Mini-curso:
OUVIDO E AUDIÇÃO
Prof. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
[email protected]
Audição
Ouvido externo
 Ouvido médio
 Ouvido interno
 SNC Auditivo

Orelha

Capta o som
Localização do
som
Ganho auditivo
de 5dB
Proteção

Outra utilidade?



Conduto Auditivo Externo




26mm de comprimento por
7mm de diâmetro; forma “S”
Revestido com glândulas
ceruminosas (1/3 externo)
Protege o tímpano
Aumenta a pressão
sonora devido a
resonância acústica
(ganho auditivo de
10dB)
Membrana timpânica


Pars tensa / pars flacida
Transforma energia acústica em energia
mecânica
Cadeia ossicular



A: Martelo
B: Bigorna
C: Estribo
– Menores ossos do
corpo
– Amplificam a
energia mecânica
– Platina do estribo
entra na janela oval
da cóclea
Ouvido médio:
Cadeia tímpano-ossicular


Área timpânica é
17x maior que a
da janela oval
Ganho auditivo
de 30 dB
Tuba auditiva (de Eustáquio)




Revestido com epitélio
cilíndrico ciliado
mucosecretor
Conecta o ouvido médio ao
rinofaringe
Equilibra a pressão aérea
do ouvido médio e externo
Normalmente está fechada,
exceto ao deglutir ou
bocejar
Músculo estapédio
(do estribo)


Contrai em resposta a sons >70dB (Reflexo
Acústico), protegendo o ouvido interno de
movimentos excessivos da platina do estribo
Inervado pelo Nervo Facial (VII)
Músculo tensor do
tímpano: inervado
pelo Nervo Trigêmio (V)
Mastóide
Ouvido interno

AUDIÇÃO
– Transforma na cóclea
(A) a onda sonora
mecânica em impulsos
elétricos para o cérebro

EQUILÍBRIO
– Envia estímulos dos
canais semicirculares
(B), sáculo e utrículo
para o cérebro
Cóclea


Caracol com 2 3/4
voltas ao redor de um
coluna óssea
Três canais:
– Escala Vestibular
– Escala Timpânica
– Escala Média
Perilinfa
Endolinfa
Órgão de Corti
OHC vs. IHC Function
Células ciliadas
do Órgão de Corti
Inner Hair Cell
(célula ciliada interna)
Outer Hair Cells
(células ciliadas externas)
Cóclea:
Freqüências
Agudos = janela oval
e turno basal
Graves = apex
Sistema Vestibular

3 canais semicirculares
Compartilha fluidos com
a cóclea

EQUILÍBRIO

Sistema Auditivo Central

Nervo coclear (VIII) conduz os
estímulos da cóclea para o cortex
auditivo no lobo temporal, ondo o
som é percebido e analisado.
AUDIÇÃO
Prof. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
[email protected]
Audição
CO
Condução óssea
CA
Condução aérea
Hipoacusia de
condução
Hipoacusia
sensorineural
Otoscopia



Permeabilidade de
CAE
Ausência de
otorréia
Anormalidades
timpânicas
Otoscopia

OD
CAE
Pars flacida
Martelo
Triângulo
luminoso
Ânulo
Diâmetros:
– Hor = 9,6-10,2mm
– Ver = 8,5-9,0mm
Testes audiológicos
1.
2.
3.
4.
Testes com diapasões
Teste de audição simples
Audiometria tonal
Imitanciometria (Timpanometria)
1. TESTES COM DIAPASÕES
Teste de Rinne (1855)
 Teste de Weber (1834)
 Teste de Schwabach

(1885)
Bata o diapasão


Em uma
proeminência óssea
Batida uniforme e
de mesma
intensidade
1a. Teste de Rinne
Propósito
Comparar CA e CO


Técnica
Bata o diapasão.
Coloque o diapasão
alternativamente na
mastóide e junto ao
conduto auditivo.
Teste de Rinne
Normal
Rinne positivo – som mais alto no CAE
(CA > CO)

Anormal
Rinne negativo – som mais alto na
mastóide (CA < CO)

Teste de Rinne
Rinne Negativo Verdadeiro
- Hipoacusia de Condução (CO > CA)
Rinne Negativo Falso
- Hipoacusia sensorineural severa no
lado testado com audição normal no
outro ouvido (o som é escutado pelo
ouvido bom contralateral)
1b. Teste de Weber
Propósito
Diferenciar entre
hipoacusia unilateral
condutiva x
sensorineural
Técnica
Bata o diapasão
Coloque na linha média
da cabeça
Pergunte para que lado
escuta o som
Teste de Weber
Normal – som percebido na linha média
ou ambos ouvidos (= mesma audição
bilateral)
Anormal – som é mais alto em um lado


Hipoacusia condutiva: som mais alto no lado
afetado
Hipoacusia sensorineural: som mais alto no
ouvido normal
1c. Teste de Schwabach



Diapasão na mastóide
Mede-se o tempo em que é ouvido em
um e outro ouvido (segundos)
Compara a CO (condução óssea) entre
os dois ouvidos
2. TESTE DE AUDIÇÃO SIMPLES


Moderadamente sensitivo
Permite avaliar a severidade da hipoacusia
Técnica
Paciente não vê sua boca
Fale com intensidade variável
Paciente repete os números ou palavras
Quais os resultados?

Escuta voz cochichada? Audição NORMAL

Escuta voz normal? Hipoacusia LEVE-MODERADA

Escuta voz alta? Hipoacusia MODERADA-SEVERA

Não escuta voz alta? Hipoacusia PROFUNDA
3. AUDIOMETRIA TONAL

Limiar audiométrico
CA (cond aérea)
CO (cond óssea)

Mascaramento


Audiometria Tonal
Som tem 2 componentes:


Frequência: comprimento
de onda
(Hz / kHz)
Intensidade: amplitude
de onda (dB)
Condução óssea (CO) não tem
amplificação da cadeia timpanoossicular, e portanto é pior que a
condução aérea (CA)…
Então, porque na
audiometria normal
ambas as curvas
são justapostas?
Calibração!
O audiometro é
calibrado para que
estímulos de CA e
CO em cada
frequência sejam
equivalentes.
Símbolos misteriosos na
audiometria
Condução
aérea (CA)
Condução
óssea (CO)
Audiometria normal
Hipoacusia condutiva
(CA<CO)
Hipoacusia Sensorineural
(Perdas idênticas em CA e CO)
Hipoacusia Mista
Audiometria tonal:
Mascaramento
Usado para previnir que o
ouvido não testado
receba o estímulo do
outro por condução
óssea transcraneana,
quando com diferenças
maiores de 40dB entre
os ouvidos…
… aqui começa um outro
capítulo !
Limitações da audiometria


Teste subjetivo: depende da
informação do paciente
Testa frequências enter 250 e 8000 Hz
4. IMITANCIOMETRIA
(=impedanciometria = timpanometria)

Teste objetivo: mede a mobilidade da
cadeia timpano-ossicular e o reflexo do
músculo do estribo (musc. estapédio)
Timopanograma Normal
(Jerger tipo A)
Pico em 0dPa
Melhor mobilidade
do tímpano
quando não há
pressão extra
aplicada em cada
um dos lados da
membrana.
Jerger Ap
Pico em 0dPa, mas
com grande
amplitude
Interrupção ossicular?
Jerger Ar
Pico em 0dPa, mas
amplitude muito
baixa
Fixação do estribo?
Jerger tipo B
Sem pico
Não há maior
mobilidade
timpânica com
qualquer pressão
no CAE
Jerger tipo B
Ocorre em:
1.
Artefato
2.
Fluido no ouvido
médio (OMédia)
3.
Perfuração
Veja o volume do CAE:
Grande = perfuração
Normal = fluido
Jerger tipo C
Pico em < 0dPa
Melhor movimento
timpânico com
pressão negativa no
CAE; portanto a
pressão no ouvido
médio também é
negativa (retração
timpânica).
Concluindo
Testes não são infalíveis, e
devem ser administrados e
interpretados no conjunto.
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Ouvido e Audição