Troféu Abebé de Prata Mãe Dadá
O Troféu Abebé de Prata Mãe Dadá tem o
objetivo de promover a confraternização entre
pessoas ligadas as religiões afrodescendentes,
assim como também, é uma forma de premiar e
reconhecer o esforço empregado na transmissão
de conhecimentos, na divulgação e dignificação
das religiões de matriz africana.
Com o Troféu Abebé de Prata são reconhecidos
os valores e a capacidade dos integrantes da sociedade, ao transmitir valores
culturais, religiosos, éticos, literários e pessoais.
Concebido em 2010, recebeu o nome de Abebé de Prata em homenagem a
uma grande Mameto ria Nkisi (Mãe de santo), após seu falecimento, como
forma de homenagear e não deixar parada a maior luta da Mãe Pequena do
Abassá Omim Axé de Dandalunda, que era acabar com a intolerância religiosa.
A Premiação é realizada pela Entidade Afro Cultural Abassá Omim Axé de
Dandalunda, a iniciativa tem patrocínio de
órgãos públicos e privados, como Governo do
Estado e Prefeitura do Recife. No ano de 2010 o
evento foi realizado no Museu do Homem do
Nordeste – Fundação Joaquim Nabuco, nos anos
de 2011 e 2012 foi no Teatro Barreto Júnior, nos
anos de 2013 e 2014 foi realizado no Teatro Luiz
Mendonça no Parque Dona Lindú e no ano de
2015 será realizado no Teatro Santa Isabel.
Cada ano um tema, uma história. É assim que O
Troféu Mãe Dadá Abebé de Prata faz esse
grandioso evento. “Temas como a União faz a
força”, que homenageou filhos e amigos e “A
união dos poderes”, onde homenageou políticos,
empresários,
educadores
e
sacerdotes.
“Comunicação rompe barreiras”, levaremos ao
palco aqueles que através da comunicação e da arte conseguem desmistificar a
cultura afro em geral.
Mãe Dadá
O nome Abebé de Prata Mãe Dadá foi dado ao troféu em homenagem a Maria
do Socorro da Silva (Mãe Dadá), uma grande Mameto ria Nkisi, Sacerdotisa do
Candomblé de Nação Angola, do Abassá Omin Axé de Dandalunda. Que mesmo
sob perseguição e indo de encontro a educação religiosa da época, sentiu-se
obrigada a afastar-se de sua família para abraçar o Candomblé mantendo vivas
as raízes da Nação Angola e tornando-se exemplo de fé, perseverança,
resistência e amor aos Jinkisi (Orixás) e aos seus filhos de
santo.
Foi assim que Mãe Dadá se tornou a Mãe da doçura.
“Desde cedo eu sabia da minha missão, mas não podia
dizer não, aquilo me encantava, nunca tive medo dessa
missão. Passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições e
ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a
meditação dos encantados para acabar com o sofrimento
me encantava e renovava as forças.” Mãe Dadá.
O Abassá
O Abassá Omim Axé de Dandalunda
fundado na cidade do Recife em
Pernambuco, com raízes de Angola.
Fundado pelo Tata ria Nkisi Moacir de
Angola.
foi
É mantido até hoje pelo assim conhecido Pai Moacir de Angola, que mantém a
entidade com a colaboração direta do Tata Ndengue
(Pai Pequeno) Gleidston de Dandalunda.
Um templo erguido com a finalidade de ser uma casa
para todos os Jinkisi (orixás). Respeitado e visitado
pela sociedade, pessoas públicas e de vários terreiros
de culto afro. Nas festividades todos são recebidos com
harmonia, amor e muito axé com suas louvações e
passes de luz. São realizados periodicamente
batuquejês para os Jinkisi (orixás), cultuando assim a
Nação Angola em Pernambuco.
O Abassá possui um amplo espaço para realizações de
cultos, iniciações, obrigações e atendimento ao publico
a procura de socorro espiritual.
Fotos do Evento
Entidade Afro Cultural Abassá Omim Axé de Dandalunda
Rua Madrid, 110, Imbiribeira – Recife-PE
Fone: 81 3339-3087
Geral
Folha recebe prêmio por luta contra
intolerância
Jornal e Empetur foram agraciados pelo guia Rota da Fé
17/05/2013 02:03 - MIRTHYANI BEZERRA
Jedson Nobre
EDITORA Executiva Katarina Cardoso (C) afirmou que
homenagem foi uma honra
Batuques, cores e cantos conduziram quem
compareceu, noite de ontem, ao Teatro Luiz
Mendonça, em Boa Viagem, ao universo do
Candomblé. O grupo Voz Nagô introduziu os
presentes à entrega do Troféu Omindarewá
Abebé de Prata, preparando para a cerimônia que
premiou instituições e personalidades
comprometidas com a luta pelo fim da intolerância
religiosa. Dentre os agraciados, estavam a Folha de Pernambuco e a Empresa de Turismo de
Pernambuco (Empetur) pelo trabalho realizado com o guia Rota da Fé, publicação feita em parceria
entre as duas entidades e a Secretaria de Turismo de Pernambuco, que listou locais de culto e
calendário de festas de diversas manifestações religiosas do Estado. Também receberam o prêmio a
secretária de Cultura do Recife, Leda Alves; o percussionista Naná Vasconcelos, a sambista Karina
Spinelli, entre outros. Ao todo, foram 18 agraciados.
A editora Executiva da Folha de Pernambuco, Katarina Cardoso, afirmou que foi uma honra para o
jornal receber o troféu. “A Folha é um jornal que sempre deu espaço para as diversas manifestações
culturais e religiosas. E o Rota da Fé, feito a várias mãos, faz parte desse compromisso. Nos deu um
enorme prazer fazê-lo porque ele levou ao público informações sobre as várias religiões que coabitam
em Pernambuco”, afirmou. Para o gestor da Unidade de Destinos e Produtos Turísticos da Empetur,
Gil Marinho, o prêmio veio para coroar um trabalho feito com muito esforço por toda equipe engajada
na ação. “Iniciativas como essa, ao mesmo tempo em que prestam reconhecimento, dão visibilidade a
uma série de lutas contra a discriminação e intolerância religiosa”, afirmou.
A premiação é uma realização da entidade afro cultural Abassá Omim Axé de Dandalunda. O Pai
Moacir de Angola, responsável pela entidade, afirmou que o principal objetivo é valorizar instituições
cujo trabalho apoia a luta contra a intolerância. “Elas contribuem para expandir a ideia de que a casa
de Candomblé não é casa de demônio. Lá nós reverenciamos as forças elementares da natureza”,
disse. Segundo o Pai Gleidston de Acari, o nome do troféu é alusivo a uma das mães de santo mais
antigas da Nação Angola - Omindarewá Abebé quer dizer Mãe das Águas Doces.
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