1 A saga de José. Gn. 37, 39 - 41. 06 / 10 / 20’5.] A história de José, filho de Jacó e Raquel, é uma das mais emocionantes histórias do Antigo testamento; Começa no capítulo 37 de Gênesis, é interrompida no capítulo 38 para intercalar a história de Judá e Tamar, recomeça no capítulo 39, e termina no capítulo 50. Portanto, doze capítulos do livro de Gênesis, são dedicados a emocionante história de José. Raquel sua mãe morreu de parto no nascimento de Benjamim o filho caçula de Jacó, no ano 1700 a/C, José nasceu no ano 1716 a/C. Ficou órfão de mãe aos dezesseis anos de idade. Era o filho predileto de Jacó, por ser filho de Raquel, a mulher amada de seu pai. Gn. 37: 1 – E Jacó habitou nas terras das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2- Estas são as gerações de Jacó; sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos, e estava estas jovens com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai. Jacó demonstra uma preferência por José, fazendo-lhe uma túnica de várias cores. 3 – E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. 2 Jacó deveria estar nesta época com aproximadamente cento e seis anos, e está escrito que ele amava mais a José do que a todos os seus irmãos, porque José era o filho de sua velhice. José apascentava as ovelhas de seu pai, com os seus irmãos Dã, e Naftali, filhos de Bila concubina de Jacó, e com Gade e Aser, filhos de Zilpa, também concubina de Jacó. Está escrito que José trazia má fama de seus irmãos a seu pai Jacó. Os irmãos de José o odiavam, talvez por causa da má fama que José trazia deles a seu pai Jacó, e para complicar ainda mais a situação, Jacó lhe fez uma túnica de várias cores. Esta túnica era um símbolo de liderança e autoridade sobre seus irmãos; deveria pertencer ao filho primogênito, Rubem. Mas Rubem por ter profanado o leito de seu pai, perdeu o direito a primogenitura, passando este direito aos filhos de José. ( I Cr. 5: 1 ). Jacó não foi suficientemente prudente, e causou intrigas e transtorno na família. É um grave erro dos pais mostrarem preferência por um filho em detrimento de outros. Dois sonhos proféticos de José. 5 – Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6 – E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado. 7 – Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. 8 – Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Por isso tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras. 9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 3 10 – E contando-o a seu pai e a seus irmãos repreende-o seu pai e disselhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? 11 - Seus irmãos pois o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio em seu coração. Jacó guardava este negócio no seu coração. Aparece esta expressão duas vezes na Bíblia. Esta com Jacó, e outra se refere a Maria, mãe de Jesus por ocasião da visita dos pastores de Belém. ( Lc. 2: 19 ). Nossas experiências pessoais com Deus, nem sempre devemos divulga-las, mas devemos guardar no coração. O ódio dos irmãos de José contra ele aumentava, além da preferência demonstrada claramente por Jacó, a túnica da várias cores, agora os sonhos proféticos de José. Seria imprudente da parte de José contar seus sonhos a seus irmãos, deveria contá-los apenas a Jacó, ou seria um plano de Deus, para que, quando se cumprissem, seus irmãos se lembrassem? Parece-me a mim, que era um plano de Deus. Certamente José não entendeu a mensagem desses sonhos, percebeu tratar-se de um sonho incomum, mas o que significa, terá um significado especial? Serei soberano sobre toda a família de meu pai Jacó? Meus irmãos serão meus serviçais? Quantas interrogações sem resposta. Talvez meu pai e meus irmãos terão melhor compreensão. Seus irmãos até parece que tiveram uma melhor compreensão; e se mostraram incomodados. Isso quer dizer que você terá domínio sobre nós, por isso mais o odiavam, tanto por seus sonhos, como por suas palavras. ainda a capa de várias cores podia ser vista como um prenúncio da liderança de José sobre eles. Jacó entendeu que esses sonhos de José era um solene aviso de Deus sobre o futuro de sua família. “Que sonho é este que sonhaste, porventura viremos eu, tua mãe e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?” Sua mãe era impossível, uma vez que ela havia morrido a questão de um ano atrás; quando Jacó disse tua mãe, ele queria referir-se à toda família. Jacó guardava essas coisas no coração. 4 Jacó envia José a seus irmãos. 12 – E seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu pai, junto de Siquem. 13 – Disse, pois, Israel a José: Não apascentam teus irmãos junto de Siquem? Vem, e enviar-te ei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui. 14 – E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos e como está o rebanho, ‘e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siguem. 15 – E, achou-o um homem, porque eis que andava errante pelo campo, e perguntou-lhe o homem dizendo: Que procuras? 16 – E ele disse: procuro meus irmãos, dize-me, peço-te, onde eles apascentam? 17 – E disse aquele homem: foram-se daqui; porque ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu atrás de seus irmãos, e achou-os em Dotã. Certamente Jacó sabia da aversão dos irmãos de José por ele, mas jamais esperava uma atitude tão desleal e violenta. José enviado por Jacó, o representava perante seus irmãos, portanto, deveria ser muito bem recebido por eles. Jacó o enviou a Siquem, pois era em Siquem, que segundo Jacó eles estavam apascentando o rebanho. José foi a Siquem, e não achando seus irmãos e o rebanho, andava errante à procura deles. Um anônimo o viu errante, e indicou-lhe o lugar onde estavam. Ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. Dotã estava na rota para o Egito. José foi a Dotã e achou-os ali. Jamais José poderia imaginar o que lhe esperava. Conhecedor do ódio que seus irmãos nutriam por ele, não esperava uma mui calorosa recepção, mas também não imaginava tanta crueldade. 5 Por estranho que pareça, começava a se cumprir um plano de Deus. Deus que vê o futuro como o presente e o passado, sabia da fome que depois de muitos anos atingiria todos os povos, e José era o instrumento que Deus usaria como o Zafenate-Panéia. ( salvador do mundo ). Os irmãos de José arquitetam um plano sinistro contra ele. V.v. 18 – 22. 18 – E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem. 19 – E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador mor! 20 – Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa dessas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e vejamos que será dos seus sonhos. 21 – E ouvindo-o Rubem, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida. 22 - Também lhes disse Rubem: Não derrameis sangue; lança-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mão nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torna-lo a seu pai. E viram-no de longe; certamente o conheceram de longe pela capa de várias cores. O ódio aflorou, e a inveja se manifestou. Já era um plano sinistro de Satanás para impedir a realização dos planos e propósitos de Deus. Veremos ao longo de nosso estudo que, Satanás se serviu de muitos ardis, para frustrar os planos de Deus. Mas Deus sempre cuidou deste jovem crente, fiel e temente a Deus. A natureza de Satanás não mudou; ele continua urdindo planos sinistros contra os servos de Deus, especialmente aqueles que Deus chama para a sua obra; com a finalidade de impedir a obra de Deus. Tenhamos bastante cuidado, porque o diabo vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. (I Pe. 5: 8. ) 6 Lá vem o sonhador mor; com escárnio e zombaria. Veremos o que será dos seus sonhos. Vamos mata-lo, jugar o cadáver numa cova, e diremos que uma fera o comeu. Insensibilidade total. Vamos mata-lo. Vamos cometer um crime bárbaro. O que diremos depois a nosso pai Jacó? Diremos que uma fera o comeu. Um pecado leva a outro pecado. Primeiro o crime, depois a mentira. Não se preocuparam com a dor que causariam ao velho Jacó, já alquebrado pelos muitos anos de trabalho penoso, talvez o golpe fosse tão rude, que causaria até a morte do velho patriarca. Não pensaram nisso, queriam apenas dar ênfase ao ódio cruel, e a inveja diabólica. Rubem, o filho primogênito de Jacó que perdera o direito a primogenitura por ter profanado o leito de seu pai, ainda exercia uma influência de autoridade sobre seus irmãos, procurou livrar José das mãos de seus irmãos e devolvê-lo a seu pai. Não revelou a seus irmãos sua verdadeira intenção, pois sabia que não seria obedecido. Lançai-o nesta cova que está no deserto, certamente nesta cova, José morreria de fome e sede. Foi isso que os irmãos de José acreditaram; porém, a intenção de Rubem era devolvê-lo a seu pai. José lançado em uma cova. V.V. 23- 27. 23 – E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram a José a sua túnica, a túnica de várias cores que trazia, 24 – E tomaram-no e lançaram-no na cova; porém a cova esta vazia, não havia água nela. 25 – Depois, assentaram-se a comer pão, e levantaram os olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias, e bálsamo, e mirra; e iam levar isso ao Egito. 7 26 – Então, Judá disse a seus irmãos: Que proveito haverá em que matemos a nosso irmão e escondamos a sua morte? 27 – Vinde, e vendemo-lo a estes ismaelitas; e não seja nossa mão sobre ele, porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram. E chegando José a seus irmãos. José em obediência a seu pai Jacó, vinha ver seus irmãos e o rebanho, e levar notícias a seu pai; certamente ele não esperava uma recepção tão adversa. Seus irmãos, porém, ao verem-no de longe, tramaram contra ele. Disseram uns aos outros: Eis lá vem o sonhador mor; vamos mata-lo, e veremos o que será de seus sonhos. Disseram isso com zombaria e escárnio, certamente com muitas gargalhadas. Não sabiam que estavam zombando do próprio Deus, pois foi Deus que revelara esses sonhos a José. E Deus não se deixa escarnecer. (Gl. 6: 7 ) Assim que José se aproximou deles, o agarraram, o despiram da túnica de várias cores, o principal objeto de ódio e de inveja, o humilharam, e o lançaram em uma cova. A cova, porém esta vazia; não havia água nela. Pouco se importavam seus irmãos se houvesse água na cova; se José morresse afogado, ou soterrado na lama. Morte cruel, sem a mínima chance de defesa. O que a inveja pode produzir. Com muita razão escreveu o apóstolo João: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida.” ( I Jo. 3: 15 ). Depois assentaram-se a comer pão. Total insensibilidade; mostraram-se cruéis e desumanos, como se José fosse um objeto inanimado, porque nem mesmo com um animal se comete tamanha crueldade. Quem sabe entre sorrisos e piadas, estavam folgando e dizendo: Acabaram-se sonhos e sonhador. Enquanto comiam, levantaram os olhos, e viram uma caravana de ismaelitas que se aproximava. Ismaelitas, descendentes de Ismael, filho de Abraão, com a escrava Agar. Judá teve então, ( entre aspas ) uma “brilhante” ideia. Disse a seus irmãos: Que proveito haverá em que matemos a nosso irmão e escondamos a sua morte? Não foi um ato de piedade e de misericórdia para com o jovem José, mas sim, a 8 probabilidade de obtenção de lucro, de ganhar algum dinheiro, não se importando com a sua origem. Se o matarmos e ocultarmos o seu cadáver, nada ganharemos; se o vendermos, ficaremos para sempre livres dele como tanto desejamos, e ainda ganharemos algum dinheiro. Genial, não achas? Sim, genial; concordaram seus irmãos. José é vendido aos ismaelita e levado ao Egito. v. 28. 28 – Passado, pois, os mercadores midianitas, tiraram, e alçaram José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito. Sem saber, os irmãos de José estavam contribuindo para que os planos e propósitos de Deus se cumprissem. Então eles veriam o que seria de seus sonhos. Venderam José aos ismaelitas por trinta moedas de prata. José é uma bela figura do senhor Jesus Cristo, que também foi vendido por seus irmãos por trinta moedas de prata. ( Mt. 26: 14 – 16 ). Judá depois de ter sugerido a venda de José aos ismaelitas e a venda ter se concretizado, Judá, depois de ter sugerido a venda de José a caravana de ismaelitas, e a vendo ter acontecido, separa-se de seus irmãos e foi viver em Adulão; onde se comportou como um homem ímpio, O desespero de Rubem pelo desaparecimento de José. V. V. 29 -30; 29 – Tornando, pois, Rubem à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou as suas vestes. 30 – E tornou à seus irmãos, e disse: O moço não aparece; e, eu, aonde irei? Já vimos que Rubem sugeriu que jogassem José numa cova do deserto, porque ele tinha a intenção de devolvê-lo a seu pai. ( v. 22 ). 9 Rubem se ausentou de seus irmãos o tempo suficiente para que esta transação comercial acontecesse. Tonando à cova onde haviam lançado José e não o encontrando, entrou em pânico. Rasgou as suas vestes. Na cultura da época rasgar as vestes era sinal de desespero e grande aflição. Rubem, sendo o filho primogênito de Jacó, sentia-se responsável por seu irmão menor. Que explicação darei a meu pai, qual foi o paradeiro do moço? Esta atitude de Rubem prova que ele não estava presente na trama de seus irmãos. Jacó é enganado pelos seus filhos V. V. 31 – 35. 31 – Então, tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue. 32 – E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram leva-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho. 33 – E conheceu-a, e disse: É a túnica de meu filho; uma besta fera o comeu, certamente foi despedaçado José. 34 – Então, Jacó rasgou as suas vestes, e pôs panos de saco sobre seus lombos, e lamentou a seu filho muitos dias 35 – E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou, porém ser consolado e disse: Na verdade, com choro hei de descer a meu filho até a sepultura. Assim, o chorou seu pai. Os irmãos de José se mostraram insensíveis, frios e calculistas, não tiveram misericórdia de seu irmão menor, quando ele lhes suplicava e pedia clemência. ( Gn. 42: 21 ). Também não tiveram qualquer complacência com o velho patriarca Jacó, sabendo o quanto Jacó amava aquele filho, a reação que podia lhe causar tão chocante notícia. Foi um crime muito bem planejado; eles só não sabiam que trinta anos após aproximadamente, tudo seria revelado; o hediondo crime viria à tona. Disse o Senhor Jesus: “Portanto, não os temais, porque nada há 10 encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saberse.” ( Mt. 10: 26 ). Tinham que dar uma explicação a Jacó; certamente ele lhes perguntou por José. “Eu enviei José a ver vocês e os rebanhos, e me trazer notícias, e ele não voltou, ele esteve lá”? Vocês o viram?” Que situação complicada, o que iriam dizer a Jacó? Um deles, não sabemos quem, teve a brilhante ideia. É muito simples, matemos um cabrito do rebanho, ensopemos a capa de várias cores no sangue do cabrito, e diremos a nosso pai; achamos esta capa no campo, reconhece-a, e vê se é a capa do teu filho José. Jacó, imediatamente reconhece a capa de várias cores, que com tanto amor e ternura fizera para seu filho José. É, esta é a capa de meu filho José; uma besta fera o comeu, certamente foi despedaçado José. Uma profunda dor, e uma insuportável angústia se apoderaram do extremoso pai; meu filho José, uma besta fera o matou, nada pode me consolar. Hipocritamente, seus filhos que o haviam vendido vieram consolar Jacó. Está escrito que todos os seus filhos e todas as suas filhas, isto é; a família toda. Filhas deve se referir a netas e bisnetas, a família já era muito grande. Nada poderia consolar aquele coração tão machucado. Jacó rasgou as suas vestes, cobriu-se de saco, e entregou-se ao pranto. Diante da insistência dos filhos, ele declarou: Com dor fareis descer minhas câs, (meus cabelos brancos ) à sepultura. É impossível calcular a dor, a angústia a profunda dor que entrou na alma de Jacó. De fato a inveja é do diabo; ela leva seus possuidores a práticas das mais hediondas e desprezíveis. Tenhamos bastante cuidado; se percebermos qualquer sinal desse tão triste e perigoso mal, o expulsemos de nossas vidas; em nome de Jesus. José é vendido no Egito. V. 36. 11 36 – E os midianitas venderam-no no Egito a Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda. Que mudança brusca na vida desse jovem crente. De, o queridinho e protegido do papai, de possuidor da túnica de várias cores, símbolo de liderança, e autoridade, para um escravo vendido num mercado no Egito. Certamente Satanás não perdeu tempo em dizer à sua mente. Então, José; o Deus de teus pais Abraão, Isaque e Jacó, não pode te proteger, veja bem onde você veio parar. Escravo. Escravo dos midianitas, e agora dos Egípcios. Qual será o teu fim? Dos teus irmãos que te venderam certamente você não sentirá nenhuma falta; mas nunca mais você verá teu irmão caçula, o Benjamim, nem o teu pai Jacó que agora chora, e está inconsolável; acreditando que você foi comido por uma fera. Agora você está no Egito, a cultura aqui é outra, a religião é outra, São outros deuses, não seja fanático para que as coisa não fiquem pior. Esta certamente foi a mensagem do diabo; mas José tinha arraigado em seu coração o verdadeiro Deus, que seu pai havia lhe ensinado. E disso ele deu provas diante das muitas provações que enfrentou. José em casa de Potifar; eunuco de Faraó, e capitão de guarda. 39. 1- 6. 1 – E José foi levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o das mãos dos ismaelitas que o tinham levado lá. 2 – E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. 3 - Vendo pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão. 4 - José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou em suas mãos tudo o que tinha. 12 5 – E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor a José; e a bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo. 6 – E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de aparência e formoso à vista. Potifar, eunuco de Faraó, e capitão da guarda; uma alta autoridade egípcia; comprou José dos ismaelitas, certamente em um mercado de escravos. José agora era uma propriedade de Potifar. Potifar tinha sobre José plenos poderes; inclusive de vida ou de morte. Potifar comprou José, levou-o para sua casa, e não tinha a menor ideia de quão valoroso era aquele jovem escravo. Jamais passaria pela cabeça de Potifar que após alguns anos, as coisas se inverteriam. José passaria a ser o seu senhor. Uma coisa Potifar pode notar; depois que José entrou em sua casa, as coisas começaram mudar para melhor; o senhor era com José; e tudo o que José fazia o Senhor prosperava. O seu senhor vendo que aquele escravo era abençoado por Deus, era hábil, aplicado, mostrou-se digno de confiança, era uma verdadeira testemunha do verdadeiro Deus na casa de um egípcio. Por esse bom testemunho, José tornou-se o mordomo da família. Deus tinha algo muito maior para José, os seus sonhos se cumpririam; mas, antes de atingir o ápice daquilo que Deus planejara, ele deveria passar por grandes provações e atravessar um vale muito profundo e escuro. Mas Deus era com ele. ( “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum; porque tu estás comigo, a tua vara e o tu cajado me consolam.” Sl. 23: 4 ). José em casa de Potifar é fortemente tentado. V. V 7 – 13. 13 7 – E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo. 8 – Porém ele recusou e disse a mulher de seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem. 9 – Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher; como, pois, como faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? 10 – E aconteceu que falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia, que veio à casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali. 12 – E ela lhe pegou pela veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora. 13 – E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão e fugira para fora. O texto sagrado diz que José era formoso de aparência, e formoso à vista. Está escrito também que Potifar era eunuco de Faraó. Diz-se eunuco de homens que eram castrados para servirem no harém do rei. Há uma tradição oriental que diz que muitos eunucos se casavam, mas nunca geraravam. Segundo esta tradição, a mulher de Potifar chamava-se Zuleica, e era uma mulher virtuosa; mas diante da aparência de José, ela capitulou. Pensemos bem na situação de José; a mulher de Potifar era sua patroa, tinha sobre ele direitos absolutos; José era um jovem sadio, com cerca de dezessete a vinte anos de idade; ocasião em que os neurônios estão à flor da pele. Certamente a mensagem da antiga serpente que se chama diabo e Satanás, veio à sua mente. José, que bela oportunidade de sucesso; ela é tua senhora, você será exaltado, não perca a oportunidade. 14 Era uma astuta cilada do diabo para frustrar o plano de Deus, os sonhos de José iriam de água abaixo, e a desgraça na vida daquele jovem se manifestaria. Quando a Sra. Zuleica, a esposa de Potifar veio tentar José, não deve ter vindo com muita roupa, deve ter se apresentado de forma sedutora, tornando mais difícil a resistência de José. O apelo veemente da mulher de Potifar. Vem, deita-te comigo. Isso não aconteceu uma única vez, aconteceu por vários dias a fio, e José sempre resistindo. Ela então urdiu uma estratégia; de cuja estratégia José não poderia fugir. Esperou um dia em que não estava ninguém na casa, ficando só, talvez ela mesma tenha dado alguma tarefa aos empregados fora de casa para ficar só com José, e tentar mais uma vez a realização de seu desejo. Certamente era uma casa muito grande, era a casa de um alto oficial de Faraó, deveria ter muitos quartos, muitas acomodações, José vinha realizar suas obrigações, que bela oportunidade, estavam só os dois na grande casa. A mulher veio mais afoita, desta, vez não ficou em palavras, ela o agarrou pela sua veste, e quase que ordenou: Vem, deita-te comigo. Ele deixou sua veste na mão dela e fugiu. Uma mulher ferida no seu orgulho é muito perigosa. Toda atração que ela sentia por ele tonou-se em ódio mortal. A mais cruel vingança, talvez não curasse seu orgulho ferido. José caluniado v.v. 14 - 18 14 – Chamou os homens da sua casa e falou-lhes dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós; entrou até mim para deitar-se comigo, e eu, gritei com grande voz. 15 – E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora. 15 16 - E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor viesse à casa. 17 – Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escarnecer de mim. 18 – E aconteceu que, levantando eu a minha voz e gritando, ele deixou a sua veste comigo e fugiu para fora. A mulher de Potifar, vendo o seu plano de adultério frustrado, seu amor próprio ferido, sua indignação, “um escravo, que deveria sentir-se orgulhoso da oportunidade que lhe dei, me rejeita, é muita petulância”! Deixou as vestes de José junto de si como testemunha de sua calúnia, chamou os homens da sua casa, como que pedindo socorro das ameaças do escravo hebreu, e as conservou até a chegada do seu marido; a quem ela fez a sua queixa, talvez até forçando um choro fingido, para dar a impressão de sua “honestidade”. Pela atitude de Potifar, parece que ele não levou muito a sério a acusação, talvez não confiasse muito na sinceridade de sua mulher. Pela gravidade da acusação ele poderia ter mandado matar a José, pois tinha sobre ele plenos poderes; não o fez, mandou que o recolhessem numa prisão especial destinada aos funcionários do palácio real. José na Prisão V. V, 19 – 23. 19 – E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, que lhe falava dizendo: Conforme estas mesmas palavras me fez o teu servo, a sua ira se acendeu. 20 – E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere; no lugar onde os presos do rei estavam presos, assim, esteve ali na casa do cárcere. 16 21 – O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graças aos olhos do carcereiro-mor. 22 – E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os preso que estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali 23 – E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava. Por estranho que pareça, mesmo que José não podia compreender o que lhe estava acontecendo, ele trilhava exatamente dentro do plano de Deus. Esse era o caminho para que ele chegasse ao lugar que Deus o revelara por sonhos a muitos anos atrás. José foi entregue ao carcereiro-mor, que o encerrou no cárcere onde estavam os presos do rei. Mas o Senhor estava com José. Onde José estava o senhor estava com ele; O Senhor estava com José em casa de Jacó, O Senhor estava com José no meio dos seus irmãos, o Senhor estava com José no mercado de escravos no Egito, o Senhor estava com José na casa de Potifar, o Senhor estava com José no cárcere, o Senhor estava com José no palácio real, o Senhor estava com José na administração do Egito, até que José foi estar com o Senhor. Um fato curioso na vida de José deve ser observado. Aonde ele chegava ele era amado; assim como Daniel em Babilônia, e Davi no palácio de Saul. Porque havia nele um espírito excelente. Aonde ele chegava, ele era líder. Seu pai reconhecendo essa qualidade em José, fez-lhe uma túnica de várias cores; símbolo de liderança, em casa de Potifar, ele foi líder sobre os empregados e demais escravos, no cárcere, ele foi líder sobre os demais escravos, no Egito, ele foi líder sobre toda a nação. Deus o qualificou para tal. Deus começa por José em contato com funcionários do palácio real 40: 1 – 8. 17 1 – E aconteceu, depois destas coisas, que pecaram o copeiro do rei do Egito e o padeiro contra o seu senhor, o rei do Egito. 2 - E indignou-se Faraó muito contra os seus dois eunucos, contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor. 3 – E entregou-os á prisão, na casa do capitão da guarda, na casa do cárcere, no lugar onde José estava preso. 4 – E o capitão da guarda pô-los a cargo de José, para que os servisse, e estiveram muitos dias na prisão. 5 – E ambos sonharam um sonho, cada um seu sonho na mesma noite, cada um conforme a interpretação do seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam presos na casa do cárcere 6 – E veio José a eles pela manhã e olhou para eles e eis que estavam turbados 7 – Então, perguntou aos eunucos de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor, dizendo: Porque estão, hoje, tristes o vosso semblante? 8 – E eles disseram: Temos sonhado um sonho, e ninguém há que o interprete. E José disse-lhes: Não são de Deus as interpretações? Contaime peço-vos. José está no cárcere, mas ele goza a confiança do carcereiro chefe. Ele exerce uma liderança sobre os demais presos. Apesar de encarcerado, ele se mostra sempre bem humorado, simpático e atencioso com os colegas de cela. Onde estiver um homem de Deus, não importa se num salão de festas, num palácio real, ou até mesmo no cárcere, ele está bem. Daniel estava melhor na cova dos leões, do que o rei Daria no palácio real. Ananias, Misael e Azarias, estavam melhores na fornalha de fogo ardente, do que o rei Nabucodonozor sentado no seu trono. Paulo e Silas estavam melhores no cárcere inferior amarrados de mãos e pés, do que o carcereiro de Filipos. O Senhor era com José. Por isso tudo ia bem. Formatado: Cor da fonte: Texto 1 18 O copeiro-mor, e o padeiro-mor de Faraó, cometeram alguma falta grave, e Faraó ficou muito indignado conta eles, e os mandou para o cárcere onde José estava. Certamente foram apresentados a José, colegas de infortúnio. Nesta ocasião José já estava naquele cárcere a aproximadamente onze anos; fizeram amizade, José era um prisioneiro animado. Certa manhã, José ao visita-los, notou que estavam tristes diferentes do que costumavam estar todos os dias. O que teria acontecido? O preso estar triste na prisão é natural, mas nessa manhã, se apresentaram mais tristes do que de costume. Semblante carregado, demonstrando séria preocupação. José procura transmitir-lhes ânimo, e pergunta o motivo da preocupação. Ambos sonharam sonos semelhantes, cada um relacionado com a sua profissão. De sonhos, José entendia bem. José aproveita a oportunidade para falar-lhes do verdadeiro Deus, que certamente eles não conheciam, e lhes dá um raio de esperança. Se o sonho é vindo de Deus, ele nos dará também a interpretação. Contem para mim, o que vocês sonharam. O sonho do copeiro, e sua interpretação. V. V. 9 – 13. 9 – Então, contou o copeiro-mor o seu sonho a José, e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face. 10- E na vide três sarmentos, e ela estavam como que brotando; a sua flor saia, e seus cachos amadureciam em uvas. 11- E o copo de Faraó estava na minha mão, e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó, 12- Então, disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: Os três sarmentos são três dias. 19 13- Dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça e te restaurará ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro. Existem sonhos que são meras recapitulações mentais do nosso dia a dia, existem sonhos que são frutos de noites mal dormidas, e existem sonhos que são verdadeiras revelações de Deus ao sonhador. O sonho do copeiro mor de Faraó, olhando de relance, parece uma simples recordação mental de sua vida profissional; mas ele entendeu que havia neste sonho uma mensagem dos deuses, segundo suas crenças. Contou seu sonho a alguns possíveis interpretes, mas ninguém pode dar a interpretação. Ninguém pode interpretar o sonho, porque era uma mensagem do verdadeiro Deus, e os segredos de Deus somente são revelados aqueles que o temem. ( Sl. 25: 14 ). Deus estava trabalhando em favor de José. À medida que o copeiro-mor de Faraó ia lhe revelando o sonho, Deus ia dando a José a correta interpretação. O semblante carregado e triste do copeiro de Faraó, certamente mudou para um semblante alegre e descontraído, cheio de esperança. Ele previa agora sua libertação do cárcere, e seu prestígio profissional restaurado. . José pede ajuda ao copeiro-mor de Faraó. V.V. 14 – 15. 14 – Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que use comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faz-me sair desta casa. 15 – Porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus, e tampouco aqui nada tenho feito, para que me pusessem nesta cova. 20 Conforme a interpretação de José, no terceiro dia, o copeiro-mor foi tirado do cárcere, e restaurado á seu posto de copeiro-mor de Faraó. Esperava-se que ele se lembrasse de José, fizesse menção de José a Faraó, O nome e a causa de José sendo levada a maior autoridade do Egito quem sabe José agora sairia daquele cárcere, era essa pelo menos a esperança de José. Mas o copeiro-mor de Faraó se esqueceu de José, se mostrou egoísta, e ingrato. José precisou amargar mais dois anos de cárcere. Deus tinha para José um plano muito maior e melhor. O padeiro mor vendo que José interpretara bem o sonho do seu colega de cela e de profissão, animou-se para contar também o seu sonho quem sabe alimentando uma esperança de libertação e de restauração à vida social e profissional; como aconteceu com o copeiro. O sonho do padeiro-mor e sua interpretação V. V 16 – 19. 16 – Vendo, então o padeiro mor que tinha interpretado bem, disse a José: Eu também sonhava, e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha cabeça. 17 – E, no cesto mais alto, havia de todos os manjares de Faraó, obra de padeiro; e aves os comiam do cesto de sobre a minha cabeça. 18 – Então, respondeu José e disse: esta é a sua interpretação: os três cestos são três dias. 19 – Dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça sobre ti e pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne de sobre ti. José ouviu atentamente o sonho do padeiro, e deu-lhe a correta interpretação. O padeiro-mor, e o copeiro-mor tiveram sonhos semelhantes, mas com interpretação completamente adversa. José entregou ao padeiro-mor a mensagem com exatidão. Nem sempre o mensageiro de Deus trás uma mensagem que as pessoas querem ouvir, às 21 vezes o mensageiro precisa trazer uma mensagem de juízo divino, cuja mensagem não é tão aprazível de ser ouvida, mas é necessária. Quão difícil foi para José dar a correta interpretação do sonho do padeiro; é evidente que ele gostaria de dar uma mensagem semelhante a do copeiro, mas o mensageiro não pode falsificar a mensagem que o Espírito Santo lhe entrega. Os sonhos de ambos, do copeiro e do padeiro, interpretados por José, se cumprem na íntegra. José é esquecido pelo copeiro. V.V. 20 – 23. 20 – E aconteceu, ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiromor, e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos. 21 – E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraó. 22 – Mas ao padeiro mor enforcou como José havia interpretado. 23 – O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes, se esqueceu dele. Três dias após José ter interpretado os sonhos do copeiro-mor e do padeiro-mor, comemorava-se o dia do nascimento de Faraó. Um grande banquete foi feito, e a situação dos presos de Faraó foi considerada; ou julgada. Não sabemos que tipo de pecado cometeram os dois servos de Faraó, mas geralmente eram atentados contra a vida de Faraó. Foram julgados, e o pecado do padeiro foi considerado muito mais grave que do copeiro, o 22 padeiro foi condenado a morte por enforcamento, e o copeiro recebeu indulto, ou foi considerado inocente; sendo restaurado a sua profissão. Não deveria o copeiro-mor ao dar a taça na mão de Faraó lembrar-se de José e fazer menção dele a Faraó? Humanamente falando, sim; Mas José foi esquecido pelo copeiro-mor, e a vida continuou sem alteração por mais dois anos. Deus tinha algo maior para José. O nosso tempo e o tempo de Deus são diferentes; para nós, a resposta a uma oração parece demorar muito, uma bênção desejada, demora tanto a vir as nossas mãos. Essa demora é na ótica humana, para Deus, ela vem na hora certa. Se alguém dissesse a José: Tenha paciência José, você sairá desse cárcere, e se assentará ao lado de Faraó como primeiro ministro do Egito. Ele diria: Estão zombando de mim; mas era exatamente esse o plano de Deus que se cumpriu dois anos após. “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” ( Sl. 40: 1. Dois sonhos de Faraó. 41: 1 – 7. 1 – E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou e eis que estava em pé junto ao reio. 2 – E eis quis que subiam do rio sete vacas, formosas á vista e gordas de carne, pastavam no prado. 3 - E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne , e paravam juntos as outras vacas na praia do rio. 4- E as vacas feias à vista e magras de carne comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó. 23 5- Depois, dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas. 6- E eis que sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental brotavam após elas. 7 - E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó, e eis que era um sonho. Passaram-se dois anos inteiros. Talvez José achasse que Deus o havia esquecido naquela prisão. A vida corria normalmente no palácio de Faraó e em todo Egito. Mas, o tempo de Deus chegara; e Deus meche com Faraó no seu leito de dormir. Não foi essa a única vez que Deus meche com um rei em favor de seu servo. Em prol de Daniel na cova dos leões, o rei Dario perdeu o sono e passou a noite acordado, jejuou a noite toda, e não quis ouvir música. ( Dn. 6: 18.) Por Mardoqueu e todo povo judeu, Deus tirou o sono do rei Dario. Como Dario não conseguia dormir, resolveu ler as crônicas do seu reino; achou registrado que Mardoqueu denunciara uma trama contra a vida do rei Dario. ( Et. 6: 1 – 3 ). José parecia estar esquecido naquele cárcere; já havia passado dois anos desde José interpretara os sonhos do copeiro e do padeiro de Faraó, o apelo de José para que o copeiro se lembrasse dele, e fizesse menção do seu nome perante Faraó. Como já temos visto, o copeiro-mor se esqueceu de José, talvez José dissesse: Todos me esqueceram; morrerei esquecido neste lúgubre lugar. Todos podiam ter se esquecido de José, menos Deus. Deus jamais se esquece dos seus servos fieis. “Eu sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim”. ( Sl. 40: 17 ). Faraó sonhou; sonhou duas vezes, e percebeu que aqueles sonhos não eram sonhos comuns. 24 O que significam esses sonhos? Que mensagens estarão neles embutidas? v. v. 8 16. 8 – E aconteceu que, pela manhã, o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que os interpretasse a Faraó. 9 – Então, falou o copeiro mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje. 10Estando Faraó mui indignado contra os seus servos e pondo-me sob prisão na casa da guarda, a mim e ao padeiro-mor. 11 – Então, sonhamos um sonho na mesma noite, eu e ele, cada um conforme a interpretação do seu sonho. 12 – E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhes, e interpretou- nos os nossos sonhos, a cada um interpretou conforme o seu sonho 13 – E como ele nos interpretou, assim mesmo foi feito, a mim me fez tornar ao meu estado, e a ele fez enforcar. 14 – Então, enviou Faraó e chamou a José, e o fizeram sair logo da cova, e barbeou-se, e mudou as suas vestes, e veio a Faraó. 15 – E Faraó disse a José: Eu sonhei um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que, quando ouves um sonho o interpretas. 16 – E respondeu José a Faraó, dizendo: isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó. 25 Deus começa a agir para exaltar o seu servo José. Faraó acorda perturbado; o que significa esses sonhos? Ele percebeu não se tratar de um sonho comum. Primeira providência; convocar os sábios, os conselheiros do rei, os adivinhos; vamos ouvir e analisar os sonhos do rei. Depois de ouvir atentamente, perceberam que não tinham capacidade para interpretar os sonhos de Faraó. Porque os segredos de Deus somente são revelados aqueles que lhe são tementes. (Sl. 25: 14 ). A confusão se instalou no palácio real, a perturbação de Faraó aumentou; quem me poderá interpretar esses sonhos? Em meio a esta agitação, o copeiro-mor se lembra de José. Havia se passado dois anos, a memória do copeiro se reportou a seus dias de prisão, lembrou-se de José, Fez um relato a Faraó do ocorrido na prisão, e de um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, que ouvindo os sonhos dele, o copeiro, e do padeiro, deu-lhes a perfeita interpretação, e como interpretou, aconteceu exatamente. Ouviu o relato do copeiro, José seria a última pessoa que ele chamaria para tal função. Não era um ancião, era um jovem; não era egípcio, era hebreu, não era de sangue azul, era servo (escravo) de Potifar capitão da guarda, e além de tudo, era prisioneiro. Muitos anos mais tarde aconteceu a mesma coisa no palácio de Babilônia, ao rei Nabucodonozor. ( Dn. 2: 1 – 18 ). Imediatamente Faraó mandou trazer José à sua presença. Foi um emissário do rei busca-lo na prisão. Qual teria sido a surpresa de José quando o carcereiro lhe disse: José, depressa; se prepare você será levado à presença de Faraó. Imediatamente José tirou as vestes de prisioneiro, barbeou-se, e foi apresentar-se a Faraó. José introduzido à presença do rei, este não lhe perguntou a razão de sua prisão, não lhe perguntou por que sendo hebreu estava no Egito, nada lhe perguntou sobre Potifar seu senhor. Tudo o que Faraó queria, era a intepretação do seu sonho. Disse Faraó a José: Eu sonhei um sonho, e ninguém há que o interprete, mas ouvi de ti, que, quando ouves um sonho, logo o interpretas. José não se vangloriou não se apresentou como interpretador de sonhos reconheceu perante Faraó que não era uma virtude própria, tributou a Deus a glória que lhe é devida. O servo de Deus é humilde. A humildade é uma marca dos verdadeiros servos de Deus. Faraó relata a José os seus sonhos. V.V. 17 – 24. 26 17 – Então, disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em pé na praia do rio. 18 – E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à vista e pastavam no prado. 19 – E eis que sete vacas subiam após estas, muito feias à vista e magras de carne; não tinha visto outras tais, quanto a fealdade em toda terra do Egito. 20 – E a vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas gordas. 21 – E entravam em suas entranhas, mas não se conheciam que haviam entrado em suas entranhas; porque o seu aspecto era feio como no princípio. Então, acordei 22 - Depois, vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé, subiam sete espigas cheias e boas. 23 – E eis que sete espigas secas, e miúdas e queimadas do vento oriental brotavam após elas. 24 – E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu disse-o aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse. Deus revelou a Faraó através de sonho o que estava para acontecer ao Egito, e a todo mundo de então. Faraó não conhecia o verdadeiro Deus, também não poderia entender sua mensagem. Os sábios do Egito, os conselheiros de Faraó, os adivinhos, também não puderam entender. Mas, estava no Egito um servo do verdadeiro Deus. Aos seus servos, Deus revela os seus segredos. ( Am. 3: 7 ). As vacas gordas e bonitas, subindo do Rio Nilo. As vacas magras e feias, também subindo do Rio Nilo. As vacas magras e feias engolindo as vacas gordas e bonitas. Sete espigas cheias e bonitas, também subiam do Rio Nilo, e sete espigas secas e feias, também subindo do Rio Nilo. As espigas secas e feias devoravam as espigas cheias e bonitas. Nisto consistia os dois sonhos de Faraó. À medida que José ia ouvindo o relato dos sonhos, o Espírito de Deus ia revelando a interpretação. O sonho é um só; revelado duas vezes com figuras diferentes. O sonho interpretado vem o sábio conselho de José. Um jovem prisioneiro sai da prisão, e dá conselhos ao rei do Egito. É coisa de Deus. José interpreta os sonhos de Faraó, e lhe dá conselhos. V.V 25 – 36. 27 25 – Então, disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer notificou-o a Faraó. 26 - As sete vacas formosas são sete anos; as sete espigas formosas também são sete anos; o sonho é um só. 27 - E as sete vacas magras e feias à vista que subiam depois delas são sete anos, como as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental serão sete anos de fome. 28 - Esta é a palavra que tenho dito a Faraó, o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó. 29 - E eis que vem sete anos, e haverá grande fartura em toda terra do Egito. 30 – E, depois deles, levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra. 31 - E não será conhecida a abundância na terra, por causa da grande fome que haverá depois, porquanto será gravíssima. 32 – E o sonho foi duplicado duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la. 33 - Portanto, Faraó se proveja agora de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. 34 – Faça isso Faraó, e ponha governadores sobre terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura. 35 - E ajuntem toda a comida desses bons anos;/ que veem, e ajuntem trigo debaixo da mão de Faraó para mantimento nas cidades e o guardem. 36 – Assim, será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome. Não havia ninguém no Egito que pudesse entender os sonhos de Faraó, nem mesmo prever os sete anos de fartura, e os sete anos de fome. Tudo isso comprova que Deus tem em suas mãos o absoluto controle de todas as coisas. Não havia uma razão aparente de haver fome no Egito; pelo menos não temos informação de falta de chuva, nem de excesso. Fatores que poderia prejudicar a produção de alimentos. Certamente foi um recurso de Deus para exaltar seu servo José. Além de interpretar com precisão os sonhos de Faraó, José lhe deu instruções para atravessar esse período sem causar maiores danos aos egípcios, e aos povos vizinhos. 28 Faraó ficou maravilhado com a sabedoria do jovem hebreu; e, de comum acordo com seus conselheiros, nomeou José como primeiro ministro no Egito. Deus o tirou do cárcere, e o colocou no trono do país mais poderoso da época. Se alguém profetizasse para José lá no cárcere dizendo: José, Deus vai tirar você desse cárcere, e fazer de você a maior autoridade do Egito, você vai sentar-se ao lado de Faraó. Possivelmente ele duvidaria. Porque isso vai acontecer? Nem mesmo egípcio eu sou, sou estrangeiro e escravo, além disso, um prisioneiro. Mas Deus faz muito além daquilo que pedimos ou pensamos. ( Ef. 3: 20 ). De um escravo prisioneiro, José torna-se governador do Egito. V. V. 37 – 45. 37 - E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos. 38 - E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em que haja o Espírito de Deus? 39 – Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu. 40 – Tu estarás sobre a minha casa , e por tua boca se governará todo meu povo; somente no trono eu serei maior que tu. 41 – Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda terá do Egito. 42 – E tirou Faraó o anel de sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. 43 – E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a terra do Egito. 44 – E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda terra do Egito. 45 – E chamou Faraó o nome de José: Zafenate-Panéia e deu-lhe por mulher a Asenate filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito. 29 Possivelmente José tenha se assustado; eu sabia que Deus iria me abençoar, mas não esperava tanto. Isso é só o começo José; Deus ainda tem muitas bênçãos para te dar. Faraó reconhece que em José está o Espírito de Deus. Ele não disse o espírito dos deuses, como se dizia no paganismo, mas o Espírito de Deus. Deus estava sendo glorificado no Egito por intermédio se seu servo José. Faraó tirou o anel de ouro de sua mão, e o pôs na mão de José, mandou que lhe vestissem de linho fino. O anel de ouro da mão de Faraó, símbolo de autoridade. Nesse anel estava gravado o nome de Faraó; José podia agir em nome de Faraó, e selar com seu anel qualquer documento. Vestido de linho fino, e colar de ouro de ouro no pescoço, era a maneira que se vestiam os nobres da corte. Que repentina e grande transformação; de vestes de prisioneiro, (uniforme do presídio ) para vestes da nobreza, linho fino. Do crachá de preso pendurado ao pescoço, para um colar de ouro usado pelo rei. De escravo de Potifar, para senhor do Egito. Lendo a história de José numa perspectiva humana não parece um romance de ficção? Mas, não é nenhum romance, nem uma história fictícia inventada por qualquer mente humana. É a Palavra de Deus, um acontecimento real, escrito para o nosso ensino, e para fortalecer a nossa fé, E o fez subir no segundo carro que tinha, o primeiro carro era o de Faraó, e o segundo carro da segunda maior autoridade do Egito. E clamavam diante dele: Ajoelhai. Esse era o diário oficial da época. José tornou-se a partir daquele memento a segunda maior autoridade do Egito. José teve seu nome mudado para Zafenate-Panéia. ( Palavra egípcia que significa Salvador do mundo. ) José foi uma bela figura de Nosso Senhor Jesus Cristo; além da mudança de nome, por outras razões que veremos nos capítulos subsequentes. Faraó dá por mulher a José, Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. Om, Om, pertencente ao sol. Era a cidade do sol. José se casou com uma mulher pertencente a nobreza do Egito, A classe sacerdotal era considerada a Elite da sociedade egípcia. Começa a se cumprir o sonho de Faraó. Sete anos de abundância. v. v. 46 – 49. 30 46 – E José era da idade de trinta anos quando esteve diante da face de Faraó, rei do Egito. E saiu José da face de Faraó e passou por toda a terra do Egito. 47 – E a terra produziu nos sete anos de fartura a mãos-cheias. 48 - E ajuntou todo mantimento dos sete anos que houve em toda terra do Egito ; e guardou o mantimento nas cidades, pondo nas cidades o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade. 49 – Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar, porque não havia numeração. José foi vendido por seus irmãos na terra de Canaã aos dezessete anos e idade, ( 37: 2 ) durante treze anos, ele esteve em casa de Potifar, esteve encarcerado, e aos trinta anos foi elevado a governador do Egito. José começou logo a trabalhar. Saiu do palácio de Faraó, e começou a percorrer a terra do Egito. Eram os sete anos de fartura; José estava bem ciente de que aquela fartura era por sete anos, e depois viria os sete anos de fome. É muito perigoso nos acostumarmos com a fartura, e termos a sensação de que ela não terá fim; descuidarmos-nos e sermos apanhados de surpresa pela pobreza. Estas providências de José foram verdadeiras aulas de administração. Como seria bom se nossos governantes apendessem com a Palavra de Deus. Toda população sofreria muito menos. Esse mesmo método podemos aplicar em nossos lares, nossas vidas, e nos momentos de crise, sofremos muito menos. Essa é a técnica da previdência. José armazenou mantimento suficiente durante os sete anos de fartura, para poder suportar os sete anos de escassez que viria logo a seguir. E graças a estas providências de José, que a população de Egito e dos países vizinhos, e a própria família de José que já era composta por setenta e duas pessoas, não pereceram pela fome. José constitui família no Egito V.V. 50 – 52. 50 – E nasceram a José dois filhos ( antes que viesse o ano de fome ), que lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. 51 – E chamou José o nome do primogênito Manasses, porque disse: Deus me fez esquecer de todo meu trabalho e da casa de meu pai. 52 – E o nome do segundo chamou Efraim, porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição. 31 Deus deu a José dois filhos; o primogênito José o chamou Manasses, que significa: Quem faz esquecer. É bom nos lembrar sempre das coisas boas, das bênçãos de Deus, das vitórias obtidas, e nos esquecer daquilo que nos traz tristes recordações. Diz o apóstolo Paul: “Pelo que esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus meu Senhor. ( Fp. 3: 13,14 ). O segundo filho, José o chamou Efraim; significa fértil. Deus me fez fértil na terra da minha aflição. Notemos como José vivendo entre um povo pagão, de cultura pagã, não se deixou envolver; conservou-se como um homem temente a Deus. Os sete anos de fome. V. V. 53 – 57. 53 – Então, acabaram-se os sete anos de fartura que havia na terra do Egito. 54 – E começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão. 55 – E tendo toda a terra do Egito fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios: Ide a José, o que ele vos disser fazei. 56 – Havendo, pois, fome em toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito. 57 – E todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José, porquanto a fone prevaleceu em todas as terras. Passaram-se os sete anos de fartura; chegaram os anos da fome. O tempo das vacas magras, e das espigas secas. Aos desavisados, chegou o tempo de angústia; os avisados e prudentes, tinham alimento. ( Pv. 6: 6,7 ) “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento.” No Egito havia um homem sábio, prudente e trabalhador, um servo de Deus. José. As aflições que este jovem sofreu, dos dezessete aos trinta anos de idade, é difícil de comentar; mas, apesar de toda aflição, conservou o temor Deus, e Deus o honrou. José, como figura de Jesus: Foi rejeitado pelos seus irmãos. ( Gn 37: 18 – 20, Jo. 19: 4 – 7 ). Foi vendido pelos seus irmãos, por vinte moedas de 32 prata. ( Gn. 37: 28 ) Jesus foi vendido por trinta moedas de prata. ( Mt. 26: 14 – 15 ). José foi humilhado, de senhor passou a ser escravo. ( Gn. 39: 1 ) Jesus sendo Deus, fez-se homem. ( Fp. 2: Fp. 2: 5 – 8 ). José recebeu o nome de Zafenate-Panéia= Salvador do mundo. Jesus significa: Jeová salva. ( Mt. 1: 20-21 ). Os irmãos de José o reconheceram, e se reconciliaram com ele. ( Gn. 45: 1 – 4 ). Os judeus reconhecerão Jesus quando ele vier para livrá-los na batalha do Armagedom; e se reconciliarão com ele. ( Zc. 12: 10 – 14, 13: 6 ). Amém. Pr. José Serafim de Oliveira. 33 34