Revista Brasileira Fase VII Janeiro-Fevereiro-Março 2005 Ano XI E s t a a g l ó r i a q u e fi c a , e l e v a , h o n r a e c o n s o l a . Machado de Assis o N 42 ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS 2005 REVISTA BRASILEIRA Dir e to r i a Presidente: Ivan Junqueira Secretário-Geral: Evanildo Bechara Primeira-Secretária: Ana Maria Machado Segundo-Secretário: Marcos Vinicius Vilaça Diretor-Tesoureiro: Cícero Sandroni Diretor João de Scantimburgo Me m b r o s e f e ti vos Affonso Arinos de Mello Franco, Alberto da Costa e Silva, Alberto Venancio Filho, Alfredo Bosi, Ana Maria Machado, Antonio Carlos Secchin, Antonio Olinto, Ariano Suassuna, Arnaldo Niskier, Candido Mendes de Almeida, Carlos Heitor Cony, Carlos Nejar, Cícero Sandroni, Eduardo Portella, Evanildo Cavalcante Bechara, Evaristo de Moraes Filho, Pe. Fernando Bastos de Ávila, Helio Jaguaribe, Ivan Junqueira, Ivo Pitanguy, João de Scantimburgo, João Ubaldo Ribeiro, José Murilo de Carvalho, José Sarney, Josué Montello, Lêdo Ivo, Lygia Fagundes Telles, Marco Maciel, Marcos Vinicios Vilaça, Miguel Reale, Moacyr Scliar, Murilo Melo Filho, Nélida Piñon, Oscar Dias Corrêa, Paulo Coelho, Sábato Magaldi, Sergio Corrêa da Costa, Sergio Paulo Rouanet, Tarcísio Padilha, Zélia Gattai. Produção edi tori al e Rev i são Nair Dametto C onselho edi tori al Miguel Reale, Carlos Nejar, Arnaldo Niskier, Oscar Dias Corrêa A ssisten te edi tori al Monique Cordeiro Figueiredo Mendes Proj eto g ráfi co Victor Burton Editoração eletrôni ca Estúdio Castellani A CADEMIA B RASILEIRA DE L ETRAS o Av. Presidente Wilson, 203 – 4 andar Rio de Janeiro – RJ – CEP 20030-021 Telefones: Geral: (0xx21) 3974-2500 Setor de Publicações: (0xx21) 3974-2525 Fax: (0xx21) 2220.6695 E-mail: [email protected] site: http://www.academia.org.br As colaborações são solicitadas. Sumário Editorial JOÃO DE SCANTIMBURGO Culto da Imortalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 CULTO DA IMORTALIDADE JOSUÉ MONTELLO O romancista José Lins do Rego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 LÊDO IVO A história literária de José Lins do Rego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 NESTOR PINTO DE FIGUEIREDO JR. A correspondência passiva de JLR . . . . . . 31 HILDEBERTO BARBOSA FILHO José Lins do Rego: técnica narrativa de Fogo Morto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 ELIZABETH MARINHEIRO Lins do Rego: um desafio teórico . . . . . . . . . . . . . . . 73 LUIZ ANTONIO BARRETO Sílvio Romero, pensador da cultura brasileira . . . . . . 83 ARNO WEHLING Sílvio Romero, o cientificismo e Os Cantos e Contos Populares do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 BRÁULIO DO NASCIMENTO Sílvio Romero e os contos populares do Brasil . . . . 97 LÉLIA COELHO FROTA A cultura popular na obra de Sílvio Romero . . . . . . . . 105 ALBERTO VENANCIO FILHO Centenário do nascimento de Ivan Lins . . . . . . . 113 TARCÍSIO PADILHA Centenário do nascimento de Ivan Lins . . . . . . . . . . . . . . . 138 PROSA NELSON MELLO E SOUZA O Processo, de Franz Kafka . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 MARIA JOÃO CANTINHO Imagem e tempo na obra de Maria Gabriela Llansol . . 173 ANTÔNIO SÉRGIO MENDONÇA E LEODEGÁRIO A. DE AZEVEDO FILHO Da atribuição à existência – Um estudo de Rouanet sobre Freud . . . . . . . . . . . . 195 JOSÉ BENTO TEIXEIRA DE SALLES Lembrando Luiz Camillo . . . . . . . . . . . . . . 205 PAULO ROBERTO PEREIRA Os 250 anos do livro Júbilos da América . . . . . . . . . . . . 209 IZACYL GUIMARÃES FERREIRA Lêdo Ivo numa leitura dupla . . . . . . . . . . . . . . 219 POESIA CARLOS NEJAR Aos noventa alazões de Evaristo de Moraes Filho, cruzando as estrelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 JOSÉ SARAMAGO A poesia possível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 MARCUS ACCIOLY Sextina a Marcos Vilaça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 ANTONIO CARLOS SECCHIN Paisagem / Concorde com Freud . . . . . . . . . . . . 249 MARIA HELENA SATO Anchieta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 GUARDADOS DA MEMÓRIA PROFESSOR ANTÔNIO PICCAROLO Um precursor de Malthus e de Marx . . . . 255 Edit o r ia l Culto da Imortalidade J o ão d e Sc a n t im b u r g o S omos, os acadêmicos, considerados os imortais. Que significado tem esse adjetivo colado à personalidade do acadêmico? Dura a vida inteira e, depois, acompanha o antigo acadêmico à sua posteridade. É disto que se trata. Todos os acadêmicos têm livros, uns mais outros menos, mas publicam, regularmente, livros sobre a especialidade por cuja permanência na história das ações humanas são responsáveis, juntamente com a Academia que os elegeu. Não poucos acadêmicos estão esquecidos. Sobretudo os mais antigos, os que ficaram lá atrás na curva do caminho que todos percorremos durante a vida. É com o propósito de ressuscitar intelectualmente os acadêmicos desaparecidos que estamos publicando trabalhos sobre a maioria deles, e vamos continuar até que os tivermos retirado do esquecimento, mostrando o que fizeram pela língua e a literatura nacionais, como queriam os fundadores, que fizeram constar essa condição nos Estatutos da Academia, com a assinatura de Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Inglês de Sousa e Rodrigo Octavio. São lembrados os aca- Editorial Editorial 5 Joã o de Sc anti mbu rgo dêmicos mortos, sem exceção, inclusive, portanto, os cientistas que entraram na Ilustre Companhia por terem se dedicado à ciência, não às letras, que tiveram trabalhos publicados, como Miguel Osório de Almeida e Carlos Chagas Filho ou o cirurgião plástico Ivo Pitanguy. Entendemos que é obrigação dos membros efetivos da Academia cultuar a memória de seus antecessores, analisando individualmente ou em conferências e mesas-redondas as obras que lhes deram renome, obras publicadas que estão ao alcance de qualquer leitor consultar. O culto da Imortalidade é isso, é essa preocupação com o passado dos antecessores. Ficam, então, numa espécie de pódio, todos expostos aos estudos pelos seus sucessores, que assim cumprem o dever de manter-lhes os nomes sempre lembrados. E um dever acadêmico, vitalizado pela Revista Brasileira. Estamos certos de que os leitores da Revista compreendem essa posição votiva que adotamos, para recordar quem durante a vida honrou a Academia e, depois de mortos, ficaram no limbo do esquecimento. Retiramo-los dali e os fazemos atuantes de novo, por meio dos nossos contemporâneos e dos futuros sucessores, que vão estudar-lhes as idéias, debatê-las, demonstrando, com palavras de nosso tempo e dos tempos futuros, quanto fizeram pela língua e a literatura nacionais. Esse, o dever cumprido. Aos colaboradores Solicitamos aos nossos colaboradores que não ultrapassem quinze (15) páginas. Obedecemos a um plano na edição da Revista, e artigos muito longos criam problemas para segui-lo. Artigos enviados espontaneamente poderão ou não ser publicados. Os originais não serão devolvidos. 6