Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental RIO+20: O FUTURO DA TERRA E DA HUMANIDADE DISCUTE-SE NO BRASIL NESTA EDIÇÃO: Desenvolvimento sustentável: Rio +20 a 20 de junho 2 Entrevista com o Secretário-Geral da ONU 4 Paz e segurança: Síria, Mali e Guiné-Bissau preocupam CSNU. 6 Ex-presidente da Libéria condenado a 50 anos 7 Deasarmamento 7 Gota a Gota 8 O Rio de Janeiro vai uma vez mais ser palco de uma das cimeiras mais importantes para o futuro do planeta. 20 anos depois da Cimeira da Terra, vão reunir-se no Rio representantes dos Governos, representantes da sociedade civil, do sector privado e cientistas. O objectivo é procurar soluções para reduzir a pobreza, promover a equidade social e assegurar a protecção ambiental num mundo cada vez mais populoso. Em suma, debater que futuro queremos e como alcançá-lo. A Conferência propriamente dita, com a presença dos chefes de estado tem lugar de 20 a 22 de Junho mas as actividades começam uma semana antes com os Diálogos sobre Desenvolvimento Sustentável, um fórum para a sociedade civil organizado pelo Governo do Brasil com o apoio da ONU, que vai ter lugar de 16 a 19 de Junho. O sector privado também vai estar reunido antes da conferência, no Fórum de Sustentabilidade Empresarial, de 15 a 18 e Junho. (pág. 2 e 3) EDITORIAL: O FUTURO QUE QUEREMOS O UNRIC está a atravessar algumas mudanças, quer do ponto de vista estratégico, quer no seu quadro de pessoal. Por esta razão, o Boletim em Português tem estado ausente dos vossos ecrãs. Antes de mais, quero prestar homenagem à nossa querida colega, conhecida de todos vós, Ana Mafalda Tello, que deixou a Organização depois de muitos anos de empenho e serviço dedicado. Temos saudades! A Júlia Galvão Alhinho, é a nossa nova colega à frente do Desk Português. Bem vinda, Júlia! Agora que o Boletim em Português, um dos mais bem sucedidos produtos do UNRIC, está de volta, vamos dar também mais ênfase ao site do UNRIC em Português http://www.unric. org/pt/. Por ultimo, em nome do UNRIC e do Departamento de Informação Pública da ONU, gostaria de uma vez mais agradecer ao Governo Português pelo seu apoio constante. Estamos SDUWLFXODUPHQWH JUDWRV SHOD FRQÀDQoD GHSRVLWDGD QR QRVVR trabalho, aceitando ser anualmente um dos patrocinadores do Concurso Europeu da ONU de criação de anúncios de jornal, o mais recente dos quais está integrado na campanha da ONU para o Rio+20, e cujo tema foi a água. O concurso - Gota-a-Gota - foi um sucesso tendo recebido mais de 3500 trabalhos GH SDtVHV HXURSHXV 3RGH YHU DTXL RV ÀQDOLVWDV www. dropbydrop.eu É bom estar de volta! Afsané Bassir-Pour, Directora CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: QUE FUTURO QUEREMOS? Vinte anos depois da Cimeira da Terra, também no Rio de Janeiro onde os países adoptaram a Agenda 21—um plano para repensar o desenvolvimento económico, promover a equidade social e assegurar a proteção ambiental— e dez anos depois da Cimeira de Joanesburgo, a ONU volta a reunir governos, organizações internacionais, ‘Major Groups’, incluindo empresas e indústria, para debater o futuro da terra. O objectivo é chegar a um acordo sobre um conjunto de medidas concretas para reduzir a pobreza e, ao mesmo tempo, promover o emprego, energia limpa e um uso mais justo e sustentável dos recursos. Tomar tais medidas é urgente, porque “o actual modelo de desenvolvimento é insustentável”. Quem o diz é o Painel de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável, composto por pe ritos e políticos de vários países do mundo e que foi mandatado pelo Secretário-Geral da ONU para fazer o ponto da situação sobre o estado da sustentabilidade global. O Painel, presidido pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, concluiu no seu relatório de Janeiro, “Pessoas resilientes, planeta resiliente” - que com uma população que pode chegar aos 9 biliões de pessoas em 2040, o mundo irá precisar de mais 50 por cento de comida, mais 45 por cento de energia e mais 30 por cento de água do que consumimos hoje. Para além do problema de recursos, o mundo enfrenta um problema de equidade, diz o painel. “Nunca antes se viu tanta prosperidade no mundo mas o fosso entre ricos e pobres continua a aumentar e mais de um bilião de pessoas vive abaixo do limiar da pobreza”. Embora o conceito de desenvolvimento sustentável exista desde 1987 (ver página ao lado) e se tenham feito vários acordos para implementar o modelo de desenvolvimento sustentável, não foram bem sucedidos por “falta de vontade política” e o facto de os decisores ainda não terem “incorporado o conceito de desenvolvimento económico nas suas análises e desenho de políticas macroeconómicas”, sugere o Painel no seu relatório. Este relatório foi o ponto de partida para as negociações que têm estado a ter lugar em Nova Iorque entre vários re presentantes governamentais e outros grupos e que culminam com a discussão e aprovação GHXPGRFXPHQWRÀQDOQR5LR Já existe um rascunho desse documento que abrange um leque variado de áreas em que os líderes mundiais se comprometem a agir: água, energia, turismo sustentável, transporte sustentável, cidades sustentáveis, saúde e populações, emprego, oceanos e mares e ÁRUHVWDV Para todas estas áreas se apontam objectivos de sustentabilidade e, caso venha a ser aprovado, os governos do mundo pedirão às Nações Unidas que desenvolva os indicadores e que estes venham a ser aprovados na assembleia Geral da ONU. Além disso o documento coloca a tónica na economia verde, no respeito pelas normas internacionais já existentes, tais como direitos humanos, normas que regulam a gestão dos oceanos e normas de comércio internacional, entre outras, que permitirão implementar esta agenda ambiciosa. O documento refere também o desenvolvimento de parcerias público-privadas SDUD ÀQDQFLDU RV LQYHVWLPHQtos necessários, por exemplo em desenvolvimento de novas tecnologias, assim como a sua transferência para os países menos desenvolvidos. É ainda dada prioridade à boa governação e ao combate à corrupção e o papel dos governos na promoção e regulação do sector privado é deixado ao critério de cada país de acordo com as VXDVFLUFXQVWkQFLDVHVSHFtÀFDV O rascunho refere também a possibilidade de o programa das Nações Unidas para o ambiente vir a ser reforçado. O quão profundas serão as mudanças, dependerá dos chefes de estado no dia 20 de Junho. OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: PARA ALÉM DO PIB Uma das maiores preocupações daqueles que têm participado das negociações do Rio+20 é como “medir e monitorizar o desenvolvimento sustentável”, de uma forma abrangente que vá para além do PIB (Produto Interno Bruto). Além disso a medição é considerada importante para comprometer os governos com a implementação do modelo de desenvolvimento que sairá do Rio+20. O SecretáULR*HUDOGD218%DQ.LPRRQVXJHULX´YDPRVGHÀQLUXPFRQjunto de Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para continuar a partir dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) e vamos procurar um consenso sobre como alcançá-los”. Já existem várias sugestões sobre a mesa e é possível que os ODS venham a incidir sobre áreas como: energia, água, segurança alimentar, oceanos, consumo sustentável, produção sustentável, equidade, inclusão social, estado de direito e boa governação, e igualdade de género e empoderamento das mulheres. Os OMD expiram em 2015 . Os ODS vão aplicar-se a nível global. http://www.uncsd2012.org/rio20/index.php?page=view&nr=218&type =400&menu=45 O conceito de desenvolvimento sustentável foi formulado pela primeira vez em 1987 no relatório da Comissão Mundial sobre desenvolvimento e ambiente, intitulado “O nosso futuro comum”. Esta Comissão, estabelecida pela ONU, foi presidida pela ex- Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundland, razão pela TXDORUHODWyULRÀFRXFRQKHFLdo como Relatório Brudtland. Este relatório foi o ponto de partida para as discussões da Cimeira da Terra de 1992 (na IRWR 1HOH GHÀQHVH GHVHQvolvimento sustentável como “um processo de mudança no qual a exploração de recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e ampliam o potencial presente e futuro para responder às necessidades e aspirações humanas”. O conceito de desenvolvimento sustentável contém dois sub-conceitos que importa explicar: necessidades humanas e a limitação de recursos. As necessidades humanas são as mais básicas para a sobrevivência, tais como: alimentos, água, abrigo, emprego. Os recursos são obviamente aqueles que usamos para produzir bens e crescimento económico, tais como energia, materiais, água e solo. Diz o relatório Brundtland: “O crescimento não tem limites em termos de população ou uso de recursos, para além do qual resta o desastre ecológico”. E embora se reco nheça que o desenvolvimento tecnológico possa aumentar a HÀFLrQFLDGRXVRGRVUHFXUVRV “os limites existem e a sustentabilidade exige, muito antes dos limites serem atingidos, que o mundo assegure um acesso equitável aos recursos e reoriente o desenvolvimento de forma a aliviar a pressão sobre o planeta”. O debate de 1992 em torno desta ideia de desenvolvimento sustentável resultou numa declaração de princípios conhecida por “Agenda 21” aprovada naquela Cimeira e SRVWHULRUPHQWH FRQÀUPDGD pela Assembleia Geral das Nações Unidas logo a seguir em Agosto de 1992 . A “Agenda 21” (contém 27 princípios que incluem, entre outros, a proteção do ambiente, a erradicação da pobreza, a eliminação de padrões insustentáveis de consumo e de produção, a transferência de tecnologia entre países mais desenvolvidos e menos desenvolvidos, e a ideia de que só com uma parceria global se pode alcançar o desenvolvimento sustentável e garantir a preservação do planeta para o futuro. 23URJUDPDGDV1Do}HV8QLGDVSDUDR$PELHQWHGHÀQH economia verde como uma economia em que “o crescimento, em rendimento e emprego, é gerado por investimentos públicos e privados que reduzem a emissão de carbono para a atmosfera e a poluição, que melhora o XVRHÀFLHQWHGHHQHUJLDHGHUHFXUVRVHTXHSUHYLQHD perda de biodiversidade e de serviços ecossistémicos”. O conceito de economia verde exige que os investimentos sejam iniciados e apoiados pela despesa pública, reformas de políticas e alterações aos mecanismos regulatórios. Este caminho para o desenvolvimento deve preservar, melhorar e, se necessário, restaurar património natural como um capital económico activo e fonte de benefícios públicos, em especial para os mais pobres, cuja sobrevivência depende grandemente da natureza. Em traços gerais procura-se com este modelo aumentar o investimento público e privado em energias renováveis, em novas tecnologias, gerando novos empregos. As discussões em torno deste modelo também incluem calcular custos e benefícios dos recursos naturais para que se possam proteger e preservar, assim como captar investimentos para esse efeito. Segundo peritos da ONU, o conceito comporta a promessa de um novo paradigma económico amigo do ambiente e que pode contribuir para a erradicação da pobreza mas também comporta riscos que poderão ser evitados com uma boa moldura institucional e regulatória para o desenvolvimentos sustentável, que respeite os princípios da Agenda 21, e equilibre os três pilares do desenvolvimento sustentável: económico, social e ambiental. http://www.unep.org/greeneconomy/AboutGEI/WhatisGEI/ tabid/29784/Default.aspx http://www.unep.org/greeneconomy/Portals/88/documents/ ger/GER_synthesis_pt.pdf SECRETÁRIO-GERAL DA ONU: O PODER DAS PARCERIAS PODE COLOCAR-NOS NA DIRECÇÃO CERTA Qual a coisa que se orgulha mais de ter realizado durante o seu primeiro mandato? Ban Ki-moon iniciou este ano o seu segundo mandato como Secretário-Geral das Nações Unidas prometendo aproveitar “o IRUWHSRGHUGDVSDUFHULDVµSDUDUHVSRQGHUDRVPDLRUHVGHVDÀRV do planeta, tais como a luta contra as alterações climáticas, o combate à pobreza e o empoderamento das mulheres e das raparigas. Numa entrevista à Radio ONU, Ban Ki-moon, de 67 anos, revelou um pouco do seu plano para cinco anos e salientou a necessidade de unidade, especialmente entre os Estados-Membros e os seus cidadãos. “Juntos, nada é impossível”, disse, acrescentando que “se reforçarmos estas parcerias entre os governos, as comunidades HPSUHVDULDLV DV RUJDQL]Do}HV FLYLV H RV ÀODQWURSRV SHQVR TXH todas estas parcerias poderosas nos poderão colocar na direcção certa.” UN Radio/Serviço de Notícias da ONU: Qual foi, na VXDRSLQLmRRDFRQWHFLPHQWRPXQGLDOPDLVVLJQLÀFDtivo desde que tomou posse em 2007? Ban Ki-moon: Vimos o poder das pessoas e o aprofundamento da globalização.Vimos muitas pessoas marginalizadas, pessoas oprimidas que anseiam pela democracia, pela sua dignidade e pelos direitos humanos.Temos a responsabilidade de as ajudar a fazer a transição para a democracia. Com o aprofundamento da globalização, vimos muitas coisas acontecer no mundo. Há muitas ideias boas e muitas pessoas desejam realmente estar ligadas entre si. Entre as ideias e as pessoas, temos de ajudar essa transição a concretizar-se o mais rapidamente possível. Estarmos unidos depende de nós. A tecnologia pode ajudar a unir as pessoas mas, em última análise, são as pessoas que devem unir-se. É difícil dizer. Alguns resultados apenas se concretizarão dentro de muitos anos. No entanto, orgulho-me muito de me ter encontrado com as pessoas que precisavam realmente do nosso apoio. Enquanto falava com elas, apercebi-me da sua expectativa e conÀDQoDQDV1Do}HV8QLGDV,VVRLPSUHVVLRQRXPHPXLWR6HQWLPH muito orgulhoso de pertencer ao sistema das Nações Unidas. 3RU H[HPSOR QD LOKD GH .LULEDWL QR 3DFtÀFR 6XO IDODYD FRP XP rapaz que me pediu: “Por favor ajude-nos a combater as alterações climáticas. As nossas casas e a nossa vida podem desaparecer de um dia para o outro”. Foi por isso que conseguimos colocar a questão das alterações climáticas entre as nossas grandes prioridades. Encontrámo-nos com imensas pessoas, especialmente mulheres e raparigas, cujos direitos humanos haviam sido violados. Mesmo assim, quando me encontrei com elas, vi a sua dignidade e a sua determinação em vencer as circunstâncias da sua vida. Foi isso que nos levou a criar a ONU Mulheres. Conseguimos também melhorar a saúde das mulheres e das crianças. Fizemos progressos no domínio do desarmamento nuclear. Temos estado a tentar agilizar o nosso trabalho e organizá-lo de uma maneira PDLV HÀFLHQWH H HÀFD] (VWDV VmR DOJXPDV GDV iUHDV HP TXH QRV podemos orgulhar do nosso trabalho, mas temos de fazer mais. 7DOFRPRDÀUPHLQRGLVFXUVRGHDFHLWDomRTXHGLULJLj$VVHPEOHLD Geral em Junho passado, depois de me ter decidido por um segundo mandato, “Juntos, nada é impossível”. Ensemble… rien n’est impossible… Viajou muito durante o seu primeiro mandato. Houve alguma experiência que lhe tenha deixado uma impressão pessoal mais forte? Tal como acaba de dizer, tenho viajado muito. Não há sítio quase nenhum onde eu não tenha estado para tomar conhecimento da GLItFLOVLWXDomRHGRVGHVDÀRVTXHHQIUHQWDPDVSHVVRDVPDUJLQD lizadas, para me informar melhor sobre aquilo que poderemos fazer para ajudar a proteger o nosso planeta de uma maneira mais susWHQWiYHOHPWHUPRVDPELHQWDLV+iXPÀRFRQGXWRUTXHOLJDWRGDV estas visitas a diferentes locais e os encontros com pessoas diferentes: é isso que a ONU tem de fazer. Há grandes expectativas quanto ao papel de liderança das Nações Unidas: liderança da campanha contra as alterações climáticas, das campanhas de luta contra a pobreza, contra as doenças curáveis que é possível prevenir, liderança da campanha de prevenção de [crises e catástrofes] antropogénicas e naturais. São muitas as áreas em que a ONU pode intervir. É por essa razão que me tenho encontrado com tantas pessoas no mundo inteiro. Houve algum momento particular em que tenha sentido mais a responsabilidade e, talvez, as oportunidades que advêm do seu cargo? Tem havido muitas crises. Mas as crises também proporcionam oportunidades. Foi isso que senti. Quando vi a sede das Nações Unidas no Haiti [depois do sismo de Janeiro de 2010] senti-me totalmente perdido. Não consigo descrever o que vi em Fukushima [depois do sismo e do tsunami de Março de 2011]. E encontrei-me com imensas pessoas. Depois há um nível elevado de expectativas e, também, de oportunidades. A ONU pode organizar e promover a tomada de consciência, bem como traduzir isso em acções concretas – é isso que a ONU deve fazer. Estamos a viver uma era de austeridade; os recursos são muito limitados. Mas se modernizarmos a nossa forma de agir, se nos mostrarmos unidos na acção, penso que a ONU poderá mesmo assim conduzir esta campanha no mundo inteiro. 4XDOIRLRPDLRUGHVDÀRGRVHXSULPHLURPDQGDWR" +i PXLWRV GHVDÀRV DOJXQV JHUDGRV pelo homem, outros de origem natuUDO2GHVDÀRPDLVGLItFLOQHVWDDOWXUD consiste em saber como modernizar a nossa organização, adaptando-a às mudanças do século XXI. A tecnologia está a avançar mais rapidamente do que a forma como pensamos, as ideias das pessoas e a forma como trabalhamos.Temos de agilizar a nossa RUJDQL]DomRGHDWRUQDUPDLVHÀFLHQWHHHÀFD]PDLVWUDQVSDUHQWH e responsável. Claro que isto exige o pleno apoio do 193 Estados0HPEURV0DVSDVVHPRVDRXWURVGHVDÀRVDGHVDÀRVUHDLVTXH enfrentamos: as alterações climáticas.Temos de proteger o planeta Terra de uma forma mais sustentável em termos ambientais, para as gerações vindouras. Há imensas pessoas cujos direitos humanos são gravemente violados e temos de as proteger. Há imensas pessoas a morrer em consequência de doenças que é possível evitar. Há muitas áreas em que os direitos humanos das pessoas VmR YLRODGRV HVSHFLDOPHQWH HP ]RQDV GH FRQÁLWR$VVHJXUDPRV actualmente a manutenção de 120 mil capacetes azuis. Mas é posVtYHOVXSHUDUWRGRVHVWHVGHVDÀRVVHQRVRUJDQL]DUPRVPHOKRUVH nos unirmos mais. esse cargo impossível é algo que deixa de existir. É uma realidade que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança têm um estatuto especial e que, enquanto Secretário-Geral, se vê às vezes preso entre Estados-Membros poderosos. Como lida com essa pressão? Como Secretário-Geral da ONU, não posso ser leal para com XPSDtVHVSHFtÀFRRXXPJUXSRGHSDtVHV7HPRVGHVHUOHDLVSDUD FRP DV SHVVRDV TXH VHUYLPRV7HPRV GH VHU ÀpLV DRV SULQFtSLRV da Carta das Nações Unidas. Algumas pessoas dizem que temos 193 patrões, ou um conselho de administração com 193 membros. Parece quase impossível lidar com tantas pessoas, vindas de países diferentes, tradições diferentes e interesses diferentes. Mas creio que também estão unidas e que todas acreditam na Carta das 1Do}HV 8QLGDV &RQVHJXLPRV VXSHUDU PXLWRV GHVDÀRV TXDQGR os Estados-Membros se mostram unidos. É isso que lhes peço. A diversidade pode ser aproveitada para cumprir a Carta da melhor maneira. O que gostaria de fazer de forma diferente durante o seu segundo mandato? Já tive oportunidade de observar o grande poder das parcerias. Se reforçarmos as parcerias entre os governos, as comunidades HPSUHVDULDLVDVRUJDQL]Do}HVFLYLVHRVÀODQtropos, penso que podemos avançar na direcção certa. Vamos dar continuidade a tudo aquilo que concretizámos e construímos durante os últimos cinco anos. Gostaria, porWDQWRGHOLJDUFRPXPÀRFRPXPWRGDVHVWDV grandes questões aparentemente diferentes. É isso que eu gostaria de fazer. Gostaria de ligar as pessoas entre si com ideias. “Leais para com as pessoas que servimos, ÀpLVSDUD com a Carta” O primeiro Secretário-Geral, Trygve Lie, disse ao seu sucessor, Dag Hammarskjold: “Vai assumir o cargo mais impossível do planeta”. O que há de tão difícil no cargo de SG? Já tenho ouvido isso muitas vezes. Talvez me deva aconselhar com Tom Cruise! Mas o que é importante nesta altura é que os Estados-Membros, os 193 Estados-Membros, tenham uma visão correcta e uma compreensão correcta das situações e dos desaÀRV TXH HQIUHQWDPRV 'HVVD IRUPD VHUi SRVVtYHO VXSHUiORV$ minha missão consiste em tornar este trabalho aparentemente LPSRVVtYHOQXPWUDEDOKRSRVVtYHO2PHXDQWHFHVVRU.RÀ$QQDQ disse-me uma vez antes de eu assumir o meu cargo que “talvez este seja o cargo mais impossível, mas é talvez aquele que permite fazer o trabalho melhor e mais nobre pela humanidade”. Peço a todos os Estados-Membros que se unam em torno dos ideais e objectivos da Carta das Nações Unidas. Se assim for, creio que Quais são as prioridades do seu segundo mandato? Referi cinco oportunidades geracionais para o trabalho que irei desenvolver com os Estados-Membros durante o meu segundo mandato. Em primeiro lugar, temos de alcançar o desenvolvimento sustentável. Temos de estabelecer uma ligação entre as alterações climáticas, a crise alimentar, a escassez de água e de energia, o empoderamento das mulheres e as questões mundiais relacionadas com a saúde. Estas questões estão todas interligadas. Por conseguinte, é necessário que a cimeira Rio+20 agora em Junho seja um grande êxito. Depois vamos concentrar-nos na prevenção: a prevenção de crises antropogénicas ou naturais. E, em terceiro lugar, temos de tornar o mundo em que vivemos mais seguro. Asseguramos a manutenção de 120 000 soldados no terreno mas, se as nossas actividades de mediação forem bem sucedidas e conseguirmos facilitar o diálogo político, poderemos poupar muito tempo e energia, e mesmo dinheiro. Em quarto lugar, temos de ajudar os países em transição. Temos vindo a assistir à Primavera Árabe no Médio Oriente e no Norte de África. Continua a haver muitas pessoas cujos direitos humanos e dignidade continuam a não ser respeitados. Temos de fazer mais por essas pessoas. Temos também de fazer mais em termos de trabalhar juntos e em prol das mulheres. O empoderamento das mulheres é uma das minhas cinco prioridades durante os próximos cinco anos. http://www.un.org/sg/ MANUTENÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA PAZ NO MUNDO Actualmente o Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, que depende directamente do Secretariado, gere 16 missões de paz em todo o mundo. Cerca de 100 mil capacetes azuis oriundos de 117 países e 17 mil civis servem nestas missões que têm um orçamento total de 7.84 biliões de dólares americanos. A mais antiga de todas as missões ainda em operações é a UNTSO (Organização da ONU para a Supervisão de tréguas) estabelecida em Maio de 1948 no Médio Oriente. As mais recentes - UNISFA e UNMISS—foram estabelecidas em 2011 no Sudão (Abey) e Sul Sudão, respectivamente. Prevê-se que a UNMIT, missão integrada da ONU em Timor-Leste encerre em Dezembro de 2012. Para além das missões de manutenção de paz que têm como objectivo SULQFLSDO S{U XP ÀP DRV FRQÁLWRV a ONU têm também missões de consolidação da paz e/ou missões políticas, que dependem do Departamento de Assuntos Políticos da ONU. Estas são estabelecidas em SDtVHV SyVFRQÁLWR TXH SRU YH]HV necessitam de um apoio mais prolongado por exemplo em programas de reforma do sector de segurança. Actualmente existem 13 missões deste tipo em funcionamento. Entre estas, inclui-se a missão para a Serra Leoa, a UNIPSIL, a recém estabelecida missão na Líbia, UNMISIL e o Escritório Integrado da ONU para a Guiné-Bissau, UNIOGBIS. http://www.un.org/en/peacekeeping/ about/dpko/ SÍRIA: 14 MESES DE VIOLÊNCIA A ONU estima que mais de 9 mil pessoas, na maioria civis, tenham sido mortas na Síria e dezenas de milhares deslocadas, desde que começou a revolta contra o governo de Bashar al-Assad em Março de 2011, no contexto da Primavera Árabe. Depois de falhar a aprovação, devido à oposição da China e da Rússia, em FevereiURGHGHXPDUHVROXomRSDUDSRUÀP à violência, o Conselho de Segurança autorizou a 22 de Abril o estabelecimento de uma missão de supervisão da ONU (UNSMIS) com 300 observadores militares não armados, por um período de três meses. O mandato da missão é supervisionar o cessar fogo e a implementação de um plano de paz, entretanto negociado pelo enviado especial conjunto Liga Árabe e Nações 8QLGDV .RÀ$QQDQ 2 FHVVDU IRJR FRPHoRXRÀFLDOPHQWHDGH$EULO PDVGHVGH então os episódios de violência têm con- tinuado em vários pontos do país. Um dos mais chocantes incidentes foi o massacre de 108 civis, incluindo 30 crianças, em Hola, no dia 25 de Maio que foi imediatamente condenado pelo Conselho de Segurança e pela Assembleia-Geral da ONU.Também o Conselho dos Direitos Humanos da ONU estabeleceu uma Comissão de inquérito para investigar as violações de direitos humanos naquele país. No último relatóULRGHGH0DLRD&RPLVVmRDÀUPDTXH “a maior parte das violações de direitos humanos têm sido cometidas pelas forças de segurança sírias contra indivíduos ou grupos da oposição”. A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi 3LOOD\ DYLVRX TXH D FRQÀUPDUHPVH LQGHcentes como os de Hola são crimes internacionais. Os estados-membros da ONU continuam à procura de uma solução para RFRQÁLWRQD6tULD GUINÉ-BISSAU: CONSELHO DE SEGURANÇA MANTÉM PRESSÃO SOBRE AUTORES DO GOLPE Um dia antes do início da campanha eleitoral para a segunda-volta das eleições presidenciais, entre Carlos Gomes Junior e Kumba Iala, no dia 12 de Abril, um grupo de militares tomou o poder em Bissau. O mesmo grupo prendeu o ainda primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, o presidente interino Raimundo Pereira e o General António Indjai. No dia 13 o grupo que liderou o golpe intitulou-se de “Comando Militar” e justiÀFRX R JROSH FRP D DOHJDGD H[LVWrQFLD GH um “plano secreto acordado entre Gomes Júnior e Angola para o desmantelamento do exército”. O golpe foi imediatamente condenado pela União Africana, Comunidade dos países da África Ocidental (CEDAO) CPLP e Nações Unidas. Após uma reunião no dia 18 de Maio, o Conselho de Segurança emitiu a resolução 2048 de 2012 em que os estados membros da ONU se comprometem a proibir a viagem e entrada dos autores dos golpes nos seus países. MALI: INSTABILIDADE NA CAPITAL E CONFLITO NO NORTE O presidente interino Dioncounda Traoré ÀFRXIHULGRQDVHTXrQFLDGHWXPXOWRVHP Bamako, no passado dia 22 de Maio. A 22 de Março elementos militares anunciaram a dissolução do governo. O golpe foi condenado pela comunidade internacional. Após uma reunião de mediação organizada QD&RVWDGR0DUÀPSHOD&RPXQLGDGHGH países da África Ocidental e Conselho de Segurança da ONU, os líderes do golpe concordaram voltar à ordem constitucional. No norte do país o combate entre as forças do governo e grupos tuaregues continua desde janeiro. Já há mais de 200 mil deslocados. EX-PRESIDENTE DA LIBÉRIA CONDENADO A 50 ANOS DE PRISÃO POR CRIMES DE GUERRA E CRIMES CONTRA A HUMANIDADE Em Maio, o Tribunal Especial para a Serra Leoa (TESL) apoiado pela Nações Unidas, condenou o ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, a 50 anos de prisão por ter planeado, apoiado e incitado os crimes cometidos pelas forças rebeldes da Serra Leoa durante a década da guerra civil do país, como crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O TESL decidiu, por unanimidade, uma pena única para todas as 11 acusações de crimes pelos quais Charles Taylor foi considerado culpado, em Abril. Estes actos de terrorismo, assassinato, violação, escravidão sexual, atentados contra a dignidade pessoal, tratamento desumano, recrutamento ou alistamento crianças-soldado, escravidão e pilhagem, estão relacionados com a guerra civil na Serra Leoa na década de 1990. A Câmara de Primeira Instância constatou que Charles Taylor abusou da sua posição como Presidente da Libéria para ajudar e estimular a prática de crimes na Serra Leoa, e o abuso da sua posição enquanto membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental – “Comité dos Cinco” (Seis mais tarde), que era “parte integrante do processo invocado pela comunidade internacional para trazer a paz para a Serra Leoa,” era “um factor agravante de grande peso” para a sua sentença. Charles Taylor WHUi GLWR DR7(6/ TXH ÀFRX WULVWH FRP DV atrocidades e com os crimes cometidos na Serra Leoa, mas negou que tenha ajudado os rebeldes que cometeram tais atrocidades. Ele pediu que “a reconciliação, a cura e a não retribuição fossem os princípios orientadores para determinar a sua sentença” . Taylor tem agora 14 dias para recorrer. O TESL é um tribunal independente criado em conjunto pelo Governo da Serra Leoa e pelas Nações Unidas. Está mandatado para julgar os que têm forte responsabilidade por violações graves dos direitos humanos internacionais e do direito da Serra Leoa, cometidas no país desde 30 de Novembro de 1996. À data em que foram cometidos os crimes ainda não existia o Tribunal Penal Internacional. Charles Taylor é o primeiro chefe de Estado a ser condenado por um tribunal internacional ou semi-internacional desde os julgamentos de Nuremberga que tiveram lugar a seguir à Segunda-Guerra mundial. Desde a entrada em funcionamento em 2002, o TESL acusou um total de 21 indivíduos por crimes contra a humanidade e/ ou crimes de guerra, cometidos na Serra após 1996 e durante a guerra civil. Nove foram condenados e encontram-se a cumprir pena, um foi absolvido, cinco estão em julgamento, quatro já cumpriram pena. Três acusados morreram e um está fugitivo. Para além do TESL, e do Tribunal Penal Internacional, a ONU estabeleceu outros cinco mecanismos judiciais internacionais e semi-internacionais: o Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, o Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia, o Tribunal Especial para o Líbano, os Colectivos Especiais para o Cambodja, e os Colectivos Especiais para Crimes Graves em TimorLeste. O estado de Direito, a nível nacional e Internacional é visto pela ONU como undamental para a paz, direitos humanose desenvolvimento. http://www.sc-sl.org/ KWWSZZZXQRUJHQUXOHRÁDZLQGH[VKWPO COMÉRCIO DE ARMAS: ONU PROMOVE CONFERÊNCIA EM JULHO PARA CHEGAR AO PRIMEIRO TRATADO INTERNACIONAL A Conferência da ONU sobre o Comércio de Armas vai ter lugar em Nova Iorque, de 2 a 27 de Julho com o objectivo de chegar ao primeiro tratado internacional sobre este sector. Em todo o mundo, a disponibilidade de armas e munições tem levado ao sofrimento humano, repressão, crime e terror às populações civis. As transferências irresponsáveis de armas convencionais podem destabilizar regiões inteiras, conduzir a violações de embargos impostos pelo Conselho de segurança da ONU e contribuir para a comissão de graves violações de direitos humanos. Além disso, impedem o investimento e o GHVHQYROYLPHQWR GH SDtVHV HP FRQÁLWR afectando a sua capacidade para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Embora hajam inúmeros acordos que regulam o comércio internacional, não existe até ao presente qualquer tratado internacional sobre o comércio de armas. A compra e venda de navios e tanques de guerra, aviões de combate, metralhadoras e munições continua a ser mal regulada. Para tentar resolver este problema, a ONU tem vindo a promover uma série de esforços, deste estudos a encontros regionais preparatórios que possam conduzir à adopção de um Tratado Interna- cional sobre Comércio de Armas. 1R ÀQDO GH D $VVHPEOHLDJHUDO decidiu organizar a Conferência da ONU sobre o Comércio de Armas em 2012 “para elaborar um instrumento legal vinculativo sobre as normas internacionais, o mais exigentes possíveis, para regular as transferências de armas convencionais “. A primeira reunião da Comissão preparatória teve lugar em Julho de 2010. http://www.un.org/disarmament/convarms/ Save Earthlings, prémio da Juventude Save your children, prémio do pùblico O anúncio Português mais votado, intitulado “Warning”, enviado por um concorrente com pseudónimo, “Sente Design ITALIANO VENCE CONCURSO EUROPEU DA ONU DE CRIAÇÃO DE ANÚNCIOS SOBRE A ÁGUA Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental )LFKDWpFQLFD Direcção: Afsane Bassir-Pour Edição: Júlia Galvão Alhinho Redacção: Júlia Galvão Alhinho e Telmo Fernandes &LQH218²&LFORGH&LQHPD sobre direitos e desenvolvimento Filme: “Children of the Amazon” Dia 19 de Junho, Auditório do Diário de Notícias, Lisboa Parceria: UNRIC, Plataforma Portuguesa ONGD e Diário de Notícias (Inscreva-se enviando um email para: conferencias@controlinveste. pt) &RPLWp0XQGLDOGDGR3DWULPyQLR da UNESCO (36a Sessão) De 24 de Junho a 6 de Julho de 2012, São Petersburgo, Federação Russa http://whc.unesco.org/en/ sessions/36COM O designer italiano Daniele Gaspari 31 anos, natural de Verona, venceu o Concurso Europeu da ONU de criação de anúncios sobre a Água, o concurso “Gota-a-Gota: o Futuro que queremos”. O primeiro prémio, doado pelo Conselho Nórdico de Ministros no valor de 5000 euros, foi entregue a Daniele Gaspari numa cerimónia em Copenhaga, a 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, por Sua Alteza Real o Príncipe Herdeiro da Dinamarca. 2&RQFXUVRGHVDÀRXSURÀVVLRQDLVHQmR SURÀVVLRQDLVDFULDUXPDQ~QFLRGHMRUQDO que inspirasse as pessoas a preservar a água, no presente e para as gerações futuras. Daniele Gaspari venceu com o anúncio “O desperdício de água vai matar o futuro”, que mostra uma arma de água apontada à cabeça de uma criança. Um júri de especialistas, presidido pelo guru da publicidade, Jacques Séguéla escolheu este anúncio entre mais de 3.500 trabalhos, provenientes de 45 países europeus. O designer disse estar feliz por ter vencido o concurso: “A intenção por trás deste anúncio é certamente chocar as pessoas e torná-las conscientes de que cada acção que eles fazem tem consequências”, declarou Daniele Gaspari. “Espero que esta mensagem tenha impacto”.“A combinação de objectos adoráveis e brincalhões colocados em poses hostis cria uma imagem interessante”, disse o membro do júri, o fotógrafo sueco Jens Assur, a propósito do anúncio vencedor. “Somos atraídos pelos contrastes, querendo aprender mais.” O Concurso “Gota-a-Gota” foi organizado pelo UNRIC, Centro de Informação Regional das Nações Unidas, em Bruxelas, em cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) e com o Conselho Nórdico de Ministros. Faz também parte da campanha do Secretário-Geral, “O Futuro que Queremos” para o Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Brasil, que tem lugar de 20 a 22 de Junho, onde a escassez crescente de água está entre os principais temas em discussão. 8PD VHOHFomR GRV DQ~QFLRV ÀQDOLVWDV do concurso, de um total de dezassete países, será exibida no website do concurso e publicados nos jornais que aderiram à parceria de imprensa com a UNRIC. 22 exposições dos trabalhos estão já projectadas para 12 países, algumas em colaboração com o Conselho Nórdico de Ministros. Além da aliança dos jornais europeus, o concurso foi apoiado pelo Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (EACDH), pelo Governo Português que ofereceu o Prémio voto do público e por outros Centros de Informação das Nações Unidas na Europa.