Imagem documental e ressignificação: os excertos de Maioria Absoluta (L. Hirszman, 1964) no documentário La Hora de Los Hornos (Grupo Cine Liberación, O. Getino e F. Solánas, 1968). Isadora Remundini A presente comunicação é um desdobramento da pesquisa de mestrado iniciada no primeiro semestre de 2013 junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de São Paulo - Brasil (UNIFESP) sob orientação da Profa. Dra. Mariana M. Villaça com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Procuraremos aqui estabelecer um mapa das relações entre o documentário brasileiro Maioria Absoluta, dirigido por Leon Hirzman entre os anos de 1963-64, e sua retomada em La Hora de Los Hornos, produção documental do grupo Cine Liberácion realizada na Argentina entre os anos de 1966-1968. Interessamnos as preocupações concernentes a uma metodologia da história comparada (PRADO, 2005), objetivando uma abordagem mais elaborada do cotejo entre os dois filmes. Entendemos como um dos argumentos mais evidentes em favor da comparação o fato de que, ladeados os objetos de pesquisa, surgem questões e apontamentos que não se evidenciariam de outra forma. Deste modo objetivamos, ainda que brevemente, avaliar a ressignificação das imagens no segundo documentário, investigar questões comuns aos dois filmes e, ainda, verificar a circulação destes filmes e a validade de sua problemática ampla frente ao conjunto de obras do Nuevo Cine Latinoamericano. Avaliaremos inicialmente a disposição de alguns temas em Maioria Absoluta, além de explorarmos de forma mais detida as circunstâncias de sua realização. O início da década de 60 compreende o ponto nodal de uma grande transformação no modo de vida do brasileiro, a qual vinha se instalando desde o pós-guerra com a implementação da indústria nacional pelo modelo de substituição das importações, a expansão do consumo de bens, o êxodo rural e mecanização do campo, além da sedimentação dos meios de comunicação de massa - o rádio já popularizado durante os anos 40 e, nos anos 50, o despontar da televisão. Em contraposição a este quadro, havia a urgência de modificações estruturais em diversas áreas do país. As chamadas Reformas de Base, que assinalaram o lineamento da política brasileira entre a renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a instauração do Regime Militar em 1964, eram a bandeira da coalizão formada por diversos setores políticos principalmente de esquerda1 - e reclamavam a necessidade de novas formas de organização no âmbito agrário, financeiro, universitário e eleitoral, com vistas a uma melhor distribuição de renda. Imbricando-se aos intentos desta esquerda e, especialmente, ao discurso político-cultural desenvolvido no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), o documentário Maioria Absoluta, realizado por Leon Hirszman nos anos 1963-64, parte da questão ampla do analfabetismo para abordar as diversas mazelas que acometem os estratos mais pobres da população, opondo-os à parcela para a qual o recente desenvolvimento econômico-cultural é amplamente acessível. Destacamos brevemente algumas das vinculações políticas do realizador: Leon Hirszman, sob influência de seu pai foi militante comunista desde os 14 anos, além disso atuou junto ao grupo do Teatro de Arena, além de ser um dos fundadores do CPC da UNE. Rodado em Pernambuco, o filme de Hirszman2 parte do pressuposto da realização de um panorama sobre o 1 Momentaneamente, nos valemos da concepção ampla de “esquerda” apresentada por Marcelo Ridenti, segundo o qual “O termo ‘esquerda’ é usado para designar forças políticas críticas à ordem capitalista estabelecida, identificadas com as lutas dos trabalhadores pela transformação social. Trata-se de uma definição ampla, próxima da utilizada por Gorender, para quem ‘os diferentes graus, caminhos e formas dessa transformação social pluralizam a esquerda e fazem dela um espectro de cores e matizes’(1987:p.7).” (RIDENTI, 2000:17). No decorrer do trabalho procuraremos cotejar a amplitude deste conceito às especificidades concernentes aos documentários abordados e a seus projetos político-cinematográficos. 2 A equipe responsável pela realização - advinda do núcleo do CPC, em que figuravam alguns dos arautos do Cinema Novo1028 analfabetismo. No decorrer do documentário, a alfabetização acaba por servir como categoria contentora de outras questões como a partição social, a distribuição de terras e de renda, as Reformas de Base, a participação política democrática através do voto, a identidade nacional e a discrepância do Brasil frente ao estágio de desenvolvimento de outras nações - categorias estas também relevantes no que concerne ao discurso sobre a modernidade latino-americana no período. O filme, identificado ao documentário de questão político-social3, propõe a alteração da conjuntura brasileira, chamando o espectador à ação diante da “existência histórica de uma sociedade injusta, na qual a elite econômica, a verdadeira favorecida pelo modelo capitalista, goza de um bem-estar inexistente às camadas populares do país.” (CARDENUTO, 2008:238). Ainda, no que concerne ao reconhecimento e difusão de seu caráter enquanto documentário político, é de extrema relevância a premiação obtida no Festival de Cinema de Viña Del Mar na categoria de melhor documentário, em 1965. O filme foi exibido também no Uruguai, neste mesmo ano (1965), por ocasião do Festival de Cine Internacional Documental y Experimental del Sodre , importante pólo de discussões acerca do Nuevo Cine Latinoamericano no fim da década de 50 e nos anos 60. (VILLAÇA, 2012:244) Após o golpe em 1964, ante o malogro do ideal revolucionário vinculado às Reformas de Base, os setores políticos à esquerda passam por uma revisão crítica frente à emergência de novas questões que se colocavam como imediatas. A instauração do novo regime impõe o esvaziamento das perspectivas em vigência durante o governo Goulart e sobreleva o projeto de desenvolvimento político-social que ficaria identificado à Modernização Conservadora4. Conforme ressalta Marcelo Ridenti, passa-se a viver “a não-revolução frustrada e a não-revolução socialista. Ou, por outra, a revolução às avessas, como a de 1964, para garantir a modernização conservadora da sociedade brasileira, o avanço econômico, industrial e tecnológico que só se efetivaria em sua plenitude sob a bota dos militares nos anos 60 e 70, quando a maioria da população brasileira, justamente a que deu suor e sangue para “desenvolver” o país, ficou praticamente excluída dos benefícios da modernização que trouxe consigo uma concentração de riquezas ainda maior do que a existente até então.” (RIDENTI, 2010: 23-24) Produzido nos anos de 1963 e 1964, o média-metragem ficou proibido pela censura do regime militar brasileiro até 1980, circulando neste ínterim em projeções clandestinas nos cineclubes, em grupos restritos e principalmente, através da exibição em festivais no exterior. Segue-se a esta exibição clandestina e estrangeira uma trajetória de circulação e ressignificação das imagens de Maioria absoluta, em que se destaca sua utilização em La Hora de Los Hornos (1968), emblemática era composta por Leon Hirszman, a quem se atribui a direção e o roteiro, Ferreira Gullar responsável pela narrativa, Nelson Pereira dos Santos no processo de montagem, fotografia de Luiz Carlos Saldanha e, ainda, produção e técnica de som executadas por Davi Neves e Arnaldo Jabor, respectivamente. 3 Neste primeiro momento, optamos por essa nomenclatura, em a referência ao termo documentário de questão social, cunhado por Bill Nichols. Tal opção se deve à identificação, nos filmes, de aspectos articulados por Nichols, e, principalmente ao destaque conferido à atuação social e política presentes nos depoimentos de ambos os diretores sobre suas obras. Nichols indica dentre as características amplas do documentário de questão social a “voz do cineasta como autoridade, mais vozes de testemunhas para corroboração; Discurso de sobriedade. O estilo é secundário ao conteúdo, o conteúdo é o que conta – o mundo real como é encontrado ou como existe; indivíduos representados como típicos ou representativos; ênfase na missão do cineasta em detrimento do estilo ou da expressividade.” (NICHOLS, 2009:178-208) Hirszman fala de suas opções na direção de Maioria Absoluta “Deixei que a realidade viesse a mim. A não ser minha visão política da questão social, não tinha qualquer atitude a priori sobre a abordagem estética.” (HIRSZMAN, 1995: 29). 4 O termo, que em sua origem visava compreender as relações entre a burguesia nascente e os senhores de terra, lida no Brasil com a problematização do desempenho desta burguesia enquanto via de acesso massivo aos direitos sociais, entendendo-se o Estado, frequentemente, como protagonista dos processos atrelados à modernidade. O papel da burguesia – e mesmo sua apatia – no processo de modernização brasileiro é ponto de discussão em várias das interpretações clássicas sobre o Brasil, editadas antes da década de 60, como A Formação do Brasil Contemporâneo de Caio Prado Jr. em 1942 (1997) e Os Donos do Poder, de Raymundo Faoro, em 1958 (2008). Posteriormente, em 1975, as relações entre a burguesia e o processo de desenvolvimento capitalista serão o centro da abordagem de Florestan Fernandes no livro A Revolução Burguesa no Brasil (2006). 1029 obra do grupo argentino Cine Liberación, no âmbito do cinema latino americano. É válido salientar que Maioria se compunha como um filme vinculado à noção de revolução iminente advinda das reformas sociais almejadas e articuladas durante o governo Goulart pelos setores de esquerda. É representativo neste caso o episódio relatado por Eduardo Escorel em depoimento ao Estado de S. Paulo: “Miguel Arraes, governador de Pernambuco, viera ao Rio para participar do comício da Central e assistiu o copião de Maioria Absoluta. Depois da projeção, comentou: ‘Com mais três filmes como esse, o povo pega em armas.’ Era uma advertência, não um elogio.” (ESCOREL,2007) Similarmente, destacamos a composição de La Hora de los Hornos. O filme, cuja versão finalizada tem mais de quatro horas de duração, é pautado na montagem de excertos das captações documentais conduzidas por Octavio Getino e Fernando Solanas pelo território argentino entre os anos de 1966 e 1968, além de imagens de arquivo, fotografias, pinturas, canções e trechos de outros filmes expressivos para a constituição do Nuevo Cine Latinoamericano como Tiré Dié (Fernando Birri, Arg, 1960), Faena (Humberto Ríos, Arg. 1960), Le Ciel, La Terre (Joris Ivens, 1967). La Hora de los Hornos é difusor de uma proposta estética que “a través de diferentes definiciones proponía la concreción de um cine cuya función principal radicara en mostrar y transformar la realidad de los pueblos de América Latina” (KRIGER, Carla, 2003:p. 321) La Hora tem sua produção iniciada durante o ano de 1966 e de acordo com Solanas se trata de um documentário voltado à ideia da iminência da - “Eu e meu parceiro Octavio Getino, queríamos fazer um filme revolucionário antes da revolução, que imaginávamos próxima.” (CAETANO, 1997:61). Observamos então uma primeira aproximação a Maioria, na medida em que os dois filmes se projetaram envoltos na perspectiva da proximidade das mudanças sociopolíticas na América Latina. De modo análogo, as filmagens de La Hora são interrompidas pelo golpe de 28 de junho de 1966 em que assume o general Juan Carlos Onganía, passando então à clandestinidade. Abordaremos nesta comunicação a primeira parte do documentário “Neocolonialismo y violencia”5 que, de acordo com Mariano Mestman, é “la más conocida y con una estructura formal ‘mas adecuada’ para el circuito comercial” (MESTMAN, 1999: p.53). Este excerto do filme se divide em 13 capítulos: La historia; El pais; La violência cotidiana; La ciudad puerto; La oligarquia; El sistema; La violencia política; El neorracismo; La dependência; La violencia cultural; Los modelos; La guerra ideológica; La opción. Os trechos de Maioria Absoluta se encontram inseridos junto ao tópico dedicado à violência cultural e focam principalmente na questão do analfabetismo associado à má distribuição de renda, expandindo o quadro brasileiro à condição de inserido na realidade latino americana. Ante o exposto, o trabalho apresentado será conduzido no sentido de verificar o valor atribuído às imagens de Maioria Absoluta utilizadas no filme do grupo Cine Liberación. Buscaremos uma abordagem comparada dos dois documentários, considerando a validade destes diálogos para que os cineastas latino americanos passem a se pensar uns em relação aos outros e entendendo a segunda metade da década de 60 como período de consolidação do Nuevo Cine Latinoamericano. Referencias bibliográficas ARANTES, Otilia; FAVARETTO, Celso; JÚNIOR, Matinas Suzuki. Arte em revista. Ano 1. No 1. São Paulo: Kairós Centro de Estudos de Arte Contemporânea, 1979. 5 O Filme se divide em três partes: 1. Neocolonialismo y Violencia 2. Acto para La Liberacíon 3. Violencia y Liberación 1030 BARBERO, Jesús-Martin. Projetos de Modernidade na América Latina. In: DOMINGUES, José Maurício e MANEIRO, Maria. América Latina Hoje: Conceitos e Interpretações. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 BERLINCK, MANUEL. CPC/UNE–Centro Popular de Cultura. Campinas, SP: Papirus, 1984. BERNARDET, Jean-Claude; CANDIDO, Antônio; GALVÃO, Maria Rita; SEGALL, Maurício; XAVIER, Ismail. 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