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A saga de José.
Gn. 37, 39 - 41.
06 / 10 / 20’5.]
A história de José, filho de Jacó e Raquel, é uma das mais
emocionantes histórias do Antigo testamento; Começa no capítulo 37 de
Gênesis, é interrompida no capítulo 38 para intercalar a história de Judá e
Tamar, recomeça no capítulo 39, e termina no capítulo 50. Portanto, doze
capítulos do livro de Gênesis, são dedicados a emocionante história de
José.
Raquel sua mãe morreu de parto no nascimento de Benjamim o filho
caçula de Jacó, no ano 1700 a/C, José nasceu no ano 1716 a/C. Ficou órfão
de mãe aos dezesseis anos de idade. Era o filho predileto de Jacó, por ser
filho de Raquel, a mulher amada de seu pai.
Gn. 37: 1 – E Jacó habitou nas terras das peregrinações de seu pai, na
terra de Canaã.
2-
Estas são as gerações de Jacó; sendo José de dezessete anos,
apascentava as ovelhas com seus irmãos, e estava estas jovens com os
filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia
uma má fama deles a seu pai.
Jacó demonstra uma preferência por José, fazendo-lhe uma
túnica de várias cores.
3 – E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era
filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
2
Jacó deveria estar nesta época com aproximadamente cento e seis
anos, e está escrito que ele amava mais a José do que a todos os seus
irmãos, porque José era o filho de sua velhice.
José apascentava as ovelhas de seu pai, com os seus irmãos Dã, e
Naftali, filhos de Bila concubina de Jacó, e com Gade e Aser, filhos de
Zilpa, também concubina de Jacó. Está escrito que José trazia má fama de
seus irmãos a seu pai Jacó.
Os irmãos de José o odiavam, talvez por causa da má fama que José
trazia deles a seu pai Jacó, e para complicar ainda mais a situação, Jacó
lhe fez uma túnica de várias cores. Esta túnica era um símbolo de
liderança e autoridade sobre seus irmãos; deveria pertencer ao filho
primogênito, Rubem. Mas Rubem por ter profanado o leito de seu pai,
perdeu o direito a primogenitura, passando este direito aos filhos de José.
( I Cr. 5: 1 ). Jacó não foi suficientemente prudente, e causou intrigas e
transtorno na família. É um grave erro dos pais mostrarem preferência por
um filho em detrimento de outros.
Dois sonhos proféticos de José.
5 – Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o
aborreciam ainda mais.
6 – E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado.
7 – Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que meu
molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o
rodeavam e se inclinavam ao meu molho.
8 – Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós?
Por isso tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.
9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que
ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se
inclinavam a mim.
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10 – E contando-o a seu pai e a seus irmãos repreende-o seu pai e disselhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e
teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?
11 - Seus irmãos pois o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio
em seu coração.
Jacó guardava este negócio no seu coração. Aparece esta expressão
duas vezes na Bíblia. Esta com Jacó, e outra se refere a Maria, mãe de
Jesus por ocasião da visita dos pastores de Belém. ( Lc. 2: 19 ).
Nossas experiências pessoais com Deus, nem sempre devemos
divulga-las, mas devemos guardar no coração.
O ódio dos irmãos de José contra ele aumentava, além da preferência
demonstrada claramente por Jacó, a túnica da várias cores, agora os
sonhos proféticos de José. Seria imprudente da parte de José contar seus
sonhos a seus irmãos, deveria contá-los apenas a Jacó, ou seria um plano
de Deus, para que, quando se cumprissem, seus irmãos se lembrassem?
Parece-me a mim, que era um plano de Deus.
Certamente José não entendeu a mensagem desses sonhos,
percebeu tratar-se de um sonho incomum, mas o que significa, terá um
significado especial? Serei soberano sobre toda a família de meu pai Jacó?
Meus irmãos serão meus serviçais? Quantas interrogações sem resposta.
Talvez meu pai e meus irmãos terão melhor compreensão.
Seus irmãos até parece que tiveram uma melhor compreensão; e se
mostraram incomodados. Isso quer dizer que você terá domínio sobre nós,
por isso mais o odiavam, tanto por seus sonhos, como por suas palavras.
ainda a capa de várias cores podia ser vista como um prenúncio da
liderança de José sobre eles.
Jacó entendeu que esses sonhos de José era um solene aviso de
Deus sobre o futuro de sua família. “Que sonho é este que sonhaste,
porventura viremos eu, tua mãe e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em
terra?” Sua mãe era impossível, uma vez que ela havia morrido a questão
de um ano atrás; quando Jacó disse tua mãe, ele queria referir-se à toda
família. Jacó guardava essas coisas no coração.
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Jacó envia José a seus irmãos.
12 – E seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu pai, junto de
Siquem.
13 – Disse, pois, Israel a José: Não apascentam teus irmãos junto de
Siquem? Vem, e enviar-te ei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.
14 – E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos e como está
o rebanho, ‘e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a
Siguem.
15 – E, achou-o um homem, porque eis que andava errante pelo
campo, e perguntou-lhe o homem dizendo: Que procuras?
16 – E ele disse: procuro meus irmãos, dize-me, peço-te, onde eles
apascentam?
17 – E disse aquele homem: foram-se daqui; porque ouvi-os dizer:
Vamos a Dotã. José, pois, seguiu atrás de seus irmãos, e achou-os em
Dotã.
Certamente Jacó sabia da aversão dos irmãos de José por ele, mas
jamais esperava uma atitude tão desleal e violenta. José enviado por Jacó,
o representava perante seus irmãos, portanto, deveria ser muito bem
recebido por eles.
Jacó o enviou a Siquem, pois era em Siquem, que segundo Jacó eles
estavam apascentando o rebanho. José foi a Siquem, e não achando seus
irmãos e o rebanho, andava errante à procura deles. Um anônimo o viu
errante, e indicou-lhe o lugar onde estavam. Ouvi-os dizer: Vamos a Dotã.
Dotã estava na rota para o Egito. José foi a Dotã e achou-os ali.
Jamais José poderia imaginar o que lhe esperava. Conhecedor do
ódio que seus irmãos nutriam por ele, não esperava uma mui calorosa
recepção, mas também não imaginava tanta crueldade.
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Por estranho que pareça, começava a se cumprir um plano de Deus.
Deus que vê o futuro como o presente e o passado, sabia da fome que
depois de muitos anos atingiria todos os povos, e José era o instrumento
que Deus usaria como o Zafenate-Panéia. ( salvador do mundo ).
Os irmãos de José arquitetam um plano sinistro contra ele.
V.v. 18 – 22.
18 – E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram
contra ele para o matarem.
19 – E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador mor!
20 – Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa dessas
covas, e diremos: Uma fera o comeu; e vejamos que será dos seus sonhos.
21 – E ouvindo-o Rubem, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe
tiremos a vida.
22 - Também lhes disse Rubem: Não derrameis sangue; lança-o nesta
cova, que está no deserto, e não lanceis mão nele; isto disse para livrá-lo
das mãos deles e para torna-lo a seu pai.
E viram-no de longe; certamente o conheceram de longe pela capa de
várias cores. O ódio aflorou, e a inveja se manifestou. Já era um plano
sinistro de Satanás para impedir a realização dos planos e propósitos de
Deus. Veremos ao longo de nosso estudo que, Satanás se serviu de muitos
ardis, para frustrar os planos de Deus. Mas Deus sempre cuidou deste
jovem crente, fiel e temente a Deus. A natureza de Satanás não mudou; ele
continua urdindo planos sinistros contra os servos de Deus, especialmente
aqueles que Deus chama para a sua obra; com a finalidade de impedir a
obra de Deus. Tenhamos bastante cuidado, porque o diabo vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem
possa tragar. (I Pe. 5: 8. )
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Lá vem o sonhador mor; com escárnio e zombaria. Veremos o que
será
dos seus sonhos. Vamos mata-lo, jugar o cadáver numa cova, e
diremos que uma fera o comeu. Insensibilidade total. Vamos mata-lo.
Vamos cometer um crime bárbaro. O que diremos depois a nosso pai
Jacó? Diremos que uma fera o comeu. Um pecado leva a outro pecado.
Primeiro o crime, depois a mentira. Não se preocuparam com a dor que
causariam ao velho Jacó, já alquebrado pelos muitos anos de trabalho
penoso, talvez o golpe fosse tão rude, que causaria até a morte do velho
patriarca. Não pensaram nisso, queriam apenas dar ênfase ao ódio cruel, e
a inveja diabólica.
Rubem, o filho primogênito de Jacó que perdera o direito a
primogenitura por ter profanado o leito de seu pai, ainda exercia uma
influência de autoridade sobre seus irmãos, procurou livrar José das mãos
de seus irmãos e devolvê-lo a seu pai. Não revelou a seus irmãos sua
verdadeira intenção, pois sabia que não seria obedecido.
Lançai-o nesta cova que está no deserto, certamente nesta cova,
José morreria de fome e sede. Foi isso que os irmãos de José
acreditaram; porém, a intenção de Rubem era devolvê-lo a seu pai.
José lançado em uma cova.
V.V. 23- 27.
23 – E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram a José a
sua túnica, a túnica de várias cores que trazia,
24 – E tomaram-no e lançaram-no na cova; porém a cova esta vazia,
não havia água nela.
25 – Depois, assentaram-se a comer pão, e levantaram os olhos, e
olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus
camelos traziam especiarias, e bálsamo, e mirra; e iam levar isso ao Egito.
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26 – Então, Judá disse a seus irmãos: Que proveito haverá em que
matemos a nosso irmão e escondamos a sua morte?
27 – Vinde, e vendemo-lo a estes ismaelitas; e não seja nossa mão
sobre ele, porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos
obedeceram.
E chegando José a seus irmãos. José em obediência a seu pai Jacó,
vinha ver seus irmãos e o rebanho, e levar notícias a seu pai; certamente
ele não esperava uma recepção tão adversa. Seus irmãos, porém, ao
verem-no de longe, tramaram contra ele. Disseram uns aos outros: Eis lá
vem o sonhador mor; vamos mata-lo, e veremos o que será de seus sonhos.
Disseram isso com zombaria e escárnio, certamente com muitas
gargalhadas. Não sabiam que estavam zombando do próprio Deus, pois foi
Deus que revelara esses sonhos a José. E Deus não se deixa escarnecer.
(Gl. 6: 7 )
Assim que José se aproximou deles, o agarraram, o despiram da
túnica de várias cores, o principal objeto de ódio e de inveja, o
humilharam, e o lançaram em uma cova. A cova, porém esta vazia; não
havia água nela. Pouco se importavam seus irmãos se houvesse água na
cova; se José morresse afogado, ou soterrado na lama. Morte cruel, sem a
mínima chance de defesa. O que a inveja pode produzir. Com muita razão
escreveu o apóstolo João: “Qualquer que aborrece a seu irmão é
homicida.” ( I Jo. 3: 15 ).
Depois assentaram-se a comer pão. Total insensibilidade;
mostraram-se cruéis e desumanos, como se José fosse um objeto
inanimado, porque nem mesmo com um animal se comete tamanha
crueldade. Quem sabe entre sorrisos e piadas, estavam folgando e
dizendo: Acabaram-se sonhos e sonhador.
Enquanto comiam, levantaram os olhos, e viram uma caravana de
ismaelitas que se aproximava. Ismaelitas, descendentes de Ismael, filho
de Abraão, com a escrava Agar. Judá teve então, ( entre aspas ) uma
“brilhante” ideia. Disse a seus irmãos: Que proveito haverá em que
matemos a nosso irmão e escondamos a sua morte? Não foi um ato de
piedade e de misericórdia para com o jovem José, mas sim, a
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probabilidade de obtenção de lucro, de ganhar algum dinheiro, não se
importando com a sua origem. Se o matarmos e ocultarmos o seu cadáver,
nada ganharemos; se o vendermos, ficaremos para sempre livres dele
como tanto desejamos, e ainda ganharemos algum dinheiro. Genial, não
achas? Sim, genial; concordaram seus irmãos.
José é vendido aos ismaelita e levado ao Egito.
v. 28.
28 – Passado, pois, os mercadores midianitas, tiraram, e alçaram José da
cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais
levaram José ao Egito.
Sem saber, os irmãos de José estavam contribuindo para que os
planos e propósitos de Deus se cumprissem. Então eles veriam o que seria
de seus sonhos.
Venderam José aos ismaelitas por trinta moedas de prata. José é
uma bela figura do senhor Jesus Cristo, que também foi vendido por seus
irmãos por trinta moedas de prata. ( Mt. 26: 14 – 16 ).
Judá depois de ter sugerido a venda de José aos ismaelitas e a venda
ter se concretizado,
Judá, depois de ter sugerido a venda de José a caravana de
ismaelitas, e a vendo ter acontecido, separa-se de seus irmãos e foi viver
em Adulão; onde se comportou como um homem ímpio,
O desespero de Rubem pelo desaparecimento de José.
V. V. 29 -30;
29 – Tornando, pois, Rubem à cova, eis que José não estava na cova; então
rasgou as suas vestes.
30 – E tornou à seus irmãos, e disse: O moço não aparece; e, eu, aonde irei?
Já vimos que Rubem sugeriu que jogassem José numa cova do
deserto, porque ele tinha a intenção de devolvê-lo a seu pai. ( v. 22 ).
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Rubem se ausentou de seus irmãos o tempo suficiente para que esta
transação comercial acontecesse. Tonando à cova onde haviam lançado
José e não o encontrando, entrou em pânico. Rasgou as suas vestes. Na
cultura da época rasgar as vestes era sinal de desespero e grande aflição.
Rubem, sendo o filho primogênito de Jacó, sentia-se responsável por seu
irmão menor. Que explicação darei a meu pai, qual foi o paradeiro do
moço? Esta atitude de Rubem prova que ele não estava presente na trama
de seus irmãos.
Jacó é enganado pelos seus filhos
V. V. 31 – 35.
31 – Então, tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a
túnica no sangue.
32 – E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram leva-la a seu pai, e
disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a
túnica de teu filho.
33 – E conheceu-a, e disse: É a túnica de meu filho; uma besta fera o
comeu, certamente foi despedaçado José.
34 – Então, Jacó rasgou as suas vestes, e pôs panos de saco sobre seus
lombos, e lamentou a seu filho muitos dias
35 – E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o
consolarem; recusou, porém ser consolado e disse: Na verdade, com choro
hei de descer a meu filho até a sepultura. Assim, o chorou seu pai.
Os irmãos de José se mostraram insensíveis, frios e calculistas, não
tiveram misericórdia de seu irmão menor, quando ele lhes suplicava e
pedia clemência. ( Gn. 42: 21 ). Também não tiveram qualquer
complacência com o velho patriarca Jacó, sabendo o quanto Jacó amava
aquele filho, a reação que podia lhe causar tão chocante notícia.
Foi um crime muito bem planejado; eles só não sabiam que trinta
anos após aproximadamente, tudo seria revelado; o hediondo crime viria à
tona. Disse o Senhor Jesus: “Portanto, não os temais, porque nada há
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encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saberse.” ( Mt. 10: 26 ).
Tinham que dar uma explicação a Jacó; certamente ele lhes
perguntou por José. “Eu enviei José a ver vocês e os rebanhos, e me trazer
notícias, e ele não voltou, ele esteve lá”? Vocês o viram?”
Que situação complicada, o que iriam dizer a Jacó? Um deles, não
sabemos quem, teve a brilhante ideia. É muito simples, matemos um
cabrito do rebanho, ensopemos a capa de várias cores no sangue do
cabrito, e diremos a nosso pai; achamos esta capa no campo, reconhece-a,
e vê se é a capa do teu filho José.
Jacó, imediatamente reconhece a capa de várias cores, que com
tanto amor e ternura fizera para seu filho José. É, esta é a capa de meu
filho José; uma besta fera o comeu, certamente foi despedaçado José.
Uma profunda dor, e uma insuportável angústia se apoderaram do
extremoso pai; meu filho José, uma besta fera o matou, nada pode me
consolar.
Hipocritamente, seus filhos que o haviam vendido vieram consolar
Jacó. Está escrito que todos os seus filhos e todas as suas filhas, isto é; a
família toda. Filhas deve se referir a netas e bisnetas, a família já era
muito grande.
Nada poderia consolar aquele coração tão machucado. Jacó rasgou
as suas vestes, cobriu-se de saco, e entregou-se ao pranto. Diante da
insistência dos filhos, ele declarou: Com dor fareis descer minhas câs,
(meus cabelos brancos ) à sepultura. É impossível calcular a dor, a
angústia a profunda dor que entrou na alma de Jacó. De fato a inveja é do
diabo; ela leva seus possuidores a práticas das mais hediondas e
desprezíveis. Tenhamos bastante cuidado; se percebermos qualquer sinal
desse tão triste e perigoso mal, o expulsemos de nossas vidas; em nome
de Jesus.
José é vendido no Egito.
V. 36.
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36 – E os midianitas venderam-no no Egito a Potifar, eunuco de Faraó,
capitão da guarda.
Que mudança brusca na vida desse jovem crente. De, o queridinho e
protegido do papai, de possuidor da túnica de várias cores, símbolo de
liderança, e autoridade, para um escravo vendido num mercado no Egito.
Certamente Satanás não perdeu tempo em dizer à sua mente. Então, José;
o Deus de teus pais Abraão, Isaque e Jacó, não pode te proteger, veja bem
onde você veio parar. Escravo. Escravo dos midianitas, e agora dos
Egípcios. Qual será o teu fim? Dos teus irmãos que te venderam
certamente você não sentirá nenhuma falta; mas nunca mais você verá teu
irmão caçula, o Benjamim, nem o teu pai Jacó que agora chora, e está
inconsolável; acreditando que você foi comido por uma fera.
Agora você está no Egito, a cultura aqui é outra, a religião é outra,
São outros deuses, não seja fanático para que as coisa não fiquem pior.
Esta certamente foi a mensagem do diabo; mas José tinha arraigado
em seu coração o verdadeiro Deus, que seu pai havia lhe ensinado. E disso
ele deu provas diante das muitas provações que enfrentou.
José em casa de Potifar; eunuco de Faraó, e capitão de guarda.
39. 1- 6.
1 – E José foi levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó capitão da
guarda, varão egípcio, comprou-o das mãos dos ismaelitas que o tinham
levado lá.
2 – E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na
casa de seu senhor egípcio.
3 - Vendo pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele e que tudo
o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão.
4 - José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua
casa e entregou em suas mãos tudo o que tinha.
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5 – E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre
tudo o que tinha o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor a José; e a
bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.
6 – E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada
sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era
formoso de aparência e formoso à vista.
Potifar, eunuco de Faraó, e capitão da guarda; uma alta autoridade
egípcia; comprou José dos ismaelitas, certamente em um mercado de
escravos. José agora era uma propriedade de Potifar. Potifar tinha sobre
José plenos poderes; inclusive de vida ou de morte.
Potifar comprou José, levou-o para sua casa, e não tinha a menor
ideia de quão valoroso era aquele jovem escravo. Jamais passaria pela
cabeça de Potifar que após alguns anos, as coisas se inverteriam. José
passaria a ser o seu senhor.
Uma coisa Potifar pode notar; depois que José entrou em sua casa,
as coisas começaram mudar para melhor; o senhor era com José; e tudo o
que José fazia o Senhor prosperava.
O seu senhor vendo que aquele escravo era abençoado por Deus, era
hábil, aplicado, mostrou-se digno de confiança, era uma verdadeira
testemunha do verdadeiro Deus na casa de um egípcio. Por esse bom
testemunho, José tornou-se o mordomo da família.
Deus tinha algo muito maior para José, os seus sonhos se
cumpririam; mas, antes de atingir o ápice daquilo que Deus planejara, ele
deveria passar por grandes provações e atravessar um vale muito profundo
e escuro. Mas Deus era com ele. ( “Ainda que eu andasse pelo vale da
sombra da morte, não temeria mal algum; porque tu estás comigo, a tua
vara e o tu cajado me consolam.” Sl. 23: 4 ).
José em casa de Potifar é fortemente tentado.
V. V 7 – 13.
13
7 – E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor
pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo.
8 – Porém ele recusou e disse a mulher de seu senhor: Eis que o meu
senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo
o que tem.
9 – Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me
vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher; como, pois, como faria eu este
tamanho mal e pecaria contra Deus?
10 – E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele
ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia,
que veio à casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali.
12 – E ela lhe pegou pela veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele
deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.
13 – E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão
e fugira para fora.
O texto sagrado diz que José era formoso de aparência, e formoso à
vista. Está escrito também que Potifar era eunuco de Faraó. Diz-se eunuco
de homens que eram castrados para servirem no harém do rei. Há uma
tradição oriental que diz que muitos eunucos se casavam, mas nunca
geraravam. Segundo esta tradição, a mulher de Potifar chamava-se
Zuleica, e era uma mulher virtuosa; mas diante da aparência de José, ela
capitulou.
Pensemos bem na situação de José; a mulher de Potifar era sua
patroa, tinha sobre ele direitos absolutos; José era um jovem sadio, com
cerca de dezessete a vinte anos de idade; ocasião em que os neurônios
estão à flor da pele. Certamente a mensagem da antiga serpente que se
chama diabo e Satanás, veio à sua mente. José, que bela oportunidade de
sucesso; ela é tua senhora, você será exaltado, não perca a oportunidade.
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Era uma astuta cilada do diabo para frustrar o plano de Deus, os
sonhos de José iriam de água abaixo, e a desgraça na vida daquele jovem
se manifestaria. Quando a Sra. Zuleica, a esposa de Potifar veio tentar
José, não deve ter vindo com muita roupa, deve ter se apresentado de
forma sedutora, tornando mais difícil a resistência de José.
O apelo veemente da mulher de Potifar. Vem, deita-te comigo. Isso
não aconteceu uma única vez, aconteceu por vários dias a fio, e José
sempre resistindo. Ela então urdiu uma estratégia; de cuja estratégia José
não poderia fugir. Esperou um dia em que não estava ninguém na casa,
ficando só, talvez ela mesma tenha dado alguma tarefa aos empregados
fora de casa para ficar só com José, e tentar mais uma vez a realização de
seu desejo.
Certamente era uma casa muito grande, era a casa de um alto oficial
de Faraó, deveria ter muitos quartos, muitas acomodações, José vinha
realizar suas obrigações, que bela oportunidade, estavam só os dois na
grande casa. A mulher veio mais afoita, desta, vez não ficou em palavras,
ela o agarrou pela sua veste, e quase que ordenou: Vem, deita-te comigo.
Ele deixou sua veste na mão dela e fugiu. Uma mulher ferida no seu
orgulho é muito perigosa. Toda atração que ela sentia por ele tonou-se em
ódio mortal. A mais cruel vingança, talvez não curasse seu orgulho ferido.
José caluniado
v.v. 14 - 18
14 – Chamou os homens da sua casa e falou-lhes dizendo: Vede,
trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós; entrou até mim para
deitar-se comigo, e eu, gritei com grande voz.
15 – E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e
gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora.
15
16 - E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor viesse à
casa.
17 – Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras dizendo: Veio a
mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escarnecer de mim.
18 – E aconteceu que, levantando eu a minha voz e gritando, ele
deixou a sua veste comigo e fugiu para fora.
A mulher de Potifar, vendo o seu plano de adultério frustrado, seu
amor próprio ferido, sua indignação, “um escravo, que deveria sentir-se
orgulhoso da oportunidade que lhe dei, me rejeita, é muita petulância”!
Deixou as vestes de José junto de si como testemunha de sua
calúnia, chamou os homens da sua casa, como que pedindo socorro das
ameaças do escravo hebreu, e as conservou até a chegada do seu marido;
a quem ela fez a sua queixa, talvez até forçando um choro fingido, para dar
a impressão de sua “honestidade”.
Pela atitude de Potifar, parece que ele não levou muito a sério a
acusação, talvez não confiasse muito na sinceridade de sua mulher. Pela
gravidade da acusação ele poderia ter mandado matar a José, pois tinha
sobre ele plenos poderes; não o fez, mandou que o recolhessem numa
prisão especial destinada aos funcionários do palácio real.
José na Prisão
V. V, 19 – 23.
19 – E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua
mulher, que lhe falava dizendo: Conforme estas mesmas palavras me fez o
teu servo, a sua ira se acendeu.
20 – E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere; no
lugar onde os presos do rei estavam presos, assim, esteve ali na casa do
cárcere.
16
21 – O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua
benignidade, e deu-lhe graças aos olhos do carcereiro-mor.
22 – E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os preso que
estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali
23 – E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que
estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo o que ele
fazia o Senhor prosperava.
Por estranho que pareça, mesmo que José não podia compreender o
que lhe estava acontecendo, ele trilhava exatamente dentro do plano de
Deus. Esse era o caminho para que ele chegasse ao lugar que Deus o
revelara por sonhos a muitos anos atrás.
José foi entregue ao carcereiro-mor, que o encerrou no cárcere onde
estavam os presos do rei. Mas o Senhor estava com José. Onde José
estava o senhor estava com ele; O Senhor estava com José em casa de
Jacó, O Senhor estava com José no meio dos seus irmãos, o Senhor estava
com José no mercado de escravos no Egito, o Senhor estava com José na
casa de Potifar, o Senhor estava com José no cárcere, o Senhor estava
com José no palácio real, o Senhor estava com José na administração do
Egito, até que José foi estar com o Senhor.
Um fato curioso na vida de José deve ser observado. Aonde ele
chegava ele era amado; assim como Daniel em Babilônia, e Davi no palácio
de Saul. Porque havia nele um espírito excelente. Aonde ele chegava, ele
era líder. Seu pai reconhecendo essa qualidade em José, fez-lhe uma
túnica de várias cores; símbolo de liderança, em casa de Potifar, ele foi
líder sobre os empregados e demais escravos, no cárcere, ele foi líder
sobre os demais escravos, no Egito, ele foi líder sobre toda a nação. Deus
o qualificou para tal.
Deus começa por José em contato com funcionários
do palácio real
40: 1 – 8.
17
1 – E aconteceu, depois destas coisas, que pecaram o copeiro do rei
do Egito e o padeiro contra o seu senhor, o rei do Egito.
2 - E indignou-se Faraó muito contra os seus dois eunucos, contra o
copeiro-mor e contra o padeiro-mor.
3 – E entregou-os á prisão, na casa do capitão da guarda, na casa do
cárcere, no lugar onde José estava preso.
4 – E o capitão da guarda pô-los a cargo de José, para que os
servisse, e estiveram muitos dias na prisão.
5 – E ambos sonharam um sonho, cada um seu sonho na mesma
noite, cada um conforme a interpretação do seu sonho, o copeiro e o
padeiro do rei do Egito, que estavam presos na casa do cárcere
6 – E veio José a eles pela manhã e olhou para eles e eis que
estavam turbados
7 – Então, perguntou aos eunucos de Faraó, que com ele estavam no
cárcere da casa do seu senhor, dizendo: Porque estão, hoje, tristes o vosso
semblante?
8 – E eles disseram: Temos sonhado um sonho, e ninguém há que o
interprete. E José disse-lhes: Não são de Deus as interpretações? Contaime peço-vos.
José está no cárcere, mas ele goza a confiança do carcereiro chefe.
Ele exerce uma liderança sobre os demais presos. Apesar de encarcerado,
ele se mostra sempre bem humorado, simpático e atencioso com os
colegas de cela. Onde estiver um homem de Deus, não importa se num
salão de festas, num palácio real, ou até mesmo no cárcere, ele está bem.
Daniel estava melhor na cova dos leões, do que o rei Daria no palácio real.
Ananias, Misael e Azarias, estavam melhores na fornalha de fogo ardente,
do que o rei Nabucodonozor sentado no seu trono. Paulo e Silas estavam
melhores no cárcere inferior amarrados de mãos e pés, do que o carcereiro
de Filipos. O Senhor era com José. Por isso tudo ia bem.
Formatado: Cor da fonte: Texto 1
18
O copeiro-mor, e o padeiro-mor de Faraó, cometeram alguma falta
grave, e Faraó ficou muito indignado conta eles, e os mandou para o
cárcere onde José estava. Certamente foram apresentados a José,
colegas de infortúnio. Nesta ocasião José já estava naquele cárcere a
aproximadamente onze anos; fizeram amizade, José era um prisioneiro
animado.
Certa manhã, José ao visita-los, notou que estavam tristes diferentes
do que costumavam estar todos os dias. O que teria acontecido? O preso
estar triste na prisão é natural, mas nessa manhã, se apresentaram mais
tristes do que de costume. Semblante carregado, demonstrando séria
preocupação. José procura transmitir-lhes ânimo, e pergunta o motivo da
preocupação.
Ambos sonharam sonos semelhantes, cada um relacionado com a
sua
profissão. De sonhos, José entendia bem. José aproveita a oportunidade
para falar-lhes do verdadeiro Deus, que certamente eles não conheciam, e
lhes dá um raio de esperança. Se o sonho é vindo de Deus, ele nos dará
também a interpretação. Contem para mim, o que vocês sonharam.
O sonho do copeiro, e sua interpretação.
V. V. 9 – 13.
9 – Então, contou o copeiro-mor o seu sonho a José, e disse-lhe: Eis que
em meu sonho havia uma vide diante da minha face.
10- E na vide três sarmentos, e ela estavam como que brotando; a sua flor
saia, e seus cachos amadureciam em uvas.
11- E o copo de Faraó estava na minha mão, e eu tomava as uvas, e as
espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó,
12- Então, disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: Os três sarmentos
são três dias.
19
13- Dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça e te restaurará
ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume
antigo, quando eras seu copeiro.
Existem sonhos que são meras recapitulações mentais do nosso dia
a dia, existem sonhos que são frutos de noites mal dormidas, e existem
sonhos que são verdadeiras revelações de Deus ao sonhador.
O sonho do copeiro mor de Faraó, olhando de relance, parece uma
simples recordação mental de sua vida profissional; mas ele entendeu que
havia neste sonho uma mensagem dos deuses, segundo suas crenças.
Contou seu sonho a alguns possíveis interpretes, mas ninguém pode dar a
interpretação.
Ninguém pode interpretar o sonho, porque era uma mensagem do
verdadeiro Deus, e os segredos de Deus somente são revelados aqueles
que o temem. ( Sl. 25: 14 ). Deus estava trabalhando em favor de José.
À medida que o copeiro-mor de Faraó ia lhe revelando o sonho, Deus
ia dando a José a correta interpretação. O semblante carregado e triste do
copeiro de Faraó, certamente mudou para um semblante alegre e
descontraído, cheio de esperança. Ele previa agora sua libertação do
cárcere, e seu prestígio profissional restaurado. .
José pede ajuda ao copeiro-mor de Faraó.
V.V. 14 – 15.
14 – Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que use comigo
de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faz-me sair desta
casa.
15 – Porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus, e tampouco aqui
nada tenho feito, para que me pusessem nesta cova.
20
Conforme a interpretação de José, no terceiro dia, o copeiro-mor foi
tirado do cárcere, e restaurado á seu posto de copeiro-mor de Faraó.
Esperava-se que ele se lembrasse de José, fizesse menção de José a
Faraó, O nome e a causa de José sendo levada a maior autoridade do Egito
quem sabe José agora sairia daquele cárcere, era essa pelo menos a
esperança de José. Mas o copeiro-mor de Faraó se esqueceu de José, se
mostrou egoísta, e ingrato. José precisou amargar mais dois anos de
cárcere. Deus tinha para José um plano muito maior e melhor.
O padeiro mor vendo que José interpretara bem o sonho do seu
colega de cela e de profissão, animou-se para contar também o seu sonho
quem sabe alimentando uma esperança de libertação e de restauração à
vida social e profissional; como aconteceu com o copeiro.
O sonho do padeiro-mor e sua interpretação
V. V 16 – 19.
16 – Vendo, então o padeiro mor que tinha interpretado bem, disse a José:
Eu também sonhava, e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha
cabeça.
17 – E, no cesto mais alto, havia de todos os manjares de Faraó, obra de
padeiro; e aves os comiam do cesto de sobre a minha cabeça.
18 – Então, respondeu José e disse: esta é a sua interpretação: os três
cestos são três dias.
19 – Dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça sobre ti e
pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne de sobre ti.
José ouviu atentamente o sonho do padeiro, e deu-lhe a correta
interpretação. O padeiro-mor, e o copeiro-mor tiveram sonhos
semelhantes, mas com interpretação completamente adversa. José
entregou ao padeiro-mor a mensagem com exatidão. Nem sempre o
mensageiro de Deus trás uma mensagem que as pessoas querem ouvir, às
21
vezes o mensageiro precisa trazer uma mensagem de juízo divino, cuja
mensagem não é tão aprazível de ser ouvida, mas é necessária.
Quão difícil foi para José dar a correta interpretação do sonho do
padeiro; é evidente que ele gostaria de dar uma mensagem semelhante a
do copeiro, mas o mensageiro não pode falsificar a mensagem que o
Espírito Santo lhe entrega.
Os sonhos de ambos, do copeiro e do padeiro,
interpretados por José, se cumprem na íntegra. José é
esquecido pelo copeiro.
V.V. 20 – 23.
20 – E aconteceu, ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que
fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiromor, e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos.
21 – E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro, e este deu o
copo na mão de Faraó.
22 – Mas ao padeiro mor enforcou como José havia interpretado.
23 – O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes, se
esqueceu dele.
Três dias após José ter interpretado os sonhos do copeiro-mor e do
padeiro-mor, comemorava-se o dia do nascimento de Faraó. Um grande
banquete foi feito, e a situação dos presos de Faraó foi considerada; ou
julgada.
Não sabemos que tipo de pecado cometeram os dois servos de Faraó,
mas geralmente eram atentados contra a vida de Faraó. Foram julgados, e
o pecado do padeiro foi considerado muito mais grave que do copeiro, o
22
padeiro foi condenado a morte por enforcamento, e o copeiro recebeu
indulto, ou foi considerado inocente; sendo restaurado a sua profissão.
Não deveria o copeiro-mor ao dar a taça na mão de Faraó lembrar-se
de José e fazer menção dele a Faraó? Humanamente falando, sim; Mas
José foi esquecido pelo copeiro-mor, e a vida continuou sem alteração por
mais dois anos. Deus tinha algo maior para José. O nosso tempo e o tempo
de Deus são diferentes; para nós, a resposta a uma oração parece demorar
muito, uma bênção desejada, demora tanto a vir as nossas mãos. Essa
demora é na ótica humana, para Deus, ela vem na hora certa.
Se alguém dissesse a José: Tenha paciência José, você sairá desse
cárcere, e se assentará ao lado de Faraó como primeiro ministro do Egito.
Ele diria: Estão zombando de mim; mas era exatamente esse o plano de
Deus que se cumpriu dois anos após.
“Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e
ouviu o meu clamor.” ( Sl. 40: 1.
Dois sonhos de Faraó.
41: 1 – 7.
1 – E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou e eis
que estava em pé junto ao reio.
2 – E eis quis que subiam do rio sete vacas, formosas á vista e
gordas de carne, pastavam no prado.
3 - E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista
e magras de carne , e paravam juntos as outras vacas na praia do rio.
4-
E as vacas feias à vista e magras de carne comiam as sete
vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.
23
5-
Depois, dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um
mesmo pé sete espigas cheias e boas.
6-
E eis que sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental
brotavam após elas.
7 - E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e
cheias. Então, acordou Faraó, e eis que era um sonho.
Passaram-se dois anos inteiros. Talvez José achasse que Deus o
havia esquecido naquela prisão. A vida corria normalmente no palácio de
Faraó e em todo Egito.
Mas, o tempo de Deus chegara; e Deus meche com Faraó no seu leito
de dormir. Não foi essa a única vez que Deus meche com um rei em favor
de seu servo. Em prol de Daniel na cova dos leões, o rei Dario perdeu o
sono e passou a noite acordado, jejuou a noite toda, e não quis ouvir
música. ( Dn. 6: 18.) Por Mardoqueu e todo povo judeu, Deus tirou o sono do
rei Dario. Como Dario não conseguia dormir, resolveu ler as crônicas do
seu reino; achou registrado que Mardoqueu denunciara uma trama contra a
vida do rei Dario. ( Et. 6: 1 – 3 ).
José parecia estar esquecido naquele cárcere; já havia passado dois
anos desde José interpretara os sonhos do copeiro e do padeiro de Faraó,
o apelo de José para que o copeiro se lembrasse dele, e fizesse menção do
seu nome perante Faraó. Como já temos visto, o copeiro-mor se esqueceu
de José, talvez José dissesse: Todos me esqueceram; morrerei esquecido
neste lúgubre lugar. Todos podiam ter se esquecido de José, menos Deus.
Deus jamais se esquece dos seus servos fieis. “Eu sou pobre e
necessitado, mas o Senhor cuida de mim”. ( Sl. 40: 17 ).
Faraó sonhou; sonhou duas vezes, e percebeu que aqueles sonhos
não eram sonhos comuns.
24
O que significam esses sonhos? Que
mensagens estarão neles embutidas?
v. v. 8 16.
8 – E aconteceu que, pela manhã, o seu espírito perturbou-se, e
enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito e todos os seus sábios; e
Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que os
interpretasse a Faraó.
9 – Então, falou o copeiro mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados
me lembro hoje.
10Estando Faraó mui indignado contra os seus servos e pondo-me sob prisão
na casa da guarda, a mim e ao padeiro-mor.
11 – Então, sonhamos um sonho na mesma noite, eu e ele, cada um
conforme a interpretação do seu sonho.
12 – E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da
guarda, e contamos-lhes, e interpretou- nos os nossos sonhos, a cada um
interpretou conforme o seu sonho
13 – E como ele nos interpretou, assim mesmo foi feito, a mim me fez
tornar ao meu estado, e a ele fez enforcar.
14 – Então, enviou Faraó e chamou a José, e o fizeram sair logo da
cova, e barbeou-se, e mudou as suas vestes, e veio a Faraó.
15 – E Faraó disse a José: Eu sonhei um sonho, e ninguém há que o
interprete; mas de ti ouvi dizer que, quando ouves um sonho o interpretas.
16 – E respondeu José a Faraó, dizendo: isso não está em mim; Deus
dará resposta de paz a Faraó.
25
Deus começa a agir para exaltar o seu servo José. Faraó acorda
perturbado; o que significa esses sonhos? Ele percebeu não se tratar de
um sonho comum.
Primeira providência; convocar os sábios, os conselheiros do rei, os
adivinhos; vamos ouvir e analisar os sonhos do rei. Depois de ouvir
atentamente, perceberam que não tinham capacidade para interpretar os
sonhos de Faraó. Porque os segredos de Deus somente são revelados
aqueles que lhe são tementes. (Sl. 25: 14 ).
A confusão se instalou no palácio real, a perturbação de Faraó
aumentou; quem me poderá interpretar esses sonhos? Em meio a esta
agitação, o copeiro-mor se lembra de José.
Havia se passado dois anos, a memória do copeiro se reportou a seus
dias de prisão, lembrou-se de José, Fez um relato a Faraó do ocorrido na
prisão, e de um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, que ouvindo os
sonhos dele, o copeiro, e do padeiro, deu-lhes a perfeita interpretação, e
como interpretou, aconteceu exatamente.
Ouviu o relato do copeiro, José seria a última pessoa que ele
chamaria para tal função. Não era um ancião, era um jovem; não era
egípcio, era hebreu, não era de sangue azul, era servo (escravo) de Potifar
capitão da guarda, e além de tudo, era prisioneiro.
Muitos anos mais tarde aconteceu a mesma coisa no palácio de
Babilônia, ao rei Nabucodonozor. ( Dn. 2: 1 – 18 ).
Imediatamente Faraó mandou trazer José à sua presença. Foi um
emissário do rei busca-lo na prisão.
Qual teria sido a surpresa de José quando o carcereiro lhe disse:
José, depressa; se prepare você será levado à presença de Faraó.
Imediatamente José tirou as vestes de prisioneiro, barbeou-se, e foi
apresentar-se a Faraó.
José introduzido à presença do rei, este não lhe perguntou a razão de
sua prisão, não lhe perguntou por que sendo hebreu estava no Egito, nada
lhe perguntou sobre Potifar seu senhor. Tudo o que Faraó queria, era a
intepretação do seu sonho.
Disse Faraó a José: Eu sonhei um sonho, e ninguém há que o
interprete, mas ouvi de ti, que, quando ouves um sonho, logo o interpretas.
José não se vangloriou não se apresentou como interpretador de sonhos
reconheceu perante Faraó que não era uma virtude própria, tributou a Deus
a glória que lhe é devida. O servo de Deus é humilde. A humildade é uma
marca dos verdadeiros servos de Deus.
Faraó relata a José os seus sonhos. V.V. 17 – 24.
26
17 – Então, disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em
pé na praia do rio.
18 – E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à
vista e pastavam no prado.
19 – E eis que sete vacas subiam após estas, muito feias à vista e
magras de carne; não tinha visto outras tais, quanto a fealdade em toda
terra do Egito.
20 – E a vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas
gordas.
21 – E entravam em suas entranhas, mas não se conheciam que
haviam entrado em suas entranhas; porque o seu aspecto era feio como no
princípio. Então, acordei
22 - Depois, vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé, subiam
sete espigas cheias e boas.
23 – E eis que sete espigas secas, e miúdas e queimadas do vento
oriental brotavam após elas.
24 – E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu
disse-o aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
Deus revelou a Faraó através de sonho o que estava para acontecer
ao Egito, e a todo mundo de então. Faraó não conhecia o verdadeiro Deus,
também não poderia entender sua mensagem. Os sábios do Egito, os
conselheiros de Faraó, os adivinhos, também não puderam entender. Mas,
estava no Egito um servo do verdadeiro Deus. Aos seus servos, Deus
revela os seus segredos. ( Am. 3: 7 ).
As vacas gordas e bonitas, subindo do Rio Nilo. As vacas magras e
feias, também subindo do Rio Nilo. As vacas magras e feias engolindo as
vacas gordas e bonitas. Sete espigas cheias e bonitas, também subiam do
Rio Nilo, e sete espigas secas e feias, também subindo do Rio Nilo. As
espigas secas e feias devoravam as espigas cheias e bonitas. Nisto
consistia os dois sonhos de Faraó.
À medida que José ia ouvindo o relato dos sonhos, o Espírito de Deus
ia revelando a interpretação. O sonho é um só; revelado duas vezes com
figuras diferentes.
O sonho interpretado vem o sábio conselho de José. Um jovem
prisioneiro sai da prisão, e dá conselhos ao rei do Egito. É coisa de Deus.
José interpreta os sonhos de Faraó, e lhe dá conselhos.
V.V 25 – 36.
27
25 – Então, disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que
Deus há de fazer notificou-o a Faraó.
26 - As sete vacas formosas são sete anos; as sete espigas formosas
também são sete anos; o sonho é um só.
27 - E as sete vacas magras e feias à vista que subiam depois delas
são sete anos, como as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental
serão sete anos de fome.
28 - Esta é a palavra que tenho dito a Faraó, o que Deus há de fazer,
mostrou-o a Faraó.
29 - E eis que vem sete anos, e haverá grande fartura em toda terra
do Egito.
30 – E, depois deles, levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela
fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra.
31 - E não será conhecida a abundância na terra, por causa da
grande fome que haverá depois, porquanto será gravíssima.
32 – E o sonho foi duplicado duas vezes a Faraó, é porque esta coisa
é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la.
33 - Portanto, Faraó se proveja agora de um varão inteligente e sábio
e o ponha sobre a terra do Egito.
34 – Faça isso Faraó, e ponha governadores sobre terra, e tome a
quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura.
35 - E ajuntem toda a comida desses bons anos;/ que veem, e
ajuntem trigo debaixo da mão de Faraó para mantimento nas cidades e o
guardem.
36 – Assim, será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos
que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
Não havia ninguém no Egito que pudesse entender os sonhos de
Faraó, nem mesmo prever os sete anos de fartura, e os sete anos de fome.
Tudo isso comprova que Deus tem em suas mãos o absoluto controle de
todas as coisas. Não havia uma razão aparente de haver fome no Egito;
pelo menos não temos informação de falta de chuva, nem de excesso.
Fatores que poderia prejudicar a produção de alimentos. Certamente foi
um recurso de Deus para exaltar seu servo José.
Além de interpretar com precisão os sonhos de Faraó, José lhe deu
instruções para atravessar esse período sem causar maiores danos aos
egípcios, e aos povos vizinhos.
28
Faraó ficou maravilhado com a sabedoria do jovem hebreu; e, de
comum acordo com seus conselheiros, nomeou José como primeiro
ministro no Egito. Deus o tirou do cárcere, e o colocou no trono do país
mais poderoso da época.
Se alguém profetizasse para José lá no cárcere dizendo: José, Deus
vai tirar você desse cárcere, e fazer de você a maior autoridade do Egito,
você vai sentar-se ao lado de Faraó. Possivelmente ele duvidaria. Porque
isso vai acontecer? Nem mesmo egípcio eu sou, sou estrangeiro e escravo,
além disso, um prisioneiro. Mas Deus faz muito além daquilo que pedimos
ou pensamos. ( Ef. 3: 20 ).
De um escravo prisioneiro, José torna-se governador do Egito.
V. V. 37 – 45.
37 - E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos
os seus servos.
38 - E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este,
em que haja o Espírito de Deus?
39 – Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto,
ninguém há tão inteligente e sábio como tu.
40 – Tu estarás sobre a minha casa , e por tua boca se governará
todo meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.
41 – Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda terá
do Egito.
42 – E tirou Faraó o anel de sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez
vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
43 – E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante
dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito.
44 – E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém
levantará a sua mão ou o seu pé em toda terra do Egito.
45 – E chamou Faraó o nome de José: Zafenate-Panéia e deu-lhe por
mulher a Asenate filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda
a terra do Egito.
29
Possivelmente José tenha se assustado; eu sabia que Deus iria me
abençoar, mas não esperava tanto. Isso é só o começo José; Deus ainda
tem muitas bênçãos para te dar.
Faraó reconhece que em José está o Espírito de Deus. Ele não disse
o espírito dos deuses, como se dizia no paganismo, mas o Espírito de Deus.
Deus estava sendo glorificado no Egito por intermédio se seu servo José.
Faraó tirou o anel de ouro de sua mão, e o pôs na mão de José,
mandou que lhe vestissem de linho fino. O anel de ouro da mão de Faraó,
símbolo de autoridade. Nesse anel estava gravado o nome de Faraó; José
podia agir em nome de Faraó, e selar com seu anel qualquer documento.
Vestido de linho fino, e colar de ouro de ouro no pescoço, era a maneira
que se vestiam os nobres da corte.
Que repentina e grande transformação; de vestes de prisioneiro,
(uniforme do presídio ) para vestes da nobreza, linho fino. Do crachá de
preso pendurado ao pescoço, para um colar de ouro usado pelo rei. De
escravo de Potifar, para senhor do Egito.
Lendo a história de José numa perspectiva humana não parece um
romance de ficção? Mas, não é nenhum romance, nem uma história fictícia
inventada por qualquer mente humana. É a Palavra de Deus, um
acontecimento real, escrito para o nosso ensino, e para fortalecer a nossa
fé,
E o fez subir no segundo carro que tinha, o primeiro carro era o de
Faraó, e o segundo carro da segunda maior autoridade do Egito. E
clamavam diante dele: Ajoelhai. Esse era o diário oficial da época.
José tornou-se a partir daquele memento a segunda maior autoridade
do Egito.
José teve seu nome mudado para Zafenate-Panéia. ( Palavra egípcia
que significa Salvador do mundo. ) José foi uma bela figura de Nosso
Senhor Jesus Cristo; além da mudança de nome, por outras razões que
veremos nos capítulos subsequentes.
Faraó dá por mulher a José, Asenate, filha de Potífera, sacerdote de
Om. Om, Om, pertencente ao sol. Era a cidade do sol.
José se casou com uma mulher pertencente a nobreza do Egito, A
classe sacerdotal era considerada a Elite da sociedade egípcia.
Começa a se cumprir o sonho de Faraó.
Sete anos de abundância.
v. v. 46 – 49.
30
46 – E José era da idade de trinta anos quando esteve diante da face
de Faraó, rei do Egito. E saiu José da face de Faraó e passou por toda a
terra do Egito.
47 – E a terra produziu nos sete anos de fartura a mãos-cheias.
48 - E ajuntou todo mantimento dos sete anos que houve em toda
terra do Egito ; e guardou o mantimento nas cidades, pondo nas cidades o
mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade.
49 – Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até
que cessou de contar, porque não havia numeração.
José foi vendido por seus irmãos na terra de Canaã aos dezessete
anos e idade, ( 37: 2 ) durante treze anos, ele esteve em casa de Potifar,
esteve encarcerado, e aos trinta anos foi elevado a governador do Egito.
José começou logo a trabalhar. Saiu do palácio de Faraó, e começou
a percorrer a terra do Egito. Eram os sete anos de fartura; José estava
bem ciente de que aquela fartura era por sete anos, e depois viria os sete
anos de fome. É muito perigoso nos acostumarmos com a fartura, e termos
a sensação de que ela não terá fim; descuidarmos-nos e sermos
apanhados de surpresa pela pobreza.
Estas providências de José foram verdadeiras aulas de
administração. Como seria bom se nossos governantes apendessem com a
Palavra de Deus. Toda população sofreria muito menos. Esse mesmo
método podemos aplicar em nossos lares, nossas vidas, e nos momentos
de crise, sofremos muito menos. Essa é a técnica da previdência.
José armazenou mantimento suficiente durante os sete anos de
fartura, para poder suportar os sete anos de escassez que viria logo a
seguir. E graças a estas providências de José, que a população de Egito e
dos países vizinhos, e a própria família de José que já era composta por
setenta e duas pessoas, não pereceram pela fome.
José constitui família no Egito
V.V. 50 – 52.
50 – E nasceram a José dois filhos ( antes que viesse o ano de fome ),
que lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
51 – E chamou José o nome do primogênito Manasses, porque disse:
Deus me fez esquecer de todo meu trabalho e da casa de meu pai.
52 – E o nome do segundo chamou Efraim, porque disse: Deus me fez
crescer na terra da minha aflição.
31
Deus deu a José dois filhos; o primogênito José o chamou Manasses,
que significa: Quem faz esquecer. É bom nos lembrar sempre das coisas
boas, das bênçãos de Deus, das vitórias obtidas, e nos esquecer daquilo
que nos traz tristes recordações. Diz o apóstolo Paul: “Pelo que
esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo pelo
prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus meu Senhor. ( Fp. 3: 13,14 ).
O segundo filho, José o chamou Efraim; significa fértil. Deus me fez
fértil na terra da minha aflição. Notemos como José vivendo entre um povo
pagão, de cultura pagã, não se deixou envolver; conservou-se como um
homem temente a Deus.
Os sete anos de fome.
V. V. 53 – 57.
53 – Então, acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do
Egito.
54 – E começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e
havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 – E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por
pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José, o que ele vos disser
fazei.
56 – Havendo, pois, fome em toda a terra, abriu José tudo em que
havia mantimento e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na
terra do Egito.
57 – E todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José,
porquanto a fone prevaleceu em todas as terras.
Passaram-se os sete anos de fartura; chegaram os anos da fome. O
tempo das vacas magras, e das espigas secas. Aos desavisados, chegou o
tempo de angústia; os avisados e prudentes, tinham alimento. ( Pv. 6: 6,7 )
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê
sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no
verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.”
No Egito havia um homem sábio, prudente e trabalhador, um servo de
Deus. José.
As aflições que este jovem sofreu, dos dezessete aos trinta anos de
idade, é difícil de comentar; mas, apesar de toda aflição, conservou o
temor Deus, e Deus o honrou.
José, como figura de Jesus: Foi rejeitado pelos seus irmãos. ( Gn 37:
18 – 20, Jo. 19: 4 – 7 ). Foi vendido pelos seus irmãos, por vinte moedas de
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prata. ( Gn. 37: 28 ) Jesus foi vendido por trinta moedas de prata. ( Mt. 26:
14 – 15 ). José foi humilhado, de senhor passou a ser escravo. ( Gn. 39: 1 )
Jesus sendo Deus, fez-se homem. ( Fp. 2: Fp. 2: 5 – 8 ). José recebeu o
nome de Zafenate-Panéia= Salvador do mundo. Jesus significa: Jeová
salva. ( Mt. 1: 20-21 ). Os irmãos de José o reconheceram, e se
reconciliaram com ele. ( Gn. 45: 1 – 4 ). Os judeus reconhecerão Jesus
quando ele vier para livrá-los na batalha do Armagedom; e se reconciliarão
com ele. ( Zc. 12: 10 – 14, 13: 6 ).
Amém.
Pr. José Serafim de Oliveira.
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