2010, ano do
sesquicentenário
do nascimento
de Luiz de Mattos
PÁGINA 18
A RAZÃO
EDIÇÃO ESPECIAL
O Racionalismo
Cristão ensina que no
Universo só existem
Força e Matéria
JANEIRO / 2010
Ano do Centenário do Racionalismo Cristão
Não mistifiquem
Vós estais a comemorar os cem anos de
existência da doutrina espiritualista que
Luiz de Mattos concebeu e implantou nesse
planeta. O planeta Terra foi seu berço;
aqui, ele, Luiz de Mattos, antes de receber
esse nome, individualizou-se como partícula
da Força Criadora, autoconscientizou-se
ao longo de múltiplas encarnações.
Julgando necessário explicar melhor como
se processa a vida no Universo,
o que ele passou a melhor compreender
após sua última desencarnação antes
de assumir o corpo físico com o qual
vós o conhecestes como Luiz de Mattos,
retornou ao planeta Terra para ser Luiz
de Mattos. Fossem outros os seus pais
e ele talvez tivesse recebido, por exemplo,
o nome de Antonio da Silva.
N
ão existem desígnios
do Grande Foco ou
de quem quer que
seja; existe, isso sim,
planejamento conjunto, planejamento para
o bem, para o esclarecimento
da humanidade. Outros espíritos talvez tenham, naquela mesma época, também
reencarnado para ver se
conseguiam explicar melhor
como a vida se processa
neste planeta e em todos os
demais. Pode ser que algum
espírito, até mais competente
do que Luiz de Mattos, tenha perdido seu corpo físico
ainda na infância. A mortalidade infantil era, na época
do nascimento de Luiz de
Mattos, devastadora. Poderia
ter sido Felino Alves de
Jesus o próximo a tentar. E
talvez, provavelmente, não
teria conseguido, pois perdeu
cedo seu corpo físico em
decorrência de uma doença.
Múltiplas tentativas seriam
feitas, tenhais certeza, de tão
importante que era a explanação da Verdade, como
denominava Luiz de Mattos
essa visão científica da Vida
que nossa doutrina filosófica divulga.
Já havia centenas e centenas de anos que os espíritos ao desencarnar podiam
ver melhor o que se passava. Descobriram que ao desencarnar podiam ficar aqui
na superfície do planeta se,
por
alguma
razão,
quisessem, ou podiam ir
embora. Vários desses espíritos observavam, com tristeza, a influência dessas
partículas individualizadas as
quais denominamos astral inferior (os espíritos que não
quiseram sair da atmosfera
do planeta) sobre os outros
espíritos ainda encarnados.
Era necessário trazer isso ao
conhecimento
da
humanidade da forma mais
clara possível e tornar de
domínio público a metodologia para afastar esse astral
inferior do planeta. Esse
afastamento traria imensos
benefícios aos ainda encarnados e aos desencarnados.
Como fazer isso? Já que
se o espírito obsessor não
quiser afastar-se só os espíritos já mais evoluidos e
concentrados aos milhões
podem arrancá-lo de perto
do obsedado, era preciso
explicar a humanidade esse
fenômeno e elaborar um
jeito dela, humanidade,
desligar o seu pensamento,
por um determinado período de tempo, das atividade
que justamente contribuem
para fixar o astral inferior.
Era, portanto preciso esclarecer os seres humanos e
desenvolver uma meto dologia do tipo não pensar
naquilo em que normalmente
se pensa durante o dia a
dia. O melhor a fazer foi
elaborar as nossas chamadas
Irradiações. Poderiamos também ficar contando até dez
e depois de dez retornando
até o número um já que isso exige atenção e desse
modo o pensamento desliga-se do dia a dia, das malquerenças, etc. Contudo,
melhor ainda é repetir o
texto das Irradiações. Elas
não são mágica, não são
nem mesmo elaboradas pelo Astral Superior como
muitos imaginam; sofrem alterações de tempos em tempos porque o presidente em
exercício propõe tais alter-
ações ou porque concorda
com modificações propostas
por membros militantes da
doutrina. O certo é que são
sempre palavras de cunho
elevado e, admitamos, se
pudermos viver sempre como aconselham as Irra diações, ao desencarnar já
não teremos nem vontade
nem necessidade de voltar a
esse planeta.
O leitor deve estar a
perguntar-se por que estamos dizendo tudo isso.
Estamos sim a repetir muito
do que já sabeis. É para que
possais compreender que o
que a doutrina diz foi dito
por um encarnado. O Astral
Superior só se manifestou
para evitar os exageros e as
imperfeições muito grandes.
Talvez se eles tentassem explicar tudo, nós, seres humanos, acabássemos não
compreendendo. Fizeram como um professor que estimula as crianças a explicarem
com suas próprias palavras
o que entenderam a respeito
de algo, como, por exemplo,
como se forma a chuva. O
que a doutrina diz, veio e,
ao mesmo tempo, não veio
do "alto". Alguns pensam
que veio do "alto", diretamente de um Grande Foco
que talvez imaginem como
alguém que "dirige", assim
como um deus o faria, os
encarnados. Essas são as
pessoas que ainda estão
apegadas ao misticismo que
se lhes tornou um hábito ao
longo de múltiplas encarnações em que não lutaram
para afastá-lo. Tentaremos
explicar melhor. Todo espírito digno, bem intencionado,
forte, enfim, possuidor dos
atributos de Luiz de Mattos
merece a consideração de
que se examine o que diz e
apresenta como correto. Foi
o que a opinião pública fez
e vendo resultados até na
terapia da doença mental
(sem o uso de remédios, até
lesivos na maioria dos casos) desde que o próprio
doente colaborasse para isso, concordou, não apenas
aceitou, o que Luiz de
Mattos dizia. Como tudo o
que é muito bom pode-se
dizer que vem do "alto" já
que o espírito que propõe
essa coisa boa é forte candidato a ir para o Astral
Superior e não mais reencarnar, então nossa doutrina, sob esse ponto de vista,
veio do "alto". Mas se
muitos pensam que todos os
textos da doutrina foram escritos por médiuns, seja por
psicografia, seja verbalmente,
então é preciso que saibam
que não, não foi assim;
nosa doutrina veio do "alto"
mas não dessa forma.
Podemos até provarlhes como o que ocorreu
foi assim. Após a desencarnação de Luiz de
Mattos, Antonio Cottas
achou que deveria colocar
um retrato seu no salão
dos trabalhos da doutrina
e, aí sim, o Astral Superior,
Luiz de Mattos, em espírito, manifestou-se através
de um dos médiuns e
mandou retirar o retrato.
Não pediu, mandou! Ele,
Luiz de Mattos, não queria
que o idolatrassem, não
queria que idolatrassem espírito nenhum, encarnado
ou não. O que sempre desejou foi que nos tornássemos livres, verdadeira e totalmente livres, prontos a
mudar o mundo e não
apenas a atuar como membros de uma manada a
seguir alguém. Ele sempre
soube que muitas vêzes,
ainda que não fosse o que
desejava,
havia
mais
grandeza num espírito que,
ao examinar o que ele dissera, não concordando,
afastava-se, do que em
outros que fingiam em cada momento, em cada ambiente diferente, pensar,
sentir, o que não sentiam;
os "equilibristas" que sabem
viver em cima do muro.
Os médicos, principalmente, precisam ter cuidado: é o medicamento que
cura, ou é a desobssessão?
Eles precisam raciocinar
bastante para perceber que
é a desobsessão.
Quando se diz que a
limpeza psíquica e o esclarecimento são poderosos complementos no tratamento do
obsedado, isso refere-se apenas ao obsedado que teima
em não abandonar seus vícios, sejam eles quais forem,
até mesmo o do consumismo
exagerado, nas crises de "euforia" (chamaremos assim para
que os leigos nos entendam).
Esse obsedado precisa ser
controlado com o uso de
uma "camisa de força química", o remédio. Se a obsessão estiver no início e o
obsedado reagir, não haverá
necessidade de remédios,
apenas de esclarecimento e
limpeza psíquica. Se a família
educar com firmeza seus filhos, pai e mãe não se descuidarem, serão tão raros os
casos de obsessão que
chegaremos a ter a impressão
de que a doença mental não
mais existe.
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