A ESCOLA NACIONAL FLORESTAN FERNANDES (ENFF) A Escola Nacional Florestan Fernandes precisa da sua ajuda urgente para se manter em funcionamento. Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo), a ENFF, inaugurada com um grande evento internacional em 23 de janeiro de 2005, foi construída, basicamente entre os anos de 2000 e 2005, graças ao trabalho voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Mas ainda está em construção, pois deve crescer e se fortalecer com o crescimento e fortalecimento da luta. Atender às necessidades da formação de mais e mais militantes de movimentos sociais e organizações de luta por um mundo melhor – essa é a sua tarefa histórica. A escola está erguida sobre um terreno de 120 mil metros quadrados, com instalações de alvenaria com tijolos fabricados pelos próprios trabalhadores, com projeto voluntário de arquitetura que teve como princípio causar o menor dano ao meio ambiente local e, ao mesmo tempo, propiciar o melhor resultado para o sujeito da escola: trabalhadores, alunos, assessores e visitantes. Ao todo, são três salas de aula, que comportam juntas até 200 pessoas, um auditório para 200 pessoas, dois anfiteatros para 115 e 88 pessoas cada, biblioteca com 40 mil livros, com espaço de leitura, ilha de edição, além de 4 blocos de alojamento, casa para alojamento de assessores, refeitórios, lavanderia, estação de tratamento de esgotos, além de casas para famílias de trabalhadores que residem na escola. Tem um campo de futebol gramado e uma quadra multiuso coberta. Dispõe de horta e pocilga, que produzem para consumo local, e muitas árvores frutíferas espalhadas pelo terreno. Para o seu pleno funcionamento, a escola tem em torno de 35 trabalhadores militantes residentes no local, de todas as áreas, desde o trabalhador administrativo, até o técnico em eletricidade, passando pelos pedagogos, marceneiros e outros, além do trabalho militante a que têm, como tarefas específicas, os que freqüentam seus cursos, como a limpeza, o cuidado da horta e outros trabalhos que a manutenção da escola exige. Os recursos para a sua construção foram obtidos com a venda de gravuras de Sebastião Salgado e do livro Terra (fotos de Sebastião Salgado, texto de José Saramago e música de Chico Buarque), assim como pela contribuição de entidades da classe trabalhadora do Brasil, da América Latina e de várias partes do mundo. Os recursos para a manutenção e funcionamento – além da colaboração voluntária de pessoas que entendem que a ENFF é imprescindível para a nossa luta – são obtidos através de projetos nacionais e internacionais, institucionais e privados, para a captação de recursos, que estão sendo prejudicados pela atual crise do sistema capitalista, mas também e principalmente pelo estrangulamento financeiro de que a escola é alvo prioritário da contrarrevolução – fato que é de fácil entendimento, mas que torna impraticável a continuidade do trabalho que se faz na ENFF e a própria existência desse espaço. O acervo atual de sua biblioteca, formado com base em doações, é de mais de 40 mil volumes impressos, além de conteúdos com suporte em outros tipos de mídia. Para assegurar a possibilidade de participação das mulheres, foi construída a “Ciranda Infantil Saci Pererê”, onde as crianças permanecem em ambiente sadio e cuidadoso enquanto seus responsáveis, principalmente as mães, estudam ou trabalham. Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram pela escola 16 mil militantes dos movimentos sociais do campo e da cidade, de todos os Estados do Brasil e de outros países da América Latina e da África. A escola tem o apoio de mais de 500 professores voluntários, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos. Além disso, cursos superiores e de especialização, em convênio com mais de 35 universidades (por exemplo, Direito e Comunicação no campo) e mestrado sobre Questão Agrária, através de convenio com a UNESP e UNESCO. A ENFF também mantém convênio com mais de 15 escolas de formação em outros países e com o Ministério da Educação de Cuba com o objetivo de implementar no Brasil o método de educação e alfabetização daquele país. A ENFF é um patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos com um projeto de transformação social. Entretanto, no momento em que os movimentos sociais são obrigados a mobilizar suas energias para resistir aos ataques implacáveis dos donos do capital, através do estrangulamento financeiro e da violência repressiva, a escola também se torna alvo dessa política: as classes dominantes não aceitam a ideia de que os trabalhadores venham a adquirir conhecimento. Assim, carente de recursos, alvo principalmente do estrangulamento financeiro que é, o funcionamento da ENFF está ameaçado. Nós não podemos permitir, sequer tolerar a ideia de que ela interrompa ou mesmo diminua o ritmo de suas atividades. A nossa luta não é apenas para que a ENFF continue a ser o que está sendo atualmente. A nossa luta, o nosso comprometimento deve ir além, deve ter o objetivo de criar as condições necessárias para que a escola cresça para atender às necessidades do crescimento da luta, que certamente ocorrerá. ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA ESCOLA NACIONAL FLORESTAN FERNANDES (AAENFF) Em dezembro de 2009, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes. A Associação tem por objetivos: divulgar as atividades da escola, por todos os meios possíveis, incluindo sites, newsletter e blogs; iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios; promover uma série intensa de atividades e campanhas de solidariedade, em São Paulo e outros Estados, para angariar fundos em prol da manutenção, realização de cursos, formação e outras atividades da ENFF, com direitos especiais concedidos aos membros da associação promover campanhas de solidariedade para angariar doações de livros, revistas, publicações em geral e material audiovisual para a Biblioteca da ENFF; apoiar e incentivar o desenvolvimento de projetos de educação, educação infantil, escolarização de jovens e adultos, do povo do campo, das cidades, das comunidades indígenas e quilombolas; apoiar e incentivar projetos com o objetivo de construir novas relações de gênero capazes de combater as discriminações de raça, cor, gênero, sexo e religião; desenvolver parcerias específicas com instituições e entidades que atuem na área da formação e educação; viabilizar projetos que estimulem estudos acerca da tradição do pensamento crítico; estimular intercâmbio de atividades de formação do Brasil com a América Latina e com outros continentes. O seu Conselho de Coordenação é formado por José Arbex Junior, Maria Orlanda Pinassi e Carlos Duarte. Participam do Conselho Fiscal: Caio Boucinhas, Delmar Mattes e Carlos Macdowell de Figueiredo. A sede situa-se na Rua da Abolição n° 167 - Bela Vista - São Paulo – SP – Brasil - CEP 01319030. VAMOS MANTER VIVA A UNIVERSIDADE DOS TRABALHADORES! A ENFF é uma nova realidade concreta, construída, de forma voluntária e coletiva, pelos próprios alunos, que aponta para um futuro no qual a dignidade do ser humano não será mais privilégio de poucos. Não é um projeto acabado, é um projeto em construção e você pode participar dessa construção. Sem você, sem todos nós, esse projeto não é possível. A ENFF precisa de recursos para desenvolver cursos, publicar material, manter e ampliar suas instalações, custear as despesas de viagem, estadia e alimentação dos alunos e dos assessores. Precisa inclusive propiciar as condições para a visita de pessoas e coletivos que se interessam em conhecer esse projeto. Veja como você pode participar da Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes. Existem duas modalidades de associação: a plena e a solidária. A única diferença entre ambas as modalidades consiste no valor a ser pago. Ambas asseguram os mesmos direitos estendidos aos associados. Para ficar sócio pleno, estabelecemos a quantia de R$ 20,00 (vinte reais) mensais; para tornarse sócio solidário, você contribuirá com uma quantia maior ou menor do que os R$ 20,00 mensais. O custo médio de um aluno em um dos cursos da ENFF é de R$ 40,00 mensais. Esses recursos serão diretamente destinados às atividades da escola ou, eventualmente, empregados na organização de atividades para coleta de fundos (por exemplo: seminários, mostras de arte e fotografia, festivais de música e cinema). Para obter mais informações sobre como participar e contribuir, procure a secretaria executiva: Rua da Abolição nº 167 – Bela Vista – São Paulo – SP – Brasil – CEP 01319-030 Telefones: (55.11) 3105-2616 – 9572-0185 – 6517-4780 Correio eletrônico: [email protected] CNPJ nº 11.453.647/0001-95