CEZAR AUGUSTO LEAL PINHEIRO O prefeito que foi assassinado Cezar Augusto Leal Pinheiro foi vereador do Município de Altos no período de 01 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992. Concorreu nas eleições municipais seguintes, como candidato indicado pelo grupo do entãoPrefeito José Batista Fonsêca, disputando desta feita a Prefeitura de Altos, tendo como candidato a vice Antônio Orlando da Silva. Foi eleito prefeito da cidade de Altos para governar a mesma no quadriênio 1993-1997 com um total de 6.786 votos. Governou apenas no período compreendido entre 01.01.1993-11.04.1996, pois às 22:30 hs do dia 11de abril de 1996, foi barbaramente assassinado no exercício do mandato, em sua residência em Altos-PI, diante dos olhos atônitos da filha mais velha, Patrícia. Sua esposa, doutora Fátima, ainda tentou salvar-lhe a vida, transportando o corpo ensanguentado do marido para o hospital. Tentativa, contudo, que não obteve o efeito esperado. Um artigo publicado em 23 de Junho de 2008 no blog Isto é Piauí (intitulado "Mortes e Assassinatos de Repercussão no Piauí")ajuda a compreender como ocorreram os eventos naquele dia fatídico, razão pela qual reproduziremos, a seguir, parte deste: "O assassino, Raimundo Nonato Alves, se dizendo eleitor teria ido a casa do prefeito e o abordou fazendo um pedido e, em seguida, o matou sem chance de defesa. Dias depois a polícia desvendou todo o quebra cabeça, prendendo o agenciador “Chico Pacajás” e o vice-prefeito de César Leal, Orlando Silva, indiciado e denunciado à Justiça como sendo o mandante. Ele estaria querendo assumir o comando da prefeitura. Na época, todos foram presos e soltos em seguida. Raimundo Nonato Alves voltou a ser preso em Crateús, no Ceará, e transferido para Altos." Pacajá tornou a ser preso, assim permanecendo pelo período de 8 anos e 8 meses na Casa de Custódia da Capital. Chegou a ser liberado pela justiça em liberdade condicional, mas tornou a ser preso em novembro de 2008, na cidade de Campo Maior, por roubo de motos e arrombamentos de lojas comerciais junto com outros comparsas (verificando-se, ainda, a incidência do crime de formação de quadrilha). Pacajá foi apontado, então, como mentor intelectual dos crimes cometidos. Orlando Silva virou empresário do ramo de hotéis em Teresina, onde vive normalmente. Em razão de ser suspeito de ser mandante do crime Orlando Silva não assumiu a prefeitura após a morte de Cézar Leal, assumindo, o então Presidente da Câmara, Pedro José de Paiva Macêdo, que governou por quase um mês, até a data de 10.05.1996. Como não havia condenação contra sua pessoa, mas mera suspeita, Orlando Silva assumiu a prefeitura no dia 11 de maio de 1996. Todavia, como também havia se envolvido no assassinato de um PM em Teresina foi novamente afastado da Prefeitura em 11 de setembro de 1996. Em seguida, governou a cidade até o final do mandato que deveria ter sido de Cezar Leal, o interventor Major Joel da Silva Ribeiro, nomeado pelo então Gov. Mão Santa. Todos os acusados negam participação, mas os Ministério Público Estadual relata que existem provas suficientes para a condenação dos três denunciados, que até o presente momento (1º de setembro de 2009) não foram julgados. Foi em seu governo, mais precisamente em 1995, que se deu início à construção do Mercado Público Pedro Arcanjo da Silva, obra esta que, infelizmente, não pôde finalizar, e nem ao menos ver finalizada. Deu início também à construção de um Mercado na Tranqueira, nas proximidades do Sandango, obra esta que aguarda ser concluída até os dias de hoje.