2 Jornal do NOVEMBRO - DEZEMBRO / 2015 EDITORIAL TAREFA BRASIL Ibsen Pinheiro PRESIDENTE DO PMDB-RS ARTIGO UMA PONTE PARA A ESPERANÇA Moreira Franco PRESIDENTE NACIONAOL DA FUNDAÇÃO ULYSSES GUIMARÃES PMDB SEMPRE - DESAFIO NOVO é a frase-conceito que abre ou assina todas as peças de comunicação de nosso Partido este ano e tem a virtude definidora de velhos e consagrados “slogans” publicitários, especialmente porque vai além da mera propaganda para definir, com síntese e clareza, a verdade consagrada pelos fatos: cinquentão daqui a poucos meses, o PMDB tem a marca da permanência na vida nacional e a conjuga com a capacidade de enfrentar novos desafios desde que cumpriu a tarefa histórica de sepultar o regime militar há 30 anos. Logo após a redemocratização, conveio a muitas lideranças, na defesa de seus projetos partidários, pregar a superação, o envelhecimento dos grandes partidos agregadores, o mesmo perfil que os abrigara na ditadura. O diagnóstico interesseiro não se confirmou, nenhum dos novos partidos alcançou a expressão peemedebista nas dimensões que o definem, a ramificação municipal e a força nacional, a serviço da vocação agregadora, de conduzir e produzir mudanças. Os fatos comprovam que partidos radicalizados pelo enfrentamento e a ideologizaçāo se afastam para os extremos e se colocam à margem do processo decisório, como os acostamentos de uma rodovia, que são necessários, mas por onde não se trafega. O trânsito político não prescinde de um grande partido que, pelo tamanho e o perfil agregador, possa ser a ampla estrada por onde trafegam as soluções. Na crise que vive, o Brasil precisa do PMDB, mais uma vez. E o PMDB sabe disso, como o comprova o documento “Uma Ponte para o Futuro”, lançado recentemente à discussão, com formulações precisas para a administração de um verdadeiro ajuste financeiro da máquina pública e a consequente superação da crise politica. O PMDB gaúcho, que majoritariamente rejeitou a aliança a eleitoral nacional, sentiu-se invariavelmente à vontade para apoiar e fortalecer a liderança do vice-presidente Michel Temer, para que o partido que ele comanda possa ser o agente da normalização da vida nacional. Quanto tempo ainda temos? Qual o prazo de que dispomos para esperar desdobramentos das crises política e econômica sem que haja o comprometimento das bases da nossa economia e da relativa paz social ainda existente? É essa a reflexão necessária, a se fazer com urgência, posto que a gravidade do momento exige iniciativa para medidas contundentes. O Brasil está acostumado a enfrentar suas fragilidades não com o silêncio, mas com a esperança. Em novembro, a Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, realizou seu Congresso Nacional para debater o documento “Uma Ponte para o Futuro”, divulgado com grande repercussão. A razão disso é que fomos direto ao ponto: é hora do Estado eficiente, livre do desperdício, intolerante com a corrupção e obcecado por resultados. Não vislumbramos um Estado mínimo, pois defendemos o papel indutor das políticas públicas. Algumas delas, entretanto, precisam ser discutidas e adaptadas à realidade dinâmica da economia. Ou seja, garantir políticas públicas não significa, apenas, distribuir dinheiro entre escaninhos da burocracia. Sabemos que, historicamente, a opção pelo mais fácil abre caminho para o Expediente Jurídico O Jornal do PMDB é uma publicação bimestral do Diretório Estadual, localizado na Rua dos Andradas, 1234, Edifício Santa Cruz, 9º andar, bloco B – Centro – Porto Alegre/RS, CEP: 90020-008. Telefone (51) 3357-1500, site www.pmdb-rs.org.br e email [email protected]. Comissão Executiva: Presidente: Ibsen Pinheiro 1° Vice-presidente: Osmar Terra 2° Vice-presidente: Fabio Branco 3° Vice-presidente: Marco Alba Secretário-geral: Gabriel Souza Secretário-adjunto: Daniel Kieling 1° Tesoureiro: Carlos Burigo 2° Tesoureiro: Luís Roberto Ponte 1º Vogal: Eliseu Padilha 2º Vogal: Sebastião Melo 3º Vogal: Rospide Neto 4º Vogal: Regina Perondi Líder da Bancada: Álvaro Boessio 1º Suplente: Cesar Schirmer 2º Suplente: Edegar Rapack 3º Suplente: Rosane Grabia 4º Suplente: Lourdes Sprenger Jornalista Responsável: Carla Garcia (MTB 12630) Colaboração: Juliane Pimentel (MTB 16656) rspmdb Diagramação: Riciély Soares @pmdbrs Impressão: Noschang Artes Gráficas Ltda. desperdício, a ineficiência e a corrupção. Elevamos a condição social, profissional e escolar de milhões de brasileiros nos últimos anos. O problema que devemos ter a coragem de enfrentar agora é a grave recessão que pode representar a volta de milhares de brasileiros beneficiados nesse período ao ponto de origem. Ou a um ponto ainda anterior de pobreza e falta de perspectiva. Precisamos formar uma maioria com iniciativa para enfrentar, certamente, a maior crise econômica da nossa história, uma vez que agora sua origem é interna, provocada por mau uso dos recursos públicos. Não estamos em ano eleitoral, não se trata de buscar culpados. Mas, sim, de unir brasileiros que façam a nossa economia recuperar um ano que não existiu e possam planejar o futuro. Coragem não faltou ao PMDB nesses 50 anos em que sempre votamos a favor da nação brasileira. Não faltará para propor e implementar as medidas de que precisamos para fazer o nosso povo se reconciliar com a esperança. Construímos pontes no passado, vamos novamente construir agora. (Artigo originalmente publicado na Folha de São Paulo, em 17/11/2015, com edição) Prazo mínimo de filiação de candidato passa a ser de seis meses antes das eleições Sancionada no dia 29 de setembro, a Minirreforma Eleitoral (Lei 13.165/2015) altera o prazo mínimo de filiação partidária para candidatos. A nova lei estabelece, em seu art. 9º, que o candidato deverá estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição. No mesmo dispositivo, a nova Lei Eleitoral diz que para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir- cunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito. A quantidade de candidatos por partido ou coligação também é regulamentado na lei sancionada. Como regra geral, a agremiação poderá ter até 150% de candidatos em relação ao número de vagas, mas a lei estabelece casos em que a quantidade poderá ser até 200%. E os partidos poderão preencher as candidaturas até trinta dias antes do pleito.