INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 9 . No 45 . 1º TRIMESTRE 2013 Alto Bela Vista ganha Centro de Cultura Lucro de 2012 é de R$ 1,5 bi Carteira de clientes livres cresce com força A corrida pela Energia Solar Palha de arroz é usada em termelétrica SUMÁRIO 03 04 06 09 14 16 20 22 mensagem do presidente 03. Os desafios de 2013 24 360º 04. Consórcio rebatiza Usina Machadinho 04. Entre os Melhores Executivos 04. Amigos do Centro de Cultura 05. Campanha sobre Macrófitas 05. Recorde de Geração 28 entrevista 22. América Latina, um mercado emergente USINAS 24. Projetos eólicos sopram na Bahia 25. Torres começam a ser montadas em Trairi 26. A corrida pela energia do Sol GDF suez 28. Enersur assina contrato de 170MW com mineradora Cultura 28. Obras de Usina Solar são iniciadas no Chile 06. 29. Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia 30. Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012 30. Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO Uma Cidade e sua Cultura meio ambiente 09. Educação Ambiental nas Usinas 10. Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) serão modernizadas 12. Projeto inovador de co-firing 31 alta voltagem 31. Menina de Ouro 31. Licença de Operação Resultados 14. 06 Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão MERCADO 16. Aumento expressivo na carteira de mais destaque para Clientes Livres 18. Ações de Relacionamento 19. Programa de Visita 31 empresa 20. R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012 12 2 Tractebel Energia Mensagem do Presidente Os desafios de 2013 O início de um novo ano, na Tractebel Energia, fecha um ciclo de Plínio Bordin reflexões e planejamento iniciado no final do ano anterior. Pensar sobre o futuro e escolher os caminhos mais promissores nos permite posicionar melhor a Companhia frente aos desafios do novo ano. No setor elétrico, o ano de 2012 foi marcado por discussões sobre a renovação das concessões das Usinas Hidrelétricas e pelo aumento da geração termelétrica com objetivo de minimizar os efeitos da redução do volume de água armazenada nos reservatórios das hidrelétricas, ocasionado pela frustação da expectativa das chuvas no período. Neste contexto, várias questões foram abordadas, considerando que o País não está imune à possibilidade de um novo racionamento de energia, em função da configuração de sua matriz energética. Sua grande dependência de fontes hidráulicas, positiva quanto à questão de emissões de poluentes, pode deixar o país exposto às consequências dos períodos de baixa hidrologia, principalmente porque o tamanho dos reservatórios dos novos empreendimentos vem sendo reduzido, atendendo o objetivo de minimizar impactos ambientais, mas tornando estas usinas mais dependentes da regularidade das chuvas. A opção de se ter mais usinas operando com reservatórios de baixa regularização, quase a fio d´agua, exige que outras fontes sejam adicionadas rapidamente ao sistema, utilizando os recursos disponíveis, mesmo que de fontes fósseis e mais caras, visando manter sua integridade em face de eventuais variações climáticas que possam vir a ocorrer. Ainda em consequência destas questões, o primeiro trimestre de Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia 2013 trouxe a edição de instrumentos regulatórios que afetam todos os agentes de mercado, em especial os geradores. Por meio desses instrumentos, o governo alterou a regra de formação de preços de da Empresa, fundamental para que sua participação relativa energia e do rateio dos custos de segurança energética ocasionados no mercado permaneça crescente ao longo dos próximos pela maior operação de unidades termelétricas. O objetivo destas anos. E este não é um desafio fácil, considerando que o mudanças é minimizar o impacto do custo da energia elétrica para Brasil ainda necessita de muita energia para sustentar seu os consumidores finais, o que é elogiável, exceto pelo fato de que desenvolvimento, e que o atendimento de sua necessidade isto foi feito transferindo a conta principalmente para os geradores futura irá exigir um esforço gigantesco de todos que atuam de energia, o que no curto prazo trás insegurança regulatória e pode neste setor. vir a afetar as decisões de novos investimentos no setor, e no longo Projetamos investir no ano R$ 1,19 bilhão na manutenção prazo se reverterá em aumento do custo para os consumidores de nossas Usinas, na finalização da construção do finais. Complexo Eólico de Trairi e em outros projetos de fontes O ano de 2012 foi também um ano de menor crescimento da complementares. Estas iniciativas contribuirão para minimizar economia e, apesar das dificuldades decorrentes, conseguimos os riscos hidrológicos do atual sistema elétrico brasileiro. cumprir as metas que estabelecemos e tivemos um bom resultado. Sendo assim, em 2013 o grande desafio será manter os bons Manoel A. Zaroni Torres resultados alcançados no passado e a capacidade de investimento Presidente BoasNovas 3 360o Consórcio rebatiza Usina Machadinho Ao completar 10 anos de atividades, a Usina Hidrelétrica Machadinho, mudou de nome. Desde o dia 23 de dezembro de 2012, passou a se chamar Usina Hidrelétrica Machadinho – Carlos Ermírio de Moraes. Uma homenagem das empresas do Consórcio Machadinho ao líder que, por 10 anos, esteve à frente do Conselho de Administração da Votorantim e dedicou sua vida a projetos que trouxeram progresso e crescimento ao país. O empresário, filho de Antônio Ermírio de Moraes, faleceu em 2011. A cerimônia ocorreu em Brasília com a presença de autoridades, representantes do setor elétrico, acionistas do Consórcio Machadinho, amigos e familiares de Carlos Ermírio de Moraes. Durante sua gestão como presidente do Conselho de Administração, entre 2001 e 2011, triplicou os investimentos em geração de energia elétrica na Votorantim, atingindo 2.600 MW de capacidade instalada. Consórcio homenageia um de seu maiores parceiros Amigos do Centro de Cultura Melhores Executivos Entre os Depois de 15 meses de funcionamento, a diretoria da ADECOVA homenageou oito pessoas com o Certificado de Amigo do Centro A edição de janeiro/fevereiro Plínio Bordin de Cultura de Entre Rios do Sul por terem contribuído para o da revista Harvard Business desenvolvimento da cultura na região. Em 2012 foram 25 municípios da Review traz a seleção com os 100 região atendidos no Centro, cerca de 70 apresentações artísticas e 150 melhores executivos do planeta. oficinas, entre elas de música, dança, teatro. O presidente da Tractebel Na solenidade, o presidente da ADECOVA, entidade mantenedora do Energia, Manoel Zaroni Torres, é Centro, Zilmar Romano entregou os certificados para o prefeito de Entre o 29o colocado no ranking ao lado Rios do Sul, Volmir Francescon; ex-prefeito, Volnei Pedott; ex-presidente de oito outros brasileiros, como da ADECOVA, Avelino Bortolini; ex-gerente da Usina Passo Fundo, Roger Agnelli, ex-Vale, que ocupa Thobias Alencar Carloto; membro do Comitê de Sustentabilidade da o quarto lugar. Tractebel Energia, Mário Correia de Sá Benevides; diretor Administrativo Desde 1999 como presidente da Tractebel Energia, Luciano Andriani; do setor de Comunicação da da maior empresa privada Tractebel, Luciane Pinheiro Pedro; gerente das Usinas do Alto Uruguai de geração de energia do da Tractebel Energia, Élinton André Chiaradia; e para os voluntários do Brasil, Zaroni compartilha o Centro de Cultura, Elisiane Artuzo e Heron Felipe Rigon. resultado com sua equipe de 1000 funcionários espalhados Os agraciados ainda assistiram a apresentações das oficinas de ballet, Manoel Zaroni Torres CEO por 22 Usinas e a Sede, em dança do ventre, jazz, street dance, violão, karatê e capoeira. Mais de 340 pessoas se envolveram em 2012 no Centro de Cultura, número que Florianópolis. “Estou muito cursou Engenharia, o Jornal contente e considero que só da Cidade fez uma reportagem represento e conduzo um time onde abordou as qualidades do vencedor, e o resultado pertence executivo e a receita para chegar a todos os colaboradores da onde está. Já a Folha de S. Paulo Tractebel”, afirma. citou o time brasileiro no ranking Levou o presidente para as da revista, que é uma das mais páginas de jornais de Norte a Sul respeitadas do setor e publicada do Brasil. Em Itajubá (MG), onde desde 1922. superou as expectativas da ADECOVA. Divulgação Tractebel Centro de Cultura de Entre Rios do Sul 4 Tractebel Energia 360o Campanha sobre Macrófitas Daniel Nascimento Uma iniciativa da Tractebel Energia em parceria com o Ministério Público de Goiás, a Saneago e a Prefeitura Municipal de Minaçu está levando informações e buscando a conscientização da população de Minaçu e região sobre a importância de conservar as águas do lago da Usina Hidrelétrica Cana Brava. A campanha de comunicação utiliza folders, outdoors e folhetos entregues junto com a conta de água para alertar a população sobre a necessidade de ligação das redes domésticas de esgoto ao sistema público implantado na cidade, cujo tratamento é realizado na estação construída pela Tractebel e doada ao município. “As macrófitas não são um mal em si ao lago, mas demonstram que as águas estão poluídas com material orgânico. Essas plantas podem prejudicar o bom funcionamento da Usina e precisam ser retiradas do lago antes de chegarem à Usina”, comenta Andreia Szortyka, analista de Meio Ambiente da Regional Tocantins da Tractebel Energia. Campanha educativa chama todos à responsabilidade sobre o Lago de Minaçu Recorde de Geração Plínio Bordin Plínio Bordin A produção de energia nas usinas da Tractebel bateu novo recorde instantâneo em 15 de janeiro de 2013, com geração de 7.653,563 MW e fator de capacidade de 90,11%. “Isso significa que mais de 90% da capacidade de produção estava sendo utilizada no momento”, explica o diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo. Outro destaque na geração fica com as usinas eólicas de Beberibe e Pedra do Sal, ambas no Nordeste, que apresentaram geração elevada, muito acima dos anos anteriores. “A potência instalada de ambas é de Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR) Complexo Jorge Lacerda (SC) 43,6MW e no ano passado elas produziram em conjunto 169.495,092 MWh, equivalente a uma geração média de Plínio Bordin Leandro Provedel 19,3MW”, explica o diretor. Com um fator de capacidade (FC) de 44,26%, o mês de outubro foi o mais produtivo. A Usina de Beberibe marcou 59,6% e a Usina de Pedra do Sal atingiu 64,31%. O fator de capacidade das usinas de energia elétrica é um indicador de produtividade (em %) que representa a relação de quanto a Usina produziu efetivamente sobre o que ela tinha capacidade de produzir no período. “No caso específico das eólicas obtido em 2012 indica uma grande favorabilidade de ventos na região aliada a uma disponibilidade alta dos aerogeradores”, finaliza Minuzzo. Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) Usina Eólica Beberibe (CE) BoasNovas 5 CULTURA Uma Cidade e sua Cultura Os Muller, Hoffmann, Maltauro, Frias, Tiets, Gonçalves, Bervian, O acordeom pelo visto é uma das vocações musicais da cidade. Reichert, Schmitz, Gosenheimer, entre muitas outras famílias, na Assim como João, Gabriela Gosenahimer, de 7 anos, segue os maioria de origem alemã, mostraram seus dotes artísticos na noite de passos do avô e da mãe no gosto pelo instrumento. 21 de março, na inauguração do Centro de Cultura de Alto Bela Vista, Quase na última fila seu Alberto Onório Tiets, 80 anos, aposentado, cidade no meio-oeste de Santa Catarina. O que lá se assistiu foi uma primeiro telefonista da cidade e ex-proprietário do terreno onde arte construída dia a dia, passada de geração para geração com a foi implantado o Centro de Cultura, gostou de ver filhos e netos se participação de todas as idades “dos 8 aos 80 anos”. A música e a apresentando. “Tudo muito lindo”. dança estão no sangue e na alma dessa comunidade de pouco mais de Composto por 10 adolescentes entre 15 e 18 anos, o grupo de violão 2 mil habitantes. do professor Maiquer, grande incentivador da música na cidade, foi Ao pisar no palco Marina Hoffmann, 9 anos, trazia um misto de muito aplaudido. Helen Muller, 16 anos, toca desde os 13. “Sempre ansiedade e prazer. Ao dar o primeiro acorde no piano ela soltou a voz gostei de música e aqui temos também amizade”, conta. para receber o aplauso do público que lotava o teatro. Ao seu lado, A colega Tainá Maltauro acredita que o Centro vai possibilitar, com a João Gabriel Frias solou na gaita a canção Roubo da Gaita Velha, com oferta de oficinas para aprimoramento e aprendizado com músicos marcação de palmas dos colegas e da comunidade. João, de 7 anos, convidados, o compartilhamento de conhecimento. Admiradora do desde os 5 estuda acordeom, é filho de trompetista e neto de gaiteiro. grupo mexicano Maná, Natália Gonçalves diz que agora ela e seus Por convite de Renato Borgheti, ele acompanhou o músico que admira colegas, que tocam diferentes estilos musicais, vão ter um lugar para no palco principal. “Foi muito legal”, confessou João Gabriel. se apresentar. LS Fotografias Esse é o legado que deixamos para a comunidade. Queremos levar outros projetos como esse, que é o segundo do Brasil e o primeiro de Santa Catarina, a outros locais do país, com parcerias para o desenvolvimento social, ambiental e cultural. José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Operação da Tractebel Energia. Prefeita Catia, Ernani (de óculos) e Minuzzo (à direita) no descerramento da placa inaugural 6 Tractebel Energia CULTURA LS Fotografias De geração para geração Sérgio Schmitz, ex-prefeito e integrante da Banda Municipal, identifica o potencial cultural da cidade. “Um povo tem de saber de sua história para projetar seu futuro, gerando conhecimento às novas gerações”, explica. Para a atual prefeita, Catia Tessmann Reichert, com as duas filhas nas apresentações musicais, a cultura é a essência da “nossa terra”. O projeto do Centro de Cultura e a administração é da ACABEVI (Associação Cultural de Alto Bela Vista), apoiado pela Prefeitura Municipal, patrocinado pela Tractebel Energia, via Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet –, e idealizado pelo Comitê de Sustentabilidade da geradora e comercializadora. Para o presidente da Associação, Ernani Bervian, o espaço vai trazer não só uma nova realidade para as manifestações culturais do município e de seu entorno, como se tornará um endereço certo para amplas atividades. Er erfulle deine FuBe mit Tanz / und deine Arm emit Kraft / Er erfulle deine Ohren mit Musik / und deine Nase mit Wohlgeruchen. Essa foi a saudação em alemão do pastor luterano na inauguração do Centro. Traduzindo: O Senhor te abençoe / Ele preencha seus pés com dança / e os braços com força / Ele preencha seus ouvidos com música / e seu nariz com perfumes. Evoé! Que esse Centro de Cultura implantado em março de 2013 vibre “Alto” e seja uma janela de “Bela Vista” para a arte. João, 7 anos: A fruta não cai longe do pé O projeto dos Centros de Cultura A ideia de construir centros de cultura, na área de atuação da empresa em diferentes regiões do Brasil, nasceu no Comitê de Sustentabilidade da Tractebel Energia, grupo formado por empregados de diferentes áreas da Companhia. Apoiar a implantação de centros de cultura, dotados de anfiteatro, biblioteca, salas de exposição e de capacitação profissional é uma forma de contribuição mais duradoura, sustentável, e que amplia as possibilidades de convívio comunitário e desenvolvimento social e cultural no entorno dos empreendimentos da Empresa. Para sua implantação é necessária a existência ou criação de uma entidade formada pela sociedade local, sem envolvimento com interesses econômicos ou político/partidários, de forma a criar as condições de sustentabilidade desses centros no futuro, de forma independente tanto da Empresa quando do poder público, que passa a ser responsável pelo empreendimento. Depois são efetuadas a capacitação de seus gestores e de membros da comunidade em geral, que definem suas necessidades considerando as características e recursos locais. Após a conceituação e aprovação do projeto arquitetônico, é elaborado um projeto que é encaminhado para o Ministério da Cultura para enquadramento na lei de incentivo à cultura ( Lei Rouanet), com o compromisso de apoio da Tractebel Energia. Como todo esse processo é desenvolvido em conjunto, envolvendo a comunidade local e a Empresa, não há qualquer tipo de comissionamento para a captação de recursos, o que garante maior resultado para a comunidade em sua aplicação. Ao longo dos anos, a proposta do Comitê de Sustentabilidade da Tractebel Energia é construir um centro em cada uma das regiões onde estão situados os 80 municípios situados nas locais onde a Empresa possui empreendimentos. BoasNovas 7 CULTURA LS Fotografias PERFIL DO CENTRO A CIDADE O espaço principal do Centro de Cultura é o auditório que Emancipada de Concórdia desde 1995, Alto Bela Vista foi fundada em abriga o cinema e o teatro, com uma plateia de 250 lugares. 1953 e, inicialmente, era chamada de Volta Grande. Apenas em 1992, a Além disso, conta com salão para exposições e salas onde cidade ganhou a atual denominação. serão ministradas oficinas de teatro, dança e música. Parte Com cerca de 2 mil habitantes, a “Capital Catarinense do Coalho”, das atividades é gratuita e parte será cobrada a preço popular. como é conhecida, está a 580 km de Florianópolis, e possui área de Na agenda anual do Centro estão encenações de teatro, 104 km². Entre os diversos atrativos naturais estão a sequencia de três dança e música, exibições de filmes, além das apresentações quedas d’água no Rio Velho Vicente Alto Bela Vista; a Ponte Metálica resultantes das oficinas. A estimativa de público é de 30 mil sobre o Lago da Usina Hidrelétrica Itá que liga o município a Marcelino pessoas por ano. A Associação contempla alunos da rede Ramos (RS); e as festas regionais – como a Femic (Festa de Integração pública com bolsas de estudos e estágios. entre as Comunidades) em janeiro; a festa do Kerb (representa parte Numa extensão de 2.176,65m² e com área construída de do tradicionalismo dos primeiros colonizadores), em abril; e a Jiricada, 987,90 m², o Centro contou com R$ 1,1 milhão por intermédio evento mais conhecido do município que promove a valorização e da Lei de Incentivo. descontração dos agricultores. LS Fotografias LS Fotografias 8 Tractebel Energia MEIO AMBIENTE Educação Ambiental nas Usinas Plínio Bordin O programa de Educação Ambiental e de Visitas, desenvolvido nas 22 Usinas da Tractebel Energia, levou em 2012 mais de 93,6 mil pessoas às áreas externas e internas das Usinas termelétricas, hidrelétricas e complementares da Companhia. Na Usina Hidrelétrica Machadinho, por exemplo, sete mil pessoas, entre agricultores, alunos, turistas, Clubes de Mães, Sindicatos e CTG’s (Centros de Tradição Gaúcha) conhecereram o processo de geração de energia elétrica na divisa do RS e SC, onde está localizada a hidrelétrica. “Nosso grupo gostou muito da visita, principalmente a parte do vertedouro. Eu nunca tinha visitado uma Usina e adorei o passeio”, conta a secretária da Associação de Moradores do Loteamento Parizotto, em Capinzal (SC). Ao longo de 2012, foram plantadas e distribuídas 311.038 mudas nas Usinas da empresa, segundo informações da Gerência Ambiental da Companhia. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado na cidade de Capivari de Baixo (SC), foi o que mais doou mudas, num total de 87.984. A Hidrelétrica Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, foi a que mais plantou mudas 54.790 e no mês de novembro bateu o recorde, Do horto da Usina Hidrelétrica Estreito saíram mais de 35 mil mudas que foram doadas ou plantadas na região em 2012 plantando 13.150 árvores. Divulgação Tractebel As visitas escolares ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda educam as futuras gerações em relação ao cuidado com o meio ambiente Plínio Bordin Plínio Bordin Na Usina de Machadinho as crianças são instruídas sobre cuidados com a natureza e têm a oportunidade de plantar mudas de árvores nativas BoasNovas 9 MEIO AMBIENTE Plínio Bordin Passo Fundo - UHPF Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) serão modernizadas Duas hidrelétricas da Tractebel Energia – Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) - responsáveis por 20% da capacidade instalada da Empresa passam por uma modernização a partir deste ano. Com investimento total previsto de R$ 400 milhões, as Usinas terão maximizidas a disponibilidade e a confiabilidade das unidades geradoras, num trabalho desenvolvido pela Voith Hidro e Voith Hydro Services. “Essa modernização é importante porque restaura a confiabilidade, a segurança e a integridade dos equipamentos, além de manter a performance das unidades geradoras”, explica o diretor de Produção da Companhia, José Carlos Cauduro Minuzzo, acrescentando que em nenhum momento as duas Usinas deixarão de gerar energia. Pela primeira vez essas unidades geradoras serão modernizadas, o que vai possibilitar a extensão da vida útil dos equipamentos. Na Usina Passo Fundo (113 MW cada unidade), diz Minuzzo, o trabalho contempla a modernização das duas unidades geradoras, incluindo o fornecimento de novos enrolamentos estatóricos para os geradores, novos reguladores de velocidade das turbinas, novo SCSD (Sistema de Controle e Supervisão Digital) da Usina, além do recondicionamento das turbinas e das válvulas esféricas dos condutos forçados. Este projeto terá duração de 27 meses. 10 Tractebel Energia MEIO AMBIENTE Plínio Bordin Salto Santiago - UHSS Já na Usina Hidrelétrica Salto Santiago as quatro Eduardo Vieira unidades geradoras, de 355 MW cada, serão modernizadas uma por vez, e está previsto que o trabalho dure 51 meses. Neste caso, serão implantados quatro novos rotores para as turbinas do tipo Francis, novos enrolamentos estatóricos para os geradores, novo SCSD da Usina, novos reguladores de velocidade da turbina e reguladores de tensão, novos sistemas auxiliares elétricos e mecânicos, além da automação e modernização dos equipamentos da tomada d’água. O gerente de Engenharia de Manutenção, Luis Felippe, ressalta que os novos rotores das turbinas serão feitos em aço inoxidável, com novo projeto tecnológico que irá viabilizar o aumento da eficiência com a troca dos rotores da turbina em pelo menos 3,6%, assegurando o aumento da garantia física da energia da Usina, de 24,2 MW médios. Contrato entre Tractebel e Voith foi assinado em dezembro de 2012 BoasNovas 11 MEIO AMBIENTE Projeto inovador de co-firing Queimar palha de arroz junto com carvão mineral para gerar energia. Isso é possível? A resposta veio depois de quase cinco anos de pesquisa, projetos, desenvolvimento, implantação e inúmeros testes Com tecnologia 100% nacional, a UFSC (Universidade Federal de Santa o projeto foi desenvolvido com objetivo de estudar as características Catarina) e as empresas Tractebel Energia e Sistema Eisele queimaram de combustão dos dois materiais envolvidos - carvão e palha de arroz - 150 toneladas de palha de arroz conseguindo gerar, nos últimos sete promovendo também a capacitação de pessoas e o desenvolvimento meses, 150 MW, um feito inovador, num processo pioneiro de co-firing - de tecnologia nacional. Os fornecedores contratados são todos uso de mais de um combustível em uma só caldeira. nacionais, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologia no país, No projeto “Utilização da palha de arroz em processo de co-firing uma vez que trata-se de uma atividade inédita. Um dos exemplos: com carvão pulverizado” são utilizados recursos de Pesquisa & o corte no tamanho certo da palha de arroz. “Isso não foi fácil, pois Desenvolvimento regulamentado pela ANEEL. Foram R$ 8,6 milhões tivemos de transformar a palha de arroz em partículas de até 1 mm, para em investimento, sendo R$ 5,5 milhões para maquinários e instalações que pudessem ser queimadas juntamente com as partículas de carvão ao lado da Unidade 1 da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, em na caldeira”, observa ele. Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. Erguido um novo prédio A Eisele, por exemplo, apostou na ideia e nomeou o técnico Eraldo com 500 metros quadrados, foram colocados ali maquinário, como Figueiredo, que trabalhava em Porto Alegre para ser o responsável pela ciclones, motores, esteiras, separador de materiais, trituradores, empresa na cidade de Capivari de Baixo. “Projeto como esse interessa transportes, fardos de palha e muito mais. Tudo num ambiente limpo para a imagem e o crescimento da empresa, já que nosso objetivo é e com muita segurança contra faíscas ou explosões, já que a palha de solucionar problemas”, conta Eraldo remexendo no painel de controle arroz em pó tem características propícias à explosão. da planta e mostrando os equipamentos desenvolvidos pela sua Para o jovem engenheiro e responsável na Tractebel, Marcelo Bzuneck, companhia. Pablo Corti Pablo Corti Usina Termelétrica Jorge Lacerda A 12 Tractebel Energia Com 500 metros quadrados, local abriga, além da palha seca, todos os equipamentos que transformam a palha de arroz em minúsculas partículas de 1 mm que queima junto com o carvão mineral, gerando energia. MEIO AMBIENTE Outro parceiro, o professor Edson Basso, responsável pelo projeto no LabCET (Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos) do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que sua equipe, formada por três alunos de doutorado, um de mestrado, três alunos de Iniciação Científica e um técnico em laboratório, acompanhou de perto todo o processo. “Isso é muito importante para o aluno e vai refletir, sem dúvida, na sua formação profissional frente às atuais demandas do mercado”, explica. Além disso, o convênio com a UFSC viabilizou também a realização de estudos acadêmicos, dissertações e Pablo Corti publicações de artigos científicos. Eraldo Figueiredo, da EISELE. Redução do impacto ambiental nas da vida útil pela corrosão nos tubos de caldeira e a competitividade lavouras de arroz econômica da palha de arroz, como uma alternativa de combustível, também foram muito bem planejados. Um dos maiores desafios da longa caminhada do projeto Entusiasta do projeto, Buzneck afirma que a maior vantagem está foi a logística para tirar a palha da natureza, onde libera relacionada à redução de emissões de gases que contribuem para gás metano, e queimá-la em ambiente seguro. Da coleta o efeito estufa, uma vez que “a palha é aproveitada para geração de do material nos campos da região até o armazenamento, energia deixando de estar no campo, se decompondo e emitindo gás passando pelo processamento da palha, desenvolvimento metano”. Ele salienta também que a palha pode ser usada como energia de equipamentos adequados, qualificação da mão de obra e complementar, como eólicas (só geram quando tem vento) e solar (gera pela viabilidade econômica e técnica, nada foi fácil. E só quem quando tem sol). estava lá vivenciando o dia a dia sabe como foi superar essas Importante no estudo foi detectar que o material disponível na região, dificuldades. ou seja, a palha de arroz, é mais do que suficiente para geração de “Outro obstáculo que vencemos foi o armazenamento da energia de um ano inteiro no sistema que foi implantado. Mas Bzuneck palha em local coberto, uma vez que o material é volumoso alerta que a estrutura desenvolvida para o projeto tem características e exige muita segurança”, diz o gerente Marcelo Bzuneck. experimentais e não para uso contínuo, numa escala industrial de Minimizar os efeitos colaterais que podem promover redução produção. Pablo Corti Marcelo Buzneck, responsável pelo projeto na Tractebel, aponta as vantagens do projeto como, por exemplo, retirar do campo a palha de arroz, onde ela libera gás metano. Ponto para o meio ambiente. BoasNovas 13 RESULTADOS Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão Empresa apresenta lucro líquido 3,6% maior do que em 2011, distribuindo 100% dele aos acionistas O ano de 2012 foi desafiador para o setor elétrico, mas a superior. Já a intensificação das compras de energia de curto prazo Tractebel Energia mostrou que tem bom desempenho também está nos permitindo compor produtos de médio e longo prazo que em épocas de crise. A forte estiagem dos últimos meses, a interessam a nossos clientes, o que vai alavancar nossos resultados reação negativa do Mercado de capitais à Medida Provisória futuros”, explica Zaroni. Além disso, a empresa manteve sua tradição 579 – que também tratou da renovação de concessões de de boa pagadora de dividendos, ou seja, todo o lucro de 2012 está ativos de geração e transmissão – e o baixo crescimento da sendo distribuído a seus acionistas. economia mundial não abalaram a geradora, que mostrou bons Em 2012, a produção do parque operado pela empresa alcançou números no seu resultado de 2012. 4.120 MW médios, sendo 3.482 MW médios provenientes das A receita líquida foi de R$ 4,9 bilhões, número 13,5% maior hidrelétricas, 559 MW médios das termelétricas e 79 MW médios do que o de 2011, enquanto o lucro líquido alcançou R$ 1,5 das Usinas complementares. Em comparação a 2011, houve bilhão, valor 3,6% superior. O avanço do lucro foi menor do uma redução de geração total de 19,6%. Essa redução está que o da receita, segundo o presidente da empresa, Manoel associada principalmente às condições hidrológicas adversas, Zaroni Torres, em razão, principalmente, do maior volume de que fizeram com que as hidrelétricas produzissem 24,9% a menos, energia comprada para revenda da redução da exportação e consequente aumento do despacho termelétrico, que foi 32,8% para os países vizinhos e da ocorrência de alguns eventos não superior. recorrentes. “Se expurgarmos os eventos não recorrentes, Outro destaque da produção de energia em 2012 ficou com as como ganhos em ação judicial e na alienação de investimentos, Usinas eólicas, que registraram a sua maior geração anual: 19,3 MW além de provisões e reversões, o lucro líquido seria 9,3% médios, 46,6% acima da marca obtida em 2011. AÇÕES DA COMPANHIA Apesar do cenário adverso na Bolsa de Valores brasileira, a Tractebel registrou desempenho positivo de 18,9% no acumulado de 2012, enquanto o Ibovespa avançou 7,4% e o IEE, o índice do setor elétrico, caiu 11,7%. A ação da companhia encerrou o ano de 2012 cotada a R$ 33,35, conferindo um valor de mercado de cerca de R$ 21,8 bilhões. Como mostra o gráfico ao lado à Companhia, de 2007 a 2012 as ações da Companhia valorizaram 109,8%, contra uma valorização 40% 30% 20% 10% 0% -10% -20% -30% dez-11 mar-12 jun-12 de 66,4% no Índice do Setor Elétrico, e uma queda de 4,6% no Ibovespa. 14 Tractebel Energia TBLE3 IBOV IEEX set-12 dez-12 RESULTADOS Investimento deve ultrapassar R$ 1 bilhão em 2013 revela o presidente, Manoel Zaroni Torres. A empresa também não descarta investimentos em térmicas a carvão Para este ano, a geradora e comercializadora de energia pretende investir e gás natural, embora acredite que esses investimentos R$ 1,2 bilhão, distribuídos na conclusão da Usina Hidrelétrica Estreito, nos devem ser feitos a partir de 2014. parques eólicos do Nordeste, além de uma parcela reservada para aquisição No ano passado, a Tractebel investiu R$ 353,6 milhões, da Usina Hidrelétrica Jirau e outra para projetos de geração que estão em dos quais R$ 160,1 milhões foram aplicados na Usina fase de análise. Hidrelétrica Estreito, R$ 112,5 milhões nas centrais eólicas “Pretendemos incluir eólicas e termelétricas a biomassa nas licitações de Trairi, Guajiru, Mundaú, Flexeiras e Porto do Delta - em 2013. Nossos colaboradores estão debruçados em projetos desse tipo”, construção na região Nordeste e - R$ 81,0 milhões na manutenção e revitalização de Usinas. Para apresentar os números de 2012, a Diretoria Financeira e de Relações Duda Hamilton com Investidores fez uma maratona por algumas capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Enquanto parte da equipe recebia analistas, investidores e imprensa no Rio de Janeiro, outro grupo abria os números em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor Eduardo Sattamini encontrou a sala de reuniões do Hotel Pestana repleta, com uma boa qualidade de questionamentos, principalmente sobre investimentos futuros da Companhia. Depois recebeu a imprensa para falar sobre os planos de expansão da empresa. Até julho, segundo ele, os parques eólicos do Ceará, com capacidade instalada de 115 MW, entram em operação comercial. Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Eduardo Sattamini conversa com jornalistas após reunião da APIMEC no Rio de Janeiro O Resultado na Mídia BoasNovas 15 MERCADO Shutterstock Aumento expressivo na carteira de mais destaque para Clientes Livres 16 A estratégia adotada durante 2012 de fidelizar os atuais clientes e médios, no qual a Tractebel tem uma participação de de atrair novos, oferecendo produtos diferenciados e adequados 20%, e a tendência é incrementar esse percentual nos às suas necessidades permitiu aumentar em 31 novas empresas a próximos cinco anos. carteira da Tractebel Energia, entre elas a Unilever, a Coteminas e a Com quase 300 sites industriais e comerciais atendidos Carbocloro, passando de 100 para 131 clientes. Em 2013, a empresa e com importantes empresas em seu portfolio, como tem contratado 1.740 MW médios de energia diretamente com Gerdau, Vale, Votorantim e Volkswagen, a Tractebel clientes livres, contra os 1.500 MW médios de 2012. “Isto representa está focada na melhoria contínua do relacionamento 16% de incremento, número muito bom para as metas definidas pela e na retenção dos clientes. Para isso, conta com empresa, além de ser uma conquista da nossa equipe”, diz o diretor uma equipe exclusiva para gestão de contratos e de Comercialização de Energia, Marco Antônio Amaral Sureck. relacionamento com clientes e realiza diferentes ações “Nosso maior diferencial é a flexibilidade na negociação com o de relacionamento. Entre elas estão o Programa de Visita cliente, a solidez financeira da empresa e a diversidade do parque às Usinas, a organização e patrocínio de eventos do setor gerador, com 22 Usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e elétrico e setores da indústria, programa de diagnóstico complementares”, explica Sureck. Atualmente, ressalta o diretor, de eficiência energética, além dos eventos de integração o Mercado Livre competitivo no Brasil é de cerca de 10 mil MW com clientes. Tractebel Energia MERCADO Setores industriais e comerciais são o foco principal da atuação da Tractebel no Mercado Livre de Energia PESQUISA DE SATISFAÇÃO Para medir a satisfação de seus clientes e atender às suas Alimentos, Bebidas e Fumo, Cerâmica e Vidro, demandas, a Tractebel realiza, de dois em dois anos, uma Eletroeletrônica, Têxtil, entre outros. Pesquisa de Satisfação. A última, no ano passado, contou com a O espaço de São Paulo está localizado na participação de 78 clientes, sendo que 95% deles responderam Alameda Santos com 200m2 - sala de reunião estar satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços recebidos. que pode ser dividida em duas; quatro estações “É isso que nos estimula a incrementar a carteira e a fechar de trabalho com telefone, sendo duas com mais negócios”, observa Gabriel Mann dos Santos, gerente de desktop; e secretária. “É lá que realizamos Comercialização de Energia. nossas reuniões, conference calls e atendemos Com dois escritórios disponíveis, um na Sede, em Florianópolis, os clientes, principalmente os da região Sudeste e outro em São Paulo, a empresa atende setores diversificados, e Centro-Oeste, fazendo com que eles não como Automotivo, Cimento, Químico e Petroquímico, necessitem se deslocar até Florianópolis”, Fertilizantes, Celulose e Papel, Metalurgia, Borracha e Plástico, argumenta Sureck. BoasNovas 17 MERCADO Ações de Relacionamento No intuito de fortalecer a marca e o relacionamento com seu público de que no ano passado 258 clientes participaram dos encontros. interesse, a Tractebel participa de encontros e debates do setor elétrico, Em 2013 estão confirmados vários eventos no Programa de além de desenvolver outras ações. O Programa de Relacionamento, Relacionamento, entre eles Stock Car, em Curitiba; Wine Experience, por exemplo, que existe desde 2004, é dirigido a todos os públicos em Porto Alegre; Democooking, no Rio de Janeiro; Festival de Dança de separadamente e os eventos acontecem nos estados que concentram Joinville (SC), e Encontros Tractebel, em São Paulo. o maior número de stakeholders – São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Também já está acertada participação da Tractebel Energia na 9ª Catarina e Rio Grande do Sul. Maratona Supply Chain Management, no mês de maio em São Paulo; Este programa, ressalta o gerente Gabriel Mann dos Santos, se no 14º Encontro Internacional de Energia FIESP , em agosto, também na consolidou como um dos mais atrativos e inovadores do Mercado. capital paulista; e o 5º Encontro Anual do Mercado Livre, em novembro “A cada ano implantamos novas estratégias para atrair executivos e na Praia do Forte, na Bahia. potenciais clientes e percebemos que em momentos de descontração Dentro do Programa de Relacionamento, a Tractebel realizou ação conquistamos excelentes resultados”, explica Gabriel acrescentando durante o Carnaval, no Rio de Janeiro. Valdir Amorim Os Encontros Tractebel já se consolidaram como evento de grande interesse do público comprador de energia 18 Tractebel Energia MERCADO Julio Cesar Souza Clientes acompanham apresentação de funcionamento dos controles do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL) Programa de Visita Mostrar as diferentes tecnologias para gerar energia e reforçar o comprometimento da Companhia com ações ambientais e sociais sãos os principais objetivos do Programa de Visita às Usinas, realizado pela diretoria de Comercialização de Energia e que leva seus clientes de Norte a Sul do Brasil. Para isso, a equipe monta roteiros de até dois dias e acompanha a viagem, tendo em cada Usina um técnico para explicar como funciona a geração de energia. Em 2013, foram escolhidas a hidrelétrica Itá, na divisa do RS com SC, a termelétrica Cogeração Lages (SC), e o Parque Eólico Beberibe (CE). No ano passado, ocorreram visitas na Sede da empresa e em diversas Usinas. BoasNovas 19 EMPRESA R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012 A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos abrangidos pelos reservatórios das hidrelétricas, para Fins de Geração de Energia Elétrica, instituída pela Constituição enquanto que os estados têm direito a outros 45%. Federal de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração A União fica com 10% do total. Pequenas Centrais hidrelétrica pagam pela utilização de recursos hídricos. A Agência Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a Compensação Financeira. distribuição dos recursos entre os beneficiários: estados, municípios No ano de 2012, as Usinas da Tractebel Energia e órgãos da administração direta da União. As concessionárias recolheram o total de R$ 149.673.954,09. Deste valor, pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de Compensação R$ 50.346.413,84 foram destinados aos 65 municípios Financeira. abrangidos pelas hidrelétricas da Companhia (ver mapa). Conforme estabelecido na Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, Ressalta-se que o repasse aos municípios é feito pela com modificações dadas pelas Leis nº 9.433/97, nº 9.984/00 e ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação ao nº 9.993/00, são destinados 45% dos recursos aos municípios recolhimento da Tractebel Energia. Aratiba Marcelino Ramos Mariano Moro Severino de Almeida Alto Bela Vista Arabutã Concórdia Ipira Itá Peritiba RS RS RS RS SC SC SC SC SC SC Total R$ 8.822.775,02 Barracão Machadinho Maximiliano de Almeida Pinhal da Serra Anita Garibaldi Campos Novos Capinzal Celso Ramos Piratuba Zortéa RS RS RS RS SC SC SC SC SC SC Total Campinas do Sul Cruzaltense Entre Rios do Sul Jacutinga Pontão Quatro Irmãos Ronda Alta Três Palmeiras Trindade do Sul Total 20 R$1.615.219,56 R$ 722.765,95 R$ 988.219,56 R$ 287.243,36 R$ 960.764,47 R$ 7.190,62 R$ 2.208.881,25 R$ 2.832,67 R$ 851.706,78 R$ 1.198,44 R$ 645.429,66 R$ 1.540.267,96 R$ 485.258,35 R$ 86.026,47 R$ 54.465,75 R$ 164.766,67 R$ 405.222,68 R$ 462.289,44 R$ 712.161,66 R$ 641.956,13 R$ 14.247.942,51 RS RS RS RS RS RS RS RS RS R$ 525.293,47 R$ 108.342,51 R$ 91.014,24 R$ 36.267,47 R$ 3.121,93 R$ 22.378,87 R$ 432.987,26 R$ 258.389,46 R$ 40.648,56 R$ 3.796.109,45 Tractebel Energia Usina Itá UHIT Parcela Tractebel Candói Cantagalo Chopinzinho Foz do Jordão Mangueirinha Porto Barreiro Reserva do Iguaçu Rio Bonito do Iguaçu Saudade do Iguaçu Virmond PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR Total R$ 2.389.986,14 R$ 42.708,21 R$ 4.203.873,13 R$ 297.456,92 R$ 284.471,32 R$ 2.012.364,75 R$ 20.950,11 R$ 3.039.554,95 R$ 1.149.947,45 R$ 259.077,24 R$ 35.864.310,36 Usina Machadinho UHMA Usina Salto Osório UHSO Quedas do Iguaçu Rio Bonito do Iguaçu São João São Jorge d´Oeste Sulina Parcela Tractebel Usina Salto Santiago UHSS PR PR PR PR PR Total R$ 3.757.224,79 R$ 427.905,80 R$ 733.042,33 R$ 2.971.475,90 R$ 604.274,97 R$ 24.645.009,78 Usina Passo Fundo UHPF Usina Cana Brava UHCB Cavalcante Colinas do Sul Minaçu Total GO GO GO R$ 1.494.513,07 R$ 172.778,53 R$ 1.296.475,76 R$ 14.769.875,39 EMPRESA UHET UHSA UHCB UHPP Barragens UHSO UHSS UHIT Usina Ponte de Pedra UHPP Itiquira Sonora MT MS Total Total UHMA R$ 1.117.687,22 R$ 1.267.322,94 R$ 5.962.525,40 Usina São Salvador UHSA Cavalcante Minaçu Palmeirópolis Paranã São Salvador do Tocantins UHPF GO GO TO TO TO R$ 25.245,24 R$ 71.716,87 R$ 694.058,40 R$ 705.271,22 R$ 57.887,19 R$ 7.819.442,27 Carolina Estreito Babaçulândia Barra do Ouro Darcinópolis Filadélfia Goiatins Itapiratins Palmeirante Palmeiras do Tocantins Tupiratins Total MA MA TO TO TO TO TO TO TO TO TO R$ 2.235.894,45 R$ 529.106,45 R$ 1.025.610,84 R$ 517.517,01 R$ 422.851,91 R$ 1.239.527,98 R$ 162.468,71 R$ 165.068,21 R$ 275.655,25 R$ 303.491,56 R$ 9.639,81 R$ 8.107.202,67 Usina Estreito UHET Parcela Tractebel BoasNovas 21 entrevista América Latina, um mercado emergente Belga de nascimento, de fala pausada e simpático, o diretor presidente Divulgação GDF SUEZ da GDF SUEZ Energy Latin America e vice-presidente do Conselho de Administração da Tractebel Energia, Jan Franciscus María Flachet, conversou com a revista BOAS NOVAS para falar sobre os planos, as estratégias e a importância da América Latina para os negócios sustentáveis do Grupo mundial. Engenheiro eletromecânico pela KUL (Universidade Católica de Leuven), Bélgica, Flachet possui Master em Administração e Gestão pela KUL e é formado pelo CEDEP, General Management Program do INSEAD, na França. Entrou para o Grupo em 1979 e até 2003 assumiu cargos de gestão na Bélgica e na Argentina, além de ser diretor regional no Oriente Médio, Leste Europeu e África. Retornou para a América do Sul no final de 2003, fixando-se no Brasil. Com empreendimentos no Chile, Peru, Argentina, Costa Rica, Panamá e Brasil, o Grupo avança e tem novidades no Uruguai e na Colômbia, um país promissor, que representa a terceira economia da região. Para Flachet, a América Latina é a região que, nos últimos anos, mais contribui para o bom desempenho das atividades internacionais da GDF SUEZ. Quais os planos da GDF SUEZ America Latina para 2013? E em Qual a tendência do mercado latino-americano para os que setores vai atuar? próximos anos e as perspectivas mundiais do Grupo? Jan Flachet, presidente da GDF SUEZ Latin America - A América Latina J. F. - A tendência é de que a América Latina continue a ser uma tem sido muito relevante para a GDF SUEZ, representando a região de região muito importante para a GDF SUEZ, pois mostra crescimento maior potencial em termos de desempenho, crescimento e resultados da população ativa, o que resulta em crescimento da economia. O nas atividades internacionais. A produção de energia elétrica é o nosso aumento contínuo da classe média, que tem adquirido cada vez mais foco principal na América Latina e estamos sempre atentos a todas as bens de consumo, traz um aumento contínuo da demanda de energia. fontes existentes de geração elétrica: hidro, eólica, biomassa, carvão, Por outro lado, nos países desenvolvidos, há previsão de recessão gás, entre outros. ou de um crescimento bastante lento, o que favorece ainda mais Nós estamos também presentes no setor de gás. No Chile, por investimentos em mercados emergentes como Ásia, Oriente Médio e exemplo, estamos construindo o terminal de regaseificação de Gás América Latina. Em um futuro próximo, a África tende a se tornar um Natural Liquefeito de Mejillones, cujo tanque de armazenamento tem mercado bastante atrativo também. capacidade de 175.000 m³, e que entrará em operação em 2014. O gás também é importante no Peru e deve se tornar prioridade no Brasil, que Quais as empresas da GDF SUEZ presentes na América Latina? possui reservas relevantes ainda não exploradas, como é o caso do J. F. - A GDF SUEZ Latin America conta com um portfolio diversificado, pré-sal e do gás de xisto em Minas Gerais. Hoje em dia, as hidrelétricas contribuindo para o crescimento econômico deste continente construídas no Brasil são a fio d água, com reservatórios pequenos e emergente. Dois terços da energia que geramos provém de fontes pouco armazenamento de água, tornando muitas vezes necessária renováveis. Transportamos, distribuímos e comercializamos gás além a ativação das usinas térmicas durante a estiagem para geração de de regaseificar GNL. energia elétrica. No Brasil, controlamos 68,71% da Tractebel Energia, cotada na 22 Tractebel Energia entrevista BM&FBovespa e maior geradora privada do país, com capacidade instalada de 8.630 MW, dos quais 85% são provenientes de fontes renováveis. Nós estamos construindo a hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, Estado de Rondônia, uma das maiores hidrelétricas em a ic á a R am t s n C o Pa construção no mundo, que somará 3.750 MW ao parque operado pelo Grupo. Estamos construindo também parques eólicos no Nordeste do Colômbia País, com 145,4 MW. Na Argentina, a GDF SUEZ Energy Latin America detém 64,2% da Litoral Gas, empresa de distribuição de gás, 52,8% da Gasoducto Norandino, transportadora de gás, além de 46,7% da ECS, empresa Brasil Peru de consultoria em eletricidade e marketing. No Panamá, operamos uma capacidade instalada de 450 MW. Controlamos 51% de Bahia Las Minas, o maior parque gerador térmico do país. Também detemos a usina térmica de Cátiva e a hidrelétrica Dos Mares. Na Costa Rica, contamos com Guanacaste, um dos maiores complexos geradores de energia eólica do país. No Chile, detemos 52,76% da E-CL, a maior empresa de energia do “SING”, Sistema Chile Interconectado do Norte, e que possui uma capacidade instalada de Argentina 2.025 MW. Cotada na Bolsa de Valores de Santiago, a E-CL representa 49% do mercado e é especializada em transporte e fornecimento de energia. Além de Mejillones, possuímos a eólica de Monte Redondo, do SIC – Sistema Interconectado da Região Central. Estamos construindo também a hidrelétrica Laja, a fio d’água. Detemos também 100% da Solgas, empresa que atua na compra e distribuição de gás a clientes industriais e corporativos. No Peru, possuímos 61,73% da Enersur, cotada na Bolsa de valores de Lima, e somos o terceiro maior gerador do país e o segundo do setor Pesquisa e Desenvolvimento. Em 2012, o Grupo obteve receita de 97 privado, com as usina térmicas de ChilcaUno, Ilo1 e Ilo2, e a hidrelétrica bilhões de euros e investiu 11 bilhões de euros. de Yuncan. Com a conclusão da hidrelétrica de Quitacarsa e de uma termelétrica para atuar como reserva fria, em Ilo, passaremos dos atuais Qual o país que deve apresentar maior crescimento para 2013? 1.263 MW para 1.938 MW até o fim de 2014. J. F. - Não sabemos, mas certamente os países emergentes ocupam posição de vantagem em relação aos países desenvolvidos. E a América Como foram os negócios do grupo em 2012, qual o país que se Latina em particular deve apresentar um crescimento considerável. destacou e por quê? J. F. - O crescimento econômico do Brasil foi modesto, porém Quais as novidades da GDF SUEZ para o Uruguai e Colômbia? a Tractebel Energia fechou o ano de 2012 novamente com bons J. F. - No Uruguai estamos trabalhando em um projeto de terminal resultados. Em outubro de 2012, inauguramos a hidrelétrica de de regaseificação nos arredores de Montevideo. Trata-se de um Estreito (1.087 MW) no rio Tocantins, com a presença da presidente grande projeto para abastecer o Uruguai com gás natural, podendo Dilma Rousseff. No Peru, obtivemos um crescimento sólido e um ser considerada também a possibilidade de transportar GNL em desempenho positivo da Enersur. No Chile, enfrentamos alguns navios-tanque para o Brasil. A Colômbia, onde possuímos um escritório problemas técnicos com novas termelétricas a carvão, mas foram há alguns anos, é um país promissor, que representa a terceira resolvidos e não causaram impactos significativos. economia da região. Onde o grupo tem negócios, que tipo de negócios energia, gás? Qual a importância do Brasil e da Tractebel para o Grupo? J. F. - A GDF SUEZ atua em serviços de eficiência energética, gás J. F. - Muita. A América Latina é a região que mais contribui para o bom natural liquefeito, produção e comercialização de eletricidade e serviços desempenho das atividades internacionais. A Tractebel Energia tem ambientais, sendo a primeira empresa no setor de utilities no mundo. um peso relevante, representando aproximadamente 70% dessa Está presente em 70 países de todos os continentes e conta com região, ocupando uma posição de destaque não só na GDF SUEZ Latin 219.300 colaboradores e 1.100 pesquisadores em nove centros de America como na GDF SUEZ. BoasNovas 23 USINAS Projetos eólicos sopram na Bahia 24 Para expandir sua fonte de energia complementar, da geradora e comercializadora de energia a Tractebel adquiriu em janeiro sete sociedades de e da sua controladora GDF Suez, que é de propósito específico, cada qual responsável pelo expandir o parque gerador por meio de fontes desenvolvimento de um projeto eólico, com potência complementares para “alavancar o crescimento instalada conjunta de 205 MW. Localizados nos sustentável no Brasil por meio de projeto de municípios de Umburanas e Sento Sé, distantes 420 km energia renováveis”, comenta o diretor de da capital da Bahia, Salvador, os projetos eólicos tiveram Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José um custo total de R$ 22,6 milhões. Luiz Laydner. Essa aquisição reforça a política da maior geradora Laydner explica ainda que a geradora tem pela privada de energia que, nos últimos anos, vem frente a opção de comprar outros 150 MW em diversificando sua matriz energética, com investimentos parques eólicos que estão em desenvolvimento na em eólicas, biomassa e outras fontes complementares. região por R$ 16,5 milhões, desde que seja obtido A operação está em consonância com a estratégia o licenciamento ambiental para os projetos. Tractebel Energia usinas Torres começam a ser montadas em Trairi Divulgação Tractebel A obra de implantação do Complexo Eólico Trairi, no Ceará, entra numa fase em que começa a ficar mais visível o desenvolvimento do projeto. As torres dos aerogeradores seis, sete, oito, nove, dez e onze do parque de Trairi já estão sendo erguidas. A entrada em operação do empreendimento está prevista para o segundo semestre deste ano. Os quatro parques que compõem o Complexo estão com as obras civis (fundações, plataformas e vias) concluídas. Está em andamento o cabeamento subterrâneo de Trairi, Guajirú, Mundaú e Flexeiras. A subestação principal está com a etapa de obra civil praticamente encerrada e já teve início o pré-comissionamento dos seus equipamentos. Já a instalação da linha de transmissão de 230 KV está progredindo, tendo vencido as fases de abertura da faixa de servidão e concretagem das bases das torres. “O maior desafio no momento é fazer a integração desses distintos trabalhos que são realizados por diferentes empresas de maneira eficiente e com o menor impacto possível nas comunidades adjacentes”, comenta Nilde Augusto Lopes de Oliveira Filho Gerente de Projetos da Tractebel Energia. Atualmente, cerca de 400 pessoas estão trabalhando nas obras, tanto por parte da Tractebel, quanto de suas contratadas Cortez, WEG, Siemens e Santa Rita. No campo socioambiental, a Tractebel energia prossegue realizando investimentos em Trairi. A doação de um aparelho de raios-X e a reforma da sala onde ele foi instalado no hospital municipal, bem como a doação de equipamentos para os postos de saúde e consultórios odontológicos da cidade, foram bem recebidas pela população local. “A abertura de estrada ligando comunidades antes isoladas, o apoio a projetos culturais, as visitas de estudantes e a comunicação nas rádios tem colaborado muito para um clima excelente para a implantação do Complexo de Trairi”, complementa o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Luiz Laydner. Torres têm parte pintada em vermelho devido a normas do Comando Aéreo BoasNovas 25 USINAS A corrida pela energia do Sol Tractebel Energia e mais 12 empresas parceiras iniciam a instalação de módulos solares em diferentes regiões e climas do Brasil A geração de energia a partir da luz solar deve brilhar entre as ao Complexo, mas do outro lado da BR 101, onde já está ocorrendo a fontes complementares nos próximos anos. Depois da eólica, a terraplanagem. “Isso vai facilitar o acompanhamento e a fiscalização solar ganha visibilidade por meios de pesquisas realizadas entre da obra, pois o local é próximo à Sede da empresas e universidades, com o carimbo do programa de Pesquisa Tractebel e à Universidade Federal de Santa e Desenvolvimento Estratégico da ANEEL, que até 2014 vai implantar Catarina, ambas em Florianópolis”, diz o 25MWp dos projetos fotovoltaico da Agência. diretor de Desenvolvimento e Implantação de Na Tractebel Energia, por exemplo, a idéia inédita é montar oito Projetos, José Luiz Laydner. módulos de geração solar, com sete distintas tecnologias, que serão Outro ponto levado em conta no projeto instaladas em cinco diferentes regiões climáticas, além de uma Usina é que as instalações das unidades sejam Solar Fotovoltaica de 3 MWp. O objetivo da Tractebel e das parceiras em local de fácil acesso e de grande do projeto é avaliar as condições de implantação e geração de energia circulação de pessoas, promovendo assim solar fotovoltaica em todo o Brasil. a conscientização da população sobre a Com investimento de R$ 56,3 milhões, sendo R$ 35,6 milhões da importância da utilização de recursos renováveis. Desta forma, ressalta Tractebel Energia e R$ 15 milhões de 12 empresas cooperadas, o Laydner, é possível também divulgar as novas alternativas tecnológicas projeto tem duração de três anos e todas as unidades instaladas que estão sendo utilizadas no mundo para geração de energia. permanecerão em operação após o encerramento do P&D. Cada Executores do projeto, o Laboratório Fotovoltaico da UFSC e a FEESC módulo de avaliação vai ocupar cerca de 2.500m² e a Usina 10 hectares. (Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina) ganham A primeira estação com 70 kW será montada em Capivari de Baixo, novo laboratório de energia fotovoltaica, que está em construção Sul de Santa Catarina, no Parque Ambiental Tractebel, que inaugura no Sapiens Parque, no Norte da Ilha de Santa Catarina. São R$ 4,5 no segundo semestre deste ano, em Tubarão, ao lado do Complexo milhões de investimentos para capacitar recursos humanos e equipar o Jorge Lacerda. A Usina também será montada num terreno próximo laboratório. Robert Juan Energia de fonte solar prestes a se tornar realidade no Brasil 26 Tractebel Energia usinas Brasil tem alto índice de radiação solar Os desafios estão aí e alguns deles já começam a ser enfrentados. Entre eles, destaca Sergio Maes, estão desenvolver uma Nos últimos cinco anos a geração solar fotovoltaica apresentou tecnologia preferencialmente nacional, que consiga converter a desenvolvimento notável e já aquece para se integrar na matriz energética energia solar em energia elétrica, com eficiência de pelos menos brasileira de forma competitiva. As perspectivas são muito boas e o preço 30%. Um outro desafio é inserir as plantas de energia solar na no mercado internacional vem caindo. Diferentes tecnologias estão sendo matriz elétrica brasileira, de forma eficiente e competitiva, já que utilizadas e é essa variedade que vai ser testada no projeto da Tractebel e os custos atuais são elevados “e o sistema elétrico foi idealizado parceiras. para sistemas de grande porte – usinas de grande potência – e os “Nosso objetivo é avaliar as condições de implantação e geração de sistemas solares até agora se mostram mais efetivos para geração energia solar fotovoltaica em todo o Brasil e também a adequação ao local distribuída”. clima local de sete distintas tecnologias”, explica o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Tractebel Energia, Sergio Maes. As tecnologias Fotovoltaicas testadas pelo P&D são Silício Cristalino (c-Si); Silício Monocristalino (m-Si); Silício Amorfo (a-Si); Silício Microcristalino (a-Si/mc-Si); Telureto de Cádmio (CdTe) e Disseleneto de Cobre, Indio e Gálio (CIGS); Concentrador Fotovoltaico com rastreamento. Um dos pontos positivos para gerar energia dessa forma, segundo o diretor técnico do Instituto Ideal, professor Ricardo Rüther, é que o Brasil possui uma das maiores reservas de silício do mundo, fazendo do País um lugar privilegiado para desenvolver uma indústria de produção de células fotovoltaicas. Isso geraria empregos e retorno em impostos pagos, além de tecnologia 100% nacional. Vale ressaltar também que o Brasil é tropical, com extensão continental, e tem um dos mais altos índices de radiação solar entre os países industrializados. Para Sergio Maes, a grande vantagem do sistema solar no País é o sol em abundância, com o custo da energia primária do sol zero. “A fonte é renovável e apresenta-se como uma boa opção de complementaridade à energia hidrelétrica”, afirma o gerente, acrescentando que sem dúvida o sol é a grande fonte de energia primária da Terra. Nos últimos anos, a energia fotovoltaica é uma das que mais cresce no mundo. Em 2010, por exemplo, foram instalados mais de 17 gigawatts em todo o planeta, o suficiente para suprir de energia 20 milhões de residências. Na Alemanha, por exemplo, a energia solar está em franca ascensão e já fornece energia elétrica para oito milhões de casas. Segundo dados da Associação da Indústria Solar Alemã (BSW, na sigla em alemão), publicados no mês de janeiro deste ano, esses números demonstram um aumento de 45% na produção de energia elétrica por meio das placas fotovoltaicas, em Cinco regiões geográficas brasileiras recebem, a partir de abril oito módulos de geração solar que serao instalados em oito diferentes regiões climáticas (Sul/litoral, Sul/ interior; Centro-oeste, Norte, Nordeste/interior, Nordeste/ litoral, Sudeste/interior e Sudeste/litoral). comparação com os do ano de 2011. BoasNovas 27 GDF SUEZ Enersur assina contrato de 170MW com mineradora A Enersur – empresa do Grupo GDF SUEZ e segunda maior Ricardo Ribas geradora de energia do Peru – assinou contrato para o fornecimento de 170 MW de energia com a Antamina por um período de 15 anos. O início da entrega da energia está marcado para janeiro de 2015. A Compañia Minera Antamina passa a integrar o portfólio de clientes da Enersur que já inclui algumas das principais mineradoras peruanas, bem como grandes indústrias e empresas de distribuição de energia. Além deste contrato, a Enersur conquistou contratos de fornecimento de 110 MW de energia para o mercado regulado, bem como para venda no mercado livre daquele país. “Desde novembro passado, quando a termelétrica Chilca 1 começou a operar comercialmente, incrementando nossa capacidade instalada em 850 MW, nós tivemos a satisfação de acrescentar sete novos clientes, sendo um deles uma das maiores mineradoras peruanas, a Antamina. Com esses novos contratos estamos atingindo nosso objetivo de tornar a Enersur uma parceira estratégica para o crescimento do setor elétrico e das indústrias do Peru”, afirma o CEO da Enersur, Alex Keisser. Entrada em operação da Usina Chilca Uno alavancou negócios do Grupo no Peru Obras de Usina Solar são iniciadas no Chile 28 A E-CL, empresa geradora de energia da GDF SUEZ no Chile, e mineração e será ligado ao sistema de transmissão de energia a Quiborax, uma importante mineradora chilena, deram início à do norte do Chile. construção da usina solar de El Aguila, que será localizada a A cerimônia de início das obras foi realizada no final de 60 km da cidade de Arica, na região norte daquele país. dezembro e contou com a presença do ministro de Energia A usina vai cobrir uma área de aproximadamente cinco hectares do Chile, Sergio del Campo, e do vice-presidente da ECL, e, inicialmente, terá capacidade instalada de 2 MW. A estimativa Alejandro Lorenzini, que, na ocasião, disse que tanto a é de 5 mil MWh anuais, suficientes para suprir até 30% da mina E-CL quanto a Quiborax pretendem fazer da energia não de El Aguila, da Quiborax. A usina deverá estar em operação no convencional a base das suas políticas de desenvolvimento final do primeiro semestre de 2013. El Aguila é o primeiro projeto sustentável. “Essa é uma visão que compartilhamos e que a usar fontes fotovoltaicas não convencionais para processo de resultou na aliança para esse projeto solar”, afirmou Lorenzini. Tractebel Energia GDF SUEZ Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia A SEML, empresa do Grupo GDF SUEZ, e a Sumitomo Corp. completaram com sucesso a perfuração do primeiro poço de exploração de energia geotérmica em Muaralaboh, Indonésia. O teste de curta duração foi realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro e confirmou a existência de um sistema geotérmico categorizado como grande e, numa estimativa conservadora, com capacidade para 20 MW. Nos próximos meses um novo teste, mas de longa duração, irá determinar as condições do reservatório, bem como a produtividade do poço. A SEML espera completar a perfuração em 2013 e iniciar a construção da usina em 2014. O objetivo é produzir vapor suficiente para uma usina de 220 MW instalados. A concessão cobre uma área de 62,3 mil hectares. A energia a ser gerada já foi vendida por um período de 30 anos para a PLN, empresa do governo da Indonésia. A GDF SUEZ está desenvolvendo outros dois projetos geotérmicos na Indonésia. Localizado a sudeste da ilha de Sumatra um dos projetos cobre uma área de 19,5 mil hectares. O outro fica no complexo vulcânico de Bukit Besar, a 225 km de distância da capital da província de Sumatra do Sul, Palembang, e cobre uma área de 35,4 mil hectares. Malásia Sumatra Indonésia BoasNovas 29 GDF SUEZ Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012 Plínio Bordin Os altos e baixos da economia mundial depois da crise de 2008 ainda se refletem fortemente na Europa, onde está localizada a maioria dos negócios da GDF SUEZ. Mas, mesmo diante de tais dificuldades, a Empresa registrou aumento de 7% na receita de vendas no ano, fechando em € 97 bilhões. O Ebitda subiu 3% em 2012, atingindo € 17 bilhões. O CEO do Grupo, Gérard Mestrallet, avalia que o modelo equilibrado de negócios é um dos responsáveis pelos bons resultados operacionais apesar do ambiente econômico difícil. “Todos os objetivos financeiros e industriais foram atingidos. A forte estrutura financeira e liquidez do Grupo constituem uma vantagem competitiva chave e permite à GDF SUEZ perseguir sua estratégia de crescimento seletiva e lucrativa”, declarou. Dos € 17 bilhões de Ebitda do Grupo , 25% foram gerados pela Linha de Negócios Energia Internacional (BEI), à qual está vinculada a Tractebel Energia. O CEO da BEI, Phil Cox, destacou que o Brasil teve fundamental importância no resultado devido à entrada em operação da Usina Hidrelétrica Estreito e pelo reajuste em preços de contratos vinculados a índices de inflação. Usina Hidrelétrica de Estreito que entrou em operação no ano passado Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO Willem van Twembeke, de 47 anos, é o novo CEO da Linha de Negócios Arquivo GDF SUEZ Energia Internacional da GDF SUEZ (Energy International Business Line). Além disso, ele se tornou membro do Comitê Executivo do Grupo. Twembeke substitui Phil Cox a partir do dia 1º de abril, quando ele se aposenta. Phil Cox foi CEO da International Power desde dezembro de 2003. Ele auxiliou a Companhia a crescer continuamente por dez anos e liderou a fusão exitosa com a GDF SUEZ. Cox ainda recebeu o título de Comandante da Ordem do Império Britânico, concedido na passagem do ano em reconhecimento a sua contribuição para a sociedade. Por sua vez, Willem van Twembeke fez toda sua carreira no Grupo. Desde 1991, trabalhou com Engenharia, gerenciou projetos relacionados à construção de usinas e dirigiu as subsidiárias da GDF SUEZ no Peru e Chile, além de ocupar cargos de gerenciamento de portfolio na Bélgica. Desde 2011, Twembeke era o vice-presidente sênior para a Ásia da Linha de Negócios Energia Internacional. Willem van Twembeke Novo CEO da BEI - GDF SUEZ 30 Tractebel Energia ALTA VOLTAGEM Menina de Ouro A jovem atleta da cidade de Saudade do Iguaçu (PR), Eduarda Fátima Sidimara dos Prazeres Rodrigues Detogni, é a mais nova integrante da seleção brasileira juvenil feminino de Taekwondo. Depois de treinar por seis anos, ela venceu a seletiva fechada da modalidade no Rio de Janeiro. Eduarda foi uma das sete integrantes na equipe titular do Estado do Paraná. Com isso, a Tractebel Energia marca mais um ponto no placar de investimentos no futuro brasileiro, desta vez no Esporte. Divulgação Tractebel Energia Gerente da Regional Iguaçu, Leocir Scopel (camisa cinza) junto da atleta da seleção Licença de Operação Eduarda junto do técnico da Seleção Brasileira Fernando Madureira (esq) e seu professor Gilberto Morando (dir) Plínio Bordin A Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) recebeu a renovação da Licença de Operação até o ano de 2023, ou seja, por 10 anos. Para o gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, esse é o resultado do bom trabalho na Gestão Socioambiental que vem sendo desenvolvido desde a implantação da hidrelétrica. Hoje, essa Usina possui certificações NBR ISO 9001, 14001 e OSHAS 18001. UHSA fica entre os municípios de São Salvador do Tocantins e Paranã Supervisão e Coordenação Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Edição e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista Responsável Duda Hamilton Concepção Gráfica e Editoração Dzigual Golinelli Foto da capa LS Fotografias Tiragem 3.500 exemplares BoasNovas 31