TecsaClor Pós - Desinfetante/Sanitizante
O Dióxido de Cloro (ClO2) é um biocida reconhecido pelas suas propriedades desinfetantes. Ele
é usado como bactericida, virucida, fungicida e esporicida em objetos e superfícies inanimadas.
Introdução
Em 1967, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) registrou o formulário
líquido do Dióxido de Cloro para o uso como desinfetante e sanitizante. Em 1988, a mesma
EPA registrou o gás do Dióxido de Cloro como esterilizante (EPA, 2003). O Dióxido de Cloro
também pode ser utilizado em gêneros alimentícios em consequência de suas
propriedades descolorizantes, e também como aditivo direto e indireto (WHO, 2002).
Sendo assim, o propósito deste parecer é verificar as informações disponíveis sobre este
composto, em literatura científica e em agências e órgãos internacionais, no intuito de avaliar
a toxicidade, a exposição e os riscos envolvidos com a manipulação de um produto
(TECSACLOR) à base de dióxido de cloro estabilizado.
Propriedades e Usos
O dióxido de cloro não forma compostos orgânicos halogenados (organoclorados)
e trihalometanos (THMs) quando utilizado como desinfetante, podendo até impedir a
formação destes subprodutos (HSDB, 2003). Isso faz com que o dióxido de cloro apresente
vantagens em relação a outros desinfetantes.
Estudos sobre a avaliação da eficiência de desinfecção têm demonstrado que o dióxido de
cloro é mais eficiente do que outros compostos derivados do cloro e tem ação em uma ampla
faixa de pH, diferente dos cloretos que se decompõem em pH baixos e na presença de calor
(→100°C) (EPA, 1999).
Mecanismo de Ação
Estudos têm demonstrado que o dióxido de cloro apresenta dois mecanismos para a
inativação dos microrganismos:
 Reações químicas específicas entre o dióxido de cloro e as biomoléculas e;
 Efeitos nas funções fisiológicas dos microrganismos (EPA, 1999).
No primeiro mecanismo de desinfecção, o dióxido de cloro reage facilmente com os
aminoácidos cisteína, triptofano e tirosina, mas não com o acido ribonucleico viral (RNA).
Porém a ação principal do dióxido de cloro é inativar os vírus pela alteração da cápsula
proteica, uma vez que este reage com os ácidos graxos livres presentes (EPA, 1999; BETZ, L. D.,
2001).
O segundo tipo de mecanismo de desinfecção enfoca a ação do dióxido de cloro nas funções
fisiológicas como, por exemplo, a interferência na síntese protéica e na quebra de proteínas
presentes nas membranas, tornando-as permeáveis (EPA, 1999). Portanto, o principal
mecanismo de inativação dos microrganismos é a interrupção do transporte de nutrientes
através da parede celular (EPA, 1999).
A eficácia do dióxido de cloro como desinfetante é caracterizado pela Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos da América (EPA) através da inativação do microrganismo com
uma função da concentração do desinfetante, tempo de contato, temperatura e acidez no
tratamento de água (BETZ. L. D., 2001). Quanto menor a temperatura a que a substância é
exposta, menor sua potência de inativação bacteriana (HSDB, 2003).
Alamos do Brasil Ltda.
Rua Ernesto da Fontoura, 1479 – Sala 601 – Bairro São Geraldo – Porto Alegre – RS – 90230-091
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Avaliação da Toxicidade
O Dióxido de Cloro (ClO2) estabilizado, não é agente oxidante forte, não reagindo quando em
contato direto com os tecidos biológicos, não tendo como resultado final, irritação local.
Também não existem relatos de casos de sensibilidade dérmica ou asma ocupacional quando
de exposição ao dióxido de cloro (WHO, 2002).
Diversas publicações foram realizadas sobre o perfil de toxicidade do dióxido de cloro, visando
fornecer informações relevantes sobre a toxicidade deste composto (EPA, 2000; ATSDR, 2002).
Em relação à exposição de curta duração, conforme já discutido anteriormente, o dióxido de
cloro não reage quando em contato com o organismo, não resultando em irritação local.
Quando se discute exposição de duração intermediaria, não foram encontrados estudos em
humanos que representem este tipo de exposição.
Os estudos conduzindo com animais de experimentação, não indicaram danos ao sistema
respiratório. As informações disponíveis sobre exposição crônica são originadas somente de
estudos com animais. Os resultados não indicaram efeitos carcinogênicos, nem tampouco
efeitos sobre a reprodução e prole (ATSDR, 2002). Segundo avaliação da Agência de Proteção
Ambiental dos EUA (EPA), o dióxido de cloro é classificado no grupo D, ou seja, não classificado
quando a carcinogenicidade em humanos, em virtude da ausência de dados para o homem e
em estudos com animais experimentais (EPA, 2000a).
Diluição
Irritação
TecsaClor
Dérmica
2,5 ppm
Negativa
5,0 ppm
Negativa
10,0 ppm
Negativa
25,0 ppm
Negativa
50,0 ppm
Negativa
Fonte: Universidade de Campinas – UNICAMP
Diluições do
dióxido de cloro
estabilizado
(TecsaClor) e
efeitos locais e
sistêmicos
Irritação
Ocular
Negativa
Negativa
Negativa
Negativa
Negativa
Irritação
Pulmonar
Negativa
Negativa
Negativa
Negativa
Negativa
Absorção
Sistêmica
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Estes dados são baseados em avaliações experimentais com animais de laboratório, podendo
ser extrapoladas para seres humanos, não se esperando estes efeitos quando da exposição
humana.
Considerações Finais
Tendo em vista que o produto TECSACLOR apresenta na sua composição o dióxido estabilizado
de cloro a 5% e que as concentrações de uso se encontram dentro da faixa de 2,5 a 50 ppm
(0,00025 e 0,005%), para lavagem de mãos e roupas em cultura de citros, considera-se que:
 Trata-se de composto dióxido de cloro estabilizado que se apresenta numa forma
estável quimicamente;
 Por não ser um agente oxidante, não apresenta como efeito irritação dérmica, ocular e
do trato respiratório, não sendo esperados também efeitos sistêmicos após exposição
a este composto, pois não há sua absorção;
 Os testes experimentais realizados para irritação dérmica e ocular em animais de
laboratórios foram negativos;
 As concentrações de uso do produto TECSACLOR (2,5 a 50 ppm) estão dentro dos
valores permitidos para uso em alimentos e outras finalidades, de acordo com a
regulamentação do Food and Drug Administration – FDA e da Agencia de Proteção
Ambiental do EUA (EPA).
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Portanto, os dados toxicológicos do dióxido de cloro associado ao uso proposto, nas
concentrações descritas de uso, permitem considerar o produto como seguro, à luz dos
conhecimentos atuais, desde que sejam seguidas as normas básicas de segurança quando da
manipulação de substâncias químicas, a iniciar pelo uso dos equipamentos de proteção
individual (EPI) pelos trabalhadores.
Em relação à desinfecção das mãos, após a limpeza com o dióxido de cloro diluído nas
concentrações propostas, apesar de não se esperar nenhum efeito danoso para a pele,
recomenda-se a lavagem das mãos com água limpa logo após a desinfecção com o produto
diluído.
Quanto à nebulização sobre as roupas ou EPIs, tipo macacão ou aventais, deve-se resguardar a
região da cabeça e como não haverá contato com pele o risco não e relevante.
Diferente dos outros produtos clorados o dióxido de cloro não agride a camada de ozônio,
características fundamentais para que o princípio ativo fosse aprovado para certificação
ecológica pela Califórnia Certified Organic Farmers - CCOF.
O TecsaClor não reage com a matéria orgânica e não é oxidante mantendo sua eficiência. É
efetivo em pH neutro e desinfetante em meio ácido.
Você poderá fazer uso do produto TecsaClor em animais e vegetais para o controle de fungos,
bactérias e vírus, assim como na conservação dos diversos produtos em câmara frias,
tratamento de água, pré e pós-colheita, tratamentos de frutas, raízes e verduras.
Aplicação
Uso
Fungicida
Bactericida
Virucida
TECSACLOR
3 ml/L
3 ml/L
1 a 2 ml/L
Aplicação Preventiva
Cada 30 dias
Cada 30 dias
Cada 30 dias
Conservação
Armazenar em local seco e fresco, ao abrigo do sol e do calor. Mantenha fora do alcance de
crianças e animais. Use EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual).
Apresentação
Frasco de 1 kg. Conteúdo 900 ml.
Bombona de 5 kg. Conteúdo de 4,5 L.
Balde de 25 kg. Conteúdo de 22,5 L.
Registro M. S. nº 3.2318.0001.001-8
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