201 ANUÁRIO Finanças Estruturadas 2014 10 anos Empresa de Conhecimento Financeiro Finanças Estrutur adas | 2014 Caro leitor, É com grande satisfação que começamos aqui o Anuário Finanças Estruturadas 2014, em mais uma edição desta que se tornou a principal publicação anual no país cobrindo o mais elaborado segmento do mercado de capitais. Não deixa de ser significante a coincidência da data de lançamento deste Anuário e o aniversário de meio século do golpe de 64. Alguns anos depois daquele momento de ruptura, a nação experimentaria um acirramento da repressão política seguida de um movimento abrangente de expansão da presença do estado na economia. Raramente apontado, mas nem por isto menos real, houve um elo natural conectando as perdas de liberdades civis individuais e o aumento de dependência das empresas privadas em relação ao Estado todo poderoso. O resultado foi, pelos 30 anos seguintes, um desenvolvimento, político e econômico, penoso e arrastado, com direito a década perdida, constituição inoperacional, planos mirabolantes, inflação galopante e impeachment. Nos últimos 20 anos, após anteriormente tentar e abortar todas as opções equivocadas, o Brasil tomou um rumo mais promissor. Hoje, vivemos uma democracia em estágio mais avançado e, espera-se, finalmente incólume às tentativas de falsos atalhos. No plano econômico, porém, depois de sólido progresso na gestão macroeconômica, quando já era mais que hora de nos aprofundarmos na gestão microeconômica, parecemos titubear recentemente, flertando com a reinvenção da roda. Por conta do que foi construído nestes últimos 20 anos, o Brasil (re)conquistou o interesse do investidor estrangeiro. Nossa gestão econômica sempre andou atrás de nosso potencial econômico, mas este gap vinha diminuindo. Justamente agora se faz fundamental a gestão apurada como condição de se assegurar os investimentos que clamam por ser realizados e que representam nosso passaporte para o melhor bem-estar de nossos filhos. E a maior parte de tais investimentos só virá, necessariamente, da poupança estrangeira. Assim é que, se de fato progredimos no árduo processo de desenvolvimento tanto político como econômico desde 64, seus erros não podem ser repetidos. Os limites de interferência do Estado e de dependência com relação ao Estado, sem detrimento de um forte e saudável ambiente jurídico-regulamentar, devem ser resguardados. Neste sentido, o Anuário –em sua Introdução Geral– desenvolve uma análise que busca alertar para o crescimento recente desproporcional do crédito direcionado e subsidiado na economia brasileira, crescimento este que se dá à custa do menor crescimento do crédito livre e do mais lento desenvolvimento do mercado de capitais. | 2 Finanças Estrutur adas | 2014 A Uqbar entende o estágio de desenvolvimento do mercado de capitais e, particularmente, do mercado de finanças estruturadas de um país, como um reflexo direto de seu estágio de desenvolvimento político e econômico. Nada mais democrático e eficiente do que um amplo, fluído, transparente e bem regulado mercado de capitais, através do qual uma grande diversidade de captadores e investidores de recursos atendem suas demandas a um preço de equilíbrio. As premissas óbvias de um desenvolvimento contínuo de mercado são a prática educacional e a melhoria informacional. No tocante ao mercado de finanças estruturadas no Brasil, este é o mandato que a Uqbar se atribui e que reflete toda a sua linha de atuação. Muito se andou nestes quesitos, mas muito chão ainda se tem pela frente. Este Anuário é um produto nosso que colocamos no mercado todos os anos com o objetivo de aumentar sua transparência e de aprofundar o conhecimento de todos os seus participantes. Mais uma vez, procuramos nos aprimorar, trabalhando intensamente para trazer para o mercado um vasto conjunto de dados de qualidade e valor agregado, juntamente com uma extensa análise do desempenho de todos os títulos de finanças estruturadas, seus emissores e os participantes envolvidos. Adicionalmente, tivemos o prazer de contar com a colaboração do escritório PMKA Advogados, responsável pelo capítulo dedicado à legislação e regulamentação do mercado. Esperamos que apreciem o nosso trabalho e que, caso desejem nos presentear com críticas construtivas ou elogios, não hesitem em entrar em contato. Boa leitura! Equipe Uqbar | 3 PATROCÍNIO PREMIUM Finanças Estrutur adas | 2014 Securitizadora líder do ranking de emissões no ano de 2013, com R$5.3 bilhões emitidos no ano. A ÁPICE conta em sua equipe com profissionais altamente qualificados, com experiências complementares; e focados na originação, estruturação e distribuição de projetos imobiliários corporativos, incorporações residenciais ou comerciais, loteamentos e shopping centers. www.apicesec.com.br Focada na prestação de Serviços Fiduciários para CRIs, Debêntures, Notas Promissórias e Letras Financeiras, além de registro de CCIs na Cetip e BOVESPA, a PENTÁGONO possui profissionais altamente especializados, estando sempre apta e disponível para assessorá-los com extrema diligência e precisão nas mais variadas e inovadoras estruturas nos mercados imobiliário e de capitais, com notável objetividade e disponibilidade 24h/7. www.pentagonotrustee.com.br O PMKA é reconhecido por ser uma pro-business firm, sempre disposta a viabilizar os projetos de seus clientes. Desenvolver operações desafiadoras e complexas está em seu DNA e para tanto é preciso uma vasta experiência técnica aliada a um profundo conhecimento da dinâmica do setor, visão de negócios e um espírito essencialmente criativo e inovador. www.pmka.com.br A BRAZILIAN SECURITIES foi criada em 2000 para desenvolver o mercado brasileiro de títulos imobiliários. Foi a primeira empresa no Brasil a receber a classificação AA1. BR da Moody’s Investors Service, referente sua emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). As emissões da Brazilian Securities totalizaram R$14 bilhões em dezembro de 2013, o que representava 23,0% do mercado brasileiro. www.braziliansecurities.com.br A RB CAPITAL é uma companhia especializada em operações de Crédito Estruturado e Securitização, Investimentos Imobiliários e Gestão de Fundos, que faz uso de instrumentos de mercados de capitais para canalizar recursos de investidores para a economia real, com foco nos setores imobiliário e de infraestrutura. www.rbcapital.com MATTOS FILHO é um dos escritórios líderes no mercado brasileiro com vasta experiência na área empresarial e reconhecido pela qualidade de seus serviços em diversas práticas jurídicas. A excelência orienta a nossa atuação, sustentada pelo brilho de profissionais amplamente reconhecidos e de uma afinada e talentosa equipe. Estamos sediados em São Paulo com escritórios nas cidades do Rio de Janeiro, Brasília e Nova York. www.mattosfilho.com.br REAG é uma administradora e gestora de recursos especializada em ativos imobiliários, além de plataforma de negócios. Oferece serviços de gestão, administração de FII’s, FIP’s e origina operações e serviços imobiliários, utilizando os mais variados instrumentos de captação de recursos, alinhada com as melhores práticas de mitigação de riscos. www.reag.com.br Somos uma Instituição Financeira com grande experiência na Estruturação, Distribuição e Gestão de operações no mercado de capitais, com soluções inovadoras baseadas nos mais modernos instrumentos financeiros disponíveis, além de oferecer uma completa assessoria profissional para entendimento da estratégia e objetivo de cada cliente. www.bancofator.com.br Desde 1976, TozziniFreire vem se distinguindo como consultoria de serviços jurídicos líder na América Latina. Com forte atuação em Mercado de Capitais, o escritório possui longa tradição na estruturação de operações complexas e em toda a gama de instrumentos financeiros e de securitização, contando com uma equipe altamente experiente em ofertas públicas de valores mobiliários. www.tozzinifreire.com.br | 4 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 ÍNDICE DE CONTEÚDO Introdução geral 11 Capítulo Um – Títulos Gerais 28 30 40 42 43 44 47 48 49 50 51 51 52 54 56 57 58 59 60 Introdução Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Resumo dos Termos e Condições Emissões Composição do Mercado Registros Desempenho Spreads Investidores Mercado Secundário Cedentes Classificação de Risco Cédulas de Crédito Bancário (CCB) Resumo dos Termos e Condições Registros Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) Resumo dos Termos e Condições Registros Capítulo Dois – Títulos Imobiliários Introdução Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) Resumo dos Termos e Condições Emissões Emissores Registros Investidores Mercado Secundário Cedentes Classificação de Risco Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) Resumo dos Termos e Condições Registros Capítulo Três – Títulos do Agronegócio Introdução Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Resumo dos Termos e Condições Emissões Emissores Registros Cédulas de Produto Rural (CPR) Resumo dos Termos e Condições Registros 61 63 69 71 71 73 74 76 77 78 78 80 81 81 83 85 89 90 91 92 92 94 95 96 | 5 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) Resumo dos Termos e Condições Registros 97 98 99 Capítulo Quatro – Rankings de 2013 Introdução Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Emissões Emissores Terceiros Administradores Advogados Agências de Classificação de Risco Auditores Custodiantes Estruturadores Gestores Líderes de Distribuição Securitizadoras Imobiliárias Emissões Emissores Terceiros Advogados Agências de Classificação de Risco Agentes Fiduciários Auditores Líderes de Distribuição Securitizadoras do Agronegócio Emissões Emissores Terceiros Advogados Líderes de Distribuição 100 102 115 117 117 119 119 121 122 123 125 127 128 130 131 133 133 136 136 137 138 140 141 142 143 143 144 144 145 Capítulo Cinco – Regulamentação e Legislação 146 Por Bruno Cerqueira do Escritório PMKA Advogados Associados. | 6 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 ÍNDICE DE FIGURAS Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2013. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis e o Portal Tlon. Figura 1 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionados (R$ milhões) 17 Figura 2 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres e Direcionados em Relação ao PIB (%) 19 Figura 3 Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas e Jurídicas em Relação ao PIB (%) 20 Figura 4 Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas (em dez/13) 21 Figura 5 Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Jurídicas (em dez/13) 22 Figura 6 Saldo das Operações de Crédito – Setor Rural em Relação ao PIB (%) 24 Figura 7 Saldo de Estoque de Debêntures (em R$ milhões) 24 Figura 8 Patrimônio Líquido dos FIDC 25 Figura 9 Emissões de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) 43 Figura 10 Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo–lastro (em R$ milhões) 45 Figura 11 Composição do Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro – 2012 e 2013 (%) 45 Figura 12 Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2012 e 2013 (% do Montante Emitido) 45 Figura 13 Patrimônio Líquido e Número de FIDC Multicedente Multisacado 46 Figura 14 Participação de Patrimônio Líquido de FIDC Multicedente Multisacado (%) 46 Figura 15 Patrimônio Líquido e Número de FIDC Não-Padronizados 47 Figura 16 Participação de Patrimônio Líquido de FIDC Não-Padronizados (%) 47 Figura 17 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC 48 Figura 18 Número de FIDC Registrados na CVM por Ano 48 Figura 19 Atrasos/DC por Ativo-lastro em Dezembro de 2013 (%) 49 Figura 20 Evolução de Atrasos/DC Referente aos Dez FIDC de Maior Valor deste Indicador em Dezembro de 2013 (%) 49 Figura 21 Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2013 por Classe de Investidor (% de Montante) 50 Figura 22 Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e Cetip – Montante (em R$ milhões) 51 Figura 23 Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2013 51 Figura 24 Depósitos de CCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 57 Figura 25 Estoque de CCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 57 Figura 26 Negociações de CCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 57 Figura 27 Depósitos de CCCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 60 Figura 28 Estoque de CCCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 60 Figura 29 Negociações de CCCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 60 Figura 30 Emissões de CRI – Montante (em R$ milhões) 71 Figura 31 Emissões de CRI de 2013 por Faixa de Prazo Final (% do Montante Emitido) 72 Figura 32 Emissões de CRI de 2013 por Indexador (% do Montante Emitido) 72 Figura 33 Ofertas Públicas de CRI 74 Figura 34 Emissões de CRI de 2013 por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) 74 Figura 35 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 75 Figura 36 Depósitos de CRI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 75 Figura 37 Estoque de CRI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 76 Figura 38 Composição do Montante Emitido de CRI em 2013 por Classe de Investidor (% de Montante) 76 Figura 39 Patrimônio Líquido dos FII que investem em CRI 77 | 7 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 Figura 40 Negociações de CRI na BM&FBOVESPA e Cetip – Montante (em R$ milhões) 77 Figura 41 Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2013 78 Figura 42 Número de Cedentes de CRI Pessoa Jurídica por Atividade Econômica – Ano 2013 78 Figura 43 Depósitos de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 81 Figura 44 Estoque de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 81 Figura 45 Negociações de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 82 Figura 46 Emissões de CRA – Montante (em R$ milhões) 91 Figura 47 Composição das Emissões de CRA por Tipo de Segmento (% do Montante Emitido) 91 Figura 48 Emissões de CRA por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) 92 Figura 49 Depósitos de CRA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 93 Figura 50 Estoque de CRA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 93 Figura 51 Negociações de CRA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 93 Figura 52 Negócios de CPR Financeira na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 96 Figura 53 Negócios de CPR Financeira na Cetip em 2013 por Produto ( % do Montante) 96 Figura 54 Depósitos de CDCA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 99 Figura 55 Estoque de CDCA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 99 Figura 56 Negociações de CDCA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) 99 | 8 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 ÍNDICE DE TABELAS Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2013. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis e o Portal Tlon. Tabela 1 Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC 44 Tabela 2 Spreads por Classificação de Risco 49 Tabela 3 Spreads por Ativo-Lastro 50 Tabela 4 Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2013 52 Tabela 5 Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2013 53 Tabela 6 Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI 71 Tabela 7 Securitizadoras Imobiliárias que Emitiram em 2013 73 Tabela 8 Negociações de CRI por Faixa de Prazo Após a Emissão – 2012 e 2013 77 Tabela 9 Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2013 79 Tabela 10 Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI em 2013 79 Tabela 11 Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM 92 Tabela 12 Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 Tabela 13 Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2013 117 Tabela 14 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2013 118 Tabela 15 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado 118 Tabela 16 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2013 119 Tabela 17 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2013 119 Tabela 18 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 120 Tabela 19 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 120 Tabela 20 Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2013 121 Tabela 21 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2013 121 Tabela 22 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2013 122 Tabela 23 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2013 122 Tabela 24 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado 122 Tabela 25 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado 123 Tabela 26 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2013 123 Tabela 27 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2013 124 Tabela 28 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 124 Tabela 29 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 124 Tabela 30 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2013 125 Tabela 31 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2013 125 Tabela 32 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado 126 Tabela 33 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado 126 Tabela 34 Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2013 127 Tabela 35 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2013 127 Tabela 36 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2013 128 Tabela 37 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2013 128 Tabela 38 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 129 Tabela 39 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 129 Tabela 40 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 130 117 | 9 ÍNDICE Finanças Estrutur adas | 2014 Tabela 41 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2013 130 Tabela 42 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2013 133 Tabela 43 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 133 Tabela 44 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 134 Tabela 45 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado 134 Tabela 46 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado 135 Tabela 47 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 135 Tabela 48 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 136 Tabela 49 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 136 Tabela 50 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 137 Tabela 51 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2013 137 Tabela 52 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2013 137 Tabela 53 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado 138 Tabela 54 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado – Consolidado 138 Tabela 55 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2013 138 Tabela 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2013 139 Tabela 57 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI 139 Tabela 58 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer 139 Tabela 59 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 140 Tabela 60 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 140 Tabela 61 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2013 141 Tabela 62 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2013 141 Tabela 63 Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado 142 Tabela 64 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado 142 Tabela 65 Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado 142 Tabela 66 Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado 144 Tabela 67 Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado 144 Tabela 68 Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido – Consolidado 145 Tabela 69 Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Operações – Consolidado 145 © 2014 Uqbar A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verificação dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas, mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações equivocadas. Esta publicação não é uma recomendação de compra ou venda. Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Nenhuma das informações desta publicação pode ser copiada, reproduzida, divulgada ou transmitida, no todo ou em partes, em qualquer formato, por qualquer razão, ou por qualquer pessoa, sem autorização da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. | 10 Introdução geral Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Introdução geral Em 2013 o mercado de finanças estruturadas brasileiro passou por transformações que refletiram, em primeira ordem, o perfil evolutivo do mercado de crédito no país e, em segunda ordem, o avanço de seu marco jurídico-regulamentar e a continuação do processo de absorção das consequências das intervenções e liquidações de alguns bancos de médio porte que vinham ocorrendo desde 2010. Estes fatores determinaram em grande medida o desempenho deste segmento do mercado no último ano. A demanda por crédito na economia teve sua composição alterada em relação a anos anteriores, se intensificando no segmento imobiliário e, em menor escala, na categoria de crédito pessoal consignado e nos segmentos do agronegócio e de comércio exterior, e se reduzindo em uma outra categoria, a de financiamento de veículos. Tal comportamento impactou em sua justa medida o mercado de finanças estruturadas, provocando mudanças dimensionais na sua composição. Por outro lado, dois importantes fatores atuaram como mitigadores de crescimento do setor em 2013. Primeiro, o ajuste necessário em função da aproximação do prazo final –que ocorreu em fevereiro de 2014– para entrada em vigor de alterações regulamentares relevantes, de natureza estrutural, aplicáveis ao veículo do principal segmento do mercado de finanças estruturadas. Segundo, os ainda desdobramentos que se alastraram pelo ano de 2013, da saída deste mercado –por conta de processos de liquidação pelo Banco Central– de participantes outrora ativos como os bancos Cruzeiro do Sul, BVA e, mais recentemente, Rural. Composição O mercado de finanças estruturadas é composto por diferentes títulos que podem ser potencialmente utilizados para financiamento em qualquer segmento da economia. De fato, alguns destes títulos podem, cada um deles individualmente, ser estruturados e emitidos para o financiamento de operações em diversos segmentos. Outros, por sua vez, são títulos específicos de segmentos da economia como os títulos imobiliários e os títulos do agronegócio. De qualquer forma, todos estes títulos que pertencem ao mercado de finanças estruturadas o são por se tratarem de, ou títulos de securitização, ou títulos que apresentam algumas características típicas dos títulos de securitização, ou títulos maciçamente utilizados no lastro de operações de securitização. As operações de securitização são aquelas associadas aos conceitos básicos de transferência de risco e de criação de liquidez. Para que tais conceitos venham a estar presentes de forma completa se faz necessário a | 13 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 utilização de um ferramental composto pelo conjunto de quatro inovações financeiras vinculadas à tecnologia de securitização: isolamento de ativos, agrupamento de ativos, remodelagem de fluxo de caixa e reforços de crédito e de liquidez. Assim, pelas suas características estruturais mais elaboradas, os títulos de securitização são a referência do mercado de finanças estruturadas. Os títulos de securitização do mercado brasileiro são as cotas dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Os três títulos são emitidos, respectivamente, por FIDC, por Companhias Securitizadoras de Crédito Imobiliário (Securitizadoras Imobiliárias) e por Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do Agronegócio (Securitizadoras do Agronegócio). Entre eles, a cota de FIDC é o único título não vinculado a um segmento econômico específico, sendo o mesmo de natureza geral, ou seja, é um título que pode ser utilizado para o financiamento de qualquer segmento da economia. O mercado de FIDC é o que se encontra em estágio mais desenvolvido no universo da securitização e, neste sentido, a cota de FIDC é atualmente o principal título do mercado de finanças estruturadas brasileiro. Crédito x Finanças Estruturadas A dimensão do mercado de finanças estruturadas decorre, em grande parte, da dimensão do mercado de crédito, este último se caracterizando como a matéria prima utilizada por aquele primeiro. Nesta Introdução Geral do Anuário, é desenvolvida inicialmente uma leitura quantitativa e qualificativa da evolução do crédito na economia brasileira e, inserida nesta análise, é produzida uma abordagem do papel potencial que o mercado de finanças estruturadas pode exercer na expansão do financiamento de diversos setores da economia brasileira e, no espaço de investimentos, na diversificação e ampliação de suas possibilidades. Instituições Financeiras x FIDC O universo de crédito, em toda sua completude, é composto não somente pelos créditos concedidos pelas instituições financeiras, mas também por aqueles que têm como credor empresas não financeiras, instituições governamentais, pessoas físicas e demais entes. Os créditos referentes a todos estes tipos de credores podem vir a fazer parte do mercado de finanças estruturadas e uma análise da importância comparativa deste mercado só seria totalmente completa se considerasse todos eles. Porém, diante da impossibilidade de se dimensionar o universo | 14 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 de crédito por completo, utilizou-se uma substituição parcial que, em uma primeira aproximação, nos informa suficientemente bem o dinamismo do todo. Assim, baseado nos dados do Banco Central do Brasil, analisando-se a evolução e a composição do estoque consolidado de créditos pertencentes ao conjunto das instituições financeiras e devidos pelo setor não-financeiro, buscou-se, de forma aproximada, dimensionar e qualificar a expansão da matéria prima utilizada no mercado de finanças estruturadas. Já o mercado de finanças estruturadas, em toda sua completude, é composto não somente pelas cotas de FIDC –ou mesmo pelo conjunto maior de todos os títulos de securitização– mas também por outros títulos gerais, imobiliários e do agronegócio, conforme se constatará ao longo deste Anuário. Uma análise do desempenho deste mercado só seria totalmente completa se considerasse todos estes títulos. Porém, para se viabilizar pragmaticamente nesta Introdução uma leitura da importância do seu papel, optou-se por representá-lo através somente do mercado de FIDC, os emissores do principal título do mercado de finanças estruturadas. Assim, analisando-se a evolução do Patrimônio Líquido (PL) consolidado dos FIDC, buscou-se, também de forma aproximada, dimensionar comparativamente o desempenho do mercado de finanças estruturadas em relação ao desempenho do universo mais amplo do crédito. E, através desta leitura paralela, almejou-se avaliar o poder desenvolvido de complementariedade e diferenciação do mercado de finanças estruturadas na sua função de financiamento de diversos segmentos da economia brasileira. Isto, sem entrar no mérito do valor agregado que títulos como as cotas de FIDC possam representar como opções de investimento, o que é tratado à parte. Adicionalmente, enriquecendo a análise elaborada nesta Introdução, são apresentados dados evolutivos referentes ao dimensionamento dos estoques consolidados de crédito rural na economia brasileira e de debêntures. O avanço registrado do crédito rural significa um potencial claro de expansão para o mercado de títulos de finanças estruturadas do agronegócio. Tal potencial, até o momento, está muito distante de ter sido minimamente realizado e os números apresentados aqui apontam nesta direção. Já o tamanho do mercado de debêntures também é ilustrado para efeito comparativo complementar, principalmente em relação ao tamanho do mercado de FIDC e, dentro deste, ao tamanho da categoria de FIDC que investem em dívida corporativa de longo prazo. | 15 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Direcionado x Livre O estoque consolidado de créditos pertencentes ao conjunto das instituições financeiras (devidos pelo setor não-financeiro) cresceu de R$762,35 bilhões em março de 2007 para R$2,72 trilhões em dezembro de 2013. O fluxo de aumento do estoque se deu de forma quase constante ao longo deste período e representou, de forma acumulada, um crescimento proporcional substancialmente maior que aquele referente ao tamanho da economia brasileira. Mas a taxa de crescimento instantânea para a fatia do estoque referente aos créditos com recursos direcionados permaneceu, ao longo deste período, sempre mais elevada do que aquela referente aos créditos com recursos livres. O resultado foi uma transformação relevante nos últimos anos da composição do estoque de crédito entre estas duas categorias. O critério de segmentação do crédito, entre aquele concedido com recursos direcionados e aquele concedido com recursos livres, se fundamenta no tipo de origem dos recursos que foram captados para financiar este crédito. Créditos com recursos direcionados utilizam recursos captados através de certos tipos de fontes –como a caderneta de poupança, e também parte dos depósitos à vista e fundos e programas públicos, inclusive vinculados a recursos orçamentários– barateando o seu custo de captação. São créditos regulamentados, que devem atender parâmetros específicos em seu formato e na sua alocação em determinados segmentos da economia, tornando-os, na sua maioria, créditos subsidiados. Créditos concedidos diretamente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou oriundos de recursos captados junto a este banco, se incluem entre os considerados com recursos direcionados. Os segmentos imobiliário, rural, de infraestrutura, de bens de capital, de exportação e de pequenas e médias empresas são os principais receptores do crédito com recursos direcionados. Em contrapartida ao crédito com recursos direcionados, o crédito concedido sem restrições quanto às escolhas do segmento econômico receptor e a outros parâmetros –como, por exemplo, sua rentabilidade e dimensão ou o tipo de bem sendo financiado– compõe o chamado crédito com recursos livres. Este é composto, assim, por financiamentos e empréstimos com direcionamento e taxas livremente pactuadas entre instituições financeiras e os mutuários, sendo que os recursos utilizados são aqueles captados em mercado através de depósitos a prazo, captações no exterior, parte também dos depósitos à vista, entre outros instrumentos. A figura 1 exibe a evolução histórica –de março de 2007 até dezembro de 2013– do saldo da carteira de crédito das instituições financeiras, segmentado entre as categorias de crédito com recursos direcionados e de crédito com recursos livres. | 16 FIG. 1 Fonte: Banco Central do Brasil 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 Recursos Livres Set 13 Dez 13 Jun 13 Mar 13 Set 12 Dez 12 Jun 12 Mar 12 Set 11 Dez 11 Jun 11 Mar 11 Set 10 Dez 10 Jun 10 Mar 10 Set 09 Dez 09 Jun 09 Mar 09 Set 08 Dez 08 Jun 08 Mar 08 Set 07 Dez 07 0 Jun 07 500.000 Mar 07 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Saldo da Carteira de Crédito - Recursos Livres e Direcionados (R$ milhões) Recursos Direcionados Enquanto o estoque total de crédito cresceu nominalmente 256,2% no período de quase sete anos coberto na figura 1, houve larga diferença entre as taxas de crescimento de suas duas categorias. O estoque de crédito com recursos livres se elevou em 206,7%, passando de R$491,86 bilhões para R$1,51 trilhão, e o estoque de crédito com recursos direcionados se elevou em 346,2%, passando de R$270,49 bilhões para R$1,21 trilhão. Ou seja, a taxa de crescimento do crédito direcionado foi muito mais alta que a do crédito livre, tendo a proporcionalidade entre o primeiro e o segundo subido de 55,0% para 80,0% no período. Tal transformação da composição do crédito –com o direcionado se aproximando em tamanho do livre– tem fortes implicações macroeconômicas e estruturais, inclusive para o mercado de finanças estruturadas. Sua existência é fruto de um papel crescentemente ativo por parte do governo, o qual se concretiza através da atuação das instituições financeiras públicas, com destaque para o BNDES. O resultado, que inclui os benefícios usufruídos pelos tomadores de recursos subsidiados, é também uma maior distorção na eficiência de alocação de recursos na economia. Aqueles tomadores que estão restritos ao crédito livre têm seus custos relativamente aumentados. Por sua vez, a política monetária tem diminuído seu poder de impacto na demanda e, consequentemente, no controle inflacionário. E as instituições financeiras públicas têm seus balanços e estruturas ampliados para além do financeiramente desejável. Já para as operações de securitização no mercado de finanças estruturadas, o estoque de crédito direcionado, em sua grande maioria, não se configura na prática como matéria prima. Ou seja, a maior parte do crédito direcionado é dificilmente securitizável, pela impossibilidade financeira inerente. Os títulos de securitização são vendidos preponderantemente para investidores que buscam um retorno consistente com o risco que está sendo tomado. Assim, na ausência de reforços de crédito de terceiros, operações de securitização de crédito direcionado subsidiado não se viabilizam porque | 17 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 investidores que estejam dispostos a correr o risco de tomadores de crédito subsidiado exigirão um retorno acima daquele que uma operação de securitização –tendo este tipo de crédito como lastro– pode gerar. É por isto que títulos de securitização que têm como lastro créditos imobiliários originados no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) são comumente vendidos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ou então para os próprios originadores de seu lastro. A ressalva em relação ao exposto no parágrafo anterior diz respeito a uma pequena parcela do crédito direcionado que, mesmo sendo contabilizada como tal, é composta por créditos concedidos a taxas de mercado. Isto ocorre, por exemplo, com uma pequena parcela dos recursos captados junto à caderneta de poupança que deve ser direcionada ao crédito imobiliário, aproximadamente equivalente a 12,5% do total. Entretanto, justamente por se tratar de uma exigibilidade alocatória, e também por motivos de eficiência gerencial de balanço, as instituições financeiras têm demonstrado pouco interesse em ceder estes créditos para estruturas de securitização, salvo os casos em que estas instituições financeiras se tornam os investidores dos títulos de securitização que foram lastreados nos créditos cedidos pelas mesmas. Crédito x PIB Reavaliando o desempenho do crescimento do crédito, agora sob uma perspectiva relativa ao desempenho do crescimento da economia, constata-se também um aumento contínuo desta relação de proporcionalidade –mesmo que de forma um pouco volátil– ao longo dos últimos anos. Tal conclusão se depreende da leitura da evolução do índice percentual do estoque total de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A figura 2 apresenta este histórico e também exibe os de seus componentes: o do índice referente ao estoque de crédito direcionado e o do índice referente ao estoque de crédito livre. Em março de 2007 o estoque total de crédito representava 31,2% do PIB, sendo que 11,1 destes pontos percentuais se referiam ao crédito direcionado e 20,1 se referiam ao crédito livre. Em dezembro de 2013 o tamanho relativo do crédito na economia galgou para 56,5%, sendo que agora 25,1 pontos percentuais se referem ao crédito direcionado e 31,4 se referem ao crédito livre. Nota-se, assim, que o estoque de crédito direcionado mais que dobrou sua fatia em relação a um bolo (o PIB) que, por sua vez, também cresceu em termos reais. O PIB real (nominal menos inflação) subiu 27,0% nos últimos sete anos. Vale também apontar que, como se verá adiante, no ano de 2013 houve redução do tamanho relativo na economia do crédito livre. | 18 FIG 2 Fonte: Banco Central do Brasil 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 Set 13 Dez 13 Jun 13 Dez 12 Mar 13 Jun 1 Set 12 Mar 12 Set 11 Dez 11 Jun 11 Mar 11 Set 10 Dez 10 Jun 10 Mar 10 Set 09 Dez 09 Jun 09 Mar 09 Set 08 Dez 08 Jun 08 Mar 08 Set 07 Dez 07 0,0 Jun 07 10,0 Mar 07 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Saldo da Carteira de Crédito Recursos Livres e Direcionados em Relação ao PIB (%) Crédito total em relação ao PIB Créditos livres em relação ao PIB Créditos direcionados em relação ao PIB O crescimento do crédito na economia brasileira em anos recentes teve como uma das suas principais fontes o crescimento do crédito imobiliário. Porém, a maior parte do crescimento do montante consolidado de crédito imobiliário concedido pelas instituições financeiras se refere a um crédito imobiliário subsidiado ou, mesmo se concedido a taxas de mercado, se refere a um crédito direcionado, concedido com recursos captados junto à caderneta de poupança. Nos últimos sete anos a fatia correspondente ao saldo de crédito imobiliário saltou de aproximadamente 5,0% para 15,0% do total de crédito nas carteiras das instituições financeiras. E vale também destacar que este salto acarretou numa transformação relevante na composição da dívida total das pessoas físicas, tendo a fatia desta dívida referente ao crédito imobiliário também dado um salto neste período. Isto é refletido no aumento nas carteiras das instituições financeiras da fatia total do crédito devido por pessoas físicas de, aproximadamente, 10,0% para 30,0%, e de 35,0% para 70,0% do total de crédito direcionado para pessoas físicas. Por outro lado, a imensa maioria do crédito imobiliário que é securitizado no país o é através das operações de CRI, o principal título de securitização imobiliária no Brasil. Através dos FIDC apenas uma parcela de pouco mais de 2,0% do total do crédito imobiliário encontra-se atualmente securitizada. Desta forma, dado que a viabilidade financeira de se estruturar títulos de securitização e vendê-los para o mercado investidor requer, quase sempre, que os créditos utilizados como lastro destes títulos sejam da categoria de crédito livre e, dado que os FIDC –que são o principal veículo de securitização no mercado brasileiro– não têm exercido um papel importante na securitização de crédito imobiliário, a análise que se segue se concentra no desempenho do crédito livre e, de forma complementar, no papel do mercado de FIDC. Assim, mesmo não focada no crédito imobiliário –o qual vem se destacando na evolução do crédito na economia– esta análise abarca | 19 de crescimento –a do crédito livre– e considera a contribuição para este crescimento do mercado do principal título de finanças estruturadas, o qual utiliza como sua matéria prima, preponderantemente, o crédito livre. Crédito Livre Primeiramente, se atendo apenas à evolução do crédito livre, é exibido na figura 3 o histórico dos componentes deste crédito, também como indicadores de suas respectivas relações com o PIB, segmentados entre aquele cujos devedores são pessoas jurídicas e aquele cujos devedores são pessoas físicas. Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas e Jurídicas em Relação ao PIB (%) FIG. 3 Fonte: Banco Central do Brasil 16,0 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 Pessoas Jurídicas Set 13 Dez 13 Jun 13 Mar 13 Set 12 Dez 12 Jun 12 Mar 12 Set 11 Dez 11 Jun 11 Mar 11 Set 10 Dez 10 Jun 10 Mar 10 Set 09 Dez 09 Jun 09 Mar 09 Set 08 Dez 08 Jun 08 Mar 08 Set 07 Dez 07 9,0 Jun 07 10,0 Mar 07 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 a fatia do universo de crédito que apresenta condições mais sustentáveis Pessoas Físicas O crédito livre para pessoas jurídicas cresceu de forma um pouco mais prolongada até a crise financeira de 2008, refletindo a tendência de aumento de capacidade de alavancagem das empresas que ocorreu naquele período. A partir da crise financeira, o quadro se inverteu temporariamente, com algumas empresas passando por um processo mais crítico de vulnerabilidade creditícia e, por outro lado, os consumidores usufruindo mais diretamente de uma política econômica anticíclica fomentada pelo governo. Mais recentemente, após o forte desempenho da economia em 2010, os bancos incrementaram o foco de atuação na concessão de crédito para empresas ao longo dos anos de 2011 e 2012. Ao final daquele último ano, os dois cômputos referentes aos crescimentos proporcionais desde 2007 dos níveis de crédito livre em relação ao PIB, para as pessoas físicas e para as pessoas jurídicas, eram quase coincidentes, tendo estes galgado mais de cinco pontos percentuais e atingido 15,7% e 16,0%, respectivamente. Em 2013, mesmo com mais um ano de baixo crescimento do PIB, a | 20 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 proporcionalidade do crédito livre em relação à economia se reduziu. Tal diminuição resultou de reduções em ambos os seus indicadores componentes –o crédito livre tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas– que terminaram o ano em 15,5% e 15,9%, respectivamente. Tal desempenho nos últimos doze meses parece indicar uma crescente resistência ao crescimento proporcional do crédito livre, provavelmente em função do contínuo avanço do crescimento proporcional do crédito direcionado. As três maiores categorias que compunham o crédito livre para pessoas físicas no final de 2013 são, nesta ordem: Crédito Pessoal Consignado; Financiamento de Veículos; e Cartão de Crédito. Tal composição se alterou neste último ano, tendo Crédito Pessoal Consignado se tornado a maior fatia e Financiamento de Veículos descido para a segunda colocação. A perda de participação da categoria Financiamento de Veículos na composição do crédito livre para pessoas físicas encontrou paralelo no comportamento da composição do mercado de FIDC por categoria de ativo-lastro, mesmo não havendo distinção entre tomador pessoa física e pessoa jurídica na definição da categoria Financiamento de Veículos na composição utilizada para aquele mercado. Vale ressaltar que estas três categorias principais que compõem o estoque de crédito livre para pessoas físicas das instituições financeiras coincidem com os objetivos de aquisição de políticas de investimento de boa parte dos FIDC que investem em recebíveis que podem ter pessoas físicas como devedor. Estes FIDC pertencem a duas das três principais categorias de ativo-lastro do setor, a saber, as categorias Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal. A figura 4 traz a composição do saldo de crédito com recursos livres para pessoas físicas no final de dezembro de 2013. Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Físicas (em dez/13) FIG. 4 Fonte: Banco Central do Brasil 10,8 % 29,8 % 13,1 % 19,4 % 26,9 % Crédito Pessoal Consignado 29,8 % Veículos 26,9 % Cartão de Crédito 19,4 % Crédito Pessoal Não Consignado 13,1 % Outros 10,8 % | 21 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Ao se mover a análise para a da composição do estoque de crédito livre para pessoas jurídicas, percebe-se que, diferentemente do que ocorre com a composição deste para pessoas físicas, uma categoria de crédito, denominada Capital de Giro - Prazo Superior a 365 Dias, representa mais do que um terço do total. Em contrapartida, as categorias Aquisição e Arrendamento –onde se inserem as operações de financiamento de veículos– e Recebíveis Comerciais têm participações relativamente pequenas. Em relação à composição verificada ao final do ano anterior, somente a categoria Comércio Exterior apresentou alguma mudança, tendo sua fatia aumentado em 1,6 ponto percentual. Este perfil de composição não encontra paralelo no mercado de FIDC, onde as categorias de ativo-lastro Financiamento de Veículos e Recebíveis Comerciais são protagonistas e maiores que a categoria Crédito Pessoa Jurídica (definida como aquela que engloba os empréstimos corporativos de médio e de longo prazos). Ou seja, a diferenciação entre os perfis de composição do crédito livre para pessoas jurídicas e das carteiras dos FIDC aponta para um papel, na prática, ainda de natureza complementar exercido por este veículo de securitização no financiamento do setor corporativo. Os FIDC são mais focados em créditos do tipo que não é predominante nas carteiras das instituições financeiras. A figura 5 traz a composição do saldo de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas nas carteiras das instituições financeiras no final de dezembro de 2013. Composição do Saldo da Carteira de Crédito – Recursos Livres para Pessoas Jurídicas (em Dez/13) FIG. 5 Fonte: Banco Central do Brasil 21,3 % 37,6 % 5,2 % 6,6 % Capital de Giro –prazo superior a 365 dias 37,6 % Comércio Exterior 16,0 % Capital de Giro – Outros Prazos 13,3 % Aquisição e Arrendamento 6,6 % Recebíveis Comerciais 5,2 % Outros 13,3 % 21,3 % 16,0 % | 22 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Setor Rural e Debêntures Duas figuras são adicionadas à análise corrente para ilustrar outros aspectos do potencial de crescimento da participação do mercado de securitização no financiamento da economia brasileira. Primeiro, a figura 6 apresenta a evolução do indicador que representa o estoque consolidado de operações de crédito das instituições financeiras ao setor rural, em porcentagem, em relação ao PIB. Nota-se o salto deste indicador de um valor inferior a 3,5%, ainda no final de 2012, para um valor superior a 4,5%, no final do ano passado. O universo mais amplo de crédito vinculado ao setor rural vai muito além daquele restrito às carteiras das instituições financeiras, compreendendo também o vasto conjunto de operações de natureza creditícia entre empresas não financeiras, entre estas e pessoas físicas ou até mesmo entre somente pessoas físicas. Afinal de contas, a dimensão do agronegócio na economia brasileira implica na existência de uma larga gama de opções de operações de crédito para que se viabilize operacionalmente este setor. Mesmo assim, a trajetória do indicador na figura 6 não deixa de sintetizar o movimento crescente do estoque de crédito rural na economia brasileira. Neste sentido, a contribuição do mercado de capitais para a continuidade deste crescimento, através de financiamentos e investimentos que utilizem os títulos do agronegócio do mercado de finanças estruturadas, ainda tem sido pouco explorada. Vale notar que em 2013 houve crescimento dimensional dos FIDC que investem em direitos creditórios do agronegócio, assim como aumento das emissões de CRA, o título de securitização específico do agronegócio. Mas o mercado de CRA, apesar de se encontrar em franca expansão e vir apresentando importantes inovações, ainda corresponde a dimensões ínfimas comparativamente ao esplendor do setor rural no Brasil. Os números ilustrados no capítulo dedicado aos títulos do agronegócio corroboram esta afirmação. As oportunidades de ganho em eficiência financeira para captadores e investidores de recursos são robustas. Para capturá-las, requer-se o desenvolvimento do mercado. O capítulo dedicado à legislação e regulamentação do mercado de finanças estruturadas se atém a este setor. | 23 FIG. 6 Fonte: Banco Central do Brasil 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 Set 13 Dez 13 Jun 13 Dez 12 Mar 13 Jun 1 Set 12 Mar 12 Set 11 Dez 11 Jun 11 Mar 11 Set 10 Dez 10 Jun 10 Mar 10 Set 09 Dez 09 Jun 09 Mar 09 Set 08 Dez 08 Jun 08 Mar 08 Set 07 Dez 07 Jun 07 Mar 07 2,0 A segunda figura a ser comentada aqui, no contexto da discussão do papel do mercado de securitização e de seu potencial de contribuição entre as formas de financiamento e de investimento no mercado financeiro brasileiro, se refere ao saldo de estoque de debêntures. A figura 7 apresenta a evolução deste número, em base consolidada, excluindo as debêntures emitidas por empresas de leasing. O saldo de estoque de debêntures cresceu continuamente nos últimos três anos, fechando 2013 em R$267,46 bilhões. Saldo de Estoque de Debêntures (em R$ milhões) FIG. 7 Fonte: Cetip 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 Dez 13 Nov 13 Set 13 Out 13 Ago 13 Jul 13 Jun 13 Abr 13 Mai 13 Fev 13 Mar 13 Jan 13 Dez 12 Nov 12 Set 12 Out 12 Ago 12 Jul 12 Jun 12 Abr 12 Mai 12 Mar 12 Fev 12 Jan 12 Dez 11 Out 11 Nov 11 Set 11 Ago 11 Jul 11 Jun 11 Mai 11 Abr 11 Mar 11 Jan 11 0 Fev 11 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Saldo das Operações de Crédito - Setor Rural em Relação ao PIB (%) Foram excluídas as debêntures emitidas por empresas de leasing. Participação de FIDC A cifra atual de estoque consolidado de debêntures corresponde a uma dimensão cinco vezes maior que aquela do mercado de FIDC. Tal múltiplo se torna mais expressivo quando se consideram as possibilidades e vantagens do mercado de FIDC. Por exemplo, carteiras de FIDC podem ser compostas por debêntures, assim como podem ser compostas por qualquer outro tipo de direito creditório. | 24 urgente de aumento da formação bruta de capital fixo– um dos melhores potenciais de crescimento do mercado de FIDC, do ponto de vista de eficiência econômico-financeira, reside no crescimento dos FIDC da categoria de ativo-lastro Crédito Pessoa Jurídica, onde se enquadram as debêntures e outras formas de crédito corporativo de médio e longo prazos. Inclusive, os FIDC que invistam em debêntures, ou em outros direitos creditórios, que, por sua vez, se enquadrem como instrumentos de financiamento de certos projetos de natureza de infraestrutura, conforme determinado pela Lei n° 12.844 de julho de 2013, usufruem de isenção tributária em seus rendimentos. Assim, considerando-se também que os investimentos em cotas de FIDC são investimentos com potencial de diferenciação, que podem ter como lastro carteiras diversificadas compostas por todo o tipo de direitos creditórios, não há porque pensar que o tamanho deste segmento do mercado de capitais esteja limitado à quinta parte do tamanho de outro segmento, o das debêntures, que é apenas um tipo destes direitos creditórios. A figura 8, que se segue, exibe a evolução do PL consolidado e do número de FIDC. Entre 2007 e o final de 2011, tal evolução de crescimento apresentou perfil similar, apesar de intensidade relativa mais elevada, àquelas referentes aos estoques de crédito livre das instituições financeiras e de debêntures. Mas, a partir de 2012 ocorreu divergência de trajetórias: naquele ano os estoques de crédito e de debêntures continuaram subindo, mas o PL de FIDC passou a se reduzir acentuadamente. Patrimônio Líquido dos FIDC FIG. 8 Fonte: Uqbar 450 70.000 400 60.000 350 50.000 300 40.000 250 200 30.000 150 Número de FIDC Patrimônio Líquido (R$ milhões) 20.000 100 10.000 Set 13 Dez 13 Jun 13 Mar 13 Set 12 Dez 12 Jun 12 Mar 12 Set 11 Dez 11 Jun 11 Mar 11 Set 10 Dez 10 Jun 10 Mar 10 Set 09 Patrimônio Líquido Dez 09 Jun 09 Mar 09 Set 08 Dez 08 Jun 08 Mar 08 Set 07 Dez 07 0 Jun 07 0 50 Mar 07 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 Na verdade, no quadro atual no país –caracterizado pela necessidade Número de FIDC Sem o FIDC Sistema Petrobras NP | 25 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 O PL consolidado do setor de FIDC cresceu 193,0% entre março de 2007 e dezembro de 2011, subindo de R$21,79 bilhões para R$63,83 bilhões no período. Por outro lado, nos doze meses seguintes o PL encolheu 16,6% caindo para R$53,26 bilhões em dezembro de 2012. Em 2013, na comparação entre começo e fim de ano, este indicador praticamente não se alterou em termos nominais, ou seja, em termos reais houve decrescimento, desempenho abaixo do ocorrido com o estoque de crédito livre e bastante inferior ao ocorrido com o estoque de debêntures. Antes da forte retração ocorrida durante o ano de 2012, um movimento de diminuição no mercado de FIDC havia sido registrado apenas uma vez no histórico do setor, durante o ano de 2009, no auge da crise financeira. Mesmo assim, aquela retração havia sido relativamente menor. Dado que os estoques de crédito e de debêntures continuaram a se elevar durante 2012, o que teria ocorrido naquele ano com o mercado de FIDC? O Anuário Finanças Estruturadas 2013, edição do ano passado, traz em sua Introdução uma descrição e análise da debacle em 2012 de instituições financeiras de porte médio que eram atuantes no mercado de FIDC, centradas principalmente nos casos do Banco Cruzeiro do Sul e do BVA. Tais eventos, juntamente com o processo paralelo que se iniciou de mudança evolutiva do marco regulatório do mercado de FIDC, que resultou na edição da importante Instrução CVM nº 531, explicam, em grande medida, a inversão de trajetória de crescimento deste setor em 2012. O capítulo de títulos gerais do mercado de finanças estruturadas aborda em mais detalhe as razões do desempenho recente do mercado de FIDC. Mas uma vez superada esta fase de desenvolvimento do mercado –e tal diagnóstico indica estar se tornando ponto pacífico entre seus participantes– o setor de FIDC exibe as condições necessárias para a retomada da sua trajetória de crescimento. Os números referentes ao ano de 2013 já se apresentaram mais estáveis, inclusive em relação ao desempenho do estoque de crédito livre na economia. Entretanto, o tamanho ainda relativamente pequeno deste setor, seja em relação ao tamanho da economia brasileira, seja em relação ao estoque de crédito das instituições financeiras, seja em relação ao estoque de debêntures –ou seja, principalmente em relação a seu potencial natural de crescimento– ainda justifica esperar por taxas elevadas de expansão deste mercado em um futuro breve. Os FIDC contam com um marco regulatório desenvolvido, um histórico robusto de mais de dez anos e, principalmente, uma tecnologia diferenciada que os fazem um instrumento de financiamento de grande flexibilidade e abrangência e um instrumento de investimento diversificado e de retornos potenciais diferenciados. | 26 Introdução GER AL Finanças Estrutur adas | 2014 O Anuário A seguir, este Anuário apresenta três capítulos trazendo um amplo conjunto de dados quantitativos e qualitativos dos títulos do mercado de finanças estruturadas, organizados por atividade econômica. Cada capítulo traz uma introdução própria abordando os desenvolvimentos em destaque em 2013 referentes aos seus respectivos títulos cobertos. O primeiro deles cobre os títulos gerais, onde se destacam as cotas de FIDC, e dos quais também fazem parte as Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). O segundo destes três capítulos é dedicado aos títulos imobiliários, tendo os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) em evidência e também apresentando dados referentes às Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). Na sequência, o terceiro capítulo apresenta os títulos do agronegócio, que incluem os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), as Cédulas do Produto Rural (CPR) e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). Os capítulos seguintes deste Anuário são dedicados, respectivamente, aos rankings de operações e de participantes, e à evolução do marco jurídico-regulamentar do mercado de finanças estruturadas. O primeiro traz uma cobertura completa das movimentações de posicionamento no mercado entre seus diversos tipos de participantes. O segundo, escrito pelo escritório PMKA Advogados, oferece várias sugestões para o avanço do desenvolvimento de mercado no segmento de títulos do agronegócio. | 27 capítulo UM TíTULOS GERais Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 INTRODUÇÃO Neste capítulo –denominado Títulos Gerais– são abordados aqueles títulos que não estão vinculados a qualquer setor de negócios em particular, a saber: as cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), as Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). Diferentemente dos títulos imobiliários e dos títulos do agronegócio, que serão abordados nos capítulos subsequentes, é justamente na sua abrangência setorial que reside a razão da abordagem destes títulos neste capítulo. Especificamente com relação às cotas de FIDC, estes são títulos que, além de poder ser utilizados para o financiamento de qualquer segmento da economia, podem representar um lastro composto por recebíveis cedidos por qualquer tipo de credor. Neste sentido, os FIDC, apesar de formarem um subconjunto em dimensão do universo amplo de crédito em uma economia, representam o mesmo potencial de diversidade deste universo. Nesta Introdução se pretende pontuar os dados quantitativos, assim como tecer comentários e análises pertinentes, referentes ao desempenho dos Títulos Gerais do mercado de finanças estruturadas em 2013. Principalmente pelo fato de o FIDC se tratar de um veículo que pode ser usado para captação de recursos pelos mais diversos setores da economia, as cotas deste fundo se tornaram o principal título de securitização no Brasil. Contudo, a partir de 2012 as emissões anuais de cotas de FIDC se reduziram drasticamente. Em 2011 o total de emissões havia crescido 67,4% frente a 2010, ano no qual o desempenho já havia sido recorde. Em 2012, no entanto, o montante total se reduziu em 46,9% em relação ao ano anterior. A questão subjacente para tamanho recuo, afora alguns pontos específicos relacionados com o ambiente macroeconômico, diz respeito a dois fatores principais: problemas relacionados a bancos médios que atuavam de forma protagonista no mercado de FIDC e um compasso de espera por uma alteração regulamentar que caracterizou o estado de boa parte dos participantes do mercado em 2012. Ainda na esteira da fraude contábil no Banco Panamericano, imbróglio que se iniciou ainda em 2010, dois outros bancos –Banco Cruzeiro do Sul e Banco BVA– em um intervalo de apenas quatro meses em 2012, sofreram intervenção do Banco Central e expuseram, além da iminência de mais fraudes contábeis, o ineficiente risco de empresas do mesmo grupo econômico atuarem ao mesmo tempo como cedente, administrador, gestor e agente de cobrança e fiel depositário em um FIDC. A partir daí, a conjuntura do setor, que passou a monitorar e avaliar a resiliência deste mercado perante um momento relevante de estresse e, ao mesmo tempo, a aguardar novas ações regulatórias para sanar as falhas de mercado expostas, tornou-se um óbice para que novas ofertas ou emissões | 30 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 de cotas de FIDC tomassem lugar na magnitude ocorrida no ano anterior. Com a materialização, em fevereiro de 2013, da Instrução CVM nº 531 (ICVM 531), esperava-se que, em sintonia com o crescente volume de crédito na economia, o mercado de FIDC como um todo se apresentasse revigorado, retomando o crescimento interrompido em 2012. Abrangente, a ICVM 531 trouxe novidades, entre as quais a obrigatoriedade de cobrança e recebimento de pagamentos dos direitos creditórios em conta de titularidade do fundo ou escrow account, mitigando o risco de não segregação dos fluxos financeiros. Além disso, limitou a atuação do cedente e do consultor especializado para apenas a prestação de serviços de cobrança de direitos creditórios inadimplidos ou de validação das condições de cessão, ficando a cobrança ordinária dos créditos e a verificação do atendimento aos critérios de elegibilidade não passíveis de terceirização pelo custodiante. Ainda em relação à terceirização dos serviços de responsabilidade do custodiante, a norma prevê que a guarda dos documentos comprobatórios e verificação da documentação que evidencia o lastro dos direitos creditórios representados por operações financeiras, comerciais e de serviços podem ser delegadas, mas o custodiante se mantém como responsável. No entanto, estes serviços não podem ser delegados ao originador, cedente, consultor especializado e gestor da operação. Ainda que na minuta da instrução houvesse a proposta de impedir que empresas do mesmo grupo econômico atuassem como administrador, custodiante e gestor do FIDC, este ponto não vingou na Instrução e a autarquia decidiu permitir a acumulação de funções desde que respeitada a total segregação nos termos da regulamentação aplicável. No entanto, a norma vedou expressamente ao administrador, gestor, custodiante e consultor especializado, ou partes a eles relacionadas, a originação de direitos creditórios e a sua cessão aos fundos nos quais atuem. Dado que o prazo para adequação à nova norma somente se encerrou no início de fevereiro de 2014, e dada a complexidade representada por esta adequação, muitas das mudanças a serem implementadas pelos fundos acabaram sendo postergadas. Um expressivo número de fundos deixou para efetuá-las somente em janeiro de 2014, outro tanto optou pela liquidação antecipada por conta da inviabilidade de fazer cumprir a norma. Com efeito, a esperada retomada de um crescimento que pudesse elevar o desempenho do mercado de FIDC em 2013 para o patamar recorde anterior não ocorreu. Assim, o ano ficou marcado, em grande medida, por um período em que, conferido um arcabouço regulatório mais robusto, esperava-se terem sido lançadas as bases para o crescimento mais consistente em períodos posteriores. Entretanto, em 2013, com nova queda –desta vez de 5,0% em relação a 2012– o montante total de emissões se encerrou aquém do registrado em 2010. | 31 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Já as emissões de cotas de FIDC realizadas pelo rito da Instrução CVM nº 400 (ICVM 400) em 2013 se reduziram em 10,2% frente ao ano anterior. Com isso, este indicador chega ao quarto menor patamar desde 2002. Adicionalmente, quando se compara o montante emitido de títulos ofertados publicamente em 2013 com o montante total de emissões, incluindo as emissões de ofertas realizadas com dispensa de registro da ICVM 400 e aquelas com esforços restritos –sob a chancela da Instrução CVM nº 476– nota-se que a cifra registrada para o ano, de R$2,78 bilhões, representou, entre todos os anos, a menor fatia ante o total emitido, que foi de R$19,34 bilhões em 2013, registrando o percentual de 14,4%. Cabe ressaltar que todos os números apresentados neste Anuário, como é de praxe nas publicações da Uqbar, excluem a participação do FIDC Sistema Petrobras NP. Este fundo é conhecido por suas características particulares e tamanho desproporcional em relação ao restante do mercado. O fundo encerrou dezembro de 2013 com Patrimônio Líquido (PL) de R$28,06 bilhões, representando mais de um terço do total da indústria. Outras informações especificamente sobre este fundo podem ser encontradas no Orbis. Dada a abrangência setorial intrínseca à natureza dos FIDC, este tipo de fundo pode investir os recursos captados nos mais variados tipos de ativos. A Uqbar classifica estes fundos em 13 categorias distintas de ativo-lastro, além de Multiclasse, que congrega aqueles fundos que investem em mais de um tipo de ativo. Comumente, as quatro principais categorias de ativo-lastro são: Recebíveis Comerciais, Crédito Pessoa Jurídica, Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal. Especificamente, estas quatro categorias são compostas, respectivamente, por créditos decorrentes: (i) da venda financiada de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas, sendo o financiamento geralmente de curto prazo, 30 a 90 dias; (ii) de financiamentos à pessoa jurídica para a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes) e outros fins como comércio exterior, infraestrutura e desenvolvimento; (iii) de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas; e (iv) de financiamentos para consumo não específico a pessoas físicas, incluindo operações com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial. No que tange ao PL auferido pelos fundos enquadrados em cada uma destas categorias nota-se claramente a magnitude proporcional destas principais classes de ativo-lastro. Ao fim de dezembro de 2013, Recebíveis Comerciais, Crédito Pessoa Jurídica, Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal, somados, corresponderam a quase dois terços do PL total da indústria, que na mesma data foi de R$53,30 bilhões. Contudo, no interior | 32 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 dessa composição ocorreram algumas mudanças importantes ao longo de 2013. Apenas Recebíveis Comerciais e Crédito Pessoa Jurídica obtiveram crescimento absoluto na comparação de doze meses. Ademais, a conjunção de todas as nove classes restantes (Outros) obtiveram crescimento absoluto expressivo. Com efeito, podem-se identificar dois movimentos: a diminuição marginal, porém gradativa, da concentração da indústria nas quatro principais classes supracitadas e o incremento de participação de Recebíveis Comerciais e Crédito Pessoa Jurídica. Ao fim de 2013, Recebíveis Comerciais respondeu, sozinho, por mais de um quarto do PL total da indústria. Quanto às classes de ativo-lastro com participação individual mais modesta no PL total da indústria, percebe-se, de forma mais pormenorizada, o crescimento de determinadas classes de ativo-lastro. Neste campo, o destaque é dos fundos que investem em créditos cujo devedor é qualquer um dos entes federativos, ou empresas públicas, que recebem a chancela Setor Público. A participação obtida por esta classe de ativo-lastro, que outrora somava 6,0% do total, chegou à marca de 9,0% em 2013, o maior crescimento de participação, em pontos percentuais, entre todas as classes consideradas. Não desprezível, todavia, é o crescimento da classe Recebíveis do Agronegócio. Embora ainda desfrute de participação marginal no total deste indicador da indústria, seu crescimento, em termos de montante, é expressivo. O PL dos fundos cujo ativo-lastro é classificado como Recebíveis do Agronegócio –mesmo com a alternativa cada vez mais viável dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio, como se verá adiante– mais que dobrou do fim de 2012 para o fim de 2013. Outrossim, a forma mais confiável de se prever mudanças substanciais na composição se dá com a análise do montante emitido por classe de ativo-lastro. Através desta leitura é possível identificar o veio por onde parece ocorrer a mudança da composição da indústria em direção a um cenário de maior diversificação dos direitos creditórios adquiridos pelos fundos, compatível com o potencial franqueado pelos FIDC. Verifica-se, portanto, que Recebíveis Comerciais, sozinho, representou em 2013 mais da metade do total emitido pela indústria. Ao revés, Multiclasse obteve expressiva queda de participação entre os anos de 2012 e 2013. Com isso, esta classe de ativo lastro caiu da segunda colocação entre as classes de ativo-lastro de FIDC que mais tiveram emissões em 2012 para apenas a sexta colocação no ano seguinte, atrás da classe Setor Público. Mais uma vez cabe menção a algumas categorias que, embora com participação modesta no total, apresentaram significativo crescimento em termos de montante emitido. Percentualmente, as classes que apresentaram maior crescimento de montante emitido em 2013 foram Recebíveis Educacionais, Direitos, Setor Público e Recebíveis do Agronegócio, em escala crescente. | 33 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 As três últimas classes citadas auferiram crescimentos de mais de 100,0% no acumulado anual, na comparação com 2012. Parte do forte crescimento dos fundos cujo ativo-lastro é enquadrado na categoria Recebíveis Comerciais pode ser explicada pelo crescimento constante de um subsegmento de fundos que possui interseção com esta classe. Os fundos de perfil multicedente/multisacado são aqueles que têm, entre seus cedentes, diversas empresas que podem ser de variados segmentos, além de vários devedores. Popularmente, este tipo de fundo é conhecido como fundo de factoring (ou de fomento mercantil), em referência à denominação das empresas que atuam comprando direitos creditórios oriundos de vendas a prazo feitas pelas empresas fomentadas, de forma a adiantar o recebimento que seria realizado apenas no futuro. Estas empresas de factoring, por sua vez, vêm atuando como consultoras de crédito dos FIDC com perfil multicedente/multisacado, tendo como responsabilidade a análise e seleção dos recebíveis a serem adquiridos pelo fundo. O desempenho de indicadores tais como o montante consolidado de PL ou o número consolidado de FIDC de factoring em operação mostram a trajetória ascendente e ininterrupta de crescimento deste subsegmento. Desde 2011, a cada ano 16 FIDC de factoring, em média, têm entrado em operação. Só em 2013, com os 14 fundos com perfil multicedente/ multisacado que iniciaram suas operações no ano, o PL total deste segmento majorou em R$1,07 bilhão. Ao fim deste ano, chegou-se ao recorde de 150 FIDC de factoring em operação, que perfaziam cifra de R$6,96 bilhões de PL. Mostra da crescente relevância dos FIDC de factoring no âmbito da indústria em geral é a sua representatividade no total do patrimônio da indústria. Após ligeira queda a partir do último trimestre de 2011, tendo a participação deste segmento se retraído um pouco, para 8,1% em janeiro de 2012, a menor em quase três anos, este indicador voltou a se expandir, encerrando 2013 em seu ápice, em 13,1%, a maior participação auferida desde a criação do primeiro FIDC de factoring. Poder-se-ia afirmar que a pertinência dos fundos de factoring se refletiu, de certa forma, nas alterações propaladas pela ICVM 531. As práticas que eram correntes neste segmento, da guarda dos documentos comprobatórios dos direitos creditórios e da cobrança ordinária dos mesmos serem realizadas pelas consultoras especializadas, foram coibidas com a publicação da nova norma. Outro segmento da indústria também tem alçado graus de importância recentemente: os chamados FIDC Não Padronizados (FIDC NP), aqueles fundos que podem investir quaisquer percentuais de seu patrimônio líquido em, por exemplo, direitos creditórios vencidos ou decorrentes de empresas em processo de recuperação judicial ou extrajudicial. Tal como os FIDC de factoring, tanto o número de FIDC NP em operação como o respectivo PL | 34 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 consolidado deste segmento conquistaram apogeu em 2013. Na comparação com 2012 o número de FIDC NP em operação se elevou em 20 unidades, alcançando a marca de 124 fundos em operação. Estes, em dezembro de 2013, somavam PL de R$10,64 bilhões, que se faziam representar como 20,0% do total da indústria de FIDC. No tocante ao número de registros de ofertas públicas de FIDC e o respectivo montante registrado, pode-se afirmar que o desempenho destes indicadores em 2013 se provou subpar. Da mesma forma do ocorrido em relação aos números de emissão no setor, estes indicadores não preencheram as expectativas de crescimento em relação ao ano de 2012, durante o qual a indústria havia permanecido em compasso de espera por conta tanto da sequência de eventos de estresse envolvendo FIDC como da atualização da regulamentação no sentido de um arcabouço regulatório mais robusto. Foram 16 ofertas registradas, que totalizaram R$3,38 bilhões, contra 23 ofertas registradas em 2012, que, por sua vez, haviam totalizado R$3,92 bilhões. O número de ofertas é o mais baixo desde 2002, quando haviam sido registradas apenas três ofertas, e o montante de 2013 é a cifra mais baixa desde 2003, ano em que havia sido registrado R$1,53 bilhão em ofertas. Outro indicador relevante no dimensionamento do potencial de crescimento deste mercado é o número de registros de novos FIDC na Comissão de Valores Mobiliários. Por este critério, a marca alcançada para 2013, de 97 fundos registrados ao longo do ano –a segunda melhor desde 2002– representa um desempenho mais positivo para o setor. De fato, o número de registros de novos FIDC em 2013 só perde para a marca de 2011, o annus mirabilis da indústria de FIDC, no qual foram registrados 111 novos fundos. No âmbito da análise do desempenho das carteiras de recebíveis pertencentes à indústria de FIDC, faz-se necessário um preâmbulo abordando a condição atual insuficiente em relação à qualidade informacional disponível e exigível nas demonstrações financeiras destes fundos. A promulgação da Instrução CVM nº 489 (ICVM 489), ao remodelar o Informe Mensal, elevou os patamares de quantidade de dados a serem preenchidos pelos administradores de fundos. Porém, a forma final deste novo Informe Mensal se mostrou truncada, e algumas de suas inovações, na prática, privaram o investidor de algumas informações essenciais, além de terem causado confusão quanto ao seu correto preenchimento. O caso mais emblemático talvez seja o que diz respeito ao preenchimento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) para aqueles direitos creditórios adquiridos sem aquisição substancial de riscos e benefícios –classificação também introduzida pela ICVM 489. Na falta de um campo específico para relatar o PDD, a CVM publicou Ofício-Circular orientando que os administradores preenchessem o valor de direitos creditórios de forma líquida de provisões, ocasionando, assim, a | 35 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 omissão de um indicador fundamental para se avaliar o desempenho de um FIDC e o subdimensionamento de outro –o montante de direitos creditórios– que deveria ser apresentado de forma clara e objetiva. Ademais, casos de erros fortuitos de preenchimento dos Informes Mensais vêm persistindo em sua incidência, sem que se encontre a correção necessária. Em função da limitação informacional do setor, conforme abordado acima, o montante de Atrasos se tornou o melhor indicador para a análise de desempenho de natureza consolidada do setor. O montante consolidado de Atrasos da indústria encerrou 2013 representando 8,4% do montante total de direitos creditórios. Segmentando a análise pelas respectivas classes de ativo-lastro, os fundos da categoria Multiclasse são os que apresentaram maior nível proporcional de Atrasos: 17,1%. Apesar da categoria Recebíveis Educacionais apresentar reduzido montante de direitos creditórios –cerca de 9,5% são de créditos vencidos e não pagos (Atrasos)– as categorias Financiamentos de Veículos e Recebíveis Comerciais apresentam níveis similares de Atrasos. A diferença entre essas duas classes, que são as maiores em termos de montante de direitos creditórios, foi de apenas 0,4 ponto percentual. Financiamento de Veículos registrou 8,0% de créditos em atraso e Recebíveis Comerciais 7,6%. Já as classes de ativo-lastro Direitos, Prestação de Serviço Público e Setor Público, mesmo tendo somado juntas a quantia de R$2,75 bilhões, não registraram qualquer cifra de direitos creditórios em atraso em dezembro de 2013. Focando-se nos dez FIDC que apresentaram os maiores níveis proporcionais de Atrasos em dezembro de 2013 e analisando-se a evolução deste indicador nos doze meses prévios para estes mesmos fundos, correlaciona-se a elevação súbita deste indicador com fatores de estresse individuais. O FIDC AGN Fornecedores Petrobras, por exemplo, conforme afirma relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, enfrentou no segundo semestre de 2012 problemas operacionais no processo de conciliação de direitos creditórios. Mais adiante, em março de 2013, os cotistas deste fundo discutiram a ocorrência de um Evento de Avaliação que decorreu do fato da PDD ser superior a 10,0% do total de direitos creditórios na carteira do fundo. O fundo supracitado iniciou 2013 com o nível proporcional de Atrasos em 19,1% e já em abril este indicador havia se elevado para 48,3%. Desde então, alguns de seus cotistas questionaram a gestora do fundo, conforme relatado em atas de assembleias de cotistas, sobre a rolagem da dívida de um fornecedor e sobre a análise realizada em relação à situação financeira de outras empresas fornecedoras da Petrobras. Quase a totalidade de direitos creditórios deste fundo se encontrava em atraso em dezembro de 2013, representando percentual de 96,3%. Porém, as cotas sênior deste FIDC foram inteiramente resgatadas em 2013. | 36 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Ainda entre os fundos com maiores níveis proporcionais de Atrasos em dezembro de 2013, também figura neste grupo um fundo cujo cedente era o Banco Rural, liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central em agosto de 2013. Enquanto no mês de liquidação o nível de Atrasos do FIDC Premium era de apenas 3,7%, já no mês seguinte este indicador galgou para 27,0%. Esta significativa elevação do nível proporcional de Atrasos ocasionou o rebaixamento da classificação de risco das cotas sênior, de AA- para A-, realizado pela Austin. Contudo, conforme mencionado no respectivo relatório, a elevada subordinação do fundo fez com que as cotas sênior ainda se mantivessem com classificação de risco em patamar compatível com risco de crédito baixo. Ainda assim, a liquidação do cedente das CCB que lastreiam o fundo impactou a qualidade da carteira, de forma que, em dezembro, o nível de Atrasos se fixou em 57,2%. Já o FIDC Trendbank Multisetorial apresentou elevados patamares de créditos em atraso desde o começo de 2013, mas a situação do fundo se agravou ainda mais nos últimos meses do ano. Dispondo de um reforço de crédito de subordinação pequeno, a rápida e substancial elevação do total de créditos vencidos e não pagos, que duplicou o indicador de Atrasos em um período de dois meses, ocasionou o desenquadramento do limite de subordinação mínima exigido pelo regulamento. Com efeito, o fundo encerrou 2013 com nível de Atrasos em 69,4%, ao mesmo tempo em que as cotas subordinadas tiveram seu valor integralmente consumido. Ao se cotejar indicadores qualitativos e quantitativos –analisando o rendimento esperado das emissões de cotas de FIDC em 2013, com duration entre 1,5 e 4,0 anos, divididas entre aquelas com classificação de risco AAA e aquelas com classificação de risco AA para o setor como um todo– nota-se uma redução substancial dos spreads mínimo e máximo das cotas classificadas como AAA e uma importante elevação destes mesmos indicadores para cotas com classificação de risco AA. No primeiro caso, na comparação entre 2012 e 2013, o spread –que é calculado em relação ao retorno implícito no DI futuro com o mesmo duration– teve seu nível mínimo reduzido de 234 para 99 pontos base e o seu nível máximo reduzido de 453 para 399 pontos base. Quanto às cotas classificadas como AA, o spread máximo saltou de 388 para 504 pontos base no período que medeia entre 2012 e 2013, enquanto o spread mínimo se elevou em apenas 42 pontos base no mesmo período, se deslocando de 207 em 2012 para 249 no ano seguinte. Desdobrando a análise para cada uma das principais categorias de ativo-lastro, fica claro que as cotas de Recebíveis Comerciais classificadas como AAA apresentaram o menor nível médio de spread em 2013. A análise da composição do montante emitido em cotas de FIDC em 2013 por classe de investidor –tomando como base 41,8% do total das | 37 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 emissões no ano, referente às informações às quais a Uqbar teve acesso– faz notar que mais da metade das cotas foram adquiridas por apenas duas categorias: Fundos de Investimento, com 37,8%, e Pessoas (físicas ou jurídicas) Ligadas aos Originadores dos Créditos, com 14,7%. A categoria Entidades de Previdência esteve bem próxima da categoria anterior, tendo adquirido 14,0% do montante de cotas emitidas. Já Instituições Financeiras Ligadas aos Originadores dos Créditos, embora tenha auferido participação superior a 30,0% em 2012, teve sua parcela reduzida pela metade no ano seguinte. Em 2013 apenas 11,0% das cotas emitidas foram adquiridas por esta classe de investidor. Com relação ao mercado secundário de cotas de FIDC constata-se que este setor ainda desfruta de uma liquidez incipiente. Na Cetip foram 1.113 negócios registrados em todo o ano de 2013, que somaram R$2,57 bilhões, ou seja, uma média de montante por negociação de R$2,3 milhões. Das negociações que tomaram lugar na BM&FBOVESPA, foram realizados apenas quatro negócios, que perfizeram montante de R$9,5 milhões, ou seja, uma média de montante por negociação de R$2,4 milhões. Em 2013 predominaram as emissões de cotas de FIDC cujos cedentes se enquadravam em mais de uma categoria de atividade econômica, isto é, na categoria Multisegmentos. Correspondendo a 32,2% do total emitido em 2013, esta categoria já havia desbancado em 2012 às instituições financeiras da primeira colocação como a principal das atividades econômicas dos cedentes de FIDC. A presença da categoria Indústria na segunda posição em 2013, correspondendo aos cedentes de direitos creditórios referentes a 21,4% do total emitido, denota a trajetória de diversificação de direitos creditórios sendo securitizados por meio de FIDC. As instituições financeiras, todavia, continuam correspondendo aos cedentes referentes a um quinto do total emitido. Considerando as ações realizadas pelas agências de classificação de risco em 2013 –não deixando de ser a quantificação destas um indicador também relevante na avaliação do desempenho médio no ano das carteiras de crédito dos FIDC– constata-se que o número de rebaixamentos foi significativamente superior ao número de elevações. Enquanto 22 cotas, referentes a 19 fundos, tiveram um total de 34 rebaixamentos de classificação realizadas por cinco agências, 24 cotas, de 14 fundos, tiveram um total de 24 elevações realizadas por quatro agências. Como ocorreu em anos anteriores, grande parcela dos rebaixamentos se deveu aos problemas de fungibilidade associados ao papel das instituições financeiras que atuaram como cedentes de alguns fundos, mais notadamente o Banco BVA, cuja liquidação extrajudicial foi decretada pelo Banco Central do Brasil ainda em junho de 2013. | 38 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Finalmente, outros dois títulos também compõem o capítulo Títulos Gerais deste Anuário, as CCB e os CCCB. O desempenho do primeiro –emitido por grandes e médias empresas, ou por pessoas físicas, em favor de instituições financeiras– tem indicado forte correlação com o desempenho do crédito na economia. A CCB, tal qual o FIDC, é utilizada no financiamento de múltiplos setores da economia e, além disto, compõe a carteira de uma gama destes fundos. Em 2013, contudo, marcou-se retração no montante consolidado de depósitos de CCB na Cetip na comparação com 2012. Este indicador se reduziu 17,3%, ao cair de R$35,90 bilhões em 2012 para R$29,69 bilhões em 2013, mas ainda assim a marca alcançada no último ano foi a terceira maior cifra registrada desde 2002. Já o montante consolidado em estoque de CCB nesta mesma câmara encerrou 2013 na marca de R$26,69 bilhões, alta de 8,2% na comparação com o mesmo mês de 2012, quando o estoque era de R$24,66 bilhões. Quanto às negociações de CCB registradas na Cetip, o montante consolidado se reduziu em pouco mais de um terço entre 2012 e 2013. Enquanto em 2012 haviam sido realizadas negociações que totalizaram R$6,13 bilhões, em 2013 este número alcançou R$3,88 bilhões. O mercado de CCCB, por sua vez, apresentou queda em todos os indicadores reunidos nesta seção. Funcionando principalmente como instrumento de transferência de risco e aglutinação de ativos, os depósitos de CCCB na Cetip chegaram ao menor patamar em nove anos. Com montante consolidado de depósitos deste título da ordem de R$28,9 milhões em 2013 –menos de um décimo da cifra registrada em 2012– a evolução do estoque destes títulos também registrou queda mês após mês em 2013, encerrando dezembro na marca dos R$296,5 milhões, contra R$772,5 milhões um ano antes. As negociações registradas deste título totalizaram a irrisória quantia de R$32,9 milhões em 2013, queda de 91,5% na comparação com 2012, quando o montante negociado havia sido de R$387,3 milhões. | 39 COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC) Esta seção apresenta informações sobre cotas de FIDC. Inclui um resumo dos principais termos e condições destes títulos e dados e estatísticas sobre emissões, composição de mercado sob a ótica do ativo-lastro e de diferentes tipos de fundos, registros na CVM, desempenho dos direitos creditórios, spreads, investidores, negociações no mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos realizados pelas agências de classificação de risco para este mercado no ano de 2013. Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Fração ideal de patrimônio do Emissor. Emissor Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), uma comunhão de recursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido (acima de 50,0%) para a aplicação em direitos creditórios. Os FIDC podem ser constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de duração determinado ou indeterminado. Ativos Direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros ativos representativos de crédito. Garantia Os créditos subjacentes poderão ter garantias reais ou fidejussórias. Regime Fiduciário Não aplicável. Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome de seus titulares. As cotas de fundo fechado colocadas junto a investidores qualificados poderão ser registradas para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado. Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de amortização e resgate, e cotas de classes subordinadas, que se subordinam às cotas de classe sênior para efeito de amortização e resgate. Pagamentos Fundo aberto – Cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de acordo com os termos e condições especificados no regulamento do fundo. Fundo fechado – Cotas só podem ser resgatadas em situações específicas, tais como: (i) no término do prazo de duração de cada série ou classe das cotas ou do fundo, conforme estabelecido em seu regulamento; ou (ii) em virtude da liquidação do fundo. Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabelecidas no regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia geral de cotistas. Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou sugestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa o limite máximo de remuneração possível para os investidores destas cotas. Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco Central do Brasil. No caso de fundo fechado, ofertas públicas dependem de prévio registro na CVM, exceto se cumprirem com os requisitos previstos nas normas da CVM para dispensa de registro. | 42 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Somente Investidores Qualificados podem subscrever ou adquirir cotas de FIDC, conforme instrução específica da CVM que define o termo. Apesar das cotas de FIDC não possuírem um valor unitário mínimo estabelecido, o investimento mínimo para aplicação em cotas de FIDC é de R$ 25.000,00. Transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal. Fundo fechado – as cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartório de títulos e documentos, ou através de bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado onde as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. Liquidação Financeira Cetip ou BM&FBOVESPA. Ambiente de Negociação CetipNet, Somafix e BovespaFix. Emissões O montante emitido de cotas de FIDC em 2013 representou ligeira queda em comparação com o ano anterior. A figura 9 apresenta o histórico de emissões de cotas de FIDC desde 2002. Emissões de Cotas de FIDC – Montante (em R$ milhões) FIG. 9 Fonte: Uqbar 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2002 2003 Sem o FIDC Sistema Petrobras NP 2004 2005 2006 2007 Emissões ICVM 400 (R$ milhões) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Montante Total (R$ milhões) | 43 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Composição do Mercado A tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para classificar os FIDC por tipo de ativos investidos. Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC Ativo-lastro Tabela 1 Definição Crédito Imobiliário Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição ou desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Crédito Pessoa Jurídica Créditos decorrentes de financiamentos à pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins como, por exemplo, comércio exterior, infra-estrutura e desenvolvimento. Crédito Pessoal Créditos decorrentes de financiamentos para consumo não-específico. Inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial. Direitos Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização. Financiamento de Veículos Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Prestação de Serviço Público Créditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico). Recebíveis Comerciais Créditos de curto prazo, geralmente 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de desconto destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques). Recebíveis do Agronegócio Créditos decorrentes de financiamentos rural e agroindustrial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investimento, custeio ou comercialização da produção. Recebíveis Educacionais Créditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços educacionais (e.g. mensalidade escolar). Recebíveis Médicos Créditos incluem (i) contratos de prestação de serviços médico-hospitalares, celebrados entre prestadores de serviços médicos (entidades hospitalares, clínicas, laboratórios de diagnósticos, etc.) e administradoras de planos de saúde, cooperativas médicas e odontológicas, seguradoras especializadas em saúde e instituições equivalentes (Operadoras); e (ii) contratos de seguro saúde celebrados entre Operadoras e empresas para o fornecimento de planos de saúde a seus empregados. Setor Público Créditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acionário é detido pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida, assunção e/ou reestruturação de passivos. Títulos Mobiliários Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.). Tributos Créditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas. Multiclasse Créditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela. A figura 10 mostra o histórico do patrimônio líquido dos FIDC segregado por ativo-lastro e a figura 11 apresenta a representatividade de cada categoria de ativo-lastro, em termos de patrimônio líquido, ao final dos anos de 2012 e 2013. | 44 FIG 10 Fonte: Uqbar 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 Recebiveis Comerciais Financiamento de Veículos Multiclasse Crédito Pessoa Juridica Crédito Pessoal Outros Jul 13 Out 13 Jan 13 Abr 13 Jul 12 Out 12 Jan 12 Abr 12 Jul 11 Out 11 Jan 11 Abr 11 Jul 10 Out 10 Jan 10 Abr 10 Jul 09 Out 09 Jan 09 Abr 09 Jul 08 Out 08 Jan 08 Abr 08 Jul 07 Out 07 Jan 07 0 Abr 07 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro (em R$ milhões) Sem o FIDC Sistema Petrobras NP Composição do Patrimônio Líquido de FIDC por Ativo-lastro – 2012 e 2013 (%) FIG. 11 Fonte: Uqbar Recebíveis Comerciais Financiamento Veículos Multiclasse Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Setor Público Prestação de Serviço Público Recebíveis do Agronegócio Crédito Imobiliário Recebíveis Educacionais Direitos 0,0 5,0 10,0 15,0 2013 Sem o FIDC Sistema Petrobras NP 20,0 25,0 30,0 2012 A figura 12 exibe as composições por ativo-lastro das emissões de cotas de FIDC para os anos de 2012 e 2013. Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro – 2012 e 2013 (% do Montante Emitido) FIG. 12 Fonte: Uqbar Recebíveis Comerciais Financiamento Veículos Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Setor Público Multiclasse Recebíveis do Agronegócio Recebíveis Educacionais Direitos Crédito Imobiliário Prestação de Serviço Público 0,0 Sem o FIDC Sistema Petrobras NP 10,0 20,0 30,0 2013 40,0 50,0 60,0 2012 | 45 de FIDC Multicedente Multisacado e a figura 14 mostra o histórico da participação do patrimônio líquido destes fundos no patrimônio líquido consolidado de todo o mercado de FIDC. Patrimônio Líquido e Número de FIDC Multicedente Multisacado FIG. 13 8.000 160 7.000 140 6.000 120 5.000 100 4.000 80 3.000 60 2.000 40 1.000 20 Número de FIDC Fonte: Uqbar Patrimônio Líquido (R$ milhões) 0 Patrimônio Líquido Jul 13 Out 13 Jan 13 Abr 13 Jul 12 Out 12 Jan 12 Abr 12 Jul 11 Out 11 Jan 11 Abr 11 Jul 10 Out 10 Jan 10 Abr 10 Jul 09 Out 09 Jan 09 Abr 09 jul 08 Out 08 Jan 08 Abr 08 Jul 07 Out 07 Jan 07 Abr 07 0 Número de FIDC Participação de Patrimônio Líquido de FIDC Multicedente Multisacado (%) FIG. 14 Fonte: Uqbar 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 Out 13 Jul 13 Abr 13 Jan 13 Out 12 Jul 12 Abr 12 Jan 12 Out 11 Jul 11 Abr 11 Jan 11 Out 10 Jul 10 Abr 10 Jan 10 Out 09 Jul 09 Abr 09 Jan 09 Out 08 Jul 08 Abr 08 Jan 08 Out 07 Jul 07 Abr 07 0,0 Jan 07 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 A figura 13 mostra o histórico do patrimônio líquido e do número A figura 15 mostra o histórico do patrimônio líquido e do número de FIDC Não Padronizados e a figura 16 mostra o histórico da participação do patrimônio líquido destes fundos no patrimônio líquido consolidado de todo o mercado de FIDC. | 46 FIG. 15 Fonte: Uqbar 12.000 140 10.000 120 100 8.000 80 6.000 60 Número de FIDC Patrimônio Líquido (R$ milhões) 4.000 40 2.000 20 0 Sem o FIDC Sistema Petrobras NP Patrimônio Líquido set 13 abr 13 nov 12 jun 12 jan 12 ago 11 mar 11 out 10 mai 10 dez 09 jul 09 fev 09 set 08 abr 08 nov 07 jun 07 jan 07 0 Número de FIDC Participação de Patrimônio Líquido de FIDC Não Padronizados (%) FIG. 16 Fonte: Uqbar 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Jan 07 Mar 07 Mai 07 Jul 07 Set 07 Nov 07 Jan 08 Mar 08 Mai 08 Jul 08 Set 08 Nov 08 Jan 09 Mar 09 Mai 09 Jul 09 Set 09 Nov 09 Jan 10 Mar 10 Mai 10 Jul 10 Set 10 Nov 10 Jan 11 Mar 11 Mai 11 Jul 11 Set 11 Nov 11 Jan 12 Mar 12 Mai 12 Jul 12 Set 12 Nov 12 Jan 13 Mar 13 Mai 13 Jul 13 Set 13 Nov 13 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Patrimônio Líquido e Número de FIDC Não Padronizados Sem o FIDC Sistema Petrobras NP Registros Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Informações incluem a evolução histórica de registros de FIDC e das ofertas públicas de cotas na autarquia. A figura 17 apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas públicas de cotas de FIDC concedidos pela CVM e a figura 18 apresenta a evolução histórica dos registros de FIDC junto à mesma. | 47 FIG. 17 Fonte: Uqbar 80 14.000 70 12.000 60 10.000 50 8.000 40 6.000 30 4.000 Quantidade de Registros Montante Registrado (R$ Milhões) Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC 20 2.000 10 0 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Montante Registrado 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Quantidade de Registros Número de FIDC Registrados na CVM por Ano FIG. 18 Fonte: Uqbar 120 100 80 60 40 20 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Desempenho A figura 19 expõe a razão percentual entre os direitos creditórios vencidos e não pagos (Atrasos) e o total de direitos creditórios (DC) no final do ano de 2013 para as categorias de ativo-lastro. A figura 20 expõe o histórico, ao longo do último ano, da razão entre Atrasos e DC para os dez fundos que apresentaram o maior valor deste indicador em dezembro de 2013. Desta análise foram excluídos os FIDC Não Padronizados e os fundos com DC ou patrimônio líquido inferior a R$10,0 milhões. | 48 FIG. 19 Fonte: Uqbar Multiclasse (MC) Recebíveis Educacionais (RE) Financiamento Veículos (FV) Recebíveis Comerciais (RC) Crédito Pessoa Jurídica (PJ) Crédito Pessoal (PF) Recebíveis do Agronegócio (RA) Crédito Imobiliário (CI) 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 Evolução de Atrasos/DC Referente aos Dez FIDC de Maior Valor deste Indicador em Dezembro de 2013 (%) 20 FIG. 20 Fonte: Uqbar 100,0 80,0 60,0 40,0 AGN Fornecedores Petrobras (RC) Caixa CDC Veículos do Banco Panamericano (FV) VID Indústria (RC) EGM Multissetorial (MC) Multi Infra (PJ) BV Financeira I (FV) Trendbank Multisetorial (RC) BCSul Verax Crédito Consignado II (PF) Premium (PJ) BV Financeira II (FV) Dez 13 Nov 13 Out 13 Set 13 Ago 13 Jul 13 Jun 13 Mai 13 Abr 13 Mar 13 0 Fev 13 20,0 Jan 13 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Atrasos/DC por Ativo-lastro em Dez/2013 (%) Spreads As tabelas 2 e 3 mostram os spreads calculados, em pontos base, como o excedente da taxa de retorno do título frente à Taxa DI de duração equivalente. Foram considerados os títulos que possuíam na data de emissão duração estimada dentro do intervalo de 1,5 a 4,0 anos. Spreads por Classificação de Risco Tabela 2 2011 Classificação Spread Mínimo 2012 Spread Máximo Spread Mínimo 2013 Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo AAA 113 397 234 453 99 399 AA 212 491 207 388 249 504 Fonte: Uqbar | 49 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Spreads por Ativo-Lastro Tabela 3 2011 Ativo-lastro 2012 2013 Classificação Spread Mínimo Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo Recebíveis Comerciais AAA 127 397 280 453 99 117 AA 232 491 207 388 249 504 Financiamento de Veículos AAA 138 195 - - - - Crédito Pessoal AA 341 341 - - - - AAA 270 299 234 234 374 399 AA - - - - - Fonte: Uqbar Investidores A participação por classe de investidor em cotas de FIDC é apresentada na figura 21. Essa estatística está baseada em dados coletados pela Uqbar nos anúncios de encerramento de distribuição, que representaram aproximadamente 41,8% do total emitido no ano. Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2013 por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 21 Fonte: Uqbar 1,6 % 3,1 % 0,9 % 6,3 % 10,5 % 37,8 % 11,1 % 14,0 % 14,7 % Fundos de investimento 37,8% Pessoas (físicas ou jurídicas) ligadas aos originadores dos créditos 14,7% Entidades de previdência 14,0% Instituições financeiras ligadas aos originadores dos créditos 11,1% Outras instituições financeiras 10,5% Pessoas (físicas ou jurídicas) ligadas à emissora e/ou aos participantes do consórcio 6,3% Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição 3,1% Investidores estrangeiros 1,6% Outros 0,9% Sem o FIDC Sistema Petrobras NP | 50 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Mercado Secundário A figura 22 mostra a evolução histórica do montante negociado de cotas de FIDC realizado na BM&FBOVESPA e registrado na Cetip. Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e Cetip – Montante (em R$ milhões) FIG. 22 Fonte: Cetip / BM&FBOVESPA 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 2004 2005 2006 2007 BM&FBOVESPA 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Cetip Cedentes A figura 23 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para FIDC por tipo de atividade econômica destes. As participações foram calculadas tendo como base o montante de títulos emitidos durante o ano de 2013. A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores econômicos. Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2013 FIG. 23 Fonte: Uqbar 9,7 % 4,8 % 11,4 % 32,2 % 20,5 % 21,4 % Multisegmento 32,2 % Indústria 21,4 % Intermediação Financeira 20,5 % Comércio 11,4 % Agricultura & Pecuária 4,8 % Outros 9,7 % | 51 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Classificação de Risco As tabelas 4 e 5 apresentam a lista das elevações e rebaixamentos de classificação de risco realizadas pelas agências de classificação de risco em 2013 para cotas de FIDC. Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2013 Título Classificação Anterior Nova Classificação Lecca Consignado I Sênior 1 A(bra) AA(bra) Fitch 08/04/2013 Multisetorial Silverado Maximum II Sênior 1 AA- AA Austin 15/05/2013 Sênior A- A Austin 20/05/2013 FIDC RPW Empresta Capital Microfinanças Aberto Agência de Classificação Data Sim Multissetorial Sênior 1 BBB BBB+ Austin 22/05/2013 Multissetorial Vale Sênior 2 brAAf brAA+f S&P 11/07/2013 Multissetorial Vale Sênior 3 brAAf brAA+f S&P 11/07/2013 Multissetorial Vale Mezanino 1 brB-f brA-f S&P 11/07/2013 GFM Multicredito Sênior 1 BBB-(f) BBB(f) Liberum 15/08/2013 Única BB-(f) BB(f) Liberum 16/08/2013 RNX Multissetorial LP Sênior 1 BBB AA- Austin 19/08/2013 RNX Multissetorial LP Sênior 2 BBB AA- Austin 19/08/2013 RNX Multissetorial LP Sênior 3 BBB AA- Austin 19/08/2013 RNX Multissetorial LP Sênior 4 BBB AA- Austin 19/08/2013 RNX Multissetorial LP Sênior 5 BBB AA- Austin 19/08/2013 Moka Fund I Multissetorial Sênior 1 A- A+ Austin 23/08/2013 Moka Fund I Multissetorial Sênior 3 A- A+ Austin 23/08/2013 Aram NP Tabela 4 Libra Multissetorial Sênior 2 A(f) AA(f) Liberum 28/08/2013 Libra Multissetorial Mezanino 1 BB(f) BB+(f) Liberum 28/08/2013 Libra Multissetorial Mezanino 2 BB(f) BB+(f) Liberum 28/08/2013 Brazil Plus Multisegmentos Mezanino 1 brA-f brAf S&P 29/08/2013 Empírica Goal One Sênior 2 A AA- Austin 07/11/2013 Empírica Goal One Sênior 3 A AA- Austin 07/11/2013 Interbank Multisegmentos Mezanino 1 brBBB+f brAf S&P 13/11/2013 Multissetorial Invest Dunas LP Mezanino 1 brBBf brBBB+f S&P 09/12/2013 Fonte: Uqbar | 52 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2013 Título Classificação Anterior Nova Classificação Agência de Classificação Data Sênior A- B Austin 28/01/2013 Multisetorial Master II Sênior 1 BBB+ CCC Austin 28/01/2013 Multisetorial Master III Sênior 1 BBB+ CCC Austin 28/01/2013 BCSul Verax Crédito Consignado II Sênior 5 b1.br Caa1.br Moody’s 01/02/2013 Sênior brAA(f) brBBBf S&P 04/03/2013 Multisetorial Master Sênior 1 brAAA(f) brAA+f S&P 04/03/2013 Cadeias Produtivas Minas Gerais Sênior 1 AA-(bra) A+(bra) Fitch 05/03/2013 Multisetorial Master II Sênior 1 brAA+f brAA-f S&P 05/03/2013 Multisetorial Master III Sênior 1 brAAf brA-f S&P 05/03/2013 Única A(bra) BBB(bra) Fitch 27/03/2013 Sênior 1 A+(bra) A-(bra) Fitch 08/04/2013 FIDC Multisetorial Itália Multisetorial Itália GP Aetatis II Imobiliários Cadeias Produtivas Minas Gerais Multisetorial Itália Sênior B CCC Austin 13/05/2013 Sênior 1 brCCCf brCCf S&P 29/05/2013 Subordinada brBBf brCCCf S&P 06/06/2013 Sênior brBBBf brCCCf S&P 20/06/2013 Multisetorial Master Sênior 1 brAA+(f) brBBBf S&P 20/06/2013 Multisetorial Master II Sênior 1 brAA-f brCCCf S&P 20/06/2013 Multisetorial Master III Sênior 1 brA-f brCCCf S&P 20/06/2013 Trademax Petroquímico Sênior 1 brAA- brA- SR 30/06/2013 Única brA-f brBBBf S&P 11/07/2013 Sênior 1 brA-f brBB+f S&P 15/07/2013 Eco Multi Commodities Financeiros Agropecuários Crédito Corporativo Brasil Multisetorial Itália BER Capital Corporate Greenville Multicredit Tabela 5 Única AA(bra) A(bra) Fitch 01/08/2013 Ático Imobiliários Única 1 A+(bra) A(bra) Fitch 09/08/2013 Crédito Privado Multisetorial Sênior 1 A(bra) BBB(bra) Fitch 09/09/2013 GP Aetatis II Imobiliários Única BBB(bra) BB(bra) Fitch 23/09/2013 Trendbank Multisetorial Sênior 1 AA- B Austin 17/10/2013 Trendbank Multisetorial Sênior 2 AA- B Austin 17/10/2013 Trendbank Multisetorial Sênior 3 AA- B Austin 17/10/2013 Trendbank Multisetorial Sênior 4 AA- B Austin 17/10/2013 Multisetorial Master Sênior 1 brBBB(f) brCCCf S&P 31/10/2013 Supera Integral – Desenvolvimento Urbano Sênior 1 BBB(bra) BB(bra) Fitch 31/10/2013 BER Capital Corporate Única brBBBf brCCCf S&P 14/11/2013 Premium Sênior AA- A- Austin 18/11/2013 Sênior 1 AA-(bra) A+(bra) Fitch 26/12/2013 CAESB Fonte: Uqbar | 53 CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCB) Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na Cetip, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara. Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. CCB em favor de instituição domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda estrangeira. Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora como contraparte. Garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente constituída. A constituição de garantia poderá ser feita na própria CCB ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na cédula, menção a tal circunstância. Forma Cartular ou escritural. Registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro, mas as garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos registros ou averbações nos cartórios competentes, conforme previsto na legislação aplicável. Pagamento do Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os juros podem ser capitalizados. Negociação Diretamente entre as partes interessadas. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da instituição cedente, contra órgão ou entidade do setor público, diretamente ou por meio de certificado, deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil, sempre que o comprador for pessoa não integrante do Sistema Financeiro Nacional. Liquidação FinanceiraCetip. | 56 A figura 24 apresenta a evolução histórica dos depósitos de CCB na Cetip. Já as figuras 25 e 26, mostram a evolução histórica do estoque e das negociações de CCB registrados nesta câmara. Depósitos de CCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 24 Fonte: Cetip 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Estoque de CCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 25 Fonte: Cetip 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 Negociações de CCB na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) Set 13 Set 12 Mar 13 Set 11 Mar 12 Set 10 Mar 11 Set 09 Mar 10 Set 08 Mar 09 Set 07 Mar 08 Set 06 Mar 07 Set 05 Mar 06 Set 04 Mar 05 Set 03 Mar 04 Set 02 Mar 03 Set 01 0 Mar 02 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Registros FIG. 26 Fonte: Cetip 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 57 CERTIFICADOS DE CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCCB) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na Cetip, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara. Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Título representativo de cédulas de crédito bancário. O CCCB pode representar cédulas de diferentes valores, prazos e condições de remuneração. Emissor Instituição financeira depositária de cédulas de crédito bancário, que responde pela origem e autenticidade das respectivas cédulas e atua como mandatária do seu titular, sendo responsável pela cobrança destas. Lastro CCB. As cédulas e as importâncias recebidas pela instituição financeira a título de pagamento do principal e de encargos não poderão ser objeto de penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão, ou qualquer outro embaraço que impeça sua entrega ao titular do certificado. Garantia Equivalente às garantias constituídas nas cédulas que representa. Forma Cartular ou escritural. Pagamento de Principal Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa. Pagamento de Juros Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa. Negociação Diretamente entre as partes interessadas. Transferência Mediante endosso ou termo de transferência, se escritural, devendo, em qualquer caso, a transferência ser datada e assinada pelo seu titular ou mandatário com poderes especiais e averbada junto à instituição financeira emitente, no prazo máximo de dois dias. No caso de emissão sob a forma escritural, a titularidade também poderá ser transferida através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Liquidação Financeira Cetip. | 59 As figuras 27, 28 e 29 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CCCB registrados na Cetip. Depósitos de CCCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 27 Fonte: Cetip 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2010 2012 2013 Estoque de CCCB na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 28 Fonte: Cetip 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 Jun 13 Negociações de CCCB na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) Dez 13 Jun 12 Dez 12 Jun 11 Dez 11 Jun 10 Dez 10 Jun 09 Dez 09 Jun 08 Dez 08 Jun 07 Dez 07 Jun 06 Dez 06 Jun 05 Dez 05 Jun 04 Dez 04 Jun 03 Dez 03 Jun 02 Dez 02 0 Dez 01 Títulos Ger ais Finanças Estrutur adas | 2014 Registros FIG. 29 Fonte: Cetip 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 60 capítulo DOIS TíTULOS IMOBILIáRIOS Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Introdução No ano de 2013 o mercado de crédito imobiliário brasileiro seguiu em franca expansão e, impulsionado por este movimento, o mercado de títulos de finanças estruturadas que são específicos deste setor também se ampliou para novos patamares. O quadro macroeconômico –pautado pela continuação do aumento real de renda da maior parte das famílias e da diminuição do nível de desemprego– resultou em elevação da demanda por crédito imobiliário. Concomitantemente, os estímulos governamentais, que se materializaram através de repasses do orçamento, investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e atuações mais agressivas por parte de instituições financeiras públicas como concedentes de crédito imobiliário se traduziram em aumento da oferta de crédito imobiliário. Vale também destacar outros fatores de relevância que contribuíram para maior oferta de crédito imobiliário em 2013, como o crescimento robusto do saldo consolidado de depósitos na caderneta de poupança –os quais devem ser direcionados para o setor– e a manutenção de baixas taxas de inadimplência dos tomadores de recursos das instituições financeiras. Neste segundo aspecto é importante frisar o efeito positivo paulatino que a alienação fiduciária, como instrumento de garantia efetivo e de uso corrente, vem gerando para o desenvolvimento do mercado de crédito imobiliário. Por fim, no sentido contrário do acima mencionado, não se pode deixar de registrar o movimento de crescente aperto da política monetária ao longo do ano, o qual se encontra em pleno curso neste começo de 2014 e ainda deve vir a causar um efeito de desaceleração do crescimento de crédito na economia. O desempenho das operações do mercado de finanças estruturadas ligadas ao setor imobiliário que foram realizadas ao longo do ano refletiu a trajetória ascendente do crédito imobiliário, resultando, assim, em um crescimento significativo do montante emitido de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e de Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI), os dois títulos explorados neste capítulo. Os CRI são títulos de crédito imobiliário de emissão exclusiva das Companhias Securitizadoras de Crédito Imobiliário (Securitizadoras Imobiliárias) e se tornaram o principal título de securitização imobiliária no país. As CCI, por sua vez, em sua maioria constituem o lastro destas operações de CRI, apesar de uma parcela relevante do seu montante consolidado em estoque atual não se constituir lastro destas operações. Mas, em função de vantagens operacionais em sua utilização como lastro nas operações de CRI e, consequentemente, a sua presença em virtualmente 100,0% delas, há uma alta correlação positiva entre as trajetórias evolutivas dos números referentes aos mercados destes dois títulos. | 63 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 No último ano a cifra de R$16,65 bilhões registrada no mercado primário de CRI representou marca histórica para o montante anual emitido, tendo este valor superado em 74,4% aquele obtido em 2012 e em 22,7% o referente a 2011, quando o recorde anual anterior havia se estabelecido. Do montante total de emissões em 2013, 39,7% correspondeu a duas grandes operações com lastro em financiamento imobiliário residencial, uma estruturada pela securitizadora Ápice e outra pela securitizadora Gaia. Os cedentes dos contratos de financiamento lastro dessas operações foram o Itaú Unibanco e a Caixa Econômica Federal, respectivamente. Na primeira operação o cedente foi quem adquiriu aproximadamente três quartos dos CRI emitidos e na segunda operação o FGTS foi quem comprou aproximadamente 90,0% dos CRI emitidos. A composição das emissões de CRI realizadas em 2013 pode ser avaliada segundo diferentes critérios, sendo três deles os de maior destaque. Pelo critério de tipo de lastro, a Uqbar segmenta o mercado deste título em duas categorias: Crédito Imobiliário e Aluguel. No primeiro caso predominam as operações de financiamento imobiliário para aquisição de imóvel residencial ou comercial, e são também inclusos os empréstimos concedidos para empresas –por bancos e companhias hipotecárias– para o desenvolvimento de loteamentos ou novos empreendimentos imobiliários. Quanto ao segundo, trata-se de operações de locação cujos locatários são, em sua quase totalidade, empresas e, em geral, tem um formato built-to-suit, através do qual uma empreendedora imobiliária constrói um imóvel segundo características específicas para atender às necessidades da empresa que será a futura locatária do empreendimento. Dos R$16,65 bilhões emitidos em CRI no ano passado, 86,3% corresponderam a títulos com lastro em Crédito Imobiliário, 13,1% se referiram a operações lastreadas em Aluguel e 0,6% equivaleu a uma operação de CRI que envolve ambos os tipos de lastro (Multiclasse). Alternativamente, ao se redirecionar a leitura da composição das emissões de CRI em 2013 para aquela baseada em um segundo critério –o de faixa de prazo de vencimento final– nota-se que 71,0% do montante emitido correspondeu a operações com vencimento superior a dez anos. Tal preponderância não poderia deixar de ser. As operações de securitização e emissão de CRI têm, na sua maioria, estruturas referidas como pass-through, ou seja, o fluxo do ativo das operações tem o mesmo perfil do fluxo do seu passivo. Assim, os prazos dos financiamentos imobiliários, que, como lastro, compõem o ativo das operações, são similares aos prazos dos CRI, que compõem o passivo das operações. Por fim, optando-se por um terceiro critério de divisão das emissões de CRI, aquele referente ao tipo de indexação de sua remuneração, constata-se que 32,7% do volume emitido deste título em 2013 conta com atualização | 64 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 monetária pela Taxa Referencial (TR). A totalidade destas emissões indexadas à TR se refere a CRI lastreados em financiamentos imobiliários, com destaque para os CRI emitidos pela Gaia que têm lastro em financiamentos habitacionais que seguem as regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e foram comprados pelo FGTS. Já os CRI sem indexação representaram a segunda maior fatia em termos de montante emitido, equivalente a 20,1% do total, muito em função dos CRI subordinados da grande operação realizada pela Ápice com créditos imobiliários residenciais cedidos pelo Itaú Unibanco. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado na forma de remuneração da maioria dos CRI lastreados em aluguéis, é o indexador de 17,6% do total em termos de montante emitido, se referindo à terceira maior parcela. Em um contexto de trajetória crescente da taxa básica de juros na economia (Taxa Selic), vale notar que os títulos de remuneração atrelada à TR emitidos durante 2013 vieram a oferecer juros decrescentes ao longo de novas emissões durante o ano. Este comportamento se explica pelo fato de que estes tipos de CRI que foram emitidos no último trimestre –em duas operações grandes– em momento no ano de valor mais alto da Taxa Selic, foram adquiridos ou pelo próprio cedente, no caso de uma operação do Bradesco, ou pelo FGTS, no caso da operação da Caixa/Gaia. No que diz respeito ao comportamento dos juros dos títulos que foram sendo emitidos ao longo do ano indexados ao IPCA, estes se elevaram no último trimestre, mas em menos de 100 pontos base na média. Isto quando a Taxa Selic, e a curva de juros em geral, já haviam subido mais que 150 pontos base. Na comparação com o desempenho da NTN-B –título público federal de renda fixa com remuneração também atrelada ao IPCA– houve fechamento do spread entre os retornos desses dois tipos de título. O resultado prático foi que, baseado na precificação realizada pelo mercado, com a elevação da Taxa Selic houve redução da percepção de risco, pelo mercado, do componente de risco específico dos CRI. Em 2013, 20 Securitizadoras Imobiliárias participaram do mercado primário de CRI, emitindo um total de 187 títulos. Mais de um terço dessas entidades emissoras realizou sua primeira emissão de CRI no último ano. São elas: Ápice, Áurea Securities, Barigui, Forte Capital Securities, Gaia Agro, ISEC e MBK. Adicionalmente, vale lembrar que a Gaia Agro –pertencente ao grupo Gaia, apesar de possuir o termo “Agro” em seu nome e de todas suas demais emissões terem sido de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)– realizou uma emissão de CRI no ano passado. O lastro deste CRI é um contrato de locação de imóvel devido pela Suzano Papel e Celulose, empresa que possui atividades relacionadas com o ramo do agronegócio. | 65 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Dentre as 187 emissões de CRI realizadas, 14 foram distribuídas no mercado conforme as normas da Instrução CVM nº 400, perfazendo um montante equivalente a 14,0% do montante consolidado emitido no ano. Os 86,0% restantes corresponderam a emissões cujas ofertas foram registradas segundo o regime de esforços restritos, estabelecido pela Instrução CVM nº 476. Três novas Securitizadoras Imobiliárias obtiveram seu registro junto à CVM para atuar no mercado em 2013. Desde 2008 o número anual de novas entidades emissoras de CRI registradas nunca superou quatro. O maior número de Securitizadoras Imobiliárias registradas em um ano ocorreu em 2005, quando onze companhias obtiveram a concessão de registro. Os números de volume de CRI, depositado e em estoque, registrados na Cetip refletiram a marca histórica de montante emitido no último ano. O volume de depósitos de CRI atingiu a cifra recorde de R$16,87 bilhões, 71,0% a mais que o registrado em 2012. O mesmo ocorreu com o montante em estoque, que se majorou em 36,1%, de R$33,36 bilhões em 2012 para substantivos R$45,39 bilhões em 2013. Quanto à composição do universo de investidores que adquiriram CRI no mercado primário em 2013, destacaram-se três tipos: “Pessoas ligadas aos participantes do consórcio de distribuição”, que adquiriam 23,4% do montante emitido; “Instituições financeiras ligadas aos originadores dos créditos”, que adquiriram 22,8% do montante emitido; e “Pessoas físicas”, que adquiriram 15,6% do montante emitido. Somando a participação destes três grupos, obtém-se 61,8% do total dos CRI emitidos no ano, indicando, por este aspecto, um nível de concentração inferior àquele referente ao mercado em 2012, quando os três grupos de investidores de maior participação representaram 71,2% do total adquirido. Naquele ano o FGTS liderou o mercado como maior comprador de CRI, tendo arrematado 37,4% de seu volume total de emissões. Tal desempenho se contrasta com a parcela de apenas 14,1% do total que o fundo adquiriu em 2013. Apesar de ainda representarem uma parcela moderada da demanda no mercado primário de CRI, os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) vêm incrementando sua participação desde 2011, tendo o número destes fundos com política de investimento focada nestes títulos aumentado substancialmente. Em dezembro de 2010 existiam apenas quatro FII de CRI, os quais, em conjunto, compunham um Patrimônio Líquido (PL) de R$667,9 milhões. Passados exatos três anos, o número de FII de CRI quintuplicou e o PL total desses fundos passou a somar R$4,34 bilhões, aumento de 550,2%. Além da demanda proveniente deste tipo de FII –o qual não chega a ter uma carteira 100,0% alocada em CRI– há uma demanda proveniente de todo o universo restante de FII, já que a maioria destes fundos podem considerar investimentos em CRI no contexto de suas respectivas gestões, mesmo sendo | 66 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 estes investimentos temporários e minoritários. No final do ano passado, o conjunto de todos os FII detinha em suas carteiras um total de R$3,09 bilhões em CRI, valor este que correspondia a 6,8% do montante total em estoque no mercado deste título na mesma data. Ainda relacionado aos FII, mas sobre tema regulatório, em maio de 2013 a CVM esclareceu ao mercado quanto à possibilidade destes fundos adquirirem CRI ofertados sob o regime de esforços restritos, haja vista que sob este regime, a oferta dos títulos é dispensada de registro pela autarquia e que, segundo a Instrução CVM nº 472 (ICVM 472), os FII estariam vedados de adquirir títulos sem registro de oferta na autarquia. O colegiado e a área técnica da CVM expuseram seu entendimento sobre o assunto, afirmando que a vedação imposta aos FII pela ICVM 472 visa proibir a compra apenas de CRI objeto de ofertas privadas. Passando da análise do mercado primário para o mercado de negociações de CRI já emitidos, assim como ocorreu com o desempenho das emissões, o volume consolidado de negócios registrados de CRI alcançou seu maior montante histórico no ano passado ao atingir R$19,10 bilhões, valor 43,7% superior ao obtido em 2012, de R$13,29 bilhões. O principal determinante para esta majoração recente consiste na participação relevante referente a negociações de dez séries de CRI que, juntas, somaram R$6,49 bilhões, ou o equivalente a 33,8% do total transacionado em 2013. Todas estas séries negociaram, individualmente, valores acima de R$300,0 milhões. Analisando as negociações por faixa de prazo –intervalo de tempo entre a data de emissão de um CRI e a respectiva data da negociação– nota-se uma mudança significativa na composição tanto do montante negociado quanto do número de negócios. De 2012 para 2013, a parcela do montante de CRI negociado até 90 dias após a emissão, transações consideradas mais próximas do mercado primário, cresceu de 41,3% para 64,9%. Já a parcela do número de negociações de CRI negociados até 90 dias após a emissão cresceu no mesmo período de 21,9% para 33,1%. Tal movimento contrasta com o ocorrido entre 2011 e 2012, quando as fatias de negociações –em termos de montante e em termos de número de negócios– realizadas depois de 90 dias após a emissão, transações mais próximas de um mercado secundário genuíno, haviam crescido. No que diz respeito ao perfil dos cedentes que atuaram no mercado de CRI em 2013, houve predominância de empresas de atividades imobiliárias, tais como empreendedoras, loteadoras e incorporadoras. As empresas de intermediação financeira, tais como bancos, fundos de investimento e companhias hipotecárias representaram o segundo maior grupo de cedentes. Entre os 38 cedentes de recebíveis cujo tipo de devedor é Pessoa Física, 20 são empresas de atividades imobiliárias enquanto onze são | 67 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 empresas de intermediação financeira. Em relação às operações de CRI com lastro de recebíveis com tipo de devedor Pessoa Jurídica, de um total de 58 empresas que atuaram nestas como cedentes, 35 são empresas de atividades imobiliárias ao passo que 17 são empresas de intermediação financeira. Finalizando a parte desta introdução referente ao mercado de CRI, no que diz respeito às ações efetuadas pelas agências de classificação de risco, o último ano encerrou com 11 elevações, contra 20 rebaixamentos, das notas atribuídas a estes títulos. Analisado estritamente por este critério, tal placar indicaria uma tendência de queda na qualidade média dos créditos que compõem a fonte de pagamento dos CRI. Dentre as onze elevações, nove se referiram a títulos emitidos pela Brazilian Securities. Na outra ponta, dentre os 20 rebaixamentos, seis corresponderam a CRI emitidos pela Brazilian Securities, outros seis a CRI de emissão da Gaia e três a CRI emitidos pela RB Capital. A Fitch foi a agência de classificação de risco que protagonizou 29 destas ações de elevação ou rebaixamento de CRI, tendo a Austin e a Moody’s realizado uma ação cada uma. Repetindo comportamento observado nos últimos anos, o desempenho dos números do mercado de CCI em 2013 se deu em linha com a evolução dos números do mercado de CRI, haja vista a forte correlação positiva entre os dois, conforme mencionado anteriormente. Os registros da Cetip apresentaram para o ano passado um montante consolidado depositado deste título de R$17,08 bilhões, 37,5% acima do volume de depósitos em 2012, de R$12,42 bilhões, porém 22,9% abaixo do recorde atingido em 2011, de R$22,16 bilhões. Quanto ao montante consolidado em estoque de CCI, houve um aumento de 24,3% entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, de R$53,29 bilhões para R$66,26 bilhões. Dois elementos contribuíram para a tendência de crescimento desta grandeza: a ascensão do montante em depósitos no último ano e o fato de as CCI serem títulos de longo prazo, este último fator sendo a razão pela qual o montante consolidado em estoque havia aumentado no final de 2012, comparativamente ao final de 2011, a despeito do decrescimento do volume depositado entre aqueles dois anos. Em relação às negociações de CCI com registro na Cetip, as transações realizadas em 2013 movimentaram um montante consolidado de R$2,57 bilhões, valor 85,6% superior ao apresentado em 2012, de R$1,39 bilhão. Desde 2011 a evolução do montante negociado de CCI vem se comportando de forma similar à referente ao montante depositado desse título, crescendo em 2011, diminuindo em 2012 e voltando a ascender em 2013. | 68 CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS (CRI) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Inclui dados e estatísticas sobre emissões, emissores, registros na CVM e na Cetip, investidores, mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos de 2013 das agências de classificação de risco para este mercado. Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Ver um Resumo dos Termos e Condições de CRI no ANUÁRIO UQBAR 2014 – SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO Emissões A figura 30 apresenta o histórico de emissões de CRI dividido por tipo de ativo-lastro. Na sequência, a tabela 6 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para definir os tipos de lastro dos CRI: Aluguel ou Crédito Imobiliário. Histórico do Montante de Emissões de CRI por Ativo-lastro (em R$ milhões) FIG. 30 Fonte: Uqbar 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 Aluguel 2004 2005 2006 Crédito Imobiliário 2007 2008 Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI Ativo-lastro 2009 2010 2011 2012 2013 Multiclasse Tabela 6 Definição Aluguel Créditos decorrentes de contratos de locação típica e atípica e de constituição de direito real de superfície. Crédito Imobiliário Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição e desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Multiclasse Créditos que incluem as duas classes de ativo-lastro mencionadas nesta tabela. Fonte: Uqbar O montante de emissões de CRI em 2013 dividido por faixa de prazo final de vencimento e por tipo de indexador são apresentados, respectivamente, nas figuras 31 e 32. | 71 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Emissões de CRI de 2013 por Faixa de Prazo Final (% do Montante Emitido) FIG. 31 Fonte: Uqbar 29,6 % 16,9 % Até 5 anos 16,9 % De 5 a 10 anos 12,1 % De 10 a 20 anos 41,4 % De 20 a 30 anos 29,6 % 12,1 % 41,4 % Emissões de CRI de 2013 por Indexador (% do Montante Emitido) FIG. 32 Fonte: Uqbar 3,8 % 11,4 % 32,7 % 14,5 % 17,6 % 20,1 % TR 32,7 % Pré-Fixado 20,1 % IPCA 17,6 % Taxa DI 14,5 % IGP-M 11,4 % Outros 3,8 % | 72 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Emissores A tabela 7 lista as Securitizadoras Imobiliárias que emitiram CRI em 2013 com suas respectivas datas de constituição e primeira emissão e algumas informações societárias como os nomes dos principais acionistas. Securitizadoras Imobiliárias que Emitiram em 2013 Tabela 7 Data de Constituição Data de Primeira Emissão Montante Emitido em 2013 (R$) Principais Acionistas Número e Tipo de Ações Integralizadas Capital Social (R$) Ápice 28/05/2010 15/01/2013 5.398.441.873 Ápice Consultoria Financeira e Participações ON - 400.000 400.000 Aurea Securities 23/05/2012 10/06/2013 8.400.000 Lucas de Oliveira ON - 5.000 5.000 ON - 707.004 707.004 Securitizadora Barigui 28/10/2008 15/12/2013 32.673.891 Brasil Cards serviços Financeiros Brazil Realty 14/09/2004 14/06/2011 130.000.000 Cyrela Brazil Realty Empreendimentos e Participações ON - 10.282.444 10.282.444 Brazilian Securities 10/04/2000 23/04/2001 2.950.386.706 Brazilian Finance Real State ON - 45.845.987 100.228.651 BRC 02/01/2007 03/12/2007 60.000.000 Bresco Investimentos ON - 453.440 453.440 ON - 66.003 68.475.000 Cibrasec 31/07/1997 12/01/1999 1.727.015.481 Itaú, Santander, IFC, BB Investimentos, Caixa Participações, POUPEX e Banco Alvorada Forte Capital Securities 19/11/2010 20/10/2013 48.041.989 Forte Participações ON - 5.000 5.000 Gaia 11/07/2005 10/08/2009 2.962.258.609 GaiaSec Assessoria Financeira ON - 531.700 531.700 Gaia Agro 02/01/2012 28/08/2013 23.861.270 Gaia Agro Assessoria Financeira ON - 100.000 100.000 Habitasec 19/12/2007 08/11/2010 392.074.414 Vicente Postiga Nogueira ON - 700.000 700.000 ISEC 05/03/2007 07/01/2013 171.041.419 ELAN Gestora de Negócios, EXEC Holding e Wolf Vel Koss Trambuch ON - 272.205 / PN - 1.000 273.205 MBK 13/04/2012 13/09/2013 64.693.759 MBK Empreendimentos e Participações ON - 7.377 5.000 Nova Securitização 16/05/2007 30/09/2011 167.999.495 André Luiz Souza ON - 588.487 588.487 Pátria 26/05/1998 21/10/2002 58.412.517 Pátria Investimentos ON - 465.407 465.407 PDG 10/03/2008 14/07/2009 386.715.895 PDG Realty Empreendimentos e Participações ON - 14.405.537 14.405.537 Polo Capital 31/05/2010 30/06/2011 188.685.988 Marcos Duarte dos Santos ON - 500.000 500.000 RB Capital Companhia de Securitização 09/09/1998 10/05/2000 1.750.437.660 RB Capital Holding ON - 5.996.865 15.482.912 RB Capital Securitizadora 17/11/1999 06/07/2006 7.362.027 FIP RB Capital Real State I ON - 2.984.328 14.230 REIT 19/01/2011 10/09/2012 121.251.488 REIT Consultoria de Investimentos ON - 1.000 1.000 | 73 Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Cetip-Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip). São apresentados os montantes de ofertas públicas de CRI (Instrução CVM nº 400), as emissões de CRI por tipo de registro e o número de Securitizadoras Imobiliárias registradas junto à autarquia, assim como os registros de custódia e estoque de CRI junto à Cetip. Para as ofertas públicas de CRI junto à CVM são consideradas as datas de registro provisório. CVM A figura 33 mostra o histórico anual dos registros de ofertas públicas de CRI desde 1999 e a figura 34 apresenta o montante emitido de CRI em 2013, dividido por tipo de registro. Ofertas Públicas de CRI FIG. 33 4.000 80 3.500 70 3.000 60 2.500 50 2.000 40 1.500 30 1.000 20 500 10 Quantidade de Registros Fonte: Uqbar Montante Registrado (R$ milhões) Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Registros 0 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Montante Registrado 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Quantidade de Registros Emissões de CRI de 2013 por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) FIG. 34 Fonte: Uqbar 14,0 % Esforços Restritos 86,0 % Ofertas Públicas 14,0 % 86,0 % | 74 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 A figura 35 apresenta o número de Securitizadoras Imobiliárias registradas na CVM desde 1997. Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM FIG. 35 Fonte: Uqbar 12 10 8 6 4 2 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 CETIP A figura 36 apresenta a evolução histórica dos depósitos de CRI na Cetip e a figura 37 mostra a evolução histórica do estoque de CRI nesta câmara. Depósitos de CRI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 36 Fonte: Cetip 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 75 FIG. 37 Fonte: Cetip 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 Jul 13 Jul 12 Jan 13 Jul 11 Jan 12 Jul 10 Jan 11 Jul 09 Jan 10 Jul 08 Jan 09 Jul 07 Jan 08 Jul 06 Jan 07 Jul 05 Jan 06 Jul 04 Jan 05 Jul 03 Jan 04 Jul 02 Jan 03 Jul 01 Jan 02 Jul 00 Jan 01 Jul 99 Jan 00 0 Jan 99 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Estoque de CRI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) Investidores A figura 38 apresenta a composição, por classe de investidor, do montante adquirido de CRI nas emissões ocorridas em 2013. A distribuição teve como base uma amostra correspondente a 86,8% da totalidade do montante emitido no ano, fatia à qual a Uqbar obteve acesso para o mapeamento de seus investidores. Composição do Montante Emitido de CRI em 2013 por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 38 Fonte: Uqbar 5,8 % 6,6 % 23,4 % 11,7 % 14,1 % 22,8 % 15,6 % Pessoas Ligadas aos Participantes do Consórcio de Distribuição 23,4 % Instituições Financeiras Ligadas aos Originadores dos Créditos 22,8 % Pessoas Físicas 15,6 % FGTS 14,1 % Fundos de Investimento 11,7 % Bancos Comerciais 6,6 % Outros 5,8 % A partir da Instrução da CVM nº 472 e, em seguida, da Lei nº 12.024/2009 –as quais permitiram, respectivamente, investimentos preponderantes em CRI por parte de FII e isenção tributária destes fundos em relação aos rendimentos destes títulos– criaram-se as condições para o surgimento efetivo de um novo segmento, dedicado a investimentos de renda fixa, no mercado de FII. Denominados FII de Renda Fixa, estes fundos têm como objetivo realizar investimentos em ativos financeiros de origem imobiliária, com destaque para o CRI. A figura 39 mostra a evolução do Patrimônio Líquido e do número de FII que investem preponderantemente em CRI. | 76 Títulos Imobiliários FIG. 39 Fonte: Uqbar 25 5.000 4.500 3.500 15 3.000 2.500 10 2.000 Quantidade de FII 20 4.000 PL (R$ milhões) 1.500 5 1.000 500 0 0 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Mar-11 Abr-11 Mai-11 Jun-11 Jul-11 Ago-11 Set-11 Out-11 Nov-11 Dez-11 Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12 Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13 Out-13 Nov-13 Dez-13 Finanças Estrutur adas | 2014 PL dos FII que investem em CRI Montante PL Quantidade de FII Mercado Secundário Na figura 40 é exibida a evolução histórica anual do montante consolidado de CRI negociado, decomposto entre os volumes de negócios que foram registrados na Cetip e aqueles negociados na BM&FBOVESPA. Negócios de CRI na Cetip e BM&FBOVESPA – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 40 Fonte: Cetip/BM&FBOVESPA/Uqbar 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 BM&FBOVESPA 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Cetip A seguir, a tabela 8 apresenta as negociações de CRI de 2012 e 2013 por faixa de prazo após a emissão. Negociações de CRI por Faixa de Prazo Após a Emissão – 2012 e 2013 2013 Tabela 8 Intervalo de tempo Montante (R$) % Montante # Negociações % Negociações 2012 Montante (R$) % Montante # Negociações % Negociações Até 30 dias 7.892.070.728 41,1 786 23,1 4.364.887.756 32,1 333 8,7 De 31 a 90 dias 4.582.700.688 23,8 342 10,0 1.261.414.403 9,3 506 13,2 De 91 a 180 dias 1.196.204.151 6,2 471 13,8 1.414.484.909 10,4 651 17,0 Mais de 180 dias 5.552.771.315 28,9 1.810 53,1 6.566.336.991 48,3 2.336 61,1 19.223.746.882 3.409 13.607.124.059 3.826 Total Fonte: Uqbar | 77 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Cedentes As figuras 41 e 42 apresentam as distribuições do número de cedentes das operações de CRI cujos devedores são pessoas físicas (CRI Pessoa Física) e das operações de CRI cujos devedores são pessoas jurídicas (CRI Pessoa Jurídica), respectivamente, por tipo de atividade econômica destes, para as operações realizadas durante o ano de 2013. Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2013 FIG. 41 Fonte: Uqbar Atividades Imobiliárias Intermediação financeira Construção Comércio 0 5 10 15 20 Classificação de Risco As tabelas 9 e 10 apresentam as elevações e os rebaixamentos, respectivamente, realizados em 2013 pelas agências de classificação de risco. | 78 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2013 Securitizadora Brazilian Securities Tabela 9 Título (Série/Emissão) Classificação Anterior Nova Classificação Agência Data 134ª/1ª A AA- Fitch 27/03/2013 Brazilian Securities 158ª/1ª A AA- Fitch 27/03/2013 Brazilian Securities 166ª/1ª A AA- Fitch 27/03/2013 Brazilian Securities 60ª/1ª A+ AA Fitch 15/04/2013 Brazilian Securities 224ª/1ª A A+ Fitch 21/05/2013 Brazilian Securities 79ª/1ª BBB A- Fitch 23/07/2013 Brazilian Securities 280ª/1ª BB+ BBB Fitch 01/08/2013 1ª/2ª AA+ AAA Fitch 01/08/2013 Brazilian Securities Gaia 104ª/1ª A+ AA- Fitch 15/08/2013 Brazilian Securities 261ª/1ª A- A Fitch 12/12/2013 4ª/1ª A- AA- Fitch 27/12/2013 Brasil Plural Fonte: Uqbar Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI em 2013 Tabela 10 Título (Série/Emissão) Classificação Anterior Nova Classificação Agência Data Beta 4ª/2ª AAA A+ Fitch 03/01/2013 Imigrantes 1ª/2ª AAA A+ Fitch 03/01/2013 Pátria 1ª/2ª AAA A+ Fitch 03/01/2013 TRX 4ª/1ª AAA A+ Fitch 03/01/2013 RB Capital Securitizadora 53ª/1ª A BBB Fitch 23/01/2013 Brazilian Securities 216ª/1ª A+ A Fitch 21/02/2013 Brazilian Securities 180ª/1ª A+ A Fitch 15/04/2013 Brazilian Securities 156ª/1ª AA- A+ Fitch 21/05/2013 Brazilian Securities 226ª/1ª A+ A Fitch 21/05/2013 Securitizadora RB Capital Securitizadora 45ª/1ª BBB+ CCC Austin 05/06/2013 Gaia 11ª/5ª A+ A Fitch 05/07/2013 Gaia 16ª/4ª A+ A Fitch 05/07/2013 Gaia 19ª/5ª A+ A Fitch 05/07/2013 Gaia 20ª/5ª A+ A Fitch 05/07/2013 RB Capital Securitizadora 53ª/1ª BBB BB Fitch 22/07/2013 Gaia 17ª/4ª AA- A+ Fitch 01/08/2013 Gaia 9ª/4ª A+ A Fitch 01/08/2013 Brazilian Securities 233ª/1ª A A- Fitch 07/08/2013 Brazilian Securities 251ª/1ª A+ A Fitch 07/08/2013 PDG 15ª/1ª A3 Baa3 Moody’s 15/08/2013 Fonte: Uqbar | 79 CÉDULAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (CCI) Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). São apresentados dados relativos aos registros destes títulos na Cetip, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara. Ver um Resumo dos Termos e Condições de CCI no ANUÁRIO UQBAR 2014 – SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. Registros A figura 43 apresenta a evolução histórica dos montantes anuais de depósitos de CCI na Cetip. A evolução histórica do estoque destas cédulas é apresentada na figura 44. Os montantes anuais de negócios registrados nesta câmara são apresentados na figura 45. Depósitos de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 43 Fonte: Cetip 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Estoque de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 44 Fonte: Cetip 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 Dez 13 Abr 13 Ago 13 Dez 12 Abr 12 Ago 12 Dez 11 Abr 11 Ago 11 Dez 10 Abr 10 Ago 10 Dez 09 Abr 09 Ago 09 Dez 08 Abr 08 Ago 08 Dez 07 Abr 07 Ago 07 Dez 06 Abr 06 Ago 06 Dez 05 Abr 05 Ago 05 Dez 04 Abr 04 Ago 04 Dez 03 0 Ago 03 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Resumo dos Termos e Condições | 81 Títulos Imobiliários Finanças Estrutur adas | 2014 Negociações de CCI na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 45 Fonte: Cetip 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 82 CAPÍTULO Três TíTULOS DO AGRONEGÓCIO TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Introdução Embora ainda apresentando dimensões reduzidas, o segmento do mercado de finanças estruturadas composto por títulos do agronegócio é aquele de crescimento mais pujante nos últimos anos. Este capítulo do Anuário, dedicado a estes títulos, compreende análises e dados sobre o desempenho do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), da Cédula de Produto Rural de liquidação financeira (CPR Financeira), e do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). Tanto o CRA como o CDCA foram criados há menos de um decênio pela Lei n° 11.076, de dezembro de 2004, que também instituiu a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). A captação de recursos de investidores através destes dois títulos tem sido crescentemente utilizada no intuito de se alongar prazos e se obter melhores taxas de financiamento para a produção no agronegócio. Isto ocorre a despeito de grande parte do setor rural ser financiado por créditos direcionados, dos quais uma parcela substancial ainda é concedida a taxas reguladas e subsidiadas. A agropecuária é um dos setores de maior relevância para a economia brasileira e, justamente pelas suas resultantes prerrogativas adquiridas, é foco de atenções políticas que causam interferências na transparência e governança do setor. Somam-se a isso fatores peculiares do negócio que radicam, em grande medida, na sazonalidade típica do seu perfil de produção. Estas características tornam o financiamento deste segmento através do mercado de capitais –e, especificamente, do mercado de securitização– bastante desafiante em termos de gestão de risco, de certo modo ainda mais desafiante do que no caso do segmento imobiliário. Porém, ao mesmo tempo, as oportunidades de investimento no segmento do agronegócio via mercado de capitais são muito atrativas. A estruturação de uma operação de CRA que financie determinada produção de grãos deve levar em conta o tipo e a época da respectiva colheita, cuja receita estará associada aos recebíveis que comporão o lastro desta operação. Assim, em relação à variável temporal, por exemplo, o casamento entre o prazo de financiamento e o respectivo ciclo sazonal de produção é mitigador fundamental de risco em uma estruturação de operação de CRA. Porém, em se tratando do agronegócio, atingir tal casamento de prazos requer criatividade. É necessário conjugar o médio prazo de investimento demandado por um potencial investidor com o de uma carteira lastro composta por direitos creditórios oriundos de financiamentos de curto prazo. No sentido de se moldar às características típicas do setor, a securitização de créditos do agronegócio tem se provado uma das mais inventivas da indústria. Estruturadores e as próprias Securitizadoras do Agronegócio estão | 85 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 sempre buscando aprimorar a estrutura de uma operação com o objetivo de minorar os riscos inerentes ao agronegócio. Neste quesito, destacam-se duas operações cujos pedidos de registro foram solicitados ainda em 2013 e que, dada a inovação estrutural envolvida em cada operação, foram objeto de análise minuciosa feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambas as operações apresentaram inovações para poder contemplar o descasamento de prazos entre o seu lastro e o CRA a ser emitido, no entanto, diferem um pouco quanto à alternativa escolhida para enfrentar a questão. A primeira conta com uma estrutura de natureza rotativa onde os direitos creditórios que lastreiam a operação possuem prazo de vencimento inferior ao do título de securitização. Em determinado momento da operação os emissores destes títulos de crédito devem formalizar todos os aditamentos necessários para que haja a originação de novos direitos creditórios com prazo de vencimento final compatível com o dos CRA. A outra operação, por sua vez, também adotou o conceito de revolvência, porém, os direitos creditórios que compõem o lastro dos CRA a serem emitidos vão sendo substituídos por novos direitos creditórios na medida em que aqueles vão vencendo, de tal forma que o saldo devedor consolidado dos direitos creditórios esteja sempre acima do saldo devedor dos CRA. Entretanto, apesar do aperfeiçoamento infundido na securitização do agronegócio –um segmento com características próprias e em franca expansão–, no que tange à regulamentação aplicável ao registro de ofertas e emissores, esta categoria de títulos está sujeita à mesma norma aplicável aos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), a Instrução CVM nº 414 (ICVM 414). Com efeito, o mercado de securitização do agronegócio está sujeito a uma norma criada especificamente para o mercado imobiliário, ignorando-se, assim, características diferentes entre ambos e resultando em inconsistências decorrentes da aplicação da ICVM 414 ao mercado de CRA. Para uma discussão mais aprofundada sobre os aspectos regulamentares relacionados ao desenvolvimento de mercado dos títulos do agronegócio, remetemos o leitor ao capítulo cinco, Regulamentação e Legislação, com conteúdo produzido pelo escritório PMKA Advogados exclusivamente para este Anuário. Ainda em relação ao mercado de CRA, menos de cinco anos desde ocorrida a primeira emissão deste título de securitização, o montante consolidado deste indicador já se aproxima da marca de R$2,00 bilhões. Considerando o montante de emissões em 2012 –que à época se situou ao redor de R$300,0 milhões– nos doze meses seguintes o montante emitido mais que triplicou, tendo 2013 se encerrado com R$1,22 bilhão de títulos de securitização do agronegócio emitidos. Considerando que desde 2009 –quando tomou lugar a primeira emissão de CRA– já foram | 86 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 emitidos R$1,85 bilhão destes títulos, o montante emitido apenas em 2013 corresponde a 65,9% deste total. Analisando a composição por segmento de agronegócio financiado através dos CRA, dos quase R$2,00 bilhões em títulos já emitidos, fica patente a predominância do segmento sucroalcooleiro, representando 42,2% do total emitido desde 2009. Em segundo lugar está a categoria Grãos, que abarca os títulos lastreados em recebíveis vinculados aos negócios com arroz, milho, soja ou trigo, com participação equivalente a 33,3%. A parcela restante é repartida entre as categorias Pecuária, Fertilizantes e Defensivos Agrícolas, em ordem crescente de participação. Existem atualmente quatro Securitizadoras do Agronegócio emitindo CRA. Destas, a Eco Securitizadora foi a primeira a ser constituída e registrada na CVM, ainda em 2009. É a securitizadora com maior montante emitido de CRA, tanto em termos consolidados (R$1,09 bilhão) como ao se computar apenas a cifra referente a 2013 (R$720,5 milhões). A Octante, por sua vez, foi a segunda Securitizadora do Agronegócio a ser constituída. Contudo, sua primeira emissão se deu apenas dois anos depois, em 2012. Mesmo tendo ocupado a terceira colocação em termos de montante emitido em 2013, no consolidado desta securitizadora já se perfaz a cifra de R$401,1 milhões em títulos emitidos, o suficiente para ocupar a segunda colocação sob este critério. A Brasil Agrosec, após hiato de mais de dois anos a contar de sua primeira emissão, ocorrida em fevereiro de 2011, voltou a emitir em outubro de 2013, em montante de R$24,1 milhões. Por fim, a Gaia Agro, a mais jovem dentre as securitizadoras registradas, estreou no mercado em 2013 com emissões equivalentes a R$279,8 milhões. Vale lembrar, todavia, que esta securitizadora, além de realizar emissões de CRA, também procedeu com a emissão de uma operação de CRI. Considerando o tipo de regime de distribuição no mercado de cada uma das 44 emissões realizadas desde 2009, fica evidente a preponderância daquelas emissões sob a chancela da Instrução CVM nº 476 –i.e., distribuição pública com esforços restritos– que representaram a maior fatia do total, 73,1%. Já as emissões resultantes de ofertas públicas reguladas pela ICVM 414 somaram aproximadamente um quarto do montante consolidado emitido. Finalmente, as emissões que foram objeto de colocação privada representaram a pequena fatia de 1,6% do total. Seguindo a tendência das emissões de CRA, os depósitos deste título na Cetip ao longo de 2013 se multiplicaram por cinco na comparação com o ano anterior. Em 2013 foram depositados nesta câmara o equivalente a R$924,8 milhões, contra R$164,3 milhões em 2012. Em consequência, o estoque de CRA ao final de 2013 chegou à marca de R$968,9 milhões, o que denota crescimento de 161,6% frente à cifra de dezembro de 2012, que era de | 87 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 R$370,4 milhões. O registro de negócios de CRA na Cetip, por sua vez, ainda é incipiente, marcando essencialmente um prolongamento do mercado primário. Em 2013 foram negociados R$726,1 milhões de CRA naquela câmara. No que tange às CPR Financeiras, a evolução anual histórica de negociações deste título de crédito destinado a financiar a produção de produtos rurais vem mantendo um patamar diminuto, desde que alcançou seu ápice, em 2009, quando mais de R$1,00 bilhão foi negociado. Entre 2012 e 2013 o montante de negócios registrados na Cetip se reduziu pela metade, recuando de R$229,6 milhões no primeiro ano para R$122,1 milhões em 2013. A composição das negociações por tipo de produto teve como maior fatia a soja, com 36,6%, seguida pelo milho, com 21,7%. Devido às características da CPR, não há informação disponível em termos de montante de depósitos ou em estoque deste título na Cetip. A informação é consolidada pela quantidade –em unidades específicas do produto financiado– como arroba para boi ou saca para café. Dependendo do tipo de CPR, o mesmo é liquidado através da entrega de uma quantidade pré-determinada do produto financiado, e não em reais. Com relação ao mercado de CDCA, na comparação com 2012 todos os indicadores –estoque, depósito e negociação na Cetip– sofreram quedas. Depósitos ao longo de 2013 se reduziram em 8,0% na comparação com 2012. Este indicador diminuiu de R$1,63 bilhão em 2012 para R$1,50 bilhão no ano seguinte. O nível de estoque no final do ano, por sua vez, sofreu redução de pouco mais de um quarto. Enquanto em 2012 este indicador era de R$2,58 bilhões, em 2013 esta cifra foi para R$1,89 bilhão. Finalmente, o montante de negociações registradas foi da ordem de R$1,14 bilhão em 2013, representando queda de 46,7% ante 2012. | 88 CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO (CRA) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos ao histórico de emissões, aos emissores e aos registros destes títulos na CVM e na Cetip. TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em direitos creditórios do agronegócio e constitui promessa de pagamento em dinheiro. Emissor Somente companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio. Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária, conforme dispuser o Termo de Securitização. Garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ativo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os direitos creditórios do agronegócio. Regime Fiduciário Sistema que permite que os direitos creditórios do agronegócio de uma operação de CRA sejam destinados exclusivamente à remuneração dos títulos lastreados por estes créditos e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste processo, mantendo-se apartados do patrimônio do Emissor até que se complete o resgate de todos os títulos da operação afetados por este benefício. Tais direitos creditórios não são passíveis de constituição de garantias ou de execução por quaisquer dos credores do Emissor de CRA, por mais privilegiados que sejam. FormaEscritural. Registro Em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Classe São admitidos CRA de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de amortização e resgate, e CRA que se subordinam aos de classe sênior para efeito de amortização e resgate. Taxa de Juros Fixa ou flutuante, admitida a capitalização. Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e periodicidade de reajuste mínimos de um ano. No entanto, é admitida a atualização mensal de valor, por índices de preço ou pelo índice de remuneração básica dos depósitos de poupança, se os títulos tiverem prazo de vencimento mínimo de 36 meses. CRA não podem ser indexados a moedas estrangeiras. Pagamento de Principal Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento. | 90 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Pagamento de Juros Normalmente através de pagamentos periódicos mensais, não existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento. Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor. Transferência Através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Liquidação Financeira Cetip. Emissões Em 2013, quatro Securitizadoras do Agronegócio emitiram CRA. A figura 46 mostra a evolução das emissões de CRA desde 2009 e a figura 47 apresenta a composição das emissões por tipo de segmento. Emissões de CRA - Montante (em R$ milhões) FIG. 46 Fonte: Uqbar 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2009 2010 2011 2012 2013 Composição das Emissões de CRA por Tipo de Segmento (% do Montante Emitido) Fonte: Uqbar FIG. 47 2,8 % 7,0 % 14,7 % 42,2 % Sucroalcooleiro 42,2 % Grãos 33,3 % Defensivos Agrícolas 14,7 % Fertilizantes 7,0 % Pecuária 2,8 % 33,3 % | 91 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Emissores A tabela 11 mostra alguns dados sobre as Securitizadoras do Agronegócio registradas na CVM. Os dados de capital social, número de ações integralizadas e principais acionistas foram obtidos nos arquivos “Formulário de Referência de 2013”, consultados no dia 10 de março de 2014. Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM Securitizadora Data de Constituição Data de Primeira Emissão Montante Emitido em 2013 (R$ milhões) Tabela 11 Montante Emitido Consolidado (R$ milhões) Principais Acionistas Número e Tipo de Ações Integralizadas Capital Social (R$) ON – 36.156 4.347.451 Brasil Agrosec 30/06/2010 11/02/2011 24,1 75,2 Banco Indusval, Banco Fator, Banco Original do Agronegócio e Ourinvest Participações Eco Securitizadora 02/03/2009 30/09/2009 720,5 1.092,9 Ecoagro Participações ON – 100.000 100.000 Gaia Agro 02/01/2012 23/01/2013 279,8 279,8 Gaia Agro Assessoria Financeira ON – 100.000 100.000 Octante 03/05/2010 02/05/2012 193,9 401,2 William Ismael Rozenbaum Trosman e Octante Gestão de Recursos ON – 134.889 134.889 Fonte: Uqbar Registros CVM A figura 48 apresenta o montante emitido de CRA consolidado desde 2009, dividido por tipo de registro. Emissões de CRA por Tipo de Registro (% do Montante Emitido) FIG. 48 Fonte: Uqbar 1,6 % 25,3 % ICVM 476 73,1 % ICVM 414 25,3 % Colocação Privada 1,6 % 73,1 % | 92 As figuras 49, 50 e 51 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CRA registrados na Cetip. Depósitos de CRA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 49 Fonte: Cetip 1.000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Estoque de CRA na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 50 Fonte: Cetip 1.200 1.000 8.00 600 400 200 Negociações de CRA na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) Nov 13 Jul 13 Set 13 Mai 13 Jan 13 Mar 13 Nov 12 Jul 12 Set 12 Mai 12 Jan 12 Mar 12 Nov 11 Jul 11 Set 11 Mai 11 Jan 11 Mar 11 Nov 10 Jul 10 Set 10 Mai 10 Jan 10 Mar 10 Nov 09 Jul 09 Set 09 Mai 09 Dez 08 0 Mar 09 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 CETIP FIG. 51 Fonte: Cetip 800 700 600 500 400 300 200 100 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 93 CÉDULAS DE PRODUTO RURAL (CPR) Esta seção apresenta informações sobre a Cédula de Produto Rural (CPR). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na Cetip, como montantes anuais de negócios de CPR Financeira e a composição dos negócios de CPR Financeira nesta câmara. TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Instrumento representativo de promessa de entrega de produtos rurais, com ou sem garantia cedularmente constituída. É título líquido e certo, exigível pela quantidade e qualidade do produto nela previsto, ou se CPR com liquidação financeira, exigível, na data de seu vencimento, pelo resultado da multiplicação do preço pela quantidade do produto especificado. Permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para desenvolver sua produção ou empreendimento, com comercialização antecipada ou não. Emissor Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas. Garantia Poderá consistir em hipoteca, penhor ou alienação fiduciária. Forma Cartular ou escritural. Registro Para ter eficácia contra terceiros, deve ser inscrita no cartório de registro de imóveis do domicílio do emissor. Caso a garantia consista de hipoteca ou penhor, a CPR deverá também ser averbada na matrícula do imóvel hipotecado e no cartório de localização dos bens apenhados. Em caso de negociação do título em mercados de bolsa e balcão é obrigatório o registro da cédula em sistema de registro e de liquidação financeira, administrado por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil. Pagamento No vencimento, no caso de CPR com liquidação financeira. Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão, neste caso sendo considerado um ativo financeiro. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Liquidação FinanceiraCetip. | 95 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Registros As figuras 52 e 53 apresentam, respectivamente, os montantes anuais de negócios de CPR Financeira e a composição, por produto, dos negócios de CPR Financeira na Cetip. Negócios de CPR Financeira na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 52 Fonte: Cetip 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Negócios de CPR Financeira na Cetip em 2013 por Produto ( % do Montante) FIG. 53 Fonte: Cetip 2,1 % 0,7 % 5,5 % 6,9 % 7,3 % Soja 36,6 % Milho 21,7 % Algodão 19,2 % Cana de Açúcar 7,3 % Café 6,9 % Boi 5,5 % Eucalipto 2,1 % Feijão 0,7 % 36,6 % 19,2 % 21,7 % | 96 CERTIFICADOS DE DIREITOS CREDITÓRIOS DO AGRONEGÓCIO (CDCA) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na Cetip, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara. TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Resumo dos Termos e Condições Descrição Título de crédito nominativo, de livre negociação lastreado em créditos originados no agronegócio. Representa promessa de pagamento em dinheiro e constitui título executivo extrajudicial. Emissor Exclusivo de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. O emissor responde pela origem e autenticidade dos direitos creditórios que lastreiam os certificados. Lastro Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária. O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele vinculados, independentemente de convenção, os quais podem ser substituídos mediante acordo entre o emitente e o titular. A substituição dos direitos creditórios importará na extinção do penhor sobre os direitos substituídos, constituindo-se automaticamente novo penhor sobre os direitos creditórios dados em substituição. Os direitos creditórios utilizados como lastro dos CDCA devem ser (i) registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil; e (ii) custodiados em instituições financeiras ou outras instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários a prestar serviço de custódia de valores mobiliários. Garantia Além do penhor, poderá contar com garantias reais ou fidejussórias, livremente negociadas entre as partes. Forma Cartular ou escritural. Registro No caso de emissão sob forma escritural, os títulos deverão ser registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil. Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os juros podem ser capitalizados, calculados em base de taxa fixa ou flutuante. Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Liquidação FinanceiraCetip. | 98 As figuras 54, 55 e 56 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CDCA registrados na Cetip. Depósitos de CDCA na Cetip - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 54 Fonte: Cetip 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Estoque de CDCA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 55 Fonte: Cetip 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Negociações de CDCA na Cetip – Evolução Histórica (em R$ milhões) Set-13 Dez-13 Jun-13 Mar-13 Set-12 Dez-12 Jun-12 Mar-12 Set-11 Dez-11 Jun-11 Mar-11 Set-10 Dez-10 Jun-10 Mar-10 Set-09 Dez-09 Jun-09 Mar-09 Set-08 Dez-08 Jun-08 Mar-08 Set-07 Dez-07 Jun-07 Mar-07 Set-06 Dez-06 Jun-06 Dez-05 0 Mar-06 TÍT U LOS D O AG RO N EG Ó CI O Finanças Estruturadas | 2014 Registros FIG. 56 Fonte: Cetip 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 | 99 CAPÍTULO quatro Rankings de 2013 Este capítulo apresenta uma série de rankings divididos por tipo de entidade emissora: Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários (Securitizadoras Imobiliárias) e Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do Agronegócio (Securitizadoras do Agronegócio). Para cada um destes grupos são apresentados rankings para as categorias Emissões, Emissores e Terceiros. Sempre que possível ou apropriado, cada ranking é calculado: n tendo como base o montante, em R$, e o número de operações ou títulos; n para o ano de 2013 e de forma consolidada; n com as alterações nas posições comparativamente ao ranking do ano anterior. R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Introdução Conforme abordado neste Anuário, em 2013 o desempenho do mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) não refletiu o crescimento do estoque de crédito nas carteiras das instituições financeiras, tendo o patrimônio líquido consolidado do conjunto destes fundos se mantido praticamente inalterado na comparação entre o começo e o fim do ano. Parte da explicação de tal desempenho –também já contemplada anteriormente nesta publicação– resulta do processo mandatório de adequação, por parte dos FIDC, à recente regulamentação, na forma da Instrução CVM nº 531 (ICVM 531), que impactou estruturalmente o setor. Interessantemente, foi justamente este processo de adequação que, no mesmo ano de 2013, acabou por gerar um maior nível de movimentação entre os participantes deste mercado em relação às titularidades dos mandatos de prestação de serviço dos FIDC, alterando em alguns segmentos o quadro competitivo e o grau de concentração. Por outro lado, em função de seu rápido crescimento no atual momento, o ainda diminuto, mas promissor, mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) produziu operações de tamanho recorde e atraiu a chegada de novos e importantes players já consagrados em outros mercados, como por exemplo o de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). O mercado de CRA oferece amplo espaço de crescimento, devendo continuar a aumentar as oportunidades de negócios que o sustentam. No entanto, como discutido no próximo capítulo, dadas as especificidades deste mercado, urge o aprimoramento do aplicável marco jurídico-regulamentar, o qual, por ora, ainda funciona de forma emprestada do mercado de CRI. A seguir é apresentada uma descrição das maiores operações em 2013 nos mercados de FIDC e de CRA e das principais movimentações e desempenhos de participantes que compõem os rankings destes mercados. A cobertura das principais operações e dos rankings do mercado de CRI encontra-se no ANUÁRIO UQBAR 2014 – SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Emissões Cinco FIDC fechados e cinco FIDC abertos foram responsáveis pelas dez maiores emissões de cotas realizadas em 2013 (sem considerar o FIDC Sistema Petrobras NP). Dentre as emissões realizadas por estes cinco FIDC fechados, duas corresponderam a ofertas de distribuição pública sob o regime da Instrução CVM nº 400 (ICVM 400) e três corresponderam a ofertas de distribuição pública com esforços restritos, sob o regime da | 102 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Instrução CVM nº 476 (ICVM 476). A maior das duas emissões ofertadas sob o regime da ICVM 400, aquela referente à cota sênior do FIDC Driver Brasil Two Volkswagen, que totalizou R$957,0 milhões, o equivalente a 4,9% do montante consolidado do mercado emitido no ano, representou a quarta maior emissão de cotas de FIDC no ano. O fundo citado investe em recebíveis oriundos de operações de financiamento de veículos concedido pelo Banco Volkswagen tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. A outra emissão ofertada sob o regime da ICVM 400, representando a décima maior emissão de cotas de FIDC em 2013, se referiu à cota sênior do FIDC Chemical VII Indústria Petroquímica, tendo totalizado R$454,0 milhões, o equivalente a 2,3% do total do mercado emitido no ano. Este segundo fundo investe em recebíveis comerciais representados por notas fiscais emitidas por empresas do grupo Braskem (cedentes). Em relação aos cinco FIDC abertos, apesar de suas emissões estarem entre as maiores, os mesmos sofreram grande volume de resgates, pelo menos equivalente a 50,0% do montante emitido para cada um. Assim, as captações realizadas não se traduziram, em sua maioria, em um aumento relevante no valor de Patrimônio Líquido (PL). Houve, porém, uma exceção: o FIDC Aberto Caixa RPPS Consignado BMG captou R$1,01 bilhão, o equivalente a 5,2% do total emitido no mercado em 2013, mas o volume de seus resgates não alcançou 1,0% de seu montante emitido. O título correspondente ao maior volume emitido no mercado em 2013 foi a cota sênior do FIDC For-Te, fundo que investe em recebíveis comerciais selecionados pela Telefônica Factoring do Brasil, representados por duplicatas cedidas por empresas dos segmentos comercial e de prestação de serviços. As emissões da cota sênior deste fundo somaram R$3,35 bilhões, ou o equivalente a 17,3% do total emitido no mercado. No entanto, por conta do concomitante alto volume de resgates, no último ano o PL deste fundo aumentou apenas R$200,0 milhões, aproximadamente. Emissores Ao se mudar o critério de classificação de total de emissões por cota para o total de emissões por fundo, constata-se, assim como anteriormente, a presença dos FIDC abertos nas primeiras colocações. Por este critério, novamente o FIDC For-Te ocupou a primeira posição, com emissões que somaram R$3,52 bilhões (18,2% do total). Em seguida se posicionaram o FIDC Caterpillar do Segmento Industrial II, com R$1,69 bilhão em emissões (8,7%), e o FIDC Aberto Caixa RPPS Consignado BMG, com R$1,18 bilhão (6,1%). O FIDC Caterpillar do Segmento Industrial II é constituído sob a forma de condomínio aberto e investe em recebíveis comerciais representados por contratos de compra e venda cedidos pela Caterpillar Brasil, empresa produtora de | 103 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 máquinas e equipamentos. Por sua vez, o FIDC Aberto Caixa RPPS Consignado BMG, que também é constituído sob a forma de condomínio aberto, investe em recebíveis oriundos de operações de crédito pessoal a aposentados e pensionistas do INSS cedidos pelo Banco BMG. Tomando-se como critério o valor de PL, assim como havia ocorrido no ano anterior, em 2013 houve movimentação no sentido de redução de concentração da participação conjunta dos dez maiores fundos do mercado. Em dezembro de 2012 os dez maiores FIDC representavam 31,1% do PL consolidado, enquanto no final de 2013 este mesmo indicador equivalia a 29,2%. O maior PL individual no final de 2013 correspondia ao do FIDC BV Financeira VI, com R$2,32 bilhões. Este fundo investe em contratos de financiamento de veículos originados pela BV Financeira. Na sequência se posicionaram os fundos GM Venda de Veículos e Insumos Básicos da Indústria Petroquímica, com PL de R$2,21 bilhões e R$1,59 bilhão, respectivamente. O primeiro FIDC investe em recebíveis oriundos de operações de financiamento de veículos cedidos pela General Motors do Brasil, enquanto o segundo investe em recebíveis comerciais representados por notas fiscais emitidas pela Petrobras (cedente). Dentre os fundos iniciados em 2013, o FIDC com maior PL no final do ano era o Aberto Caixa RPPS Consignado BMG, com R$1,44 bilhão. Terceiros Administradores Depois de três anos consecutivos liderando o ranking anual de administradores de FIDC por número de novas operações, a SOCOPA cedeu lugar à PETRA. A primeira colocação obtida pela PETRA no ranking anual resultou da assunção da administração de 14 (25,5%) dos novos FIDC iniciados em 2013. Vale notar que nove destes 14 FIDC são não-padronizados. No ranking anual por montante de PL, a BEM DTVM manteve sua liderança histórica com R$2,26 bilhões (27,7%), correspondentes a sete novos fundos que entraram em operação. Nos rankings consolidados, ou seja, aqueles que consideram todos os fundos em funcionamento independentemente de data de início, a BEM DTVM e a SOCOPA mantiveram as lideranças. Em termos de montante de PL, a BEM DTVM, apesar de ter perdido pequena parcela de sua fatia, ainda detém 26,0% do mercado, mais que o dobro da participação da segunda colocada, a Caixa Econômica Federal. O PL consolidado dos 41 fundos sob administração da BEM DTVM somava R$13,9 bilhões em dezembro de 2013. Por outro lado, quando classificados pelo número de operações, a líder SOCOPA aumentou sua participação em 3,0 pontos percentuais, tendo os nove mandatos | 104 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 assumidos de outras instituições ao longo de 2013 contribuído fortemente para esta conquista. No final do ano passado a corretora paulista contava com 71 fundos (18,3%) sob sua administração, mas estes, juntos, somavam PL de apenas R$2,25 bilhões, resultando na mera nona colocação para a SOCOPA quando este indicador é utilizado para ordenar os administradores. As instituições que mais ganharam fatia de mercado no último ano foram a BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM, no ranking consolidado de PL, e a SOCOPA, no ranking consolidado de número de operações. A BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM viu sua participação crescer 1,9 ponto percentual, saltando de 3,9% em 2012 para 5,8% em 2013, e a SOCOPA viu sua participação crescer 3,0 pontos percentuais, saltando de 15,2% em 2012 para 18,3% em 2013. Advogados Em 2013 o escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados obteve feito que não ocorria no mercado de assessores jurídicos de FIDC há seis anos. Este escritório de advogados liderou os dois rankings de advogados, por montante emitido e por número de fundos, com participações de 32,3% (R$1,40 bilhão) e 20,7% (seis fundos). Presença frequente entre os assessores jurídicos de FIDC, o Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados não liderava um ranking desde 2010, quando conquistou a primeira colocação no ranking de número de operações. O mercado de assessoria jurídica prestada durante a estruturação de um FIDC caracteriza-se por um grande número de participantes e pela alta concorrência entre estes. Cabe aqui, então, menção aos participantes que se enveredaram por este segmento a partir de 2013: Freire, Assis, Sakamoto & Violante Advogados; Menezes Bonato & Advogados e Wald e Associados Advogados. Agências de Classificação de Risco Ao contrário da maioria dos números relacionados ao mercado de FIDC, a atividade das agências de classificação de risco, medida pelo número de novas atribuições feitas por cada companhia, aumentou em 2013 comparativamente ao ano anterior. Foram 174 atribuições realizadas por cinco agências em 2013, contra 114 atribuições realizadas por sete agências em 2012, um aumento de 52,6%. Por outro lado, o montante classificado total dos títulos diminuiu, de R$10,04 bilhões em 2012 para R$8,83 bilhões em 2013, uma redução de 12,1%. O montante médio por atribuição diminuiu em 42,4%, de R$88,1 milhões em 2012 para R$50,7 milhões em 2013. Após ter conquistado a primeira colocação nos quatro rankings de agências de classificação de risco de cotas de FIDC no ano de 2012, a S&P não | 105 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 repetiu o feito no último ano. No ranking por número de títulos classificados em 2013 a Austin granjeou a primeira posição por pouco, tendo atribuído nota de classificação de risco para 53 títulos (30,5%). Logo atrás, a S&P caiu para a segunda posição, tendo realizado a atribuição de classificação de risco para 52 títulos (29,9%). Com este resultado obtido em 2013 ambas as companhias sofreram leves alterações em suas fatias de mercado de forma consolidada, quando é considerada a quantidade total de títulos classificados desde 2002. Vale dizer que, em termos de participação de mercado, a companhia que mais cresceu relativamente em 2013 foi a Liberum. Sua fatia, pelo critério de número consolidado de títulos classificados, alcançou 8,8%, um aumento de 4,1 pontos percentuais comparativamente a 2012. Em 2013 esta agência atribuiu classificação de risco para 46 cotas de FIDC, ou 26,4% do total, atingindo a terceira posição no ranking anual. Fitch e Moody’s foram as outras duas agências de classificação de risco que realizaram atribuições no último ano. Nos rankings ordenados por montante classificado não houve mudanças relevantes. A S&P liderou os dois rankings. Em 2013 a empresa atribuiu nota para cotas de FIDC em montante equivalente a R$3,43 bilhões (38,9%), chegando assim a um montante consolidado, desde 2002, de R$38,98 bilhões (39,2%). Auditores De 2012 para 2013, a KPMG Auditores Independentes viu sua participação cair nos dois rankings consolidados de auditores: por montante de PL e por número de fundos em operação em dezembro de 2013. No entanto, a concorrência ainda está muito distante da líder para incomodá-la. Esta queda na sua fatia de mercado se explica, em parte, por a KPMG Auditores Independentes, mesmo tendo liderado os dois rankings anuais, não ter obtido, para os fundos lançados em 2013, uma parcela de mandatos equivalente à fatia de mercado que detinha pelos números consolidados até 2012. Assim, mesmo tendo sido a empresa de auditoria independente contratada pela maior parte dos FIDC iniciados em 2013, equivalente a 55,0% em termos de montante de PL e 43,8% em termos de número de fundos, no consolidado até o final do ano passado sua participação de mercado declinou 10,1 e 7,9 pontos percentuais respectivamente. No final de 2013 a KPMG Auditores Independentes era responsável pela auditoria de 197 fundos que, juntos, somavam R$32,31 bilhões em PL. Estes números garantiram participações de mercado ao auditor de 51,7% e 61,7% nos rankings consolidados por número de fundos e por montante de PL respectivamente. | 106 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Custodiantes O segmento do mercado de FIDC que, sem dúvida, mais sofreu impacto com o advento da ICVM 531 foi o de custódia. O prazo para os fundos se adequarem à nova instrução, desde que não houvesse nova oferta pública, se encerrava apenas em fevereiro de 2014. Contudo, um sem número de fundos realizou as alterações ainda mesmo em 2013. Este tema foi recorrente nas assembleias gerais de cotistas dos fundos. Por muitas vezes, as deliberações envolviam não só alterações de Regulamento para atender a nova regulamentação, mas também renúncia de custodiante e contratação de nova empresa para prestação deste serviço. No total 27 FIDC trocaram de custodiante em 2013. O Banco Paulista e o Banco PETRA foram as instituições que mais ganharam mandatos de fundos que eram custodiados por outro participante. Ademais, estes bancos também foram os que mais aumentaram suas participações de mercado no ranking consolidado por número de operações. O Banco Paulista chegou a 101 fundos sob custódia ao final de 2013, o equivalente a uma participação de 26,0%, o que representou um aumento de 2,6 pontos percentuais de fatia quando comparado com a participação de 23,4% (86 fundos) de 2012. Em 2013 o Banco Paulista foi contratado por onze fundos que iniciaram no ano, ganhou o mandato de nove fundos que eram custodiados por algum outro participante, perdeu o mandato de dois fundos para a concorrência e teve três fundos que foram liquidados. O Banco PETRA, a seu turno, chegou a 51 fundos sob custódia ao final de 2013, o equivalente a uma participação de 13,1%, o que representou um aumento de 5,8 pontos percentuais de fatia quando comparado com a participação de 7,3% (27 fundos) de 2012. Em 2013 o Banco PETRA foi contratado por 14 fundos que iniciaram no ano, ganhou o mandato de doze fundos que eram custodiados por algum outro participante, perdeu o mandato de um fundo para a concorrência e teve um fundo que foi liquidado. Por outro lado, os custodiantes que mais perderam mandatos para outros participantes ao longo de 2013 foram o Banco Santander (Brasil), com nove perdas, o Citibank DTVM, com seis perdas, e o Deutsche Bank, com quatro perdas. Em termos de posição no ranking consolidado por número de operações, o Banco Paulista manteve a liderança com a custódia dos ativos de 101 fundos (26,0%) ao final de 2013, assim como o Banco Bradesco manteve a segunda colocação por estar na função de custodiante de 63 fundos (16,2%). Tendo galgado quatro posições neste ranking, o Banco PETRA figurou na terceira posição, com a custódia dos ativos de 51 FIDC (13,1%) ao final do último ano. | 107 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 No ranking consolidado de montante de PL a principal mudança foi a queda do Itaú Unibanco da segunda colocação em 2012 para a quarta posição em 2013. O PL consolidado dos 26 FIDC dos quais o banco era custodiante no final de 2013 somava R$5,38 bilhões (10,1%). A primeira posição foi mantida pelo Banco Bradesco, com PL de R$21,38 bilhões (40,1%). Em contraste com a queda do Itaú Unibanco, às segunda e terceira colocações foram galgados o Banco Santander (Brasil) e Citibank DTVM, com PL de R$7,35 bilhões (13,8%) e R$6,85 bilhões (12,9%) respectivamente. Estruturadores O Banco PETRA, após dois anos em disputa acirrada com a Tercon Consultoria Empresarial, consolidou-se em 2013 de forma incontestável no ápice do ranking anual de número de fundos estruturados. Historicamente a competição entre as duas companhias vinha sendo decidida nos detalhes, porém, em 2013 o Banco PETRA se diferenciou. Foram doze fundos (33,3%) estruturados pelo banco enquanto que a consultoria estruturou apenas dois (5,6%) e, assim, se limitou à quinta colocação no ranking. No ranking de estruturadores de FIDC por montante emitido em 2013, com participação de 24,6%, a liderança foi conquistada pela Integral Trust Serviços Financeiros, mas resultante da estruturação de apenas um fundo, o FIDC Aberto Caixa RPPS Consignado BMG. Gestores Historicamente o mais diversificado dos segmentos, o mercado de gestores de FIDC atingiu a marca de 99 prestadores de serviços atuando no final de 2013. O segmento de gestores foi o único que, no ranking consolidado de 2013, apresentou diminuição do nível de concentração referente à participação conjunta dos dez maiores gestores. Em 2012 este indicador se equivalia a 66,1%, pelo critério de montante de PL, e 53,3%, pelo critério de número de operações. Em 2013 os dez maiores gestores representaram 63,8%, pelo critério de montante de PL, e 51,2%, pelo critério de número de operações. Distintamente do sucedido em 2012, o ano de 2013 assinalou-se por permutas de posições. Quinta colocada no ranking anual de montante de PL de 2012, a Integral Investimentos conquistou a segunda colocação deste mesmo ranking em 2013, com um total de R$1,60 bilhão (19,6%) de PL, referente a três novos fundos iniciados no ano. Consequentemente, a gestora ultrapassou a Votorantim Asset Management DTVM no ranking consolidado, ocupando, assim, a segunda posição deste ranking e tendo, ainda, se aproximado da primeira colocada, a BRAM Bradesco Asset Management DTVM. No consolidado por montante de PL, a BRAM Bradesco Asset | 108 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Management DTVM, que perdeu 1,4 ponto percentual de fatia de mercado, registrou R$8,17 bilhões (15,3%), e a Integral Investimentos, que ganhou 3,2 pontos percentuais de fatia de mercado, registrou R$6,91 bilhões (13,0%). Já pelo critério por número de operações, a PETRA assumiu a liderança do ranking consolidado depois de ter assumido, em 2013, o maior número de novos fundos (sete), totalizando 42 FIDC (10,8%) sob sua gestão ao fim de 2013. A J & M Investimentos, que havia liderado o ranking de 2012, aparece logo atrás com 40 fundos sob gestão e uma participação de mercado de 10,3%. Líderes de Distribuição O mercado de líderes de distribuição de cotas de FIDC é o que apresenta a maior volatilidade de participantes. A cada ano surgem novos participantes, ou então participantes antigos que não haviam atuado no ano anterior, proporcionando uma intensa mudança de posições. Em 2013 as exceções ficaram a cargo dos primeiros colocados nos rankings, de montante emitido e de número de títulos, e do terceiro colocado no ranking de número de títulos. Vale lembrar que para estes rankings somente são consideradas as distribuições de ofertas públicas realizadas através da ICVM 400. No ranking de montante distribuído, a primeira posição ficou com o Banco Itaú BBA, por este ter liderado a distribuição das cotas sênior e mezanino do FIDC Driver Brasil Two Volkswagen, que juntas somaram R$1,00 bilhão (34,2%). Na sequência aparecem dois bancos que não atuaram neste mercado em 2012: o BB Banco de Investimento, com R$490,0 milhões (16,8%), e o Banco J.P. Morgan, com R$303,1 milhões (10,4%). O BB Banco de Investimento foi a instituição contratada para fazer a distribuição das cotas sênior e mezanino do FIDC Chemical VII Indústria Petroquímica, enquanto o Banco J.P. Morgan foi a instituição contratada para fazer a distribuição das cotas sênior do FIDC Mercantis Monsanto II, fundo que investe em recebíveis do agronegócio representados por notas fiscais emitidas em razão da compra a prazo de sementes e produtos agroquímicos. Quando classificados pelo número de séries colocadas, a Citibank DTVM figurou na primeira posição, com seis títulos (17,1%), seguida pelo Banco BTG Pactual e pela PETRA Personal Trader CTVM, com três títulos (8,6%) cada. | 109 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Securitizadora do Agronegócio Emissões O ano de 2013 representou uma mudança de patamar dimensional no que diz respeito ao montante emitido em CRA. Somou-se R$1,22 bilhão, o que representa quase o dobro da soma referente a todas as emissões que haviam sido realizadas desde o início do mercado, em 2009, até o final de 2012. Ao longo do último ano foram realizadas doze operações de CRA, tendo sido emitidas 22 séries, referentes a títulos de classe sênior, mezanino, subordinado e único –quando há apenas uma classe de cota, ou seja, a operação não conta com o reforço de crédito da subordinação. Dessa forma, o montante médio emitido por título alcançou a marca de R$55,4 milhões, valor que vem aumentando ao longo do tempo, provando aumento do apetite de investidores por este tipo de papel. Os números consolidados logrados em 2013 refletem o fato de que as maiores emissões realizadas de CRA, desde o início do mercado, ocorreram no último ano. A Eco Securitizadora captou aproximadamente R$400,0 milhões através de uma oferta pública com esforços restritos, regida pela ICVM 476. Este CRA, a 53ª série da 1ª emissão, é lastreado por um CDCA emitido pela Odebrecht Agroindustrial Participações que, por sua vez, possui seu lastro composto por duas CPR Financeiras emitidas pela Rio Claro Agroindustrial e pela Agro Energia Santa Luzia. Este CRA paga juros mensalmente equivalente a 120,6% da Taxa DI e tem vencimento previsto para abril de 2015. As outras duas grandes séries de CRA em 2013 foram emitidas pela estreante Gaia Agro, cada uma com montante de R$120,0 milhões aproximadamente. A 1ª série da 4ª emissão foi distribuída publicamente, seguindo os procedimentos da Instrução CVM nº 414, paga juros mensalmente equivalente a 100,0% da Taxa DI mais spread de 3,0% a.a. e possui vencimento previsto para abril de 2019. O lastro deste CRA é um CDCA emitido pela Nardini Agroindustrial que representa um contrato de compra e venda de etanol através do qual a Nardini Agroindustrial se obrigou a entregar etanol à Ipiranga Produtos de Petróleo. Por sua vez, a 2ª série da 1ª emissão foi distribuída de acordo com a ICVM 476, paga juros equivalente a 100,0% da Taxa DI e possui vencimento previsto para fevereiro de 2018. O lastro deste CRA é uma debênture emitida pela Rice Company–Comércio de Cereais. Estes três CRA superaram em tamanho a 35ª série da 1ª emissão da Eco Securitizadora, que até então era o maior CRA emitido, com valor equivalente a R$110,0 milhões. | 110 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Emissores Além do recorde em emissões, o ano de 2013 testemunhou a primeira emissão de CRA pela Gaia Agro. Esta securitizadora se tornou a quarta securitizadora do agronegócio a realizar uma emissão e teve o segundo melhor desempenho do ano, com três operações (25,0%) realizadas, que totalizaram R$279,8 milhões (23,0%), resultando em uma terceira posição no ranking de montante emitido consolidado de CRA, com 15,1% do total. Duas das séries emitidas pela Gaia Agro estão ligadas ao setor sucroalcooleiro, enquanto que a terceira é lastreada em uma debênture emitida por uma empresa que tem seu foco de atuação na comercialização de arroz. No consolidado desde 1999, a Eco Securitizadora permaneceu como a emissora de maior montante emitido e número de operações. Os R$720,5 milhões (59,1%) emitidos em 2013 fizeram com que a securitizadora alcançasse a cifra de R$1,09 bilhão (59,1%) no total, divididos em 16 operações (57,1%). Com exceção da série mencionada anteriormente, todas as demais realizadas em 2013 pela Eco Securitizadora foram lastreadas em títulos vinculados ao negócio da soja. Com R$193,9 milhões emitidos no ano (15,9%), a Octante manteve a segunda colocação do ranking por montante emitido consolidado desde 2009. No agregado, a empresa realizou seis operações (21,4%), que totalizaram R$401,2 milhões (21,7%). Duas características saltam aos olhos em relação às emissões da Octante em 2013: todas contam com o reforço de crédito da subordinação e nenhuma delas é lastreada em recebíveis de negócios de ativos cultiváveis, sendo fertilizantes e defensivos agrícolas os negócios associados aos seus CRA. Por fim, a Brasil Agrosec fecha o ranking de emissões consolidado, com R$75,2 milhões ou 4,1% do total. Em 2013 a securitizadora realizou uma operação que é composta por três CRA de classes diferentes: sênior, mezanino e subordinado. Até o final do ano passado, 75,8% do valor total da emissão, de R$31,8 milhões, havia sido integralizado. O lastro desta operação são diversos instrumentos contratuais ligados ao agronegócio que foram cedidos pela Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto. Terceiros Advogados No mercado de assessores jurídicos das operações de CRA observa-se um aumento da concorrência. Enquanto até o fim de 2012, quatro escritórios haviam prestado este tipo de serviço para as Securitizadoras do Agronegócio, em 2013 três novos escritórios entraram no mercado: TozziniFreire Advogados, Demarest Advogados e PMKA Advogados. Dentre estes novos escritórios no mercado de CRA, TozziniFreire Advogados foi o que mais se destacou. | 111 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Operações em 2013 que contaram com a assessoria do escritório totalizaram R$436,0 milhões (35,9%) em montante emitido de CRA. Assim, esta empresa ficou na segunda posição do ranking de emissões consolidado desde 1999, atrás apenas do Pinheiro Neto Advogados que, em 2013, assessorou operações de CRA que somaram o equivalente a R$300,0 milhões (24,7%), totalizando, no consolidado, a marca de R$509,4 milhões (27,6%). Demarest Advogados somou R$184,8 milhões (15,2%) nas três operações que assessorou em 2013, ocupando a quarta posição no ranking consolidado, com participação de 10,0%. Com grande atuação no mercado de CRI, PMKA Advogados assessorou suas duas primeiras operações de CRA em 2013, que juntas somaram R$136,1 milhões (11,2%), ocupando a sexta posição no ranking consolidado, com participação de 7,4%. Agentes Fiduciários Em contraste com o observado nos mercados de advogados e líderes de distribuição (abordados a seguir), o mercado de agentes fiduciários de CRA ainda se mantém coberto por poucos participantes. O mercado é representado apenas pela Planner Trustee DTVM e pela SLW Corretora. Por este motivo rankings não foram elaborados para este segmento do mercado. O montante emitido nas 20 operações para as quais a SLW Corretora foi contratada para ser o agente fiduciário desde 2009 soma R$1,40 bilhão. Por sua vez, o montante emitido nas oito operações para as quais a Planner Trustee DTVM foi contratada para atuar como agente fiduciário soma R$452,2 milhões. Líderes de Distribuição Ao longo do ano de 2013 ocorreu um aumento da concorrência no mercado das instituições que lideram o processo de colocação dos CRA. Cinco novas empresas exerceram esta função. Destaque para o Banco Itaú BBA que, com os R$399,9 milhões (32,8%) colocados de CRA em 2013, passou a ocupar a segunda posição no ranking consolidado, com 22,0% de fatia de mercado. O líder deste ranking é a corretora XP Investimentos que, após a distribuição de R$317,0 milhões (26,0%) em 2013, saltou da terceira posição que ocupava no ranking de 2012. No consolidado, a XP investimentos distribuiu oito CRA (21,6%), que somam R$407,0 milhões (22,4%). A evolução de um indicador do nível de concentração no segmento, representado pela participação conjunta das cinco maiores instituições em cada ano, ilustra o efeito do aumento recente de concorrência. Enquanto em 2012 este indicador alcançava 82,7%, em 2013 reduziu-se para 73,4%. A tabela a seguir mostra como os rankings estão dispostos neste capítulo. | 112 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Lista de Rankings Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Emissões Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2013 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2013 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado Terceiros Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2013 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2013 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2013 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2013 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2013 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2013 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2013 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2013 Securitizadoras Imobiliárias Emissões Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2013 Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer | 113 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Terceiros Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2013 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado – Consolidado Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2013 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2013 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2013 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2013 Securitizadoras do Agronegócio Emissões Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado Emissores Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado Terceiros Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido – Consolidado Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Títulos – Consolidado | 114 FUNDOs DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC) A seguir, os rankings relacionados ao mercado de FIDC, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings. R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Emissões Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 Título Tabela 12 Montante (R$) Participação (%) Única 3.346.489.743 17,3 Única 1.370.586.075 7,1 Sênior Única 1.009.000.000 5,2 Sênior 1 957.000.000 4,9 Única 1 890.100.000 4,6 Única Única 842.640.196 4,4 Fênix do Varejo Sênior 2 663.400.000 3,4 Sirius Crédito Sênior 1 500.000.000 2,6 BBR Única Única 486.000.000 2,5 Chemical VII Indústria Petroquímica Sênior 1 454.000.000 2,3 Dez maiores 10.519.216.014 54,4 Total 19.340.360.657 100,0 Emissor Classe Série For-Te Sênior Caterpillar do Segmento Industrial II Sênior Aberto Caixa RPPS Consignado BMG Driver Brasil Two Volkswagen Boticário GM Venda de Veículos Critério: Ordena as cotas de FIDC por montante emitido durante o ano de 2013. Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2013 Emissor Tabela 13 Montante (R$) Participação (%) For-Te 3.517.609.743 18,2 Caterpillar do Segmento Industrial II 1.691.256.232 8,7 Aberto Caixa RPPS Consignado BMG 1.184.070.000 6,1 Driver Brasil Two Volkswagen 1.085.000.000 5,6 Boticário 890.100.000 4,6 GM Venda de Veículos 842.640.196 4,4 Fênix do Varejo 707.600.000 3,7 Sirius Crédito 600.000.000 3,1 Pine Agro 571.429.000 3,0 Proyek NP 530.000.000 2,7 Dez maiores 11.619.705.171 60,1 Total 19.340.360.657 100,0 Critério: Ordena os FIDC por montante emitido durante o ano de 2013. | 117 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2013 Tabela 14 1/1/2013 – 31/12/2013 Montante (R$) Posição Participação (%) Aberto Caixa RPPS Consignado BMG FIDC 1.435.218.217 1 17,6 Driver Brasil Two Volkswagen 1.089.800.805 2 13,3 V4 Ações Judiciais NP 752.780.330 3 9,2 Pine Agro 595.588.918 4 7,3 Sirius Crédito 537.092.873 5 6,6 Proyek NP 533.267.097 6 6,5 Chemical VII Indústria Petroquímica 516.967.709 7 6,3 Chemical VIII Indústria Petroquímica 358.396.629 8 4,4 Mercantis Monsanto II 346.203.005 9 4,2 BBR 240.621.763 10 2,9 Dez maiores 6.405.937.346 78,3 Total 8.176.287.556 100,0 Ranking de FIDC por Montante de PL – Consolidado FIDC Tabela 15 1/1/2002 – 31/12/2013 Participação (%) 1/1/2002 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição BV Financeira VI 2.316.629.364 1 4,3 1 5,7 -1,3 GM Venda de Veículos 2.205.176.958 2 4,1 3 3,4 0,7 Insumos Básicos da Indústria Petroquímica 1.594.330.775 3 3,0 5 2,9 0,1 Aberto PSA Finance Brasil I 1.521.013.043 4 2,9 4 3,1 -0,2 Crédito Corporativo Brasil 1.485.328.652 5 2,8 6 2,8 0,0 Aberto Caixa RPPS Consignado BMG 1.435.218.217 6 2,7 - - 2,7 F ACB Financeiro 1.409.532.978 7 2,6 2 5,1 -2,5 Fênix do Varejo 1.271.454.218 8 2,4 22 1,1 1,3 For-Te 1.237.264.782 9 2,3 10 1,9 0,4 Driver Brasil Two Volkswagen 1.089.800.805 10 2,0 - - 2,0 Dez maiores 15.565.749.792 29,2 16.588.506.217 31,1 -1,9 Total 53.297.228.471 100,0 53.255.931.458 100,0 Critério: Ordenam os FIDC por montante de PL no último dia do ano de 2013. O ranking anual considera apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2013. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para o ranking. | 118 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Terceiros Administradores Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2013 Tabela 16 1/1/2013 – 31/12/2013 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição BEM DTVM 2.261.840.123 1 27,7 1 37,4 -9,8 Caixa Econômica Federal 1.466.164.387 2 17,9 3 11,9 6,0 Oliveira Trust DTVM 1.390.153.556 3 17,0 2 16,1 1,0 Citibank DTVM Administrador Participação (%) Mudança na participação (%) Montante (R$) Posição Participação (%) 1.193.515.447 4 14,6 8 3,8 10,8 BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 752.780.330 5 9,2 14 0,2 9,0 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM 455.364.287 6 5,6 5 5,1 0,5 PETRA 179.879.592 7 2,2 7 3,8 -1,6 CRV DTVM 146.463.941 8 1,8 15 0,1 1,7 Votorantim Asset Management DTVM 135.518.776 9 1,7 - - 1,7 SOCOPA 67.965.655 10 0,8 10 1,3 -0,5 Dez maiores 8.049.646.094 98,5 3.036.875.357 97,2 1,2 Total 8.176.287.553 100,0 3.123.554.105 100,0 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Número de Operações Posição PETRA 14 1 25,5 SOCOPA 9 2 16,4 BEM DTVM 7 3 Citibank DTVM 5 4 Oliveira Trust DTVM 4 Caixa Econômica Federal 2 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM CRV DTVM BRL Trust DTVM Gradual CTVM 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) 2 20,0 5,5 1 22,2 -5,9 12,7 3 11,1 1,6 9,1 6 6,7 2,4 5 7,3 4 6,7 0,6 6 3,6 7 4,4 -0,8 2 7 3,6 9 2,2 1,4 2 8 3,6 15 2,2 1,4 2 9 3,6 5 6,7 -3,0 2 10 3,6 8 4,4 -0,8 Dez maiores 49 89,1 39 86,7 2,4 Total 55 100,0 45 100,0 Administrador Participação (%) Tabela 17 | 119 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Tabela 18 1/1/2002 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) 1 27,0 -0,9 3 10,8 0,2 9,7 4 8,8 0,9 8,1 5 6,6 1,5 5 8,0 2 11,2 -3,2 3.085.230.087 6 5,8 9 3,9 1,9 PETRA 3.047.626.582 7 5,7 7 4,9 0,8 CRV DTVM 2.963.206.071 8 5,6 6 5,2 0,4 SOCOPA 2.250.338.431 9 4,2 11 3,0 1,2 Intrag DTVM 1.894.444.104 10 3,6 8 4,5 -1,0 Dez maiores 46.780.747.491 87,8 46.121.937.290 86,6 1,2 Total 53.297.228.470 100,0 53.255.931.456 100,0 Montante (R$) Posição BEM DTVM 13.863.639.349 1 26,0 Caixa Econômica Federal 5.898.981.697 2 11,1 Oliveira Trust DTVM 5.168.996.876 3 Citibank DTVM 4.319.888.474 4 Votorantim Asset Management DTVM 4.288.395.820 BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM Administrador Participação (%) Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 1/1/2002 – 31/12/2012 Mudança na participação Participação (%) (%) Número de Operações Posição SOCOPA 71 1 18,3 1 15,2 PETRA 63 2 16,2 2 13,6 2,6 BEM DTVM 41 3 10,5 3 11,7 -1,1 Oliveira Trust DTVM 35 4 9,0 4 10,3 -1,3 Gradual CTVM 32 5 8,2 5 7,9 0,3 Citibank DTVM 20 6 5,1 6 6,5 -1,4 BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 17 7 4,4 7 5,2 -0,8 CRV DTVM 14 8 3,6 9 3,3 0,3 Concórdia Corretora 14 9 3,6 8 3,5 0,1 Administrador Participação (%) Tabela 19 Posição 3,0 13 10 3,3 10 3,0 0,4 Dez maiores 320 82,3 295 80,2 2,1 Total 389 100,0 368 100,0 Caixa Econômica Federal Critério: Ordenam os administradores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2013. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2013. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. | 120 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Advogados Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Tabela 20 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 1.397.722.375 1 32,3 7 5,9 26,4 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 1.085.000.000 2 25,1 6 6,6 18,5 Pinheiro Guimarães Advogados 850.000.000 3 19,7 1 21,5 -1,9 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 360.826.376 4 8,3 - - 8,3 Motta, Fernandes Rocha Advogados 332.075.032 5 7,7 - - 7,7 Perlman Vidigal Advogados 149.471.462 6 3,5 8 1,1 2,4 Demarest e Almeida Advogados 65.000.000 7 1,5 - - 1,5 Peixoto Neto Sociedade de Advogados 19.900.000 8 0,5 14 0,1 0,3 Freire, Assis, Sakamoto & Violante Advogados 16.150.000 9 0,4 - - 0,4 Menezes Bonato & Advogados 16.080.000 10 0,4 - - 0,4 0,6 Advogados Participação (%) Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição Dez maiores 4.292.225.245 99,3 2.375.788.341 98,7 Total 4.323.845.245 100,0 2.407.304.203 100,0 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Número de Operações Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados Tabela 21 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Posição 6 1 20,7 2 10,0 10,7 Peixoto Neto Sociedade de Advogados 4 2 13,8 6 6,7 7,1 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 3 3 10,3 - - 10,3 Perlman Vidigal Advogados 3 4 10,3 1 26,7 -16,3 Pinheiro Guimarães Advogados 2 5 6,9 3 6,7 0,2 Demarest e Almeida Advogados 2 6 6,9 - - 6,9 Spalding Advocacia Empresarial 2 7 6,9 - - 6,9 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 1 8 3,4 5 6,7 -3,2 Advogados Participação (%) Mudança na participação (%) Participação (%) Motta, Fernandes Rocha Advogados 1 9 3,4 - - 3,4 Freire, Assis, Sakamoto & Violante Advogados 1 10 3,4 - - 3,4 Dez maiores 25 86,2 23 76,7 9,5 Total 29 100,0 30 100,0 Critério: Ordenam os assessores jurídicos de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2013. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante ao administrador do FIDC no processo de estruturação do fundo. Quando duas ou mais instituições assessoram conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2013. | 121 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Agências de Classificação de Risco Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Agência de Classificação de Risco 1/1/2012 – 31/12/2012 Montante (R$) Posição S&P 3.432.355.072 1 38,9 Fitch 1.724.330.000 2 19,5 Austin 1.301.871.838 3 Moody’s 1.283.000.000 4 1.086.494.402 8.828.051.312 Liberum Total Tabela 22 Participação (%) Mudança na Participação (%) Posição Participação (%) 1 35,4 3,5 2 21,8 -2,2 14,7 7 2,0 12,7 14,5 3 15,4 -0,8 5 12,3 4 11,0 1,3 100,0 10.041.486.698 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Agência de Classificação de Risco 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Posição 3 17,5 12,9 1 38,6 -8,7 26,4 2 23,7 2,8 10,9 4 12,3 -1,4 5 2,3 5 5,3 -3,0 100,0 114 100,0 Posição Austin 53 1 30,5 S&P 52 2 29,9 Liberum 46 3 Fitch 19 4 4 174 Total Mudança na Participação (%) Participação (%) Número de cotas Moody’s Tabela 23 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Agência de Classificação de Risco Montante (R$) Posição 1/1/2002 – 31/12/2012 Participação (%) Posição Tabela 24 Mudança na Participação (%) Participação (%) S&P 38.979.514.007 1 39,2 1 39,2 0,0 Fitch 19.945.170.000 2 20,0 2 20,1 0,0 Moody’s 16.861.045.000 3 16,9 3 17,2 -0,2 Austin 13.088.951.706 4 13,1 4 13,0 0,2 LF 3.724.401.559 5 3,7 5 4,1 -0,4 Liberum 3.608.292.006 6 3,6 7 2,8 0,8 3.339.823.529 7 3,4 6 3,7 -0,3 99.547.197.807 100,0 90.719.146.496 100,0 SR Total | 122 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificadas – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Agência de Classificação de Risco Número de cotas 1/1/2002 – 31/12/2012 Participação (%) Posição Mudança na Participação (%) Participação %) Posição Tabela 25 S&P 333 1 36,2 1 37,7 -1,5 Austin 268 2 29,1 2 28,8 0,3 Fitch 128 3 13,9 3 14,6 -0,7 Liberum 81 4 8,8 5 4,7 4,1 Moody’s 72 5 7,8 4 9,1 -1,3 SR 23 6 2,5 6 3,1 -0,6 15 7 1,6 7 2,0 -0,4 920 100,0 746 100,0 LF Total Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante classificado e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas às cotas de FIDC. O valor considerado nesses rankings é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings anuais consideram apenas as atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições nos rankings. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias Agências de Classificação de Risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2013. Auditores Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2013 Tabela 26 1/1/2013– 31/12/2013 Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição KPMG Auditores Independentes 3.993.016.234 1 55,0 1 42,0 13,0 PricewaterhouseCoopers 1.889.639.581 2 26,0 2 28,2 -2,2 Horwath Bendoraytes Aizenman Auditor Participação (%) 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição 1.128.856.014 3 15,5 7 0,1 15,4 Ernst & Young Terco 110.281.606 4 1,5 3 12,8 -11,3 Baker Tilly Brasil 71.839.688 5 1,0 5 3,2 -2,2 Grant Thornton Auditores Independentes 41.104.610 6 0,6 - - 0,6 BDO RCS Auditores Independentes 29.498.153 7 0,4 6 1,1 -0,7 100,0 3.116.657.843 100,0 Total 7.264.235.886 | 123 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013– 31/12/2013 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) 1 56,8 -13,1 20,8 3 13,6 7,2 14,6 4 6,8 7,8 4 10,4 2 13,6 -3,2 5 4,2 7 2,3 1,9 2 6 4,2 5 4,5 -0,4 1 7 2,1 - - 2,1 48 100,0 44 100,0 Número de Operações Posição KPMG Auditores Independentes 21 1 43,8 Baker Tilly Brasil 10 2 PricewaterhouseCoopers 7 3 Ernst & Young Terco 5 Horwath Bendoraytes Aizenman 2 BDO RCS Auditores Independentes Grant Thornton Auditores Independentes Total Auditor Tabela 27 Participação (%) Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Tabela 28 Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição KPMG Auditores Independentes 32.312.134.106 1 61,7 1 71,8 -10,1 PricewaterhouseCoopers 7.019.501.658 2 13,4 3 10,0 3,4 Deloitte Touche Tohmatsu 6.346.000.012 3 12,1 2 10,1 2,0 Ernst & Young Terco 2.627.428.575 4 5,0 4 4,1 0,9 Baker Tilly Brasil 1.885.780.883 5 3,6 5 2,2 1,4 Horwath Bendoraytes Aizenman 1.216.132.532 6 2,3 9 0,1 2,2 BDO RCS Auditores Independentes 422.051.021 7 0,8 10 0,1 0,7 Confiance Auditores Independentes 359.153.759 8 0,7 8 0,2 0,5 Grant Thornton Auditores Independentes 58.150.289 9 0,1 - - 0,1 PSW Brasil 38.329.781 10 0,1 11 0,1 0,0 Dez maiores 52.284.662.616 99,8 53.097.907.748 99,7 0,1 Total 52.383.384.321 100,0 53.247.241.261 100,0 Auditor Participação (%) 1/1/2002 – 31/12/2012 Posição Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Posição Mudança na participação (%) 1 59,6 -7,9 2 13,1 5,0 10,5 3 12,3 -1,8 8,9 4 6,3 2,6 5 2,6 7 1,1 1,5 6 2,4 5 2,2 0,2 9 7 2,4 8 0,8 1,5 5 8 1,3 9 0,8 0,5 3 9 0,8 - - 0,8 Posição KPMG Auditores Independentes 197 1 51,7 Baker Tilly Brasil 69 2 18,1 Ernst & Young Terco 40 3 PricewaterhouseCoopers 34 4 BDO RCS Auditores Independentes 10 Deloitte Touche Tohmatsu 9 Confiance Auditores Independentes Horwath Bendoraytes Aizenman Grant Thornton Auditores Independentes PSW Brasil 1/1/2002 – 31/12/2012 Participação (%) Número de Operações Auditor Tabela 29 Participação (%) 1 10 0,3 11 0,3 0,0 Dez maiores 377 99,0 360 98,4 0,6 Total 381 100,0 366 100,0 | 124 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Critério: Ordenam os auditores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2013. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2013. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. Custodiantes Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2013 Tabela 30 1/1/2013 – 31/12/2013 Montante (R$) Banco Bradesco Citibank DTVM 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação Participação (%) (%) Posição Participação (%) Posição 4.674.627.876 1 57,2 1 53,1 4,1 1.329.034.224 2 16,3 3 11,4 4,9 Banco Santander (Brasil) 875.615.513 3 10,7 7 3,0 7,7 Oliveira Trust DTVM 533.267.097 4 6,5 2 13,6 -7,0 Banco BTG Pactual 230.575.081 5 2,8 - - 2,8 Banco PETRA 179.879.592 6 2,2 9 0,6 1,6 Custodiante Deutsche Bank 151.393.161 7 1,9 5 6,4 -4,6 Banco Paulista 87.964.488 8 1,1 6 3,8 -2,8 Banco Safra 43.644.257 9 0,5 - - 0,5 Caixa Econômica Federal 30.946.170 10 0,4 - - 0,4 Dez maiores 8.136.947.459 99,5 3.123.554.104 100,0 -0,5 Total 8.176.287.554 100,0 3.123.554.104 100,0 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Custodiante Número de Operações Banco PETRA Banco Paulista Posição Participação (%) 14 1 25,5 11 2 20,0 Banco Bradesco 10 3 Citibank DTVM 6 4 Banco Santander (Brasil) 6 Oliveira Trust DTVM 1 Banco BTG Pactual Deutsche Bank Banco Safra Caixa Econômica Federal Tabela 31 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) 3 11,1 14,3 1 31,1 -11,1 18,2 2 17,8 0,4 10,9 7 6,7 4,2 5 10,9 5 8,9 2,0 6 1,8 6 6,7 -4,8 1 7 1,8 - - 1,8 1 8 1,8 4 8,9 -7,1 1 9 1,8 - - 1,8 1 10 1,8 - - 1,8 Dez maiores 52 94,5 45 100,0 -5,5 Total 55 100,0 45 100,0 | 125 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 1/1/2002 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) 1 41,9 -1,8 3 12,3 1,5 12,9 4 10,5 2,4 10,1 2 15,7 -5,6 5 9,3 5 10,1 -0,8 6 6,2 6 4,7 1,6 1.822.264.212 7 3,4 7 1,8 1,6 1.289.560.495 8 2,4 8 1,3 1,1 Montante (R$) Posição Banco Bradesco 21.379.834.994 1 40,1 Banco Santander (Brasil) 7.354.126.722 2 13,8 Citibank DTVM 6.853.670.071 3 Itaú Unibanco 5.375.676.282 4 Deutsche Bank 4.956.680.015 Banco Paulista 3.328.128.647 Banco PETRA Oliveira Trust DTVM Custodiante Tabela 32 Participação (%) Banco Safra 370.165.698 9 0,7 9 0,7 0,0 Banco BTG Pactual 299.231.757 10 0,6 13 0,1 0,4 Dez maiores 53.029.338.893 99,5 52.879.194.707 99,3 0,2 Total 53.297.228.470 100,0 53.255.931.458 100,0 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Custodiante Número de Operações Participação (%) Posição Banco Paulista 101 1 26,0 Banco Bradesco 63 2 16,2 Banco PETRA 51 3 Deutsche Bank 46 4 Banco Santander (Brasil) 40 Citibank DTVM 34 Itaú Unibanco Oliveira Trust DTVM Planner Corretora Banco Safra Tabela 33 1/1/2002 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) 1 23,4 2,6 2 17,7 -1,5 13,1 7 7,3 5,8 11,8 3 15,2 -3,4 5 10,3 4 12,2 -1,9 6 8,7 5 9,5 -0,8 26 7 6,7 6 7,9 -1,2 10 8 2,6 8 1,9 0,7 4 9 1,0 15 0,3 0,8 3 10 0,8 12 0,5 0,2 Dez maiores 378 97,2 359 97,6 -0,4 Total 389 100,0 368 100,0 Critério: Ordenam os custodiantes de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2013. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2013. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. | 126 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Estruturadores Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Estruturador Integral Trust Serviços Financeiros Tabela 34 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Mudança na participação (%) Montante (R$) Participação (%) Posição 1.184.070.000 1 24,6 - - 24,6 Posição Oliveira Trust DTVM 640.000.000 2 13,3 2 25,1 -11,8 Banco Rabobank International Brasil 571.429.000 3 11,9 - - 11,9 Banco do Brasil 500.000.000 4 10,4 - - 10,4 Banco Itaú BBA 500.000.000 5 10,4 3 19,1 -8,7 Banco Bradesco BBI 500.000.000 6 10,4 - - 10,4 Banco BTG Pactual 352.024.140 7 7,3 - - 7,3 Banco PETRA 146.017.186 8 3,0 7 2,4 0,7 Deutsche Bank 137.671.462 9 2,9 5 7,2 -4,3 Banco Votorantim 90.907.758 10 1,9 - - 1,9 Dez maiores 4.622.119.546 96,1 1.561.564.347 98,1 -1,9 Total 4.807.807.000 100,0 1.592.441.498 100,0 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Tabela 35 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Número de Operações Posição Participação (%) Posição Participação (%) Banco PETRA 12 1 33,3 1 23,5 9,8 Oliveira Trust DTVM 2 2 5,6 4 5,9 -0,3 Banco BTG Pactual 2 3 5,6 - - 5,6 Banco Votorantim 2 4 5,6 - - 5,6 Tercon Consultoria Empresarial 2 5 5,6 2 23,5 -18,0 Integral Trust Serviços Financeiros 1 6 2,8 - - 2,8 Banco Rabobank International Brasil 1 7 2,8 - - 2,8 Banco do Brasil 1 8 2,8 - - 2,8 Banco Itaú BBA 1 9 2,8 3 8,8 -6,0 Banco Bradesco BBI 1 10 2,8 - - 2,8 Dez maiores 25 69,4 29 85,3 -15,8 Total 36 100,0 34 100,0 Estruturador Critério: Ordenam os estruturadores de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2013. Quando duas ou mais instituições estruturam conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2013. | 127 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Gestores Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2013 Tabela 36 1/1/2013 – 31/12/2013 Gestor BRAM Bradesco Asset Management DTVM Montante (R$) Posição 2.036.172.288 1 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) 24,9 Posição Participação (%) 1 28,4 Mudança na participação (%) -3,5 Integral Investimentos 1.601.200.365 2 19,6 5 8,7 10,9 Oliveira Trust DTVM 1.238.760.395 3 15,2 2 12,8 2,4 752.780.330 4 9,2 - - 9,2 Vision Brazil Gestão de Investimentos Citibank DTVM 649.905.805 5 7,9 - - 7,9 Phronesis 537.092.873 6 6,6 - - 6,6 BTG Pactual Asset Management 455.364.287 7 5,6 6 5,1 0,5 Gavea Jus I 225.667.835 8 2,8 18 0,7 2,0 Votorantim Asset Management DTVM 145.522.412 9 1,8 - - 1,8 Angá Adnministração de Recursos 79.939.783 10 1,0 - - 1,0 Dez maiores 7.722.406.373 94,4 2.769.342.250 88,7 5,8 Total 8.176.287.554 100,0 3.123.554.105 100,0 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Gestor Número de Operações PETRA Tabela 37 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Mudança na participação (%) Posição Participação (%) Posição 7 1 12,7 2 13,3 -0,6 BRAM Bradesco Asset Management DTVM 4 2 7,3 4 4,4 2,8 Integral Investimentos 3 3 5,5 3 8,9 -3,4 Oliveira Trust DTVM 3 4 5,5 5 4,4 1,0 Citibank DTVM 3 5 5,5 - - 5,5 Gavea Jus I 3 6 5,5 6 4,4 1,0 Ouro Preto Gestão de Recursos 3 7 5,5 7 4,4 1,0 BTG Pactual Asset Management 2 8 3,6 10 2,2 1,4 Votorantim Asset Management DTVM 2 9 3,6 - - 3,6 DXA Gestão de Investimentos 2 10 3,6 - - 3,6 Dez maiores 32 58,2 28 62,2 -4,0 Total 55 100,0 45 100,0 | 128 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL – Consolidado Tabela 38 1/1/2002 – 31/12/2013 1/1/2002 – 31/12/2012 Posição BRAM Bradesco Asset Management DTVM 8.170.343.497 1 15,3 1 16,8 -1,4 Gestor Participação (%) Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição Integral Investimentos 6.912.866.548 2 13,0 3 9,8 3,2 Votorantim Asset Management DTVM 4.369.062.011 3 8,2 2 11,5 -3,3 Oliveira Trust DTVM 3.618.952.901 4 6,8 5 5,1 1,7 BTG Pactual 3.001.393.832 5 5,6 4 6,5 -0,9 Intrag DTVM 1.887.669.432 6 3,5 6 4,3 -0,8 PETRA 1.527.542.298 7 2,9 12 2,4 0,5 Santander Brasil Asset Management 1.521.013.043 8 2,9 8 3,1 -0,2 Citibank DTVM 1.506.048.936 9 2,8 20 0,9 1,9 9 1.485.328.652 10 2,8 2,8 0,0 Dez maiores Credit Suisse (Brasil) DTVM 34.000.221.150 63,8 35.187.533.474 66,1 -2,3 Total 53.297.228.468 100,0 53.255.931.461 100,0 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações – Consolidado 1/1/2002 – 31/12/2013 Tabela 39 Mudança na participação Participação (%) (%) Gestor Posição PETRA 42 1 10,8 2 10,1 0,7 J & M Investimentos 40 2 10,3 1 11,1 -0,9 Oliveira Trust DTVM 24 3 6,2 3 6,8 -0,6 BRAM Bradesco Asset Management DTVM 21 4 5,4 4 5,4 0,0 Integral Investimentos 16 5 4,1 6 3,8 0,3 Gradual CTVM 15 6 3,9 5 4,3 -0,5 BTG Pactual 13 7 3,3 7 3,3 0,1 Votorantim Asset Management DTVM 10 8 2,6 9 2,7 -0,1 Concórdia Corretora 10 9 2,6 8 3,3 -0,7 Gavea Jus I Participação (%) 1/1/2002 – 31/12/2012 Número de Operações Posição 8 10 2,1 20 1,4 0,7 Dez maiores 199 51,2 196 53,3 -2,1 Total 389 100,0 368 100,0 Critério: Ordenam os gestores de FIDC por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2013. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2013. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. | 129 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Líderes de Distribuição Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Líder de Distribuição Banco Itaú BBA BB Banco de Investimento Montante (R$) Posição Participação (%) Tabela 40 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) 1.000.000.000 1 34,2 1 34,8 -0,6 490.000.000 2 16,8 - - 16,8 Banco J.P. Morgan 303.075.032 3 10,4 - - 10,4 Citibank DTVM 291.552.520 4 10,0 3 10,4 -0,4 BEM DTVM 126.111.164 5 4,3 11 2,2 2,2 Banco BTG Pactual 122.616.000 6 4,2 - - 4,2 Deutsche Bank 119.171.023 7 4,1 19 0,2 3,8 Votorantim Asset Management DTVM 111.204.743 8 3,8 12 1,8 2,0 Caixa Econômica Federal 99.378.500 9 3,4 2 12,1 -8,7 62.082.379 10 2,1 6 5,1 -3,0 Dez maiores Concórdia Corretora 2.725.191.361 93,3 2.883.493.234 91,3 2,0 Total 2.920.533.729 100,0 3.158.520.310 100,0 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Número de Títulos Citibank DTVM Tabela 41 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) Posição Participação (%) 6 1 17,1 1 16,4 Banco BTG Pactual 3 2 8,6 - - 8,6 PETRA Personal Trader CTVM 3 3 8,6 3 9,1 -0,5 Banco Itaú BBA 2 4 5,7 2 9,1 -3,4 BB Banco de Investimento 2 5 5,7 - - 5,7 Deutsche Bank 2 6 5,7 8 5,5 0,3 Concórdia Corretora 2 7 5,7 6 5,5 0,3 Safdié DTVM 2 8 5,7 10 3,6 2,1 Gradual CTVM 2 9 5,7 4 9,1 -3,4 SOCOPA 2 10 5,7 12 3,6 2,1 Dez maiores 26 74,3 40 72,7 1,6 Total 35 100,0 55 100,0 Líder de Distribuição 0,8 Critério: Ordenam os líderes de distribuição de ofertas públicas (Instrução CVM nº 400) de cotas de FIDC com base no número de títulos e no montante distribuído durante o ano de 2013. Quando duas ou mais instituições lideram conjuntamente uma mesma oferta, os montantes são atribuídos integralmente a todas as instituições. | 130 SECURITIZADORAS IMOBILIÁRIAS A seguir, os rankings relacionados ao mercado de Securitizadoras Imobiliárias, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings. R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Emissões Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2013 Tabela 42 Título Emissor 1/1/2013 – 31/12/2013 Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%) Ápice 1ª/17ª Subordinada 3.290.716.805 19,8 Gaia 4ª/43ª Sênior 2.036.908.705 12,2 Ápice 1ª/18ª Sênior 1.085.714.114 6,5 RB Capital Companhia de Securitização 1ª/101ª Única 560.000.000 3,4 Cibrasec 2ª/231ª Única 500.113.815 3,0 RB Capital Companhia de Securitização 1ª/77ª Única 483.637.000 2,9 Ápice 1ª/16ª Única 418.693.019 2,5 PDG 1ª/23ª Única 386.715.895 2,3 Brazilian Securities 1ª/324ª Única 340.000.000 2,0 Cibrasec 2ª/230ª Única 311.725.176 1,9 Dez Maiores 9.414.224.529 56,5 Total 16.649.754.480 100,0 Critério: Ordena os CRI por montante emitido durante o ano de 2013. Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Tabela 43 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Mudança na participação (%) - - 32,4 2 12,7 5,2 Montante (R$) Posição Participação (%) Ápice 5.398.441.873 1 32,4 Gaia 2.986.119.879 2 17,9 Brazilian Securities 2.950.386.706 3 17,7 3 11,2 6,5 RB Capital 1.757.799.687 4 10,6 1 52,9 -42,3 Cibrasec 1.727.015.481 5 10,4 5 5,5 4,9 Habitasec 392.074.414 6 2,4 7 2,9 -0,5 PDG 386.715.895 7 2,3 9 1,0 1,3 Polo Capital 188.685.988 8 1,1 8 1,6 -0,5 ISEC 171.041.419 9 1,0 - - 1,0 Nova Securitização 167.999.495 10 1,0 4 6,1 -5,1 Dez Maiores 16.126.280.837 96,9 9.351.554.078 98,0 -1,1 Total 16.649.754.481 100,0 9.546.334.668 100,0 Securitizadora Imobiliária Posição | 133 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Securitizadora Imobiliária Nº de Operações Posição Participação (%) Tabela 44 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Brazilian Securities 32 1 25,2 3 14,9 10,3 RB Capital 19 2 15,0 2 21,8 -6,8 Ápice 14 3 11,0 - - 11,0 Gaia 14 4 11,0 1 26,7 -15,7 Cibrasec 14 5 11,0 4 10,9 0,1 Habitasec 9 6 7,1 5 5,9 1,1 ISEC 8 7 6,3 - - 6,3 Polo Capital 5 8 3,9 6 4,0 0,0 Nova Securitização 2 9 1,6 7 3,0 -1,4 REIT 2 10 1,6 15 1,0 0,6 0,6 Dez Maiores 119 93,7 94 93,1 Total 127 100,0 101 100,0 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado 1/1/1999 – 31/12/2013 Securitizadora Imobiliária Montante (R$) Posição Tabela 45 1/1/1999 – 31/12/2012 Participação (%) Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Brazilian Securities 13.933.278.050 1 22,2 2 23,8 -1,6 RB Capital 13.473.150.797 2 21,4 1 25,4 -3,9 Cibrasec 10.527.382.122 3 16,8 3 19,1 -2,3 Gaia 9.032.568.979 4 14,4 4 13,1 1,3 Ápice 5.398.441.873 5 8,6 - - 8,6 PDG 2.736.601.907 6 4,4 5 5,1 -0,7 BRC 1.177.764.963 7 1,9 6 2,4 -0,5 868.168.197 8 1,4 8 1,5 -0,1 Nova Securitização Habitasec 760.956.028 9 1,2 11 0,8 0,4 BRPR 729.845.830 10 1,2 7 1,6 -0,4 -0,9 Dez Maiores 58.638.158.746 93,3 43.505.897.889 94,2 Total 62.845.208.667 100,0 46.195.454.187 100,0 | 134 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações – Consolidado 1/1/1999 – 31/12/2013 1/1/1999 – 31/12/2012 Mudança na participação Participação (%) (%) Nº de Operações Posição Brazilian Securities 223 1 25,7 1 25,8 -0,1 RB Capital 186 2 21,4 3 22,5 -1,1 Cibrasec 182 3 21,0 2 22,7 -1,7 Gaia 79 4 9,1 4 8,8 0,3 PDG 23 5 2,6 5 3,0 -0,3 BRC 21 6 2,4 6 2,7 -0,3 Habitasec 18 7 2,1 9 1,2 0,9 Ápice 14 8 1,6 - - 1,6 Altere 14 9 1,6 7 1,9 -0,3 BRPR 13 10 1,5 8 1,8 -0,3 Dez Maiores 773 89,1 677 91,4 -2,3 Total 868 100,0 741 100,0 Securitizadora Imobiliária Participação (%) Tabela 46 Posição Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente realizadas, durante o ano de 2013, e calculados de forma consolidada desde 1999. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas registradas, não são consideradas para o ranking. O ranking referente a 2013 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano. Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 31/12/2013 Tabela 47 31/12/2012 Securitizadora Imobiliária Montante (R$) Posição RB Capital 11.360.599.079 1 Brazilian Securities 10.941.497.372 2 23,6 2 Gaia 6.259.845.321 3 13,5 4 Participação (%) 24,5 Posição 1 Mudança na participação Participação (%) (%) 26,8 -2,3 25,5 -1,8 13,4 0,1 Cibrasec 6.152.308.278 4 13,3 3 18,3 -5,0 Ápice 5.210.584.079 5 11,3 - - 11,3 PDG 1.934.643.318 6 4,2 5 5,6 -1,4 720.248.912 7 1,6 10 1,0 0,6 Habitasec Brazil Realty 708.164.705 8 1,5 7 1,6 -0,1 Nova Securitização 637.749.497 9 1,4 9 1,4 0,0 8 544.773.775 10 1,2 1,4 -0,2 Dez Maiores BRC 44.470.414.336 96,0 33.625.700.576 96,9 -0,9 Total 46.309.587.937 100,0 34.687.861.985 100,0 | 135 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer Securitizadora Imobiliária 31/12/2013 Número de Operações Posição Tabela 48 30/12/2012 Participação (%) Mudança na participação Participação (%) (%) Posição Brazilian Securities 160 1 28,9 1 29,2 -0,2 Cibrasec 117 2 21,2 2 26,2 -5,0 RB Capital 91 3 16,5 3 14,9 1,6 Gaia 61 4 11,0 4 11,7 -0,6 Habitasec 17 5 3,1 7 1,8 1,3 Ápice 14 6 2,5 - - 2,5 PDG 13 7 2,4 5 2,6 -0,3 BRPR 12 8 2,2 6 2,6 -0,4 Polo Capital 10 9 1,8 10 1,2 0,6 BRC 8 10 1,4 8 1,4 0,0 -1,8 Dez Maiores 503 91,0 461 92,8 Total 553 100,0 497 100,0 Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2013. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelas Securitizadoras Imobiliárias não são consideradas para o ranking. Terceiros Advogados Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Tabela 49 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição Participação (%) Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 5.931.881.180 1 30,3 - - 30,3 PMKA Advogados Associados 5.927.937.029 2 30,2 1 54,1 -23,8 Demarest e Almeida Advogados 2.238.361.253 3 11,4 - - 11,4 Negrão, Ferrari & Bumlai Chodraui Advogados 1.737.721.908 4 8,9 3 7,9 1,0 Pinheiro Guimarães Advogados Escritório de Advogados Posição 1.063.294.717 5 5,4 2 14,4 -9,0 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 672.172.573 6 3,4 5 3,5 -0,1 Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 541.518.952 7 2,8 8 2,4 0,4 Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 395.201.049 8 2,0 4 7,5 -5,4 Cascione, Pulino, Boulos & Santos Advogados 280.292.794 9 1,4 6 2,7 -1,3 Tauil & Chequer Advogados Associado a Mayer Brown LLP 189.280.904 10 1,0 9 2,2 -1,3 Dez Maiores 18.977.662.359 96,8 8.479.619.457 98,5 -1,6 Total 19.598.632.476 100,0 8.610.652.534 100,0 | 136 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2013 1/1/2013– 31/12/2013 Número de Operações Posição Participação (%) PMKA Advogados Associados 24 1 22,0 Escritório de Advogados Tabela 50 1/1/2012 – 31/12/2012 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) 1 42,1 -20,1 Negrão, Ferrari & Bumlai Chodraui Advogados 19 2 17,4 2 14,5 3,0 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 9 3 8,3 - - 8,3 Pinheiro Guimarães Advogados 8 4 7,3 3 9,2 -1,9 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 7 5 6,4 4 6,6 -0,2 Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 7 6 6,4 9 2,6 3,8 FreitasLeite Advogados 7 7 6,4 11 2,6 3,8 Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 5 8 4,6 8 2,6 2,0 Cascione, Pulino, Boulos & Santos Advogados 5 9 4,6 6 4,0 0,6 Tauil & Chequer Advogados Associado a Mayer Brown LLP 4 10 3,7 7 4,0 -0,3 Dez Maiores 95 87,2 71 93,4 -6,3 Total 109 100,0 76 100,0 Critério: Ordenam os assessores jurídicos com base no montante emitido e no número de operações de CRI realizadas pelas Securitizadoras Imobiliárias durante o ano de 2013. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante às Securitizadoras Imobiliárias no processo de estruturação da operação. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2013. Agências de Classificação de Risco Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Agência de Classificação Tabela 51 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Montante (R$) Posição Fitch 3.494.168.166 1 57,9 1 55,5 2,5 S&P 5 1,4 22,4 - - 1.435.662.736 2 23,8 Liberum 608.233.184 3 10,1 Moody’s 456.400.323 4 7,6 2 24,7 -17,1 LF 28.000.000 5 0,5 - - 0,5 Austin 8.000.000 6 0,1 4 5,7 Total 6.030.464.409 100,0 3.242.108.765 10,1 -5,5 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Agência de Classificação Fitch Participação (%) Tabela 52 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Nº de títulos Posição 27 1 40,9 1 63,6 5 6,1 - - -22,7 S&P 19 2 28,8 Liberum 13 3 19,7 Moody’s 4 4 6,1 3 9,1 -3,0 Austin 2 5 3,0 2 12,1 -9,1 LF 1 6 1,5 - - Total 66 100,0 33 100,0 22,7 19,7 1,5 | 137 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado 1/1/1999 – 31/12/2013 Agência de Classificação Fitch Montante (R$) Posição 12.211.792.649 1 1/1/1999 – 31/12/2012 Participação (%) 59,2 Tabela 53 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) 1 59,7 -0,5 Moody’s 2.744.982.985 2 13,3 2 15,7 -2,4 S&P 2.163.211.925 3 10,5 5 5,0 5,5 3 8,9 4 8,3 -2,4 Austin 1.310.383.287 4 6,3 SR 1.212.591.325 5 5,9 -2,6 Liberum 608.233.184 6 2,9 - - 2,9 LF 391.256.802 7 1,9 6 2,5 -0,6 20.642.452.157 100,0 100,0 Total 14.611.987.748 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado – Consolidado 1/1/1999 – 31/12/2013 Agência de Classificação Fitch Nº de títulos Posição Participação (%) 145 1 46,2 Tabela 54 1/1/1999 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação (%) Participação (%) 1 47,6 -1,4 Austin 64 2 20,4 2 25,0 -4,6 S&P 30 3 9,6 6 4,4 5,1 LF 23 4 7,3 Moody’s 21 5 6,7 3 8,9 5 6,9 -1,5 -0,2 SR 18 6 5,7 4 7,3 -1,5 Liberum 13 7 4,1 - - 4,1 314 100,0 248 100,0 Total Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI. O valor considerado no ranking das agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2013. Agentes Fiduciários Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Pentágono DTVM 13.796.186.391 1 82,9 1 69,1 13,7 Oliveira Trust DTVM 2.063.844.618 2 12,4 3 11,0 1,4 GDC Partners DTVM 582.824.581 3 3,5 6 1,5 2,0 Pavarini DTVM 114.693.759 4 0,7 4 5,7 -5,0 BRL Trust DTVM 83.805.130 5 0,5 5 1,6 -1,1 SLW Corretora 8.400.000 6 0,1 - - 16.649.754.479 100,0 Total Participação (%) Tabela 55 9.546.334.668 100,0 0,1 | 138 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Agente Fiduciário Número de Operações Posição Tabela 56 1/1/2012 – 31/12/2012 Participação (%) Mudança na participação Participação (%) (%) Posição Pentágono DTVM 85 1 66,9 1 47,5 19,4 Oliveira Trust DTVM 32 2 25,2 2 22,8 2,4 GDC Partners DTVM 5 3 3,9 4 5,0 -1,0 Pavarini DTVM 2 4 1,6 5 3,0 -1,4 6 1,0 - - 101 100,0 BRL Trust DTVM 2 5 1,6 SLW Corretora 1 6 0,8 127 100,0 Total 0,6 0,8 Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante e no número total de operações realizadas durante o ano de 2013. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante aquele ano. Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI Tabela 57 31/12/2013 31/12/2012 Participação (%) Montante (R$) Posição Pentágono DTVM 29.386.433.094 1 63,5 1 51,7 11,7 Oliveira Trust DTVM 12.430.366.731 2 26,8 2 36,5 -9,6 Pavarini DTVM 2.090.735.384 3 4,5 4 2,7 1,8 GDC Partners DTVM 1.017.891.829 4 2,2 5 2,3 -0,1 Planner Corretora 712.535.857 5 1,5 3 4,2 BRL Trust DTVM 358.160.790 6 0,8 7 1,0 -0,2 313.464.251 7 0,7 6 1,6 -0,9 46.309.587.937 100,0 100,0 Agente Fiduciário SLW Corretora Total Posição Mudança na participação Participação (%) (%) 34.676.047.791 -2,7 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer Tabela 58 31/12/2013 Agente Fiduciário Número de Operações Posição Participação (%) 31/12/2012 Oliveira Trust DTVM 264 1 47,7 1 56,0 Pentágono DTVM 226 2 40,9 2 31,0 9,9 Planner Corretora 21 3 3,8 3 6,5 -2,7 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) -8,3 Pavarini DTVM 20 4 3,6 4 3,5 GDC Partners DTVM 12 5 2,2 5 1,4 0,7 SLW Corretora 6 6 1,1 6 1,2 -0,1 BRL Trust DTVM 4 7 0,7 7 0,4 0,3 553 100,0 491 100,0 Total 0,2 Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2013. Os agentes fiduciários que não divulgaram informações sobre suas emissões não são considerados para o ranking. | 139 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Auditores Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 31/12/2013 Tabela 59 31/12/2012 Participação (%) Montante (R$) Posição Deloitte Touche Tohmatsu 18.394.107.281 1 39,7 1 47,4 -7,7 Ernst & Young Terco 12.592.323.299 2 27,2 3 17,0 10,2 PricewaterhouseCoopers 11.029.065.554 3 23,8 2 25,5 -1,7 KPMG Auditores Independentes 2.361.054.599 4 5,1 4 6,0 -0,9 Moore Stephens Lima Lucchesi 720.248.912 5 1,6 6 1,0 0,6 Itikawa 637.749.497 6 1,4 5 1,4 0,0 LCC Auditores Independentes 170.189.252 7 0,4 7 0,7 -0,4 BDO RCS Auditores Independentes 163.758.264 8 0,4 11 0,0 Uhy Moreira Auditores 94.613.206 9 0,2 9 0,3 Auditor Parker Randall Auditores Independentes Posição Mudança na Participação participação (%) (%) - 0,3 -0,1 86.294.285 10 0,2 - 0,2 Dez Maiores 46.249.404.147 99,9 34.675.463.852 100,0 -0,1 Total 46.309.587.937 100,0 34.687.861.985 100,0 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 31/12/2013 Número de Operações Posição Deloitte Touche Tohmatsu 218 1 39,4 PricewaterhouseCoopers 168 2 30,4 Ernst & Young Terco 100 3 18,1 KPMG Auditores Independentes 26 4 4,7 Moore Stephens Lima Lucchesi 17 5 3,1 BDO RCS Auditores Independentes 9 6 Itikawa 6 7 Parker Randall Auditores Independentes 4 Uhy Moreira Auditores 2 Auditor LCC Auditores Independentes Participação (%) Tabela 60 31/12/2012 Posição Mudança na Participação participação (%) (%) 1 42,9 -3,4 2 30,2 3 17,1 1,0 4 4,2 0,5 5 1,8 1,3 1,6 8 0,6 1,0 1,1 7 0,8 0,3 8 0,7 - - 0,7 9 0,4 10 0,4 0,0 0,2 1 10 0,2 9 0,4 -0,2 Dez Maiores 551 99,6 496 99,8 -0,2 Total 553 100,0 497 100,0 Critério: Ordenam os auditores de Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2013. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelos participantes da operação não são consideradas para o ranking. | 140 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Líderes de Distribuição Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação (%) Tabela 61 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Mudança na Participação participação (%) (%) Banco Itaú BBA 7.057.960.419 1 42,5 2 20,1 22,4 Caixa Econômica Federal 2.238.361.253 2 13,5 1 26,6 -13,1 Banco Bradesco BBI 1.658.751.348 3 10,0 3 10,2 -0,2 RB Capital DTVM 1.047.799.687 4 6,3 4 8,8 -2,5 Banco Votorantim 695.591.432 5 4,2 10 2,2 2,0 Banco BTG Pactual 663.626.833 6 4,0 5 8,7 -4,7 Banco Santander (Brasil) 550.184.721 7 3,3 - - 3,3 Banco J. Safra 379.574.403 8 2,3 - - 2,3 SOCOPA 365.072.427 9 2,2 6 4,6 -2,4 PETRA Personal Trader CTVM 333.850.318 10 2,0 9 2,4 -0,4 -0,3 Dez Maiores 14.990.772.841 90,3 8.556.276.341 90,6 Total 16.606.842.405 100,0 9.448.412.169 100,0 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2013 1/1/2013 – 31/12/2013 Líder de Distribuição Número de Operações Posição Participação (%) Tabela 62 1/1/2012 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) RB Capital DTVM 17 1 13,6 1 13,4 0,2 Banco Itaú BBA 15 2 12,0 3 10,3 1,7 Banco Votorantim 14 3 11,2 9 3,1 8,1 SOCOPA 10 4 8,0 2 12,4 -4,4 PETRA Personal Trader CTVM 9 5 7,2 5 10,3 -3,1 Gradual CTVM 8 6 6,4 24 1,0 5,4 Banco Bradesco BBI 7 7 5,6 4 10,3 -4,7 XP Investimentos CCTVM 7 8 5,6 6 9,3 -3,7 Banco BTG Pactual 4 9 3,2 7 6,2 -3,0 Banco J. Safra 4 10 3,2 - - 3,2 -6,5 Dez Maiores 95 76,0 80 82,5 Total 125 100,0 97 100,0 Critério: Ordenam os líderes de distribuição de CRI com base no montante emitido e no número de operações distribuídas durante o ano de 2013. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2013. | 141 SECURITIZADORAS DO AGRONEGÓCIO A seguir, os rankings relacionados ao mercado de Securitizadoras do Agronegócio, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings. R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Emissões Ranking de Emissões de CRA por Montante Emitido – Consolidado Tabela 63 Título Emissor Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação (%) ECO Securitizadora 1ª/53ª Única 399.900.000 21,6 Gaia Agro 4ª/1ª Única 120.000.000 6,5 Gaia Agro 1ª/2ª Única 119.099.531 6,4 ECO Securitizadora 1ª/35ª Única 110.000.000 5,9 ECO Securitizadora 1ª/54ª Sênior 105.000.000 5,7 ECO Securitizadora 1ª/37ª Única 99.000.000 5,4 ECO Securitizadora 1ª/48ª Sênior 97.500.000 5,3 Octante 1ª/1ª Sênior 85.500.000 4,6 Octante 1ª/9ª Sênior 83.750.000 4,5 ECO Securitizadora 1ª/49ª Subordinada 52.500.000 2,8 Dez maiores 1.272.249.531 68,8 Total 1.849.069.585 100,0 Critério: Ordena os CRA por montante emitido consolidado desde 2009. Emissores Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Tabela 64 1/1/2009 – 31/12/2012 Mudança na participação Participação (%) (%) Securitizadora do Agronegócio Montante (R$) Posição Participação (%) Posição ECO Securitizadora 1.092.950.441 1 59,1 1 59,0 0,1 Octante 401.180.761 2 21,7 2 32,9 -11,2 Gaia Agro 279.766.199 3 15,1 - - 15,1 75.172.184 4 4,1 3 8,1 -4,0 1.849.069.585 100,0 630.812.083 100,0 Brasil Agrosec Total Ranking de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Securitizadora do Agronegócio Nº de Operações Posição ECO Securitizadora 16 1 Participação (%) 57,1 Tabela 65 1/1/2009 – 31/12/2012 Posição Mudança na participação Participação (%) (%) 1 68,8 -11,6 Octante 6 2 21,4 2 18,8 2,7 Gaia Agro 3 3 10,7 - - 10,7 Brasil Agrosec 3 4 10,7 3 12,5 -1,8 Total 28 100,0 16 100,0 Critério: Ordenam as Securitizadoras do Agronegócio com base no montante total emitido e no número de operações efetivamente realizadas, calculados de forma consolidada desde 2009. As securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas registradas, não são consideradas para o ranking. | 143 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Terceiros Advogados Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Montante Emitido – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Participação (%) Tabela 66 1/1/2009 – 31/12/2012 Escritório de Advogados Montante (R$) Posição Pinheiro Neto Advogados 509.398.047 1 27,6 1 33,2 -5,6 TozziniFreire Advogados 435.971.668 2 23,6 - - 23,6 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 365.109.093 3 19,8 2 32,9 -13,1 Demarest Advogados 184.807.667 4 10,0 - - 10,0 Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados 163.074.715 5 8,8 3 25,9 -17,0 PMKA Advogados 136.099.531 6 7,4 - - 7,4 Buranello e Passos Advogados 51.031.184 7 2,8 4 8,1 -5,3 1.845.491.905 100,0 630.812.083 100,0 Total Posição Mudança na participação Participação (%) (%) Ranking de Advogados de Securitizadoras do Agronegócio por Número de Operações – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Escritório de Advogados Nº de Operações Posição Pinheiro Neto Advogados 8 1 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 5 Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados 5 Participação (%) 1/1/2009 – 31/12/2012 Tabela 67 Mudança na participação (%) Posição Participação (%) 29,6 1 37,5 -7,9 2 18,5 3 18,8 -0,2 3 18,5 2 31,3 -12,7 Demarest Advogados 3 4 11,1 - - 11,1 TozziniFreire Advogados 2 5 7,4 - - 7,4 PMKA Advogados 2 6 7,4 - - 7,4 Buranello e Passos Advogados 2 7 7,4 4 12,5 -5,1 Total 27 100,0 16 100,0 Critério: Ordenam os assessores jurídicos com base no montante e no número de operações de CRA realizadas, calculado de forma consolidada desde 2009. A assessoria considerada nestes rankings e aquela prestada pelo participante às Securitizadoras do Agronegócio no processo de estruturação da operação. | 144 R A N K I N G S DE 2013 Finanças Estrutur adas | 2014 Líderes de Distribuição Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Montante Emitido – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação (%) Tabela 68 1/1/2009 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) XP Investimentos CCTVM 407.000.000 1 22,4 3 14,3 8,1 Banco Itaú BBA 399.900.000 2 22,0 - - 22,0 Banco Votorantim 249.222.211 3 13,7 1 29,5 -15,8 BB Banco de investimento 160.666.667 4 8,8 - - 8,8 Banco BTG Pactual 119.099.531 5 6,5 - - 6,5 Banco Bradesco BBI 112.550.000 6 6,2 - - 6,2 Prosper Corretora 99.000.000 7 5,4 2 15,7 -10,3 Banco BNP Paribas Brasil 78.848.218 8 4,3 4 12,5 -8,2 Banco Fator 68.331.184 9 3,8 5 10,8 -7,1 SOCOPA 38.459.920 10 2,1 6 6,1 -4,0 Dez maiores 1.733.077.731 95,2 630.812.083 100,0 -4,8 Total 1.819.958.517 100,0 630.812.083 100,0 Ranking de Líderes de Distribuição de CRA por Número de Operações – Consolidado 1/1/2009 – 31/12/2013 Líder de Distribuição Nº de Títulos Posição Participação (%) Tabela 69 1/1/2009 – 31/12/2012 Posição Participação (%) Mudança na participação (%) XP Investimentos CCTVM 8 1 21,6 3 9,1 12,5 Banco Votorantim 7 2 18,9 1 22,7 -3,8 Banco Fator 5 3 13,5 2 22,7 -9,2 BB Banco de investimento 2 4 5,4 - - 5,4 Banco Bradesco BBI 2 5 5,4 - - 5,4 Banco BNP Paribas Brasil 2 6 5,4 4 9,1 -3,7 SOCOPA 2 7 5,4 5 9,1 -3,7 Citibank DTVM 2 8 5,4 6 9,1 -3,7 Sommar DTVM 2 9 5,4 7 9,1 -3,7 Banco Itaú BBA 1 10 2,7 - - 2,7 Dez maiores 33 89,2 22 100,0 -10,8 Total 37 100,0 22 100,0 Critério: Ordenam os líderes de distribuição de CRA com base no montante emitido e no número de títulos, calculado de forma consolidada desde 2009. | 145 CAPÍTULO cinco REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO Por Bruno Cerqueira do Escritório PMKA Advogados Associados As opiniões expressas neste capítulo são as de seus autores e não necessariamente as da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 APRIMORAR PARA CRESCER O agronegócio pode ser considerado como um dos setores mais importantes da economia brasileira, participando por quase 30% (trinta por cento) do produto interno bruto. Em decorrência dessa importância, títulos como: (1) as Cédulas de Produto Rural (sejam financeiras –CPR-F, ou não– CPR); (2) os Certificados de Depósito Agropecuário (CDA); (3) os Warrants Agropecuários (WA); (4) os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA); (5) as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA); e (6) os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) têm crescido de importância no mercado financeiro brasileiro, sendo cada vez mais solicitados por investidores em geral. A principal qualidade desses títulos, criados para viabilizar o investimento no setor, é permitir inúmeras possibilidades de financiamento para toda a cadeia produtiva do agronegócio, incluindo produtores, beneficiadores e comercializadores de produtos e insumos aplicáveis na cadeia produtiva do agronegócio. No entanto, apesar do potencial desses instrumentos e ainda que a quantidade de operações envolvendo esses títulos tenha aumentado nos últimos anos, como demonstram os números apresentados neste Anuário, é inegável o fato de que esse mercado é ainda incipiente, principalmente levando em consideração: (1) a participação do agronegócio na economia brasileira; e (2) a experiência observada com os títulos do mercado imobiliário, setor este seis vezes menor que o agronegócio na economia brasileira, mas que conta com estoque de títulos pelo menos trinta vezes maior que o seu primo agrícola. Inúmeras podem ser as razões que explicam a pouca utilização dos títulos do agronegócio e tamanha disparidade entre o dimensionamento atual do mercado dos títulos desse setor e do mercado daqueles do setor imobiliário. Dentre as razões existentes pode ser apontado que a atual regulamentação aplicável a esses títulos carece de aprimoramentos visando maior desenvolvimento de seu mercado. Mas o que poderia ser aprimorado na regulamentação desses títulos do agronegócio, que foram criados pela Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994, e pela Lei nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004? Os principais aprimoramentos desejados pelo mercado referem-se à eliminação de incertezas em geral e à criação de estímulos para empresários do setor e investidores realizarem novas operações envolvendo esses títulos do agronegócio. | 148 Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 ELIMINAÇÃO DE INCERTEZAS No que se refere à eliminação de incertezas, diversos aprimoramentos poderiam ser realizados, principalmente na atual regulamentação: (1) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicável à emissão e oferta pública de CPR-F, WA, CDCA e CRA; e (2) do Conselho Monetário Nacional (CMN) que disciplina os investimentos realizados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão). Alterações na Regulamentação da CVM Atualmente existem inúmeras incertezas na regulamentação da CVM que, além de prejudicar a estruturação de determinadas operações, ainda geram desconhecimento do mercado acerca do potencial de utilização desses títulos agrícolas no mercado financeiro. Por exemplo, o mercado constantemente indaga: (1) Como aplicar certos dispositivos da Instrução CVM 414, de 30 de dezembro de 2004 (ICVM 414) às ofertas de CRA, tendo em vista esse normativo ser “emprestado” do mercado imobiliário?; (2) Ofertas públicas de CPR-F, WA e CDCA só podem ser realizadas com esforços restritos nos termos da Instrução CVM 476, de 16 de janeiro de 2009 (ICVM 476)?; e (3) Se se fizer oferta pública de CPR-F, WA e CDCA, como se dará a divulgação de informações periódicas daqueles emissores que sejam pessoas físicas, cooperativas ou associações? No que se refere à indagação acerca dos CRA, ressalta-se que, como se sabe, a CVM nunca editou normativo próprio para as ofertas públicas destes títulos. Com exceção do disposto na ICVM 476, que trata da oferta pública restrita, ainda não há norma específica regulamentando a emissão desses títulos. Atualmente, aplica-se ao CRA a própria ICVM 414, “emprestada” desde o dia 21 de novembro de 2008, data em que a CVM comunicou ao mercado que aplicaria na análise dos processos de registro de emissão de CRA as mesmas regras aplicáveis às emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A manutenção desse “empréstimo” de regulamentação tem se mostrado inadequada em determinadas situações, em virtude de algumas inconsistências que podem ser observadas quando da aplicação da ICVM 414 ao CRA, não estando o referido normativo, assim, apto para regulamentar esse mercado atualmente em ampla expansão. Dentre as principais inconsistências da aplicação da regulamentação “emprestada” às emissões de CRA pode-se citar, entre outras, as restrições existentes para as emissões de CRI de valor unitário inferior a R$300.000,00 (trezentos mil reais) e as hipóteses em que é permitida a concentração de devedores representando mais do que 20% (vinte por cento) dos créditos imobiliários nas emissões de CRI. No primeiro caso a ICVM 414 somente permite a emissão | 149 Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 de CRI abaixo do referido valor quando lastreada em recebíveis vinculados a imóveis com “habite-se” ou integrantes de patrimônio de afetação de incorporadoras, sendo essa regra incompatível com as emissões de CRA, em função das características acima serem inaplicáveis aos lastros dos direitos creditórios do agronegócio. No que se refere às regras de concentração a serem observadas nas emissões de CRI, a ICVM 414 somente permite o aumento de concentração acima de 20% (vinte por cento) caso os devedores dos créditos imobiliários sejam companhias abertas, instituições financeiras e/ou sociedades empresárias (nesse último caso observadas certas circunstâncias). No entanto, essa regra é inadequada ao CRA, tendo em vista que, pela dinâmica do setor, grande parte dos devedores dos créditos lastro dos CRAs são produtores rurais, os quais, quase sempre, são associações, cooperativas e/ou até pessoas físicas. Ou seja, não há como aplicar certos dispositivos da ICVM 414 às ofertas de CRA. Logo, seria muito importante a criação de normativo específico para as operações de securitização do agronegócio, considerando a atual evolução desse mercado, de forma a eliminar as atuais incompatibilidades com a dinâmica do setor e fomentar o seu desenvolvimento. Além da indagação acima outro questionamento comum é referente à possibilidade da realização de oferta pública de CPR-F, WA e de CDCA que não seja aquela de esforços restritos prevista na ICVM 476. Ou seja, questiona-se se seria possível registrar uma oferta pública de tais títulos na CVM com a utilização de prospecto e a realização de esforços de venda sem qualquer limitação. Apesar de tais operações serem permitidas tendo em vista a aplicação geral da Instrução CVM 400, de 29 de dezembro de 2003 (ICVM 400), a CVM poderia eliminar a atual incerteza do mercado em geral regulando especificamente essas operações. Pois como não há normativo específico regulamentando esse tipo de operação, os participantes do mercado financeiro têm a falsa impressão de que tais tipos de operações não são possíveis de serem realizados. Assim, em muitos casos, utilizam outros instrumentos financeiros mais difundidos no mercado, tais como as debêntures, gerando uma ineficiência em alguns casos (por exemplo, uma emissão de CDCA poderia ser utilizada em substituição às debêntures, gerando benefício fiscal para investidores que sejam pessoas físicas). Uma forma de regulamentar essas operações poderia ser através da alteração da Instrução CVM 422, de 20 de setembro de 2005 (ICVM 422), que regulamenta a nunca utilizada nota comercial do agronegócio (Agrinote). Nesse caso, poderia a CVM ampliar o escopo de ampliação dessa norma, regulando, assim, a realização dessas operações com esforços de venda irrestritos. | 150 Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 Completando os questionamentos aplicáveis à regulamentação da CVM, indaga-se ainda quais regras que deveriam ser aplicadas para a divulgação de informações periódicas por emissores de CPR-F, WA e de CDCA que sejam enquadrados como pessoas físicas, cooperativas ou associações. Para esses casos, de fato, ainda não há definição específica, tendo em vista que a Instrução CVM 480, de 07 de dezembro de 2009 (ICVM 480) e a própria ICVM 476 não estabelecem regras específicas aplicáveis para os mesmos. Alterações na Regulamentação dos Fundos de Pensão Os Fundos de Pensão estão entre os investidores mais importantes do mercado financeiro em razão da quantidade de recursos disponíveis para investimento e da necessidade constante de diversificar o seu portfólio. Atualmente, a alocação dos investimentos dos Fundos de Pensão é regulada pela Resolução CMN 3.792, de 24 de setembro de 2009 (Resolução 3.792). Apesar de os títulos do agronegócio estarem incluídos no rol de ativos que podem ser objeto de investimento por essas fundações, há incerteza se as CPR-F, WA e os CDCA somente poderiam ser adquiridos no caso de seus emissores serem constituídos como sociedades anônimas de capital aberto. Em virtude dessa aparente vedação, que também existe para determinadas emissões de debêntures, fica inviabilizada a realização de diversas operações utilizando esses títulos quando o investidor for um fundo de pensão. AUMENTO DE ESTÍMULOS Pode-se dizer que a atual regulamentação dos títulos do agronegócio estimula pouco a utilização desses ativos, tanto pelos participantes da cadeira produtiva, quanto pelos investidores em geral do mercado financeiro. Por exemplo, como a maioria dos segmentos do agronegócio envolve a comercialização de commodities precificadas internacionalmente, os empresários de tais segmentos geralmente não desejam utilizar os títulos do agronegócio como forma de financiamento em razão de a regulamentação aplicável a esses instrumentos não permitir expressamente a sua emissão vinculada à variação da moeda estrangeira. Pois a emissão de títulos do agronegócio vinculados à moeda estrangeira é dificultada em virtude das vedações constantes na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995 (Lei do Plano Real) e no Código Civil Brasileiro, e pelo fato de não existir previsão expressa como nos casos das emissões de debêntures, conforme Lei nº 6.404, de 15 de setembro de 1976. | 151 Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 Já pelo lado dos investidores, como, por exemplo, instituições financeiras, investidores não residentes e pessoas físicas, existem poucos estímulos para o investimento nesses títulos, principalmente pelo fato de existirem outros produtos do mercado financeiro que agregam maiores estímulos em sua aplicação. Como se sabe, a legislação brasileira exige que parcela da carteira de depósitos das instituições financeiras seja direcionada para o financiamento do agronegócio (assim como ocorre no setor imobiliário). No entanto, há grande diferença entre as regras para cumprimento das exigibilidades do setor imobiliário e para o cumprimento das exigibilidades do agronegócio. O grande mérito do direcionamento do crédito imobiliário é a possibilidade de as instituições financeiras cumprirem suas exigibilidades com a aquisição de operações de mercado, tais como determinadas emissões de CRI, o que permite que as instituições financeiras “terceirizem” a seleção, originação e acompanhamento dos créditos para terceiros especializados nesse tipo de setor (no caso, as securitizadoras). Para o agronegócio, em contrapartida, como não há a mesma regra existente do setor imobiliário, determinadas instituições financeiras optam por deixar esses recursos recolhidos no Banco Central, ao invés de liberá-los para o setor. Assim, o volume de operações envolvendo a emissão dos títulos do agronegócio cresceria sensivelmente caso fosse permitido que as instituições financeiras cumprissem com suas exigibilidades do agronegócio através da aquisição de um ou mais dos citados títulos do agronegócio. No caso dos investidores não residentes, a regulamentação atual dos títulos do agronegócio parece desconhecer o fato de que tais investidores estrangeiros sempre representaram parcela preponderante do financiamento do agronegócio. Em tese, como já mencionado acima, há a dificuldade de emissão de tais títulos indexados em moeda estrangeira. Além disso, ainda que fosse possível a emissão de tais títulos em moeda estrangeira (caso por exemplo de emissões que sejam estruturadas em decorrência da previsão específica do Decreto-Lei nº 857, de 11 de setembro de 1969) ainda há maior incentivo para esses investidores em adquirir produtos do mercado financeiro tais como as operações de pré-pagamento de exportação, que lhe conferem isenção de imposto de renda para os rendimentos oriundos desse financiamento. Já no caso das pessoas físicas, apesar de existir benefício fiscal específico para esses investidores quando da aquisição desses títulos, o investimento nesse tipo de produto ainda é restrito para grandes investidores, não existindo estímulo para que o pequeno investidor invista. Uma das formas que poderia estimular o pequeno investidor para ingressar nesse mercado seria a | 152 Regulamentação e Legislação Finanças Estrutur adas | 2014 criação de veículo de investimento aos moldes dos fundos de investimento imobiliário, permitindo a aglutinação da poupança dos investidores do varejo (principalmente conferindo aos investidores os mesmos benefícios fiscais existentes no fundo imobiliário). Tendo em vista a importância do agronegócio para a economia brasileira e as inúmeras possibilidades de estruturas que podem ser criadas com os títulos do agronegócio, esse mercado ainda tem a capacidade de crescer nos próximos anos. No entanto, ainda há trabalho a se fazer de forma a tornar o investimento nesses títulos mais difundido, incluindo o aprimoramento de certos aspectos da legislação, conforme exposto acima. E, a depender das alterações que venham a ser realizadas, esse mercado de títulos do agronegócio pode crescer ainda mais, podendo algum desses ativos figurar entre os tipos de investimentos mais populares do mercado financeiro brasileiro. | 153 10 anos Empresa de Conhecimento Financeiro A Uqbar é a empresa de referência para os mercados nacional e internacional quando o assunto é finanças estruturadas no Brasil. Através de suas publicações e plataformas especializadas, o Portal TLON e o sistema Orbis, a Uqbar oferece aos diversos participantes do mercado dados, análises e ferramentas analíticas exclusivas e fundamentais para o acompanhamento do mercado e a tomada de decisões. Na área de educação, a Uqbar idealiza e implementa treinamentos únicos e de alto valor agregado para vários setores do mercado financeiro. Com mais de 2 mil profissionais treinados, seu portfólio inclui cursos on-line, workshops abertos e in-house e Academias. Visite www.uqbar.com.br e www.tlon.com.br Rua Visconde de Pirajá, 430/601 | Ipanema | Rio de Janeiro | RJ 22410–002 (55) 21 2529 2925 / 2512 7947 | www.uqbar.com.br Patrocínio Premium Siga-nos