FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA VIOLETA DE GENCIANA Sinónimos: Cristal violeta. Violeta cristal. Violeta de metilo. Metilo violeta. Violeta de anilina. Cloreto de metilrosanilina. Pioctanina azul ou cerúlea. C.I. 42555. Fórmula Molecular: C25H30ClN3 Peso Molecular: 407,99 Dados Físico-Químicos: Pó cristalino verde-escuro brilhante, higroscópico. Bastante solúvel em água, facilmente solúvel em etanol a 96% e em cloreto de metileno. Propriedades e usos: Corante derivado do trifenilmetano com acção bactericida contra numerosas bactérias (sobretudo gram+ do grupo dos estafilococos), antifúngico e contra algumas leveduras (como Candida). Costuma ser uma mistura dos cloretos de tetra-, penta-, e hexametil-pararosanilina. A sua actividade aumenta com o pH alcalino. É utilizada na prevenção e tratamento das infecções de úlceras crónicas, úlceras varicosas e feridas, dermatites irritantes crónicas, flebite e tromboflebite, eczemas húmidos, frieiras, furunculose, dermatomicose, impetigo, queimaduras, leucorreia, vaginite, candidíase oral e vaginal e angina de Vincent. Dosagem: Normalmente utiliza-se a 0,1 – 2 % por via tópica em solução aquosa ou creme, aplicada 2 vezes por dia. Em cremes vaginais, a 0,4 – 1,35 %. Por vezes usa-se a 0,1 – 0,5 % associada a verde brilhante. Para aplicação directa sobre tecidos utiliza-se a 1/500 – 1/1.000. Para instilação de cavidades fechadas utiliza-se em solução a 1/10.000. Efeitos secundários: A administração tópica do violeta de genciana pode provocar irritação e ulceração das membranas mucosas. A sua ingestão durante o tratamento bucal da candidíase oral pode ocasionar esofagite, faringite, traqueíte, náuseas, vómitos, diarreia e dor abdominal. Contra-indicações: Lesões ulcerosas da face. Cuidados: Utilizar unicamente sobre pele íntegra para se evitar risco de carcinogénese. Além disso, pode chegar a provocar pigmentação permanente se for aplicada sobre feridas. Deve ser utilizada durante curtos períodos de tempo, de 3-4 dias, porque pode provocar irritação local e dificultar a regeneração tecidular. Não utilizar em membranas mucosas, olhos e feridas abertas. FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Comprovou-se a sua acção carcinogénica em animais, pelo que deve ser usada com cuidado em humanos. Pode tingir a pele e a roupa. Incompatibilidades: Suspensões de bentonite, cremes com zinco, meios ácidos, matéria orgânica. Conservação: Em embalagens bem fechadas. PROTEGER DA LUZ E DA HUMIDADE. Exemplos de formulação: Solução hidro-alcoólica tópica de violeta de genciana Violeta de genciana.......................................... 2 g Álcool 96º...................................................... 25 ml Água purificada ……...……......................... 175 ml Modus operandi: Dissolver o violeta de genciana no álcool e adicionar a água. Violeta de genciana.......................................... 0,5 g Álcool 96º......................................................... 15 ml Glicerina ……………………………………….….. 10 g Água purificada q.s.p. ……...………............... 100 ml Observações: Pode-se prescrever tanto em solução hidro-alcoólica como em solução aquosa. Soluções de violeta de genciana e verde brilhante Violeta de genciana............................................ 0,5 % Verde brilhante ……………………………...……. 0,5 % Álcool 90º ……………………..…………………… 50 ml Água purificada q.s.p. …………….....………….. 100 ml Violeta de genciana............................................ 0,1 % Verde brilhante ……………………………...……. 0,1 % Água purificada q.s.p. ……………...…..……….. 100 ml Tintura de Milian Violeta de genciana......................................... 0,125 g Verde de metilo ………………………………… 0,125 g Álcool 90º …………………………..…….……… 200 ml Modus operandi: Dissolver os dois sólidos no álcool. Embalar em frasco de vidro topázio. FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Solução de Straunard Tintura de iodo ……………………………….….. 20 ml Violeta de genciana 2% ………………………… 20 ml Tintura Benjoim …………………………..…..…… 2 ml Modus operandi: A solução de violeta de genciana é preparada com álcool 96º, adiciona-se a tintura de Benjoim e a tintura de iodo. Embalar em frasco de vidro topázio. Solução de violeta de genciana para candidíase oral Violeta de genciana............................................ 1 % Lidocaína …………………………………………... 2 % Sacarina …………………………………….……. 0,1 % Água purificada q.s.p. …………………….…….. 30 ml Pomada de violeta de genciana Violeta de genciana............................................. 0,5 g Lanolina ……………………………………..……… 10 g Vaselina filante q.s.p. ……………………….…… 100 g Modus operandi: Dissolver o violeta de genciana na mínima quantidade de água purificada e pôr o copo em banho-maria. Noutro copo, também em banho-maria, fundir a vaselina e a lanolina. Incorporar a quente a fase aquosa sobre a oleosa, homogeneizando bem. Bibliografia: - Martindale, Guía completa de consulta farmacoterapéutica, 1ª ed. (2003). - The Merck Index, 13ª ed. (2001). - Formulación magistral de medicamentos, COF da Biscaia, 5ª ed. (2004). - Monografías Farmacéuticas, C.O.F. de Alicante (1998). - La Formulación Magistral en la Oficina de Farmacia, Mª. José Llopis Clavijo e Vicent Baixauli Comes (2007). - La formulación magistral en veterinaria, Mª. José Llopis Clavijo e Vicent Baixauli Comes (2010). - Formulario Magistral del C.O.F. de Múrcia (1997). - Formulario médico farmacéutico, PharmaBooks, 2010.