HOMOSSEXUALIDADE E O PRECONCEITO DENTRO DOS
MUROS ESCOLARES.
Francisco das Chagas Marques Silva de Assis
Acadêmico do VII Bloco de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí- UESPI.
RESUMO
Reconhecer que a sociedade existe preconceito já é um grande salto para se
começar a combatê-lo, o tema discriminação homossexual colocado numa sociedade,
culturalmente hétero, provoca uma dicotomia, fazendo-se necessário voltar no tempo e
redescobrir, até mesmo relembrar que a homossexualidade, é algo existente desde o
começo do mundo, desde os povos egípcios ate os romanos e gregos. Já na idade media
esse tipo de relação era mais visível nos mosteiros e nos acampamentos militares, sendo a
própria igreja na forma da santa inquisição a mais perseguidora desses atos. Após isso até
os dias de hoje os homossexuais lutam pelos seus direitos e com base na dignidade
humana, vem tentando lutar contra o preconceito e a discriminação.
PALAVRAS-CHAVES: HOMOSSEXUALIDADE, PRECONCEITO, DIREITOS
HUMANOS.
ABSTRACT
Recognize that there is bias in society is already a big leap to start fighting it, the
subject placed homosexual discrimination in
a dichotomy, making
it
necessary
to go
a
back
society, culturally straight causes
and rediscover even remember that
homosexuality is something that has existed since the beginning of the world, from
the Egyptian people to
the Romans and Greeks. In the middle ages
this type of
relationship was more visible in monasteries and in military camps, and the church itself in
the form of the Holy Inquisition persecuting the most of these acts. After that until the
present day homosexuals fighting for their rights and based on human dignity, has been
trying to fight prejudice and discrimination.
Campina Grande, REALIZE Editora, 2012
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KEYWORDS: HOMOSEXUALITY, PREJUDICE, HUMAN RIGHTS.
Hoje a homossexualidade no cenário mundial esta dividida em três grandes blocos
seja entre apoiadores, seja opositores, entre esses blocos os países nórdicos são os que
saem na frente e podem ser chamados de liberais, já os países intermediários como Brasil,
Espanha, Bélgica, ainda não garantem uma formalidade no processo da união homo
afetivo, embora se tenha avançado muito contra a desigualdade na condição sexual. E na
linha conservadora se encontram países que punem com a pena de morte, quem mantém
uma relação homossexual, entre eles estão mulçumanos e islâmicos.
. Dentro desse iminente processo de evolução da sociedade, a homossexualidade é
colocada dentro de três aspectos: biológico (médicos/ psicológicos). Sociológicos e
jurídicos. Dentro desses conceitos médicos, a homossexualidade era considera como uma
doença mental ate que em1984, a Associação Brasileira de Psiquiatria aprovou a seguinte
resolução: “Considerando que a homossexualidade não traz nenhum prejuízo do raciocínio,
estabilidade e confiabilidade ou aptidões sociais e vocacionais, opõem-se a toda
discriminação e preconceito contra os homossexuais de ambos os sexos”.
.
Em si tratando de educação de valores no Brasil ainda estamos na idade media,
embora a sociedade já esteja na era da informática, ou seja, se evoluem as ferramentas
tecnológicas e regridem-se os valores educacionais. Não se respeita cor, sexo ou ideologia
do próximo dentro de uma sociedade que busca uma evolução futurista tecnológica, mas
não busca um desenvolvimento como cidadão intelectual e filosófico como afirma Martins:
Em se tratando de civilização brasileira, avançamos muito pouco com relação às
ideias sobre corpo, alma e sexualidade inculcadas no século XVI. A situação é
ainda mais acentuada quando fazemos referência às questões de ordem sexual no
âmbito da educação escolar. (“2001, p).
Campina Grande, REALIZE Editora, 2012
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No processo educacional brasileiro não existe uma boa educação, ainda mais uma
educação capaz de transformar crianças do ensino infantil, fundamental, passando pelos
jovens do ensino médio ate chegar aos universitários em adultos com capacidade de
respeitar o outro como cidadão e não o desrespeitar por causa de sua condição sexual.
Pois a homossexualidade é um tema que todos dentro da educação fogem, seja professor,
seja diretor, mestre e doutores, como se isso fosse algo que possa-se negar hoje em dia,
mesmo porque em cada dez famílias no Brasil, duas existem um gay, se não filho, mais
parente próximo. E não seria a escola um local ideal para fazer esse processo de
cidadania, uma vez que parte da vida se passa na mesma? MARTINS coloca que:
Não há de ser oportuna, no âmbito da educação escolar, uma reflexão sobre o
assunto? Por que a escola não é lugar para respeitar as diferenças sexistas?
Poderíamos continuar indiferente à problemática da sexualidade. Diriam, assim,
alguns educadores: Se não sou homossexual, o que tenho a ver com os que o
são? Exatamente, por termos nossa opção sexual resolvida, devemos ter uma
preocupação com aqueles que, sendo crianças ou adolescentes, estão se
definindo sexualmente para a vida.. (2001, p.2).
Essa preocupação com quem esta se descobrindo sexualmente é que é o problema,
pois pais, professores e sociedade estão enraizados que o menino deve gostar de menina e a
menina de menino, assim quando adultos serão homens para mulheres e mulheres para
homens. Não é assim que o é, nem todos tem a mesma tendência, provocando naqueles que
cresceram ouvindo que é anormal gostar de pessoas do mesmo sexo, a desenvolverem um
sentimento de vergonha por pessoas que assim se descobrem homossexuais, e esse tal
sentimento vira uma doença do século XXI, a homofobia, que segundo o dicionário
Aurélio é :
Homofobia (homo + fobo + ia) Preconceito contra os homossexuais. Ódio aos
homossexuais, muitas vezes levando à violência física. Repulsa ou preconceito
contra
a
homossexualidade
ou
os
homossexuais.(mini
Aurélio
online.br.ask.com)
Campina Grande, REALIZE Editora, 2012
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Raiva, preconceito, repulsa e violência física, por alguém que não segue a tendência
de uma sociedade guiada pelo fator “heterossexual”, e que isso deixaria de existir se a
escola como formadora de cidadãos trabalhasse realmente a cidadania e não somente o
conhecimento de conteúdos? Não podemos também de forma generalizada colocar a culpa
somente na escola, a família de certa forma tem também sua parcela de culpa por algo tão
ruim crescer na mente dos jovens na idade escolar, por que preconceito e discriminação
não é algo com que nascem os indivíduos, mas sim repassado pelos antepassados que
dizem educar. Mas os mais velhos dizem educar no seio da família para que? Espancar
quem não tem o mesmo desejo sexual, ridicularizar quem tem um jeito mais delicado que a
grande maioria dos homens, distanciar-se de meninas que tem mais jeito de homem que a
grande maioria da outras, agredir alguém por ter uma condição sexual diferente das demais
pessoas ao redor? A escola tem como prioridade trabalhar além dos conteúdos de língua
portuguesa, matemática e geografia, trabalhar a cidadania, igualdade, por que o que difere
hétero de homo é somente o significado das palavras. Martins tem uma visão futurista
sobre futuro da homossexualidade no mundo:
Estaremos, enfim, numa época em que corpo, alma, ecologia e sexualidade
constituirão novo ramo bioético. Isso não é futurologia, mas revolução
ecossexual, em que o respeito às diferenças de gênero e a condição sexual será a
base para o desenvolvimento humano e da sustentabilidade. (2001, p. 3).
O mundo inteiro vive essa revolução sexual, sendo que cada vez mais existem lutas
para a conquista de direitos de pessoas com a formação sexual diferente de alguns na
sociedade. E quando se fala de homossexualidade nas escolas, professores, mestres,
doutores, diretores são os primeiros a se esquivarem do assunto, se boa parte das pessoas
que estudaram para serem articuladores de opinião em um conjunto e âmbito escolar se
esquivam do tema, como pode existir pessoas que tenham coragem debater em defesa de
quem esta a margem dessa sociedade que repudia os de condição sexual diferente dos
demais? A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura), em 2004, realizou uma pesquisa com estudantes de 13 capitais do país e do
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Distrito Federal. 25% dos alunos pesquisados afirmaram que não gostariam de ter um
colega de classe homossexual. E foram acompanhados por 20% dos pais, que disseram que
não gostariam que os filhos estudassem com colegas homossexuais.
Esse preconceito enraizado nos adolescentes nasce no meio da sociedade colaboram
para isso a família e a escola, local onde deveriam existir apoiadores do não preconceito, às
vezes são os primeiros a fugir dessa luta por uma questão do simples fato de
desconhecerem a realidade de uma pessoa que no processo de formação da identidade
sexual se depara com uma conturbada dúvida: seguir a sociedade e lutar contra si mesma,
contra os desejos? Ou pagar o preço bem caro, enfrentando uma sociedade que não o aceita
pela condição sexual? No Piauí não é uma realidade muito diferente dos demais estados da
federação que discriminam o jovem por sua aparência masculina ou afeminada. Pelo
menos é isto o que demonstra a história de Carmem Lúcia Ribeiro, hoje com 24 anos e
trabalhando como agente de proteção social, ela ainda não conseguiu esquecer o período
turbulento da escola quando diz.
“Como eu era meio estereotipada, as pessoas da turma começaram a me
perseguir. Quando eu chegava à escola, minha carteira estava riscada com o
nome de ‘sapatão’. As pessoas também colocavam estas mensagens nos
banheiros”, relembra. A perseguição chegou ao ponto de que todas as meninas
da sala pararam de falar com a estudante. (www.portalodia.com)
O preconceito homossexual esta muito presente no dia a dia escolar, não só no
ensino fundamental, mas no médio e no nível superior. E por que esse preconceito ainda
existe na educação? Por os professores não sabem lidar com esse tema, nem com a
situação, e diante de um caso assim se posicionam do lado da maioria, ou seja, os que se
dizem “hétero” e acabam prejudicando mais ainda os ofendidos em questão. O professor
Herbet Medeiros1 que participou de projetos2 que visam o fim do preconceito afirma que:
[...] mesmo quando este preconceito assume uma face mais agressiva, muito professores
1
Professor que participou do projeto “Direitos Humanos: Tô Dentro”
Direitos Humanos: Tô dentro, executado em escolas públicas de Teresina pelo Matizes, grupo que atua na
defesa dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais do Piauí.
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optam por não interferir, o que prejudica os alunos vítimas de perseguição. “Existem certos
tabus dentro das escolas”[...] Carmen acredita que:
“A evasão escolar não resolve nada. Está sendo vítima de preconceito? Respire
fundo e siga em frente. Procure novos amigos, novas experiências e nunca deixe
de
estudar.
“Você
vai
ficar
mais
fortalecido
com
tudo
isso”.
(
www.portalodia.com).
Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – alunos, pais, professores ou
servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. Essas fontes fazem parte
de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que não
somente estudantes, mas também educadores homossexuais, bissexuais e travestis
enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia. O levantamento foi realizado com base
em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de
501 unidades de ensino de todo o país. Inegável o homossexualismo nos dias atuais. Não
existe lugar para alguém com uma diversidade sexual diferente dos demais no âmbito
escolar? ”Miriam Abramovay , socióloga e especialista em educação e violência afirma
que:
“Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é
heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e
consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um
lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir.
(Agenciabrasil.ebc.com.br)
Para muitos educadores e estudiosos essa discriminação no sistema escolar ainda é
culpa dos pais, que na sua grande maioria não aceitam filhos homossexuais e colocam
como tabu esse verdade aceitável para os dias de hoje. E muitos dos casos de
discriminação se da por conta do professor não ter sido trabalhado para lidar com a
diversidade sexual, seja na sala de aula, seja fora dela, esse tem sido um dos grandes
problemas enfrentados pelo MEC, segundo a coordenadora-geral de Diretos Humanos do
MEC, Rosiléa Wille afirma que:
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“Claramente os professores têm dificuldade para lidar com isso, mas não
podemos culpá-los. Eles estão saindo da universidade sem estarem preparados
para lidar com a diversidade que existe na escola. Se a gente não muda isso,
temos que estar sempre trabalhando na consequência. Você tem uma forma de
interferir no cotidiano da escola por meio do professor, que é um ator
fundamental dentro do processo educacional.” (Agenciabrasil. ebc.com.br)
Mas quando o professor não intervém provoca uma agressão maior, o silêncio,
provoca uma agressão tão forte a ponto desse aluno evadisse da escola, pois se na sala de
aula existe uma pessoa que deveria fazer essa ligação de rompimento do preconceito, da
discriminação, é o primeiro a fazer a segregação do mesmo, quem ira defender ou pelo
menos mostrar a necessidade de se respeitar alguém por sua condição sexual? Ou pela cor
do da sua pele? Ou por sua condição financeira? O certo é que professores provocam um
estrago muito grande na vida de alunos homossexuais quando silenciam diante de um fato
discriminatório. Como coloca Steves:
Privilegia-se, nesta seção, um tipo de violência pouco documentado quando se
tem referência a escola, a homofobia, o tratamento preconceituoso, as
discriminações sofridas por jovens tidos como homossexuais, sendo que, muitas
vezes, os professores não apenas silenciam, mas colaboram ativamente na
reprodução de tal violência. (2005, p. 2)
O silencio muitas vezes se torna pior que as piadas sem graças, que os cochichos
pelos corredores, demonstrando que a pessoa que deverá educar a todos sem distinção de
raça, cor ou sexo simplesmente não se importa com seu problema, não há uma
preocupação com a educação, com a moral, somente com a colocação dos conteúdos, como
se eles fossem à forma de fazer de uma pessoa um cidadão civilizado numa sociedade tão
discriminatória. Colocar-se no palco do silencio é não fazer nada por uma pessoa que
acredita na sua potencialidade como educador e formador de opinião, muita das vezes o
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aluno tem naquele professor um herói que vira vilão pelo simples fato de silenciar. O papel
da escola é aceitar a pessoa na sua condição humana, e não de repreendê-la. Steves diz:
Por meio dos relatos, conclui que a escola não apenas silencia, ela
deliberadamente oculta a existência dos homossexuais, na escola e na sociedade.
Consequentemente, os alunos se retraem e passam a controlar rigorosamente a
voz e a postura corporal para não serem reconhecidos. A homossexualidade
oscila entre ser um locus da aberração, da transgressão e do ridículo e ser um
não-lugar, um vazio, algo que simplesmente não existe posto que não devesse
existir por isso dele não se fala não se comenta.(2005, p.3)
Durante o debate “Homofobia na Escola”, realizado no dia 22 de setembro na
Faculdade de Educação da USP, nas atividades da disciplina Educação e Relações de
Gênero, do curso de Pedagogia. Ouviram-se relatos de ficar perguntando-se, será que isso
mesmo aconteceu? Casos como o da creche em Goiás, uma professora lavou com água e
sabão a boca de um menino de 4 anos de idade que beijou outro coleguinha. Numa escola
pública de São Paulo, uma diretora obrigou um menino de 10 anos de idade a dar uma
volta na escola com um cartaz dizendo “eu sou gay” 3.
Desrespeito ou falta de conhecimento? Falta de treinamento ou simplesmente a
religião desses educadores se deixou falar mais alto, o fato é que cada dia mais educadores,
que deveria forma opiniões se colocam presos a uma cadeia societal onde impera um
modelo hétero e se coloca de forma negligente para atender os anseios de pessoas
desprovidas de apoio, de conhecimentos dobre si mesmo, que na grande maioria dos casos
necessita de uma palavra para se entender diante do mundo e na sociedade. Para falar de
homossexualidade com jovens que assim se acha nessa condição ou com só que não se
acham, devemos parti de três princípios como coloca MOTT:
3
(Jornal na USP, em www.inclusive.org.br)
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1) A sexualidade humana não é instintiva, mas uma construção cultural;
2) A cultura sexual humana varia de povo para povo e se modifica ao longo do
tempo dentro de uma mesma sociedade;
3) Não existe uma moral sexual natural e universal, portanto a sexualidade
humana é amoral, no sentido de que cada cultura determina, por razões
subjetivas e nem sempre salutares, quais comportamentos sexuais serão aceitos
ou condenados. (2005, p 2)
Essa introdução do autor serve para simplificar que o sexo não é somente para a
reprodução humana, como defendem a maioria dos professores que preferem silenciar
diante de um caso de homofobia, mais para identificar o ser como pessoa, como único, que
esta em constante construção, assim como não há definição da origem do heterossexual,
não existe definição do homossexual. Cabe a cada cultura, a cada sociedade estabelecer sua
maneira de aceitar o próximo como ele é. Dentro dos padrões hétero causa-se medo à
aproximação de uma pessoa homo, e a única maneira de defesa é a hostilidade. MOOT
usou seu artigo para colocar um pouco de sua experiência quando criança:
Fui estuprado psicologicamente. Não sofri violência sexual física, mas durante
toda minha infância e adolescência, fui emocionalmente torturado [...] roupas de
mulher me fascinavam [...] era forçado a ir jogar futebol como antídoto à minha
incontrolável efeminação [...] ao entrar na adolescência e começar sentir atração
sexual não por meninas, mas por rapazes, sufoquei essa “maldita” tendência,
suplicando a Nosso Senhor que me livrasse dessas tentações diabólicas. Como
tantos outros jovens homossexuais, chorei muito, inconformado com esta
maldição irrefreável que era alvo de tantos insultos e humilhações. Pensei várias
vezes em me suicidar 4. O pior de tudo era a falta de luz neste poço de solidão:
ninguém que me esclarecesse sobre este desejo que se tornava cada vez mais
forte; nenhum modelo positivo que me servisse de inspiração: ao contrário,
minha maneira natural de ser e de me afirmar como ser humano era considerado
por todos como pecado, descaração ou anormalidade. (2005, p, 3)
Preconceito escolar, homofobia na sala de aula, repulsa, falta de pessoas capazes de
entenderem o que se passa na vida, na mente de alguém que de repente se ver diferente de
uma grande quantidade de pessoas da sociedade na qual vive. E pressionado, se reclusa
num casulo, de tal forma, que pensa em retirar a própria vida, e isso se torna fato, pois
metade das pessoas que comentem suicídio na fase escolar são crianças que só precisariam
de uma palavra, de um apoio, que não teve em casa, e buscam na escola e não encontram
apoio no local que deveria lhes devia trazer conhecimento da realidade, se a escola está de
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portas abertas para a educação até quando a intolerância fará parte dessa sociedade que não
evolui? A mudança parte de dentro de cada um, mais é necessário que se tenha ajuda para
começar essa mudança, enfrentar uma sociedade que agride, que separa , feri, que afasta,
tornar-se-á um fardo pesado ainda mais para uma criança que estar à margem de uma
sociedade pelo fato de ser ou parecer diferente sexualmente.
Conclusão
Grandes problemas são enfrentados nas escolas, seja de nível fundamental, seja no
médio e/ou nas universidades, locais que deveriam ser base de formação cidadã tornam-se
locais de exclusão, de perseguição, de preconceito, incentivados pelos próprios professores
quando o mesmo se omite ou quando não utilizam de tal autoridade para ridicularizar,
perseguir e provocar o afastamento de muitos jovens homossexuais da escola.
Para que exista dentro da sociedade uma igualitaridade real, será preciso que se
trabalhe os muitos conceitos de inclusão, uma vez que se aprende com as diferenças, se
aprende a conviver com os diferentes, e se aprende que cada ser é único, precioso,
insubstituível, e não é espancando que se muda a condição sexual de alguém, é necessário
que aprenda-se de uma vez por toda! Não existe opção sexual, existe uma condição, uma
vez que, não se pode escolher entre uma pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto,
simplesmente se nasce condicionado a gostar de pessoas do mesmo sexo. A
homossexualidade não é para ser temida, mais respeitada como qualquer outra diferença
existe nas pessoas, e isso deve ser implantado desde cedo nas crianças, pois é dentro das
famílias que a grande maioria começa a ter preconceito, e cabe à escola e a sociedade
desenvolver cidadãos compreendedores das diferenças de cada um, de certo que, ou passase a enfrentar o preconceito de forma feroz, não só na escola como fora dela, ou a
sociedade nunca vai esta pronta para conviver com algo diferente do seu habitual.
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BIBLIOGRAFIA
.
MARTINS, Vicente. (2001).“ Por que excluir os gays nas escolas”. Disponível na
Internet: http://sites.uol.com.br/vicente.martins/acessado em 12/12/2011)
Mini Aurélio online.br.ask.com e www.dicionarioweb.com.br/homofobia acessado em
10/12/2011
Preconceito afasta homossexuais da escola. www.portalodia.com/. Acessado em 13-122011.
Agenciabrasil.ebc.com.br/homofobia escolar. acessado em 12/12/2011)
A Homofobia na Escola , danielsteve.com.br/escola_8.htm acessado em 13/12/2011.
Violência contra homossexuais e discriminação em escolas expõem tabus e desinformação
Reportagem de Sylvia Miguel, do Jornal na USP, publicada pelo EcoDebate, 04/10/2011,
disponível em www.inclusive.org.br, acessado em 14/ 12/2011.
MOTT, Luiz Roberto de Barros. O/A jovem homossexual na escola. Noções básicas de
Direitos Humanos para Professores/as da Educação Básica. No prelo.2009.disponivel
www. dhnet.org.br/educar/.acessado em 13/12/20110.)
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