CONSTRUÇÃO DE UM BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO PARA A ÁREA DE PORTO RICO (PR). Miriam Francisca Rodrigues Couto (PIC- UEM), Édipo Henrique Cremon (PIBIC-CNPq-FA-UEM), Edvard Elias de Souza Filho (Orientador), e-mail: [email protected]. Universidade Estadual de Maringá/Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Palavras-chave: Banco de dados georreferenciado, Alto Rio Paraná, SIG. Resumo: O banco de dados com os produtos cartográficos e outros trabalhos sobre a área do Alto Rio Paraná foi desenvolvido para facilitar o desenvolvimento de novas pesquisas na área próxima a Porto Rico (PR), em especial para aquelas desenvolvidas pelo PELD (Pesquisas Ecológicas de Longa Duração). O objetivo do projeto foi o de digitalizar, georreferenciar e reeditar a documentação cartográfica existente, de forma a tornar possível a comparação dos diversos produtos sob uma mesma projeção e datum. Dessa forma foram digitalizados 4 mapas geológicos e 2 mapas geomorfológicos. Como resultado foi produzido um banco de dados com seis diferentes mapas síntese, que podem ser manuseados em ambiente SIG. O acesso ao banco de dados poderá ser feito via FTP do Grupo de Pesquisas Multidisciplinar, quando em operação. Para concluir, é possível afirmar que o banco de dados possibilitará o fácil acesso e a manipulação dos dados cartográficos disponíveis para o rio Paraná na área de Porto Rico. Introdução Esse projeto foi inspirado pela ausência de um Banco de Dados sobre os estudos dos aspectos físicos da área do PELD (Pesquisas Ecológicas de Longa Duração), que estuda o Rio Paraná na área entre Porto Primavera – SP e a foz do Rio Ivaí – PR. A planície de inundação do Alto rio Paraná, representa o último trecho livre de represamentos desse rio. Para facilitar e aperfeiçoar esses estudos um Banco de dados georeferrênciado que permitirá a pronta disponibilidade das informações, favorecendo até sua utilização por órgãos públicos e privados e em definições políticas regionais. O Banco de dados também facilitará monitoramentos como o do regime hidrológico do rio Paraná, níveis fluviométricos e vazão, padrões de transporte e deposição (erosão e assoreamento), monitoramento de ilhas e barrancas influenciadas pela dinâmica do rio. Um SGBD – Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados – é uma coleção de programas que permitem ao usuário definir, construir e manipular bases de dados para diversas finalidades. Caracterizado pelo controle sobre Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 a redundância e compartilhamentos de dados. Outras vantagens da sua utilização são o controle e manipulação dos dados espaciais, como gerência de transações, controle de integridade e concorrência. Este SGBD é constituído por SIG – Sistema de Informações Geográficas – que é aplicado para sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações não apenas com base em suas características, mas também através de sua localização espacial. Um SIG possui três maneiras principais de uso, que são: como ferramenta de produção de mapas; suporte de análise espacial dos fenômenos; e como um banco de dados geográfico, com funções de armazenamento e recuperação de informações espacial. Materiais e Métodos Parte do material do banco de dados existia apenas em meio analógico (Figura 1) e parte em meio digital, mas com diferentes extensões e distintas bases de georreferenciamento. Figura 1- Carta original digitalizada. Os materiais disponíveis em meio analógico, Mapa Geológico Regional, Mapa Geológico do Segmento Ilha dos Bandeirantes – Ilha Floresta e Mapa Geológico do Segmento Ilha Floresta – Ilha Óleo Cru, de Souza Filho, e Carta Geológica e Perfil Topográfico da Planície Aluvial do Rio Paraná, Região de Porto Rico (PR), de Stevaux, foram digitalizados e reeditados em formato shapefile, e os materiais em formato digital, Mapa Geológico do Baixo Curso do Rio Ivinhema – MS, de Fortes, e Carta de Áreas Inundáveis, de Meurer, foram todos exportados para o mesmo formato. Após todos os mapas estarem em meio digital, eles foram trabalhados em ambiente SIG, com o uso do programa ArcGIS 9. Os mapas foram georreferenciados com base em imagens de satélites, Landsat nas bandas 3, 4 e 5 que estão disponíveis nos sites do INPE e do Global Land Cover Facility, com datum horizontal e vertical WGS84. Entre as vantagens do uso do SIG está à rapidez para disponibilizar mapas, a facilidade para atualizar dados, possibilitando trabalho com elementos de Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 diferentes origens e permitindo experimentos com diferentes representações gráficas dos mesmos dados. Para deixar os dados levantados pelo projeto de fácil acesso os produtos foram salvos em pdf., e esta sendo montada uma plataforma FTP para ser disponibilizada no site do GEMA (Grupo de Estudo Multidisciplinar do Ambiente). Resultados e Discussão O resultado obtido consiste de seis mapas que sistematizam informações anteriormente dispersas. Os mapas disponíveis são: Mapa Geológico do Segmento Ilha Bandeirantes – Ilha Floresta (Figura 2), Mapa Geológico Regional, Mapa Geológico do Segmento Ilha Floresta – Ilha Óleo Cru, de Souza Filho, e Carta Geológica e Perfil Topográfico da Planície Aluvial do Rio Paraná, Região de Porto Rico (PR), de Stevaux, Mapa Geológico do Baixo Curso do Rio Ivinhema – MS, de Fortes, e Carta de Áreas Inundáveis, de Meurer. Figura 2 – Exemplo do resultado final, após a reedição em ambiente SIG. Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 A consulta ao banco de dados permite a adequada comparação entre os diferentes mapas geológicos, e geomorfológicos, uma vez que estão sob a mesma projeção e com o mesmo georreferenciamento. Alem disso permite a caracterização das áreas de inundação e das feições geomorfológicas. Conclusões O banco de dados resulta em vantagens aos pesquisadores da área do Alto rio Paraná, pois com um SGBD organizado, o acesso a diversas pesquisas estará facilitado devido à concentração das informações e a disponibilidade digital. Dessa forma esse conjunto de dados que se relacionam de maneira organizada, formando uma referência de pesquisas e permitindo a comparação dos trabalhos, considerando suas diferenças temporais e metodológicas que determinam o resultado de cada autor. Além, da facilidade de atualização oferecida pelo Banco de dados que possibilita a fácil adição de novos estudos sobre a área neste banco de dados disponível no site do GEMA. Agradecimentos Agradeço a minha família; Ao professor Dr. Edvard Elias de Souza Filho pela oportunidade e orientação; Ao GEMA, pela estrutura e equipamentos, e aos colegas que muito ajudaram na realização do trabalho. Referências Fernandes, G.R.L. (Organização de um Banco de Imagens Orbitais Georreferenciados para o Curso Superior do Rio Paraná) Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Estadual de Maringá, 2007. Câmara, G.; Queiroz, G.R. Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica. (pdf), 1998. Bianchi, M.F.; Feitosa, F.F.; Rosa, M.M.; Santiago; A.G. (A Construção de um Sistema de Informações Geográficas: Uma abordagem DidáticoPedagógica) In V Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (V ENEPEA), Rio de Janeiro. Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009