Toxicidade de inseticidas utilizados na cultura do meloeiro ao parasitoide Opius sp. (Hymenoptera: Braconidae) André V. P. Maia1,2; Ewerton M. Costa3; Marcos R. Santos3; Ewerton M. Marques3; Elton L. Araujo3 ¹Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), 52171-900 Recife, PE, Brasil.²Programa 3 de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola. E-mail: [email protected]. Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), DCV/Entomologia, Caixa Postal 137, CEP: 59.625-900 Mossoró, RN, Brasil. A mosca minadora Liriomyza spp. é um dos principais entraves a produção de melão nos estados do RN e CE, o que torna imprescindível o controle desse inseto-praga. Para o controle da mosca minadora, o uso de inseticidas é o método mais utilizado. No entanto, desde a constatação da presença do parasitoide Opius sp., inimigo natural da mosca minadora, em áreas de produção comercial de melão do RN e CE, cresceram as perspectivas de utilização do controle biológico no sistema de manejo da praga. O conhecimento da toxicidade de inseticidas a inimigos naturais viabiliza a utilização de produtos menos tóxicos a esses agentes, contribuindo para manutenção do controle biológico de pragas nas áreas de produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade de inseticidas utilizados no manejo de insetos-praga na cultura do meloeiro sobre o parasitoide Opius sp. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia Aplicada da UFERSA. Foram utilizados no experimento parasitoides adultos, com idade entre 24 e 48 horas, provenientes da criação de manutenção do referido laboratório. Os inseticidas avaliados foram: Vertimec (100ml – 100L H2O), Trigard (24g – 100L H2O), Premio (7,5ml – 100L H2O), Pirate (75ml – 100L H2O) e Cascade (80ml – 100L H2O). Como tratamento controle foi utilizado água destilada. Os insetos foram expostos aos tratamentos por meio de contato com superfície recém pulverizada. O delineamento utilizado foi o Inteiramente Casualizado (DIC), com 6 tratamentos (controle + inseticidas) e oito repetições (cinco parasitoides em cada). Os dados obtidos foram submetidos a analise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade. Vertimec e Pirate não diferiram estatisticamente e foram os mais tóxicos ao parasitoide, ocasionando 100% e 90% de mortalidade respectivamente. Trigard, Premio e Cascade não diferiram estatisticamente do tratamento controle, sendo considerados pouco tóxicos a Opius sp. Palavras-chave: controle biológico, inseticidas seletivos, manejo. Apoio: BNB e UFERSA.