ANO XXIX | No 234 | set-out/2015 S S EE ÕÕ ÇÇ I I E E EELL BB B B AA N N AA 1155 0 0 22 SUSTENTABILIDADE DA CASSI Negociações continuam empreendedorismo Existe momento ideal para abrir um negócio? Especial 1º PRÊMIO Cidadania VIVA CONHEÇA AS AÇÕES SOCIAIS PREMIADAS CARTAS À REDAÇÃO jornal Ação DIRETORIA EXECUTIVA CASO SEGUROS Em quem podemos confiar? No caso dos seguros da ANABB, conforme divulgado na edição especial do jornal Ação, ficamos mais indignados e revoltados com tanta safadeza praticada por alguém que ficou à frente dos destinos da Associação por quase dez anos. Hoje somos dirigidos por outras pessoas, em quem, no presente momento, acreditamos. Mas quem pode nos garantir que em um futuro bem próximo não venha a ocorrer outros dissabores? O que sentimos é que o poder sobe à cabeça das pessoas e a ganância se sobrepõe ao profissionalismo. Pedindo desculpas pelo desabafo, apresentamos nossos protestos à Diretoria Executiva, rezando para que a “cobra” da corrupção nunca a pique. Alcides Justino e Vanderlei Antonio Coelho Garça – SP SUSTENTABILIDADE DA CASSI Em novembro, faço 59 anos e, conforme o jornal Ação n° 232, página 14, de acordo com minha faixa etária, vou pagar R$ 1.596,42. Espero a proporcionalidade pelo uso do plano e correção das faixas para pagamento do valor máximo a partir de 65 anos e/ou a criação de uma nova faixa. Sou sócio da Cassi desde 1977, entretanto acho que isso já tem fim marcado. Vou cancelar o plano pela situação acima exposta, a menos que a Cassi acene com alguma proposta. Luiz Alberto Callegaro (via e-mail) ELOGIO É por conta de pessoas como você, prestativas e atenciosas, que aprecio e recomendo, cada vez mais, esta Associação. Agradeço, mais uma vez, por seus serviços. Helcias P. de Carvalho, para a funcionária Zeli Fernandes, da Viref Campinas – SP ORIENTAÇÃO JURÍDICA Agradeço a ANABB pela orientação que me ajudou a esclarecer tudo sobre minha consulta. Parabenizo os advogados pelos excelentes atendimentos aos associados da entidade. Continuem nos prestando esclarecimentos sobre dúvidas e demais questões jurídicas, pois estão realizando um serviço nota dez. É disso que precisamos. Jorge E. Chamoun Rio de Janeiro – RJ Agradeço a ANABB pela gratuita e importante orientação jurídica. Já fui beneficiado por duas ações patrocinadas pela entidade e agora parabenizo essa Associação e seus advogados por mais esse valioso serviço de orientação jurídica que disponibiliza a seus associados. Renovo meus votos de estima e consideração. Romoaldo Rech Vacaria – RS APOSENTADORIA Com a mudança promovida pelo INSS na concessão de novos benefícios com base na nova fórmula 85/95, sugiro que seja feita uma matéria informativa sobre a desaposentadoria. Como seria esse processo? Quais opções são possíveis? Como ficaria o complemento da Previ? Além disso, podem ser abordadas outras questões importantes para que cada associado possa avaliar sua situação. Cleo José Berlesi Santa Maria – RS Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de estilo, as cartas podem ser editadas e serão publicadas apenas as selecionadas pela ANABB. Envie comentários, sugestões e reclamações para [email protected] ou para SHC SUL CR Quadra 507 Bloco A Loja 15 – Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70351-510. ANABB: SHC SUL CR Quadra 507, Bl. A, Lj. 15 – Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70351-510 | Atendimento: 0800 727 9669 Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] | Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Godofredo Couto, Josiane Borges, Marilei Ferreira e Elder Ferreira | Colaboração: Elizabeth Pereira e Lúcia Silveira Anúncios: Luiz Sérgio Mendonça | Ilustração: Godofredo Couto | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza Editoração: Zipo Comunicação | Tiragem: 94 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfica Positiva Os textos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da ANABB. 2 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO Sergio Riede Presidente Reinaldo Fujimoto Vice-Presidente Administrativo e Financeiro DOUGLAS SCORTEGAGNA Vice-Presidente de Comunicação (vago) Vice-Presidente de Relações Funcionais fernando Amaral Vice-Presidente de Relações Institucionais CONSELHO DELIBERATIVO João Botelho (Presidente) Ana Lúcia Landin Augusto Carvalho Cecília Mendes Garcez Siqueira Cláudio José Zucco Denise Vianna Emílio Santiago Ribas Rodrigues Gilberto Matos Santiago Graça Machado Ilma Peres Causanilhas Rodrigues Isa Musa José Branisso Luiz Antonio Careli Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza Maria Goretti Fassina Barone Falqueto Mário Tatsuo Miyashiro Mércia Pimentel Nilton Brunelli Paula Regina Goto Tereza Godoy William Bento CONSELHO FISCAL Vera Lúcia de Melo (Presidente) João Antonio Maia Filho Maria do Céu Brito Anaya Martins de Carvalho (suplente) Antonio José de Carvalho (suplente) Marco Antonio Leite dos Santos (suplente) Diretores REGIONAIS Regional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Ivan Pita de Araújo Regional AP-03 : Samuel Bastos Macedo Regional AM-04: Ângelo Raphael Celani Pereira Regional BA-05: José Easton Matos Neto Regional BA-06: Jonas Sacramento Couto Regional BA-07: Paulo Vital Leão Regional BA-08: Maruse Dantas Xavier Regional CE-09: Maria José Faheina de Oliveira Regional CE-10: Erivanda de Lima Medeiros Regional DF-11: Hélio Gregório da Silva Regional DF-12: Marcos Maia Barbosa Regional DF-13: Francisco Mariquito Cruz Regional DF-14: Carlos Nascimento Monteiro Regional DF-15: Messias Lima Azevedo Regional ES-16: Sebastião Ceschim Regional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino Regional GO-18: José Carlos Teixeira de Queiroz Regional MA-19: Camilo Gomes da Rocha Filho Regional MT-20: Daniel Ambrosio Fialkoski Regional MS-21: Valdineir Ciro de Souza Regional MG-22: Luiz Carlos Fazza Regional MG-23: Eustáquio Guglielmelli Regional MG-24: Matheus Fraiha de Souza Coelho Regional MG-25: Amir Além de Aquino Regional MG-26: Aníbal Moreira Borges Regional MG-27: Maria Rosário Fátima Durães Regional PA-28: Fábio Gian Braga Pantoja Regional PB-29: Maria Aurinete Alves de Oliveira Regional PR-30: Aníbal Rumiatto Regional PR-31: Luiz Carlos Kapp Regional PR-32: Moacir Finardi Regional PR-33: Carlos Ferreira Kravicz Regional PE-34: Sérgio Dias César Loureiro Regional PE-35: José Alexandre da Silva Regional PI-36: Francisco Carvalho Matos Regional RJ-37: Antônio Roberto Vieira Regional RJ-38: Maurício Gomes de Souza Regional RJ-39: Carlos Fernando S. Oliveira Regional RJ-40: Mário Magalhães de Souza Regional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da Cruz Regional RJ-42: Eduardo Leite Guimarães Regional RN-43: Hermínio Sobrinho Regional RS-44: Celson José Matte Regional RS-45: Valmir Canabarro Regional RS-46: Edmundo Velho Brandão Regional RS-47: Oraida Laroque Medeiros Regional RS-48: Enio Nelio Pfeifer Friedrich Regional RS-49: Saul Mário Mattei Regional RO-50: Sidnei Celso da Silva Regional RR-51: José Antônio Ribas Regional SC-52: Carlos Francisco Pamplona Regional SC-53: Moacir Fogolari Regional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira Filho Regional SP-55: Rosângela Araújo Vieira Sanches Regional SP-56: Dirce Miuki Miyagaki Regional SP-57: Adelmo Vianna Gomes Regional SP-58: Reginaldo Fonseca da Costa Regional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: José Antônio da Silva Regional SP-61: José Roberto Leme Regional SP-62: José Antonio Galvão Rosa Regional SP-63: Jaime Bortoloti Regional SP-64: Juvenal Ferreira Antunes Regional SE-65: Almir Souza Vieira Regional TO-66: Pedro Carvalho Martins CARTA DO PRESIDENTE Sociedade excitada? Sergio Riede – Presidente da ANABB O filósofo Leandro Karnal é um dos palestrantes mais requisitados atualmente. Ele esteve recentemente no seminário A Relação dos Funcionários do BB com o Banco do Brasil, promovido pela ANABB, em que fez uma palestra que impactou os presentes. Karnal costuma contar histórias interessantes. Em uma delas, disponível no Youtube, ele fala que estava em um restaurante tentando conversar com uma amiga, quando tocou o celular dela. Devia ser algo grave, porque ela atendeu. Mal voltaram a conversar, o telefone tocou novamente. Devia ser algo gravíssimo, porque ela tornou a atender. Logo depois, o celular tocou outra vez: era o próprio Leandro Karnal perguntando se ela podia dar atenção a ele. A cena narrada pelo filósofo encaixa-se perfeitamente na temática descrita no livro Sociedade excitada, do pensador alemão Cristoph Türcke. Este último afirma que o homem moderno vive em uma sociedade da sensação, contaminada por uma espécie de vício por estímulos visuais. Türcke alerta que a televisão, o cinema, a internet e o celular funcionam quase como narcóticos. Segundo ele, os constantes estímulos imagéticos que recebemos trazem consequências semelhantes às do vício de um dependente químico, afastando as pessoas do exercício da sensibilidade. Talvez por isso seja tão comum vermos grupos de pessoas à mesa, em um restaurante, quase todos mexendo em seus celulares e interagindo muito pouco entre si. Com as redes sociais, somos capazes de fazer 2 mil amigos em poucos meses. Amigos? De verdade? Segundo Leandro Karnal, alguém que se sente compelido a postar no Facebook, no Instagram ou em uma dúzia de grupos de WhatsApp a foto daquilo que comeu, da paisagem que mal percebeu, da igreja ou do museu nos quais nem sequer entrou, talvez esteja muito ocupado para absorver o que seus milhares de amigos postaram do lado de lá. Nessa toada, muita gente só tem tempo de ler manchetes nos sites de notícias, sem margem para mergulhar fundo em nenhuma delas. Mesmo assim, forma-se opinião muito rapidamente sobre quase tudo. E, armados da sensação de que todos estão interessados em nosso posicionamento, saímos espalhando pelas redes nossa percepção apressada, muitas vezes superficial e não raro manipulada por outras pessoas. Abreviamos a gramática, enviamos mensagens telegráficas, nos expressamos de maneira tão econômica que nos dá a falsa impressão de que todos já nos entenderam. Na realidade, nossos interlocutores podem estar ocupados apenas em postar suas verdades. Por isso, não é raro postarmos alguma coisa que julgamos bastante interessante e nossos amigos virtuais responderem apenas com um “kkkkkkk”, quando não com um emotion sorridente ou um lacônico sinal de positivo! Muita gente expressa-se em alta velocidade com mensagens de baixa importância. É como se gritássemos para ser observados. Uma pergunta interessante seria: alguém está, de fato, nos ouvindo? O cenário parece ser o de uma sociedade que vive sob o domínio do espetacular. Quem está fora da santa trindade “celular, televisão e computador”, conectado via redes sociais, para muita gente equivale a um morto. Mesmo que tenha saúde perfeita. Segundo Türcke, vivemos uma espécie de “penúria por abundância”. Inundamos a sociedade com coisas que ela não tem condições de absorver. E o que isso tudo tem a ver com a ANABB e com a comunidade Banco do Brasil? Muita coisa. Quem frequenta os grupos de bancários, seja no WhatsApp, no Facebook, seja nos grupos de e-mail, sabe do que estou falando. O espaço é de quem tem uma opinião rápida sobre tudo. De preferência, uma opinião chamativa, que se destaque da mesmice. Como algumas pessoas entendem rapidamente quais imagens chamam mais atenção, sobem o tom ao externar seus pontos de vista. Terceirizar a culpa é uma arte. Produzir frases agressivas pode destacar alguém na multidão. Coerência nem sempre é considerada indispensável. Apontar inimigos é fundamental. Culpa da tecnologia? Claro que não. Ela é apenas um instrumento que trouxe melhor acesso a uma porção de coisas, que poderia quase sempre promover mais conhecimento, mais diálogo, mais interação. Mas, cá entre nós, não é o que predomina nas redes. Em vez de diálogos, parece que temos mesmo é uma sucessão de monólogos intercalados. Se alguém faz uma declaração bombástica e se destaca, automaticamente cria uma espécie de piso para os próximos que pretendem se destacar. E a roda-viva tende a girar. Notem quantas pessoas usaram a internet para apresentar propostas que entendem ser a solução para a situação da Cassi. E percebam quantas dessas propostas foram analisadas com profundidade e respeito pelos possíveis leitores. Um lugar-comum é pregar que se troquem todos os gestores de todas as entidades de funcionários do Banco do Brasil. Para alguns, não há diferenciação de desempenho. Para outros, nem sequer há diferenciação de caráter. No momento seguinte, aquele que pregou um cenário de reputações arrasadas poderá ser a vítima da vez. Ao constatar que as pessoas acreditaram em seu discurso de que ninguém presta, talvez fique indignado com o que entenda ser, em seu próprio caso, a ausência de um justo reconhecimento. E é bem possível que nesta hora, sentindo-se injustiçado, corra para o Facebook para postar uma colagem do pensamento de algum autor – o qual muitas vezes nega com veemência ser o legítimo pai daquela ideia –, lastimando a superficialidade de seus julgadores. Com muita sorte, pode ser que alguém da sociedade excitada responda com um “kkkkkkk”. Ou com um “rsrsrs”. Ou com um eloquente sinal de positivo. Boa leitura a todos! Jornal AÇÃO | Set-Out/2015 | 3 CAPA COMEÇA O PROCESSO Comissão eleitoral já foi instaurada. Eleições serão concluídas em novembro Desde 1º de setembro, os associados são os protagonistas de mais um importante momento da ANABB. A entidade passará por processo eleitoral para escolha dos dirigentes da Associação, em que serão eleitos os membros para os Conselhos Deliberativo e Fiscal e as Diretorias Regionais e os representantes da ANABB em dependências. As eleições da ANABB ocorrem a cada quatro anos e são um ato de exercício da cidadania. Por isso, é essencial que os associados coloquem em prática o voto consciente. Uma das marcas do processo eleitoral da ANABB tem sido a transparência na condução do pleito. O primeiro passo para dar continuidade a essa tradição aconteceu em 13 de julho, com a posse dos integrantes da Comissão Geral Eleitoral (CGE). O presidente do Conselho Deliberativo, João Botelho, nomeou os seguintes membros, aprovados por unanimidade pelo Conselho Deliberativo: Eládio Ivens Lages de Mendonça, Laíze Helena de Araújo Coutinho, Luiz Carlos Romero Menon, Marcia Politi Gobato e Vicente de Paulo Barros Pegoraro. A Comissão Geral Eleitoral é responsável, entre outros temas, por disponibilizar a lista de associados que estão aptos a votar ou ser votados; emitir comunicados sobre o processo eleitoral; registrar e homologar as candidaturas; preparar a divulgação institucional da eleição e dos candidatos; apurar os votos e divulgar o resultado das eleições. A CGE tem soberania, autoridade e independência na condução de todo o processo eleitoral. Para isso, a ANABB propiciou, como nas eleições passadas, a mesma instalação em ambiente restrito à co- missão, com telefones e computadores exclusivos. A publicação do edital de convocação, em 1º/9/15, é o início do pleito, que termina no dia 30 de novembro. Associados votantes A ANABB possui três categorias de sócios: efetivo, contribuinte interno e contribuinte externo. Somente poderão votar nas eleições os sócios efetivos e os sócios contribuintes internos, com no mínimo 90 dias de filiação completados no dia imediatamente anterior ao início do período eleitoral, bem como em pleno gozo de seus direitos estatutários e regimentais. Os associados poderão votar pela internet ou por meio de cédula, que é enviada pelos Correios. O corpo social é o poder máximo da ANABB, por isso, ele escolhe os dirigentes da Associação em âmbito nacional, regional e local para exercer um mandato de quatro anos. Em nível nacional, os associados votam para eleger os 21 membros que vão compor o Conselho Deliberativo, e os 3 membros do Conselho Fiscal, além dos suplentes, observada a ordem decrescente de votação. Em nível regional, o corpo social escolhe os diretores regionais em suas respectivas jurisdições e, em nível local, os representantes em dependências. A escolha do presidente do Conselho Deliberativo e dos membros da Diretoria Executiva é realizada por eleições internas. O presidente des- Em caso de dúvida ou dificuldade o associado poderá entrar em contato com a CGE: Telefone: (61) 3442-9671 Fax: (61) 3442-9661 E-mail: [email protected] 4 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO O ELEITORAL DA ANABB se conselho é eleito na primeira quinzena do mês de dezembro subsequente às eleições gerais. Já a Diretoria Executiva toma posse na primeira quinzena do mês de janeiro. Atualização cadastral Ao longo do processo eleitoral, a comunicação entre os associados e a Comissão Geral Eleitoral é intensa. O objetivo é que o corpo social esteja plenamente informado sobre os assuntos do pleito. E, para que o diálogo aconteça de forma eficiente, é necessário que os associados recebam os materiais enviados por via eletrônica e pelos Correios. Por isso, é muito importante manter os dados cadastrais atualizados junto à ANABB. Isso vale tanto para e-mail quanto para endereço residencial, pois o processo torna-se ainda mais democrático à medida que as pessoas estão informadas. Ao receber os importantes materiais divulgados pela Associação, os associados são os mais beneficiados. Assim, a comunicação assume seu papel social de gerar conhecimento. ? RO ADAST ADO C SEU TUALIZ ou tro A ESTÁ ereço BB e d n e ANA u de mudo le com a ê ganha ê c o Se v e-mail, fa ro. Só voc ados. liz st cou o seu cada dos atua ormaa f e d z in li a s u nte atu do se zado gara NABB, na n e t n ma uali da A e para tro at o site u Cadas ida. Entre n nto, ou lig e p á im r d o çã ten Autoa seção 69 6 9 7 72 0 0 8 0 Saiba quem pode votar Sócio efetivo : • Funcionário do Banco do Brasil de qualquer categoria. • Aposentado que recebe benefícios da Previ e/ou do Banco do Brasil. São considerados aposentados os ex-emprega dos que se desligaram do Banco do Brasil para receb imento de complemento de aposentadoria, inclusive antecipada, pela Previ. Sócio contribuinte interno: • Ex-funcionário do Banco do Brasil, não enquadrado no inciso I do art. 4 do Estatuto da ANABB. • Pensionista que recebe pela Previ. Saiba quem pode se candidatar De acordo com o art. 9 do Estatuto da ANAB B, os sócios efetivos podem votar e ser votados. As normas para candidatura estão previstas no Regulame nto das Eleições, arts. 7º ao 10º, disponível no site da ANABB: Art. 7° – Para o cargo de conselheiro deliberativ o, poderá candidatar-se o sócio efetivo que conta r com 3 (três) anos de filiação à ANABB e 5 (cinco) anos de serviço efetivo no Banco do Brasil. Art. 8° – Para o cargo de conselheiro fiscal, poderá candidatar-se o sócio efetivo que contar com 1 (um) ano de filiação à ANABB e 3 (três) anos de serviço efetivo no Banco do Brasil. Art. 9° – Para o cargo de diretor regional, pode rá candidatar-se o sócio efetivo que contar com 1 (um) ano de filiação à ANABB e 3 (três) anos de serviço efetiv o no Banco do Brasil. Art. 10 – Para o cargo de representante em dependência, poderá candidatar-se o sócio efetivo que contar com 3 (três) meses de filiação à ANABB e 1 (um) ano de serviço efetivo no Banco do Brasil. Jornal AÇÃO | Set-Out/2015 | 5 EDUCAÇÃO FINANCEIRA Ou isto ou aquilo Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira e Previdenciária “Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.” Cecília Meireles Este mês, enquanto trabalhava na criação de um material sobre educação financeira para jovens, escolhi tomar como base o poema “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles. Seu tema são as escolhas, não necessariamente relacionadas a dinheiro. A ideia combinou com a abordagem da corrente humanista, com a qual me identifico como educador financeiro até as entranhas, sem relação direta com matemática, economia, finanças ou qualquer ação que dependa de fazer contas. Por vezes, nem de dinheiro falo. É uma escolha diferente de abordagem. Muita gente confunde educação financeira com aprendizagem de métodos ou instrumentos para juntar dinheiro, fazer economia, controlar gastos, mapear despesas, otimizar investimentos ou assumir papel de pão-duro, precavido ou empreendedor em prol de um futuro financeiro mais próspero. Até pode ter alguma relação distante com isso tudo, mas a essência não é essa. Não mesmo! Não da educação financeira que defendo e estou ajudando a construir. Um poema como “Ou isto ou aquilo” nos ensina mais a respeito do que o uso de um bloquinho para anotar despesas ou qualquer cursinho de homebroker ou de controle do orçamento doméstico. E proporciona melhores resultados. Escolhas! Essa é uma das chaves do sucesso finan- 6 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO ceiro. “Ou guardo dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro.” Simples assim. O dinheiro jamais será suficiente para atender todos os nossos desejos de consumo, a não ser que saibamos controlá-los e fazer boas escolhas. Ou isto, ou aquilo. Quem não resiste às tentações dos gastos fáceis e compra o que não precisa, ou gasta além de suas possibilidades, está, na verdade, fazendo uma escolha. Uma má escolha. Escolhe o caminho mais fácil, geralmente o mais caro. Então, quando surgem oportunidades para comprar algo de que realmente precise, ou de que goste muito, pode estar sem dinheiro, porque gastou antes. Gastou com o que não era tão importante. Ficou sem condições para fazer o que queria mais. Escolheu aquilo, ficou sem isto. Esta é a escolha sobre a qual você está convidado a refletir. Buscar um caminho que leve ao combate aos desperdícios e à conscientização sobre a importância da formação de poupança, da previdência, da pesquisa de preços, do equilíbrio entre presente e futuro, do consumo consciente, da sustentabilidade, do uso responsável do crédito, ou assumir os riscos de viver endividado, sem perspectivas financeiras. Ou busca-se educação financeira, ou aceitam-se os riscos e os custos de ter uma vida desequilibrada financeiramente. Ou isto ou aquilo. CONVERSA DE BASTIDOR TODOS EM BUSCA DE UMA SOLUÇÃO PARA A CASSI As entidades representativas dos funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil continuam buscando soluções para a situação financeira da Caixa de Assistência. Em 4 de setembro, voltaram a discutir com o BB propostas emergenciais com impacto no fechamento das contas da Cassi em 2015. O Banco apresentou dados sobre recursos que podem ser repassados à Caixa de Assistência, provenientes de acertos do Programa de Assistência Social (PAS), que são devidos pelo Banco à Cassi. O BB afirmou durante a reunião que há recursos provenientes de recolhimento de contribuições sobre benefícios do INSS que não estavam no convênio e outros recursos que estão sendo apurados para cobrança pela Cassi. Segundo o Banco, tais medidas, juntamente com outras que já vêm sendo discutidas, reforçarão o caixa da entidade, de forma a não consumir a totalidade das reservas livres nos próximos quatro meses. Novas propostas foram apresentadas pelas entidades ao BB, entre elas está: as entidades cobraram que o Banco faça a antecipação das futuras contribuições sobre o saldo do BET dos funcionários da ativa para reforçar um pouco o caixa da Cassi até o fim do ano, de forma a evitar falta de atendimento em alguns locais. Os representantes dos funcionários também apresentaram uma lista de remunerações pagas pelo Banco que não vêm tendo contribuição para a Cassi, como os bônus dos executivos, o PDG e as indenizações do Paet. O Banco alegou que os valores seriam muito pequenos para a Cassi, afirmou que vê dificuldades na proposta, mas que vai analisá-la. Os representantes dos funcionários reafirmaram a proposta apresentada ao Banco do Brasil pelos representantes eleitos pelo corpo social da Cassi, referendada pela comissão negociadora das entidades e pelos funcionários: fazer dois aportes, de R$ 300 milhões, sendo um em 2015 e outro em 2016, para cobertura dos déficits até início do projeto-piloto de ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e implantação das medidas estruturantes; e um aporte extraordinário de R$ 150 milhões para implantação do projeto-piloto. Para os dirigentes presentes na reunião de negociação, foi importante ter encontrado algumas alternativas para solução das emergências, embora as negativas e as dificuldades apresentadas pelo BB sejam grandes. O Banco insiste em condicionar os aportes para a Cassi à solução das questões relativas à Resolução 695 da CVM nº 695/2012. É preciso resolver as questões emergenciais para ter condições de debater e encontrar propostas para uma solução perene para a Cassi. VOTAÇÃO DOS MELHORES DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES DO BRASIL A população brasileira vai ter oportunidade de votar naqueles que considera ser os melhores representantes da sociedade no Congresso Nacional. O Prêmio Congresso em Foco 2015 foi desenvolvido para reconhecer os melhores parlamentares brasileiros e estimular a população a acompanhar ativamente seus representantes na Câmara e no Senado. O prêmio é uma iniciativa do site Congresso em Foco e conta com o copatrocínio da ANABB, entre outras instituições. A votação teve início em 20 de agosto e se encerra em 20 de setembro. Os interessados devem acessar o site www.premiocongressoemfoco.com.br e votar nos melhores deputados e senadores, conforme as instruções disponíveis. As premiações serão dadas nas seguintes categorias: Melhores Senadores do Ano, Melhores Deputados do Ano, Parlamentares de Futuro (com menos de 45 anos), Defesa da Agropecuária, da Cidadania e da Justiça Social, Combate à Corrupção e ao Crime Organizado e Profissionalização da Gestão Pública. Além disso, uma votação paralela para jornalistas que atuam no Congresso Nacional indicará os senadores e os deputados mais bem avaliados por esses profissionais. Os vencedores receberão troféus em bronze e diplomas em cerimônia a ser realizada em 8 de outubro de 2015. Jornal AÇÃO | Set-Out/2015 | 7 ATUAÇÃO DO CONSELHO FISCAL NO CASO SEGUROS O Conselho Fiscal (Cofis) da ANABB teve importante papel no andamento do “Caso Seguros”. Foi o colegiado que decidiu, por exemplo, pela contratação de Auditoria Independente Especial para identificar, evidenciar e mensurar, por meio de documentos e instrumentos disponíveis, em que medida as contratações de seguros pela ANABB atenderam as necessidades dos associados e da Associação, e os aspectos de governança e de conformidade com as normas da ANABB; e também para conhecer as evidências de como foram efetivadas as negociações e as contratações. Após as apurações, o Cofis apresentou um relatório,em 9 de junho de 2015, informando que, entre 2010 e 2011, os gestores que estavam na ANABB não priorizaram aspectos relevantes da gestão, como: controles internos, informação, decisão colegiada e transparência, exercício de alçadas, todas práticas primordiais que devem ser observadas por dirigentes e conselheiros. Foram constatadas ainda diversas fragilidades relativas ao processo Seguros ANABB que constituíram falhas graves de governança, de gestão, de controles internos, bem como de conflito de interesses. Para a presidente do Conselho Fiscal, Vera Melo, o relatório foi elaborado com muita atenção, pois “o relacionamento do Conselho Fiscal com os demais órgãos da ANABB pauta-se pelo respeito recíproco e pelo espírito cooperativo, sempre com o cuidado de evitar a invasão de esferas de competências próprias, bem como a sobreposição de tarefas”. Para acessar o relatório completo do Conselho Fiscal sobre o “Caso Seguros”, entre no site da ANABB (www.anabb.org.br), no link Autoatendimento, na aba Transparência–Ata nº 3 do Conselho Fiscal. Fique ligado nos benefícios do ODONTOANABB Todo associado possui Plano Odontológico Integral, sem qualquer custo, apenas pelo fato de fazer parte da ANABB. Os benefícios dos associados podem ser estendidos pelo valor de R$ 12,12 mensais por dependente. ANABB APOIA PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR CONTRA A CORRUPÇÃO A ANABB está apoiando o Ministério Público Federal (MPF) em uma campanha para criação de projeto de lei de iniciativa popular que combate a corrupção e a impunidade, divulgando-a e coletando assinaturas. Para apoiar o projeto de lei, entre no Portal de Combate à Corrupção do MPF (www.combateacorrupcao.mpf.mp.br) e clique na ficha de assinatura para impressão. As assinaturas são importantes como manifestação de apoio à aprovação no Congresso Nacional. Vale destacar que, pela lei, as assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular devem ser encaminhadas fisicamente, e não por meio digital. Por isso, após impressão e preenchimento, o formulário deve ser enviado para a Vice-Presidência de Comunicação da ANABB (VICOM), que fará o encaminhamento dos formulários. Endereço: SHC Sul CR Quadra 507 – Bloco A – Loja 15 – Asa Sul – Brasília/DF – CEP 70351-510. Confira as dez medidas que constam no projeto de lei contra a corrupção e a impunidade: • Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação. • Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos. • Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores. • Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal. • Celeridade nas ações de improbidade administrativa. • Reforma no sistema de prescrição penal. • Ajustes nas nulidades penais. • Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2. • Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado. • Recuperação do lucro derivado do crime. É importante saber também que a Constituição permite a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular, mas exige que tenha a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas, distribuídas por pelo menos cinco Unidades Federativas e, no mínimo, 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades. Portal de Combate à Corrupção do MPF: www.combateacorrupcao.mpf.mp.br 8 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO INSTITUTO VIVA CIDADANIA COMEMORA DOIS ANOS Em 4 de setembro, o Instituto VIVA CIDADANIA comemorou dois anos de existência. Nesse período, milhares de pessoas já foram beneficiadas com os projetos apoiados. O trabalho do Instituto possibilita a realização de ações sociais em diversos municípios brasileiros nas áreas de erradicação do analfabetismo e de doenças, incentivo à educação regular e a cursos profissionalizantes, geração de renda e ressocialização de apenados e jovens em situação de risco. Além disso, o Instituto VIVA CIDADANIA investe na solidariedade, pois são os voluntários que fazem os projetos ganharem força e se tornarem realidade. O cidadão acaba se tornando parceiro das causas sociais e coloca a mão na massa para tentar suprir carências que o governo não consegue atender. Parabéns ao Instituto VIVA CIDADANIA e aos voluntários que transformam sonhos em realidade. ERRATA Na publicação Produtos e Serviços, enviada para os associados com a edição nº 233 do jornal Ação, consta na página 13, no item Seguro Decesso Automático, que a cobertura deste serviço é de R$ 3.750,00. No entanto, o valor correto dessa cobertura é de R$ 3.500,00. O valor de R$ 3.750,00 refere-se ao Prêmio Pontualidade. Na página 23, da mesma publicação, o e-mail correto para contato dos associados com o serviço de Orientação Jurídica da ANABB é [email protected]. Jornal AÇÃO | Set-Out/2015 | 9 EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDOR EM FOCO Diante da possibilidade de ganhar mais, crescer profissionalmente e não ter chefe, cada vez mais brasileiros estão direcionados a ter o próprio negócio. Mas, afinal, existe um momento ideal para investir em algo novo? Há alguma receita para ser um empreendedor bem-sucedido? Confira o depoimento de empreendedores que estão logrando êxito e as vantagens de ser um Microempreendedor Individual Por Elder Ferreira Se depender da vontade do brasileiro, em breve teremos mais pessoas donas do próprio negócio. O que revela isso é uma pesquisa do Instituto Data Popular. De acordo com o levantamento, 38,5 milhões de brasileiros, o que representa 28% da população, querem empreender. Isso significa um aumento de 22% em dois anos. Em 2013, o índice era de 23%. A pesquisa mostra ainda que as pessoas estão se preparando para ser “patrões”. Das 78% das pessoas com vontade de empreender e que já se preparam para abrir o próprio negócio, 38% pesquisam sobre a área em que desejam atuar, 28% guardam dinheiro para investir e 12% se aperfeiçoam, por meio de cursos e estudos. O levantamento foi realizado entre os dias 18 de abril e 9 maio com 2 mil pessoas, em 140 municípios de todo o Brasil. No momento em que o país passa por ajustes na economia, algumas dúvidas podem surgir no caminho dos futuros empreendedores. Existe de fato um momento ideal para investir em algo novo? É aconselhável abrir um negócio em meio a uma crise? Para a empresária Renata Bassani, especialista em logística e proprietária de uma franquia de depilação, “não existe um momento ideal, mas existe o conhecimento do produto, do público-alvo e da viabilidade econômica de seu negócio. Na crise, surgem inúmeras oportunidades, necessidades diferentes são criadas e precisamos ter o produto para atender. Acredito que, em meio a uma crise, somente as empresas realmente estruturadas sobrevivam”, avalia. Ela complementa que “amar seu negócio é a chave do sucesso, pois é necessário muita dedicação, muita abdi10 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO cação e muito trabalho. É precido respirar seu negócio, ou seja, tudo é oportunidade de negócio. Um exemplo disso é desenvolver uma parceria, um meio de divulgação ou algo que venha a acrescentar em seu produto. É preciso ter muita coragem, não se deixar abater pelos problemas, pois é uma luta de um leão por dia”. Renata fala com propriedade de quem há 8 anos gera empregos e vem se destacando em seu ramo. “Trabalhei durante 8 anos como empregada e hoje sou empregadora. Decidi comprar uma franquia especialista de um segmento com uma demanda muito reprimida. Hoje, estou muito feliz com minha empresa, que vem se destacando na área. Mas, para alcançar um lugar ao sol, não foi nada fácil, abdiquei de muitas coisas, trabalhei e ainda trabalho muito”, finaliza. O mesmo sucesso nos negócios que acompanha a empresária Renata também entrou na vida da assistente administrativa Sibele Andrade da Costa, de 42 anos, para não sair mais. Com muita coragem e determinação, a empreendedora colhe os frutos de uma ideia surgida em um sonho. “Há 15 meses, eu andava insatisfeita com minha única renda, que era o salário da empresa em que trabalho há 15 anos. Era o suficiente para viver, porém não dava para fazer economia. Então, um dia orei e pedi a Deus um direcionamento. Sonhei com uma ‘receita’ e, quando acordei, fui ao mercado comprar os ingredientes para fazer três bolos. Lembro inclusive que fiz as compras no cartão de crédito, porque não tinha dinheiro no dia. Fiz um anúncio no Facebook marcando um ponto de entrega e vendi os bolos em poucas horas. Assim que entreguei as primeiras encomendas e rece- bi o dinheiro, investi tudo em material e produzi mais bolos e, desde então, não parei mais de vender, nascendo assim a Delícias da Si”, conta, entusiasmada. Apesar de não dispor de grande logística para divulgação, Sibele consegue vender todos os bolos preparados no dia em pouco tempo, apenas com a divulgação em grupos do Facebook. “Com o aumento da demanda, precisei arrumar duas pessoas para ajudar na produção e outras duas para fazer entregas em outros pontos. Cada uma só trabalha dois dias na semana, não gerando vínculo empregatício”, comenta. Com o lucro da venda dos bolos, Sibele foi adquirindo equipamentos adequados para a produção e, quando estava com a cozinha preparada, começou a economizar e a colher bons frutos da nova empreitada. “Posso dizer que já tenho uma boa quantia com a qual vou dar uma entrada em um imóvel nesse mês.” Quando questionada sobre o segredo para ser uma empreendedora de sucesso, Sibele dá a receita. “O segredo é cautela em todas as áreas. É preciso ter controle financeiro, por exemplo. Ao fim de cada entrega, já sei qual foi minha despesa semanal. Dessa forma, já reservo o dinheiro da semana trabalhada. É preciso também, em meu caso, ter constância nos dias de entrega, mesmo se não houver muitas encomendas, pois isso faz com que as pessoas saibam que aquele local e horário é meu ponto de entrega. É preciso ter comprometimento com a qualidade do produto, pois todo cuidado é pouco quando se trata de alimentação. E, por último, é preciso ter comprometimento com o cliente, quando se trata de vendas em redes sociais. Avalio que qualquer reclamação, sendo ela devida ou indevida, deve ser respondida e resolvida o mais breve possível, a fim de que não afete a opinião de outros clientes.” MicroEmpreendedor Individual O trabalhador informal que fatura até R$ 60 mil por ano ou R$ 5 mil por mês, não tem participação em outra empresa como sócio ou titular e tem, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria já pode se tornar um Microempreendedor Individual (MEI). Ao se tornar MEI, o trabalhador passa a ter um CNPJ, facilitando assim a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. O MEI também passa a ter direito aos benefícios previdenciários, como auxílio-doença, aposentadoria, entre outros. O MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Ele terá como despesas apenas o pagamento mensal de R$ 39,40 (INSS), acrescido de R$ 5,00 (para prestadores de serviço) ou R$ 1,00 (para comércio e indústria), por meio do Documento de Arrecadação Simplificada (DAS), uma guia de recolhimento emitida por meio do Portal do Empreendedor. Fonte: Portal do Sebrae. Jornal AÇÃO | Set-Out/2015 | 11 OPINIÃO O DUQUE E O MATHIAS FERNANDO AMARAL Vice-presidente de Relações Institucionais [email protected] O Duque sempre foi muito bem protegido, cuidado e adorado por todos da residência oficial. Durante o dia, em cada turno, manhã, tarde e noite, uma pessoa acompanhava o nobre em suas caminhadas. Como os afazeres se multiplicavam, como se multiplicam na vida das pessoas, chegou um momento em que foi necessário buscar um substituto para um dos caminhantes. Foi aí que surgiu o Mathias na vida do Duque e dos demais habitantes da moradia oficial. Mathias era baixinho, gordinho, andava bastante desleixado. Chinelos tortos, camisas surradas, shorts baixos mostrando ou a cueca ou o cofrinho. Mas o Duque se encantou com o tal Mathias. A princípio, as caminhadas com Mathias eram apenas pela manhã. Depois, passaram a ser pela manhã e pela tarde. O Duque e o Mathias ficaram muito amigos. Os moradores da residência oficial, diante de tanta alegria e harmonia, também começaram a admirar o Sr. Mathias. Entretanto, descobriram que ele não estudava muito. Daí todos se mobilizaram para que ele pudesse ter ajuda para eventuais conversas do interesse do Duque. Tudo era muito difícil para Mathias, e ele dizia que sua dificuldade advinha da baixa qualidade de sua escola. Quando ele disse que estudava no colégio em que o avô do Duque havia estudado, quase levou uma surra. O velho exigiu que o Sr. Mathias, para continuar a acompanhar o Duque, passasse a estudar muito, sob a supervisão dos demais membros da residência oficial. E assim foi. Todos cobraram muito do Mathias. Mas, ao mesmo tempo em que cobravam, passaram a admirar, cada vez mais, sua vontade de aprender, sua humildade para admitir o não saber e sua enorme vontade de conhecer o que os outros conheciam. Mathias passou a conhecer muito também da vida do Duque. Em pouco tempo, ele foi reconhecido como membro da família, apesar de ele ter sua própria família. Todos os dias, Mathias acordava em sua casa e ia para a casa do Duque. A mãe do Duque, todos os dias, preparava seu café da manhã para que ele fosse alimentado para a caminhada. Na volta, era obrigado a estudar, almoçava na residência oficial, ia para sua escola, voltava para nova caminhada com o Duque, estudava mais. Quando ganhou um presente em seu aniversário, Mathias também se sentiu membro da família e chorou muito. O tempo passou. Mathias cresceu. Tem 1,80 m, é bonito, veste-se de forma elegante, como lhe ensinou o pai do Duque, e estuda cada vez mais para ter uma formação que o permita ajudar outras pessoas onde quer que elas estejam. O Duque e o Mathias fizeram a diferença na residência oficial. Com o passar do tempo, todos foram contaminados pela harmonia e pela sinceridade daquela amizade e pelo exemplo diário de respeito, de lealdade, de humildade e de vontade que Mathias deixa por onde passa. Mas, como na vida, tudo passa. Aos poucos, cada um foi tomando seu caminho e a casa foi ficando vazia. Vazia de pessoas que saíram para conquistar o mundo, mas cheia de exemplos, cheia de marcas de carinho e de respeito que todos devem ter por todos. Com um misto de fábula e realidade, conto essa história para marcar a última mensagem que faço como dirigente da ANABB nesta gestão. Espero estar deixando na Casa algum exemplo, muito carinho e respeito por todos os que comigo conviveram dentro e fora da ANABB. Até mais ver. 12 | Set-Out/2015 | Jornal AÇÃO www.anabb.org.br | @anabbevoce | [email protected] | facebook.com/anabbevoce