PIBID-FÍSICA Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Relatório Semestral Gilmar Wagner de Oliveira Bolsista Leonardo Ferraz Professor Supervisor da Escola João Antônio Corrêa Filho Professor Coordenador Agosto de 2010 RESUMO Foram desenvolvidas atividades ao longo do primeiro semestre letivo de 2010, na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa e na Universidade Federal de São João Del Rei, no Departamento de Ciências Naturais, dentre as atividades estão a participação em reuniões semanais, curso de edição de vídeo, oficina onde buscava aplicar novas tecnologias ao ensino de física, no caso sensores de movimento, mini-curso com a professora Jesuína da Universidade Federal de São Paulo onde buscou trabalhar os principais tópicos no ensino de física, participação da reunião de planejamento pedagógico para o ano letivo de 2010 na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, participação de algumas palestras que tinha como tema ensino, tais cursos foram oferecidos dentro da universidade. Na escola foram trabalhados alguns projetos como: Utilização de Vídeos que contam História da Física em Aulas para o 1º Ano do Ensino Médio, utilização de animações onde o tema era as leis de Newton, trabalho onde envolvia leis de Kepler e Gravitação Universal (este trabalho não foi executado). Participação da reunião de planejamento pedagógico, que ocorreu no inicio do ano letivo, tal reunião direcionou os rumos ao qual a escola desenvolveria seus trabalhos. OBJETIVOS As atividades desenvolvidas tiveram como objetivo sensibilizar os futuros docentes para a profissão, visando mostrar aos alunos, não em um momento de estágio, mas um contato com a escola em que o bolsista também pode opinar nas atividades ao qual pretende desenvolver Outra finalidade com o projeto também é retornar os professores que estão em prática docente ativamente para reflexão num ambiente em que professores da universidade, futuros professores, e professores que estão em atividades, em reflexões, elaboração de material educacional, participação de cursos, palestras etc., busca-se encontrar uma melhoria para a prática docente no caso aula de física. 1. RELATO 1. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES NA UFSJ OFICINA (período de férias mês de fevereiro) Utilização de sensores como alternativa para melhoria do ensino de física No inicio do mês de fevereiro, no turno da tarde todo o grupo do programa institucional de incentivo a docência se reuniram com o objetivo de aprender a manusear artifícios tecnológicos no caso sensores de movimento da pasco científica onde através de diferentes formas de movimentos que ocorrem na natureza, tais sensores captam estes movimentos e os transformam-nos em dados e a partir destes pode-se trabalhar conceitos físicos envolvidos. Os encontros do grupo foram coordenados pelo professor João Antônio Corrêa Filho, coordenador do projeto institucional, de inicio foi feito um reconhecimento do material que estava em mãos, logo em seguida partimos na busca da aplicação de tais equipamentos em aulas de física no ensino médio. Trabalhamos durante todo o mês de fevereiro, buscando aproximar os sensores das aulas de física, de modo que além de apenas manusear os sensores tínhamos também de aprender a trabalhar no sistema operacional, aos quais os sensores operam. As principais dificuldades encontradas foram saber lidar com tais programas, uma vez que cada sensor tinha um sistema operacional. CURSO DE EDIÇÃO DE VÍDEO O curso de edição de vídeo surgiu a partir da idéia de todo material audiovisual gerado e produzido nas atividades do projeto poder ser editadas para fins pedagógicos. Materiais provenientes da internet, documentários antigos, gravações em que o próprio grupo produzir poder ser editada e utilizada como artifício despertador de interesse dos alunos. O curso teve uma duração de vinte horas, e teve a participação de dois bolsistas do PIBID-FÍSICA, os bolsistas que participaram foram Catiúcia Luciana de Castro e Gilmar Wagner de Oliveira, este curso foi em conjunto com bolsistas do PIBID-QUÍMICA O curso foi comandado por um profissional em filmagens da empresa WM filmagens do município de São João Del Rei, tal curso capacitou os bolsistas a ter a noção de como proceder diante de materiais audiovisuais. Por enquanto não foi aplicado o conhecimento adquirido no curso efetivamente, como por exemplo, elaboração de material didático, contudo as possibilidades de utilizar tais recursos estão disponíveis. CURSO COM A PROFESSORA JESUINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A Participação da professora Jesuína aconteceu em meados do mês de março, a professora ministrou um mini-curso de vinte horas e neste encontro o principal objetivo era trabalhar com questões relacionadas ao ensino de física, buscando apontar soluções para problemas ao qual geralmente em debates relacionado ao ensino de física surge. Neste curso a professora distribuiu aos bolsistas vários textos que trabalha questões voltadas a prática docente, a dinâmica do curso foi basicamente o seguinte: com antecedência fizemos a leitura dos textos assinalando nestes os pontos chave que nos chamaram a atenção, em seqüência ocorria uma discussão onde cada bolsista podia opinar colocar seu ponto de vista sobre o tema proposto. A professora também aplicou um teste conceitual tratando as leis de Newton mostrando-nos uma das maneiras em proceder diante de uma situação problema. O curso não foi um receituário de métodos e recursos a aplicar dentro de sala de aula, a dinâmica do curso acontecia com os bolsistas sem uma imposição, mas havia interação e participação espontaneamente por parte de cada aluno. SESSÃO DE VIDEO: TEORIA COGNITIVA DE PIAGET. As atividades realizadas pelo PIBID-FÍSICA, geralmente busca-se fundamentação teórica visando nortear as atividades realizadas, com um foco na em teorias respeitadas diante da comunidade científica, levando as atividades realizadas dentro de sala de aula ser trabalhadas de maneira correta diante das fundamentações teóricas, dificuldades com disciplina dos alunos, interesse, atenção, como lidar com a faixa etária da adolescência. Teorias cognitivas de Jean Piaget geralmente fazem parte de nossas discussões buscando encontrar nessa teoria fundamentação suficientes para nos embasar de modo que diante de possíveis problemas termos capacidade suficiente para lidar com tal acontecimento Diante de todo este contexto o professor João Antonio Corrêa filho coordenador do projeto institucional apresentou uma sessão vídeo em que foram retratadas várias questões ao qual o filme pode gerar, e como complementação levou-nos um texto para leitura e reflexões. Este encontro foi realizado em meados do mês de abril e teve uma duração de aproximadamente quatro horas. PARTICIPAÇÃO EM PALESTRAS. ►Contexto da Escola no Brasil ►Como lidar com alunos com deficiência física O PIBID-FÍSICA constantemente é convidado a participar de palestras que ocorrem dentro da universidade que norteiam temas relacionados a educação e principalmente a prática docente. Dentre esses convites participamos de palestras, que tinha como título, os temas acima, o primeiro tema discutiu a evolução ou o contexto histórico ao qual a escola do Brasil está inserida, e no segundo tema foi trabalhado as dificuldades ao qual a escola do Brasil enfrenta quando o assunto é deficiência física. Nestas palestras buscamos absorver ao máximo, dicas, situações problemas colocadas pelos palestrantes, possíveis dificuldades que profissionais da educação encontrará, por exemplo, como lidar com um deficiente auditivo, dentro de sala de aula. REUNIÕES SEMANAIS ENTRE O GRUPO Toda quarta feira às quatorze horas nas salas 3.10 ou 3.08, sob o comando do professor João Antônio Corrêa Filho, toda a equipe se reúne numa sessão de duas horas, onde todos os assuntos que norteiam o grupo é discutido e trocado as experiências ao qual as duplas das duas escolas estão vivendo. Neste encontro cada dupla de início faz um breve relato das atividades nas escolas, em seguida são apontados os futuros projetos ao qual cada dupla desenvolverá num futuro próximo. Problemas enfrentados dentro das escolas entre o grupo, incompatibilidade de horários, tudo é trocado entre o grupo e naquele momento sob opiniões diversas, idéias novas, chega-se a uma idéia em comum. Os resultados encontrados pela dupla, ou melhor, após o trabalho executado levamos ao grupo na forma de apresentação em Power Point o trabalho finalizado onde todo o grupo participa das discussões geradas. Na reunião toda a agenda do grupo é acertada de modo todos estar em sintonia nos horários e compromissos, tendo em cada reunião um bolsista que faz uma ata da reunião visando ter a memória do ocorrido em cada encontro. Após o fim da reunião o responsável pela ata daquela reunião envia para o grupo no Yahoo, onde o grupo tem seu grupo, com isso todos após dias da reunião poderão relembrar as questões ao qual estavam em torno do grupo, e também certificar de compromissos, datas e horários de compromissos do grupo. JORNAL PIBID-FÍSICA A idéia em criar um jornal do PIBID-FISICA surgiu com o intuito de levar conhecimentos de física de maneira divertida e mais próximos a linguagem popular. O grupo é composto pelos seguintes bolsistas: Catiucia Luciana de Castro, Sandra Aparecida dos Reis, Joseane de Resende, Gilmar Wagner de Oliveira, Ricardo Alves Santos, Eduardo Mendonça. O grupo ficou responsável por atividades diversificadas, de modo que cada um era responsável por um setor do jornal. As atividades do jornal também ficaram definidas que seriam um projeto desenvolvido paralelamente as demais atividades do grupo. Fizemos em um dia pela manhã gravações das cenas em estúdio do protótipo do jornal, onde estávamos testando texto, luz, desenvoltura diante de câmeras etc. O projeto ficou parado a partir daí devido aos compromissos assumidos nas escolas, de modo que a idéia está lançada, e no segundo semestre pretendemos dar seqüência ao projeto. Com o intuito de inserir na sociedade a idéia que o conhecimento de física é de extrema importância para a sociedade, o jornal levaria de inicio aos alunos, temas relacionados a tal ciência de modo mais objetivo. 1.2 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES NA ESCOLA Minhas atividades foram realizadas, na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, no bairro Guarda Mor em São João Del Rei, no período da manhã. Minhas atividades dentro da escola tiveram inicio com o período letivo daquela escola, no inicio de fevereiro de 2010. De inicio foi proposto que observássemos a escola como um todo buscando ver o contexto ao quais os alunos estavam inseridos, em seqüência fomos para dentro de sala observar as aulas, com o intuito de aproximarmos dos alunos ao qual iríamos trabalhar efetivamente. Em meados do mês de fevereiro fomos convocados a participar da reunião de conselho pedagógico da escola. A reunião ocorreu durante os dias 16 e 17 de fevereiro de 2010, e neste encontro foram discutidas todos os assuntos que uma escola pode gerar, desde assuntos administrativos até disciplina dos alunos. Sob o comando da equipe pedagógica da escola e da direção foi retratado possibilidades de melhoria nas atividades da escola. Tal encontro teve também momentos onde os professores foram chamados atenção para erros como exemplo preenchimento de diários, instigou os professores a despertar nos alunos o interesse, o ânimo, o desejo em encontrar no conhecimento possibilidades em crescer em vários sentidos, como profissionais futuros e como pessoas. EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS FORAM DESENVOLVIDAS AS ATIVIDADES? Minhas atividades foram realizadas, na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa em dupla juntamente com a bolsista Camila Mara Alcântara. Participamos desde o inicio do semestre letivo das atividades desenvolvidas na escola, de inicio foi a participação da reunião de planejamento pedagógico daquela escola, sempre estávamos na reunião de módulo que ocorria toda terça feira pela manhã na escola, neste encontro era discutido entre os professores como cada um estava levando suas aulas, de modo que eles procuravam padronizar suas aulas num mesmo padrão. As atividades apresentadas abaixo foram desenvolvidas juntamente com a Camila e nossa dinâmica de elaboração dos trabalhos era primeiramente a pesquisa na internet ou em livros como o da Beatriz Alvarenga, em seguida reuníamos em um momento onde iríamos discutir como seria nossa conduta diante das condições impostas pelo professor supervisor, pela escola e após a reunião semanal, após considerarmos todos os pontos fechávamos nossa atividade. 1.2 TRABALHOS DESENVOLVIDOS PRIMEIRO SEMESTRE Abaixo segue um dos trabalhos desenvolvidos no primeiro semestre de 2010, o mesmo teve como objetivo despertar nos alunos o interesse pela física, ou melhor, o projeto foi executado bem no inicio do semestre letivo, com isso os alunos ainda estavam iniciando seus estudos em física, eles conhecia tal ciência apenas pelas falas de seus precursores, e o pouco das aulas que já haviam ocorrido. E geralmente antes de um determinado aluno cursar certa disciplina, sempre há colegas que fazem certos comentários assustadores, fazendo com que o aluno leve consigo preconceitos. E diante do fato dos alunos chegarem no primeiro ano do ensino médio com uma idéia muito distorcida da física, foi desenvolvido este projeto visando desmistificar tais idéias, e contar um pouco do contexto ao qual a física está inserida Utilização de animações computacionais para trabalhar as leis de Newton em turmas do 1º Ano do Ensino Médio As leis de Newton são normalmente vistas no primeiro ano do Ensino Médio. É comum que o tema seja abordado de forma a fazer o aluno trabalhar mecanicamente na resolução de exercícios, deixando de lado a preocupação de que os mesmos tenham uma visão conceitual sobre as Leis. Pensando nesse fato, a presente proposta visa uma tentativa de ilustrar para os alunos as Leis de Newton, levando-os a ver de onde vem às equações matemáticas usadas por eles na resolução de exercícios. Este trabalho foi desenvolvido em duas aulas cedidas pelo professor e basicamente o que foi feito foi apresentar as animações, onde era mostrado os conceitos, e em seguida havia uma discussão do assunto, onde nós bolsistas apontava os principais conceitos envolvidos no tema, mostrando aplicações e sempre deixando espaço para que os alunos pudessem perguntar, questionar, colocar seu ponto de vista, procuramos deixar o ambiente bem agradável de modo que os alunos perguntassem sem medo, ou receio. Após a apresentação dos vídeos e das discussões aplicamos um teste em que tais alunos tinham de responder ou descrever aplicações de fenômenos ao qual havíamos trabalhado anteriormente. As questões encontram-se neste universo de questões que encontra nesta lista abaixo, de modo que fizemos uma redução no número destas. As observações que tivemos da atuação dos alunos foi que estes apresentaram certa dificuldade em transpor aquilo que o filme retratou e o que discutimos, de modo que para escrever as idéias no papel havia muita dificuldade. As dificuldades foram perceptíveis pelo fato de que fizemos o teste em sala de aula com nossa presença, onde as possíveis dúvidas fomos as carteiras para esclarecer, então chegamos bem perto da duvida que o aluno tenha. Exercícios aplicados para uma turma do 1º Ano do Ensino Médio 1) O que é dinâmica? Em que parte da física ela se insere? 2) Segundo Newton, qual é a causa da variação de um movimento? 3) O que diz a primeira lei do movimento? 4) Por que, pára dirigir um veiculo, se deve tomar mais cuidado em dia de chuva? 5) Relacione as forcas que se opõem ao movimento de um corpo sobre um plano horizontal. Dê exemplos práticos em que podemos identificalás. 6) O que diz a primeira lei de Newton 7) Por que um caminhão carregado parte mais lentamente que um caminhão vazio? 8) Por que, quando damos um soco na parede, a nossa mão dói? 9) O que diz a terceira lei do movimento? 10) Qual a relação entre massa e força? 11) A força é uma grandeza escalar ou vetorial? Justifique sua resposta. 12) Qual é a direção e os sentido do vetor que representa o peso de um corpo? 13) Defina 1kgf e dê a sua relação com 1N. 14) Descreva resumidamente, as idéias de Aristóteles sobre força e movimento. 15) O que você entende por inércia de um corpo? Dê exemplos que ilustrem este conceito. 16) Enuncie a primeira lei de Newton. 17) Por que usamos cinto de segurança quando andamos de carro. 18) Por que quando estamos sentados no banco de um carro e quando ele sai o nosso corpo vai para trás? 19) O que deve ocorrer com a resultante das forças que atuam em um corpo para que ele esteja em equilíbrio? 20) Quais as situações em que um corpo está em equilíbrio das forcas? 21) Dê exemplos de situações que o atrito pode ser útil e situações em não pode ser? 22) Explique porque aparece a forca de atrito e como ela atua? 23) Que características de uma grandeza vetorial precisam ser bem conhecidas para que a grandeza fique bem determinada? 24) De exemplos de grandezas escalares 25) De exemplos de grandezas vetoriais 26) Um pequeno automóvel colide com um grande caminhão carregado. Você acha que a forca exercida pelo automóvel no caminhão é maior menor ou igual a força exercida pelo caminhão no automóvel? 27) Usando a terceira lei de Newton procure explicar como um avião a hélice se movimenta impulsionando por essa peça. 28) Há necessidade de atmosfera para que este avião seja acelerado? 29) Com base na terceira lei de Newton procure explicar como um avião a jato se movimenta. 30) Para que este avião seja acelerado há necessidade de atmosfera? 31) Explique com suas palavras a terceira lei de Newton usando um exemplo prático. 32) De acordo com a terceira lei de Newton, procure explicar como um carro se movimenta Proposta de Utilização de Vídeos que contam História da Física em Aulas para o 1º Ano do Ensino Médio Introdução Aulas de Física são freqüentemente caracterizadas como “chatas” e difíceis pelos alunos do Ensino Médio. Tentando mudar esse olhar sobre a disciplina em questão é comum falar-se na utilização de mídias como novos recursos pedagógicos. A pesquisa em ensino de física começou no Brasil no final da década de 60, de lá para cá muitas coisas mudaram em termos do uso das tecnologias da informação e comunicação na vida das pessoas, principalmente em relação às mídias, mas pouca coisa mudou em relação ao seu uso no ensino de física. Nesse projeto far-se-á a utilização de vídeos que mostram parte da história da Física como uma tentativa de humanizá-la, tornando-a mais próxima do estudante e, portanto, mais interessante para o mesmo. Os vídeos mostram que alguns dos grandes nomes da ciência também tinham problemas pessoais e que existiram casos onde o trabalho de toda uma vida, com resultados importantes, foi totalmente desconsiderado pela comunidade científica da época. Esse projeto será aplicado na Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, no município de São João Del Rei - MG, em aulas de Física do Primeiro Ano do Ensino Médio com a orientação do Professor Leonardo. Desenvolvimento Previsto As atividades estão previstas para terem início dia 13/04/2010, em alguns minutos de uma aula de Física cedidos pelo professor. Nesse primeiro contato será explicado a execução do projeto, e passado um questionário para os alunos, que consta no Anexo I do projeto. Com esse questionário, pretendese realizar uma prévia avaliação do conhecimento dos alunos sobre as questões que serão trabalhadas e a visão que ops mesmos tem da Física. As respostas obtidas nesse questionário orientarão as explicações preparadas para os vídeos. Na semana seguinte o professor irá ceder uma aula de 50 minutos, onde serão exibidos dois vídeos sendo o primeiro um episódio de um seriado de comédia, onde a discussão deverá ser sobre a visão que se tem dos físicos e o que eles realmente são. Para nortear a discussão, antes mesmo de mostrar o vídeo serão feitas algumas perguntas para os alunos, sobre a visão que eles tem da ciência e do cientista. O segundo vídeo a ser exibido, um episódio da série Poeira das Estrelas, falará sobre o nascimento da Ciência na Grécia Antiga com Aristóteles e sobre Galileu Galilei. Após a exibição do vídeo pretende-se iniciar uma discussão sobre as influências que a Ciência sofre de acordo com a sociedade da época e, por que não, as influências que a sociedade sofre por parte da Ciência, e sobre as contribuições físicas da experiência de Galileu na torre de Pisa. Na semana seguinte o professor cederá mais uma aula de 50 minutos onde será exibido mais um vídeo da série Poeira das Estrelas, que falará sobre Newton. Após exibição do filme a discussão desejada é inicialmente sobre o reconhecimento de Newton da contribuição dos cientistas antes dele, e posteriormente sobre a Física Newtoniana, de modo especial sobre a Gravitação. O quarto vídeo a ser exibido, também da série Poeira da Estrelas, será sobre George Gamow e Alpher e a injustiça cometida contra eles na divulgação de um trabalho onde suas contribuições foram essenciais. A discussão será em torno desse fato. Após a realização dessas atividades será reaplicado o questionário q consta no Anexo I, a fim de verificar um possível visão dos alunos a respeito da disciplina e dos conceitos. Ao final de cada uma das aulas de 50 minutos cedidas pelo professor, será pedido aos alunos que façam um relatório sobre os assuntos vistos no vídeo. Para a realização dessas atividades foi agendada a sala de vídeo da Escola com antecedência, no entanto será necessário levar a multimídia do PIBID-FÍSICA. Foi elaborado um cronograma das atividades a serem realizadas que consta no Anexo II. Essas atividades foram pensadas de maneira a ser não apenas interessante para os alunos, como também para ter um resultado positivo na aprendizagem dos mesmos. Os vídeos a serem exibidos constam no Anexo III. Anexo I QUESTIONÁRIO PARA CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS SOBRE O ALUNO E A DISCIPLINA: Qual a matéria que você MAIS gosta? ( )Física ( )Matemática ( )Química ( )Português ( )Literatura ( )Geografia Por quê? ( )Acha interessante ( )Porque é útil pra você ( )Porque precisa pra passar no vestibular ( )Porque é fácil Qual a matéria que você MENOS gosta? ( )Física ( )Matemática ( )História ( )Química ( )Português ( )Literatura ( )Geografia ( )Inglês Por quê? ( )Não acha interessante ( )Porque é inútil pra você ( )Porque não gosta do professor ( )Porque é difícil Qual conteúdo da disciplina Física, visto na escola, você teve contato no seu dia-a-dia? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ SOBRE A DISCIPLINA: Você saberia explicar por que todas as coisas são atraídas para a Terra? ( )Por causa de uma força gravitacional ( )Por causa de uma força magnética ( )Por causa do peso ( )Não sei Se jogarmos uma pena e um piano de cima de uma torre qual delas chega primeiro ao chão? ( )pedra ( )piano ( )os dois chegam mesmo tempo ( )depende da altura da torre ( )não sei Por que os Planetas orbitam em torno do Sol? ( )Por causa da força gravitacional ( )Por causa de uma força magnética ( )Por que o Universo está imerso em uma substância, chamada Éter, que segura os corpos em determinadas posições ( )Não sei Quem são os cientistas em sua opinião? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Anexo II Cronograma Atividades Datas Previstas 13/04 20/04 27/04 04/05 11/05 Anexo III Apresentação do Projeto aos Alunos Exibição de Vídeos X Aplicação do Questionário Apresentação dos Resultados ao Coordenador X X X X 1º vídeo: Episódio do seriado The Big Bang Theory, exibido pela CBS. X 2º vídeo: 2º Episódio da série Poeira das Estrelas: O Nascimento da Ciência, exibido pelo Fantástico. 3º vídeo: 4º Episódio da série Poeira das Estrelas: Assim na Terra como no Céu, exibido pelo Fantástico. 4º vídeo: 6º Episódio da série Poeira das Estrelas: O Cientista Esquecido, exibido pelo Fantástico. O questionário aplicado foi com o interesse em conhecer os alunos ao qual estávamos lidando, visamos descobrir o perfil destes para que pudéssemos traçar nossas discussões. Após a conclusão de nossos trabalhos aplicamos um teste baseado em uma redação onde propomos que cada aluno pudesse se expressar diante dos vídeos e considerações feitas, em nossas discussões. Exercício Avaliativo de Física Nome do (a) aluno (a)----------------------------------------------------------------------------Professor: Leonardo Ferraz Data:- --------- Número:- ------ Nota ------- Leia o texto a seguir: A Ciência, nos dias atuais, pode ser considerada como aquilo que na antiguidade, se denominava ‘’Filosofia Natural’’. Neste ramo do conhecimento procuravam obter respostas para questões referentes a fatos ocorridos na natureza. Por exemplo, a razão da ocorrência dos dias e das noites e das estações do ano. À medida que estas respostas eram encontradas, elas passavam a integrar um conjunto de conhecimentos que hoje denominamos Ciência. Você provavelmente já deve ter tido contato com diversos fenômenos estudados pela Ciência. Agora, que você irá se dedicar a uma disciplina totalmente voltada a física, talvez seja interessante responder a indagações que costumam surgir quando estamos iniciando um estudo qualquer: • Por que preciso adquirir esses conhecimentos? • Para que eles irão me servir? Podemos lhe adiantar que não temos uma maneira imediata de respondêlas. Uma resposta satisfatória deverá se construída, pouco a pouco, por você mesmo à medida que seu conhecimento dessa área for ampliado. Desde já, porém, advertimos que física é uma ciência básica, pois os conceitos de que ela trata tais como o movimento, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a luz, a eletricidade, os átomos, etc. Passaram ser indispensáveis para a melhor compreensão tanto de qualquer outra ciência quanto das técnicas que elas foram originando. Por outro lado, muitos conceitos estudados na química, matemática, biologia, sociologia e em vários outros ramos do conhecimento são necessários e importantes para uma melhor compreensão da física. A física está presente em quase todos os momentos de nossa vida, a palavra física tem sua origem no termo grego physiké, que significa, ``natureza``. Quando nos referimos a este termo, entretanto, estamos sempre submetendo nele a palavra episteme, também de origem grega, que pode ser traduzida por conhecimento, ou seja, por ciência. Então, Física é a ciência que estuda a natureza. COM BASE NO TEXTO ACIMA E NOS VÍDEOS ASSISTIDOS REDIJA UM TEXTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA NA SOCIEDADE, E OS BENEFICIOS TECNOLOGICOS, E AS IMPLICAÇOES QUE A CIÊNCIA TRAZ PARA A SOCIEDADE, NO ASPECTO SOCIO CULTURAL, O TEXTO DEVE TER NO MÍNIMO 20 LINHAS. 3. ATIVIDADES PARA O SEGUNDO SEMESTRE 3.1 POSSÍVEL ATIVIDADE A SER REALIZADA NO SEGUNDO SEMESTRE Para o segundo semestre um dos projetos a serem executados é trabalhar leis de Kepler e gravitação universal, o projeto descrito abaixo em detalhes. O projeto poderá sofrer alterações após a análise do professor. Proposta em trabalhar as diferentes formas de energia existentes na natureza em Aulas para turmas o 1º Ano do Ensino Médio Desenvolvemos um projeto que o tema central é energia. Buscaremos mostrar através de vídeos animações, experimentos, demonstrações as diferentes formas de energia que podem aparecer na natureza, e também a transformação de uma configuração de energia em outra, este projeto ainda não está finalizado apenas começamos a redigir, as idéias, será desenvolvido dentro do horário de aula. A idéia é introduzir aos alunos os principais conceitos, ou colocá-los em sintonia ao tema energia. Uma das sugestões do professor supervisor a nós foi pelo fato de que este assunto é recorrente em provas que o governo propõe, avaliações do CBC (Currículo Básico Comum) Proposta em trabalhar gravitação universal e leis de Kepler em Aulas para turmas o 1º Ano do Ensino Médio 1-INTRODUÇÃO Johanes Kepler (1571-1630) estabeleceu de forma definitiva como os planetas se movem em volta do Sol. Discípulo e assistente do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546 - 1601), Kepler herdou os registros das pacientes e precisas observações de seu mestre, que lhe permitiram após muito estudo e trabalho, enunciar as três leis que explicam o movimento planetário. São elas: Lei das Órbitas, Lei das Áreas e Lei dos Períodos. A explicação física do comportamento dos planetas veio somente um século depois quando Isaac Newton foi capaz de deduzir as leis de Kepler a partir das hoje conhecidas como Leis de Newton e de sua Lei da gravitação universal, usando sua invenção do cálculo. [1] Apesar de tamanha importância, as Leis de Kepler não são mais vistas no Ensino Médio das Escolas Estaduais de Minas Gerais. Desse modo, esse trabalho traz uma proposta de um mini-curso, tratando sobre as Leis de Kepler e a Gravitação Universal, em horário extra-turno para alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa. 2-PROPOSTA As atividades estão previstas para terem início dia 26 de junho, com a divulgação do projeto para os alunos do 1º ano e a inscrição dos interessados. Isso deverá ser feito durante a aula de Física, em alguns minutos cedidos pelo professor. O mini-curso terá início na semana seguinte, dia 2 de junho, onde será exibido o 3º Episódio da Série Poeira das Estrelas, que fala da vida de Johanes Kepler. Após exibição do filme será feita uma discussão sobre as Leis de Kepler. No segundo dia de mini-curso falaremos sobre a Gravitação Universal, usando textos 3-CRONOGRAMA Cronograma Atividades Datas Previstas 02/08 06/08 09/08 16/08 Apresentação do Projeto aos Alunos e inscrição Leis de Kepler Gravitação Universal Apresentação dos Resultados ao Coordenador X X X X OBSERVAÇÃO: As datas acima são apenas para dar uma idéia de como vamos aplicar este trabalho. A execução desta atividade será esclarecido com o professor supervisor da escola para agendarmos horários. 4-RECURSOS Os recursos utilizados para se trabalhar as propostas serão ferramentas audiovisuais, como vídeos que irá discutir os principais fundamentos da gravitação, também faremos discussões sobre os vídeos trabalhados, e faremos uso de nossa fala para apresentarmos os principais acontecimentos da gravitação. Apresentaremos na forma de seminário desde os primórdios das idéias da astronomia até o que se sabe na atualidade. 5-CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Durante a realização do curso, além de passarmos os vídeos, introduziremos os principais fundamentos físicos de gravitação universal. O ponto de partida será fazer uma contextualização histórica, mencionando que a astronomia é uma das mais antigas ciências, sendo que gregos que foram os primeiros a tentar explicar como se dada o movimento dos astros. Sendo definido um modelo geocêntrico, onde sol lua e outros planetas estavam circulando em torno da terra. Foi na Alexandria no século II depois de Cristo que Ptolomeu melhora o modelo geocêntrico e o que é mais aceito também na época, este modelo supunha que os planetas moviam se em círculos cujos centros giravam em torno da terra, em virtude da razoável precisão das previsões feitas com o sistema e Ptolomeu, e além deste modelo adequar-se a filosofia religiosa da época suas idéias perduraram durante cerca 13 séculos Heliocêntrico, sendo Nicolau um homem de muita Fé, ele acreditava que o universo deveria ser mais simples, pois Deus não faria um mundo tão complicado quanto o de Ptolomeu. Neste modelo o sol estaria em repouso e os planetas, inclusive a terra girariam em torno dele em orbitas circulares (teoria heliocêntrica). 6-AS LEIS DE KEPLER KEPLER E AS OBSERVAVACOES DE TYCHO BRAHE Alguns anos após a morte de Copérnico, o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe começou a desenvolver um importante trabalho no sentido de obter medidas mais precisas da posição dos corpos celestes. Em seu observatório, muito bem equipado para época, Tycho Brahe realizou, durante cerca de 20 anos, rigorosas observações dos movimentos planetários, verificando que o sistema de Copérnico não se adapta satisfatoriamente a essas observações. Os dados colhidos por Tycho Brahe, cuidadosamente tabelados, constituíram a base do trabalho que foi desenvolvido após sua morte, por seu discípulo, o alemão Johannes Kepler (1571-1630). Entusiasmado pela simplicidade do sistema Kepler entusiasmado pela simplicidade do sistema de Copérnico, acreditava que seria possível realizar alguma correção neste modelo, de modo a torná-lo mais ajustado aos movimentos dos corpos celestes realmente observados. Desenvolveu o seu trabalho analisando com grande habilidade matemática, durante 20 anos a grande quantidade de dados coletados por Tycho Brahe. O trabalho de Tycho Brahe foi coroado de êxito, tendo conseguido descobrir as três leis sobre o movimento dos planetas que deram origem ao nascimento da Mecânica Celeste. A PRIMEIRA LEI DE KEPLER A Correção do sistema de Copérnico, procurada por Kepler, é expressa através de sua primeira lei. Seus estudos o levaram a concluir que, realmente, os planetas se movem em torno do sol, mas suas orbitas são elípticas e não circulares, como supunha Copérnico. Além disso, Kepler verificou que o sol está situado em um dos focos da elipse. Temos, portanto a primeira lei de Kepler. QUALQUER PLANETA GIRA EM TORNO DO SOL, DESCREVENDO UMA ÓRBITA ELÍPTICA, DA QUAL O SOL OCUPA UM DOS FOCOS A SEGUNDA LEI DE KEPLER Kepler certificou-se que a velocidade dos planetas quando estão mais próximos do sol é maior do que quando está longe Temos, portanto a segunda lei de Kepler. A RETA QUE UNE UM PLANETA AO SOL ‘’VARRE’’ ÁREAS IGUAIS EM TEMPOS IGUAIS A TERCEIRA LEI DE KEPLER Continuando o estudo das tabelas de Tycho Brahe, Kepler procurou estabelecer relações entre os períodos de revolução dos planetas e os raios de suas orbitas (para simplificar este estudo, as órbitas dos planetas serão supostas circulares), após cerca de 10 anos de tentativas, Kepler descobriu uma relação que é sintetizada em sua terceira lei. Veja tabela: PLANETA PERÍODO DA ORBITA (T) EM ANOS RAIO DA ÓRBITA (r) (em u.a.)** T/r (ano)/(u.a) Mercúrio 0.241 0.387 1.002 Vênus 0.615 0.723 1.000 Terra 1.000 1.000 1.000 Marte 1.8881 1.524 0.999 Jupiter 11.86 5.204 0.997 Saturno 29.6 9.58 0.996 Urano 83.7 19.14 1.000 Neturno 165.4 30.2 0.993 248 39.4 1.004 Plutão (*)1ua=1 unidade Astronômica igual Raio da órbita da terra Para melhor entendermos esta lei analisemos a tabela mostrada anteriormente, na primeira coluna, vemos que os períodos de revolução dos planetas, em torno do sol, são bastantes diferentes uns dos outros. O mesmo acontece com os raios de suas órbitas (distâncias dos planetas ao sol), apresentados na segunda coluna. Entretanto, pela terceira coluna, percebemos que, se elevarmos a segunda potência o período de revolução de cada planeta (T) e dividirmos pelo cubo do raio de sua orbita (r), o cociente T/r terá o mesmo valor para qualquer planeta (as diferenças observadas na terceira coluna são justificadas por erros experimentais). Este resultado que e o conteúdo da terceira lei de Kepler, pode ser expresso matematicamente por T2/r3 = K onde K e uma constante para todos os planetas. Desta relação tiramos T2 = Kr3, isto e T e proporcional a r. podemos, então, enunciar a terceira lei de Kepler. OS QUADRADOS DOS PERÍODOS DE REVOLUÇÃO DOS PLANETAS SÃO PROPORCIONAIS AOS CUBOS DOS RAIOS DE SUAS ÓRBITAS Com o trabalho de Kepler, as leis básicas do movimento dos planetas haviam sido descobertas e as bases da mecânica celeste estavam lançadas. Entretanto, o que Kepler fez foi descrever este movimento sem se preocupar com suas causas; em outras palavras, as leis de Kepler constituíram a cinemática do movimento planetário. Alguns anos mais tarde, Newton, baseado nos trabalhos de Kepler, desenvolveu a dinâmica do movimento dos planetas e descobriu uma das leis fundamentais da natureza a gravitação universal. 7- GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Estudando o movimento dos planetas, apoiando-se nas leis de Kepler Newton observou que, que como eles descrevem orbita em torno do sol, devem estar sujeitos a uma força centrípeta, pois, do contrário, suas trajetórias não seriam curvas. Ao raciocinar desta maneira Newton estava admitindo que suas leis do movimento fossem validas também para corpos celestes. Este ponto de vista era contrário a filosofia de Aristóteles, que acreditava que o movimento dos corpos celestes era regido por leis especiais, diferentes daquelas verificadas para os movimentos na superfície da terra. Newton atribuiu esta forca a existência de uma atração do sol sobre o planeta. Em resumo. A FORÇA CENTRÍPTA, QUE MANTÉM UM PLANETA EM SUA ÓRBITA, E DEVIDA A ATRAÇÃO DO SOL SOBRE ESTE PLANETA. FORCA DE ATRAÇÃO ENTRE O SOL E UM PLANETA Baseando-se em suas leis do movimento e nos estudos de Kepler, Newton conseguiu chegar a expressão matemática da forca de atração entre o sol e um planeta. Designando por F esta forca ele chegou as seguintes conclusões: F e proporcional a massa m do planeta: F e proporcional a massa do sol. F e inversamente proporcional ao quadrado da distancia, r, entre o sol e o planeta: O fato de se ter essa relação significa que quando o valor de r aumenta, o modulo de F diminui, essa redução ocorre de maneira mais acentuada do que no caso de uma proporção inversa. Portanto. Se r e duplicado, F torna-se 4 vezes menor Se r e triplicado, F torna-se 9 vezes menor Se r e quadruplicado, F torna-se 16 vezes menor; e assim sucessivamente Essa expressão pode ser escrita sob forma de uma igualdade pela introdução de uma constante de proporcionalidade, que e representada por G. temos, então Denominada é constante de gravitação universal A força de atração do sol sobre um planeta e proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles. Descreveremos agora o passo mais audacioso do trabalho de Newton, que demonstra sua extraordinária capacidade de extrapolação e sua grande intuição. Observando o movimento da lua em torno da terra Newton percebeu que deveria existir uma atração da terra sobre a lua, do mesmo que o sol atrai os planetas, segundo consta, ao observar uma maçã de desprender da árvore ele concebeu a idéia de que a queda da maçã se desprender da árvore seria também causada pela atração da terra. Resumindo as idéias de que o sol atrai os planetas e a terra atrai a lua e maçã, Newton conclui: esta atração deve ser um fenômeno geral (universal) e deve se manifestar entre dois objetos materiais quaisquer. Em outras palavras, entre você e seu livro deve existir uma força de atração, do mesmo modo que entre você e seu colega ou entre o professor e o quadro negro! Surgia assim a idéia de gravitação universal Dois corpos quaisquer se atraem com uma forca F, denominada força gravitacional, cujo valor é dado pela mesma expressão matemática da força entre o sol e um planeta. LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL DOIS CORPOS QUAISQUER SE ATRAEM COM UMA FORÇA PROPORCIONAL AO PRODUTO DE SUAS MASSAS E INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO QUADRADO DA DISTÂNCIA ENTRE ELES. A Força de atração gravitacional entre dois objetos comuns existentes na terra é muito pequena e Newton não foi capaz de verificar experimentalmente esta atração. Somente quando grandes massas (como o sol e os planetas) interagem, a força de atração gravitacional torna-se apreciável. 8 VERIFICACAO EXPERIMENTAL DA LEI DE GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Somente cerca de 100 anos após Newton ter apresentado seus trabalhos, foi possível verificar experimentalmente que a gravitação é, realmente, um fenômeno universal. O físico Henry Cavendish, usando uma balança de torção, realizou a seguinte experiência: equilibrou cuidadosamente duas pequenas esferas de massas m e m, em uma barra horizontal. Aproximando destas massas duas esferas maiores, M1 e M2, Cavendish verificou que barra girava, provocando uma torção no fio que a sustentava, este fato mostrou que existe, realmente, uma força de atração entre as massas. Através da balança de torção, Cavendish conseguiu medir a força de atração entre duas esferas e, daí, foi possível determinar o valor da constante de gravitação universal, G = 6,67x10-11 Nm2/kg. EXEMPLO: MEDIDA DA MASSA DA TERRA Tendo obtido, com sua balança de torção, o valor de G, Cavendish conseguiu determinar a massa da terra. Consideremos uma partícula de massa m, próxima a superfície da terra (M e raio R) a partícula m será atraída pela terra com uma força F, que é o peso da partícula. Newton havia demonstrado (usado o calculo integral inventado por ele) que, na atração gravitacional entre dois corpos esféricos tudo se passa como se a massa dos corpos estivesse concentrada em seus centros. Assim, podemos imaginar a massa concentrada no centro da terra e a força F estará apontando para este centro. Como a distância de m ao centro da terra e R (raio da terra) pode escrever pela Lei de Gravitação Universal. Mas, como F representa o peso da partícula de massa m, temos pela segunda lei de Newton Igualando estas duas expressões para a mesma força, vem Assim, conhecendo os valores de g, R e G consegue se determinar M. Na época de Newton, os valores de g e R eram conhecidos com precisão razoável, mas Newton não sabia, com exatidão, o valor de G. 9-BURACO NEGRO Em toda estrela como o sol, por exemplo, ocorrem sempre dois processos importantes que vão determinar o seu tamanho. Um desses processos é a atração gravitacional entre as próprias partículas constituintes da estrela, que tende a juntá-las em seu centro, o que leva a redução a redução das suas dimensões. O outro processo consiste nas reações que ocorrem entre os núcleos dos átomos ali presentes. Estas reações são semelhantes aquelas que ocorrem em varias bombas de hidrogênio, tentando a explodir a estrela, o que leva o que leva ao aumento de suas dimensões. O tamanho da estrela se estabiliza quando estes dois processos se equilibram. Para o caso o sol, os pesquisadores no campo da astrofísica concluíram que, no futuro, haverá uma predominância das explosões atômicas, de modo que ele se expandirá, transformando-se em um tipo de estrela conhecido como gigante vermelha. O sol ficará tão grande que suas dimensões se estenderão até além da orbita da terra e, assim, nosso planeta será ‘’engolido’’ por ele. Felizmente, isso só ocorrerá dentro de aproximadamente 5 bilhões de anos! Quando todo o combustível atômico do sol tiver se esgotado, a gigante vermelha, apenas sob ação do processo gravitacional, terá suas dimensões drasticamente reduzidas. Ela se transformará, então, em uma pequena estrela morta, que não emitirá nem luz nem calor, denominada anã negra. Em estrelas que possuam massa superior a quatro vezes a do sol, as forças gravitacionais entre partículas são muito grandes. Nessas estrelas, o processo de redução das dimensões é muito mais drástico, levando seus átomos a ficarem praticamente unidos, sem espaço vazio entre eles! Em tal estado, a matéria está tão densa (comprimida) que a forca gravitacional que ela exerce em sua superfície torna-se enorme: nada, nem a própria luz, consegue escapar desta ação gravitacional. Uma estrela que sofreu a ação deste processo é denominada buraco negro. Para o sol torna-se buraco negro, seu diâmetro teria que ser reduzido a apenas 6 km (isto, como vimos, não ocorrerá com o sol). A terra só poderia se transformar em um buraco negro se toda a sua massa fosse concentrada em uma esferinha de 2 cm de diâmetro! Uma pessoa que se aproximasse de um buraco negro (e isto só poderá acontecer com o desenvolvimento da astronáutica) seria ‘’engolida’’ por ele. 10- MOVIMENTOS DE SATÉLITES Embora só recentemente tenha sido possível colocar um satélite artificial em órbita em torno da terra, já no século XVII Newton tinha uma idéia clara de como isto poderia ser feito. Entretanto, ele não dispunha de artifícios tecnológicos para colocar um satélite em órbita COMO É POSSIVEL COLOCAR UM SATELITE EM ORBITA Para se colocar um satélite em orbita, ele é levado, por meio de poderosos foguetes, até uma altura h desejada. (Figura 2). O valor de h varia muito de satélite para outro, dependendo de uma serie de fatores. Entretanto, a altura não deve ser inferior a cerca de 150 km para que, na região onde o satélite se movimenta, a atmosfera terrestre já esteja altamente rarefeita e, assim, a força de resistência do ar não perturbe o movimento do satélite. Sendo atingida a altura desejada, o satélite, ainda por meio de foguetes, é lançado horizontalmente com uma velocidade v (Figura 2). Como já sabemos, a terra exerce sobre o satélite uma força F, de atração, que alterará a direção da velocidade v, fazendo com que ele descreva uma trajetória curvilínea. Muitas pessoas pensam erroneamente, que naquela altura a força de atração da terra da terra sobre o satélite é nula ou desprezível. Se isto fosse verdade, o satélite, após ser lançado com velocidade v, continuaria a se mover, em linha reta, com esta velocidade, e não entraria em orbita em torno da terra. Para que a trajetória do satélite seja um orbita circular em torno do centro da terra, a velocidade horizontal v deverá ter um valor determinado. Isto porque a força F de atração da terra deve propiciar a força centrípeta necessária para este movimento. Uma vez colocado em orbita e não existindo nenhuma perturbação, o satélite continuará girando, indefinidamente, em torno da terra. 11- CÁLCULO DA VELOCIDADE DO SATELITE Vamos calcular agora a velocidade que deve ser comunicada a um satélite para que ele entre em órbita circular em torno do centro da terra. O raio, r, de sua órbita é dado por R = r + h, onde R é o raio da terra e h a altura do satélite. A força F, de atração da terra sobre o satélite, é dada por: F = GMm , r2 onde m é a massa do satélite e M é a massa da terra (lembrando que a massa da terra pode ser considerada concentrada no centro da terra). Como esta força proporciona a força centrípeta que mantém o satélite em órbita, podemos concluir que seu valor é igual a m v2 , que é a expressão geral de uma força r centrípeta. Portanto, termos v2 Mm = G 2 , donde r r m v= GM , logo, se r fornecermos a altura de um satélite em órbita, poderá calcular sua velocidade, uma vez que os valores de G e M são conhecidos. MOVIMENTO DE SATELITES Embora só recentemente tenha sido possível colocar um satélite artificial em orbita em torno da terra, já no século XVII Newton tinha uma idéia clara como isto poderia ser feito. Entretanto, ele não dispunha de tecnologia suficiente. Para se colocar um satélite em orbita, ele é levado, por meio de poderosos foguetes, até a altura h desejada. O valor de h varia muito de um satélite para outro, entretanto a altura não deve ser inferior a cerca de 150. Km para que na região onde o satélite se movimenta, a atmosfera terrestre já seja altamente rarefeita e, assim a força de resistência do ar não perturbe o movimento do satélite. Sendo atingida a altura desejada, o satélite, ainda por meio de foguetes, é lançado horizontalmente com uma velocidade v, como já sabemos, a terra exerce sobre o satélite uma força F, de atração, que alterará a direção da velocidade v, fazendo com que ele descreva uma trajetória curvilínea. Muitas pessoas pensam, erroneamente, que naquela altura a força de atração da terra sobre o satélite é nula ou desprezível. Se isto fosse verdade, o satélite, após ser lançado com velocidade v continuaria a se mover, em linha reta, com esta velocidade, e não entraria em orbita em torno da terra. Para que a trajetória do satélite seja uma orbita circular em torno do centro da terra, a velocidade horizontal v deverá ter um valor determinado. Isto porque a forca F de atração da terra deve ser proporcional a força centrípeta necessária para este movimento. Uma vez colocado em orbita e não existindo nenhuma perturbação, o satélite continuará girando, indefinidamente, em torno da terra. CÁLCULO DA VELOCIDADE DO SATÉLITE Vamos calcular agora a velocidade que deve ser comunicada a um satélite para que ele entre em orbita circular em torno do centro da terra. O raio, r, de sua orbita, pode ser dado por r = R +h, onde R é o raio da terra e h é a altura do satélite. A força F, de atração da terra sobre o satélite, é dada por: Onde m é a massa do satélite e M é a massa da terra (lembre-se de que a massa pode ser suposta concentrada no centro da terra). Como esta força proporciona a força centrípeta que mantém o satélite em órbita, podemos concluir que seu valor é igual a mv20r, que é a expressão geral de uma força centrípeta. Portanto, teremos Logo, se nos for fornecida a altura de um satélite em orbita, poderemos calcular sua velocidade, uma vez que os valores de G e M são conhecidos. Observe que esta velocidade não depende da massa do satélite e que, quanto maior for a sua altura, menor será a sua velocidade. FIGURAS: MOSTRAM SATÉLITES EM ÓRBITA DA TERRA Os tópicos mostrados abaixo também podem ser trabalhados na seção de gravitação universal, uma vez que todos esses temas são aplicações tecnológicas do conhecimento físico, com isso pode-se despertar no aluno a curiosidade tecnológica, e poderá ser um ponto de partida para explicar a ciência envolvida. 1- PERÍODO DO SATÉLITE 2- O SATÉLITE ESTACIONÁRIO 3- A ATRAÇÀO DA TERRA ESTA DIRIGIDA PARA SEU CENTRO 4- VARIAÇÒES DA ACELERAÇÀO DA GRAVIDADE 5- EXPRESSÃO MATEMÁTICA DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE 6-ACELERACAO DA GRAVIDADE NA SUPERFICIE DE OUTROS CORPOS CELESTES. 7- O TIUNFO DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 8- AS MARÉS SÃO CAUSADAS PELAS ATRAÇÕES GRAVITACIONAIS DO SOL E DA LUA. 9- O EIXO DA TERRA MUDA DE DIREÇÃO CONTINUA E LENTAMENTE 10- OS PLANETAS SOFREM PEQUENAS PERTURBACOES EM SUAS ORBITAS ELÍPTICAS. Devido ao curto intervalo de tempo que devem ser dados os conteúdos de física talvez não desse tempo para falar de todos esses assuntos com isso uma sugestão seria propor um trabalho estilo pesquisa sobre os assuntos para que os alunos de alguma forma envolvam com a matéria que supostamente não viriam, Essa pesquisa seria entregue no dia da prova nas provas bimestrais, deixando claro aos alunos que sobre o assunto que eles fizeram a pesquisa irá cair uma questão na prova, isto seria um modo de ‘’obrigar’’ o aluno a fazer o trabalho com mais compromisso. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) Você sabe que os planetas descrevem órbitas em torno do sol. Você poderia concluir como fez Newton, que deve existir uma força atuando sobre eles? Explique. 2) Newton per percebeu que deveria existir um agente responsável por esta força. Qual é este agente? 3) Calcule a intensidade da forca gravitacional que a terra exerce num ponto material de massa 10 kg, situado a 1.6x106 m da superfície da terra. Dados massa da terra = 6x1024 kg, raio da terra 6.4x106 m e G = 6.67x10-11 Nm2 /kg2 4) A lei de gravitação foi estabelecida inicialmente por Newton, para expressar a força de atração entre o sol e os planetas. Explique por que, posteriormente, ela passou a ser denominada lei da gravitação universal 5 Considerando verdadeira a teoria da gravitacional universal de newton, segundo a qual duas massas quaisquer sempre se atraem, como explicar o fato de você não notar qualquer força atrativa entre, por exemplo sua mão e uma caneta ? 6 Dois objetos de massas m e M separados por uma distancia d se atraem com uma força gravitacional de intensidade F. o que acontecerá com o modulo dessa força se: a) A massa m dobrar de valor b) A massa M tiver seu valor reduzido a um terço; c) A distância d for reduzida a metade 7) De acordo com a teoria Newtoniana da gravitação é correto afirmar : a) A lei da gravitação é restrita a interação de estrelas com planetas b) As forças gravitacionais entre dois corpos constituem um par ação reação c) No sistema internacional de unidades, a constante de gravitação universal é medida em N.m2 /kg2 d) A força gravitacional entre dois corpos independe da presença de outros corpos e) Um satélite artificial, em órbita circular em torno da terra, tem aceleração nula. 8) Depois de analisar as afirmativas abaixo indique a opção correta: I) Massa e peso representam uma mesma quantidade física expressem unidades diferentes II) A massa é uma propriedade dos corpos enquanto o peso é o resultado da interação entre dois corpos III) O peso é resultado da interação entre dois corpos. a) Apenas a afirmativa I é correta b) Apenas a afirmativa II é correta c) Apenas a afirmativa III é correta d) As afirmativas I e III são corretas e) As afirmativas II e III são corretas 9 Quando tratamos de um pêndulo simples, definimos como período o tempo que leva para a massa suspensa fazer um trajeto completo de vaivém. Seu valor aproximado pode ser calculado pela equação abaixo, em que L é o comprimento do fio e g a aceleração da gravidade (ou campo gravitacional) do local onde o pendulo se encontra. Um relógio de pêndulo marca, na terra, à hora exata. É correto afirmar que, se esse relógio for levado para a lua: a) Atrasará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do terrestre b) Não haverá alteração no período de seu pêndulo, pois o tempo na lua passa da mesma maneira que na terra. c) Seu comportamento é imprevisível, sem o comportamento de sua massa d) Adiantará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do terrestre e) Não haverá alteração no seu período, pois o campo gravitacional lunar é igual ao campo gravitacional terrestre. 2. EXPECTATIVAS E IMPRESSÕES Minha expectativa diante da realização dos projetos me deixava um pouco apreensivo, em relação às possíveis discussões geradas, e talvez qual o rumo ao qual tais perguntas dos alunos pudessem chegar, minha preocupação era basicamente se eu teria condições em responder tal questão. Um exemplo ocorrido, por exemplo, na sessão de vídeos para contar a história da física, estávamos no filme mostrando superficialmente quais os assuntos abordados pela física. Um aluno no momento de perguntas me questionou sobre física quântica, o que era como é trabalhada, eu mesmo sem ter me preparado para abordar o assunto e também sabendo que aqueles alunos estavam iniciando seus estudos em física tive de procurar dar uma explicação. Este fato me deixou a pensar como um professor deve estar bem atualizado aos assuntos diversos de seu conteúdo. Em relação ao aprendizado dos alunos percebeu-se que mesmo que em uma aula você leve uma apresentação em Power Point, um vídeo um experimento, vemos que no momento onde eles têm de redigir sobre o assunto ou responder perguntas teóricas, aparecem a resistência em expor o que foi entendido sobre o assunto. REFERÊNCIAS [1] Http http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/johannes-kepler/leis-de- kepler-2.php (2) Antonio Máximo e Beatriz Alvarenga [3 ]TIPLER,Paul.gravitação, ondas e termodinâmica.Física para físicos e engenheiros.Vol.2 ANEXOS DE NOSSAS ATIVIDADES