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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL/PDE
MARI SUMIGAWA KAMINAMI
A UTILIZAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ENSINO
DE CONTEÚDO ORGÂNICO
LONDRINA – 2011
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MARI SUMIGAWA KAMINAMI
A UTILIZAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ENSINO
DE CONTEÚDO ORGÂNICO
Caderno
Temático
do
Programa
Desenvolvimento Educacional da Secretaria
de Educação do Estado do Paraná/
Universidade Estadual de Londrina.
Orientadora: Profa.Dra. Eliana Aparecida
Silicz Bueno.
LONDRINA
2011
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SUMÁRIO
A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................4
B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE..........................................................4
C) TÍTULO...................................................................................................................4
D) OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS..................................................................4
E) CONTEÚDOS DE ESTUDO...................................................................................5
F) INTRODUÇÃO........................................................................................................5
G) PROCEDIMENTOS..............................................................................................15
H) REFERÊNCIAS....................................................................................................15
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A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: MÁRI SUMIGAWA KAMINAMI
Área PDE: Química
NRE: Londrina
Professor Orientador IES: Profa. Dra. ELIANA APARECIDA SILICZ BUENO
IES vinculada: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Escola de Implementação: Colégio Estadual Antonio de Moraes Barros – Londrina
Paraná
Público objeto da intervenção: Alunos da 1ª série do Ensino Médio e Ensino EJA
Médio.
B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
O uso de mídias no Ensino de Química como recursos didáticos utilizando
conteúdo de química orgânica como tema gerador.
C) TÍTULO
A utilização de inovação tecnológica no ensino de conteúdo orgânico.
D) OBJETIVOS
Objetivo geral :
- Montar a(s) mídia(s) para o Ensino de Química como recursos didáticos com
conteúdo de Química Orgânica, que irão auxiliar no trabalho dos professores com
alunos da 1ª série do Ensino Médio e Ensino Médio do EJA do Colégio Estadual
Antonio de Moraes Barros.
Objetivos específicos:
- Melhorar a aprendizagem individual e coletiva dos alunos.
- Estimular interesse pela disciplina de química.
- Fazer o aluno relacionar a química com outras disciplinas.
- Despertar o senso crítico desses alunos por novas tecnologias.
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- Desenvolver a pesquisa no processo aprendizagem, fazendo uma
dicotonomia entre aluno e professor como orientador de atividades.
E) CONTEÚDOS DE ESTUDO
•
Química Orgânica
•
Uso de recursos midiáticos e mídias
•
Interdisciplinaridade
F) INTRODUÇÃO
A disciplina da química na verdade, se iniciou num passado longínquo,
quando o homem fazia inscrições em rochas nas cavernas. Este, aos poucos
dominou a arte do fogo, as atividades extrativistas de subsistência através de
observações e aguçando o seu imaginário nas representações incrustadas nas
cavernas. Desde então o homem não parou, desenvolveu tecnologias da
comunicação via satélite, cada dia mais a humanidade têm transformado e
interagido com o universo, diferenciando-se das demais espécies pela construção de
um legado cultural. A observação ainda é uma importante atividade de
aprendizagem, assim como representações em pedra, feitas com pequenos bastões
à base de sulfato de cálcio, fazem parte da realidade escolar. Ao longo desse tempo
evolutivo nossa espécie aperfeiçoa, mas não suprime suas tecnologias de
comunicação mais cara, incorporando os elementos essenciais das mais primitivas
ao novo conjunto de instrumentos comunicativos selecionados segundo uma lógica
nem sempre humanitários (GIORDAN, M. 1997)
Sabe-se que os conteúdos disciplinares trabalhados na escola de forma
contextualizada, estabelece relações interdiciplinares, os quais tais conhecimentos
contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes
nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção
científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem. Existe uma difícil concorrência dos vários meios (televisão, DVDs, CDs,
computadores, etc).
MELEIRO, A. e GIORDAN, M. (1999), no relato de suas pesquisas sobre
Hipermídias na Educação em química, aproxima o leitor das aplicações tecnológicas
comunicacionais no ensino-aprendizagem, utilizando o conteúdo de Modelos
atômicos, narrando as representações imagéticas de modelos na estrutura da
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matéria. Para tanto utilizou a visualização como facilitador da aprendizagem e da
representação dos fenômenos que são gravuras, gráficos, ilustrações e mais recente
o uso de recursos eletrônicos e digitais, como a televisão e o computador. Onde o
significado da palavra multimídia estrapola o ambiente educacional, pois a
interatividade e a pluralidade de meios, como jornal, rádio, televisão, vídeo,
projetores de slides, retroprojetor, CDs, MPs, data show, computadores, são
caracterizados como multimídia. A Hipermídia nada mais é que a junção de
componentes hipertextuais e multimídia voltados ao ensino, onde estão sendo
produzidos em grande escala e disponibilizados na Internet em suporte CDROM. Os
textos disponibilizados são vinculado por meio de associações representadas por
imagéticas e sonoras, onde tem-se alto valor cognitivo para construção de
significados, as imagens digitais por meio de computação gráfica tem a possibilidade
de simular e transformar a tela do computador como um laboratório experimental. E
o usuário pode definir a própria sequência de leitura de acordo com seus critérios e
desejos e o grau de profundidade que pretende alcançar as informações.
Aplicações multimídia: desenvolvimento, uso e análise de desempenho.
Neste trabalho estudou-se a aplicação de multimídias, principalmente a utilização de
videoconferência que é uma comunicação interpessoal através da rede de
computadores, foram utilizados softwares CUSeeMe e a Microsoft NetMeeting, que
são encontrados gratuitos e de fácil manipulação e onde várias pessoas podem se
comunicar em locais diferentes em tempo real, utilizando recurso audiovisual. O
desempenho destas multimídias foi analisado por um programa Sniffer e do MRTG
(Multi Router Traffic Grapher). Uma das grandes vantagens de aplicação de
videoconferência nas empresas, é que este tipo de tecnologia evita desperdícios e
elimina despesas com viagens, pois as pessoas podem se comunicar com as outras
pessoas do outro lado do mundo em seu estúdio de videoconferência ou usando seu
próprio computador. Proporcionando desta forma uma comunicação visual e a
interação com os demais participantes, superando desta forma a conferência por email, canais de bate-papo, ou telefone (LIMA, R.A. et al. 2002).
Segundo Eichler, M. e Pino, J.C.D. (2002): [.....] a utilização de
computadores na popularização do Ensino de Ciências, no âmbito da Redpop
(Rede de Popularização da Ciência e Tecnologia na América Latina e no
Caribe), programa da UNESCO (Conselho das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura), por exemplo, estão contemplados em
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quatro eixos na popularização da Ciência e da Tecnologia (C&T): os centros
ou museus interativos de Ciência e Tecnologia; os programas multimídias: os
meios de comunicação de massa (televisão, rádio, impressa escrita e
internet); e a educação formal, a aprendizagem das Ciências (Martinez,
1997).
No entanto, embora a Química seja uma das principais áreas produtoras de
conhecimento, ela raramente é mencionada nos jornais e nas revistas dirigidas ao
público leigo. Em relação às prioridades da mídia anteriormente esboçadas, tal
diferença não é difícil de compreender, porque grande parte da pesquisa em
Química não pode ser facilmente relacionada com interesses humanos. Mas podemse observar os grandes avanços dessas áreas e relacioná-los com as temáticas de
saúde, cidadania, meio ambiente e outras que parecem pautar nos acontecimentos
veiculados pela mídia. Dessa forma, quando a mídia for utilizada para contextualizar
determinados conceitos ensinados nas escolas, é importante que os professores e
alunos estejam atentos para essas diferenças e procurem se mantiver críticos e
alertas, onde amplia a compreensão sobre o assunto que está estudando.
FLORES, K.K.A. e MÓL, G.S. (2003) relata que nesta última década a
Química teve grandes avanços tecnológicos e para tanto desenvolveu vários
software educacionais abrangendo diversas áreas de conhecimento em química. Foi
pesquisada a utilização do Programa ACD/Chemsketch cinco gratuitos, como
recurso midiático em química orgânica, em uma turma de 3ºsérie do Ensino Médio
de uma Escola Pública do Distrito Federal, Brasília, onde desenvolveu uma atividade
em sala de informática, onde os alunos desenharam as estruturas de moléculas
orgânicas, observou estruturas em 3D, nomenclatura IUPAC e verificaram diversas
substâncias onde analisaram propriedades físicas e químicas. Foi feito uma
avaliação formal da utilização do programa que facilitou o processo de ensinoaprendizagem, aperfeiçoando/ ou compreensão conceitual e permitindo também a
identificação de dificuldades na compreensão no nível molecular com maior
facilidade. Sendo necessário que o professor assuma o papel de organizador e
mediador, apresentando situações problemas vinculados ao cotidiano, valorizando
as concepções prévias dos alunos para uma aprendizagem significativa dos
conceitos fundamentais.
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SOUZA, M.P. et. al. (2005) desenvolveram um software Titulando 2004, onde
consideraram a informática como um recurso didático importante para o ensinoaprendizagem. Este software simulou titulações ácido-base, linguagem visual Basic
6.0 e Pentium 233 MMX, 64 MB de RAM, WINDOWS 98, Excel 97 e Acess 97,
possui instrução de uso, proposta educacional para utilização, resumo teórico do
procedimento e uma barra de menu para acesso às suas telas. O professor
configura o experimento através de um menu titulação a ser utilizado pelo aluno,
onde ele seleciona o tipo de titulação, suas concentrações e a velocidade de
titulação. Este software foi analisado por 8 professores de Química do Ensino Médio
e que fizeram uso de recursos computacionais em seu dia a dia, onde eles
responderam um questionário com 12 perguntas objetivas e espaço para opiniões,
críticas, sugestões ou justificativas. A opinião destes educadores entrevistados,
atendeu aos principais requesitos como ferramenta auxiliar ao Ensino de Química.
No primeiro semestre de 2004 o tema foi desenvolvido em 2 aulas em 4 turmas de
2ª série do Ensino Médio no Instituto de Aplicação da UERJ num total de 60 alunos.
A primeira aula ocorreu no Laboratório de Química e o objetivo foi analisar o teor do
ácido acético no vinagre, a segunda aula os alunos utilizaram a sala de informática
para simular as diversas titulações, analisaram e construiram gráficos. Os resultados
constataram grande interesse e participação dos alunos nas aulas, o software foi
avaliado
através de um questionário que os alunos responderam após as
atividades. Verificou-se que na simulação 92% dos alunos responderam que foi
representado com clareza o processo de titulação e 95% dos alunos informaram que
a atividade computacional favoreceu a compreensão dos conceitos químicos.
No artigo o autor Hack, J.R. (2007) fez um referencial das mudanças
ocorridas nos docentes catarinenses da Escola Pública de Joaçaba, Herval d’Oeste
e Luzern, em 2006 através do processo comunicacional pela utilização de mídias e
multimídias no processo ensino-aprendizagem, onde realizou análise que propõe
uma capacitação que leva a importância de se adaptar a estratégia a peculiaridade
humana, estrutural e cultural das cidades. O resultado apresentado pela pesquisa
mostrou que o professor é essencial, mas o uso de mídia e a multimídia auxilia no
diálogo interativo entre docente e discente tornando uma cooperação mútua
passando a ser essencial e o aluno aprende a aprender, onde faz realmente ciência
e a construir o conhecimento pela mediação multimidiática.
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MOREIRA, D.G. e LATINI, R.M. (2008), realizaram pesquisa que abordava a
importância dos recursos midiáticos pela Tecnologia de Informação e Comunicação
(TIC) pelos professores de Química em um Colégio Estadual Vicente Januzzi/RJ. A
pesquisa foi qualitativa, sendo que os dados
obtidos por questionário, buscou
identificar o perfil profissional, os principais problemas apontados foram: a
sobrecarga de trabalho, questões administrativas, carga horária reduzida na área de
Química e pouco preparo para lidar com diferentes mídias. Estas questões não
fogem da nossa realidade, a grande dificuldade e que nem todos os professores
estão preparados para lidar com Novas Tecnologias, enquanto nossos alunos já
desde pequenos tem muita facilidade.
Por isso há necessidade que os professores saibam dominar as novas
tecnologia, acompanhem as inovações que vão surgindo, para que suas aulas não
fiquem ultrapassadas.
Giulian, C.A. e SANTOS, J.M.T. (2008), fez um objeto de aprendizagem
colaborativa (OAC) para a TV multimídia (TV pendrive), baseando-se no modelo
educacional Webquest, utilizou um segundo objetivo que foi de discutir os conteúdos
de Química Orgânica a partir de um tema da atualidade/ ou cotidiano como Tema
gerador. Eles realizaram o trabalho em três turmas de ensino médio do Colégio
Estadual Professor Agostinho Pereira, na cidade de Pato Branco, PR. Sendo que em
duas turmas utilizaram tema gerador, na terceira turma aplicou apenas aulas
expositivas (tradicional). Os resultados obtidos comprovaram que a metodologia
diferenciada pode proporcionar uma melhor aprendizagem para os alunos, além
disso, os alunos aprenderam a acessar o computador. E o OAC permitiu uma maior
motivação ao aprendizado e a revelação e aperfeiçoamento de outras qualidades
individuais tanto para o professor quanto aos alunos.
O trabalho da professora MENDES, R.F. (PDE 2009) constituiu na montagem
de um blog de química, como recurso midiático, para tornar as atividades
acadêmicas motivadoras, facilitando assim a construção do conhecimento de
conteúdos químicos. Este blog pode não só auxiliar os alunos no processo de
ensino-aprendizagem de Química, como também auxiliar os professores da referida
disciplina.
Segundo TEIXEIRA, A.C. e BRANDÃO, E.J.R. (2003):
[....] A utilização do computador em Educação só faz sentido na medida
em que os professores o conceberem como uma ferramenta de auxílio as
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suas atividades didático-pedagógicas, como instrumento de planejamento e
realização de projetos interdisciplinares, como elemento que motiva e ao
mesmo tempo desafia o surgimento de novas práticas pedagógicas, tornando
o processo ensino-aprendizagem uma atividade inovadora, dinâmica,
participativa e interativa.
Até
o
presente
momento
são
poucos
os
softwares
de
qualidade
desenvolvidos para prover ao professor e aos alunos uma experiência realmente
rica, sobretudo interativa.
PIRES, R.G. et. al. (2003), descreve os recursos
disponíveis no Portal do Professor da Divisão de Ensino de Química da Sociedade
Brasileira de Química surgiu com o objetivo de atender os seguintes propósitos:
- para que os professores licenciados em Química possam obter informações
úteis para suas aulas, muitas delas difíceis, obtidas na maioria dos livros didáticos
de Química.
- possibilitar a comunicação e discussão do ensino de Química por meio de
participação de professores espalhados por todo o Brasil, de forma a torná-lo mais
significativo para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes das
importantes relações entre a ciência Química e a Sociedade.
SILVA, L.A. e ANDRADE, J.B. (2003) diz:
[...] A Química sempre foi definida como o ramo da Ciência dedicado à
observação, transformação e construção, pois o trabalho do Químico
geralmente é observar e/ou determinar estrutura, ou composição de espécies
químicas que estão presentes nos seres vivos, no ambiente e nos materiais, e
na construção de novas moléculas. Tradicionalmente a Química compreende
quatro divisões didáticas: Química Analítica, Química Inorgânica, Química
Orgânica e Físico-Química que já se tornaram ultrapassadas, surgindo novas
subáreas temáticas e interdisciplinares que são: Química da Natureza,
Química Ambiental e Química Medicinal. Demonstrando a importância da
Química para a Humanidade, devido aos seus avanços, por exemplo, o
aumento na expectativa de vida do ser humano, que passou de 40 anos para
70 anos, prevenção e correção de problemas ambientais, quantidade de água
potável no mundo e alimento.
Se utilizar de forma adequada a Química, está poderá contribuir para mitigar a
fome, melhorar a qualidade de vida do homem, construção de indústrias
sustentáveis e preservar o ambiente.
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Dentre os conteúdos de Química, por exemplo, o estudo das Funções
Orgânicas, pode-se observar que é um conteúdo difícil para o entendimento do
aluno, pois a parte inicial deste, ou seja, a classificação das cadeias carbônicas e
nomenclatura dos hidrocarbonetos são ensinadas de forma “decoreba” por ser um
tanto abstrata. O aluno não consegue associar a importância das funções orgânicas
e nem tampouco verificar a interdisciplinaridade com a Biologia, Química e a área da
saúde. Estas explicações se restringem ao recurso de quadro, giz e livros. Com o
propósito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem do conteúdo, a sugestão é
o uso de software: uma ferramenta que propõe um método de exposição de
conteúdos de forma a integrar texto, som de áudio, imagens gráficas, estáticas,
animação e vídeo em movimento, ou seja, ele incorpora a interatividade, sendo um
dos modos mais eficazes para comunicar idéias e introduzir novos conceitos e
experiências (DALLACOSTA, A. et. al. 1998).
Com isso a capacidade do professor e o conteúdo dos livros constituem uma
condição necessária, mas não suficiente para garantir a aprendizagem, pois ela
envolve um processo de assimilação e construção de conhecimentos e habilidades,
de natureza individual e intransferível. Os efeitos do computador na escola
dependem de diversos fatores. Contudo a generalidade da investigação aponta para
a possibilidade de desenvolvimento de novas competências cognitivas, entre elas:
maior responsabilidade dos alunos pelo trabalho, novos laços de ajuda e novas
relações professor-aluno. Assim, o computador se constitui numa ferramenta
poderosa, que pode (e deve) ter todas as suas potencialidades utilizadas com
propósitos educacionais, proporcionando ao professor a possibilidade de enriquecer
sua prática pedagógica com recursos multimídia, tais como jogos educacionais,
vídeos, animações, gráficos e outros materiais que possibilitem ao aluno aprender
de forma prazerosa, cativante, divertida e motivadora (TAROUCO, L.M.R. et.al.,
2004).
Neste sentido, tanto a utilização de multimídias como os jogos educacionais
podem ser um elemento catalisador, capaz de contribuir para o "processo de resgate
do interesse do aprendiz, na tentativa de melhorar sua vinculação afetiva com as
situações de aprendizagem".
Para auxiliar neste tipo de Educação, é proposto a utilização de “Mídia no
Ensino de Química”, utilizando-se de BLOG no conteúdo de Química Orgânica, pois
sabemos que, a apresentação ou recuperação da informação se faz de maneira
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multissensorial. Isto acontece porque mais de um sentido humano está envolvido
neste processo. Há uma exigência da utilização de meios de comunicação que, até
há pouco tempo, raramente eram empregados de maneira coordenada, a saber:
som, fotografia, vídeo, animação, gráficos e textos. Isto tudo pode facilitar, melhorar
a compreensão, aplicação do conhecimento do Ensino de Química, tornando-o mais
interessante com a utilização de tecnologias como suporte digital para criar,
manipular, armazenar e pesquisar conteúdos e privilegiando assim o uso dos
diversos sentidos: visão, audição e tato que abrange diversas áreas de informática.
Só assim conseguiremos ter pessoas críticas, que podem interagir com o ambiente,
sociedade, produtores de conhecimentos para um país mais desenvolvido.
ARROLO, A. e GIORDAN, M. (2006), discutiram em seu trabalho alguns
aspectos da cultura e da linguagem do audiovisual tendo a sala de aula como
contexto para refletir sobre seus desdobramentos para a educação, no qual o
audiovisual é uma produção cultural, no sentido em que é uma codificação da
realidade de dimensões microscópicas, onde são utilizados símbolos da cultura, o
qual são compartilhados coletivamente pelo audiovisual, mesmo as situações mais
abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas. A linguagem do vídeo
possibilita o professor deixar de ser um informador passando a ser um mediador que
fomenta a autonomia do aluno. A imagem mostra-se mais eficaz que a palavra na
hora de provocar emoções e sensações.
A opção pela utilização de BLOG, foi pela facilidade com que os registros
para a sua atualização, tornando mais dinâmico e mais simples do que os sites, sua
manutenção é apoiada pela organização automática das mensagens pelo sistema,
que permite a inserção de novos textos sem a dificuldade de atualização de um site
tradicional segundo (BARRO, M.R. et. al. 2008).
A Química Sintética foi escolhida por ter sua origem na síntese de novos
produtos e materiais químicos, além disso possui aparatos tecnológicos,
entrelaçados ao conhecimento científico que pode favorecer ao desenvolvimento
industriais.
A expressão compostos orgânicos surgiu há mais de 200 anos, para explicar
as substâncias produzidas por organismos vivos, animais ou vegetais. Atualmente
são chamados de compostos orgânicos aqueles compostos que contêm carbono,
podem ser ou não produzidos por organismos vivos. Mas sabemos, que nem todos
os compostos que possuam carbono são consideradas substâncias orgânicas,
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exemplos: grafite, diamante, monóxido de carbono, dióxido de carbono, ácido
cianídrico, ácido carbônico e outros.
A Química Orgânica possui um papel importante para compreender os
processos que ocorrem nos seres vivos e também daqueles materiais como
plásticos, detergentes e muitos medicamentos que não se enquadram em seres
vivos, mas são industrializados.
As propriedades dos compostos orgânicos são conhecidos desde antes de
Cristo, no caso do sabão de cinzas, do álcool obtido através da fermentação de
alguns corantes extraídos da natureza.
No final do século XVIII e início do século XIX, conhecia-se poucos
compostos orgânicos em seu estado puro. O cientista Torbern Bergman, 1780
conseguiu distinguir compostos orgânicos e inorgânicos. Porém, Jons Jacob
Berzelius em 1807, com um livro publicado teve o mérito de criar a expressão
Química Orgânica.
Na Química Orgânica as primeiras preocupações foram
os materiais de
origem animal e vegetal, tais como urina, sangue, gorduras, cabelo, açúcares,
resinas, ceras, etc.
Onde a complexidade desses materiais levou Berzelius a
acreditar que os organismos vivos eram capazes de sintetizá-lo através de uma
força neles existente (Teoria Vital). Mas em 1828, Friedrich Wohler, provou através
de uma reação química
de um composto inorgânico (cianato de amônio) se
transformou em uréia (substância encontrada na urina de mamífero), abalando a
Teoria Vital.
Passaram-se anos, quando Pierre Eugène Marcellin Berthelot em 1860,
publicou um livro, que mostrou que a partir dos elementos: carbono, hidrogênio,
oxigênio e nitrogênio, poderiam ser sintetizadas todas as classes de compostos
orgânico, onde a Teoria da Força Vital foi completamente conhecida.
Ainda nessa epóca
na França: Joseph-Louis Gay-Lussac, Jean-Baptiste
André Dumas e Louis-Jaques Thénard, na Suécia Berzelius, na Alemanha Justus
Von Liebig estavam preocupados em desenvolver métodos para analisar um
composto orgânico, onde os experimentos executados perceberam a existencia de
compostos com propriedades diferentes, formados pelos mesmos elementos e nas
mesmas proporções.
Em 1857 os cientistas Friedrich August Kekulé e Archibald Scott Couper,
através de seus conhecimentos propuseram que o carbono faz quatro ligações e
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pode unir-se com outros carbonos para formarem cadeias. Kekulé também foi o
primeiro a sugerir estrutura do benzeno e de uma molécula cíclica.
Louis Pasteur com seus trabalhos sobre a atividade óptica da mistura de
ácidos (+)-tartárico e (-)-tartárico presentes na uva levou Jacobus Henricus Van’t
Hoff e Joseph-Achille Le Bel a tentarem explicar a assimetria molecular, onde em
1974, propos a geometria tetraédrica para o carbono.
Nas primeiras décadas do século XX, foi construído o alicerce da Química
Orgânica, onde teve a melhor compreensão dos átomos e das ligações químicas,
impulsionando novas descobertas ao longo desse século, um exemplo foi a
elucidação da estrutura do DNA, por James Watson e Francis Crick em 1953, o qual
valeu o Prêmio Nobel em 1962.
Para QUADROS, A.L. (1998), feromônios são substâncias químicas usadas
na comunicação entre indivíduos da mesma espécie. Sabe-se que essas
mensagens química, tem como objetivo provocar respostas comportamentais como
alarme, agregação, colaboração na produção de alimentos, defesa e acasalamento,
dentre outros. Os primeiros feromônios foram descoberta em 1950, mas apenas no
final da década A. Butenandt estabeleceu a estrutura do primeiro feromônio, após
matar 500 mil fêmeas de insetos para obter 1 mg da substância ativa. Somente a
partir de 1975 intensificou-se a pesquisa sobre os feromônios, com avanços nos
processos de isolamento, identificação, reprodução sintética etc. desses produtos.
Os tipos de feromônios são: sexuais, trilha, território/marcação, alarme,
oviposição e agregação. O estudo destes trouxe um avanço para agricultura,
produção de cosméticos, medicina. A correlação da disciplina de química com a
biologia sobre os comportamentos dos humanos, animais e insetos; assim como
utilização de equipamentos avançados para identificação dos mesmos, tem trazido
novas inovações tecnologicas nos laboratórios.
Para o aluno, o tema ferômonios traz inúmeras possibilidades de se trabalhar
o conhecimento químico em sala de aula de forma mais contextualizada e
significativa. Este conteúdo pode-se desenvolver aprendizagens relacionadas a
outros como: átomo de carbono, os grupos funcionais, as funções orgânicas, as
cadeias carbônicas, radicais orgânicos, nomenclatura, solubilidades dos compostos
orgânicos, novas tecnologias, aplicações e etc. Mostrando a potencialidade da
química, novos campos de aplicações, novos conhecimentos serão fornecidos a fim
de tornar nossos alunos cidadãos, fazendo com que ele faça relação entre o
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conhecimento químico e contexto sócio-ambiental. Só assim então eles estarão
participando ativamente do mundo em que vivem através de conhecimentos
recebidos em sala de aula e pela mídias.
G) PROCEDIMENTOS
Em primeiro lugar será aplicado um questionário para investigar os alunos da
1ª série do Ensino Médio e Ensino Médio EJA, para saber o que eles esperam da
disciplina e descobrir assim suas ansiedades, assim como questões para descobrir
se utilizam de multimídias no seu dia a dia.
Juntamente com o professor da disciplina, escolher uma forma que possa
trabalhar em sala e/ou como tarefa, sempre buscando atividades interessantes com
a utilização de novas tecnologias (multimídias) para trabalhar o conteúdo de química
orgânica com outra disciplina de forma interdisciplinar.
Logo após a utilização dos recursos midiáticos, passar um questionário para
verificar se a aula se tornou mais atraente, de fácil aprendizagem, interação com o
professor da disciplina e relacionada com outra disciplina.
Avaliação será de forma que consiga mensurar o cognitivo, para saber se
realmente aprenderam o conteúdo, através de um exercício prático.
H) REFERÊNCIAS
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