Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis - PROCEA
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I COLÓQUIO SOBRE FORMAÇÃO DE IDENTIDADE CULTURA
DATA: DIAS 11, 12 E 13 DE JULHO DE 2011
HORÁRIO: 19 HORAS
LOCAL: TEATRO BANZEIROS
*Excepcionalmente dia 12/07 às 8 horas (somente período da manhã) no Auditório da
OAB.
COORDENAÇÃO: Profª. Tiziana Cocchieri
ORGANIZAÇÃO:
Profª. Rosângela Aparecida Hilário
Profª Maricélia Cantanhêde
Prof. Vicente Eduardo R. Marçal
Prof. Walace Soares de Oliveira
INTRODUÇÃO
Os conceitos de identidade e cultura possuem significações complexas e estão
intimamente relacionados. Por sua vez, estes conceitos estão imbricados à ação
humana, a tudo que o ser humano constrói, ou seja, desde seus hábitos ao modo com
que percebe o mundo e estrutura sua existência. Um dos motivos pelo qual estes
conceitos se caracterizam como complexos é referente às muitas áreas de construção
habitual e semiótica, como a religiosa, estética, ética, moral, valorativa e volitiva. Sob
essa estrutura subjazem simbologias diversas, estruturas diagramáticas sofisticadas
que compõe nossa leitura de mundo.
Dada a imensurável possibilidade humana de simbolizar, as culturas são
múltiplas e variadas: são inúmeras as maneiras de pensar, agir, formas de expressão,
intentos, temores e tantas outras. Nesse sentido, as possibilidades de alteração de
hábitos é sempre iminente, movendo-se em um continum ao longo da história. No
decorrer desse processo de transformação, a ação humana está concatenada à
coletividade, em que não há um isolamento efetivo e factual. Pois, esse isolamento
implicaria na negação em fazer parte, consequentemente ratificaria uma lembrança
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perene da sociedade rejeitada, o que se caracteriza como um processo de dialética
negativa. Em sentido analógico, a recusa em se comunicar é ainda um modo de
comunicação.
Heidegger, filósofo alemão contemporâneo, aponta para a reflexão deste
paradoxo em que estamos enredados, a saber, como ser indivíduo em um sistema de
significados previamente estabelecidos, de modo que ao nascermos já encontramos
um mundo de valores consolidados. Até mesmo a emoção, que num primeiro momento
parece tão individual, singular, espontânea, pode ser forjada por meio de hábitos
adquiridos e reforçados desde a infância, incluindo o próprio gosto. Em outro dizer,
entendemos que o comportamento social pode ser modelado, pois é transformado e
ampliado pelos próprios agentes sociais.
Tendo em vista esta perspectiva de processos de formação de identidade
cultural, intentamos dar início a um colóquio que problematize a questão da formação
de identidade e cultura de nossa região, assim como desperte a consciência de
participação de que a sociedade é condição de alienação como de liberdade. Nela o
ser humano pode se perder, como pode se encontrar. Quando nos admiramos com o
que parece óbvio é que a sensibilidade, já embaçada pelo costume, se potencializa.
Estamos vivendo a era da informação, gestada pelas novas tecnologias e
sistemas de interconectividade, que transforma de modo radical todos os setores da
vida social, consequentemente da cultura. A transformação desencadeada por estas
mudanças paradigmáticas da visão social em rede afeta nossa realidade local de forma
diretiva. Propomos que pensemos juntos nessas transformações, reunindo, em um
mesmo local, representantes de múltiplas áreas de pesquisa e compreensão do
humano, em que serão articuladas e manifestas as múltiplas visões a respeito do
nosso momento vivenciado, em perspectiva endógena, ou seja, de que vive aqui.
Como contextualizar nossas idiossincrasias com as mudanças e alterações dos
processos de visão global? Como estamos inseridos nesse processo e de que forma
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somos impactados por estas mudanças? Estes e outros problemas serão fomentados
neste evento, em que toda sociedade rondoniense é convidada a participar.
DESENVOLVIMENTO
O Colóquio acontecerá ao longo de três dias, no período noturno, com
argumentações apresentadas por palestrantes convidados. Buscamos enriquecer a
discussão por meio da formação heterogenia dos palestrantes, em que foram
convidados representantes da comunidade acadêmica, assim como formadores de
opinião e autoridades, para exporem suas colocações sobre o tema proposto. Em meio
a estas colocações a comunidade social presente poderá se manifestar, de modo
ordenado, contribuindo democraticamente às reflexões fomentadas.
Os palestrantes terão 20 minutos para exporem suas colocações. Após a
apresentação de cada convidado, abriremos para a participação do público presente.
JUSTIFICATIVA
Entendemos que as discussões pertinentes ao tema de formação de identidade
cultural devem ser abordadas continuamente. Pois, vivemos em um período em que
tudo é fabricado e ofertado como produto, inclusive a própria cultura, como
argumentam enfaticamente os autores da Dialética do Esclarecimento, especificamente
no fragmento referente à Indústria Cultural. Sendo assim, justificamos a pertinência do
evento, por meio da abordagem temática vinculando-a a necessidade de reflexão
processual, em que não encontraremos respostas peremptórias, porém, estaremos
refletindo a respeito de quem somos, de que modo está caracterizada nossa praxis
cotidiana, quais as escolhas que estamos fazendo para a construção de nosso devir,
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como grupo idiossincrático e paradoxalmente inserido na rede global, numa estrutura
potencial de sociedade hiperurbanizada.
Em comemoração ao 29º aniversário da UNIR, buscamos abordar, por meio das
reflexões propostas nossa subjetividade inserida em uma coletividade. Pensamos que
este pensar será profícuo para a identificação consciente do lugar a que se quer
pertencer, e a que se quer construir.
Assim como toda a cidade, também nos
encontramos em construção permanente, atribuindo sentido ás nossas ações e
pensando formas mais adequadas de ação sobre o mundo.
OBJETIVOS
Dar início à problematização e reflexão sobre o tema da formação de identidade
cultural, tendo em vista questões concernentes a nossa cultura regional, inserida no
contexto da realidade globalizada, relevantes para que possamos tomar consciência de
nossas escolhas e modos de ação conscientizando-nos da aquisição de hábitos que
estabelecemos e incorporados como nossos, caracterizando-nos como comunidade social
idiossincrática.
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PROGRAMA DO EVENTO
ABERTURA
11/07/2011 – 19 horas
APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA
PARTICIPAÇÃO
DIA 11/07 (Segunda-feira)
TEATRO BANZEIROS (19:30 HORAS)
ARTES – Prof. Dr. Mauro Rosa (UNIR)
INDIGENISMO – Leonardo Jose da Cruz Souza/ indigenista e Rubens Suruí
(FUNDAÇÃO KANINDÉ)
RELIGIÃO – (FACULDADE CATÓLICA DE RONDÔNIA)
DIA 12/07 (Terça-feira)
MANHÃ – AUDITÓRIO OAB (8 HORAS)
PALESTRA:“A Importância dos Estudos Indígenas de Rondônia nas Ciências Sociais”
Beth A. Conklin, PhD (Associate Professor Department of Anthropology Vanderbilt
University)
PALESTRA: “Uma história de pesquisa antropológica com os povos indígenas em
Rondônia” Claudia Augustat, PhD.Curadora das coleções da América do Sul, Museu
fur Völkerkunde (Museu Nacional Etnográfico), Viena, Áustria
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NOITE – TEATRO BANZEIROS (19 HORAS)
COMUNICAÇÃO – Leo Ladeia (REDE RECORD) e Domingues Jr. (REDE TV)
HISTÓRIA – Prof. Aleks Palitot (COLÉGIO OBJETIVO)
FILOSOFIA – Prof. Vicente E. R. Marçal (UNIR)
DIA 13/07 (Quarta-feira)
TEATRO BANZEIROS (19 HORAS)
ANTROPOLOGIA – Prof. Estevão Fernandes (UNIR)
PSICOLOGIA – Prof. Josenir Dettoni (UNIR)
PEDAGOGIA – Profª. Rosângela Aparecida Hilário (UNIR)
ENCERRAMENTO