1 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL/PDE MARI SUMIGAWA KAMINAMI A UTILIZAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ENSINO DE CONTEÚDO ORGÂNICO LONDRINA – 2011 2 MARI SUMIGAWA KAMINAMI A UTILIZAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ENSINO DE CONTEÚDO ORGÂNICO Caderno Temático do Programa Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Educação do Estado do Paraná/ Universidade Estadual de Londrina. Orientadora: Profa.Dra. Eliana Aparecida Silicz Bueno. LONDRINA 2011 3 SUMÁRIO A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................4 B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE..........................................................4 C) TÍTULO...................................................................................................................4 D) OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS..................................................................4 E) CONTEÚDOS DE ESTUDO...................................................................................5 F) INTRODUÇÃO........................................................................................................5 G) PROCEDIMENTOS..............................................................................................15 H) REFERÊNCIAS....................................................................................................15 4 A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professor PDE: MÁRI SUMIGAWA KAMINAMI Área PDE: Química NRE: Londrina Professor Orientador IES: Profa. Dra. ELIANA APARECIDA SILICZ BUENO IES vinculada: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Escola de Implementação: Colégio Estadual Antonio de Moraes Barros – Londrina Paraná Público objeto da intervenção: Alunos da 1ª série do Ensino Médio e Ensino EJA Médio. B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE O uso de mídias no Ensino de Química como recursos didáticos utilizando conteúdo de química orgânica como tema gerador. C) TÍTULO A utilização de inovação tecnológica no ensino de conteúdo orgânico. D) OBJETIVOS Objetivo geral : - Montar a(s) mídia(s) para o Ensino de Química como recursos didáticos com conteúdo de Química Orgânica, que irão auxiliar no trabalho dos professores com alunos da 1ª série do Ensino Médio e Ensino Médio do EJA do Colégio Estadual Antonio de Moraes Barros. Objetivos específicos: - Melhorar a aprendizagem individual e coletiva dos alunos. - Estimular interesse pela disciplina de química. - Fazer o aluno relacionar a química com outras disciplinas. - Despertar o senso crítico desses alunos por novas tecnologias. 5 - Desenvolver a pesquisa no processo aprendizagem, fazendo uma dicotonomia entre aluno e professor como orientador de atividades. E) CONTEÚDOS DE ESTUDO • Química Orgânica • Uso de recursos midiáticos e mídias • Interdisciplinaridade F) INTRODUÇÃO A disciplina da química na verdade, se iniciou num passado longínquo, quando o homem fazia inscrições em rochas nas cavernas. Este, aos poucos dominou a arte do fogo, as atividades extrativistas de subsistência através de observações e aguçando o seu imaginário nas representações incrustadas nas cavernas. Desde então o homem não parou, desenvolveu tecnologias da comunicação via satélite, cada dia mais a humanidade têm transformado e interagido com o universo, diferenciando-se das demais espécies pela construção de um legado cultural. A observação ainda é uma importante atividade de aprendizagem, assim como representações em pedra, feitas com pequenos bastões à base de sulfato de cálcio, fazem parte da realidade escolar. Ao longo desse tempo evolutivo nossa espécie aperfeiçoa, mas não suprime suas tecnologias de comunicação mais cara, incorporando os elementos essenciais das mais primitivas ao novo conjunto de instrumentos comunicativos selecionados segundo uma lógica nem sempre humanitários (GIORDAN, M. 1997) Sabe-se que os conteúdos disciplinares trabalhados na escola de forma contextualizada, estabelece relações interdiciplinares, os quais tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem. Existe uma difícil concorrência dos vários meios (televisão, DVDs, CDs, computadores, etc). MELEIRO, A. e GIORDAN, M. (1999), no relato de suas pesquisas sobre Hipermídias na Educação em química, aproxima o leitor das aplicações tecnológicas comunicacionais no ensino-aprendizagem, utilizando o conteúdo de Modelos atômicos, narrando as representações imagéticas de modelos na estrutura da 6 matéria. Para tanto utilizou a visualização como facilitador da aprendizagem e da representação dos fenômenos que são gravuras, gráficos, ilustrações e mais recente o uso de recursos eletrônicos e digitais, como a televisão e o computador. Onde o significado da palavra multimídia estrapola o ambiente educacional, pois a interatividade e a pluralidade de meios, como jornal, rádio, televisão, vídeo, projetores de slides, retroprojetor, CDs, MPs, data show, computadores, são caracterizados como multimídia. A Hipermídia nada mais é que a junção de componentes hipertextuais e multimídia voltados ao ensino, onde estão sendo produzidos em grande escala e disponibilizados na Internet em suporte CDROM. Os textos disponibilizados são vinculado por meio de associações representadas por imagéticas e sonoras, onde tem-se alto valor cognitivo para construção de significados, as imagens digitais por meio de computação gráfica tem a possibilidade de simular e transformar a tela do computador como um laboratório experimental. E o usuário pode definir a própria sequência de leitura de acordo com seus critérios e desejos e o grau de profundidade que pretende alcançar as informações. Aplicações multimídia: desenvolvimento, uso e análise de desempenho. Neste trabalho estudou-se a aplicação de multimídias, principalmente a utilização de videoconferência que é uma comunicação interpessoal através da rede de computadores, foram utilizados softwares CUSeeMe e a Microsoft NetMeeting, que são encontrados gratuitos e de fácil manipulação e onde várias pessoas podem se comunicar em locais diferentes em tempo real, utilizando recurso audiovisual. O desempenho destas multimídias foi analisado por um programa Sniffer e do MRTG (Multi Router Traffic Grapher). Uma das grandes vantagens de aplicação de videoconferência nas empresas, é que este tipo de tecnologia evita desperdícios e elimina despesas com viagens, pois as pessoas podem se comunicar com as outras pessoas do outro lado do mundo em seu estúdio de videoconferência ou usando seu próprio computador. Proporcionando desta forma uma comunicação visual e a interação com os demais participantes, superando desta forma a conferência por email, canais de bate-papo, ou telefone (LIMA, R.A. et al. 2002). Segundo Eichler, M. e Pino, J.C.D. (2002): [.....] a utilização de computadores na popularização do Ensino de Ciências, no âmbito da Redpop (Rede de Popularização da Ciência e Tecnologia na América Latina e no Caribe), programa da UNESCO (Conselho das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), por exemplo, estão contemplados em 7 quatro eixos na popularização da Ciência e da Tecnologia (C&T): os centros ou museus interativos de Ciência e Tecnologia; os programas multimídias: os meios de comunicação de massa (televisão, rádio, impressa escrita e internet); e a educação formal, a aprendizagem das Ciências (Martinez, 1997). No entanto, embora a Química seja uma das principais áreas produtoras de conhecimento, ela raramente é mencionada nos jornais e nas revistas dirigidas ao público leigo. Em relação às prioridades da mídia anteriormente esboçadas, tal diferença não é difícil de compreender, porque grande parte da pesquisa em Química não pode ser facilmente relacionada com interesses humanos. Mas podemse observar os grandes avanços dessas áreas e relacioná-los com as temáticas de saúde, cidadania, meio ambiente e outras que parecem pautar nos acontecimentos veiculados pela mídia. Dessa forma, quando a mídia for utilizada para contextualizar determinados conceitos ensinados nas escolas, é importante que os professores e alunos estejam atentos para essas diferenças e procurem se mantiver críticos e alertas, onde amplia a compreensão sobre o assunto que está estudando. FLORES, K.K.A. e MÓL, G.S. (2003) relata que nesta última década a Química teve grandes avanços tecnológicos e para tanto desenvolveu vários software educacionais abrangendo diversas áreas de conhecimento em química. Foi pesquisada a utilização do Programa ACD/Chemsketch cinco gratuitos, como recurso midiático em química orgânica, em uma turma de 3ºsérie do Ensino Médio de uma Escola Pública do Distrito Federal, Brasília, onde desenvolveu uma atividade em sala de informática, onde os alunos desenharam as estruturas de moléculas orgânicas, observou estruturas em 3D, nomenclatura IUPAC e verificaram diversas substâncias onde analisaram propriedades físicas e químicas. Foi feito uma avaliação formal da utilização do programa que facilitou o processo de ensinoaprendizagem, aperfeiçoando/ ou compreensão conceitual e permitindo também a identificação de dificuldades na compreensão no nível molecular com maior facilidade. Sendo necessário que o professor assuma o papel de organizador e mediador, apresentando situações problemas vinculados ao cotidiano, valorizando as concepções prévias dos alunos para uma aprendizagem significativa dos conceitos fundamentais. 8 SOUZA, M.P. et. al. (2005) desenvolveram um software Titulando 2004, onde consideraram a informática como um recurso didático importante para o ensinoaprendizagem. Este software simulou titulações ácido-base, linguagem visual Basic 6.0 e Pentium 233 MMX, 64 MB de RAM, WINDOWS 98, Excel 97 e Acess 97, possui instrução de uso, proposta educacional para utilização, resumo teórico do procedimento e uma barra de menu para acesso às suas telas. O professor configura o experimento através de um menu titulação a ser utilizado pelo aluno, onde ele seleciona o tipo de titulação, suas concentrações e a velocidade de titulação. Este software foi analisado por 8 professores de Química do Ensino Médio e que fizeram uso de recursos computacionais em seu dia a dia, onde eles responderam um questionário com 12 perguntas objetivas e espaço para opiniões, críticas, sugestões ou justificativas. A opinião destes educadores entrevistados, atendeu aos principais requesitos como ferramenta auxiliar ao Ensino de Química. No primeiro semestre de 2004 o tema foi desenvolvido em 2 aulas em 4 turmas de 2ª série do Ensino Médio no Instituto de Aplicação da UERJ num total de 60 alunos. A primeira aula ocorreu no Laboratório de Química e o objetivo foi analisar o teor do ácido acético no vinagre, a segunda aula os alunos utilizaram a sala de informática para simular as diversas titulações, analisaram e construiram gráficos. Os resultados constataram grande interesse e participação dos alunos nas aulas, o software foi avaliado através de um questionário que os alunos responderam após as atividades. Verificou-se que na simulação 92% dos alunos responderam que foi representado com clareza o processo de titulação e 95% dos alunos informaram que a atividade computacional favoreceu a compreensão dos conceitos químicos. No artigo o autor Hack, J.R. (2007) fez um referencial das mudanças ocorridas nos docentes catarinenses da Escola Pública de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzern, em 2006 através do processo comunicacional pela utilização de mídias e multimídias no processo ensino-aprendizagem, onde realizou análise que propõe uma capacitação que leva a importância de se adaptar a estratégia a peculiaridade humana, estrutural e cultural das cidades. O resultado apresentado pela pesquisa mostrou que o professor é essencial, mas o uso de mídia e a multimídia auxilia no diálogo interativo entre docente e discente tornando uma cooperação mútua passando a ser essencial e o aluno aprende a aprender, onde faz realmente ciência e a construir o conhecimento pela mediação multimidiática. 9 MOREIRA, D.G. e LATINI, R.M. (2008), realizaram pesquisa que abordava a importância dos recursos midiáticos pela Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) pelos professores de Química em um Colégio Estadual Vicente Januzzi/RJ. A pesquisa foi qualitativa, sendo que os dados obtidos por questionário, buscou identificar o perfil profissional, os principais problemas apontados foram: a sobrecarga de trabalho, questões administrativas, carga horária reduzida na área de Química e pouco preparo para lidar com diferentes mídias. Estas questões não fogem da nossa realidade, a grande dificuldade e que nem todos os professores estão preparados para lidar com Novas Tecnologias, enquanto nossos alunos já desde pequenos tem muita facilidade. Por isso há necessidade que os professores saibam dominar as novas tecnologia, acompanhem as inovações que vão surgindo, para que suas aulas não fiquem ultrapassadas. Giulian, C.A. e SANTOS, J.M.T. (2008), fez um objeto de aprendizagem colaborativa (OAC) para a TV multimídia (TV pendrive), baseando-se no modelo educacional Webquest, utilizou um segundo objetivo que foi de discutir os conteúdos de Química Orgânica a partir de um tema da atualidade/ ou cotidiano como Tema gerador. Eles realizaram o trabalho em três turmas de ensino médio do Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira, na cidade de Pato Branco, PR. Sendo que em duas turmas utilizaram tema gerador, na terceira turma aplicou apenas aulas expositivas (tradicional). Os resultados obtidos comprovaram que a metodologia diferenciada pode proporcionar uma melhor aprendizagem para os alunos, além disso, os alunos aprenderam a acessar o computador. E o OAC permitiu uma maior motivação ao aprendizado e a revelação e aperfeiçoamento de outras qualidades individuais tanto para o professor quanto aos alunos. O trabalho da professora MENDES, R.F. (PDE 2009) constituiu na montagem de um blog de química, como recurso midiático, para tornar as atividades acadêmicas motivadoras, facilitando assim a construção do conhecimento de conteúdos químicos. Este blog pode não só auxiliar os alunos no processo de ensino-aprendizagem de Química, como também auxiliar os professores da referida disciplina. Segundo TEIXEIRA, A.C. e BRANDÃO, E.J.R. (2003): [....] A utilização do computador em Educação só faz sentido na medida em que os professores o conceberem como uma ferramenta de auxílio as 10 suas atividades didático-pedagógicas, como instrumento de planejamento e realização de projetos interdisciplinares, como elemento que motiva e ao mesmo tempo desafia o surgimento de novas práticas pedagógicas, tornando o processo ensino-aprendizagem uma atividade inovadora, dinâmica, participativa e interativa. Até o presente momento são poucos os softwares de qualidade desenvolvidos para prover ao professor e aos alunos uma experiência realmente rica, sobretudo interativa. PIRES, R.G. et. al. (2003), descreve os recursos disponíveis no Portal do Professor da Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química surgiu com o objetivo de atender os seguintes propósitos: - para que os professores licenciados em Química possam obter informações úteis para suas aulas, muitas delas difíceis, obtidas na maioria dos livros didáticos de Química. - possibilitar a comunicação e discussão do ensino de Química por meio de participação de professores espalhados por todo o Brasil, de forma a torná-lo mais significativo para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes das importantes relações entre a ciência Química e a Sociedade. SILVA, L.A. e ANDRADE, J.B. (2003) diz: [...] A Química sempre foi definida como o ramo da Ciência dedicado à observação, transformação e construção, pois o trabalho do Químico geralmente é observar e/ou determinar estrutura, ou composição de espécies químicas que estão presentes nos seres vivos, no ambiente e nos materiais, e na construção de novas moléculas. Tradicionalmente a Química compreende quatro divisões didáticas: Química Analítica, Química Inorgânica, Química Orgânica e Físico-Química que já se tornaram ultrapassadas, surgindo novas subáreas temáticas e interdisciplinares que são: Química da Natureza, Química Ambiental e Química Medicinal. Demonstrando a importância da Química para a Humanidade, devido aos seus avanços, por exemplo, o aumento na expectativa de vida do ser humano, que passou de 40 anos para 70 anos, prevenção e correção de problemas ambientais, quantidade de água potável no mundo e alimento. Se utilizar de forma adequada a Química, está poderá contribuir para mitigar a fome, melhorar a qualidade de vida do homem, construção de indústrias sustentáveis e preservar o ambiente. 11 Dentre os conteúdos de Química, por exemplo, o estudo das Funções Orgânicas, pode-se observar que é um conteúdo difícil para o entendimento do aluno, pois a parte inicial deste, ou seja, a classificação das cadeias carbônicas e nomenclatura dos hidrocarbonetos são ensinadas de forma “decoreba” por ser um tanto abstrata. O aluno não consegue associar a importância das funções orgânicas e nem tampouco verificar a interdisciplinaridade com a Biologia, Química e a área da saúde. Estas explicações se restringem ao recurso de quadro, giz e livros. Com o propósito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem do conteúdo, a sugestão é o uso de software: uma ferramenta que propõe um método de exposição de conteúdos de forma a integrar texto, som de áudio, imagens gráficas, estáticas, animação e vídeo em movimento, ou seja, ele incorpora a interatividade, sendo um dos modos mais eficazes para comunicar idéias e introduzir novos conceitos e experiências (DALLACOSTA, A. et. al. 1998). Com isso a capacidade do professor e o conteúdo dos livros constituem uma condição necessária, mas não suficiente para garantir a aprendizagem, pois ela envolve um processo de assimilação e construção de conhecimentos e habilidades, de natureza individual e intransferível. Os efeitos do computador na escola dependem de diversos fatores. Contudo a generalidade da investigação aponta para a possibilidade de desenvolvimento de novas competências cognitivas, entre elas: maior responsabilidade dos alunos pelo trabalho, novos laços de ajuda e novas relações professor-aluno. Assim, o computador se constitui numa ferramenta poderosa, que pode (e deve) ter todas as suas potencialidades utilizadas com propósitos educacionais, proporcionando ao professor a possibilidade de enriquecer sua prática pedagógica com recursos multimídia, tais como jogos educacionais, vídeos, animações, gráficos e outros materiais que possibilitem ao aluno aprender de forma prazerosa, cativante, divertida e motivadora (TAROUCO, L.M.R. et.al., 2004). Neste sentido, tanto a utilização de multimídias como os jogos educacionais podem ser um elemento catalisador, capaz de contribuir para o "processo de resgate do interesse do aprendiz, na tentativa de melhorar sua vinculação afetiva com as situações de aprendizagem". Para auxiliar neste tipo de Educação, é proposto a utilização de “Mídia no Ensino de Química”, utilizando-se de BLOG no conteúdo de Química Orgânica, pois sabemos que, a apresentação ou recuperação da informação se faz de maneira 12 multissensorial. Isto acontece porque mais de um sentido humano está envolvido neste processo. Há uma exigência da utilização de meios de comunicação que, até há pouco tempo, raramente eram empregados de maneira coordenada, a saber: som, fotografia, vídeo, animação, gráficos e textos. Isto tudo pode facilitar, melhorar a compreensão, aplicação do conhecimento do Ensino de Química, tornando-o mais interessante com a utilização de tecnologias como suporte digital para criar, manipular, armazenar e pesquisar conteúdos e privilegiando assim o uso dos diversos sentidos: visão, audição e tato que abrange diversas áreas de informática. Só assim conseguiremos ter pessoas críticas, que podem interagir com o ambiente, sociedade, produtores de conhecimentos para um país mais desenvolvido. ARROLO, A. e GIORDAN, M. (2006), discutiram em seu trabalho alguns aspectos da cultura e da linguagem do audiovisual tendo a sala de aula como contexto para refletir sobre seus desdobramentos para a educação, no qual o audiovisual é uma produção cultural, no sentido em que é uma codificação da realidade de dimensões microscópicas, onde são utilizados símbolos da cultura, o qual são compartilhados coletivamente pelo audiovisual, mesmo as situações mais abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas. A linguagem do vídeo possibilita o professor deixar de ser um informador passando a ser um mediador que fomenta a autonomia do aluno. A imagem mostra-se mais eficaz que a palavra na hora de provocar emoções e sensações. A opção pela utilização de BLOG, foi pela facilidade com que os registros para a sua atualização, tornando mais dinâmico e mais simples do que os sites, sua manutenção é apoiada pela organização automática das mensagens pelo sistema, que permite a inserção de novos textos sem a dificuldade de atualização de um site tradicional segundo (BARRO, M.R. et. al. 2008). A Química Sintética foi escolhida por ter sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos, além disso possui aparatos tecnológicos, entrelaçados ao conhecimento científico que pode favorecer ao desenvolvimento industriais. A expressão compostos orgânicos surgiu há mais de 200 anos, para explicar as substâncias produzidas por organismos vivos, animais ou vegetais. Atualmente são chamados de compostos orgânicos aqueles compostos que contêm carbono, podem ser ou não produzidos por organismos vivos. Mas sabemos, que nem todos os compostos que possuam carbono são consideradas substâncias orgânicas, 13 exemplos: grafite, diamante, monóxido de carbono, dióxido de carbono, ácido cianídrico, ácido carbônico e outros. A Química Orgânica possui um papel importante para compreender os processos que ocorrem nos seres vivos e também daqueles materiais como plásticos, detergentes e muitos medicamentos que não se enquadram em seres vivos, mas são industrializados. As propriedades dos compostos orgânicos são conhecidos desde antes de Cristo, no caso do sabão de cinzas, do álcool obtido através da fermentação de alguns corantes extraídos da natureza. No final do século XVIII e início do século XIX, conhecia-se poucos compostos orgânicos em seu estado puro. O cientista Torbern Bergman, 1780 conseguiu distinguir compostos orgânicos e inorgânicos. Porém, Jons Jacob Berzelius em 1807, com um livro publicado teve o mérito de criar a expressão Química Orgânica. Na Química Orgânica as primeiras preocupações foram os materiais de origem animal e vegetal, tais como urina, sangue, gorduras, cabelo, açúcares, resinas, ceras, etc. Onde a complexidade desses materiais levou Berzelius a acreditar que os organismos vivos eram capazes de sintetizá-lo através de uma força neles existente (Teoria Vital). Mas em 1828, Friedrich Wohler, provou através de uma reação química de um composto inorgânico (cianato de amônio) se transformou em uréia (substância encontrada na urina de mamífero), abalando a Teoria Vital. Passaram-se anos, quando Pierre Eugène Marcellin Berthelot em 1860, publicou um livro, que mostrou que a partir dos elementos: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, poderiam ser sintetizadas todas as classes de compostos orgânico, onde a Teoria da Força Vital foi completamente conhecida. Ainda nessa epóca na França: Joseph-Louis Gay-Lussac, Jean-Baptiste André Dumas e Louis-Jaques Thénard, na Suécia Berzelius, na Alemanha Justus Von Liebig estavam preocupados em desenvolver métodos para analisar um composto orgânico, onde os experimentos executados perceberam a existencia de compostos com propriedades diferentes, formados pelos mesmos elementos e nas mesmas proporções. Em 1857 os cientistas Friedrich August Kekulé e Archibald Scott Couper, através de seus conhecimentos propuseram que o carbono faz quatro ligações e 14 pode unir-se com outros carbonos para formarem cadeias. Kekulé também foi o primeiro a sugerir estrutura do benzeno e de uma molécula cíclica. Louis Pasteur com seus trabalhos sobre a atividade óptica da mistura de ácidos (+)-tartárico e (-)-tartárico presentes na uva levou Jacobus Henricus Van’t Hoff e Joseph-Achille Le Bel a tentarem explicar a assimetria molecular, onde em 1974, propos a geometria tetraédrica para o carbono. Nas primeiras décadas do século XX, foi construído o alicerce da Química Orgânica, onde teve a melhor compreensão dos átomos e das ligações químicas, impulsionando novas descobertas ao longo desse século, um exemplo foi a elucidação da estrutura do DNA, por James Watson e Francis Crick em 1953, o qual valeu o Prêmio Nobel em 1962. Para QUADROS, A.L. (1998), feromônios são substâncias químicas usadas na comunicação entre indivíduos da mesma espécie. Sabe-se que essas mensagens química, tem como objetivo provocar respostas comportamentais como alarme, agregação, colaboração na produção de alimentos, defesa e acasalamento, dentre outros. Os primeiros feromônios foram descoberta em 1950, mas apenas no final da década A. Butenandt estabeleceu a estrutura do primeiro feromônio, após matar 500 mil fêmeas de insetos para obter 1 mg da substância ativa. Somente a partir de 1975 intensificou-se a pesquisa sobre os feromônios, com avanços nos processos de isolamento, identificação, reprodução sintética etc. desses produtos. Os tipos de feromônios são: sexuais, trilha, território/marcação, alarme, oviposição e agregação. O estudo destes trouxe um avanço para agricultura, produção de cosméticos, medicina. A correlação da disciplina de química com a biologia sobre os comportamentos dos humanos, animais e insetos; assim como utilização de equipamentos avançados para identificação dos mesmos, tem trazido novas inovações tecnologicas nos laboratórios. Para o aluno, o tema ferômonios traz inúmeras possibilidades de se trabalhar o conhecimento químico em sala de aula de forma mais contextualizada e significativa. Este conteúdo pode-se desenvolver aprendizagens relacionadas a outros como: átomo de carbono, os grupos funcionais, as funções orgânicas, as cadeias carbônicas, radicais orgânicos, nomenclatura, solubilidades dos compostos orgânicos, novas tecnologias, aplicações e etc. Mostrando a potencialidade da química, novos campos de aplicações, novos conhecimentos serão fornecidos a fim de tornar nossos alunos cidadãos, fazendo com que ele faça relação entre o 15 conhecimento químico e contexto sócio-ambiental. Só assim então eles estarão participando ativamente do mundo em que vivem através de conhecimentos recebidos em sala de aula e pela mídias. G) PROCEDIMENTOS Em primeiro lugar será aplicado um questionário para investigar os alunos da 1ª série do Ensino Médio e Ensino Médio EJA, para saber o que eles esperam da disciplina e descobrir assim suas ansiedades, assim como questões para descobrir se utilizam de multimídias no seu dia a dia. Juntamente com o professor da disciplina, escolher uma forma que possa trabalhar em sala e/ou como tarefa, sempre buscando atividades interessantes com a utilização de novas tecnologias (multimídias) para trabalhar o conteúdo de química orgânica com outra disciplina de forma interdisciplinar. Logo após a utilização dos recursos midiáticos, passar um questionário para verificar se a aula se tornou mais atraente, de fácil aprendizagem, interação com o professor da disciplina e relacionada com outra disciplina. Avaliação será de forma que consiga mensurar o cognitivo, para saber se realmente aprenderam o conteúdo, através de um exercício prático. H) REFERÊNCIAS ARROLO, A. E GIORDAN, M. O vídeo educativo: aspectos da organização do ensino. na Química Nova Escola, nº 24, novembro 2006. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/eqm1.pdf. Acesso em outubro de 2010. BARBOSA, L.M.S. Projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. 2. ed. Curitiba: L. M. S, 1998. 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