é o prazer e o negócio pessoal. Estou satisfeito assim e me realizo a cada dia”, confessa ele. Genética Angus rumo ao Brasil Há mais de 10 anos a Casa Branca Agropastoril é a marca desse empreendedor. “Posso dizer que sou pecuarista desde que nasci. Meu contato com o campo começou em Uberlândia no i nício dos anos 70, onde meu pai tinha fazenda produtora de leite. Após este primeiro contato nós retornamos a São Paulo. No final da década de 80 voltamos ao campo quando meu pai comprou uma fazenda no Sul de Minas Gerais. Já nessa época comecei a criar cavalos Árabe. E há mais ou menos uma década parti para a seleção de gado”. Incansável, neste ano Paulo Marques já participou de uma maratona de exposições e na Feicorte veio a realização. Conquistou o grande campeonato nas três raças que cria. No Angus, a rainha da pista foi Electra 49 TE, no Simental o grande campeão foi PWM Infinito e no Brahman a casa Branca fez PWM Dhiphala, filha da Glória FOi, que também reinou na Expozebu. Ao tomar posse à frente da Associação Brasileira de Angus (ABA), ele promete: “vou levar as qualidades da genética Angus para o Brasil. Chegou a hora do Brasil conhecer a fantástica e internacional carne Angus e de usar esta genética desenvolvida aqui no País para o melhoramento das carcaças destinadas ao abate visando a produção de carne de real qualidade”, afirmou. O segredo dessa ascensão é que desde o início ele foi buscar longe exatamente o que queria. “No Angus buscamos as melhores famílias no Canadá, Estados Unidos e Sul do Brasil. Nosso plantel soma 500 cabeças. No Simental tivemos a competência e sorte de começarmos adquirindo o touro Pioneer, um divisor de águas no Simental brasileiro, e posteriormente trouxemos 900 embriões das melhores famílias do Simental da África do Sul. Dessa maneira montamos juntamente com compras de genética nos Estados Unidos e Canadá, o maior banco genético do mundo desta linhagem, com 900 cabeças”, apontou Paulo de Castro Marques. 22 Janeiro / Fevereiro de 2011 LEILÃO NOVA ERA Nunca é demais lembrar que a importância do Troféu Mérito Genético Angus está diretamente ligada ao legado de um dos mais proeminentes geneticistas brasileiros, o Dr. Luiz Alberto Fries. Pioneiro em suas experiências e propostas, Fries, que iniciou suas pesquisas no Rio Grande do Sul, onde esteve ligado à Ufrgs, dedicou toda a sua vida à pesquisa e ao desenvolvimento de sistemas capazes de proporcionar a eficiente avaliação genética de rebanhos bovinos de corte. É por isso que os premiados passam a fazer parte de uma galeria seleta e, exibir este troféu, sem dúvida é motivo de orgulho e a certeza de estar contribuindo para o aprimoramento da raça Angus. Prêmio significativo A GAP Genética, de Uruguaiana, RS, vencedora pela segunda vez do cobiçado Troféu, “foi uma das empresas agropecuárias que sempre acompanhou e estimulou o trabalho de Luiz Alberto Fries”. Este testemunho é do proprietário da GAP, Eduardo Macedo Linhares que, ao lembrar do pesquisador, manifestou o valor e a importância do prêmio recebido. “Este resultado tem um grande significado para a nossa empresa e dignifica em muito os mais de 100 anos de trabalho e dedicação ao setor”, reiterou Eduardo Linhares. Com o mesmo tom se manifestou o segundo colocado. Para Antonio Martins Bastos Filho (leia-se Cabanha São Bibiano, também de Uruguaiana, RS), o prêmio é uma grande honraria para todos que compõem a equipe da São Bibiano. “Significa que estamos no caminho certo e que estamos avançando em Fotos: Isadora Lescano/ABA Troféu Mérito Genético Angus – Luiz Alberto Fries Eduardo Macedo Linhares e Ângela Linhares receberam o prêmio máximo termos de seleção genética”, avaliou Antoninho, como é conhecido no meio. Confira todos os premiados de 2010 1º lugar: Eduardo Macedo Linhares, da GAP Genética, Uruguaiana, RS 2º lugar: Antônio Martins Bastos Filho, da Cabanha São Bibiano, Uruguaiana, RS 3º lugar: Susana Macedo Salvador, da Cia Azul Agropecuária, Uru- guaiana, RS 4º lugar: Fazenda Querência, da Tarumã Agropecuária, Alegrete, RS 5º lugar: Antonino Souza Dorneles, da Estância Olhos D’Água, Alegrete, RS. Premiados no Concurso e no Campeonato de carcaças Durante a festa de confraternização da Associação Brasileira de Angus (ABA), no dia 2 de dezembro de 2010, também foram entregues os prêmios aos vencedores do V Concurso de Carcaças Angus, realizado no dia 3 de setembro, no Marfrig, em Bagé, RS e do I Campeonato de Carcaças Angus, promovido pelo Frigorífico Silva e concluído em 23 de agosto do ano passado Concurso de Carcaças: Joaquim Mello recebeu prêmio de Grande Campeão Macho Angus Definido Categoria Macho Angus Definido - Lote Grande Campeão: Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello – Pelotas, RS Lote Reservado Grande Campeão: Banhado Parceria Agricola e Pecuária – Aceguá, RS Terceiro Melhor Lote: AML Agropecuária – Livramento e Manoel Viana, ambas no RS Categoria Macho Cruza Angus - Lote Grande Campeão: Aloísio Jacinto Cantão – Aceguá, RS Lote Reservado Grande Campeão: Fazenda Pesqueiro – Camaquã, RS Categoria Fêmea Definida - Lote Grande Campeão: Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello – Pelotas, RS Categoria Fêmea Cruza Angus - Lote Grande Campeão: Pulqueria Agropecuária – São Sepé, RS Lote Reservado Grande Campeão: PAP Rolin Acauan - Santana do Livramento, RS Fernando Beber: Grande Campeão Fêmea Cruza Angus Campeonato de Carcaças Campeão - Agropecuária Correa Osório – Santana do Livramento, RS Fernando Osório com o troféu do Campeonato de Carcaças Rodrigo Cestari (d), Fazenda Pesqueiro, recebe prêmio de Joaquim Mello RANKING Janeiro / Fevereiro de 2011 23 Novo Ranking Angus amplia foco Fotos: Isadora Lescano/ABA A Associação Brasileira de Angus (ABA) está constantemente pensando em seus associados, procurando oferecer uma orientação adequada às necessidades do criador e, especialmente, buscando trazê-lo a participar da maioria dos eventos promovidos pela entidade, para a raça. Esta premissa se encaixa perfeitamente quando se fala do Ranking Oficial dos Criadores e Expositores da Raça Angus, nas modalidades Argola e Rústicos. Criado em 2000 com a finalidade de reunir os associados, dar visibilidade e permitir que cada um conheça o que está sendo realizado nas várias cabanhas espalhadas pelo Brasil, o Ranking hoje é uma realidade indispensável. Por Nicolau Balaszov e Eduardo Fehn Teixeira C omo qualquer competição, o Ranking Angus também é gerido por um regulamento específico. E essas regras, com o passar do tempo e a evolução das cabanhas e seus plantéis, precisam passar por modificações e atualizações. Foi o que aconteceu a partir da edição de 2010: alterações importantes que ainda estão em fase de assimilação e adaptação por parte dos criadores. Esta última modificação do regulamento, vigente a partir do ano passado, propicia o aumento da competitividade e da abrangência do Ranking, assim como permite a adesão de um número maior de associados, como forma estimulada de promover a raça. Para Ignacio Tellechea, então diretor de Núcleos da gestão de Joaquim Mello na ABA (2009/2010) e um dos idealizadores do “novo regulamento”, a atualização se justificou diante de uma realidade em que a raça, os criadores e as exposições evoluíram significativamente nos últimos dez anos. “O Ranking sempre foi uma ferramenta interessante e que começou devagar e, à medida que o tempo foi passando, ganhou cada vez mais força, trazendo novos criadores para as exposições”, diz Tellechea, ao explicar que as mudanças foram necessárias devido ao fato de que a competição começou pequena e hoje já cresceu bastante. Ao mesmo tempo, também ficou claro que nos moldes em que a regulamentação vinha sendo aplicada, as competições menores foram perdendo importância. “Isso exigiu uma ação imediata capaz de dar maior vigor aos núcleos, tão importantes ao fortalecimento da raça e, por este motivo, uma outra motivação deste trabalho foi o de resgatar essas exposições”, destaca o dirigente. À primeira vista, as mudanças podem trazer pequenas dificuldades para o seu entendimento, mas a ABA disponibiliza em seu site (www.angus. org.br) todo material oficial e ainda oferece orientação e esclarecimentos aos associados. Como toda novidade, esta não poderia ser diferente. “Dúvidas e incertezas serão resolvidas com a prática”. estimularam um número bem maior de participantes, principalmente com a criação do Ranking Regional”, avalia a selecionadora. Ela acredita que este tipo de competição permite o fomento da raça e se constitui numa ferramenta para que o criador mostre o trabalho realizado dentro de sua propriedade. Cláudia fez questão de ressaltar que o resultado obtido por sua cabanha se deveu à dedicação e à incansável ação dos seus filhos e colaboradores. Há aproximados 20 anos a Cabanha Corticeira, localizada em São Borja, RS, investe firmemente na raça Angus e o seu proprietário, Luis Anselmo Cassol, 3º colocado no Ranking Modificações no Ranking não foram totalmente absorvidas, mas trouxeram mais criadores para o âmbito dos premiados “Neste primeiro ano - o que já era esperado - ainda não conseguimos perceber com clareza a repercussão das novas regras. Mas com o desenrolar das competições, os criadores questionavam o porquê disso, o porquê daquilo e, cada um a seu modo, foi entendendo os detalhes do novo regulamento”, reconhece Tellechea. Os criadores Na opinião de Cláudia Indarte Silva, à frente da Cabanha Rincón Del Sarandy, de Uruguaiana, RS, campeã do Ranking Nacional de Criadores e de Expositores de Argola em 2010, as alterações no Ranking foram realizadas no momento certo. “Acho que as modificações viabilizaram e Jorge de Lara , Campeão da Regional de Rústicos da Região Leste do RS Nacional de Criadores de Argola, em 2010, diz-se muito satisfeito com o desempenho dos seus animais. “Na época em que resolvi investir nesta raça ainda não estávamos no estágio de seu desenvolvimento como se vê hoje”, reconhece o produtor que, ao mesmo tempo, entende ser o Ranking um fator de estímulo para a manutenção e até o aprimoramento dos plantéis existentes no País. Quanto à regulamentação, o cabanheiro percebeu que os criadores não absorveram inteiramente as novas regras. “Ainda não tomei contato mais direto com as mudanças, o que sei é que ainda precisamos nos adaptar ao que foi definido e espero que em 2011, todos estejam informados e cientes dos Cláudia Silva e os filhos Martin e Ignacio, com o troféu máximo do Ranking - Argola detalhes das regras”, conclui. No caso do criador Jorge de Lara, da Estância Chalé, em Cachoeira do Sul, premiado como campeão do Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Leste do RS, os novos ditames do regulamento foram bem assimilados, mas outros companheiros de lida, principalmente os iniciantes, fizeram muitos contatos para esclarecer as dúvidas que ainda persistiam. “Trato a raça há mais de 40 anos e tenho um gosto enorme em realizar este trabalho e não tive maiores dificuldades com o novo regulamento do Ranking, graças à experiência e o contato diário. Mas o pessoal, ao saber do resultado que havíamos conquistado, imediatamente começou a me procurar, buscando informações sobre o regulamento e, ao mesmo tempo, querendo conhecer o trabalho que desenvolvemos na estância”, conta o cabanheiro. A receita, segundo Lara, não depende exclusivamente da genética. “Os animais atingem o seu peso ideal e ganham os contornos exigidos com comida, em segundo lugar com comida e em terceiro, com boa comida”, enfatiza, com seu bom humor, o selecionador. Justificável entusiasmo pela conquista, ele explica que o atual Ranking Parceria Corticeira e GB Agropecuária foi segunda no Ranking de Argola - Expositor abre espaço para que os novos criadores ganhem visibilidade, comparem seus trabalhos com os dos demais e tornem a raça ainda mais forte, avançando sempre. “Recentemente conheci quase todo o pampa argentino e o que pude ver é o predomínio da raça Angus num percentual superior a 70%, e a tendência é aumentar ainda mais o número de cabanheiros. Fato que serve de exemplo e permite entender que vamos continuar crescendo”, estima. Ao final da entrevista, Lara afiançou o acerto pelas alterações propostas pela ABA. José Filippon, proprietário da Estância Ponche Verde, localizada em Guaraniaçu, PR, recebeu o título de Campeão do Ranking Regional de Expositores e de Criadores de Argola do Paraná e declarou que este resultado foi o coroamento de um trabalho de 10 anos. “Durante este tempo todo estivemos focados inteiramente na criação de bons animais, com um biótipo que garantisse o que todos buscam: a qualidade superior da carcaça e a padronização da raça”, apontou Filippon. Ele explicou que a competição regionalizada, especialmente no Paraná, é bastante acirrada, o que valoriza ainda mais o título. “Somos poucos criadores aqui no Paraná e sei que todos saíram ganhando e vamos continuar no mesmo trilho”, disse. Quanto às modificações efetivadas no Ranking, o criador as considerou ótimas e, no seu entendimento, a distinção da pontuação de forma regional e nacional é o principal destaque. “Estas mudanças foram “uma grande jogada”. Elas oferecem a possibilidade de mais gente participar, valoriza os criadores regionais e os novos investidores do setor e garante uma economia maior, sem que haja deslocamentos muito grandes e caros”, elenca Filippon ao acreditar que a modernização do regulamento também representa uma ferramenta de marketing do produto Angus que, depois disso ganhou ainda mais visibilidade. 24 N RANKING Janeiro / Fevereiro de 2011 Informações gerais sobre o novo Ranking um breve resumo sobre as novas regras é importante destacar que o Ranking Oficial dos Criadores e Expositores da Raça Angus passa a ser dividido em um evento nacional e sete regionais, cada um deles com as modalidades Argola (ainda dividida em criadores e expositores) e Rústicos (somente expositores), totalizando um máximo de 24 contagens de pontos paralelas. Sendo que, cada uma das sete regiões (ver quadro 1) é formada pela área de abrangência dos núcleos que dela fazem parte. Na modalidade Argola, o ranking nacional será composto pelas cinco exposições: Emapa (Avaré, SP – março), Expolondrina (Londrina, PR - abril), Expoutono (Uruguaiana, RS - maio), Feicorte (São Paulo, SP – junho) e Expointer (Esteio, RS – setembro). A modalidade Rústicos será formada pela Exposição Nacional de Rústicos e por todas as outras exposições oficiais com 30 ou mais trios em julgamento. Nas exposições ranqueadas poderão concorrer, na modalidade Argola, exclusivamente animais Puros de Origem (PO), enquanto na modalidade Rústicos, poderão concorrer animais PO e Puros por Cruza (PC), os quais serão julgados separadamente. É importante mencionar que cada animal pode participar de somente uma modalidade em cada ano. Padrão da raça De modo geral, o criador também deve estar atento ao padrão exigido para a apresentação dos animais nas exposições, quer na questão ligada ao standard da raça, bem como nos aspectos funcionais. Outra questão importante é o temperamento dos animais deve ser ativo, mas não agressivo, com movimentação ágil, demonstrando a correta formação óssea e muscular. Para facilitar ainda mais a pre- As regiões do novo Ranking sença de seus associados nas pistas de julgamento, a ABA implantou software específico para exposições e para antender o novo Ranking. Uma das inovações, destaca a gerente da ABA, Juliana Brunelli, é que a partir de agora o criador poderá fazer suas inscrições diretamente pelo site da ABA, uma ferramenta que tornará mais dinâmico todo o processo de inscrições, evitando possíveis transtornos no envio da documentação de inscrições para a Associação. Fotos: Isadora Lescano/ABA Região 1 Oeste do Rio Grande do Sul: formada pelo Núcleo Angus Três Fronteiras (Uruguaiana), Núcleo de Criadores de Angus de Quaraí, Núcleo Itaquiense de Criadores de Angus, Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de Alegrete e Núcleo de Criadores de Angus de Santana do Livramento. Região 2 Sul do Rio Grande do Sul: formada pelo Núcleo Sudeste de Criadores de Angus (Pelotas), Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de Dom Pedrito e Núcleo Regional de Criadores de Aberdeen Angus de Bagé. Região 3 Leste do Rio Grande do Sul: formada pelo Núcleo Centro Angus (Cachoeira do Sul), Núcleo Centro-Litorâneo dos Criadores de Aberdeen Angus (Porto Alegre) e Núcleo Serrano de Criadores de Angus (Vacaria). Região 4 Norte do Rio Grande do Sul: formada pelo Núcleo Central de Angus (Santa Maria), Núcleo Centro Oeste de Criadores de Angus (Santiago), Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de São Borja e Núcleo de Criadores de Angus do Planalto Médio (Tupanciretã). Parceria Rotta Assis e Estância Tradição - Expositor Rústicos Região 5 Estado de Santa Catarina: formada pelo Núcleo Catarinense de Criadores de Angus (Lages). Região 6 Estado do Paraná: formada pelo Núcleo de Criadores de Angus do Oeste do Paraná (Cascavel), Núcleo Paranaense de Criadores de Aberdeen Angus (Londrina) e Núcleo de Criadores de Angus dos Campos Gerais (Ponta Grossa). Região 7 Estado de São Paulo: formada pelo Núcleo de Criadores de Angus de São Paulo. EXPOSIÇÕES RANQUEADAS ARGOLA Exposição Data Estado Animais Exp. Jurado Uruguaiana Primavera Outubro RS 35 9 Frederico Sastre S.J. do Rio Preto Outubro SP 109 13 Willian Koury Cascavel Novembro PR 57 9 Marco Berruti Angelo Bastos Tellechea: Campeão do Ranking Regional de Expositores e Criadores de Argola da Região Oeste do RS EXPOSIÇÕES RANQUEADAS RÚSTICOS Exposições Rústicos Data Estado M PO F PO M PC F PC Exp. Jurado Total Animais Bagé Out RS 27 03 - 03 05 Felipe Moura / Ricardo Kalil 33 Alegrete Out RS 36 24 42 18 09 José Carlos Guasso 120 São Francisco de Assis Out RS 15 09 12 18 03 Átila Dorneles 54 Livramento Out RS 33 09 06 06 06 Angela Linhares 54 Cachoeira do Sul Out RS 24 03 36 15 08 Joal Brazalle Leal 76 Dom Pedrito Out RS 06 - 33 - 04 Fernando Velloso 39 Santa Vitória Palmar Nov RS 06 09 54 30 06 Héctor Bonomi 99 Rio Grande Nov RS 09 18 36 27 07 Antônio M. Bastos Neto 90 Vice Campeão do Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, Carlos Inácio Talavera Campos EXPOSIÇÕES Janeiro / Fevereiro de 2011 25 26 RANKING Janeiro / Fevereiro de 2011 Todos os vencedores do Ranking Angus 2010 A entrega dos prêmios dos Rankings Nacional e Regional, nas categorias Argola e Rústicos, foi um dos pontos altos da festa de confraternização e encerramento de ano da Associação Brasileira de Angus (ABA), no dia 2 de dezembro, na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, RS. A décima edição do Ranking Angus demarcou um novo expediente para os participantes, permitindo que um número maior de criadores e expositores participassem dos julgamentos e tivessem reconhecido, de forma regionalizada ou nacional, da dedicação que vem tendo para manter a raça no topo. As alterações significativas realizadas em 2010, quando a meta foi a de aumentar a competitividade e a abrangência da competição, culminaram numa maior adesão de associados. Resultado? Sucesso! Ao ser questionada quanto às modificações, a campeã do Ranking Nacional de Criadores e de Expositores de Argola, Cláudia Indarte Silva, da Cabanha Rincón Del Sarandy, de Uruguaiana, RS, mostrou-se muito satisfeita, alegando que agora mais gente está participando e tendo seu trabalho reconhecido, seja em âmbito nacional ou regional. Ela acredita que o mais importante dentro de um plantel é a busca constante pela padronização dos animais, o que viabiliza um trabalho mais seguro na escolha das características necessárias, resultando em um produto com maior consistência genética e mais adequado às exigências do mercado. Os premiados Góia Cairoli recebeu os prêmios da Reconquista Agropecuária Campeã do Ranking Nacional de Criadores e de Expositores de Argola, Cláudia Indarte Silva, da Cabanha Rincón Del Sarandy, de Uruguaiana, RS. Vice Campeão do Ranking Nacional de Criadores de Argola e 3º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Argola, José Paulo Dornelles Cairoli, da Reconquista Agropecuária Ltda., Alegrete, RS. Vice Campeões do Ranking Nacional de Expositores de Argola, Luis Anselmo Cassol e Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno, com parceria das Cabanhas da Corticeira e GB Agropecuária, São Borja, RS e Porecatu, PR. 3º lugar no Ranking Nacional de Criadores de Argola, Luis Anselmo Cassol, da Cabanha da Corticeira, São Borja, RS. 4º lugar no Ranking Nacional de Criadores de Argola e 5º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Argola, Antônio Maciel Neto, da FSL Angus Itu, Itú, SP. 4º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Argola e 5º lugar no Ranking Nacional de Criadores de Argola, Eloy Tuffi, da Fazenda MC, Espírito Santo do Pinhal, SP. Campeã do Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, com parcerias da Rotta Assis e Estância Tradição, Santa Vitória do Palmar, RS. Vice Campeão do Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, Carlos Inácio Talavera Campos, da Agropecuária Albardão, Santa Vitória do Palmar, RS. 3º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, Sérgio Tessaro, da Cabanha Santa Amábile, Pelotas, RS. 4º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello, da Estância Santa Eulália, Pelotas, RS. 5º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos, Helena Rodrigues Rotta, da Estância Santa Amélia, Santa Vitória do Palmar, RS. Campeão do Ranking Regional de Expositores e Criadores de Argola da Região Oeste do RS, Angelo Bastos Tellechea, da Cabanha Umbu, Uruguaiana, RS. Vice Campeão do Ranking Regional de Criadores de Argola e 3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola da Região Oeste do RS, João Vieira de Macedo Neto, da Cabanha Azul, Uruguaiana, RS. Vice Campeão do Ranking Regional de Expositores de Argola e 5º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Oeste do RS, Antonino Souza Dorneles, da Estância Olhos D’Água, Alegrete, RS. 3º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola e 5º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola da Região Oeste do RS, Susana Macedo Salvador, da Cia Azul Agropecuária, Alegrete, RS. 4º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Oeste do RS, Antonino Souza Dorneles e Átila e Ximena Dorneles, da Estância Olhos D’Água, Alegrete, RS. 4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola da Região Oeste do RS, Lila Franco Tellechea, da Cabanha Paineiras, Uruguaiana, RS. Campeã do Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Oeste do RS, Fazenda Querência, da Tarumã Agropecuária, Alegrete, RS. Vice Campeão do Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Oeste do RS, Ricardo Macedo Gregory, da Estância da Barragem, Barra do Quaraí, RS. Campeões do Ranking Regional de Expositores e de Criadores de Argola da Região Leste do RS, Mauricio e Fernando Lampert Weiand, da Cabanha Maufer, Cruzeiro do Sul, RS. Vice Campeão do Ranking Regional de Expositores e de Criadores de Argola da Região Leste do RS, Jandir Ribas, da Cabanha Castelo, Osório, RS. 3º lugar no Ranking Regional de Expositores e de Criadores de Argola da Região Leste do RS, Lindo Cristaldo, da Cabanha M3K, Viamão, RS. 4º lugar no Ranking Regional de Expositores e o 5º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Leste do RS, Irani Bertolini, da Fazenda Bertolini, Minas do Leão, RS. 4º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Leste do RS, Fábio Luiz Gomes, da Cabanha Catanduva, Cachoeira do Sul, RS. 5º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola da Região Leste do RS, Milton Machado de Souza, da Temil Agropecuária, da GB Agropecuária, Porecatu, PR. Campeão do Ranking Regional Tapes, RS. Campeão do Ranking Regional de de Expositores de Argola de São PauExpositores de Rústicos da Região Les- lo e 3º lugar no Ranking Regional de te do RS, Jorge de Lara, da Estância Criadores de Argola de São Paulo, Eloy Tuffi, da Fazenda MC, Espírito Chalé, Cachoeira do Sul, RS. Vice Campeão do Ranking Re- Santo do Pinhal, SP. Campeão do Ranking Regional gional de Expositores de Rústicos da Região Leste do RS, Angelo Do- de Criadores de Argola de São Paulo, mingos Zanela, da Cabanha Umbu, Valdomiro Poliselli Jr., da VPJ Pecuária, Jaguariúna, SP. Cachoeira do Sul, RS. Vice Campeão do Ranking Re3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Les- gional de Criadores de Argola de São te do RS, Ruben Cesar Prates Kury, Paulo, Antônio Maciel Neto, da FSL da Cabanha Boca Negra, Cachoeira Angus Itu, Itú, SP. Vice Campeão do Ranking Redo Sul, RS. 4º lugar no Ranking Regional de gional de Expositores e o 4º lugar no Expositores de Rústicos da Região Ranking Regional de Criadores de Leste do RS, Luiz Henrique Sesti, da Argola de São Paulo, Elio Sacco, da Cabanha Seival Del Toro, Cachoeira Agropecuária Fumaça, Paranapanema, SP. do Sul, RS. 3º lugar no Ranking Regional de 5º lugar no Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Expositores de Argola de São Paulo, Leste do RS, Carla Sandra Staiger Celso Guazzo, da Angus Lago DouSchneider, da Cabanha Santa Bár- rado, Pirajú, SP. 4º lugar no Ranking Regional de bara, São Jerônimo, RS. Campeão do Ranking Regional de Expositores de Argola de São Paulo, Expositores e de Criadores de Argola Luiz Henrique Campana Rodrigues, do Paraná, José Filippon, da Estância da HR Agropecuária, Pontalinda, SP. Ponche Verde, Guaraniaçu, PR. 5º lugar no Ranking Regional de Vice campeão do Ranking Regional de Expositores e de Criado- Expositores e de Criadores de Argola res de Argola do Paraná, Antonio de São Paulo, Paulo de Castro MarZancanaro, da Fazenda Rio da Paz, ques, da Casa Branca Agropastoril, Fama, MG. Cascavel, PR. 3º lugar no Fotos: Isadora Lescano/ABA Ranking Regional de Criadores de Argola do Paraná e 4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola do Paraná, Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno, da GB Agropecuária, Porecatu, PR. 3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola do Paraná, Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno e Ivan Fazenda Querência, Campeã do Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região Oeste do RS Magalhães Siqueira, RELATÓRIO ANUAL Janeiro / Fevereiro de 2011 27 RELATÓRIO ANUAL 2010 Prezado Associado: Durante o ano de 2010 foram realizadas pela ABA diversas atividades com o intuito de obter o crescimento, divulgação e fortalecimento da raça Aberdeen Angus no cenário da pecuária nacional. Para concretizar estas atividades foi indispensável contar com a sua parceria e comprometimento em prol da raça, por isto, apresentamos este relatório que busca, de forma sucinta, descrever as ações desenvolvidas durante o ano. criadores. Atividades 2010: • Lançamento Sumário de Touros Angus 2010: - Lançamento durante Expointer - Distribuído para todos os associados e interessados CONSELHO TÉCNICO MEMBROS CONSELHO TÉCNICO Susana Salvador - Presidente Luis Alberto Müller Luis Felipe Ferreira da Costa Filho Sérgio Tellechea Amilton Cardoso Elias – Representante ANC Antonio Martins Bastos Filho Antonio Martins Bastos Neto CORPO TÉCNICO Antônio Francisco Chaves Neto- Arapongas, PR Dimas Corrêa Rocha- Porto Alegre, RS Fernando Furtado Velloso- Porto Alegre, RS Flávio Montenegro Alves- Alegrete, RS Ivan Pedro Verdi Guazzelli- Vacaria, RS Joel Rocha Scroferneker- Cachoeira do Sul, RS José Carlos Guasso- Santa Maria, RS Josemin de Lima Guerreiro- São Borja, RS Luiz Sérgio Santos de Faria- Pelotas, RS Luiz Walter Leal Ribeiro- Santana do Livramento, RS Pedro Adair Fagundes dos Santos- Osório, RS Rednilson Morelli Goes- São José do Rio Preto, SP Renato Pinto Paiva- Uruguaiana, RS Tito Mondadori - Promissão, SP Fabio Azeredo – Bagé, RS Aristorides Tadeu Ribeiro de Melo- Lages, SC Registros PO PC TOTAL no animais 6.134 12.796 18.930 Fonte: ANC Herd Book Collares – contabilizados até 31/10/2010 Atividades do Conselho Técnico O Conselho Técnico em conjunto com o Corpo Técnico e criadores desenvolveram várias atividades neste ano. As principais foram: REUNIÃO ANUAL CORPO TÉCNICO Participantes Técnicos da ABA e Conselho Técnico Objetivo Integração ANC e Técnicos Recadastramento anual dos técnicos, reciclagem técnica, atualização dos regulamentos e avaliação do desempenho técnico Data 26 e 27 de Abril Local Bagé, RS PROGRAMA CARNE ANGUS CERTIFICADA CORPO TÉCNICO REUNIÕES TÉCNICAS 22/03 Juliana Brunelli de Moraes Gerente ABA Fábio Schuler Medeiros Subgerente – ABA - Carne Angus Coordenação Técnica 28/05 28/05 Ana Doralina Meneses Supervisora – Frig. Marfrig/RS Maychel Borges Supervisor Frig. Marfrig/GO Daiane Flores Supervisora – Frig. Silva/RS Ana Paula Messas Supervisora – Marfrig/SP Angélica Simone Pereira Certificadora VPJBEEF – Pirassununga Carlos Eduardo Velasco Certificador VPJBEEF – Goianira João Souza Certificador – Bagé Maria da Graça Calegaro Certificadora – Bagé Silvia Andrea da Silva Certificadora – Alegrete Thiovanni Viana Certificador – Alegrete Richard Pereira Certificador – Pelotas Cristian Xavier Certificador - Pelotas Atividade Data Reunião Conselho Técnico Reunião Comitê de Melhoramento Genético Reunião Conselho Técnico CIRCULARES TÉCNICAS Circular Assunto 01/2010 Para participação no Relatório de Recursos Genéticos (o qual gera informação dos animais que deverão receber a dupla marca), os criadores deverão realizar tanto a avaliação dos machos quanto das fêmeas em seus rebanhos. • Curso de Capacitação de Avaliadores – PROMEBO/Angus - Data : 19 e 20/11 - 29 alunos - Objetivos: Capacitação e padronização de critérios de avaliações genéticas • Prêmio para animal com melhor desempenho no Melhoramento Genético - Critérios Exposições de Rústicos com mais de 60 animais Animais com melhor índice - Objetivo Promoção da avaliação genética - Exposições: Exposição Nacional Rústicos Expointer Alegrete • Prêmio Mérito Genético Luiz Alberto Fries – Angus 2010 - Objetivo Identificar e valorizar os rebanhos participantes do PROMEBO que estão empenhados em realizar melhoramento genético continuamente no seu rebanho Avaliação realizada pelo PROMEBO – GENSYS Entrega do prêmio com o apoio da PROGEN – realizada durante o VII NOVA ERA Divulgação Abril/10 PÁGINAS Conselho Técnico no ANGUS@NEWS Foram divulgadas nas cinco edições anuais do jornal Angus@newS importantes informações aos criadores referentes ao trabalho e às atividades do CT, e orientações aos criadores nas áreas de registros genealógico, melhoramento genético, seleção de reprodutores e etc. PRINCIPAIS AÇÕES DO CONSELHO TÉCNICO • Convênio Técnico Promocional Associação Argentina de Angus • Reunião Anual dos Técnicos – Abril, Bagé/RS • I Curso de Cabanheiro – realizado durante a Expointer • Curso Jurado Jovem – realizado durante a Expointer • Convênio de Cooperação Técnica Embrapa Pecuária Sul • Teste de Avaliação a Campo de Touros • Teste de Touros – CRV Lagoa • Programa Primeira Visita Técnica Melhoramento Genético Angus A Associação Brasileira de Angus acredita e investe sempre, no melhoramento genético da raça Aberdeen Angus. Para auxiliar o Conselho Técnico a fomentar, divulgar e incrementar os programas de melhoramentos propostos para a ABA, foi criado no ano de 2006 o “Comitê de Melhoramento Genético Angus”, auxiliando na difusão, no tratamento de falhas e na introdução de novas tecnologias, trabalhando junto ao PROMEBO. Jonas Ferrari Maximila Certificador – Pelotas Suelen Rodrigues Certificadora São Gabriel Jean Dias Certificador São Gabriel Luis Fernando Stefene Certificador – Santa Maria Francieli Diniz Certificadora - Promissão Rafael Brasil Certificador – Herval FRIGORÍFICOS CERTIFICADOS Atualmente, o Programa Carne Angus mantém parceria para certificação com quatro enpresas: Marfrig Group (RS, SP e GO), Frigorífico Silva, VPJBEEF e Frigorífico Nossa Senhora da Gruta. Concluímos o ano de 2010 com atuação em um total de 11 unidades frigoríficas localizadas nos estados do RS, SP e GO, com grande abrangência na captação de animais. Foram mais de 135 mil animais Angus abatidos nas unidades com certificação da Carne Angus no ano de 2010, um crescimento de 70% no volume de animais. Foram também ampliadas as Bonificações ao produtor, que atualmente podem alcançar até 10% de sobrepreço, combinando características de idade, raça, peso de carcaça e rastreabilidade. MEMBROS COMITTÊ DE MELHORAMENTO GENÉTICO - Susana Macedo Salvador - Presidente do Comitê - Ângela Linhares - GAP Genética - Jorge Flores - Cabanha Flores - Leonardo Campos - PROMEBO - Mario Luiz Piccoli - Gensys - Luiz Alberto Muller - Membro Conselho Técnico - Angelo Bastos Tellechea - Cabanha Umbu - Jose Roberto P.Weber - Estância Sta. Thereza PROMEBO – 2010 – (Programa Melhoramento de Bovinos de Carne) A avaliação genética da raça angus é realizada pelo Promebo, serviço disponibilizado pela ANC a todos os COMERCIALIZAÇÃO Este foi um dos pontos de maior evolução no Programa Carne Angus em 2010. Atualmente, a Carne Angus é 28 RELATÓRIO ANUAL Janeiro / Fevereiro de 2011 comercializada em mais de 20 lojas da rede Zaffari e chega a mais de 100 pontos de comercialização entre redes de hotéis, boutiques, supermercados e restaurantes na região sudeste e nordeste do Brasil. O volume de carne Angus comercializado cresceu 40% em 2010. Contamos hoje com 6 marcas comerciais abaixo listadas: Apresentamos as principais atividades realizadas neste ano: Atividade Data Local Remate de Produção PAP Villamil de Castro Abril Dom Pedrito Leilão Influência Abril Pelotas 36° Feira Oficial de Terneiros Abril Bagé Condomínio Sylvio Scalzilli Maio Dom Pedrito Condomínio Sylvio Scalzilli Maio Dom Pedrito VIII Feira de terneiros - FENASUL Maio Esteio CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL A ABA vem mantendo desde 2007, através de auditorias periódicas, o status de Acreditação Internacional através da AUSQUAL/AUSMEAT, sendo hoje o único programa de carnes do Brasil a contar com reconhecimento internacional. Este trabalho confere credibilidade e padronização aos processos de certificação da ABA que acompanha através de inspetores próprios, segundo um sistema de gestão pela qualidade organizado em padrão internacional, desde a chegada dos animais a industria, até a embalagem final. PRINCIPAIS ATIVIDADES período Data Atividade Local 10 e 11/03 Encontro de Confinadores Scot Consultoria Jaboticabal – SP 31/03 07 a 09 /04 Palestra – Sindicato Rural - Santo Antônio das Missões EXPOLONDRINA - Julgamento de Novilhos - Abate Técnico - Palestras – Seminário Emater participantes Pauta Diretoria Metas para 2010, Regulamento Ranking 2010, Resultado Financeiro 2009, Exposição de Avaré e Nacional de Rústicos, Leilão Nova Era, Programa Carne Angus e Departamento Técnico. FEVEREIRO Diretoria Orçamento 2010, Organograma Funcional da entidade, Leilões Chancelados – 1º semestre, Encontro com a Imprensa, Exposições, Ranking 2010 e Programa Carne Angus. ABRIL DIRETORIA Demonstração de Resultados: Jan e Abril, Expointer 2010 (Programação, Valores Inscrições, leilões), Convênio Técnico Promocional com a Argentina. MAIO DIRETORIA Leilões Chancelados, Exposições: Feicorte e Expointer, Ranking, FEBRAC, Leilão Nova Era e Programa Carne Angus Certificada. JUNHO Diretoria Sucessão Diretoria, Relatório Financeiro até maio, Marketing - Caderno Especial Angus no Correio do Povo, Departamento Técnico – Teste de Touros CRV Lagoa e Embrapa, teste de Progênie e Credenciamento de Técnicos. JULHO Diretoria Leilões Chancelados, Reforma do Estande de Esteio, Expointer – fechamento de Inscrições, Patrocinadores, Departamento Técnico – Teste de Progênie. setembro DIRETORIA Avaliação Expointer, Nova Sede ABA, Nova Era 2010, Leilões Chancelados, Programa Carne Angus – Encontro de Produtores. DIRETORIA Leilão Nova Era e Festa de Confraternização – programação do evento e Programa Carne Angus Certificada – Eventos realizados até o período e Demonstração de Resultados. Janeiro Santo Antonio das Missões – RS Londrina - PR 16/04 Atividade Núcleo de São Borja São Borja – RS 11/05 Lançamento Feira da Novilha – Farsul Porto Alegre – RS 24/05 Palestra - Semana Acadêmica UFRGS Porto Alegre – RS 27/05 Feira do Terneiro Angus Certificado Esteio – RS 14 a 17/06 Estande Carne Angus – Feicorte São Paulo – SP 23/08 Campeonato de Carcaças – Frigorífico Silva – FINAL Santa Maria – RS 28/08 a 03/09 EXPOINTER -Vitrine da Carne Gaúcha -Restaurante Angus -Degustação Carne Angus -Workshop Carne Angus - Curso Jurados Jovens Esteio – RS 04/09 Feira da Novilha Angus Selecionada Esteio – RS 23/09 V Concurso de Carcaças Angus Bagé - RS 24/09 VI Encontro de Produtores Carne Angus Bagé – RS 25/09 Dia de Campo – VI Encontro de Produtores Aceguá - UY 27/09 Atividade Núcleo Santanense de Angus Santana do Livramento – RS 12/10 Palestra – Remate Santa Cecília Santiago – RS 19/10 Palestra – Semana Acadêmica – UNIMAR Marília – SP DESGUSTAÇÕES DE CARNE ANGUS Foram realizadas uma série de atividades de degustação e promoção da carne Angus a diferentes públicos no ano de 2010. Além das tradicionais atividades focadas na imprensa especializada do meio rural, através dos “Almoços com a Imprensa”, ação realizada semestralmente pela ABA e das ações do restaurante Angus, foram também realizadas ações na Expointer junto ao Workshop da Carne Angus e da Vitrine da Carne Gaúcha. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS Buscando maior aproximação com técnicos atuantes no setor e produtores de diferentes regiões, o Programa Carne Angus esteve presente nas principais feiras agropecuárias do país – Avaré, Expo-Londrina, Feicorte, Expointer e participou com estande na III Conferencia Internacional de Confinadores 2010 (GO), Encontro de Confinadores da Scot Consultoria – Jaboticabal SP, além de palestras e ações regionais de núcleos de produtores e autarquias como a EMATER. MARKETING CARNE ANGUS Foram elaborados novos materiais, anúncios em jornais e revistas e ampliadas a promoção de atividades comerciais como feiras de ventres e terneiros. Por mais um ano, realizamos ações com as centrais de inseminação, para divulgação do Programa Carne Angus em seus catálogos de sêmen. Disponibilizamos na Internet, através de nosso site, um vídeo promocional da Carne Angus, que descreve todo o processo de certificação e qualidade da carne. Além disso, o Programa participou mais uma vez de uma importante ação da FARSUL chamada Vitrine da Carne Gaúcha, apresentando seções de desossa AO VIVO das marcas de carne Angus Certificada produzidos no Rio Grande do Sul, a um grande público durante a Expointer 2010. Neste ano, também inovamos apoiando a Sociadade Rural do Paraná em um julgamento de carcaças de Novilhos de cruzamento – multi-raças, que teve por objetivo estimular a utilização do Cruzamento Industrial no estado do Paraná TERNEIRO ANGUS CERTIFICADO REUNIÕES OUTUBRO NOVOS ASSOCIADOS: TOTAL: 28 sócios RS 20 SP 1 PR 4 SC 2 PA 1 Distribuição por localidade ALTERAÇÃO NO QUADRO FUNCIONAL Para melhor atender o associado, suprir as demandas e dinamizar o trabalho da Associação, o quadro funcional passou por algumas adequações: Dezembro/2010: A Srta. Franciele Saez foi contratada para função de Auxiliar Financeira da ABA. EXPOSIÇÕES EXPOSIÇÕES Foram promovidas 12 Exposições Ranqueadas de Argola e 11 Exposições de Rústicos, com o suporte técnico, coordenação e organização da Associação e dos Núcleos regionais de criadores. EXPOSIÇÕES ARGOLA Exposição Data Estado Animais Exp. Jurado Avaré Itapetininga Março Abril SP SP 146 74 22 10 Cristopher Filippon Fernando Velloso Londrina Abril PR 130 24 Renato Paiva Uruguaiana Maio RS 140 20 Norman Catto Outono Angus Show Maio RS 46 10 Renato Paiva Feicorte 10ª Nacional de Argola Junho SP 176 26 Roberto Vilhena Araçatuba Julho SP 70 11 Antônio Chaves Expoguá Agosto PR 27 6 Fernando Velloso Expointer Agosto RS 194 52 Flávio Alves Uruguaiana Primavera Outubro RS 35 9 Frederico Sastre S.J. do Rio Preto Outubro SP 109 13 Willian Koury Cascavel Novembro PR 57 9 Marco Berruti RELATÓRIO ANUAL EXPOSIÇÕES RÚSTICOS (A CAMPO) Exposições Rústicos Data Estado M PO F PO M PC F Exp. PC Jurado Total Animais Uruguaiana outono Mai RS 18 15 - 09 05 Norman Catto 47 Expointer Ago RS 24 12 21 06 14 Flávio Alves 63 Pelotas 3ª Nacional de Rústicos Out RS 30 39 63 39 15 Ricardo Gregory 171 Bagé Out RS 27 03 - 03 05 Felipe Moura Ricardo Kalil 33 Alegrete Out RS 36 24 42 18 09 José Carlos Guasso 120 São Francisco de Assis Out RS 15 09 12 18 03 Átila Dorneles 54 Livramento Out RS 33 09 06 06 06 Angela Linhares 54 Cachoeira do Sul Out RS 24 03 36 15 08 Joal Brazalle Leal 76 Dom Pedrito Out RS 06 - 33 - 04 Fernando Velloso 39 Santa Vitória Palmar Nov RS 06 09 54 30 06 Héctor Bonomi 99 Rio Grande Nov RS 09 18 36 27 07 Antônio M. Bastos Neto 90 Janeiro / Fevereiro de 2011 29 - Caderno Especial Angus nno jornal Correio do Povo, RS - Materiais diversos com divulgação de Exposições Ranqueadas - Apoio em exposições e demais eventos em nível nacional - Campanhas e produção de materiais para divulgação de eventos tais como: Exposições, Cursos, - Concurso de Carcaças, Treinamento do PROMEBO, Terneiro Angus Certificado, etc. JORNAL Angus@newS Angus@newS – 2010 Tiragem: Variando de 5.000 a 8.000 exemplares por Edição Distribuição em nível nacional Periodicidade: 5 edições anuais Edição 46 47 48 49 50 Data Abril Junho Agosto Outubro Dezembro Tiragem 5.000 6.000 8.000 5.000 5.000 LEILÕES CHANCELADOS Eventos nos quais os sócios, promotores de leilões, que solicitarem a chancela da ABA para o seu evento, receberão um suporte da entidade na promoção e divulgação do leilão. Durante o ano a ABA chancelou 37 leilões. Contrapartida da ABA pela chancela: - Promoção e divulgação através do www.angus.org.br - Divulgação via Newsletter a todo o mailing da ABA; - Divulgação via anúncio no Jornal Angus@News; - Assessoria de Imprensa - Produção de banners e distribuição de folders - Suporte de informações - escritório da ABA - Presença de representantes da ABA no leilão SITES EVENTOS - Leilões Oficiais da ABA, permitindo espaço de comercialização para todos os associados – Leilão Seleção Angus, durante a Expointer. - 3ª Exposição Nacional de Rústicos Angus: Com o objetivo de incentivar a valorização dos animais a campo, bem como os produtores que priorizam a utilização de reprodutores destinados a produção de carne de qualidade, a Nacional de Rústicos ocorreu de 05 a 07 de outubro, em Pelotas/RS. - VII leilão Angus Nova Era, ocorrido juntamente com a Festa de Confraternização da ABA, a posse da diretoria para biênio 2011/2012 a entrega de prêmios do Ranking Oficial de Criadores e Expositores, o Concurso de Carcaças Angus, o Campeonato Anual de Carcaças e o Troféu Mérito Genético – Luiz Alberto Fries. ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO Atividades da Assessoria de Imprensa e Comunicação - 2010 Principais atividades desenvolvidas com Imprensa especializada no agronegócio: A Associação Brasileira de Angus possui duas páginas na internet. No site oficial da ABA, www.angus.org.br, os associados e interessados encontrarão informações sobre a Raça, a ABA e a Pecuária em geral. Já o site específico da Carne Angus, www.carneangus.org.br, apresenta informações completas sobre o Programa, agenda, além de uma sessão voltada para o consumidor, com linguagem simples e receitas preparadas com a Carne Angus, ambos os sites são administrados pela ABA e manipulados pelos funcionários da mesma. PARCEIROS Através de um trabalho conjunto a Associação Brasileira de Angus, com o apoio de parceiros PERMANENTES, desenvolveu ações promocionais com as seguintes empresas relacionadas abaixo: - Almoço c/ Imprensa na Churrascaria Barranco Data: 28/04/10 com a presença de 17 jornalistas; Pauta: Fomento Carne Angus/RS, entrega do Anuário Angus 2009/10 e assinatura de parceria com a Associação Argentina de Angus CRI GENÉTICA NOVARTIS - Almoço c/ Imprensa na Churrascaria Barranco Data: 19/08/10 com a presença de 21 jornalistas; Pauta: Programação da raça Aberdeen Angus na Expointer2010 - Na edição de Julho matéria de duas páginas ‘Valorização em todas as etapas’ relatou a remuneração diferenciada desde o terneiro Angus certificado ao boi gordo e o aumento da demanda pela carne, no país. Além disto, contou com o patrocínio das empresas relacionadas abaixo durante o período da Expointer: PFIZER SAÚDE ANIMAL - Na edição de Agosto: matéria de sete páginas ‘Valorização porteira adentro e afora’ abordou os resultados econômicos, com melhores índices reprodutivos e qualidade de carne/carcaça proporcionados pela raça quando utilizada no cruzamento industrial VALÉE MASSEY FERGUSON - Realização de duas páginas/mês denominadas Notícias Angus para Revista AG; Participação na Mídia - Número de releases realizados: 110 (média de 11/mês) - Número de veículos atingidos: 101 (análise conforme mailing da Assessoria de Imprensa e inserção visualizada) - Editorias: Agronegócio, Capa, Economia, Geral, Política, Rural e Social - Países: Brasil, Uruguai, Argentina (Uruguai, revista La Propaganda Rural e jornal El País; na Argentina, - Revista Angus, da Associação Argentina de Angus) Observação: Assessoria de Imprensa e Comunicação atende todos os núcleos e programas ABA com divulgações que ocorrem tanto no pré como no pós-evento, assim como nos veículos de comunicação da ABA como sites, Anuário e jornal Angus@news. PROMOÇÃO E MARKETING Atividades Realizadas - Anuário 2009/2010 Material desenvolvido para mostrar as atividades que foram realizadas pela ABA durante o ano. Traz ainda os serviços prestados pela entidade e serve como instrumento de pesquisa, pois apresenta relatórios importantes e artigos técnicos escritos por especialistas. Tem tiragem de 1.500 exemplares. - Fechamento de Pacote Publicitário para inserções de anúncios e reportagens do Angus durante todo ano na Revistas AG Leilões ANGUS SHOP Material personalizado da Raça Aberdeen Angus comercializado nas Exposições e permanentemente na sede da Associação ou através do site da ABA, com entrega em nível nacional. Gostaríamos muito de contar com sua participação no direcionamento de nosso trabalho em 2011. Sinta-se a vontade para nos encaminhar suas considerações e sugestões via e-mail: [email protected] , carta, fax ou telefone. Esperamos que este relatório contribua para maior interação de nossa entidade e seus associados. Cordialmente, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello Diretor Presidente 30 Janeiro / Fevereiro de 2011 Janeiro / Fevereiro de 2011 31 2º Leilão de Produção Rio da Paz e Ponche Verde Com uma comercialização superior a R$ 515 mil, a Fazenda Rio da Paz, em Cascavel, PR, de Antônio Zancanaro, e a Estância Ponche Verde, propriedade de José Filippon, Guaraniaçu, PR, fizeram pista limpa para o 2º Leilão de Produção Rio da Paz e Ponche Verde. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), o pregão foi realizado no dia 25 de setembro, no parque de exposições de Cascavel, em Cascavel, PR. A negociação da totalidade da oferta de 62 reprodutores e matrizes da raça Aberdeen Angus, sendo 40 machos e 22 fêmeas, totalizou R$ 355,5 mil, atingindo médias de R$ 6,87 mil para os machos e R$ 3,66 mil para fêmeas. Remate 3 Marcas registra bom momento da raça Realizado em 5 de outubro no parque de exposições General Serafin Dornelles Vargas, em São Borja, RS, o Remate 3 Marcas, promovido pelas cabanhas Santa Clara, de São Borja, RS, de Edmundo Barbará Ferreira; Guajuvira, de Santo Antônio, RS, de Cláudio Roberto Nunes da Silva, e São João, de São Borja, RS, propriedade de Ildefonso Barbará Dornelles, negociou um total de R$ 170,8 mil. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), o pregão promoveu a comercialização de 34 touros da raça Aberdeen Angus. Os touros PO tiveram média de R$ 5,1 mil e os tatuados CA saíram pelo valor médio de R$ 5 mil. O touro mais caro do pregão foi adquirido por Otávio Mangabeira Portela, da Fazenda Santa Vitória, de São Borja, RS, por R$ 7,5 mil. A maior aquisição do Remate 3 Marcas, representada por nove touros, no valor de R$ 44 mil, foi realizada por Miguel Lopes de Almeida, que é presidente do Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de São Borja. Produtores de São Luiz Gonzaga, Alegrete, São Borja, Santo Antônio das Missões, Itacurubi, Maçambará e Itaqui, que prestigiaram o evento, puderam acompanhar 4ª Feira de Agronegócios da Fronteira Oeste (Fenoeste). O proprietário da Cabanha Guajuvira, Cláudio Roberto Nunes da Silva, disse acreditar que a melhora na comercialização do remate, comparada à edição do ano passado, se deveu ao bom momento em que se encontra o preço do boi gordo. Alexandre Crespo esteve no martelo, para Guarany Remates. Tourada fez boa média no Angus do Alegrete O Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de Alegrete promoveu em 14 de outubro, durante a 68ª Expo-Feira daquele município gaúcho, na pista do Sindicato Rural, mais uma edição do já tradicional Remate Angus do Alegrete. O evento, que contou com a chancela da Associação Brasileira de Angus (ABA), totalizou R$ 440 mil. “Negociamos a totalidade da oferta, formada por 87 touros, que alcançaram média de R$ 5.050,00”, relatou o presidente do Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de Alegrete, criador Quirino de Araújo Carvalho. Dois touros Angus PO, ambos apresentados pela Fazenda Querência, foram os destaques. Os dois reprodutores foram valorizados em R$ 7,2 mil cada, e adquiridos pelo investidor em Angus Arlindo Mendes de Oliveira, de Alegrete. “Alegrete é a maior praça de rústicos do Estado, apresentando sempre quantidade com qualidade na tourada do início ao fim do pregão”, justifica Quirino. Participam como vendedoras a Cabanha Santo Antão, de Ana Lui- za e Flávio Alves; Estância Olhos d Água, de Antonino Dorneles; Fazenda Querência, da Tarumã Agropecuária; Fazenda Padre Réus, de Jorge Aristides Argerich do Amaral e Fazenda Rodeio, de João Carlos Piffero, todas de Alegrete (RS); a Estância da Barragem, de Ricardo Macedo Gregory (Quaraí/RS) e a Fazenda Vilema, de Letícia Biscaino Alves (Manoel Viana/RS). As leiloeiras responsáveis foram a RuralVet, a Agenda Remates e a Cambará Remates, com o leiloeiro Reci Dornelles ao martelo. Ainda a venda de 184 animais cruzas Angus somou R$ 159,84 mil, com a oferta de 66 machos e 118 fêmeas. A média dos machos cruzas Angus foi de R$ 1 mil e a das fêmeas de R$ 791,00. O lote mais caro foi adquirido por Paulo Sérgio Correia Salvador, da Fazenda Rancho Fundo, de Guaraniaçu, PR, que levou EPV Dakota 845, por R$ 9 mil. Já a maior comercialização do leilão foram os 35 machos cruza Angus, que saíram por R$ 32,55 mil, arrematados por Antônio Zancanaro, da Fazenda Rio da Paz. Para o administrador da Fazenda Rio da Paz, Renato Zancanaro, a realização do leilão teve intenção de valorizar animais superiores Angus em uma vitrine de vendas. “Tivemos um leilão acima da expectativa, com a comercialização da totalidade da oferta e ampliação de contatos em toda a nossa região”, afirmou. Participaram do evento como convidados a Fazenda Camila, de Lauro Colombo, e a Fazenda Três Meninas, de Agassiz Linhares Neto e a Fazenda Rancho Crioulo, de Vicente Lazarini, todas de Cascavel, PR, a Estância Márcia Cristina, de Antônio Machado Oliveira Filho; Ubiratã, PR, e a Fazenda Rancho Fundo, de Paulo Sérgio Correia Salvador, Guaraniaçu, PR. A leiloeira responsável pelo pregão foi a Panorama Leilões. Leilão Umbu Negocia vende para RS, PR e SP Com a comercialização de 282 lotes formados por animais Angus e Brangus em remate realizado no local da cabanha, em Uruguaiana, RS, em 10 de outubro de 2010, a tradicional Cabanha Umbu, de Uruguaiana, propriedade do selecionador e ex-presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA) Angelo Bastos Tellechea, fechou fatura com uma comercialização de R$ 829,6 mil. No remate, chancelado pela ABA e com transmissão ao vivo pelo Canal Rural, foram negociados 149 animais da raça Aberdeen Angus, entre machos e fêmeas, por R$ 473,8 mil. De acordo com Angelo Tellecha, o remate teve resultado positivo com a comercialização de oferta qualificada, onde o produtor teve satisfação com a compra realizada, fazendo um excelentes investimentos. “Além da manutenção dos já tradicionais clientes da Umbu, tivemos a presença de novos clientes neste ano, que levaram nossos animais para além da fronteira do Rio Grande do Sul, como Paraná e São Paulo”, comemorou o criador. Os 64 touros vendidos, de pelagem preta e vermelha, tiveram média de R$ 4,4 mil, somando a comercialização de R$ 287,7 mil. Já as 85 fêmeas totalizaram R$ 186,1 mil. O animal mais valorizado foi o touro Angus no lote 35, tatuagem 1416, de pelagem vermelha, arrematado por Artenio Celestino Alves, da Cabanha e Agropecuária Campo Novo, de Restinga Seca, RS. O maior investidor em Angus foi João Carlos Spagnol, da Estância Caiubá, de Rio Grande, RS, que adquiriu 20 fêmeas pelo valor de R$ 55,5 mil. Foram negociados 43 machos PO por R$ 4,7 mil de média e 21 PC, entre CA e dupla marca, por R$ 4 mil de média. Das fêmeas que passaram pela pista da Umbu, as 34 PO tiveram média de R$ 2,8 mil e as 51 PC atingiram o valor médio de R$ 1,7 mil. 32 Janeiro / Fevereiro de 2011 Remate Só Angus: R$ 603,3 mil por 159 animais do Grupo Só Angus foram responsáveis pela produção de 36% das vacas líderes PC e 17% dos touros jovens superiores para acasalamento do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), em base nacional. Em sua décima edição e comercializando o maior número de animais nos últimos dez anos, o Remate Só Angus, realizado na Rural de Pelotas, RS, em 16 de outubro de 2010, negociou 159 animais da raça Aberdeen Angus, de pelagens preta e vermelha, pela fatura de R$ 603,3 mil. Foram vendidos 92 touros Angus, entre dois e três anos, com média de R$ 5,2 mil e 67 vaquilhonas de até dois anos com média de venda de R$ 1,8 mil. Maior Investidor O maior comprador do remate foi Mauro Antônio Costa Martins, de Rio Grande, RS, que arrematou seis touros por R$ 43,2 mil, ficando também com o touro dupla marca de tatuagem 1437, animal mais valorizado do evento, por R$ 8,5 mil. Segundo informações da assessoria Satolep Press, as propriedades Pista Qualificada Esteve em pista o trio de touros, geração 2008, grande campeão PC da Expointer 2010, grande campeão e melhor touro PC na 3ª Nacional de Rústicos de Pelotas, da Cabanha Albardão, de Santa Vitória do Palmar, RS, de Carlos Inácio Talavera Campos. E o trio de fêmeas, da Cabanha Santa Amábile, de Pedras Altas, RS, de Sérgio Tessaro, que levou o reservado grande campeão PO da 3ª Exposição Nacional de Rústicos de Pelotas. “Em mais uma edição de nosso evento, apresentamos animais com genética diferenciada e pequeno desvio padrão, confirmando uma oferta nivelada”, reforça Campos, ao lembrar que as premiações obtidas pelos animais em Exposições Ranqueadas ABA não se refletiram em preços impraticáveis, dando apenas certificação aos clientes de estarem adquirindo genética pura. O Grupo Só Angus é formado pelas cabanhas Santa Amélia, Santa Joana, Tradição e Agropecuária Albardão (todas de Santa Vitória do Palmar) e Santa Amábile (de Pedras Altas, RS). A leiloeira foi a Casarão Remates. O evento, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), teve degustação da carne Angus com assados na parrilla e na chapa, fornecida pelo Frigorífico Coqueiro (São Lourenço do Sul, RS), para tradicionais compradores da praça de Pelotas, além da presença de criadores uruguaios, como Carlos Guinovart e Maria Mattos, da Cabanha Bayucua. 4º Leilão Paipasso Red fatura R$ 484,9 mil 16º Remate Cabanha Campo Novo fatura R$ 347,9 mil por 124 animais O 4º Leilão Paipasso Red obteve faturamento de R$ 484,9 mil para comercialização de 107 Angus e 74 Brangus. O remate, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), foi realizado no Parque de Exposições Augusto Pereira de Carvalho, em Santana do Livramento, RS. Foram aprsentados em pista 57 machos, sendo que os 34 touros Angus tiveram média de R$ 5,2 mil. Das 124 fêmeas, os 73 ventres da raça registraram valor médio de R$ 1,6 mil. O touro dupla marca CA, de tatuagem S101 e pelagem vermelha, foi o lote Angus mais valorizado, tendo sido arrematado por Rubem Barros, de Santana do Livramento, por R$ 7,5 mil. O sócio-diretor da Corrêa Osório Agropecuária, Fernando Corrêa Osório, salientou que as médias dos machos se mantiveram, apesar da oferta ter sido menor do que a de 2009. “A oferta qualificada rendeu liquidez total sobre os animais ofertados com genética Paipasso”, comemorou Osório. A Cabanha Campo Novo, propriedade de Artenio Celestino Alves, Restinga Seca, RS, movimentou R$ 347,9 mil, com a comercialização de 124 animais – desses 64 eram machos e fêmeas Angus. O leilão, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), foi realizado no dia 20 de outubro de 2010, no Sindicato Rural de Restinga Seca. Os 64 animais Angus somaram R$ 252,3 mil. Os 14 touros PO tiveram média de R$ 6 mil e os 18 PC obtiveram valor médio de R$ 5,4 mil, fechando a comercialização dos machos em R$ 181,4 mil. Já as 28 novilhas Angus fizeram média de R$ 2,3 mil e valor total de R$ 65,3 mil. As quatro vacas somaram R$ 5,6 mil e valor médio de R$ 1,4 mil. A comercialização dos Brangus fechou em R$ 95,6 mil. A leiloeira Guarany Remates teve Simão Paz Martins no martelo. Primavera Angus Show movimentou parque de Esteio O 4° Leilão Primavera Angus Show, realizado pelo Núcleo Centro-Litorâneo dos Criadores de Aberdeen Angus, no dia 16 de outubro, com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a chancela da Associação Brasileira de Angus (ABA), negociou 66 reprodutores Angus, faturando R$ 76,3 mil. O remate foi realizado na pista J do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS. Segundo informou Patrícia Cardoso, da leiloeira Santa Úrsula Remates, empresa responsável pela comercialização neste evento, a oferta esteve formada por touros, novilhas e novilhas cruzas Angus. Os touros Angus se venderam à média de R$ 4.050,00 e as novilhas Angus foram arrematadas à média de R$ 1 mil. Já as fêmeas cruzas Angus saíram de pista à média de R$ 400,00. No comando do martelo, atuou o leiloeiro Alexandre Crespo. Janeiro / Fevereiro de 2011 Red Concert Internacional: show com fatura de R$ 615 mil D ando continuidade à sua trajetória regada a requinte e elevado nível na promoção de seus eventos de elite, a Cabanha Catanduva, de Cachoeira do Sul, RS, que tem à frente o selecionador Fábio Gomes e sua filha Fabiana, novamente surpreendeu a todo o mercado Angus com a promoção da primeira edição do leilão Red Concert Internacional. O evento, comemorativo aos 20 anos de trabalho da Cabanha Catanduva na seleção de Angus, novamente teve como local o bem apanhado e amplo Centro de Eventos do Sport Club Internacional, junto ao estádio Beira Rio, em Porto Alegre, RS, na noite de 23 de outubro de 2010. A Orquestra de Cordas do Teatro São Pedro preencheu os espaços e encantou os convidados já na chegada ao local. Depois, na abertura do pre- gão, o músico internacional Yamandú Costa sonorizou o Hino Nacional Brasileiro, e o Hino Rio Grandense ficou sob a responsabilidade do não menos famoso artista tradicionalista Luiz Carlos Borges. O leilão de elite movimentou R$ 615 mil com a comercialização de 29 animais da raça Aberdeen Angus e de duas peças da La Victoria Herencia Criolla. O valor da comercialização Angus foi R$ 602,4 mil, alcançando média de R$ 20,7 mil. O evento, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), marcou os 20 anos da Cabanha Catanduva, colocando em pista animais de ponta das cabanhas La Coqueta e Santa Clotilde, ambas localizadas no Uruguai. “Tivemos um resultado extremamente positivo, que justificou o esforço de realizar um leilão internacional com animais de genéticas Argentina e Uruguaia”, avaliou o selecionador Fábio Gomes. A maior compradora da noite foi a amiga e parceira de Gomes, Zuleika Borges Torrealba, da Cabanha da Maya, em Bagé, RS, que arrematou quatro animais por R$ 252 mil - num valor médio de R$ 63 mil por animal. Entre os destaques, a selecionadora levou o único macho comercializado na noite - BB Don Quixote Quebrantador - por R$ 40 mil. O touro é da geração 2009 e foi campeão terneiro e 3º melhor macho da Expointer 2010. Nas fêmeas, Zuleika Torrealba ficou com 50% da LC Buscavida CQ CAT 654 TE, vencedora nas exposições do Prado e de Durazno, no Uruguai, por R$ 88,8 mil, e Aguacil 3 Solvente Contra Amacay, com terneiro ao pé, que foi o lote mais valorizado da noite: R$ 96 mil. Ao se destacar pelo volume, sem perder traços harmoniosos, Solvente obteve premiação na importante Exposição de Palermo, na Argentina. A prenhez do King Rob X TE 32, fruto de embrião exportado do Brasil para Uruguai, saiu por R$ 24 mil, adquirido por Marco Antônio George da Costa, de Jundiaí, SP. Destaque também para Catanduva Joselene Grand Canyon 1277, de pelagem vermelha e geração 2001, que saiu por R$ 55,2 mil para Marco Antônio George da Costa. A fêmea estava prenhe do touro Catanduva Nostradamus, que foi duas vezes Grande Campeão de Esteio, sendo considerado um dos melhores pais de cabanha do País. A doação para o trabalho de inclusão social do Projeto Interagir, do Sport Club Internacional, com a venda da terneira Catanduva TE392 Tenda Gramático 61, somou R$ 18 mil. O ex-presidente da ABA e tradicional criador de Angus da Fronteria Oeste gaúcha Angelo Bastos Tellechea, da Cabanha Umbu, em Uruguaiana, RS, arrematou o animal primeiramente por R$ 10,8 mil e, no intuito de colaborar com a arrecadação para o projeto beneficente, cedeu a terneira para nova rodada de lances em pista, ficando então com Lísia Simone Bastos Beltrami, da Rocas Pecuária, de Uruguaiana, RS, ao valor de R$ 7,2 mil (total, na soma: R$ 18 mil). Com transmissão via Canal Rural, o leilão teve na condução do martelo o leiloeiro Alexandre Crespo, para a leiloeira Tellechea & Bastos. 33 Angus anda bem em São Francisco de Assis Realizado dia 23 de outubro de 2010 e chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), o Remate São Francisco de Assis comercializou 52 animais da raça Aberdeen Angus por R$ 162 mil. O pregão totalizou R$ 212,2 mil com a venda de 74 animais da raça Aberdeen Angus no parque de exposições do Sindicato Rural de São Francisco de Assis. Os 13 touros Angus PO saíram por 64,2 mil e os 14 PC por R$ 57,9 mil. As 25 novilhas somaram 39,9 mil, fazendo média de R$ 2,5 mil. A oferta de Brangus fechou R$ 50,2 mil. Os vendedores Participaram do Remate São Francisco de Assis ofertando material à venda a Fazenda Querência/Tarumã Agropecuária, de Alegrete, RS; a Fazenda Vilena, de Letícia Biscaíno Alves; Manuel Viana, RS, a Fazenda Ouro Branco do Tarumã, de Erton José Rodrigues; São Francisco de Assis, RS, a Cabanha São Xavier, de Caio Vianna; Tupanciretã, RS, a Estância da Formosa, de João Francisco Giuliani; São Gabriel, RS, a ABN Agropecuária, de Fernando Bonotto, e Fazenda Santa Cecília, de Donato Gonçalves (ambas de Santiago, RS). A Guarany Remates foi a leiloeira responsável pelo bastidor do pregão, com o leiloeiro Simão Paz Martins no comando do martelo. Touros da Fronteira: médias boas e negócios de R$ 683 mil O 9º Leilão Touros da Fronteira, realizado dia 22 de outubro de 2010, no parque do Sindicato Rural de Livramento, RS, evento chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), negociou 216 animais pela fatura de R$ 683 mil, para animais Angus e Brangus. Os 61 touros Angus fizeram média de R$ 5,49 mil. Foram comercializados 185 animais Angus por valor superior a R$ 518,2 mil. Os 25 touros Angus de dois anos saíram por R$ 126,4 mil e os 36 touros Angus de 03 anos por R$ 208,9 mil, fechando R$ 335,3 mil e médias de R$ 5,49 mil. As 124 vacas Angus somaram R$ 182,8 mil. Genética forte Elizabeth Linhares Torelly, representante da AML Agropecuária, informou que todos saíram satisfeitos com a mostra de genética de qualidade oferecida no leilão. “Nossos animais, além de estarem bem preparados, possuíam genética forte”, disse a criadora, falando em nome do grupo de produtores que formam o Touros da Fronteira. Para Beth Torelly, as médias obtidas foram boas, mantendo valores praticados pelo mercado na primavera 2010. “Apesar dos campos estarem secos e os criadores receosos com a estiagem prevista para região, o remate foi ótimo, com bastante procura por clientes novos. “Observamos grande procura de animais pela internet de criadores de fora do Estado”, acrescenta Elizabeth, ao justificar que o grupo Touros da Fronteira é forte e produz genética de ponta com o acabamento que o frigorífico deseja. Promoveram o leilão, vendendo a raça, as estâncias AML Agropecuária, de Santana do Livramento e Manoel Viana, RS; a Barragem e Silêncio, ambas de Quaraí, RS; Cantagalo, Planalto, São Miguel do Sarandy, São Izabelino e Sossego, estas de Santana do Livramento, RS. 34 Janeiro / Fevereiro de 2011 Remate da Cabanha Paineiras supera R$ 1 milhão 63 PC de R$ 1,84 mil. O 53º Remate Anual da Cabanha Paineiras, realizado em 24 de outubro de 2010 na sede do estabelecimento, em Uruguaiana, RS, faturou acima de R$ 1 milhão, com a comercialização de 402 bovinos. Passaram pela pista de remate, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), 288 animais da raça Aberdeen Angus PO e PC, de pelagem preta e vermelha, entre terneiras, novilhas e touros, somando R$ 789 mil. Participaram da promoção do evento, além da Paineiras, de Lila Franco Tellechea, a Cabanha Basca, de Mariana Tellechea (ambas em Uruguaiana, RS) e ainda a Reconquista Agropecuária, de Alegrete, RS, de propriedade de José Paulo Dornelles Cairoli. Para a proprietária da Cabanha Basca o remate foi bom, mantendo a liquidez registrada em anos anteriores e os valores praticados pelo mercado em 2010. Mariana Tellechea destacou a importância da manutenção de clientes fiéis do pregão, que já compram a genética há décadas, e de novos investidores, que crescem a cada edição do remate. Os 42 machos PO fizeram média de R$ 5,45 mil, os 32 tou- Velocidade e pista limpa no remate da Quiri Em apenas uma hora de pregão, toda a oferta formada por 45 touros Angus de dois anos foi negociada durante o 21º Remate Anual da Agropecuária Quiri, realizado dia 28 de outubro de 2010, na pista do parque Juventino Corrêa de Moura, durante o Farm Show 2010, em Dom Pedrito, RS. A Agropecuária Quiri é de propriedade do criador Leonildo Anor Pötter, e é administrada pela médica veterinária Vivian Pötter. O leilão, que teve no comando do martelo o leiloeiro Eduardo Knorr, para Knorr Remates, de Pelotas, RS, totalizou R$ 306,6 mil, registrando a elevada média geral para a tourada jovem de R$ 6.814,00. Os exemplares PC se venderam ao preço médio de R$ 6.786,49 e os PO por R$ 6.937,50. Crescimento O crescimento da receita, superior a 10% na comparação com o faturamento do remate de 2009, foi recebido com muita alegria pelos proprietários da Quiri. “Estávamos apreensivos, porque apesar da alta do preço do boi gordo – o que anima bastante os investidores – vínhamos verificando que nem todos os remates já realizados até então haviam sido positivos. Uns foram bem, outros nem tanto. Não havia linearidade”, observou Vivian Pötter, informando que o pregão deste ano contou com compras dos clientes já tradicionais, mas que também mostrou novos investidores. “No ano passado lançamos nosso plano de fidelidade, e na pesquisa que realizamos percebemos que, ano a ano, vários clientes retornam e adquirem animais em nosso remate, o que é altamente positivo”, revelou Vivian. Ela atribui o sucesso do remate deste ano ao foco na seleção de reprodutores voltados à produção de carne e à boa apresentação dos animais, sem falar na tradição da Quiri. Preço top Após animada disputa de lances, o touro que alcançou preço top no leilão foi o de tatuagem K 190 Carloncho, que acabou vendido por R$ 22,5 mil para o criador Clóvis Macedo Gaudie Ley, de Lavras do Sul, RS. Mas segundo Vivian Pötter, também a Agropecuária Santa Margarida, de Dom Pedrito, ganhou destaque nas compras, arrematando seis tourinhos por R$ 36 mil. Um dos dirigentes da Santa Margarida, Camilo André Mércio Xavier, enfatizou a qualificação da tourada que tem sido ofertada pela Quiri, tanto neste ano como em anos anteriores. ros PC de R$ 4,81 mil, fechando a comercialização em R$ 382,9 mil. O total de comercialização das fêmeas foi R$ 406 mil, sendo que as 77 PO obtiveram média de R$ 2,34 mil, as 74 AD registraram valor médio de R$ 1,47 mil e as Destaques O lote mais valorizado foi Reconquista 1391 Nazario Payador C. Rob, que saiu por R$ 9 mil, para Artêmio Celestino Alves. O maior comprador foi Marcos Antonio Molina de Santos, da Fazenda Novo Horizonte, em Mato Grosso do Sul, ao levar 38 touros por R$ 157,9 mil. Os 114 Brangus do leilão, entre machos e fêmeas, somaram R$ 254,7 mil. A Premier Leilões e Crioulo Remates foram as leiloeiras responsáveis pelos bastidores do evento, que ao martelo teve o leiloeiro Fábio Crespo. Marcelo Cairoli, da Premier Leilões e administrador da Reconquista Agropecuária, salientou a venda de 38 touros para criador de Nelore usar em cruzamento industrial na região Centro-oeste. “O cruzamento de Angus com vacas Nelore sinaliza uma boa perspectiva de futuro para raça”, observou. Leilão Angus Santa Thereza fez boa figura Em meio à programação do Farm Show, foi realizado na tarde de 29 de outubro de 2010, na pista do parque Juventino Corrêa de Moura, em Dom Pedrito, RS, o 9º Leilão Angus da Cabanha Santa Thereza, propriedade do tradicional selecionador José Roberto Pires Weber, ex-presidente e atual vice presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA) e também presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito. Dois touros O leilão, chancelado pela ABA, totalizou R$ 178 mil, com a comercialização de 33 touros Angus, à média de R$ 5,4 mil. O destaque deste remate ficou para a venda de dois touros por R$ 9,3 mil cada. Um deles, o grande campeão da expo de Dom Pedrito e melhor touro PC da mostra, foi arrematado pela criadora Marilene Faccin, de Santiago, RS. E o outro investidor foi Camilo Xavier – “Ele é de São Paulo e tem propriedade em Dom Pedrito. Veio de lá para adquirir este touro. É homem de visão”, observou Weber. Com o comando do martelo a cargo do leiloeiro Fábio Crespo e arquibancadas lotadas (o leilão era conjunto com outras cabanhas e raças), José Pires Weber considerou seu pregão visivelmente melhor do que a edição do ano passado. “Tivemos mais agilidade na pista e a tourada estava muito bem apresentada, o que garantiu pista limpa”, avaliou o selecionador. Janeiro / Fevereiro de 2011 Leilão Catanduva fixa novos recordes Realizado na tarde de 29 de outubro de 2010, na pista do parque de exposições Assis Brasil, em Esteio, RS, o Remate de Produção da Cabanha Catanduva, com sede em Cachoeira do Sul, fixou dois novos recordes na raça Angus: vendeu o touro mais caro - R$ 40 mil - e cravou a média mais elevada para fêmeas - R$ 4,06 mil – na temporada de leilões da Primavera gaúcha de 2010. A Catanduva, que tem à frente o selecionador e vice-presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA) na última gestão, Fábio Gomes, atuando ao lado da filha, Fabiana Gomes, fechou o mapa de negócios do pregão, chancelado pela ABA, com um faturamento de R$ 514,6 mil, para 103 animais vendidos, superando em quase 70% a comercialização obtida no mesmo evento no ano passado. Ponto alto O grande destaque foi para o touro “Catanduva Rebite Gramático TE 104”, arrematado pelo empresário João Carlos Hartz, de Sapiranga, RS, por R$ 40 mil. “Este touro já estava anotado em minha agenda e escolhi este reprodutor com base em sua elevada bagagem genética”, disse o investidor. “Catanduva Gramático foi dos grandes touros produzidos pela Catanduva. É pai de “Catanduva Mandala, multicampeã em várias exposições do Brasil, de Magnético, também multicampeão, e irmão inteiro da mãe de Nostradamus, bi-Grande campeão da Expointer”, argumentou Fábio Gomes. Outro negócio diferenciado do leilão ficou para a venda do touro “Catanduva Quebranto”, arrematado por R$ 22,6 mil pelo ex-deputado Carlos Augusto de Souza, de Porto Alegre, RS. “Ele é irmão inteiro de Catanduva Inquisidor”, outro grande touro, que foi campeão de progênie de pai da Expointer 2005”, recordou Gomes. A liquidez da tourada superou as expectativas de Fábio Gomes, atingindo média de R$ 5.879,25 para os 53 reprodutores. “Este resultado está diretamente ligado à qualificação e à consistência genética dos animais”, avaliou o proprietário da Catanduva. Fabiana Gomes, que antes do pregão se mostrava um pouco preocupada com as médias que vinham sendo praticadas nos leilões para as fêmeas, igualmente se surpreendeu com a demanda pela oferta de sua cabanha. As 50 fêmeas alcançaram preço médio de R$ 4,06 mil, que a exemplo da venda do touro, também é a média para fêmeas mais elevada na temporada de leilões 2010. Para Fábio Gomes, o sucesso do Remate de Produção da Cabanha Catanduva representou acima de tudo a valorização de uma genética hoje internacionalmente reconhecida. “No Canadá, uma filha de pai e mãe Catanduva foi considerada a melhor fêmea vermelha do Forum Mundial de Angus. E na última exposição do Prado, no Uruguai, um embrião produzido na Catanduva e exportado para aquele país sagrou-se Grande Campeão da exposição – foi “La Coqueta Excentrico, vendido no dia 30 de outubro, no Remate de Tacuarembó, por US$ 19,5 mil - preço recorde no Uruguai”, propagandeia, orgulhoso, o criador Fábio Gomes. Trabalhou no comando do martelo o leiloeiro Alexandre Crespo, para Tellechea & Bastos Leilões. 35 Remate São Bibiano faz sucesso ao comemorar 50 anos Ao comemorar os 50 anos de seu Remate Anual, a Cabanha São Bibiano, propriedade do selecionador Antonio Martins Bastos Filho, realizado dia 4 de novembro de 2010, no local da propriedade, em Uruguaiana, RS, registrou faturamento de R$ 1.191.400, com a comercialização de 309 animais. O leilão, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), revelou alta de 4,45% sobre o total obtido em 2009. No comando do martelo esteve o leiloeiro Fábio Crespo, que atuou para Tellechea & Bastos Leilões. Destaques Entre os destaques, está a comercialização de 50% da fêmea Angus PO, tatuagem 6030, para o criador Paulo de Castro Marques, da Casa Branca Agropastoril, de Fama, MG, por R$ 30.750,00. O segundo maior valor por um bovino foi para o touro Angus PO Tatuagem 6725, negociado para Sílvia Benício Bastos, por R$ 31,5 mil. A nova proprietária revelou que o animal irá diretamente para coleta de sêmen. Os vendedores do 50º Remate Anual da São Bibibano foram Antônio Martins Bastos Filho, com 217 animais por R$ 990 mil, Frederico Fittipaldi Pons, com 38 animais por R$ 80,4 mil, e José Luiz Marona Pons, com 26 animais, por R$ 61,8 mil. Os maiores compradores foram Maria Cristina Bastos Fernandes, que adquiriu três animais por R$ 85,5 mil; Sílvia Benício Bastos, arrematando 11 animais por R$ 57,3 mil, e Paulo de Castro Marques, com a compra de cinco animais por R$ 54 mil. As médias registradas na raça Angus foram as seguintes: nos pretos, 49 Fêmeas PC, por R$ 2.090,82; 24 Fêmeas PO, por R$ 4.862,50; e 15 Touros Aberdeen Angus PO, por R$ 7.710,00. Nos vermelhos, 62 Fêmeas PC, com média de R$ 1.899,19; 13 Fêmeas PO, por R$ 4.880,77; 9 Touros PC, por R$ 5.199,67; e 13 Touros PO, por R$ 6.576,92. Tradicional criador, técnico e jurado internacional, além de fundador e ex-presidente da ABA, Antonio Martins Bastos Filho – Antoninho Bastos, como ficou conhecido entre os criadores – observou que tradicionalmente não comercializa animais do núcleo de sua cabanha, mas este ano ofereceu uma cota ao mercado, para comemorar os 50 anos de leilões da São Bibiano. “Sou conhecido por não vender as mimosas. Mas este ano me bateram a carteira”, brincou, satisfeito, o experiente criador. Leilão Seleção Reconquista valoriza genética superior Angus Na abertura, um show surpresa de uma banda de rock (Dublê), que agradou e agitou o ambiente, fazendo muita gente cantar e dançar. Surpreendeu a todos, mas a idéia foi muito boa, e aprovada. Na platéia, criadores e investidores gaúchos, paulistas e paranaenses. Entre outras celebridades, a presença do comunicador Galvão Bueno. E ao martelo (com a retaguarda da Premier Leilões), o leiloeiro gaúcho radicado em Belém do Pará, Guilherme Minsen. Esse foi o ambiente da sétima edição do Leilão Seleção Reconquista, chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), realizado dia 1º de dezembro de 2010, no showroom da empresa Guaibacar (uma revenda de automóveis), em Porto Alegre, RS. O pregão totalizou R$ 597,8 mil. Brinde e homenagens Na abertura do evento, Galvão Bueno propôs um brinde ao Angus: “se o Brasil tem hoje o maior rebanho bovino comercial do mundo, é porque vocês, os criadores, fizeram isso acontecer. Um brinde ao sucesso do Angus”, empolgou-se. Ainda na abertura dos trabalhos, o selecionador gaúcho e dono da promoção José Paulo Cairoli homenageou seus parceiros e clientes que ajudaram a fazer o sucesso da Reconquistas nestes 21 anos de seleção de reprodutores Aberdeen Angus. Entre eles, o presidente da ABA, em final de mandato, Joaquim Mello, e o presidente eleito, Paulo de Castro Marques. Foram comercializados R$ 576,8 mil em ventres Angus PO – 36 animais à média de R$ 16.022,00 - e R$ 21 mil no pacote de sêmen do touro Naco - sete pacotes com 10 doses ao valor médio de R$ 3 mil. O touro Naco (da parceria Reconquista e Terra Costa, de Marco Antonio Costa) leva em sua bagagem seis grandes campeonatos, apontados por seis diferentes jurados, nas mostras de Cascavel 2008, Uruguaiana 2009, Avaré 2009 e 2010, Londrina 2010 e Expointer 2010. Parceiros O selecionador José Paulo Dornelles Cairoli, titular da Reconquista Agropecuária, de Alegrete, RS, octacampeão do Ranking de Expositores da Associação Brasileira de Angus (ABA), realizou seu leilão juntamente com os parceiros Cabanha da Corticeira, de Luiz Anselmo Cassol, de São Luiz Gonzaga, RS, e GB Agropecuária, de Carlos Eduardo Galvão Bueno, de Porecatu, PR. Preço top O grande momento da noite ficou com a venda de uma “eleição” (escolha de animal nascido na Reconquista em 2010). O selecionador Marco Antonio Costa, da Cabanha Terra Costa, de Santo Antonio da Patrulha, RS, fez a maior compra da noite: após uma disputa de lances com a participação de nomes conhecidos neste mercado de elite, Costa pagou R$ 60 mil pela eleição, o maior valor do pregão. Outro ponto alto do evento foi protagonizado pelo selecionador paulista (que também tem fazenda em Pinheiro Machado, no RS), Luiz Eduardo Batalha. Proprietário da Chalet Agropecuária, Batalha arrematou 50% da fêmea LC Susana TE S114, Grande Campeã da raça Angus na Expointer 2010 (apresentada em pista pela parceria entre as cabanhas Corticeira e GB Agropecuária), por R$ 38,4 mil. Para o proprietário da Reconquista, o leilão reafirmou o bom momento da raça Angus e da pecuária brasileira. Cairoli disse ter ficado satisfeito com a qualidade das pessoas presentes e com a valorização dos animais ofertados em pista. 36 Janeiro / Fevereiro de 2011 EXPOSIÇÕES Janeiro / Fevereiro de 2011 Exposição de Santana do Livramento Exposição de Alegrete Tradicional reduto de rústicos, a Exposição de Alegrete, realizada em meados de Outubro, mais uma vez teve concorrido julgamento, envolvendo 120 animais, pertencentes a nove expositores. Sob comando do jurado José Carlos Guasso, foram apresentados 36 machos PO, 24 fêmeas PO, 42 machos PC e 18 fêmeas PC. A Exposição de Angus Santana do Livramento apresentou em pista 54 animais pertencentes a seis criadores. Com julgamentos a cargo da criadora Ângela Linhares, 33 machos PO e nove fêmeas PO. Nos PC, seis machos e seis fêmeas. DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA EXPOFEIRA DE LIVRAMENTO DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA EXPOFEIRA DE ALEGRETE MACHOS Trio Grande Campeão Macho PO: Tatuagens: TE 506 / TE 508 / TE 510 Expositor: Ana Luiza e Flávio Montenegro Alves - Alegrete, RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PO: Tatuagens: 303 / 313 / 305 Expositor: Fazenda Querência - Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Terceiro Melhor Trio Machos PO: Tatuagens: 307 / 311 / 365 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Trio Grande Campeão Macho PC: Tatuagens: 1955 / 1939 / 1933 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PC: Tatuagens: 1935 / 1947 / 2095 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS 37 Terceiro Melhor Trio Machos PC: Tatuagens: 2107 / 2057 / 1987 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PO Tatuagens: F158/ F164/ F170 Expositor: Rafael Macedo Gregory – Estância do Silêncio – Quaraí/RS FÊMEAS Trio Grande Campeão Fêmeas PO: Tatuagens: TE 437 / 442 / 433 Expositor: Ana Luiza e Flávio Montenegro Alves - Alegrete, RS Trio Reservado Grande Campeão Fêmeas PO: Tatuagens: 524 / 500 / 462 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Terceiro Melhor Trio Fêmeas PO: Tatuagens: 272 / 324 / 252 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Trio Grande Campeão Macho PO Tatuagens: 3115/ 3127/ 3097 Expositor: Carlos Renato Acosta Ferreira – Cabanha Cantagalo – Santana do Livramento/RS Trio Grande Campeã Fêmeas PC: Tatuagens: 2372 / 2296 / 2472 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Trio Reservado Grande Campeã Fêmeas PC: Tatuagens: 1878 / 1854 / 1816 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Terceiro Melhor Trio Fêmeas PC: Tatuagens: 2072 / 2038 / 2140 Expositor: Fazenda Querência Tarumã Agropecuária - Alegrete, RS Terceiro Melhor Trio Machos PO Tatuagens: F160/ F162/ F168 Expositor: Rafael Macedo Gregory – Estância do Silêncio – Quaraí/RS Trio Grande Campeão Fêmea PO Tatuagens: 10I/ 62I TE/ 841I TE Expositor: Luiz Pedro Escosteguy – Estância do Sossego – Santana do Livramento/RS Trio Grande Campeão Macho PC Tatuagens: S65/ S103/ S140 Expositor: Agropecuária Correa Osório – Cabanha Paipasso – Santana do Livramento/RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PC Tatuagens: 820/ 821/ 823 Expositor: Ricardo Macedo Gregory – Estância da Barragem – Barra do Quaraí/RS Terceiro Melhor Trio Machos PC Tatuagens: 464/ 476/ 506 Expositor: Ricardo Brochado – Cabanha São Miguel do Sarandy – Santana do Livramento/RS Trio Grande Campeão Fêmea PC Tatuagens: R60/ R128/ R62 Expositor: Agropecuária Correa Osório – Cabanha Paipasso – Santana do Livramento/RS Trio Reservado Grande Campeão Fêmea PC Tatuagens: T65/ T86/ T63 Expositor: Agropecuária Correa Osório – Cabanha Paipasso – Santana do Livramento/RS Exposição de Cachoeira do Sul A Exposição de Cachoeira do Sul, realizada em outubro, apresentou a julgamento 76 animais de oito criadores, sob o crivo do pesquisador e técnico da Embrapa, Joal Brazalle Leal. Estiveram preentes 24 machos PO e três fêmeas PO, 36 machos PC e 15 fêmeas PC. DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA 60ª FEAPEC MACHOS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: 139/140/141 Expositor: Luiz Francisco Biacchi - Cabanha São Francisco - Caçapava do Sul/ RS Trio Reservado Grande Campeão PO Tatuagens: M163/M167/M177 Expositor: Ângelo Domingos Zanela - Cabanha Umbu - Cachoeira do Sul/RS 3º melhor Trio PO Tatuagens: L147/L151/L157 Expositor: Ângelo Domingos Zanela - Cabanha Umbu - Cachoeira do Sul/RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: 8113/8163/8151 Expositor: Artênio Celestino Alves - Agropecuária Campo Novo - Restinga Seca/RS Trio Reservado Grande Campeão PC Tatuagens: M822/M851/M882 Expositor: Jorge de Lara e Outros - Estância Chalé - Cachoeira do Sul/RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: M824/M841/M922 Expositor: Jorge de Lara e Outros - Estância Chalé - Cachoeira do Sul/RS Trio Reservada Grande Campeão PC Tatuagens: M843/M845/M877 Expositor: Jorge de Lara e Outros - Estância Chalé - Cachoeira do Sul/RS 3º melhor Trio PC Tatuagens: 8158/8165/8167 Expositor: Eltair Tólio - Cabanha Tólio’s Farm Formigueiro/RS FÊMEAS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: 801/805/809 Expositor: Artênio Celestino Alves - Agropecuária Campo Novo- Restinga Seca/RS Trio Grande Campeão Machos PO 3ª melhor Trio PC Tatuagens: 9002/9011/9040 Expositor: Luis Henrique Sesti - Cabanha Seival Del Toro - Cachoeira do Sul/RS 38 Janeiro / Fevereiro de 2011 EXPOSIÇÕES Exposição de Dom Pedrito Integrante do Farm Show, a Exposição de Angus de Dom Pedrito apresentou 39 animais rústicos em pista, pertencentes a quatro criadores. Tendo como jurado o técnico da ABA Fernando Velloso, foram levados a julgamento seis machos PO e 33 machos PC. Exposição de Santa Vitória do Palmar Realizada no mês de novembro, a Exposição de Angus Rústico de Santa Vitória do Palmar, RS, teve a participação de 99 animais de seis criadores. Com julgamentos conduzidos por Héctor Bonomi, foram à pista seis machos PO e nove fêmeas PO. A maior representação, porém, ficou com os animais PC – 54 machos e 30 fêmeas. DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA EXPOFEIRA DOM PEDRITO Trio Grande Campeão Macho PO: Tatuagens: K 55P / K 110P / K 120P Expositor: Leonoldo Anor Potter / Agropecuária Quiri Trio Grande Campeão Macho PC: Tatuagens: U43 / U70 / U80 Expositor: Francisco de Paula Cardoso Júnior / Fazenda da Barragem Trio Reservado Grande Campeão Macho PO: Tatuagens: 66 / 67 / 72 Expositor: Zilah Bastos Pires e José Roberto Pires Weber / Santa Thereza Trio Reservado Grande Campeão Macho PC: Tatuagens: K 34 / K 107 / K 132 / K 152 (RESERVA) Expositor: Leonoldo Anor Potter / Agropecuária Quiri Terceiro Melhor Trio Macho PC: Tatuagens: I 190 / I 119 / I 254 Expositor: Condomínio Yordi Vicente e Silva / Estância Vista Alegre do Ponche Verde DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA 79ª EXPOFEIRA DE SANTA VITÓRIA DO PALMAR MACHOS Exposição de São Francisco de Assis A Exposição de Angus Rústico de São Francisco de Assis, realizada em outubro no município de mesmo nome, teve 54 animais inscritos, pertencentes a três criadores, e julgados pelo criador Átila Dorneles. Entre os animais PO, 15 machos e nove fêmeas. Nos rústicos PC, 12 machos e 18 fêmeas. DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA 34ª EXPOFEIRA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS MACHOS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: 315/321/357 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Reservado Grande Campeão PO Tatuagens: 40/44/46 Expositor: Herton José Gonçalves Rodrigues – Agropecuária Ouro Branco do Tarumã – São Francisco de Assis - RS 3º melhor Trio PO Tatuagens: 1122/1145/1151 Expositor: Caio Cezar Fernandez Vianna Fazenda São Xavier – Júlio de Castilhos - RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: 1953/2003/2093 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: STTE119/STTE99/STTE69 Expositor: Sérgio Tessaro – Cabanha Santa Amábile – Pedras Altas - RS Trio Reservado Grande Campeão PO Tatuagens: STTE133/STTE135/TE75 Expositor: Sérgio Tessaro – Cabanha Santa Amábile – Pedras Altas - RS 3ª melhor Trio PO Tatuagens: 325/406/418 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: 1503/1522/1546 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição - Santa Vitória do Palmar - RS 3º melhor Trio PC Tatuagens: 2131/2135/2171 Expositor:: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: 1816/1854/1878 Expositor:: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Reservado Grande Campeão PC Tatuagens: 1406/1408/1410 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição - Santa Vitória do Palmar - RS FÊMEAS Trio Reservado Grande Campeão PC Tatuagens: 2296/ 2372/2472 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Reservado Grande Campeão PC Tatuagens: 1967/2063/2161 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: 252/272/324 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS Trio Reservada Grande Campeão PO Tatuagens: 462/476/524 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS 3ª melhor Trio PC Tatuagens: 2314/2350/2420 Expositor: Tarumã Agropecuária – Fazenda Querência – Alegrete - RS 3º melhor Trio PC Tatuagens: 115/116/132 Expositor: Marília e carlos Inácio Talavera Campos – Fazenda Albardão Santa Vitória do Palmar - RS FÊMEAS Trio Grande Campeão PO Tatuagens: A332/A352/A325 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição - Santa Vitória do Palmar - RS Trio Reservado Grande Campeão PO Tatuagens: 8315/TEI5001/TEI5002 Expositor: Helena Rodrigues Rotta – Estância Santa Amélia – Santa Vitória do Palmar - RS 3ª melhor Trio PO Tatuagens: TE21/TE16/TE17 Expositor: Ulisses Rodrigues Amaral – Cabanha Santa Joana - Santa Vitória do Palmar - RS Trio Grande Campeão PC Tatuagens: A301/A311/A346 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição - Santa Vitória do Palmar - RS Trio Reservado Grande Campeão PC Tatuagens: A348/A335/A300 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição - Santa Vitória do Palmar - RS 3ª melhor Trio PC Tatuagens: 5144/5031/5135 Expositor: Helena Rodrigues Rotta – Estância Santa Amélia – Santa Vitória do Palmar - RS EXPOSIÇÕES Janeiro / Fevereiro de 2011 39 Exposição de Rio Grande Outra importante exposição de rústicos integrante do ranking foi realizada em novembro, em Rio Grande, RS. Tendo como jurado Antônio Martins Bastos Neto, foram apresentados 90 animais de sete criadores. Entre os puros de origem, nove machos e 18 fêmeas. Entre os PC, 36 machos e 27 fêmeas. Campeão PC Campeã PO Campeã PC DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA EXPOFEIRA DE RIO GRANDE Trio Grande Campeão Macho PO Tatuagens: STTE 119/ STTE 69/ STTE 99 Expositor: Sérgio Tessaro – Cabanha Santa Amabile – Pelotas/RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PO Tatuagens: STTE 123/ STTE 111/ STTE 121 Expositor: Sérgio Tessaro – Cabanha Santa Amabile – Pelotas/RS Terceiro Melhor Trio Machos PO Tatuagens: 621/ 627/ 609 Expositor: Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello – Estância Santa Eulália – Pelotas/RS Trio Grande Campeão Fêmea PO Tatuagens: STTE 114/ STTE 144/ STTE 150 Expositor: Sérgio Tessaro – Cabanha Santa Amabile – Pelotas/RS Trio Reservado Grande Campeão Fêmea PO Tatuagens: A332/ A352/ TA325 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Terceiro Melhor Trio Machos PO Tatuagens: 625/ 626/ 616 Expositor: Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello – Estância Santa Eulália – Pelotas/RS Trio Grande Campeão Macho PC Tatuagens: 1503/ 1522/ 1546 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PC Tatuagens: 1513/ 1523/ 1524 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Terceiro Melhor Trio Macho PC Tatuagens: 1406/ 1408/ 1410 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Trio Grande Campeão Fêmea PC Tatuagens: A301/ A311/ A346 Exposição de Primavera de Uruguaiana Integrante do ranking de argola da ABA, a Exposição de Primavera de Uruguaiana, RS, realizada em outubro, teve como jurado Frederico Sastre, que julgou uma representação de 35 animais pertencentes a nove criadores. Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Trio Reservado Grande Campeão Fêmea PC Tatuagens: A300/ A335/ A348 Expositor: Parceria Rotta Assis – Estância Tradição – Santa Vitória do Palmar/RS Terceiro Melhor Trio Fêmea PO Tatuagens: 1259/ 1265/ 01269 Expositor: Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello – Estância Santa Eulália – Pelotas/RS Exposição de Bagé Realizada em outubro, durante a tradicional Expofeira de Bagé, a Exposição de Rústicos Angus, promovida pelo Núcleo de Angus Bagé, teve a participação de 33 animais de cinco criadores – 27 machos PO, três fêmeas PO e três fêmeas PC. Os julgamentos foram conduzidos pelos jurados Felipe Moura e Ricardo Kalil. DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DE BAGÉ EXPOFEIRA DE BAGÉ Grande Campeão Grande Campeã DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DA EXPO URUGUAIANA DE PRIMAVERA GRANDE CAMPEÃO Hornero Do Carumbé 1492 Tat.: 1492 Nascimento: 22/08/2007 Pai: Tres Marias 5887 Hornero Te Mae: Maggie Do Carumbé 1155 Peso: 1.005 Ce: 45,00 Alt.: 1,43 Aol: 106,00 Egs: 12,00 P8: 17,00 Expositor: Sérgio Bastos Tellechea, Cabanha Do Posto, Uruguaiana/Rs Criador: Agropecuária Tellechea RESERVADO GRANDE CAMPEÃO Fp Santa Angela 21 Tacuru Traveler Tat.: Tei21 Nascimento: 17/02/2009 Pai: Sav 004 Traveler 6032 Mae: Bayucuá 7539 Te Peso: 782 Ce: 41,00 Alt.: 1,36 Aol: 94,00 Egs: 7,00 P8: 9,00 Expositor: Frederico Fittipaldi Pons, Cabanha Santa Angela, Uruguaiana/Rs Criador: Frederico Fittipaldi Pons GRANDE CAMPEÃ Umbu 1349 Miss Holly Tat.: 1349 Nascimento: 16/03/2008 Pai: Sav 5175 Bando 1024 Mae: Umbu 197 Miss Holly Peso: 810 Alt.: 1,35 Aol: 85,00 Egs: 3º MELHOR MACHO 22,00 P8: 33,00 Umbu 1416 Brigadier Te Tat.: Te1416 Expositor: Angelo Bastos Tellechea, Nascimento: 15/09/2008 Cabanha Umbu, Uruguaiana/Rs Pai: Pastoriza 565 Brigadier Te Criador: Angelo Bastos Tellechea Mae: Umbu 709 Stamina Peso: 1.035 Ce: 42,00 Alt.: 1,43 RESERVADA GRANDE CAMPEÃ Aol: 90,00 Egs: 18,00 P8: 23,00 Umbu 1411 Stamina Te Tat.: 1411 Expositor: Angelo Bastos Tellechea, Nascimento: 08/09/2008 Cabanha Umbu, Uruguaiana/Rs Pai: Pastoriza 565 Brigadier Te Criador: Angelo Bastos Tellechea Mae: Umbu 709 Stamina Peso: 758 Alt.: 1,34 Aol: 69,00 Egs: 13,00 P8: 23,00 Expositor: Angelo Bastos Tellechea, Cabanha Umbu, Uruguaiana/Rs Criador: Angelo Bastos Tellechea 3ª MELHOR FÊMEA Santo Angelo Mana Kate F4 Tat.: F4 Nascimento: 05/10/2009 Pai: Cura 4925 Classic Headliner Te Mae: Santo Angelo Stractum Hornero Kate Teic20 Peso: 394 Alt.: 1,19 Aol: 49,00 Egs: 5,40 P8: 8,00 Expositor: Jorge Martins Bastos, Cabanha Santo Angelo, Uruguaiana/Rs Criador: Martins Bastos Agricultura E Pecuária Trio Grande Campeão Fêmeas PO Tatuagens: TE 118 / TE 135 / TE 147 Expositor: Zuleika Borges Torrealba - Bagé, RS Trio Grande Campeão Fêmeas PC Tatuagens: 274 / 278 / 283 Expositor: Banhado Parceria Agrícola / Pecuária - Bagé, RS Trio Grande Campeão Macho PO Tatuagens: C01 / C 04 / C13 / Expositor: Alfredo da Cunha Pinheiro, Bagé, RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PO Tatuagens: 139 / TE141 / TE133 Expositor: Zuleika Borges Torrealba, Bagé, RS Terceiro Melhor Trio Macho PO Tatuagens: TE76 / 84 / 99 Expositor: Zuleika Borges Torrealba, Bagé, RS Trio Grande Campeão Macho PC Tatuagens: 493 / 543 / 607 Expositor: Luiz Cláudio Lemieszek Pereira. Bagé, RS Trio Reservado Grande Campeão Macho PC Tatuagens: V 7 / V 69 / V 139 Expositor: Fernando F. Cardoso - Bagé, RS Terceiro Melhor Trio Macho PC Tatuagens: 455 / 465 / 468 Expositor: Alfredo da Cunha Pinheiro, Bagé, RS 40 EXPOSIÇÕES Janeiro / Fevereiro de 2011 Expo de São José do Rio Preto Realizada no mês de outubro, a Exposição de São José do Rio Preto, SP, integrante do ranking de argola, teve como jurado Willian Koury, que escolheu os campeões entre 109 animais inscritos, pertencentes a 13 criadores. Grande Campeão Grande Campeã Reservado de Grande Campeão Reservada de Grande Campeã Terceiro Melhor Macho Terceira Melhor Fêmea DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DE RIO PRETO GRANDE CAMPEÃO GARUPÁ 7880 DATELINE 7 TROUXAS HBB: 128373 Nascimento: 12/06/2008 Idade: 855d Pai: VERMILION DATELINE 7078 Mae: AZUL 6169 7 TROUXAS RELAMPAGO Peso: 1117 CE:45,00 Expositor: ELOY TUFFI, FAZENDA MC, ESPÍRITO SANTO DO PINHAL/SP Criador: JOÃO VIEIRA DE MACEDO NETO GRANDE CAMPEÃ VPJ BLACK THATTY HBB: 120722 Nascimento: 14/08/2007 Idade: 1158d Pai: TRES MARIAS 5887 HORNERO TE Mae: RED L4 ROSE 293J Peso: 861 Expositor: PAULO DE CASTRO MARQUES, CASA BRANCA AGROPASTORIL, FAMA/MG Criador: VALDOMIRO POLISELLI JR RESERVADO GRANDE CAMPEÃO FSL H BRIO TE 631 HBB: 130272 Nascimento: 06/12/2008 Idade: 678d Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE Mae: RED BOB KOMPENERO 055 Peso: 919 CE:42,00 AOL: 117,60 EGS: 14,50 P8: 18,80 Expositor: ANTÔNIO MACIEL NETO, FSL ANGUS ITU, ITU/SP Criador: ANTÔNIO MACIEL NETO RESERVADA GRANDE CAMPEÃ FSL H DOURADA TE 605 HBB: 130261 Nascimento: 23/11/2008 Idade: 691d Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE Mãe: FSL NARCISA TE89 Peso: 723 Expositor: LUIS HENRIQUE CAMPANA RODRIGUES, HR AGROPECUÁRIA, PONTALINDA/SP Criador: ANTÔNIO MACIEL NETO 3º MELHOR MACHO QUITO QUEBRACHO DA CORTICEIRA HBB: 120007 Nascimento: 05/10/2007 Idade: 1106d Pai: TRES MARIAS 5839 QUEBRACHO TE Mãe: FORTUNA DA CORTICEIRA F 23 Peso: 1076 CE:47,00 Expositor: CABANHA SANTA HELENA, SANTA ADÉLIA/SP Criador: LUIS ANSELMO CASSOL 3ª MELHOR FÊMEA FSL I ALA 853 TEI HBB: 137497 Nascimento: 21/11/2009 Idade: 328d Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE Mae: TRES MARIAS 7134 VRD Peso: 423 Expositor: ANTÔNIO MACIEL NETO, FSL ANGUS ITU, ITU/SP Criador: ANTÔNIO MACIEL NETO Exposição de Argola de Cascavel A Exposição de Angus de Argola, integrante da Expovel, realizada em novembro, em Cascavel, PR, teve um total de 57 animais inscritos, de nove criadores. O Jurado foi Marco Berruti. Grande Campeão Grande Campeã Reservado de Grande Campeão Reservada de Grande Campeã Terceiro Melhor Macho Terceira Melhor Fêmea DADOS DOS ANIMAIS CAMPEÕES DE CASCAVEL GRANDE CAMPEÃ GRANDE CAMPEÃO FELIZ 225 KALUMA ZORZAL HBB: 120711 Nascimento: 03/07/2007 Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE Mãe: CATANDUVA 339 ITALIANA Expositor: AUGUTO VIEIRA DE RUA PINTO GUEDES, CABANHA FELIZ, CAMPINA DO MONTE ALEGRE/SP Criador: AUGUTO VIEIRA DE RUA PINTO GUEDES MC INSANO DEFESA TENIENTE HBB: 137413 Nascimento: 20/06/2009 Pai: SANTA SERGIA TOMYRUBIO Mae: PAINEIRAS GRAN CANYON DEFESA Expositor: ELOY TUFFI, FAZENDA MC, ESPÍRITO SANTO DO PINHAL/SP Criador: ELOY TUFFI RESERVADA GRANDE CAMPEÃ RESERVADO GRANDE CAMPEÃO MC GABRIELA IANE ZORZAL HBB: 129268 Nascimento: 07/06/2007 Pai: TRES MARIAS 6301 ZORZAL TE Mãe: IANE DA CORTICEIRA 1398 Expositor: ELOY TUFFI, FAZENDA MC, ESPÍRITO SANTO DO PINHAL/SP Criador: ELOY TUFFI EPV MAX 805 HBB: 128689 Nascimento: 22/07/2008 Pai: EPV MAX 71 Mãe: EPV RUTH’S DARLING RED 210 Expositor: JOSÉ FILIPPON, ESTÂNCIA PONCHE VERDE, GUARANIAÇU/PR Criador: JOSÉ FILIPPON 3ª MELHOR FÊMEA 3º MELHOR MACHO PWM MARTINICA HBB: 138950 Nascimento: 11/01/2010 Pai: TRES MARIAS 5887 HORNERO TE Mae: RECONQUISTA 298 DUDA STRYKER Expositor: PAULO DE CASTRO MARQUES, CASA BRANCA AGROPASTORIL, FAMA/MG Criador: PAULO DE CASTRO MARQUES MC HUMBERT NINEVE HBB: 130609 Nascimento: 31/10/2008 Pai: SANTA SÉRGIA TOMYRÚBIO Mãe: CATANDUVA 871 NINEVE Expositor: ELOY TUFFI, FAZENDA MC, ESPÍRITO SANTO DO PINHAL/SP Criador: ELOY TUFFI PARCEIROS Janeiro / Fevereiro de 2011 41 Novas tecnologias e as consequentes mudanças na pecuária Por Marcos Silveira Vivemos em um mundo cada vez mais dinâmico em que novas tecnologias mudam rotinas, hábitos e culturas. Lembro-me que fui uma das primeiras pessoas da minha turma de amigos a ter um “e-mail”, e na época não gostava de computador. Mal sabia eu que “aquela maquininha dos infernos”, como costumava me referir, iria fazer parte do meu cotidiano diariamente. E como imaginar então, carros flex, aparelhos celulares, baterias recarregáveis de lithium, filmes pela internet, redes sociais virtuais e toda esta banalização da tecnologia? Lembro-me da caixa de sapatos cheia de fitas cassete que tinha de baixo do banco do meu Kadett. No meu aparelho de MP3 hoje, consigo botar o equivalente, em músicas, a umas 5 daquelas caixas! E posso baixá-las da internet, que é bem melhor que gravar do rádio tendo que torcer para o maldito locutor não falar nada no meio da música. M as a atividade econômica de gado de corte seguiu à moda antiga. Eram sempre os históricos 5% de gado inseminado no Brasil! As práticas de manejo não mudaram grandes coisas e muitos dos novos medicamentos, pelo mau uso, acabaram por perder sua eficácia. Seguíamos como uma “Maria Fumaça” num mundo movido a trem bala. Mas eis que nos recentes anos surgiram algumas novidades tecnológicas que prometem mudar este quadro: a IATF, o sêmen sexado e a prova genômica. Na IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) o produtor não depende mais deste grande gargalo da inseminação: o controle de cio. Na verdade, o tratamento aliado ao desmame temporário ou eCG permitem uma sincronização de cio do rebanho com data e hora marcada, além de uma ativação da função ovariana de vacas com cria ao pé. Daí advém todas as vantagens de se poder marcar o dia do cio: escolher o momento em que o produtor quer que nasça a maioria dos seus animais, ter a equipe disponível na inseminação e saber a semana em que as vacas sincronizadas não emprenhadas repetirão cio. Também é possível ressincronizar após ultrassonografia. Os produtores analisaram, fizeram contas; e hoje a IATF é uma prática comum. Alguns produtores nem querem fazer a inseminação convencional; preferem até os inferiores resultados em novilhas do que ter que administrar funcionários, horas extras, e fins de semana. Mas a IATF foi tão bem explicada e aceita que nem me ocorre muito a aqui acrescentar. Porém, o sêmen de corte sexado ainda se discutiu muito pouco. É fácil imaginar o frenesi causado pela tecnologia para os produtores de leite. Com sêmen sexado de fêmea a 90% (proporção de espermatozóides femininos por dose) o produtor não tem mais que se preocupar tanto com o acaso. Por este motivo óbvio as empresas de genética focaram esta inovação primeiramente no produtor de leite. Porém agora, já com mais máquinas e equipes funcionando, e com a tecnologia consolidada, a indústria começa a visualizar o nicho corte. Com mais opções e doses mais baratas o produtor ganha uma ferramenta de manejo excelente! Para o selecionador, é possível tirar fêmeas das melhores vacas. Também é possível acasalar com sexado baseado no objetivo. Já tive inúmeros touros dos quais eu queria fêmeas, mas não usei porque não tinha interesse nos machos. E o inverso também é verdadeiro. Mas o mais interessante do sexado é a utilização em gado comercial. Um mercado que chega a pagar 20% a mais, por terneiros machos; justifica seu uso, mesmo com os 15% a menos de fertilidade deste tipo de sêmen. Outro aspecto importante é que a maioria dos produtores conhece as vantagens dos cruzamentos entre raças. Zebuínos cruzados com taurinos desenvolvem o chamado vigor híbrido. Mas inseminar com o que a “F1” (filha de cruzamento)? este animal nasce; simplesmente pela avaliação no seu DNA. As vantagens de se saber, ao nascer, o valor genético do animal são diversas. Uma óbvia é a velocidade de seleção. Após a puberdade o tourinho já poderá ser coletado de forma a ser utilizado como um animal superior, não um animal em teste. E espera-se que os novos sejam mais eficientes que os mais antigos. Com o sexado, escolhemos a estratégia. Veja exemplos: 1 - Se eu quiser novilhos F1; cruzo com sexado de macho. Fêmea Nelore x Angus (sexado Macho) ↓↓ Macho F1 Terminal 2 - Se eu quiser fêmeas F1 de reposição, cruzo com sexado de fêmea; e cruzo as fêmeas F1 com uma terceira raça sexada de macho. Fêmea Nelore x Angus (sexado fêmea) ↓ Fêmea F1 x Braford (sexado macho) ↓ Novilho Terminal F2 Esta sempre foi a grande limitação da técnica. Destas fêmeas cruzadas, nascem fêmeas de pouca heterose, sem padrão e difíceis de acasalar, pois geram um animal ainda mais misturado e desuniforme. Veja um esquema simplificado no gráfico ao lado. O sêmen sexado permite ainda ao selecionador criar linhagens maternais e terminais! Se um criador focar em ganho de peso e carcaça; seguramente obterá uma linhagem “terminal” mais eficiente para a produção de novilhos. Já outro, focado em maternal, criará fêmeas mais precoces sexualmente, boas de aprumos e úbere, e facilidade de parto. Algo parecido com a estratégia da indústria suína. Por fim, a tecnologia da prova genômica, que já é realidade no leite, promete, em um futuro próximo, mudar também o perfil da indústria genética de gado de corte. Novamente pelo interesse econômico, mas também pela ampla base de dados do gado holandês, foi possível desenvolver uma tecnologia capaz de pular inúmeras e demoradas etapas para predizer o valor genético dos animais. Pelo método convencional, a Prova de Progênie, as centrais precisavam esperar um touro ter filhas em produção para poder promover tal animal. Hoje, ainda contamos com a “Prova de Progênie”, mas já podemos ter uma boa noção, com características de até 70% de acurácia, logo que No gado de corte, iniciativas como o Igenity, bem como a prova 50K da Pfizer em parceria com a CRI já dão a largada para a corrida tecnológica. Podem-se utilizar diferentes famílias e linhagens abrindo a diversidade genética das raças. Pode-se aumentar a quantidade de reprodutores em centrais, e colocá-los em fins e nichos específicos; inclusive para produção de sêmen sexado! E se pode minimizar o efeito ambiental na seleção de reprodutores. Enfim, depois de décadas sem grandes inovações, estamos vivendo um momento de grande transformação na pecuária bovina. Quiçá, estamos podendo pular da Maria Fumaça para o trem bala! Provavelmente, o mercado nos exigirá isso. As mudanças econômicas apontam para uma intensificação da produção agrícola. Cabe ao produtor cercar-se de uma equipe técnica competente para poder aproveitar as oportunidade das inovações. É hora de jogar fora aquela velha caixa de sapatos cheia de fitas cassete. Eu já fiz isso, mas gravei quase todas as músicas da antiga caixa, no novo MP3: Jorge Ben, Beatles, Chico Buarque, Demônios da Garoa e Roberto Carlos. Porque a tecnologia é uma coisa muito boa, mas algumas coisas ainda são melhores à moda antiga. Médico-Veterinário [email protected] www.crigenetica.com.br 42 Janeiro / Fevereiro de 2011 REPORTAGEM Código florestal: a polêmica continua Por Ana Esteves D epois de tantas discussões e polêmica durante o ano de 2010, o Código Florestal Brasileiro ainda aguarda para ser votado no Congresso Nacional. No entanto, a movimentação em torno do documento continua: o Ministério do Meio Ambiente (MMA) finalizou recentemente um texto alternativo ao apresentado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), fortemente criticado por ambientalistas ao longo do ano passado. O documento diminui concessões aos produtores. Uma das mudanças presentes no anteprojeto do governo trata da proteção de leitos dos rios. O ministério propõe que essa faixa seja reduzida em até 15 metros para fins de recomposição. Ou seja, quem destruiu mais do que o permitido terá que recuperar a metade do limite atual, que é de 30 metros. Pelo projeto do deputado, a faixa de proteção seria de apenas cinco metros. Além disso, a proposta do ministério não muda a faixa de proteção permanente, que continua sendo de 30 metros. Sobre a anistia proposta por Rebelo para quem desmatou ilegalmente até 2008, o MMA encontrou um meio termo: nem libera os desmatadores, nem os obriga a pagar multas. Eles terão um prazo negociado com as secretarias ambientais dos estados para recuperar a área degradada. Nesse período a multa é suspensa. Depois que o dano for sanado, a dívida será arquivada. Pequeno produtor terá processo simplificado O ministério também decidiu não liberar os pequenos produtores da obrigação de manter a reserva legal. Os agricultores familiares, no entanto, terão um processo simplificado para cumprir a lei. A demarcação da reserva legal, atualmente cara e burocrática, será gratuita e poderá ser feita com um simples GPS, sem a necessidade de um técnico que faça o georreferenciamento da terra. A nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, determinou que antes de qualquer coisa, o texto deve ser aprovado pela presidente Dilma Rousseff, antes de ser encaminhado ao Congresso. Após ser avaliado pela presidente, o anteprojeto será encaminhado na forma de Projeto de Lei do Executivo. O projeto de Aldo Rebelo deu um certo alívio aos produtores quando aprovado em julho pela Comissão Especial que trata do assunto na Câmara dos Deputados, mas mesmo assim contém determinações que continuam gerando polêmica, como a que se refere às Áreas de Preservação Permanente (APP’s), cuja proteção mínima, que era de 30 metros nas margens dos rios, caiu para 7,5 metros. Além disso, os estados poderão decidir sobre a conveniência de plantar em encostas e topos de morros e também dispensar a recomposição de área considerada consolidada. Antes, a recomposição era compulsória. Pelo novo código, as várzeas deixam de ser consideradas áreas de proteção permanente e podem ser desmatadas, caso não haja alternativa técnica para a construção de empreendimentos. No que se refere à reserva legal, os produtores eram obrigados a manter a vegetação nativa em pelo menos 20% das propriedades; na floresta amazônica, o percentual vai a 80%. Agora, propriedades até quatro módulos - área que varia de município para município - não precisam ter reserva, que só conta na parcela das demais propriedades que excederam quatro módulos. Áreas de cerrado na Amazônia podem ter reduzida a proteção para 20% da propriedade. O substitutivo prevê ainda que as áreas de proteção permanente podem ser descontadas do cálculo da reserva legal. CNA vê avanço, mas texto ainda não é ideal A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou que o novo Código Florestal reduziu o quadro de insegurança jurídica no campo, que segundo ela é um dos fatores que mais prejudica o agronegócio brasileiro. “Foi um bom avanço, mas o texto é o possível, não o ideal”. O pecuarista e advogado Fábio Gomes, ex vice-presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), disse ter um sentimento de inconformidade com o tratamento que o setor produtivo em geral tem recebido por parte do governo. “A capacidade de criar problemas aos produtores é inesgotável”, avaliou. Gomes considera errado o fato de que a discussão sobre o novo código esteja se voltando muito para estados, como é o caso do Rio Grande do Sul, cujas atitudes em termos de manejo das propriedades não tem repercutido de forma negativa no meio ambiente. “Essa preocupação deve se voltar para os problemas da Amazônia, onde tem ocorrido enormes desmatamentos. Mas não para regiões com mais de cem anos de tradição em lavouras, como é, por exemplo, o caso do arroz, no Rio Grande do Sul”, protestou. Pecuária vive situação de equilíbrio ecológico Para Fábio Gomes, as normas ambientais são necessárias, mas sem a “sede por multar, punir e criar problema ao setor produtivo”. Fábio Gomes disse não aceitar o fato de que um produtor com 50 hectares, com uma sanga no meio, tenha que deixar 50 metros de cada lado, “sendo que o mesmo encontra-se há décadas plantado e sobrevivendo daquilo. Esses produtores estão sendo incomodados e atrapalhados na sua produção”. Em relação à pecuária disse que os criadores têm vivido, há anos, numa situação de equilíbrio ecológico. “Não vejo nenhum pecuarista desmatando”, informou. Um dos pontos unânimes entre os ruralistas se refere à regionalização do código florestal, a exemplo do que fez Santa Catarina. O presidente da comissão de Meio Ambiente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Ivo Lessa, afirma que com a regionalização fica mais fácil definir os critérios do código florestal, porque a lei passa a se enquadrar para realidades específicas. “Assim como está, se imputam leis para realidades completamente diferentes”, argumenta. Para o dirigente, a discussão sobre a redução das APP’s muda de figura a partir do momento em que se tiver o zoneamento agroecológico do Estado. “Com ele, dependendo do caso, se pode propor a redução ou até o aumento das áreas de preservação permanente em até 50%”. Lessa argumenta ainda que hoje, com os sistemas de atividade agrícola como o plantio direto e as novas tecnologias aplicadas a campo, talvez 5 metros, 10 metros fossem o suficiente. “Precisa de um estudo técnico.” O dirigente da Farsul destaca que, o tema da regionalização vai voltar a ser proposto, quando o substitutivo for analisado pela Câmara. Manejo sustentável é alternativa viável Pelo lado dos que defendem a manutenção do código antigo, o advogado especialista em legislação ambiental e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), Gustavo Trindade, acredita que a relutância do meio rural em cumprir as regras relativas à reserva legal, prevista há mais de quarenta anos no Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4.771/65 - é incompreensível. “O que mais preocupa nas discussões sobre a reserva legal é a falta de informação acerca do que constitui exatamente esse instrumento normativo.” Para o especialista, muitos ignoram que, diferentemente das APP`s, a Reserva Legal não é dedicada apenas à preservação. Segundo Trindade, existe a possibilidade de aproveitamento econômico deste espaço, desde que sob regime de manejo sustentável. “O que se pretendia fazer era cumprir a lei, até hoje ignorada, por aqueles que deixaram de averbar a área de Reserva Legal na matrícula do imóvel.” Prazos de regularização Devem ser ampliados A questão da regularização ambiental também tem gerado muitas discussões, pela possibilidade de anistia de desmatadores. Antes, quem não havia registrado a reserva legal e tivesse desmatado áreas de proteção permanente, estaria sujeito a multas e embargo da produção. Pela proposta de Rebelo, os estados têm cinco anos para definir programas de regularização ambiental e poderão desobrigar desmatadores a recompor área abatida até julho de 2008. Sobre novos desmatamentos, o documento os proíbe por cinco anos para o agronegócio, mas assegura o uso de áreas desmatadas até julho de 2008, além das autorizações concedidas até a publicação da lei. Sobre a suspensão das multas, a presidente da CNA disse que os produtores poderão dar “uma respirada”. Ela negou que o relatório anistie os produtores que não cumprirem a legislação ambiental. “Mesmo se fosse anistia, só as sociedades organizadas é que perdoam dívidas”, afirmou. A senadora considerou ainda que, pela primeira vez, a sociedade pode discutir a legislação ambiental, discussão que está sendo feita no Congresso Nacional. “Nós estamos pela primeira vez avaliando atos monocráticos. O Brasil de 850 milhões de hectares não pode ser feito por uma mão só dentro de quatro paredes”, disse. Para Lessa é preciso ter cuidado para não confundir grileiro, desmatador ilegal, com produtor rural. “É preciso que se faça uma distinção, não colocar todos no mesmo saco. Tem muita gente que tem área rural, mas não produz, está fazendo daquilo lá outro tipo de negócio. A imagem do produtor fica muito ruim, é tudo muito ideológico”, sentencia. PARCEIROS Janeiro / Fevereiro de 2011 43 Efeitos das parasitoses sobre a reprodução bovina Octaviano Alves Pereira Neto Reprodução é uma atividade de “luxo” para os bovinos, ou seja, para só ocorre se as necessidades básicas estiverem supridas. Carências de energia, proteína, minerais e/ou vitaminas, o estresse (por calor excessivo) ou doenças infecciosas e parasitárias provocam falhas na atividade reprodutiva, que vão desde a falta de cio até a ocorrência de abortos. O parasitismo causa perdas de desempenho e alterações no ciclo reprodutivo dos bovinos. A ação direta e/ ou ação indireta dos parasitos reduz o peso dos animais, transmite doenças, como a Tristeza Parasitária Bovina (TPB) e causa estresse, provocando perdas produtivas ou mesmo mortalidade dos animais. A verminose afeta o crescimento de animais jovens, atrasa sua puberdade e a idade ao primeiro acasalamento. A Fascíola Hepática (conhecida também com Baratinha do Fígado ou Saguaypé) provoca lesões severas e alterações do fígado dos bovinos e ovinos, afetando diversas funções, dentre elas a reprodutiva. Os tratamentos devem incluir toda a gama de parasitos presentes, portanto, o diagnóstico é muito importante. O carrapato, a mosca-dos-chifres e as larvas do berne provocam perdas de desempenho tanto pelo parasitismo direto, como pela transmissão de doenças e estresse, o que leva à redução do apetite e peso, alterações na secreção de hormônios e no desejo sexual (libido). Bianchi e Alves (2002), no Mato Grosso do Sul, estudaram por quatro anos o impacto do controle da mosca-dos-chifres durante a estação reprodutiva. A percentagem média de prenhez das vacas tratadas, nos quatro anos, foi 15% maior do que nas vacas não tratadas. Uma das razões foi o menor parasitismo sofrido pelos touros durante a estação de monta. Dados semelhantes foram observados por Wecker et al. (2010) no controle do carrapato durante a estação reprodutiva, comparando fluazuron pour on (Acatak®) e banhos de caldas que associam cipermetrina e clorpirifós. As vacas que receberam fluazuron apresentaram uma taxa de prenhez 20,7% maior do que as tra- tadas pelo método tradicional (70% vs 58%, respectivamente; P= 0,013). O melhor escore corporal das vacas livres dos carrapatos proporcionou as condições necessárias para obter esta superioridade. Os produtos usados também podem interferir na reprodução. Banhos com carrapaticidas tradicionais (organofosforados, piretróides ou amitraz) podem favorecer abortos ou queda no consumo de alimentos pós-banho. Sampedro et al. (2002) compararam banhos com amitraz a cada 21 dias A sanidade gera condições para expressão da genética e da nutrição vs fluazuron pour on e detectaram abortos em vacas na ordem de 2,2% vs. 0,75% (P<0,05), respectivamente. No mesmo trabalho avaliaram novilhas de reposição e aquelas tratadas com o fluazuron apresentaram um ganho de peso superior ao das que receberam o banho (124 kg vs. 108 kg, respectivamente; P<0,05), atingindo, assim, o peso mínimo de acasalamento mais cedo. A maior toxicidez do amitraz e traumatismos durante o banho são causas comuns de prejuízo em tratamentos convencionais. Assim, o manejo reprodutivo dos rebanhos deve seguir rotinas que envolvam uma correta nutrição, exames andrológicos para substituição de touros com problemas e a adoção de programas sanitários, dando condições à expressão da fertilidade do rebanho, traduzida por altas taxas de prenhez e natalidade e melhores condições para futura lactação e criação do bezerro. Médico Veterinário Mestre em Zootecnia Novartis Saúde Animal [email protected] 44 Janeiro / Fevereiro de 2011 Enzimas fibrolíticas exógenas na alimentação animal Vanessa Peripolli; Júlio Otávio Jardim Barcellos & Ênio Rosa Prates A OPINIÃO s enzimas existem em praticamente todos dos lugares, ocorrem naturalmente e são produzidas por todos os organismos vivos e pela sua natureza catalítica aceleram as reações químicas permitindo o funcionamento de todos os seres vivos. Sem elas o alimento não poderia ser digerido. Atualmente existem mais de 3.000 diferentes tipos de enzimas e assim como as proteínas, são formadas por cadeias de aminoácidos. As enzimas aceleram ou catalisam as reações ao se ligarem ao substrato e a reação se estabiliza quando ocorre a formação de produto. As propriedades catalíticas das enzimas são determinadas pela forma e posição tridimensional do aminoácido reativo dentro da molécula. Condições que alteram a estrutura da enzima ocasionam a perda da atividade enzimática, portanto, as enzimas são altamente sensíveis ao ambiente que atuam e apresentam melhores resultados em temperaturas moderadas. A tecnologia enzimática está sendo utilizada na alimentação animal com o objetivo de melhorar o valor nutricional dos alimentos. Os animais utilizam enzimas - produzidas por ele próprio ou pelos microorganismos presentes no trato digestivo - para a digestão dos alimentos. Uma vez que o processo digestivo não é 100% eficiente a suplementação enzimática para aumentar a eficiência da digestão pode ser uma extensão do processo digestivo do animal. A ineficiência na utilização dos nutrientes repercute em aumento dos custos de alimentação para o produtor e em maior poluição ambiental. Simplificando, podemos citar quatro razões principais para a utilização de enzimas na alimentação animal: Remover fatores anti-nutricionais presentes em alguns alimentos. Estas substâncias podem interferir na digestão resultando em baixo desempenho e transtornos digestivos aos animais; Aumentar a disponibilidade de amidos, proteínas e minerais ligados à parede celular rica em fibra ou disponíveis em forma química (exemplo: fósforo fítico) que são inacessíveis as enzimas digestivas do animal; Quebrar ligações químicas específicas em matérias-primas que não são quebradas pelas enzimas digestivas do animal, liberando então mais nutrientes; Suplementar as enzimas endógenas produzidas por animais jovens, que devido à imaturidade do sistema digestivo, podem ser insuficiente e/ou inadequada. Além de melhorar o aproveitamento da dieta a adição de enzimas reduz a variabilidade no valor nutritivo dos alimentos, melhorando a precisão na formulação de rações, consequentemente melhorando a uniformidade dos animais alimentados com a mesma dieta, facilitando o manejo e melhorando a rentabilidade. A saúde dos animais pode ser indiretamente melhorada pela redução nos casos de distúrbios digestivos geralmente provocados pelos componentes fibrosos dos alimentos. Em termos gerais, na alimentação animal, quatro tipos de enzimas dominam o mercado: enzimas que degradam fibra, proteína, amido e ácido fítico, sendo as três últimas, voltadas principalmente para a alimentação de não ruminantes. Uso da tecnologia enzimática na alimentação de ruminantes No estado do Rio Grande do Sul, as forragens representam as principais fontes de energia para os ruminantes, sendo a celulose e a hemicelulose seus principais componentes químicos, que são hidrolizados no rúmen pela ação de enzimas, de bactérias, fungos e protozoários. Porém, a degradação dos substratos fibrosos é lenta e incompleta, o que diminui a disponibilidade de energia e proteína aos ruminantes, prejudicando o desempenho animal e aumentando os custos de produção. A suplementação da dieta de ruminantes com enzimas fibrolíticas exógenas é uma estratégia que busca aumentar a utilização dos nutrientes e a eficiência produtiva animal. O uso de enzimas exógenas na alimentação de ruminantes é uma tecnologia em desenvolvimento e iniciou-se no final da década de 60. Os elevados custos de produção das enzimas nessa época limitaram a utilização de adequada concentração enzimática para produzir uma resposta animal positiva, gerando respostas variáveis devido principalmente ao desconhecimento sobre o modo de ação desses produtos. Nas últimas décadas o uso de enzimas exógenas vem avançando graças ao seu amplo campo de aplicação, maior estabilidade de celulase e hemicelulase à ação das proteases do rúmen, alto Resumo dos efeitos da suplementação enzimática em ruminantes. Respostas da suplementação enzimática. custo de produção nos confinamentos e disponibilidade de melhores produtos no mercado. As enzimas exógenas exercem inúmeros efeitos na microflora gastrointestinal e no animal e provavelmente as respostas fisiológicas à suplementação com enzimas exógenas são de origem multifatorial. Embora existam milhares de enzimas fibrolíticas no mercado, elas são derivadas principalmente de quatro espécies de bactérias (Baccilus subtilis, Lactobacillus acidophilus, L. plantarum e Streptococcus faecium) e três espécies de fungos (Aspergillus oryzae, Trichoderma reesei e Shaccaromyces ceverisiae) (Muirhead, 1996). Outras espécies de fungos, como Humicola isolens e Thermomyces anuginosus são utilizadas em menor escala. No contexto de aditivo para ruminantes, as enzimas são empregadas para catalisar reações de degradação, onde o substrato (alimento) é transformado em seus componentes químicos - açúcares simples, aminoácidos, ácidos graxos - e estes utilizados para o crescimento celular e também pelos microorganismos ruminais. Os aditivos enzimáticos são classificados com base nos compostos sobre os quais agem, sendo denominadas de celulase e xilanase as enzimas que degradam a celulose e a xilana, respectivamente. É importante ressaltar que os produtos das enzimas fibrolíticas são combinações de atividade enzimática, portanto, atividades secundárias de amilases, proteases e/ou pectinases podem se associar as de celulases e hemicelulases, consideradas primárias ou essenciais aos ruminantes. Qual produto enzimático fornecer aos ruminantes? A caracterização das atividades enzimáticas deve ser o primeiro passo na seleção de um produto enzimático, pois as propriedades bioquímicas das enzimas geralmente são mal avaliadas ou não são determinadas, o que pode afetar a natureza das respostas. Além disso, a fonte (bactérias ou fungos) e o tipo de enzimas variam entre os produtos comerciais. Efeitos da suplementação enzimática A suplementação com enzimas exógenas de nodo geral melhoram a utilização do alimento antes do seu consumo e/ou aumentam a sua digestão no rúmen o/ou no trato digestivo pós-ruminal. Na realidade, estes mecanismos são interligados e as alterações mediadas pelas enzimas antes da ingestão têm conseqüência no trato digestivo. As enzimas quando adicionadas a dieta antes do consumo, promovem a liberação de carboidratos solúveis e removem barreiras estruturais que limitam a digestão dos alimentos pelos microorganismos ruminais. A suplementação no alimento confere maior estabilidade às enzimas pela formação do complexo enzima-substrato, aumentando assim o seu tempo de permanência no rúmen. Essa forma de aplicação proporciona a liberação lenta das enzimas no rúmen. Na falta do complexo enzima-substrato, as enzimas se solubilizam no liquido ruminal e fluem rapidamente para o intestino. No rúmen, as enzimas exógenas podem agir diretamente nos alimentos ou estimular indiretamente a digestão por potencializar as atividades das enzimas microbianas através do efeito sinérgico entre as enzimas exógenas e microbianas. Algumas enzimas são estáveis o suficiente para deixarem o rúmen e permanecerem ativas no abomaso e no intestino, auxiliando a digestão dos materiais que escapam da fermentação ruminal e também melhoram a absorção de nutrientes por reduzirem a viscosidade da digesta intestinal. Além disso, as enzimas fibrolíticas exógenas também complementam a atividade enzimática nas fezes por meio da aceleração na sua decomposição. Assim, o objetivo principal da suplementação enzimática em ruminantes é para melhorar a eficiência de utilização dos alimentos e reduzir a produção fecal. Porém, o modo de ação das enzimas exógenas é extremamente complexo e continua sendo o foco das pesquisas conduzidas com estes aditivos em dietas em ruminantes. As respostas ao uso de enzimas fibrolíticas exógenas são variáveis e podem ser influenciadas por inúmeros fatores como: método de aplicação, complexo enzimático específico, tempo e duração da aplicação das enzimas, estabilidade, nível enzimático, composição da dieta, teor de águas dos alimentos e estado fisiológico dos animais. Para obter resultados satisfatórios é necessário que ocorra a interação enzimasubstrato. Isso significa que um produto nem sempre produzirá a mesma resposta a diferentes tipos de alimentos, portanto, um bom aditivo deverá ter diferentes concentrações de atividades enzimáticas que atuem em vários alimentos. Como as dietas apresentam composição diferente em volumosos e concentrados, a especificidade enzima-substrato é grande dilema na formulação de produtos destinados a bovinos. Considerações finais Mesmo com os benefícios do uso de enzimas fibrolíticas exógenas, a adoção esta tecnologia ainda tem sido baixa devido ao seu alto custo em comparação aos ionóforos e antibióticos. Devido às preocupações dos consumidores com o uso de antibióticos e promotores de crescimento em bovinos, as enzimas podem ter um importante papel nos sistemas de produção no futuro. • Zootecnista, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Agronomia – Ufrgs/ Nespro. E-mail*: vanessa.peripolli@ hotmail.com • D.Sc. Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenador do Nespro • PhD. Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Colaborador www.nespro.ufrgs.br 45 Julho/Agosto de 2009 Janeiro / Fevereiro de 2011 45 46 Janeiro / Fevereiro de 2011 OPINIÃO Touros Angus Top 10 A publicação dos Touros Top 10 tem dois objetivos principais. Visa não só obter uma maior conectabilidade entre os diferentes rebanhos participantes do PROMEBO® como, também, facilitar a identificação e localização de reprodutores superiores na avaliação genética da raça, pelos criadores que se mostram interessados na genética Angus. Para integrar a listagem Top 10 Por Leonardo T. Campos existem alguns critérios de classificação: ter comparecido na ultima edição do Sumário de Touros Angus; ser considerado um touro em atividade, ou seja, com descendência avaliada pelo programa nos últimos quatro anos; conter progênie distribuída por três rebanhos no mínimo; e possuir disponibilidade de sêmen para comercialização nas principais Centrais de Inseminação Artificial estabelecidas - Touros Angus Top 10 2010 para Peso ao Nascer: APELIDO DO TOURO LIDER PIONEIRO TESORO BLACK WATCH BAR EXT 205 LARKS CANYON JOCKEY NOCAUTE CREDITO PREDESTINED REGISTRO DO TOURO IA-679 O089703 IA-737 IA-836 IA-522 IA-702 IA-676 O099951 IA-617 IA-750 PEL P P P P P P P V V P CIA Q,D,O T,P C B,C M,R G Q,D P C L,M PN DEP D -0.96 1 -0.90 1 -0.80 1 -0.61 1 -0.35 2 -0.30 2 -0.28 3 -0.21 3 -0.10 4 -0.05 5 GND DEP 4.29 1.78 1.50 5.22 4.06 2.07 4.09 3.94 7.14 4.77 D 1 3 4 1 2 3 2 2 1 1 INDICE DESMAMA 16.69 7.46 3.05 15.20 9.46 5.08 16.93 6.29 20.77 12.01 D 1 2 4 1 2 3 1 3 1 1 GNS DEP 2.56 3.36 3.67 6.73 7.20 7.34 1.14 4.01 6.54 2.13 D 4 3 3 2 2 2 5 3 2 4 INDICE FINAL 9.78 6.11 4.65 10.77 8.98 8.60 8.08 5.81 9.91 7.17 D 1 2 3 1 1 1 2 2 1 2 - Touros Angus Top 10 2010 para Índice a Desmama: ZORZAL TRAVELER 004 HORNERO CREDITO BRIGADIER MATRIX 4132 QUEBRACHO JOCKEY FORTUNE 1050 LIDER REGISTRO DO TOURO IA-850 IA-804 IA-849 IA-617 IA-796 IA-867 IA-755 IA-676 O084729 IA-679 PEL P P P V V P V P P P CIA O G O C C G O Q,D B,L Q,D,O PN DEP 0.64 0.35 0.26 -0.10 0.04 0.08 0.73 -0.28 0.01 -0.96 D 0 9 8 4 6 6 0 3 6 1 GND DEP 11.63 9.64 8.84 7.14 4.72 5.81 5.13 4.09 7.61 4.29 INDICE D DESMAMA 1 31.41 1 29.14 1 22.44 1 20.77 1 19.98 1 19.72 1 17.54 2 16.93 1 16.92 1 16.69 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 GNS DEP 14.71 16.56 9.01 6.54 3.84 8.08 7.65 1.14 11.93 2.56 D 1 1 1 2 3 1 1 5 1 4 INDICE FINAL 18.74 22.49 14.69 9.91 11.89 12.36 14.73 8.08 13.82 9.78 identificação de touros que produzam filhos de baixo ou razoável peso ao nascer, de parição facilitada, mas que acelerem suas curvas de crescimento na fase pós-natal. Os touros qualificados como Top 10 para Peso ao Nascer estão em ordem crescente a partir da menor DEP para peso ao nascer. Coordenador Técnico do Promebo® [email protected] * FORNECEDORES DE SÊMEN Os Touros Top 10 para Índice a Desmama são apresentados logo abaixo. Este índice desmama é composto por 50% para DEP Ganho de Peso ao Nascimento a Desmama (GND), e os outros 50% subdivididos para as DEPs nas características visuais: Conformação (C) = 10% , Precocidade (P) = 20% e Musculatura (M) = 20%, todas na fase pré-desmama. Os touros estão ordenados de forma decrescente, a partir do maior índice de desmama. APELIDO DO TOURO no país. Como critério adicional, adotou-se as exigências de DEPs positivas para duas outras características ponderais: ganho de peso do nascimento a desmama (GND) e ganho de peso do nascimento ao sobreano ou final (GNS). Adotar este critério adicional também para os Touros Top 10 para Peso ao Nascer evidencia que se busca a D 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 A B C D G I J L M N O P Q R T U V X Y ABS PECPLAN - www.abspecplan.com.br CENTRAL BELA VISTA - www.centralbelavista.com.br CIALE - www.ciale.com.br CIIADO - www.ciiado.com CRI GENÉTICA BRASIL - www.crigenetica.com.br LAS LILAS - www.laslilas.com JÓIA DA ÍNDIA - www.joiadaindia.com.br CRV LAGOA - www.crvlagoa.com.br SEMEIA - www.semeia.com.br AXELGEN I.A. - www.axelgen.com.br PROMEGA BRASIL - www.promega.com.uy PROGEN - www.progen.agr.br GERA - [email protected] SEMBRA - www.sembra.com.br ALTA GENETICS - www.altagenetics.com.br ARAUCÁRIA - www.argen.com.br VOLTA GENÉTICA - www.volta.com.br SEMEX - www.semex.com.br CORT GENÉTICA BRASIL - www.cortgeneticabrasil.com Logo abaixo são apresentados os Touros Top 10 para Índice Final. Este índice tem como características componentes e fatores de ponderação: ganho de peso, conformação, precocidade, musculatura e perímetro escrotal. Os touros estão ordenados decrescentemente, a partir do maior índice final. - Touros Angus Top 10 2010 para Índice Final: APELIDO DO TOURO TRAVELER 004 ZORZAL QUEBRACHO HORNERO FORTUNE 1050 BEXTOR JOAO ALANO MATRIX 4132 BRIGADIER BRUJO REGISTRO DO TOURO PEL CIA IA-804 P G IA-850 P O IA-755 V O IA-849 P O O084729 P B,L IA-727 P M O088680 V A IA-867 P G IA-796 V C IA-934 P L PN DEP 0.35 0.64 0.73 0.26 0.01 0.19 0.24 0.08 0.04 0.88 D 9 0 0 8 6 8 8 6 6 0 GND DEP 9.64 11.63 5.13 8.84 7.61 5.68 3.37 5.81 4.72 1.78 D 1 1 1 1 1 1 2 1 1 3 INDICE DESMAMA 29.14 31.41 17.54 22.44 16.92 12.48 13.68 19.72 19.98 15.58 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 GNS DEP 16.56 14.71 7.65 9.01 11.93 12.53 9.02 8.08 3.84 5.24 D 1 1 1 1 1 1 1 1 3 2 INDICE FINAL 22.49 18.74 14.73 14.69 13.82 12.58 12.56 12.36 11.89 10.81 D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Abaixo pode-se verificar a tabela que apresenta os componentes e fatores de ponderação do índice final Angus, e ainda a tabela com as legendas de todas as centrais de IA que apresentaram touros com avaliação genética no Sumário de Touros 2010 da ANC. Assim, o criador pode identificar o melhor touro para cada característica e onde obter sêmen deste. - Componentes e Fatores de Ponderação do Índice Final Angus: ÍNDICE FINAL Ganho de peso do nascimento a desmama Conformação na desmama Precocidade na desmama Musculatura na desmama Ganho de peso da desmama ao sobreano Conformação no sobreano Precocidade no sobreano Musculatura no sobreano Perímetro escrotal PONDERAÇÃO (%) 25 5 8 8 25 5 8 8 8 Promebo – últimos cinco anos Número de Produtos Inscritos Avaliados ao Desmame Vacas Avaliadas pela Habilidade Materna Avaliação Pós-Desmame 2006 32.679 26.592 26.592 16.861 2007 30.214 26.500 26.500 16.847 2008 31.476 24.664 24.664 15.183 2009 24.285 21.334 21.334 12.477 2010 28.251 25.144 25.144 15.905 Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne - 2010 NÚMERO DE ANIMAIS CONTROLADOS, POR RAÇA Raça AN BL BN BO CH DE HH MD MR SI SS TOTAL Aberdeen Angus Blonde Brangus Braford Charolês Devon Hereford Mediterrâneo Murrah Simental Shorthorn Inscrição 15.523 81 1100 2.867 663 224 7.643 70 37 43 Desmame 13.219 Sobreano 8.589 985 2.827 462 213 7.013 70 37 318 367 1.580 538 163 4.536 28.251 25.144 84 48 15.905 OPINIÃO Janeiro / Fevereiro de 2011 47 O que mais falta mais se valoriza Por Hyberville Paulo D´Athayde Neto S egundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o rebanho bovino brasileiro no fim de 2009 era de 205,3 milhões de cabeças, 1,5% maior que em 2008. O Mato Grosso é o estado com maior efetivo de bovinos, com 27,4 milhões de cabeças ou 13,3% do rebanho nacional. A segunda e terceira posições ficam com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 22,5 e 22,3 milhões de cabeças, respectivamente. Cada rebanho corresponde a 10,9% do rebanho nacional. A quarta posição é ocupada por Goiás, com 10,2% de participação, com um rebanho de20,9 milhões de bovinos. Rebanho nas regiões O rebanho absoluto aumentou em quatro das cinco regiões brasileiras (veja na Figura 1). Apenas no Nordeste caiu. O rebanho nordestino diminuiu 560,4 mil cabeças. Caiu para 28,3 milhões de cabeças. Nesta região ocorreu a maior queda absoluta de rebanho estadual. Em 2009 o rebanho baiano diminuiu 869,4 mil cabeças. Na região Sudeste o rebanho aumentou, mas perdeu na participação nacional em relação a 2008. A participação da região Sudeste caiu de 18,7% para 18,5%. Em 2009 havia 38,0 milhões de cabeças na região. A participação da região Sul se manteve em 13,6%, apesar do aumento de 1,2% no número de cabeças. O rebanho em 2009 era de 27,9 milhões. No Centro-Oeste e Norte do Brasil os rebanhos aumentaram 2,5% e 3,4% no período (aumentos de 1,7 e 1,3 milhão de bovinos, respectivamente). Essas duas regiões aumentaram também suas participações em nível nacional. A região Centro-Oeste detém 34,4% do rebanho nacional. A região Norte abriga 19,7%. Mais da metade do rebanho nacional se encontra nessas duas regiões. Rebanho maior e preços em alta - como podem ser? A escalada de preços em 2010, com alta de 51% entre o início do ano e o pico de preços em novembro, revelaram que a oferta esteve menor. A demanda, por sua vez, se recuperava da crise global, mas não houve demanda excessiva a ponto de justificar tal alta, considerando que a procura foi firme o ano todo. Há duas maneiras de um rebanho crescer. Através da cria ou da importação. O Brasil não é importador de bovinos em volume expressivo, o que nos deixa a outra opção como responsável pelo aumento do rebanho: a cria. Desde 2007 a participação de fêmeas nos abates tem caído. Estas fêmeas que deixaram de ser abatidas estão produzindo bezerros. O abate de fêmeas em 2005 e 2006 foi intenso, afetando negativamente a produção de bezerros. Em 2010, viu-se que a oferta de bois gordos ainda não se recuperou. Isto explica as altas de preços entre 2007 e 2010, com a cotação patinando em 2009 devido à crise global. A valorização este ano foi mais expressiva para o boi gordo, em relação à reposição, o que melhorou a relação de troca. Entre o começo do ano e o pico de preços, o boi gordo subiu 51%. O bezerro anelorado de doze meses subiu 27% no mesmo intervalo de tempo. O que mais falta mais se valoriza Mesmo com o preço do bezerro subindo, a escassez de bois gordos foi maior. Em 2011 estes bezerros serão garrotes, e as vacas que não foram abatidas nos últimos anos continuarão parindo. O investimento em cria nesta estação foi forte. Ou seja, o preço do bezerro subiu menos por que a oferta está melhor, o rebanho para reposição está aumentando. Os números do IBGE indicam isso. O aumento do número de bezerros pode ser identificado também através dos aumentos no rebanho em 2009 nos estados onde a cria é expressiva. Se desconsiderarmos as variações no Rio Grande do Norte (11,7%) e Amapá (9,6%), que têm rebanhos relativamente pequenos e mais sujeitos a variações percentuais, os Estados com maiores incrementos de rebanho foram Mato Grosso (5,1%) e Pará (3,9%), regiões onde a cria é relevante. Rebanho e disponibilidade de animais O crescimento do rebanho ocorre por meio da bezerrada, portanto, este aumento de rebanho divulgado pelo IBGE, estará disponível para abate em breve. Deve-se lembrar que a retenção de fêmeas ocorre desde 2007. Mas, para quantificar as variações e o tamanho do rebanho em cada região, fizemos um exercício. Quanto este rebanho maior significa em termos de abate? Considerando o desfrute brasileiro em 2009 (20,4%), estimou-se a oferta de animais para abate por estado e a quantidade de unidades que podem ser supridas nas condições de ociosidade e dias de abate definidas. Os resultados estão na tabela 1. Utilizou-se como padrão uma planta com capacidade de abate de 1.000 cabeças por dia, trabalhando 260 dias por ano, com ociosidade média de 25%. Este frigorífico demanda 195 mil cabeças por ano. Aqui cabem considerações. Os rebanhos em cada estado têm distribuições diferentes de idade, o que influencia no desfrute. Estados de cria, por exemplo, têm desfrutes menores que estados invernistas. Existe também o comércio interestadual, como o que ocorre em São Paulo, com frigoríficos do Estado comprando animais do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, por exemplo. Rebanhos em crescimento têm participação maior de animais mais novos, o que influencia na disponibilidade de animais terminados. É o que se viu este ano. Com essas ressalvas, o Mato Grosso tem a maior oferta de animais para abate, cerca de 5,6 milhões de cabeças por ano, capazes de abastecer 28 plantas frigoríficas nas condições fixadas. Expectativas para 2011 Com a falta de bois gordos observada em 2010, não se pode esperar exagero de oferta em 2011. Mas esta tende a ser melhor no ano que vem, devido à maior produção de bezerros nos últimos anos. A melhoria de oferta de animais para reposição pode provocar queda ou reduzir o preço em relação ao boi gordo e, consequentemente, melhorar a relação de troca. Veja na figura 2 as relações de troca anuais entre o boi gordo e bezerro em São Paulo, nos últimos anos. Apesar da melhoria na relação de troca de nos últimos meses, por causa da alta do preço da arroba do boi gordo, na média de 2010 o patamar ainda ficou baixo, diante da série histórica representada na figura 2. Em 2011, uma possível frouxidão no preço da reposição, maior que no preço do boi gordo, pode aumentar o poder de troca. Médico-veterinário, consultor da Scot Consultoria [email protected] Rebanhos estaduais, disponibilidade estimada de animais para abate e plantas frigoríficas supridas Estado Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins Brasil Rebanho (milhões de cabeças) 2,51 1,19 0,10 1,35 10,23 2,49 0,10 2,19 20,87 6,89 27,36 22,33 22,47 16,87 1,24 9,56 2,30 1,68 2,12 1,15 14,37 11,53 0,48 3,97 11,22 1,12 7,61 205,29 Fonte: IBGE / Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br Disponibilidade para abate (em mil cabeças) 512,0 243,2 21,4 275,6 2.087,0 508,9 20,8 446,2 4.258,5 1.404,7 5.580,8 4.554,4 4.583,8 3.440,7 252,2 1.950,7 468,7 343,2 433,3 234,6 2.930,7 2.352,7 97,0 809,1 2.289,3 228,6 1.551,5 41.879,64 Plantas Supridas 2,63 1,25 0,11 1,41 10,70 2,61 0,11 2,29 21,84 7,20 28,62 23,36 23,51 17,64 1,29 10,00 2,40 1,76 2,22 1,20 15,03 12,07 0,50 4,15 11,74 1,17 7,96 214,77 48 Janeiro / Fevereiro de 2011