Francisco de Assis de Souza Filho DEPT° DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Recursos Hídricos no Brasil: breve histórico e a reforma da água Desafios Atuais do Gerenciamento de Recursos Hídricos Gerenciamento de Recuros Hídricos e Águas de Chuva em Ambiente Urbano e Rural Gestão Adaptativa em Ambiente de Incerteza e Complexidade Secas no Nordeste do Brasil Fase Vuluntarista: Ocupação e Secas (1777 e 1888) Fase Hidráulica: DNOCS (1909-1960) Fase dos Aproveitamentos Hidroagricolas: SUDENE e DNOCS Fase da Gestão dos Recursos Hídricos IDENTIFICAÇÃO DO RISCO CLIMÁTICO Precipitação em Fortaleza 1849-2006 3000 Seca 1877 2500 Precipitation (mm) 2000 1500 1000 500 Fortaleza 0 1840 10 years moving average 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 Risco Climático Alta Variabilidae Temporal das Precipitações e Vazões 240 220 200 180 Afluências Iguatu Média Movel (10 anos) Polinômio Vazão (m3/s) 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Brasil Código das Águas de 1934 Constituição de 1988 Reforma da Água: Lei 9433-97 ▪ Água x Recursos Hídricos ▪ Sistema de Recursos Hídricos x Sistema Ambiental Antecedentes Mar Del Plata (1977) Dublin(1992) Rio (1992) Fundamentos Palavras de Ordem: Participação, Integração, Bem Econômico, sustentabilidade Foco: Gestão Administrativa de conflitos Dimensões da Gestão Gestão da Oferta Gestão da Demanda Gestão de Conflitos Integração dos Componenetes do Ciclo Hidrológico (aérea, superficial, subsuperficial, subterrâneo) Integração dos Aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos hídricos Integração das esferas de poder público (municipal, estadual e federal) Integração das Políticas Públicas (Recursos Hídricos, Ambiental, Saneamento, Energia...) Integração das esferas econômicas do setor público e privado Integração das componentes do desenvolvimento (social, econômico e proteção ao meio ambiente) Gerenciamento do Risco Climático em eventos extremos e na alocação de água Gestão das Águas Subterrâneas Gestão da Qualidade da água Abastecimento de populações rurais difusas Gestão Águas e Rios Urbanos Problema da Alocação de Água CLIMA Projetar Sistemas de Recursos Hídricos Sustentável sob Estresse Climático ÁGUA Abastecimento Rural Rural Abastecimento de populações rurais Agricultura Urbano Abastecimento Complementar Controle de Cheias ABASTECIMENTO DE POPULAÇÃO RURAL: •Açudes que secam freqeuntemente; EXEMPLOS DE SITUAÇÕES OBSERVADAS • Tambor de água à espera do carro pipa (limite de 20 litros/pessoa/dia); •Água encanada de açude com hidrômetro para medição mas que não serve para beber; • Cisterna para captação de água de chuva mas que não supre todas as necessidades da família; CONTEXTO • Região Semiárida: Escassez Hídrica • Heterogeneidade do Espaço Físico e Social: Necessita de soluções específicas • Alta Variabilidade Espacial e Temporal das Precipitações e Vazões Fluviais: Adaptação ao Clima– Gestão da Infraestrutura Física e Institucional dos Recursos Hídricos • Clima afeta a disponibilidade hídrica: Informação Climática e Gestão de Riscos ELEMENTOS PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA DE ABASTECIMENTO DE POPULAÇÕES RURAIS Planejamento Tecnologia Gestão Resolução do Problema de Abastecimento de água de populações Rurais Conhecimento Financiamento ABASTECIMENTO DE POPULAÇÃO RURAL: PLANO DE ÁGUA MUNICIPAL O QUE É UM PLANO DE ÁGUAS MUNICIPAL ? ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES RURAIS DIFUSAS NO SEMIÁRIDO ABASTECIMENTO DE PEQUENAS COMUNIDADES RURAIS GARANTIA QUALI-QUANTITATIVA QUANTITATIVA MODELO DE GERENCIAMENTO SUSTENTABILIDADE CAPITAL SOCIAL MODELO DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS FONTES HÍDRICAS UNIVERSALIZAÇÃO AÇÃO PROATIVA COMPARTILHADA PODER PÚBLICO: MUNICIPAL, ESTADUAL & FEDERAL SOCIEDADE CIVIL: COMUNIDADES E ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS O QUE É UM PLANO DE ÁGUAS MUNICIPAL ? Foco no abastecimento de pequenas comunidades rurais Emprego preferencial de fontes hídricas disponíveis no âmbito do município Modelo gerencial sustentável e adaptado PREMISSAS DE ELABORAÇÃO DE PAM's Mobilização do capital social da comunidade participação nas tomadas de decisões Cesta de soluções tecnológicas adaptadas à cultura local Mobilização do potencial hídrico compatível com planos de bacias Sinergia de intervenções com integração de soluções de abastecimento ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES RURAIS DIFUSAS NO SEMIÁRIDO CLASSIFICAÇÃO DAS COMUNIDADES POR CATEGORIA DE CRITICIDADE -Situação Crítica: São aquelas comunidades que não disponham de uma fonte segura de abastecimento hídrico primária e são caracterizadas pela dependência total de cisternas e abastecimento com carro pipa no segundo semestre para suprimento às famílias; -Situação deficitária: São aquelas comunidades que possuem alguma fonte hídrica de abastecimento primário e/ou sistema precário de abastecimento d’água com funcionamento deficiente requerendo melhorias, quer seja na fonte primária de abastecimento, quer seja no sistema implantado; - Situação Satisfatória: São aquelas comunidades que apresentam sistema de abastecimento público ou privado d’água baseado em manancial primário seguro ostentando água o ano inteiro de qualidade satisfatória; -Situação Boa: São aquelas comunidades ou zonas urbanas que possuem sistema público de abastecimento em boas condições operacionais correspondendo normalmente aos centros urbanos das sedes municipais ou distritos de maior envergadura. Há uns poucos casos de pequenas comunidades que resolveram seu problema de abastecimento de forma eficaz e eficiente, mas são à exceção da regra. ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES RURAIS DIFUSAS NO SEMIÁRIDO RESULTADOS DA ANÁLISE PARA AS 154 COMUNIDADES DE 3 MUNICÍPIOS Classificação das Comunidades 27; 18% 60; 39% Crítica Deficitária 30; 19% Satisfatória Boa Nº Médio de Casas por Comunidade 155 37; 24% 160 140 120 100 80 60 40 20 0 81 Crítica 18 27 Deficitária Satisfatória Boa ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES RURAIS DIFUSAS NO SEMIÁRIDO MAPA DAS COMUNIDADES DE MILHÃ 82 rural communities supplied with drinking water ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES RURAIS: ALGUMAS LIÇÕES • • Processo de Planejamento Integrado comunidade-técnico-Estado pode levar a soluções mais efetivas e econômicas que o método tradicional de “construção” de soluções • Avaliação dos Manaciais • Avaliação do Capital Social das Comunidades • Manual Técnico de projeto para a redução de custos • Juntar diferentes comunidades podem reduzir custos mas podem aumentar tensões sociais Subsídio dos custos de capital ou custos de planejamento e processo podem ser necessários • • Bons projetos proporcionam custos de operação melhor gerenciados, particularmente quando se dão com participação da comunidade. Garantitas necessitam ser projetadas de início: • Avaliação dos mananciais dada a variabilidade climática • Preços e recuperação de custos é essencial – Há disposição a pagar dada uma garantia • Designar responsáveis na comunidade SOLUÇÃO = VONTADE + R$ + CONHECIMENTO Retornar a situação incial: Compensar a urbanização Fonte: Plano de Infiltração Valo de Infiltração Pavimento Permeável UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL CAPTAÇÃO Teixeira e Castro, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL CAPTAÇÃO Calhas Caixas com grelha Teixeira e Castro, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL RESERVAÇÃO Teixeira e Castro, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL DESTINAÇÃO Teixeira e Castro, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL BALANÇO HÍDRICO DIÁRIO Teixeira e Castro, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL BALANÇO HÍDRICO DIÁRIO Teixeira e Castro, 2011 Cheias e Drenagem Urbana Esgoto Águas Urbanas Abastecimento de Água Resíduo Sólido Uso do Solo Habitação O desenvolvimento sustentável urbano tem o objetivo de melhorar a qualidade da vida da população e a conservação ambiental. A Gestão integrada das Águas Urbanas é essencial para a sustentabilidade do desenvolvimento urbano ao longo do tempo. “learning to manage by managing to learn” Mundo em Mudança Incerteza Complexidade Vetores Mudança Climática e Variabilidade de baixa frequência Mudanças sócio-econômicas Anomalia percentual do trimestre MAM para o cenário A1B de 2010 a 2039 em relação ao cenário 20C3M no período de 1901 a 1999. Modelos do IPCC na seguinte sequência da esquerda para a direita e de cima para baixo: BCCR_BCM2_0, CCCMA_CGCM3_1, CCCMA_CGCM3_1_T63, CNRM_CM3, CSIRO_MK3_0, GFDL_CM2_0, GFDL_CM2_1, GISS_AOM, GISS_MODEL_E_H, GISS_MODEL_E_R, IAP_FGOALS1_0_G, INGV_ECHAM4, INMCM3_0, IPSL_CM4, MIR OC3_2_HIRES, MIROC3_2_MEDRES, MIUB_ECHO_G, MPI_ECHAM5, MRI_CGCM2_3_2A, NCAR_CCSM3_0, NCAR_PC M1, UKMO_HADCM3 e UKMO_HADGEM1, média e média ponderada. “learning to manage by managing to learn” Resiliência dos sistemas Sócio-Naturais Regime mais a adaptativo que leve em conta: Ambientais Tecnologicos Econ0micos Institucionais Culturais Fornecimento de Informação Tratar com Conflitos Induzir o cumprimento das regras Prover Infra-estrutura Estar Preparado para Mudanças Gerenciar o Risco Elinor Ostrom DEPT° DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ OBRIGADO! FIM [email protected] Columbia Water Center / Pepsico Foundation Project Designing Sustainable Water Systems Under Climate Stress In Northeast Brazil The Caatinga biome COLUMBIA WATER CENTER: Global Water Sustainability Initiative Águas Urbanas •ABASTECIMENTO DE ÁGUA: Manancial Tratamento Distribuição; •ESGOTO: Coleta Transporte, Tratamento e Disposição; •ÁGUAS PLUVIAIS: Drenagem urbana Inundações ribeirinhas, Resíduos sólidos, Meio ambiente urbano Saúde. Cidade e Rede de Cidades EFEITOS DA DRENAGEM URBANA TRADICIONAL • Primeiro estágio: alguns locais com inundação; • Segundo estágio: Canalliizações setorizadas sem visão de impacto na bacia • Terceiro estágio: volta a inundar no local canalizado devido as sucessivas canalizações e urbanizações; • Finalmente:A população perde duas vezes: custo mais alto e maiores inundações. CLIMATE AFFECTS WATER AVAILABILITY: USING CLIMATE INFORMATION TO IMPROVE RISK MANAGMENT From IRI/Columbia