SUMARIO EDITORIAL Odete de Fátima Sallas Durigon ARTIGO DE 49 REVISÃO Anatomia funcional e biomecânica das articulações do tornozelo, subtalar e médio-társica Luci Fuscaldi Teixeira, Sandra Jean Olney 50 ARTIGOS Desenvolvimento e avaliação de procedimentos para estimação válida e confiável da flexibilidade de atletas [texto em inglês] Anthony Willian Sharpe Watson 66 A realidade da potência acústica emitida pelos equipamentos de ultra-som terapêutico: uma revisão Rinaldo Guirro, Sandra C. Britschgy dos Santos 76 Lesões por esforços repetitivos em digitadores do Centro de Processamento de Dados do Banestado, Londrina, Paraná, Brasil Eliane de Barros Barbosa, Fabíola Dinardi Borges, Luciana de Paula Dias, Gisele Fabris, Fernanda Frigeri, Celita Salmaso 83 Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Amélia Pasqual Marques, Cláudia Helena de Azevedo Cernigoy, Regina Célia Turola Passos Juliani, Denise Vianna Machado Ayres, Eliane Maria de Carvalho, Eliana Harumi Takeda, Ana Maria Pereira Rodigues Silva, Luiz Antonio Fidalgo 92 RELATO DE CASO Avaliação e tratamento físioterápico da incontinência urinaria de esforço: estudo de caso Eliane Cristina Hilberath Moreira, Fabíola Dinardi Borges, João Marcelo Martins Coluna, Juliana Cristina Frare TESES / 101 DISSERTAÇÕES Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos Odete de Fátima Sallas Durigon 108 Análise ultraestrutural e imuno-histoquímica da inervação da tíbia, fêmur e parietal de rato adulto jovem Silvia Maria Amado João 111 EVENTOS 113 ÍNDICE DE A UTOR 115 ÍNDICE DE ASSUNTO 116 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO 120 CONTENTS EDITORIAL Odete de Fátima Sallas Durigon RE VIEWS 49 ARTICLES The functional anatomy and biomechanics of the ankle and foot joints Luci Fuscaldi Teixeira, Sandra Jean Olney 50 ARTICLES Development and evaluation of procedures for valid and reliable estimation of the flexibility of athletes Anthony Willian Sharpe Watson 66 The reality of acoustic power emitted by therapeutic ultrasound equipment: a revision Rinaldo Guirro, Sandra C. Britschgy dos Santos 76 Repetitive strain injuries in typists from the data processing Centro de Processamento de Dados do Banestado, bank in Londrina, Paraná, Brasil Eliane de Barros Barbosa, Fabíola Dinardi Borges, Luciana de Paula Dias, Gisele Fabris, Fernanda Frigeri, Celita Salmaso Physical therapists at the complex Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: profile and expectations Amélia Pasqual Marques, Cláudia Helena de Azevedo Cernigoy, Regina Célia Turola Passos Juliani, Denise Vianna Machado Ayres, Eliane Maria de Carvalho, Eliana Harumi Takeda, Ana Maria Pereira Rodigues Silva, Luiz Antonio Fidalgo CASE 83 92 REPORTS Physicaltherapic assessment and treatment of stress urinary incontinence: case report Eliane Cristina Hilberath Moreira, Fabíola Dinardi Borges, João Marcelo Martins Coluna, Juliana Cristina Frare THESIS 101 /DISSERTATIONS Reactivity of the mean arterial pressure heart rate and intracranial pressure in dogs to noxious stimulation Odete de Fátima Sallas Durigon Ultrastructural and immunhistochemistry analysis of innervation of the tibial, femural and parietal bones in the young adult rat Silvia Maria Amado João 108 111 EVENTS 113 AUTHOR INDEX 115 KEY WORDS INDEX 118 ARTICLES 120 STANDARDIZATION EDITORIAL H á pessoas que impõem sua marca pessoal e sua determinação em tudo o que fazem. Esta foi a forma de trabalho da fisioterapeuta Silvia Maria Pugliesi Pennesi, formada pela Universidade de São Paulo / USP em 1977 e posteriormente em Psicologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro / UERJ. A sua participação foi decisiva nas fases iniciais da organização do movimento e apoio à integração das pessoas portadoras de deficiências físicas, durante a época em que trabalhou na antiga Divisão de Reabilitação Profissional de Vergueiro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / FMUSP (DRPV), atualmente Divisão de Medicina de Reabilitação (DMR). Além disso, a sua atuação juntamente com a dos demais físioterapeutas da entidade, foi marcante no treinamento de locomoção avançada destes indivíduos, tanto nas estações do Metrô quanto nas garagens da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), contribuindo significativa e objetivamente para o encaminhamento e resolução de vários problemas em especial daqueles relativos às barreiras arquitetônicas. Ambas as ações refletem profundamente a sua mais expressiva característica pessoal: o amor à liberdade. Odete de Fátima Sallas Durigon Prof. Dr . do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP 3 ARTIGO DE REVISÃO ANATOMIA FUNCIONAL E BIOMECÂNICA DAS ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO, SUBTALAR E MÉDIO-TÁRSICA Luci Fuscaldi Teixeira*, Sandra Jean Olney** TEIXEIRA, L.F., OLNEY, S.J. Anatomia funcional e biomecânica das articulações do tornozelo, subtalar e médio-társica. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 50-65, jul. / dez., 1997. RESUMO: O estudo apresenta uma revisão da anatomia funcional do tornozelo e pé, fornecendo bases para melhor compreensão de sua ação conjunta. DESCRITORES: Biomecânica. Articulação do tornozelo, anatomia e histologia. Articulação társica, anatomia e histologia. INTRODUÇÃO O s ossos d o pé são tradicionamente divididos em três segmentos funcionais. O retropé ou s e g m e n t o posterior inclui o tálus e o c a l c â n e o , o m é d i o pé ou s e g m e n t o intermediário inclui o navicular, o c u b ó i d e e os três c u n e i f o r m e s e o a n t e p é ou s e g m e n t o anterior, que é c o m p o s t o pelos cinco metartasais e pelas falanges . 21 * A o contrário de outras articulações, que a t e n d e m e x c l u s i v a m e n t e a d e m a n d a s de m o b i l i d a d e ou de estabilidade, o pé e o t o r n o zelo formam um c o m p l e x o articular que atende a a m b a s as d e m a n d a s , s e n d o a l g u m a s vezes móvel e outras vezes estável . O complex o articular d o tornozelo e d o pé atende a essas d e m a n d a s , p r o p o r c i o n a n d o u m a base estável de suporte para o c o r p o , n u m a v a r i e d a d e de posições de suporte d e p e s o , d e f o r m a a n ã o 28 Msc, School of Rehabilitation Therapy, Queens University, Kingston, Ontario, Canadá. ** PhD, School of Rehabilitation Therapy, Queens University, Kingston, Ontario, Canadá. Endereço para correspondência: Luci Fuscaldi Teixeira, School of Rehabilitation Therapy, Queens University, Kingston, Ontario, Canada, K7L 3N6. envolver atividade muscular e gasto energético i n d e v i d o s e, ao m e s m o t e m p o , a g i n d o c o m o u m a a l a v a n c a fixa, para p r o p u l s i o n a r efetivam e n t e o c o r p o d u r a n t e a m a r c h a . O s requisitos de e s t a b i l i d a d e p o d e m ser c o n t r a p o s t o s c o m as d e m a n d a s d e m o b i l i d a d e , a o a m o r t e c e r as r o t a ç õ e s i m p o s t a s p e l a s a r t i c u l a ç õ e s p r o x i m a i s , s e n d o flexível o suficiente p a r a a b s o r v e r os i m p a c t o s d o p e s o c o r p o r a l , d u r a n t e o c h o q u e d o c a l c a n h a r , permitindo q u e o p é se a d a p t e a v a r i a d o s t i p o s d e terrenos . 21 1 4 2 1 Este artigo apresenta uma revisão da a n a t o m i a d o t o r n o z e l o e d o pé, p r o p o r c i o n a n d o u m a base p a r a u m a m e l h o r c o m p r e e n são d e s s a d u a l i d a d e d e função. (tróclea) é c o n v e x a n o sentido ântero-posterior e c o n v e x a - c ô n c a v o - c o n v e x a d e m e d i a i para lateral. A superfície m e d i a i é l i g e i r a m e n t e c ô n c a v a . Essas superfícies se articulam c o m áreas m o l d a d a s d a tíbia. A p o r ç ã o lateral d o tálus é relativamente p l a n a e articula-se com a superfície articular da parte distai da f i b u l a . P r o x i m a l m e n t e a parte anterior da tróclea é d i s c r e t a m e n t e m a i s larga (4-6 m m ) , d a n d o a ela u m f o r m a t o d e c u n h a ' ' . A s s i m , a largura entre os m a l é o l o s é m a i o r anteriormente , resultando num encaixe s e g u r o entre a tróclea e os m a l é o l o s . 2841 8 21 22 36 41 3 6 A articulação tibiofibular distal é classificada c o m o u m a s i n d e s m o s e entre a faceta c ô n c a v a d a tíbia e a faceta c o n v e x a da fibula, s e n d o c o n s i d e r a d a p o r a l g u n s autores c o m o parte da articulação d o t o r n o z e l o . NORKIN e LEVANG1E a r e c o n h e c e m c o m o u m a articulação distinta, m a s q u e a g e , q u a s e que e x c l u s i v a m e n t e , a p o i a n d o os m o v i m e n t o s do tornozelo. 8 1 0 1 2 ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO 21 O t o r n o z e l o , ou articulação talo-crural, composto pelas articulações tibiotalar e tibiofibular, é classificado como uma articulação sinovial em g í n g l i m o - ' e a p r e s e n t a u m a estabilidade inerente, d e v i d o a sua arquitetura óssea e à presença dos l i g a m e n t o s colaterais, d a c á p s u l a articular e da p o r ç ã o distai d a m e m b r a n a i n t e r ó s s e a . 1 2 1 4 1 7 2 2 5 2 8 3 2 4 1 1012 Superfícies articulares Estabilidade A estabilidade do tornozelo durante a fase de suporte de p e s o , d e p e n d e de vários fatores, tais c o m o c o n f i g u r a ç ã o óssea, integridade e orientação d o s l i g a m e n t o s e da posição da articulação no m o m e n t o do i m p a c t o O m á x i m o contato entre as superfícies articulares ocorre em flexão (posição de m á x i m a c o n g r u ê n c i a articular), q u e c o r r e s ponde à posição mais estável do tornol 4.8.io.i4.3i,4i estabilidade látero-lateral é proporcionada pelos maléolos e seus l i g a m e n t o s , ao p a s s o q u e a e s t a b i l i d a d e no plano sagital d e p e n d e e x c l u s i v a m e n t e do sistema ligamentar. O sistema musculotend í n e o adjacente d e s e m p e n h a u m papel m u i t o p e q u e n o na estabilidade a r t i c u l a r . As principais estruturas ligamentares que p r o p o r c i o n a m estabilidade ao t o r n o z e l o incluem a p o r ç ã o distai da m e m b r a n a interóssea, o ligamento deltóide m e d i a l m e n t e e os ligamentos talofibulares anterior e posterior e c a l c â n e o fibular, l a t e r a l m e n t e . Estudos recentes têm c o n s t a t a d o o papel d o retináculo 7 8 O tornozelo consiste de um encaixe ósseo a d e q u a d o , entre o tálus e a tíbia m e d i a l m e n t e , e entre o tálus e a fibula lateralmente. P r o x i m a l m e n t e , a articulação é c o m p o s ta pela parte distai da tíbia e pelos m a l é o l o s tibial e fibular. Essas três facetas f o r m a m u m a superfície articular c ô n c a v a , q u e se p r o l o n g a mais d i s t a l m e n t e d o lado fibular e da b o r d a posterior da t í b i a . A s estruturas da p o r ç ã o distai d a tíbia e d o s m a l é o l o s são referidas como um encaixe p e r f e i t o \ o que é responsável pela m a i o r fonte de estabilidade da artculação d o tornozelo . Distalmente a articulação é formada pelo c o r p o d o talus c o m suas três facetas articulares: u m a faceta lateral g r a n d e , u m a faceta m e d i a i p e q u e n a e u m a f a c e t a s u p e r i o r ou troclear . A superfície superior d o tálus 14 2 1 2 12 2 1 2 M I z e 0 A 2 1 0 1215 inferior d o s m ú s c u l o s e x t e n s o r e s ( R I M E ) na estabilização lateral d o t o r n o z e l o 5 6 1 1 . Apesar da a n a t o m i a d o R I M E ser e x t r e m a m e n t e variável, esses autores o b s e r v a m q u e ele a p r e s e n t a p e l o m e n o s u m a faixa de fibras l o c a l i z a d a p a r a l e l a m e n t e ao l i g a m e n t o c a l c â n e o fibular e que ambos atingem um comprimento máxim o n a p o s i ç ã o d e flexão. Portanto, existe u m a clara e v i d ê n c i a d e q u e o R I M E serve c o m o a principal barreira, p a r a deter a instabilidade 35,41 rior d o t á l u s . A l g u n s autores o b s e r v a r a m q u e ele apresenta-se t e n s o a p e n a s n a p o s i ç ã o d e f l e x ã o m á x i m a e, p o r t a n t o , l i m i t a a a m p l i t u d e de flexão e o d e s l o c a m e n t o anterior d a tíbia ' - . 3 25 31 O ligamento calcâneo-fibular (LCF) é u m l i g a m e n t o biarticular pelo fato de cruzar tanto a articulação do tornozelo quanto a subtalar. Ele e s t e n d e - s e d o m a l é o l o lateral ao t u b é r c u l o localizado na face lateral do c a l c â n e o ' ' , encontrando-se tenso em flexão e r e l a x a d o nas p o s i ç õ e s de e x t e n s ã o e inversão . 1 4 1 9 lateral n a p o s i ç ã o d e flexão. O ligamento deltóide, também chamado de l i g a m e n t o colateral m e d i a l ( L C M ) , é u m l i g a m e n t o e x t r e m a m e n t e forte em forma d e leque. Ele o r i g i n se nas m a r g e n s d o m a l é o l o m e d i a l e insere-se a n t e r i o r m e n t e n o n a v i c u l a r e póstero-distalmente no tálus e no calcâ14 neo - 15,21 - 25,41 . É c o n s e n s o n a literatura que esse ligamento é adequado para proporcionar estabilidade m e d i a i à articulação. Ele n ã o só atua, controlando os impactos sobre o c o m p a r timento mediai, como também, impedindo movimentos em amplitudes extremas. O s l i g a m e n t o s laterais, q u e incluem os l i g a m e n t o s talofibulares anterior e posterior e o l i g a m e n t o c a l c â n e o fibular, são mais fracos e m a i s p r o p e n s o s a lesões d o q u e o l i g a m e n t o mediai. Esses ligamentos ajudam a deter i m p a c t o s m e d i a i s e a i m p e d i r m o v i m e n t o s em 2 5 4 1 3,19,25,31 O â n g u l o entre o L C F e L T F A t e m sido quantificado em grande escala e é aprox i m a d a m e n t e 90° n o p l a n o s a g i t a l , apesar de h a v e r u m a considerável v a r i a ç ã o relatada na literatura (70° to 140°). N o m o m e n t o que o t o r n o z e l o a v a n ç a da p o s i ç ã o de flexão para e x t e n s ã o , o L C F p e r d e a sua c a p a c i d a d e de resistir à i n c l i n a ç ã o t a l a r . P a r a STIHEL o L T F A limita a inclinação talar durante o m o v i m e n t o , m a s apresenta m a i o r deficiência na p o s i ç ã o de e x t e n s ã o . E m outras palavras, a inclinação talar é limitada nas posições neutra e de e x t e n s ã o pelo L T F A e n a p o s i ç ã o de flexão pelos L C F , L T F P e R I M E . Q u a n d o a s o b r e c a r g a axial a u m e n t a , o contato entre as s u p e r f í c i e s a r t i c u l a r e s d e s e m p e n h a u m p a p e l crucial na e s t a b i l i d a d e r o t a c i o n a l d o tornozelo , todavia, na p o s i ç ã o sem carga o contato entre as superfícies articulares não d e s e m p e n h a papel relevante. C o m o relatado por DONATELLI , o L C L é responsável por 8 7 % da resistência à inversão e n q u a n t o o ligamento deltóide é responsável por 8 3 % da estabilidade durante a e v e r s ã o . 19 36 4,5,7,37 21 a m p l i t u d e s e x t r e m a s . A c a p a c i d a d e desses ligamentos de controlar movimentos c o m o flexão ou e x t e n s ã o e i n c l i n a ç ã o ou r o t a ç ã o 8 talar, d e p e n d e d a p o s i ç ã o d a articulação d o tornozelo 2 1 , 3 1 . 0 l i g a m e n t o talofibular anterior ( L T F A ) estende-se ântero-medialmente da m a r g e m a n t e r i o r d o m a l é o l o fibular ao colo 3 do tálus ' 1 4 , 2 5 , 3 5 4 1 - , "sendo r e s p o n s á v e l pela estabilidade anterior n a p o s i ç ã o de a p o i o na p o n t a d o s p é s , p o r se e n c o n t r a r t e n s o n a p o 19 sição de e x t e n s ã o e relaxado em f l e x ã o ' 25,31,35 . C o n s e q ü e n t e m e n t e , ele limita o d e s l o c a m e n t o posterior d a tíbia e resiste à inclinação talar 31 lateral . O ligamento talofibular posterior ( L T F P ) tem um percurso quase horizontal, estend e n d o - s e d a p o r ç ã o distai d a fossa m a l e o l a r lateral a o t u b é r c u l o lateral d o p r o c e s s o poste- Eixo de Movimento C o m o i l u s t r a d o n a F i g u r a 1, o e i x o empírico da articulação do tornozelo passa l i g e i r a m e n t e distai às e x t r e m i d a d e s d o s meléo-los ' ' ' ' ' . Porém, o maléolo fibular p r o l o n g a - s e m a i s d i s t a l m e n t e q u e o m a l é o l o tibial e localiza-se m a i s posterior^ m e n t e . Essa p o s i ç ã o posteriorizada é d e v i d a à torsão n o r m a l da e x t r e m i d a d e distai d a tíbia c o m relação a sua parte p r o x i m a l - . 1 7 , 1 9 2 2 2 3 3 1 3 3 3 6 14 21 FIGURA I - ESTIMATIVA DO EIXO EMPÍRICO DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO ATRAVÉS DA PALPAÇÃO DA EXTREMIDADE DISTAL DOS MALÉOLOS. Fonte:Adaptado de MANN' ' 1 O e i x o p a r a flexão é o r i e n t a d o n u m a d i r e ç ã o ínfero-lateral, e n q u a n t o o e i x o para e x t e n s ã o é o r i e n t a d o n o s e n t i d o í n f e r o m e d i a l . ( F i g u r a 2) FIGURA 2 - EIXO DOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO (F) E DE EXTENSÃO (E). Fonte: Adaptado de SARRAFIAN" O eixo é inclinado ínfero-lateralmente no plano frontal e r o d a d o póstero-lateralmente no p l a n o t r a n s v e r s o ' - . D e v i d o ao fato d o s perfis medial e lateral d o tálus a p r e s e n t a r e m diferentes curvaturas, a inclinação do eixo não é fixa, m a s m u d a c o n t i n u a m e n t e d u r a n t e o arco de m o v i m e n t o , p e r m i t i n d o um m o v i m e n t o discreto q u e se assemelha aos m o v i m e n t o s de inversão na p o s i ç ã o de m á x i m a e x t e n s ã o , e de e v e r s ã o na p o s i ç ã o de m á x i m a flexão. T o d a v i a , esses m o v i m e n t o s de inversão/eversão n ã o são considerados m o v i m e n t o s verdadeiros. 817 22 31 4 1 0 1 7 1 8 2 7 39 O s m o v i m e n t o s triplanares de s u p i n a ç ã o e p r o n a ç ã o o c o r r e m na articulação d o t o r n o zelo devido à obliqüidade dos eixos em relação aos planos corporais - - . O m o v i m e n t o principal da articulação d o t o r n o z e l o consiste de flexão e extensão n o plano sagital. O s m o v i mentos m e n o r e s são a b d u ç ã o , eversão e pronação a s s o c i a d o s c o m flexão e a d u ç ã o , inversão e s u p i n a ç ã o a s s o c i a d o s c o m e x t e n s ã o - '- . A amplitude de flexo-extensão é variál i . i 8 . 2 4 . 2 7 . ^ e n d o a m e t o d o l o g i a utilizada responsável por a l g u m a s discrepâncias relatadas. A a m p l i t u d e aceita em geral é de 10-20° para flexão e u m a a m p l i t u d e m a i s variável para e x t e n s ã o (30-60°), partindo da posição neutra. 8 23 33 39 19 v e 22 3 32 S ARTICULAÇÃO SUBTALAR d o tálus c o r r e s p o n d e à face â n t e r o - m e d i a l d o calcâneo que proporciona suporte para a 8 15 28 41 c a b e ç a e o colo d o tálus - - - . Estabilidade A articulação subtalar é estável d e v i d o ao suporte ligamentar forte e a m p l o - . A literatura é confusa ao d e s c r e v e r a n o m e n c l a t u r a d a s e s t r u t u r a s l i g a m e n t a r e s . DON ATE L U divide as estruturas ligamentares em c a m a d a s superficial e profunda. A c a m a d a superficial inclui os ligamentos t a l o c a l c a n h a r e s lateral e posterior. A camada profunda forma uma m u r a l h a q u e divide a articulação subtalar e inclui os l i g a m e n t o s interósseo, talocalcâneo anterior, e axial. HARPER , após u m a dissecção de 10 e x t r e m i d a d e s inferiores, classificou as estruturas ligamentares em 3 g r u p o s : superficial, intermediário e profundo, a c r e s c e n t a n d o a c a m a d a superficial d o retináculo extensor inferior ( R E I ) . STEPHENS e SAMMARGO relatam que os principais colaboradores, na estabilidade da subtalar, incluem t a m b é m o REI nas posições neutra e em flexão, e o LCF, o ligamento fíbulo-talocalcanhar e os l i g a m e n t o s t a l o c a l c â n e o anterior e interósseo em todas as posições. 13 21 8 13 35 O l i g a m e n t o d o canal d o tarso, que se e s t e n d e o b l í q u a e lateralmente d o sulco do tálus ao sulco d o c a l c â n e o , é c o n s i d e r a d o a formação ligamentar mais importante. O m e s m o d e n o m i n a d o t a l o c a l c â n e o interósseo, e a l g u m a s vezes referido c o m o ligamento cruz a d o do tálus, divide a articulação subtalar em a n t e r i o r e posterior, s e n d o o principal responsável pela limitação da e v e r s ã o . 41 A articulação subtalar, um c o m p l e x o de duas articulações distintas orientadas obliquam e n t e u m a em relação à o u t r a , é responsável pela c o n v e r s ã o das forças rotatórias d o m e m bro inferior. Sua m e c â n i c a d e t e r m i n a o grau de m o v i m e n t o das articulações médio-társicas e do antepé . 24 8 Superfícies Articular es A a r t i c u l a ç ã o subtalar é c o m p o s t a por d u a s superfícies articulares. P o s t e r i o r m e n t e , o c a l c â n e o a p r e s e n t a u m a p r o t u s ã o condi lar, na qual a p o r ç ã o c o r r e s p o n d e n t e do tálus d e s liza. A n t e r i o r m e n t e , a relação é oposta. A cabeça d o tálus atua c o m o u m a protusão condilar e as facetas da b o r d a anterior d o sustentáculo d o tálus giram sob o t á l u s . O sustentáculo 24 24 O l i g a m e n t o t a l o c a l c â n e o anterior localiza-se dentro d o canal d o tarso lateralmente ao ligamento interósseo. Ele se estende do colo d o c a l c â n e o ao colo d o tálus, e n c o n t r a n d o - s e tenso na p o s i ç ã o de i n v e r s ã o . O s ligam e n t o s t a l o c a l c a n h a r e s medial e lateral t a m b é m cruzam a articulação subtalar, proporc i o n a n d o - l h e algum s u p o r t e . 1 3 2 1 4 1 41 Em conclusão, ossos e tecidos moles prop o r c i o n a m estabilidade à articulação subtalar. O m o v i m e n t o de inversão é limitado pelos ligamentos t a l o c a l c â n e o anterior e c a l c â n e o - fibular, pelos m ú s c u l o s fibulares e pelo sustentáculo d o tálus. A .eversão é limitada pelos lig a m e n t o s talacalcâneo anterior e deltóide, pelo p r o c e s s o lateral d o tálus q u e se c h o c a c o n t r a o sinus tarsal e p e l o s t e n d õ e s d o s m ú s c u l o s tibial posterior e flexor longo d o s d e d o s " . 2 I Eixo de Movimento É c o n s e n s o q u e o m o v i m e n t o entre o tálus e o c a l c â n e o o c o r r e ao r e d o r d e um eixo o b l í q u o . E s t u d o s r e l a t a m m é d i a s d e inclinação diferentes para o eixo e demonstram t a m b é m g r a n d e s v a r i a ç õ e s entre i n d i v í d u o s n o r m a i s . C o m o ilustrado na F i g u r a 3 , o e i x o estende-se ântero medialmente do colo do tálus ao a s p e c t o p ó s t e r o - l a t e r a l d o c a l c â n e o . Em m é d i a , a i n c l i n a ç ã o s u p e r i o r é de 42°, e n q u a n t o q u e o â n g u l o m e d i a i é d e 16 à 2308.12,19,21,23.24,30^ j o movimento perpend i c u l a r ao e i x o . A a r t i c u l a ç ã o s u b t a l a r é c o n siderada u m a articulação uniaxial, p e r m i t i n d o 1 grau de liberdade de m o v i m e n t o : p r o n a ç ã o / s u p i n a ç ã o . D e v i d o ao fato do eixo ser o b l í q u o , c o m r e l a ç ã o aos 3 p l a n o s c o r p o r a i s , o m o v i m e n t o é triplanar, isto é, o m o v i m e n t o d e p r o n a ç ã o é a c o m p a n h a d o de flexão, abdução e eversão; e o m o v i m e n t o de supinação é a c o m p a n h a d o d e e x t e n s ã o , a d u ç ã o e inversao 8,22,23.32.3') . Todavia, esses m o v i m e n t o s c o m s e n c 0 binados o c o r r e m , s i m u l t a n e a m e n t e , sendo impossível isolá-los. FIGURA 3 - EIXO DE MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO SUBTALAR: 42 GRAUS DA POSIÇÃO HORIZONTAL. Fonte: Adaptado de DONATELLF Pelo fato d o eixo da articulação subtalar estar situado n u m a posição intermediária entre longitudinal e vertical, os c o m p o n e n t e s dos m o v i m e n t o s de e v e r s ã o / i n v e r s ã o e a b d u ç ã o / a d u ç ã o t ê m q u a s e o m e s m o grau. O eixo é inclinado ligeiramente em direção ao plano frontal, p e r m i t i n d o a p e n a s um grau discreto de f l e x ã o / e x t e n s ã o . À m e d i d a q u e o eixo assum e u m a p o s i ç ã o m a i s h o r i z o n t a l i z a d a , os m o vimentos de inversão/eversão predominam e à m e d i d a q u e ele se t o r n a m a i s vertical, há um p r e d o m í n i o dos m o v i m e n t o s de a b d u ç ã o / adução . A posição neutra é descrita c o m o sendo 2/3 de 8M inversão e 1/3 de e v e r s ã o . (Figura 4 ) 21 36 Pelo fato d o s movimentos de pronação e supinação de subtalar serem movimentos combinados, eles são medidos clinicamente pelo grau de eversão e inversão. A proporção entre inversão: eversão é descrita c o m o s e n d o 2:3 à 1:3, isto é, 20° de inversão para 10 de eversão ' . o 8 2 1 2 ! 8 FIGURA 4 - VISTA POSTERIOR DO TORNOZELO NAS POSIÇÕES DE SUPINAÇÀO (S). NEUTRA (N) E DE PRONAÇÃO (P). Fonte: Adaptado de DONATELLI* A partir dessa p o s i ç ã o , o m o v i m e n t o de inversão é d u a s v e z e s m a i o r q u e o m o v i m e n t o de e v e r s ã o . Para permitir o grau necessário de p r o n a ç ã o e s u p i n a ç ã o d u r a n t e a fase de suporte da marcha, a articulação subtalar necessita funcionar o m a i s p r ó x i m o possível na p o s i ç ã o n e u t r a . 38 É i m p o r t a n t e o b s e r v a r q u e n ã o existem músculos que atendam exclusivamente a articulação subtalar, u m a v e z que não existem m ú s c u l o s q u e se o r i g i n e m n o tálus e insiram n o c a l c â n e o . Portanto, m o v i m e n t o s voluntários de retropé são em g r a n d e parte determinad o s por m ú s c u l o s , cujos t e n d õ e s c r u z a m as articulações talo-crural, subtalar e médiotársicas e a t u a m i n d i r e t a m e n t e nos m o v i m e n tos da articulação s u b t a l a r . 36 ARTICULAÇÃO MÉDIO-TÁRSICA A articulação médio-társica, também d e n o m i n a d a transversa d o tarso ou de Chopart, funciona c o m o u m a c o n e x ã o entre o retropé e o a n t e p é - ' ' . C a d a articulação apresenta algum movimento independente mas, do ponto de vista funcional, considera-se que elas funcionem j u n t a s . 812 22 23 31 3 1 21 28 41 21 Eixo de Movimento 30 19 Superfícies visco-elástica desenvolvida pelos tendões adjacentes a s s o c i a d a com o grau de c o n t r a ç ã o muscular . A m b a s articulações apresentam congruência m á x i m a na posição de pronação . Vários ligamentos proporcionam suporte e x c l u s i v o a esse c o m p l e x o articular. A a r t i c u l a ç ã o c a l c a n e o c u b ó i d e a tem a sua própria cápsula, a qual é reforçada pela porção lateral d o ligamento bifurcado, pelo ligamento calcâneo-cubóide e pelos ligamentos plantares longo e curto. O l i g a m e n t o plantar longo é c o n s i d e r a d o o m a i s i m p o r t a n t e , p o r q u e ele contribui tanto na estabilidade da articulação médio-társico quanto no suporte do arco l o n g i t u d i n a l ' ' . A estabilidade d a articulaç ã o talonavicular é d a d a inferiormente pelo ligamento calcaneonavicular, medialmente pelo l i g a m e n t o deltóide e lateralmente pelo ligamento bifurcado. Tanto a musculatura extríseca c o m o a intrísica t a m b é m auxiliam na estabilidade da articulação m é d i o - t á r s i c a . D o i s e i x o s d e m o v i m e n t o são d e s c r i tos para a articulação m é d i o - t á r s i c a . ( F i g u r a 5) 8 2 3 38 Articulares A articulação talonavicular é classificada c o m o u m a articulação c o n d i l a r e consiste da c a b e ç a c o n v e x a d o tálus em c o n t a t o c o m a superfície c ô n c a v a d o osso n a v i c u l a r . A a r t i c u l a ç ã o c a l c a n e o c u b ó i d e a é classificada como selar . O s o s s o s navicular e c u b ó i d e a r t i c u l a m - s e d e tal f o r m a q u e p e r m i t e m m o v i m e n t o s m u i t o discretos e p o r t a n t o são c o n s i d e r a d o s c o m o um s e g m e n t o ú n i c o - . Essa configuração resulta n u m a linha articular em f o r m a d e S, q u e p a s s a h o r i z o n t a l m e n t e sobre o pé, d i v i d i n d o o retropé d o m e d i o p é e antepé - . 2228 7 2 2 3 1 8 21 12,23 28 Estabilidade FIGURA 5 - EIXO LONGITUDINAL (L) E OBLÍQUO A estabilidade d a médio-társica é determ i n a d a p e l a t e n s ã o d o s l i g a m e n t o s , pelo b l o q u e i o ó s s e o m e d i a l e lateral, e p e l a t e n s ã o (O) DA ARTICULAÇÃO MÉDIO- TÁRSICA. Fonte: Adaptado de DONATELLI* O primeiro eixo é longitudinal e apresenta u m â n g u l o d e 15° d e i n c l i n a ç ã o s ú p e r o medial, p e r m i t i n d o os m o v i m e n t o s de inversão e e v e r s ã o . C l i n i c a m e n t e os m o v i m e n t o s de inversão e e v e r s ã o p o d e m ser o b s e r v a d o s d u r a n t e a e l e v a ç ã o e d e p r e s s ã o d o arco longitudinal mediai na posição de suporte de p e s o . 0 s e g u n d o eixo é oblíquo, apresentand o u m a inclinação de 52° n o p l a n o horizontal e de 57° n o p l a n o frontal. O m o v i m e n t o n o eixo t r a n s v e r s o é u m a c o m b i n a ç ã o de flexão com abdução e de extensão com adução. Em supinação, ocorre u m a interseção dos dois eixos articulares, reduzindo o potencial de m o vimento. Por outro lado, em pronação, os eixos se e n c o n t r a m paralelos, p e r m i t i n d o assim u m a liberdade m a i o r d e m o v i m e n t o s , fazendo c o m q u e o pé p r o n a d o seja m a i s flexível e m e n o s 8 , 3 0 e s t á v e 8 , l 7,22.23.38 _ ortostática estática, a distribuição de p e s o na c a b e ç a dos metatarsals o c o r r e n a p r o p o r ç ã o de 2 : 1 : 1 : 1 : 1 , a partir d o p r i m e i r o metatarso. G r a n d e parte d o p e s o t r a n s m i t i d o ao c a l c â n e o é parcialmente dissipado pela presença do r e c h e i o g o r d u r o s o l o c a l i z a d o n a superfície plantar do calcanhar, que atua c o m o um amortecedor . 2124 A área de suporte de peso da articulação d o t o r n o z e l o c o r r e s p o n d e de 11 a 13 ( c m ) . Estudos sobre forças de contato, em tornozelos n o r m a i s , d e m o n s t r a m q u e ocorre u m a redução progressiva da área dé contato total e um aumento da pressão de contato, q u a n d o o tornozelo passa de flexão para e x t e n s ã o - . DRISCOLL et al. t a m b é m observaram que m á x i m a s forças de contato, entre as superfícies articulares d o tálus e d a tíbia, localizam-se ântero-lateralm e n t e em flexão, centro-lateralmente na posição neutra e centro-posteriormente em extensão. 2 4,9 34 20 9 SOBRECARGA ESTÁTICA OPÉEO N a p o s t u r a estática relaxada, n e n h u m a atividade m u s c u l a r é necessária e p o r t a n t o os m ú s c u l o s se e n c o n t r a m inativos. T o d a v i a , em p o s i ç õ e s , nas quais i m p a c t o s e x c e s s i v o s são a p l i c a d o s , os m ú s c u l o s e n t r a m em a ç ã o . N a p o s i ç ã o ortostática bilateral, c a d a t o r n o z e l o suporta aproximadamente metade do peso corporal. Se a t i v i d a d e m u s c u l a r for e n v o l v i d a p a r a p r o p o r c i o n a l e q u i l í b r i o , as f o r ç a s d e r e a ç ã o articulares a u m e n t a r ã o em p r o p o r ç ã o direta c o m o grau dè força m u s c u l a r utilizado . 2 10 A distribuição d o p e s o corporal sobre os pés d e p e n d e d o f o r m a t o d o s arcos e d a localização d a linha de gravidade no d a d o m o m e n t o . Em o r t o s t a t i s m o bilateral, c a d a tálus r e c e b e 5 0 % d o peso corporal, enquanto que, em ortostatismo unilateral, o tálus passa a receber 1 0 0 % d o p e s o c o r p o r a l . T a n t o em a p o i o unilateral c o m o bilateral, 5 0 % d o p e s o r e c e b i d o pelo tálus é t r a n s m i t i d o através d a articulação talar posterior ao c a l c â n e o , e n q u a n t o q u e 5 0 % é t r a n s m i t i d o ao a n t e p é através das articulações m é d i o - t á r s i c a s . Pelo fato d a c a b e ç a d o tálus estar localizada m e d i a l m e n t e , a articulação talonavicular r e c e b e o d o b r o d o p e s o q u e a artic u l a ç ã o c a l c a n e o c u b ó i d e a . A s s i m , na p o s i ç ã o TORNOZELO NA MARCHA O ciclo de m a r c h a é c o n v e n c i o n a l m e n t e dividido em d u a s fases: suporte e b a l a n ç o . A fase de suporte c o r r e s p o n d e a 6 0 % d o ciclo e a fase de b a l a n ç o a 4 0 % . Os eventos, nas fases de suporte e de b a l a n ç o , o c o r r e m n u m a o r d e m de seqüência, a fim de permitirem a transição do peso, u m a transferência de e n e r g i a a p r o p r i a d a e u m a p r o g r e s s ã o de m o v i m e n t o h a r m o n i o s a . A fase de suporte p o d e ser dividida em três i n t e r v a l o s . 1 9 , 2 2 , 3 1 36 1619 O p r i m e i r o intervalo, c o m o ilustrado na Figura 6, ocorre d u r a n t e a p r o x i m a d a m e n t e os 1 5 % iniciais d o ciclo da m a r c h a , q u e vai d o choque d o calcanhar ao apoio m é d i o . O impacto, n o calcanhar, e a m u d a n ç a d o centro de gravidade, é responsável pelo aumento da força vertical de r e a ç ã o d o solo, q u e e x c e d e o p e s o corporal em 2 5 % . Caracteristicamente, o primeiro intervalo inicia-se com o tornozelo em extensão e progride em direção à f l e x ã o . 1929,34 O s músculos tibial anterior e extensores dos dedos agem para evitar a colisão d o antepé com o solo. O tibial anterior desacelera o pé para permitir o contato com o solo através de u m a gradual contração e x c ê n t r i c a . 2,22,26,40 FIGURA 6 - COMBINAÇÃO DE EVENTOS DURANTE O PRIMEIRO INTERVALO DA FASE DE SUPORTE DA MARCHA Fonte: Adaptado de M A N N " N o m o m e n t o em que o pé está recebendo o peso corporal, ocorre pronação devido à articulação subtalar agir c o m o um elo de ligação entre a p e r n a e o p é ' " . A p r o n a ç ã o é um m e c a n i s m o passivo e parece ser c o m pletamente d e p e n d e n t e da configuração artic u l a r ' ' ' " . Para M A N N , por causa da c o n e x ã o 1 16 6 19 entre a perna e o pé, os m o v i m e n t o s de pronação e de rotação mediai da tíbia ocorrem simultaneamente. O s e g u n d o intervalo, c o m o ilustrado na Figura 7, que c o r r e s p o n d e entre 1 5 % a 4 5 % d o ciclo da m a r c h a , isto é, d o a p o i o m é d i o ao m o m e n t o que ocorre e l e v a ç ã o d o tornozelo. FIGURA 7 - COMBINAÇÃO DE EVENTOS DURANTE O SEGUNDO INTERVALO DA FASE DF SUPORTE DA MARCHA. Fonte: Adaptado dc MANN ' 1 1 O c e n t r o de g r a v i d a d e p a s s a s o b r e o m e m b r o de suporte de p e s o ao 3 0 % d o ciclo, e a partir daí c o m e ç a a cair. R e g i s t r o s de p l a t a f o r m a de força d e m o n s t r a m q u e o pé, nesse m o m e n t o , oferece um suporte m e n o r que o p e s o corporal real (50 à 6 0 % d o peso corporal). Esse intervalo é c a r a c t e r i z a d o por flexão, a qual atinge o m á x i m o em 4 0 % d o ciclo da m a r c h a , q u a n d o e n t ã o a e x t e n s ã o i n i c i a - . O s m ú s c u l o s t r i c e p s da p e r n a , fibulares, tibial posterior, flexores longos dos dedos e t o d o s os m ú s c u l o s intrínsecos entram r e p e n t i n a m e n t e em a ç ã o . A a ç ã o c o m b i n a d a 19 2914 desses m ú s c u l o s causa inversão e s u p i n a ç ã o da s u b t a l a r . O s m ú s c u l o s da p a n t u r r i l h a t a m b é m a g e m para controlar o d e s l o c a m e n t o anterior da tíbia sobre o pé f i x o ' ' ' . C o m o a n t e p é fixo, o m o v i m e n t o de inversão necessita ser a c o m p a n h a d o de rotação lateral da tíbia e esse m o v i m e n t o d e i n v e r s ã o sobre o pé fixo transforma o m é d i o p é , até então flexível, n u m a estrutura r í g i d a . O terceiro intervalo q u e c o r r e s p o n d e entre 4 5 % a 6 0 % do ciclo da m a r c h a vai do final d o apoio médio ao m o m e n t o em q u e o antepé perde contato com o solo. (Figura 8) 19 219 22 29 40 19 36 FIGURA 8 - C O M B I N A Ç Ã O DE E V E N T O S D U R A N T E O TERCEIRO I N T E R V A L O DA FASE DE SUPORTE DA MARCHA. Fonte: Adaptado de MANN" N o início desse intervalo, a s o b r e c a r g a sobre o pé e x c e d e n o v a m e n t e o peso corporal em a p r o x i m a d a m e n t e 2 5 % e, g r a d u a l m e n t e , ocorre um declínio, atingindo zero no m o m e n t o em q u e o peso corporal é transferido para o outro m e m b r o . A e x t e n s ã o ocorre por contração concêntrica do triceps auxiliada pelos flexores l o n g o s dos d e d o s " ' ' . Os m ú s c u l o s fibulares e tibial posterior auxiliam tanto na e x t e n s ã o q u a n t o na estabilização da perna sobre o pé. A l é m disso, o tibial posterior auxilia a m u s c u l a t u r a intríseca da sola d o p é , que sozinha não conseguiria inverter o calcâneo e elevar o arco longitudinal . Durante esse intervalo, o pé progressivamente supina e a p e r n a c o n t i n u a a rodar l a t e r a l m e n t e . A ação elástica da a p o n e u r o s e plantar é importante p a r a auxiliar a m u s c u l a t u r a intrín1 9 1 6 2 2 2 9 3 6 19 19 3 6 4 0 seca na inversão do c a l c â n e o e na e l e v a ç ã o do arco longitudinal, d e v i d o aos seus p o n t o s de inserção no c a l c â n e o e na base das falanges proximais. C o m o ilustrado na Figura 9, na fase de suporte terminal, q u a n d o o peso d o c o r p o passa para a p o n t a dos pés, o m o v i m e n t o de e x t e n s ã o das articulações m e t a r s o f a l a n g i a n a s causa um encurtamento relativo da aponeurose plantar, que por sua v e z traciona o c a l c â n e o e c o n s e q u e n t e m e n t e leva à inversão e e l e v a ç ã o do arco longitudinal. D u r a n t e esse intervalo, o pé, antes u m a estrutura um pouco mais flexível, é t r a n s f o r m a d o em um arco c o m p l e tamente rígido - . 1922 29 A fase de b a l a n ç o é c a r a c t e r i z a d a pelo m o v i m e n t o de flexão d o t o r n o z e l o , posição neutra da subtalar e c o n t r a ç ã o concêntrica d o tibial anterior - ' - - . 2 22 29 36 40 FIGURA 9 - DIAGRAMA DE REPRESENTAÇÃO DA AÇÃO ELÁSTICA DA APONEUROSE PLANTAR Fonte: Adaptado de MANN |,J C o m o o b s e r v a d o nas articulações do quadril e d o j o e l h o , a amplitude de m o v i m e n t o tende a a u m e n t a r em p r o p o r ç ã o direta com a velocidade e a cadência da marcha. O efeito do a u m e n t o da velocidade, na m a g n i t u d e e no pa- drão do m o v i m e n t o d o tornozelo, foi testado por STAUFFER et al. . Inesperadamente, eles observaram que a magnitudes d o m o v i m e n t o do tornozelo, particularmente a extensão, diminuiu com o a u m e n t o da cadência. (Figura 10) 34 Porcentagem do ciclo Fase de Apoio FIGURA 10 - AMPLITUDE DE MOVIMENTO DO TORNOZELO DURANTE A FASE DE APOIO DA MARCHA EM DUAS CADÊNCIAS DIFERENTES. Fonte: Adaptado de STAUFFER et ai. 14 CONCLUSÃO A c o m p r e e n s ã o d a b i o m e c â n i c a funcional d o p é e d o t o r n o z e l o t e m a p l i c a ç õ e s clínicas i m p o r t a n t e s . O pé necessita ser u m a estrutura m ó v e l e suficiente para permitir estabilidade em terrenos irregulares; u m a estrutura rígida e suficiente p a r a s u p o r t a r o p e s o d o c o r p o em o r t o s t a t i s m o ; e necessita a i n d a permitir q u e o a n t e p é atue c o m o u m a a l a v a n c a na p r o p u l s ã o d o c o r p o para f r e n t e . A p e s a r de a n a t o m i c a m e n t e bastante c o m p l e x o s , o pé e o t o r n o z e l o f u n c i o n a m utilizando s i m p l e s m o v i m e n t o s em d o b r a d i ç a . O s eixos de m o v i m e n t o , c o n t u d o , são a l i n h a d o s o b l i q u a m e n t e c o m relação aos p l a n o s cardinais corporais, resultando em m o v i m e n t o s uniaxials e triplanares. 14,36 O retropé, m e d i o p é e a n t e p é funcionam c o m o u m s e g m e n t o único. A interdependência e a s s o c i a ç õ e s entre esses s e g m e n t o s são estabelecidas através dos músculos e tecidos conjuntivos. As articulações do tornozelo, subtalar e mediotársicas apresentam uma i n t e r d e p e n d ê n c i a d u r a n t e a fase de a p o i o na marcha. Imediatamente após o choque do calcanhar, o tornozelo estende, causando r o t a ç ã o m e d i a i d a tíbia e a d u ç ã o d o tálus. A articulação subtalar prona, produzindo d e s l o c a m e n t o anterior d o tálus e d o navicular. O c a l c â n e o everte, p e r m i t i n d o assim m á x i m a amplitude de m o v i m e n t o de médio-társica. A s superfícies articulares do cubóide e do n a v i c u l a r se e n c o n t r a m m a i s p a r a l e l a s , p r o d u z i n d o u m p é flexível. D u r a n t e o apoio m é d i o , a tíbia a v a n ç a sobre o tálus e os m o v i m e n t o s de rotação lateral de tíbia e a b d u ç ã o d o tálus a c o m p a n h a m a flexão. D u r a n t e a fase de i m p u l s o , a articulação subtalar supina, p r o d u z i n d o u m m o v i m e n t o de d e s l i z a m e n t o entre o c u b ó i d e e o calcâneo, o que proporciona grande estabilidade ao cubóide. A articulação subtalar d e s e m p e n h a um papel fundamental na c o n v e r s ã o de u m a estrutura m ó v e l , c o m o o pé t e m q u e ser durante c h o q u e d o calcanhar, n u m a estrutura rígida para atender os requisitos necessários à fase de i m p u l s o . A subtalar t a m b é m é importante para proporcionar harmonia à marcha, em superfícies irregulares, a b s o r v e n d o impactos durante o choque do calcanhar e aumentando a mobilidade do tornozelo, particularmente nos graus e x t r e m o s de m o v i m e n t o . A incapacidade d o m e m b r o inferior de converter essas r o t a ç õ e s na a r t i c u l a ç ã o s u b t a l a r p o d e causar efeitos prejudicais a outras articulações d a c a d e i a c o m o as a r t i c u l a ç õ e s d o a n t e p é , mediotársicas e do joelho. 3 6 D e v i d o a o s e i x o s d e m o v i m e n t o s das articulações d o t o r n o z e l o , subtalar e m e d i o társicas a p r e s e n t a r e m u m a p o s i ç ã o o b l í q u a 9. D R I S C O L L , H.L., C H R I S T E N S E N , J.C., TENCER, A.F. Contact characteristics of the ankle joint - Part I - the normal joint. J. Am. Podiatr. Med. Assoc., v. 84, n. 10, p. 491-8, 1994. 10. FRANKEL, V.H.,NORDIN, M. Biomechanics of the ankle. In: Frankel, V.H., NORDIN, M. Basic biomechanics of the skeletal system. Philadelphia: Lea & Febiger, 1980. 22. NUBER, G.W. Biomechanics ofthe foot and ankle during gait. Clin. Sports Med., v. 7, n. 1, p. 1-13, 1988. 23. OATIS, C.A. Biomechanics of the foot and ankle under static conditions. Phys. Ther., v. 68, n. 12, p, 1815-21, 1988. 24. PERRY, J. Anatomy and biomechanics of the hindfoot. Clin. Orthop., v. 77, p. 9-15, 1983. 11. G E P P E R T , M.J., S O B E L , M., B O H N E , W.H.O. Lateral ankle instability as a cause of superior peroneal laxity: an anatomic and biomechanical study of cadaveric feet. Foot Ankle Int. v. 14, n. 6, p. 330-4, 1993. 25. PIERRE, R.S., ALLMANN, F., BASSET, F.H., G O L D N E R , J.L., F L E M I N G , L.L. A r e v i e w of lateral a n k l e l i g a m e n t o u s reconstruction. Foot Ankle Int., v. 3, n. 2, p, 114-23, 1982. 12. GRABINER, M.D. The ankle and the foot. In: R A S H , P.J. Kinesiology and applied anatomy. 7th ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1989. 2 6 . P R O C T E R , P., P a u l , J.P. A n k l e j o i n t biomechanics. J. Biomech., v. 15, n. 9, p. 627-34, 1982. 13. HARPER, M.C. The lateral ligamentous support ofthe subtalar joint. Foot Ankle Int., v. 11, n. 6, p. 354-8, 1991. 14. KAPANDJI, I. A. The physiology of the joints 5th ed. New York: Churchill Livingstone, 1982. 15. KNEELAND, J.B., DALINKA, M.K. Magnetic ressonance imaging of the foot and ankle. Magn. Reson. Quart., v. 8, n. 2, p. 97-115, 1992. 16. KNUTZEN, K., PRICE, A. Lower extremity static and dynamic relationships with rearfoot motion in gait. J. Am. Podiatr. Med. Assoc., v. 84, n. 4, p, 171-80, 1994. 17. LUNDBERG, A.. Kinematic ofthe ankle and foot. In vivo roentgen stereophotogrammetry. Act. Orthop. Scand., v. 233, p. 1-24, 1989. 18. LUNDBERG, A., SVENSON, O.K., NEMETH, G., SELVIK, G. The axis of rotation of the ankle joint. J. Bone Joint Surg., v. 71-B, n. 1, p. 94-9, 1989. 19. MANN, R. A. Surgery of the foot. 5th ed. St. Louis: The C. V. Mosby, 1986. 20. MCKELLOP, H.A., LLINAS, A., SARMIENTO, A. Effects of tibial malalignment on the knee and ankle. Orthop. Clin. N. Amer., v. 25, n. 3, p. 415-23, 1994. 21. NORKIN, C , LEVANGIE, P. Joint structure and function - a comprehensive analysis 2nd ed. Philadelphia: F. A. Davis, 1992. 27. RASMUSSEN, O., TOVBORG-JENSES, I. Mobility of the ankle joint. Act. Orthop. Scand., v. 53, p. 155-60, 1982. 28. RIEGGER, C.L. Anatomy of the ankle and foot. Phys. Ther., v. 68, n. 12, p. 1802-14, 1988. 29. RODGERS, M.M. Dynamic biomechanics of the normal foot and ankle during walking and running. Phys. Ther., v. 68, n. 12, p. 1822-30, 1988. 30. SAMMARCO, G.J. Biomechanics ofthe foot. In: F R A N K E L , V.H. & N O R D I N , M. Basic biomechanics of the skeletal system. Philadelphia: Lea & Febiger, 1980. 31. SARRAFIAN, S.K. Functional antomy ofthe foot and ankle. In: SARRAFIAN, S.K. Anatomy of the foot and ankle. Philadelphia: J. B. Lippincott Company, 1983. 32. SCOTT, S.H., WINTER, D.A. Talocrural and talocalcaneal joint kinematics and kinetics d u r i n g the s t a n c e p h a s e of gait. J. Biomech., v. 24, n. 8, p. 743-52, 1991. 33. SINGH, A.K., S T A R K W E A T H E R , K.D., H O L L I S T E R , A . M . , J A T A N A , S., LUPICHUCK, A.G. Kinematics of the ankle: a hinge axis model. Foot Ankle Int., v. 13, n. 8, p. 439-46, 1992. 34. S T A U F F E R , R.N., C H A O , E.Y. S., B R E W S T E R , R.C. Force and motion analysis of normal, diseased and prosthetic ankle joints. Clin. Orthop., v. 127, p. 18996, 1977. com relação aos 3 planos, cada u m a delas a p r e s e n t a a l g u m c o m p o n e n t e de m o v i m e n t o em cada plano. O grau de movimento que ocorre em c a d a p l a n o d e p e n d e d a p o s i ç ã o d o eixo. M o v i m e n t o s da subtalar representam v e r d a d e i r o s m o v i m e n t o s triplanares, pelo fato d o seu e i x o d e m o v i m e n t o se situar n u m a p o s i ç ã o equidistante c o m relação aos 3 planos de m o v i m e n t o c o r p o r a i s . Os m o v i m e n t o s triplanares atuam na a b s o r ç ã o de i m p a c t o s , auxiliam n a m a n u t e ç ã o d o equilíbrio, m e l h o r a m a eficiência d a a ç ã o m u s c u l a r , auxiliam n a distribuição n o r m a l de forças do m e m b r o inferior e ajudam no e s t a b e l e c i m e n t o de u m a estrutura estável na fase de i m p u l s o , p r o p i c i a n d o assim u m a p r o p u l s ã o m a i s eficaz d o c o r p o n o e s p a ç o . 7 A m é d i o - t á r s i c a funcional constitui-se n u m elo de ligação entre o retropé e o antepé, acrescentando amplitudes de supinação/pronação necessárias e c o m p e n s a n d o o a n t e p é com relação à p o s i ç ã o d o retropé. A GRADECIMENTOS O s autores a g r a d e c e m ao C N P Q , q u e está financiando o curso de d o u t o r a d o d a autora Luci Fuscaldi T e i x e i r a e ao D e p a r t a m e n t o de Fisioterapia e T e r a p i a O c u p a c i o n a l d a U n i v e r s i d a d e Federal de M i n a s G e r a i s - U F M G . TEIXEIRA, L.F., OLNEY, S.J. The functional anatomy and biomechanics of the ankle and foot joints. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 50-65, Jul. / dez., 1997. ABSTRACTS: The study presents a review of the ankle and foot anatomy, giving basis for a better comprehension of this functional duality. KEY WORDS: Biomechanics. Ankle joint, anatomy and histology. Tarsal joint, anatomy and histology. REREFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BAGGET, B.D., YOUNG, G. Ankle joint dorsiflexion: establishment of a normal range. J. Am. Podiatric. Med. Assoc., v. 83, n. 5, p. 251-4, 1993. 2. BASMAJIAN, J.V., DELUCA, C.J. Muscles alive: their functions revealed by electromyography. 5th ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1985. 3. BURKS, R.T., MORGAN, J. Anatomy of the lateral ankle ligaments. Am. J. Sports Med., v. 22, n. 1, p. 72-7, 1994. 4. CALHOUN, J.H., LI, F., LEDBETTER, B.R., VIEGAS, S.F. A comprehensive study of pressure distribution in the ankle joint with inversion and eversion. Foot Ankle Int. v. 15, n. 3, p. 125-33, 1994. 5. CAWLEY, P.W., FRANCE, P.E. Biomechanics of the lateral ligaments of the ankle: an evaluation of the effects of axial load and single plane motions on ligament strain patterns. Foot Ankle Int. v. 12, n. 2, p. 92-9, 1991. 6. DAVIS, W.H., SOBEL, M., DELAND, J., B O H N E , W.H.O., P A T E L , M.B. The superior peroneal retinaculum: an anatomic study. Foot Ankle Int., v. 15, n. 5, p. 2715, 1994. 7. DONATELLI, R. Normal biomechanics of the foot and ankle. J. Orthop. Sports Phys. Ther., v. 7, n. 3, p. 91-5, 1985. 8. D O N A T E L L I , R. Normal anatomy and b i o m e c h a n i c s . In: D o n a t e l l i , R. The biomechanics of the foot and ankle. Philadelphia: F. A. Davis Company, 1990. DEVELOPMENT AND EVALUATION OF PROCEDURES FOR VALID AND RELIABLE ESTIMA TION OF THE FLEXIBILITY OF ATHLETES Anthony Willian Sharpe Watson * WATSON, A. W.S. Development and evaluation of procedures for valid and reliable estimation of the flexibility of athletes. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 66-75, Jul. I dez., 1997. ABSTRACT. Following a factor analysis, six measures of flexibility were identified that fulfilled the following criteria: 1) were representative of a wide range of different measures of flexibility; 2) represented movements that were commonly observed in sports; 3) could be measured with precision by sportsscientists working in a standard sports-science laboratory. The six measurements were: 1) spinal-plushamstring flexion; 2) hip abduction; 3) hip flexion; 4) ankle dorsi-flexion; 5) hip hyper-extension; 6) shoulder hyper-extension with the arms horizontal. Equipment that allows easy measurement of these variables is described. The reliability of various protocols for the measurement of flexibility is reported and, following more than ten years of experience with the technique, a definitive protocol for each of the six flexibility measurements is described. Descriptive statistics for the six measurements are also reported. KEY WORDS: Flexibility. Employee performance appraipal. Sports. INTRODUCTION F lexibility is an i m p o r t a n t c o m p o n e n t of physical fitness. Exercises intended for its d e v e l o p m e n t a r e i n c o r p o r a t e d into m o s t c o n d i t i o n i n g p r o g r a m m e s ; and all w a r m - u p routines i n c l u d e flexibility e x e r c i s e s . G o o d f l e x i b i l i t y is t h o u g h t t o i m p r o v e a t h l e t i c p e r f o r m a n c e a n d to r e d u c e the risk o f sports injury - , although definitive evidence c o n c e r n i n g the latter is l a c k i n g . Despite this, 1 4 8 10 p r o c e d u r e s for the a s s e s s m e n t o f flexibility h a v e received relatively little attention and the m e t h o d s currently available lack the s o p h i s t i c a t i o n of t e c h n i q u e s for t h e m e a s u r e m e n t o f p o w e r a n d strength. M a n y a s s e s s m e n t c e n t r e s that u s e h i g h l y refined m e a s u r e s o f strength a n d a e r o b i c p o w e r rely u p o n a b a s i c s i t - a n d - r e a c h test for an estimation o f flexibility. It is unlikely that this o n e , simple, m e a s u r e can p r o v i d e an estimate o f the r a n g e o f m o t i o n o f all the m a n y j o i n t s * Professor Doutor, PHD, University of Limerick. Limerick, Ireland. Endereço para correspondência: Sports Injuries Research Centre. University of Limerick. Limerick, Ireland. Web Adress: http://www.ul.ic. 35. STEPHENS, M.M., SAMMARCO, G.J. The stabilizing role of the lateral ligament complex around the ankle and subtalar joints. Foot Ankle Int., v. 13, n. 3, p, 130-6, 1992. 36. STIEHL, J.B. Inman's joints of the ankle. 2nd ed. Baltimore: Williams &Wilkins, 1991. 37. STORMONT, D.M., MORREY, B.F., AN, K., CASS, J.R. Stability of the loaded ankle: relation between articular restraint and primary and secondary static restraints. Am. J. Sports Med., v. 13, n. 5, p. 295-300,1985. 38. S U B O T N I C K , S.I. Biomechanics of the Recebido para publicação: 04/08/97 Aceito para publicação: 09/09/97 subtalar and midtarsal joints. J. Am. Podiatr. Assoc., v. 65, n. 8, p. 756-64,1975. 39. WANG, C , HANG, Y., LIU, T. A dynamic study of the ankle-foot c o m p l e x . J. Formos. Med. Assoc., v. 91, n. 4, p. 432-7, 1992. 40. WHITTLE, M. Gait analysis - an introduction. Oxford: Butterworth-Heinemann, 1991. 41. WILLIAMS, P.L., WARWICK, R., DYSON, M. & BANNISTER, L.H. Gray's anatomy. 37 th ed. New York: Churchill Livingstone, 1989. in t h e h u m a n b o d y , e s p e c i a l l y since m a n y j o i n t s h a v e m o r e than o n e m o d e o f a c t i o n . T e x t b o o k s o n t h e m e a s u r e m e n t o f fitness describe the use of sit-and-reach boxes, flexiometers, t a p e - m e a s u r e s and a variety of different g o n i o m e t e r s for the m e a s u r e m e n t of flexibility . Flexiometers and g o n i o m e t e r s can be used to m e a s u r e a w i d e r a n g e of different m o v e m e n t s a n d n o r m s for t h e i r use are a v a i l a b l e ' - . H o w e v e r , it is g e n e r a l l y a c k n o w l e d g e d that these instruments are difficult to use with precision. T h e principle p r o b l e m is in p r e v e n t i n g e x t r a n e o u s m o v e m e n t in the s u b j e c t ' s b o d y that influence the range of motion of the joint being m e a s u r e d . T h i s d i f f i c u l t y r e s u l t s in flexiometer and goniometric assessments being unsuitable for use other than by physical therapists and other specially trained professionals. T h e present paper describes p r o c e d u r e s for the m e a s u r e m e n t of six aspects of flexibility. T h e first is the e q u i v a l e n t of the sit-and-reach test: the other five h a v e been identified as b e i n g representative of overall flexibility by m e a n s of a factor a n a l y s i s " . extension with the a r m s horizontal. 3 6 2 5 EQUIPMENT T h e six a s p e c t s of flexibility measured using the following which in i l l u s t r a t e d in F i g u r e 1. A b o x 3 0 0 m m h i g h , 2 6 c m w i d e and 5 6 6 7 is i l l u s t r a t e d were equipment c m d e e p to w h i c h is attached a scale of ength 60 cm. T h i s is g r a d u a t e d in c m and has its z e r o in the centre, at the level of the s u b j e c t ' s feet. A b o v e t h e s u b j e c t ' s feet s c o r e s r a n g e from z e r o to - 30: b e l o w t h e s u b j e c t ' s feet scores are from z e r o to + 3 0 . T h i s instrument w a s used for test 1. ( F i g u r e 1.1) A specially c o n s t r u c t e d s e m i - c i r c u l a r , wooden protractor, 920 cm in diameter and with a central cut-out300 cm in diameter. This instrument was provided with a wooded base, 6 cm wide, in order to allow it stand up-right. T h i s i n s t r u m e n t w a s used for test 2 a n d is illustrated in Figure 1.2. A specially constructed goniometer consisting of a semicircular scale 4 3 0 cm in METHODS d i a m e t e r and with a t r a n s p a r e n t arm 1 m long. The centre of the semicircular scale was The six measures of flexibility described are: (1) allowed the g o n i o m e t e r to stand upright, Spinal forward flexion and T h i s m e a s u r e is e q u i v a l e n t to the sit-and- from the surface on w h i c h the g o n i o m e t e r was reach test performed with the subject placed. This instrument w a s used for tests 3, standing instead of seated on t h e floor. O u r 4 and 5 and is s h o w n in Figure 1.3. (2) off-set the centre of the scale 9 cm laboratory used this test prior to the sit- A w o o d e d p r o t r a c t o r 1 5 0 0 c m by 5 3 0 a n d - r e a c h test b e c o m i n g p o p u l a r a n d w e cm and containing a semicircular cut-out believe it has a h i g h e r reliability b e c a u s e 4 4 0 cm in d i a m e t e r on o n e o f t h e l o n g e r there is less a m b i g u i t y about the placement s i d e s on w h i c h z e r o d e g r e e s w a s m a r k e d . of the s u b j e c t ' s feet. G r o i n flexibility or H i p a b d u c t i o n w h e n the k n e e s are fully flexed. In u s e , t h i s protractor was mounted h o r i z o n t a l l y on a s t a n d 1.2 m a b o v e t h e ground. T h e s u b j e c t sat on an a d j u s t a b l e c h a i r f a c i n g a w a y from t h e p r o t r a c t o r w i t h H a m s t r i n g flexibility o r H i p flexion with his or h e r t r u n k in t h e c u t - o u t . T h e s u b j e c t the k n e e fully e x t e n d e d . began the m e a s u r e m e n t with their arms C a l f flexibility or A n k l e dorsi-flexion. • provided with a w o o d e n base 6 cm w i d e which h o r i z o n t a l , 1 c m from t h e b o a r d , a n d in-line w i t h t h e z e r o m a r k at t h e front o f t h e b o a r d . Q u a d flexibility or Hip h y p e r - e x t e n s i o n . T h i s i n s t r u m e n t w a s u s e d for test 6 a n d is S h o u l d e r flexibility or S h o u l d e r h y p e r - illustrated in F i g u r e 1.4. FIGURE 1 - DIAGRAMS OF THE EQUIPMENT DESCRIBED IN THE PAPER, ALL DIMENSION IN MM. THE APPARATUS SHOWN IN FIGURE 1.1 WAS USED FOR THE SPINAL FORWARD FLEXION TEST, THAT IN FIGURE 1.2 FOR THE GROIN FLEXIBILITY TEST AND THAT IN FIGURE 1.4 FOR THE SHOULDER FLEXIBILITY TEST. THE GONIOMETER SHOWN IN SHOWN IN FIGURE 1.3 WAS USED FOR ALL OTHER MEASUREMENTS. PROCEDURE Preliminary investigations into reliability indicated that m e a s u r e m e n t s of flexibility w e r e often e x t r e m e l y i n a c c u r a t e errors o f ± 2 0 to 3 0 % w e r e c o m m o n w h e n T h e starting position for each m e a s u r e m e n t of flexibility w a s p r e c i s e l y defined a n d standardised. For e x a m p l e : "subject in the anatomical position and lying supine on a firm surface". T h e m o v e m e n t to be m e a s u r e d w a s precisely defined. This usually involved specifying an a n a t o m i c a l l a n d - m a r k that m o v e d and an axis o f rotation that remained stationary, eg "hipflexion with the knee in the m e a s u r e m e n t s w e r e carried out by a single o b s e r v e r , a n d c o u l d be t w i c e this w h e n m o r e than one observer was involved. Reliability w a s found to i m p r o v e to a c c e p t a b l e levels with the f o l l o w i n g p r e c a u t i o n s . ( T a b l e 1). full extension, measured by means of the angular movement of the superior condyl of the fibula about the axis of the greater trochanter of the femur". M a r k i n g t h e f o l l o w i n g a n a t o m i c a l land m a r k s facilitated accurate m e a s u r e m e n t of the defined m o v e m e n t s : a c r o m i o n process of t h e s c a p u l a , g r e a t e r t r o c h a n t e r of the femur, the patella or patella tendon, superior head of the fibula, lateral malleolus. m o v e m e n t e x e c u t e d a n d t h e c h a n g e in position of the a n a t o m i c a l l a n d - m a r k s ; c) the tester to o b s e r v e all other parts of the s u b j e c t ' s b o d y in o r d e r to b e able to detect any extraneous movement. T h e subject w a s a l l o w e d to m o v e freely w i t h o u t r e s i s t a n c e from kit or a n y other constraint. A l l m o v e m e n t s in t h e s u b j e c t ' s body, e x c e p t that b e i n g m e a s u r e d d u r i n g t h e test, w a s e l i m i n a t e d . T h i s p r e c a u t i o n is crucial RESULTS if flexibility is to be m e a s u r e d accurately as e x t r a n e o u s m o v e m e n t is p r o b a b l y the major source of inaccuracy. A slight flexion o f t h e s u b j e c t ' s k n e e d u r i n g t h e spinal o r h a m s t r i n g flexibility t e s t s c a n increase the s c o r e s by b e t w e e n 10 and 30 per cent. A l l o w i n g the s u b j e c t ' s spine to rotate a n d o n e h i p to rise, d u r i n g the q u a d flexibility test can double the obtained. score V a r i o u s w a y s of e l i m i n a t i n g extraneous motion were investigated during the study: a) t h e use o f straps to maintain the subject in t h e starting position; b) the use of m i c r o - s w i t c h e s to detect m o t i o n ; c) careful o b s e r v a t i o n o f the subject in order to ensure that e x t r a n e o u s m o v e m e n t did not take place. T h e first r o w of T a b l e 1 indicates the reproducibility of the flexibility m e a s u r e m e n t s as carried out by an e x p e r i e n c e d o b s e r v e r on subjects w e a r i n g s w i m - w e a r or g y m n a s t i c s leotards. Under these conditions the 9 5 % confidence limits of all six m e a s u r e m e n t s w a s a little less that ± 1 0 % of the m e a n score. R o w two of the table indicates that when the subjects w o r e n o r m a l g a m e s kit the reliability o f all t h e m e a s u r e m e n t s e x c e p t a n k l e flexibility declined significantly. T h e c h a n g e w a s particularly large in the case of three tests: hamstring flexibility, quad flexibility and s h o u l d e r flexibility. T h e difference is d u e to the s u b j e c t ' s kit h i d i n g e x t r a n e o u s m o v e m e n t that w a s t h u s not detected a n d w h i c h caused a reduction in reliability. T h e a m o u n t of w a r m - u p or prior exercise u n d e r t a k e n by t h e subject w a s carefully controlled. T h e kit w o r n by the subject w a s selected in o r d e r to a l l o w : a) the subject freedom of m o v e m e n t ; b) the o b s e r v e r to see the Row 3 of the table shows that the use of straps to reduce extraneous m o v e m e n t of the subject w a s not particularly successful. In contrast, the use of micro-switches (row 4) was as successful as having the m o v e m e n t controlled by an experienced observer. (Table 2 ) . TABLE 2 - ZERO ORDER CORRELATION MATRIX FOR THE MEASURES OF FLEXIBILITY AS MEASURED ON 32 ELITE GAELIC FOOTBALLERS. DATA ADAPTED FROM WATSON SPINAL FLEXIBILITY GROIN FLEXIBILITY HAMSTRING FLEXIBILITY QUAD FLEXIBILITY CALF FLEXIBILITY 1 Groin Flexibility 0.4127* I Hamstring Flexibility 0.7490* 0.2924 I Calf Flexibility -0.0852 0.2926 -0.0658 I Quad Flexibility 0.4726* 0.3469 0.4077 0.2856 1 Shoulder Flexibility 0.3129 0.5601* 0.2004 0.3134 0.2752 * Correlation coefficient significantly different from zero (P < 0.05) 9 SHOULDER FLEXIBILITY If t h e subjects w e r e a l l o w e d to w a r m - u p d i s c o u r a g e d as they h a v e been s h o w n to before h a v i n g their flexibility m e a s u r e d their scores increased; but in an unpredictable w a y , be m i s l e a d i n g . • so that t h e reliability o f the m e a s u r e m e n t w a s r e d u c e d . This result s u g g e s t s that it is better T h e e q u i p m e n t d e s c r i b e d in t h i s p a p e r should be used to take the m e a s u r e m e n t s . • T h e subject should be m e a s u r e d prior to to t a k e flexibility m e a s u r e m e n t s w i t h o u t a a n y p r e v i o u s exercise and w i t h o u t a w a r m - w a r m - u p or p r e v i o u s exercise. T h e p r o c e d u r e up. This p r o c e d u r e i m p r o v e s reliability and a p p e a r s to be perfectly safe: it has been used w i l l a l l o w t h e s u b j e c t ' s r e s u l t s to b e in o u r laboratory for 12 y e a r s w i t h o u t a single c o m p a r e d w i t h t h o s e p u b l i s h e d in t h i s m i s h a p d u e to injury. paper. T h e last t w o r o w s of T a b l e 1 s h o w h o w • T h e subject should be m e a s u r e d w e a r i n g inaccurate flexibility m e a s u r e m e n t s can be if t i g h t - f i t t i n g , but c o m p l i a n t , r a c i n g - t y p e a d e q u a t e p r e c a u t i o n s are not taken. s w i m - w e a r or a g y m n a s t i c s leotard. T a b l e 2 is a z e r o - o r d e r correlation matrix E x c e s s i v e a m o u n t s of kit m a k e it difficult of t h e six v a r i a b l e s . T h e relatively high to detect e x t r a n e o u s m o v e m e n t and lead to correlation between spinal flexibility and a substantial deterioration in reliability. hamstring flexibility ( 0 . 7 4 9 0 ) is due to the fact • that h a m s t r i n g length influences the score on the former test. T h e next highest correlation the scapula, greater trochanter of the femur, (0.5601) indicates only 3 6 % of c o m m o n the patella or patella t e n d o n , superior head variance and c o n f i r m s that these m e a s u r e s of flexibility are largely i n d e p e n d e n t of each F l e s h - m a r k s s h o u l d b e p l a c e d on t h e following locations: a c r o m i o n p r o c e s s of of the fibula, lateral m a l l e o l u s . • T h e subject s h o u l d b e instructed n o t to j e r k d u r i n g the tests and that t h e y are required DISCUSSION to hold the final position for 5 s e c o n d s . The results of this study shows that m e a s u r e m e n t s of flexibility are less r e p r o d u c i b l e t h a n t h o s e of other aspects of fitness such as a e r o b i c and a n a e r o b i c p o w e r a n d s k i n f o l d t h i c k n e s s e s . G r e a t c a r e is n e c e s s a r y if flexibility is to be m e a s u r e d with a precision that p r o d u c e s results that are not m i s l e a d i n g . T h e six m e a s u r e s o f flexibility described in this p a p e r are largely independent of each other and are useful indicators of the flexibility factors isolated in an earlier s t u d y " . T h e p r o t o c o l f o r t h e i r m e a s u r e m e n t is summarised below. Spinal forward • precautions The subject begins this test standing upright on the spinal flexibility b o x with his or her 8 General flexion feet t o g e t h e r and their toes t o u c h i n g the scale on the front of the b o x . T h e subject's hands should be together with the t w o index fingers parallel a n d fully e x t e n d e d . T h e t h u m b s should be locked. • T h e subject reaches forward and t o u c h e s the scale on the front of the box, as far down as possible. • The subject's knees must remain fully extended t h r o u g h o u t the test. This precaution is vital as even small d e g r e e s of flexion can h a v e a c o n s i d e r a b l e influence • F l e x i b i l i t y s h o u l d b e m e a s u r e d in a laboratory by an experienced observer w h o has a s o u n d k n o w l e d g e of p h y s i o l o g i c a l measurement and the control of m e a s u r e m e n t error. Assessments by unqualified individuals should be on the result of the test. Groin flexibility or Hip abduction subject's knee fully flexed when the • T h e subject sits with his or her back against a vertical wall. H e or she flexes their k n e e s • • a firm surface, a r m s by his or her sides with t h e i r b o d y as p o s s i b l e . t h e p a l m s facing u p w a r d s . T h e a n k l e s are T h e subject inverted so that t h e soles of the t w o feet s h o u l d be i n s t r u c t e d to lie are in contact. s y m m e t r i c a l l y with both feet, k n e e s and T h e s u b j e c t g r i p s his or h e r a n k l e s a n d a n t e r i o r iliac s p i n e s in c o n t a c t w i t h t h e • elbows. perfectly surface. gently p u s h e d their k n e e s apart with their • T h e subject b e g i n s the test lying p r o n e on and hips a n d pulls their heels as close to The subject raises one thigh by hyper- T h e a n g l e b e t w e e n the centre of the patella extending the hip-joint. ( m e a n o f left a n d right) and the vertical is m o v e m e n t the subject's legs and trunk must m e a s u r e d as t h e s u b j e c t ' s score. remain symmetrical. N o rotation of the s p i n e is a l l o w e d a n d both Hamstring flexibility knee fully or Hip flexion with During this a n t e r i o r iliac c r e s t s m u s t r e m a i n in c o n t a c t w i t h t h e the surface on w h i c h the subject is lying. This extended precaution is essential a n d is it important • T h e subject b e g i n s t h e test lying s u p i n e on that the o b s e r v e r be in a position to check a firm surface, his or her a r m s by their sides that the s u b j e c t ' s hips r e m a i n level. with p a l m s facing d o w n w a r d . T h e subject s h o u l d b e i n s t r u c t e d t o lie • perfectly T h e g o n i o m e t e r is u s e d to m e a s u r e t h e ankle m a d e by t w o lines: a) a line drawn symmetrically with both heels, buttocks and from the greater t r o c h a n t e r to the p r o x i m a l s h o u l d e r s in c o n t a c t with the surface. head of the fibula, and b) the horizontal. T h e subject is instructed to raise o n e leg and thigh by flexing at the hip. T h e k n e e Shoulder flexibility m u s t r e m a i n fully flexed d u r i n g this extension with the arms movement. or Shoulder hyper- horizontal T h i s p r e c a u t i o n is of g r e a t i m p o r t a n c e as e v e n small a m o u n t s of k n e e • • T h e subject sits u p r i g h t in an c h a i r with flexion will increase the score. his or her spine straight, h e a d T h e g o n i o m e t e r is u s e d t o m e a s u r e t h e straight forward, and buttocks, upper back looking a n k l e m a d e b y t w o l i n e s : a) a line d r a w n a n d b a c k o f h e a d in c o n t a c t w i t h a v e r t i c a l from upright. the greater trochanter to the H i s o r h e r a r m s a r e s t r a i g h t out p r o x i m a l h e a d o f t h e f i b u l a , a n d b) t h e from the s h o u l d e r s and 1 cm a b o v e the horizontal. m e a s u r i n g b o a r d . T h e s u b j e c t ' s p a l m s face downwards. Calf flexibility or Ankle dorsi-flexion T h e subject m o v e s his or her arms b a c k w a r d s as far as possible. W h i l e d o i n g this • • • T h e subject b e g i n s the test s t a n d i n g with the b u t t o c k s , u p p e r b a c k and the b a c k of head his or her feet t o g e t h e r and both heels in m u s t r e m a i n in c o n t a c t w i t h t h e v e r t i c a l c o n t a c t with t h e floor. upright; a r m s m u s t not be raised or lowered T h e subject dorsi-flexes his or her a n k l e s and m u s t r e m a i n 1 cm from the m e a s u r i n g as m u c h as p o s s i b l e , also flexing at t h e board. T h e subject's a r m s and shoulders must k n e e s in o r d e r to maintain b a l a n c e . not rotate and the head must not move T h e g o n i o m e t e r is u s e d to m e a s u r e t h e forwards or b a c k w a r d s . angle m a d e by t w o lines: a) a line d r a w n . T h e angle that the s u b j e c t ' s a r m s m a k e from the p r o x i m a l h e a d of the fibula to the with the front of the board ( m e a n of right and lateral m a l l e o l u s , and b) the vertical. left) is recorded as the s u b j e c t ' s score. Scores on theses tests for selected g r o u p s Quad flexibility or Hip hyper-extension of subjects are s h o w n in T a b l e 3 . TABLE 3 FLEXIBILITY SCORES OF SELECTED GROUPS OF SUBJECTS (MEAN + SD) SPINAL HIP HIP F L E X I O N ANKLE HIP H Y P E R - SHOULDER FLEXION ABDUCTION (DEGREES) DOSI-FLEXION EXTENSION HYPER-EXTENSION (CM) (DEGREES) HAMSTRING (DEGREES) (DEGREES) (DEGREES) SPINAL GROIN FLEXIBILITY ANKLE QUAD SHOULDER FLEXIBILITY FLEXIBILITY FLEXIBILITY FLEXIBILITY FLEXIBILITY Untrained subjects -7.8 ± 10.4 45.3 ± 7 . 2 64.7 ± 10.6 28.3 ± 8 . 3 15.3 ± 8 . 3 16.7 ± 9 . 5 Elite swimmers 4.2 ± 7.7 59.2 ± 6 . 4 75.2 ± 9 . 6 3 5 . 8 ± 5.1 30.2 ± 8 . 2 42.8 ± 5 . 3 Elite Gaelic footballers 2.5 ± 5 . 2 54.4 ± 6 . 6 72.1 ± 8.1 33.8 ± 4 . 6 23.3 ± 7 . 3 27.5 ± 7.6 Sports scholarship holders 12.0 ± 7.2 62.3 ± 6 . 9 82.3 ± 9 . 5 38.6 ± 5 . 6 35.2 ± 10.1 35.1 ± 9 . 4 Olympic gymnasts 18.1 ± 6 . 2 68. 8 ± 7 . 2 108 ± 9.1 42.2 ± 6 . 6 45.6 ± 7 . 8 50.3 ± 7 . 8 -2.4 ± 9 . 8 5 7 . 6 ± 8.0 7 2 . 0 ± 10.5 38.4 ± 8 . 2 23.5 ± 7 . 7 2 2 . 4 ± 8.5 Schoolboys aged 15 to 18 WATSON, A.W.S. Desenvolvimento e avaliação de procedimentos para estimação válida e confiável da flexibilidade de atletas. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 66-75, jul. / dez., 1997. RESUMO: Para acompanhar a evolução da flexibilidade, foram identificadas seis medidas que preeenchessem totalmente os seguintes critérios: 1) fosse representativa de ampla faixa de diferentes formas de mensurações de flexibilidade; 2) refletissem movimentos comumente observados no esporte; 3) pudesse ser medido com precisão por pesquisadores que trabalhassem em laboratório padronizado da ciência esportiva. As seis medidas foram: 1) flexão de tronco com alongamento dos isquiotibiais; 2) abdução do quadril; 3) flexão do quadril; 4) dorsi-flexão do tornozelo; 5) hiperextensão do quadril; 6) hiperextensão de ombro com os braços na horizontal. Foram descritos os equipamentos que permitiram fácil mensuração dessas variáveis. A confiabilidade de vários protocolos para a mensuração da flexibilidade é relatada e, após mais de dez anos de experiências com a técnica, foi descrito um protocolo definitivo para cada uma das seis medidas descritas. Também foi relatada a estatística descritiva para as seis medidas de flexibilidade. DESCRITORES: Flexibilidade. Avaliação de desempenho. Esportes. REFERENCES \ . A L T E R , M.J. Science of stretching. Champaign, 111., Human Kinetics, 1988. 2. AMERICAN ACADEMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS. The clinical measurement of joint motion. Chicago, 1994. 3. D I C K I N S O N , R.V. T h e specificity of flexibility. Res. O. v. 39, p. 729-94, 1968. 4. E K S T R A N D , J., G I L Q U I S T , J. The avoidability of soccer injuries. Int. J. Sports Med., v. 4, p. 124-8, 1983. 5. LEIGHTON, J.R. Flexibility characteristics of four groups of specialised college athletes. Arch. Phys. Med. Rehabil., v. 38, p. 24-8, 1957. 6. MAUD, P.J., CORTEZ-COOPER, M.Y. Static techniques for the measurement of joint range of motion. In: MAUD, P. J., FOSTER, C , (eds.). Physiological assessment of human fitness. Champaign, 111., 1995. 7. NORKIN, C.C., WHITE, D.J. Measurement of joint motion: a guide to goniometry. Philadelphia, Davis, 1985. 8. WATSON, A.W.S. Physical fitness and athletic performance. 2 nd ed. London, Longman, 1995. Recebido para publicação: 15/09/97 Aceito para publicação: 15/10/97 9. W A T S O N , A . W . S . Physical and fitness c h a r a c t e r i s t i c s of successful gaelic footballers. Br. J. Sports Med., v. 29, p. 229-31, 1995. 10. WATSON, A.W.S. Sports injuries: incidence, causes and prevention. Phys. Ther. Rev. v. 2, p. 135-52, 1997. 11. WATSON, A.W.S., M A C D O N N C H A , C. Factor analysis of measures of flexibility. Ir. J. Med. Sci. (1997, in press). A REALIDADE DA POTÊNCIA ACÚSTICA EMITIDA PELOS EQUIPAMENTOS DE ULTRA-SOM TERAPÊUTICO: UMA REVISÃO Rinaldo Guirro*, Sandra C. Britschgy dos Santos** GUIRRO, R., SANTOS, S.C.B. A realidade da potência acústica emijida pelos equipamentos de ultrasom terapêutico: uma revisão. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v. 4, n. 2, p. 76-82, jul. / dez., 1997. RESUMO: A segurança e a eficiência da terapia ultra-sônica poderá ser comprometida se a potência de saída no transdutor diferir consideravelmente do valor indicado no painel do equipamento. Este fato pode ser evidenciado nas várias publicações que abordam o referido tema, onde diversos estudos determinam que mais de 50% dos equipamentos, em uso rotineiro, nas clínicas e departamentos de fisioterapia estão fora das especificações postuladas pela International Eletrotechinical Commission (IEC) . Isso ocorre em função da não regulamentação das normas técnicas de produção, do próprio desgaste do equipamento em uso e pela não adoção de procedimentos metrológicos de rotina por parte do fisioterapeuta. A precisão da intensidade acústica irá possibilitar uma terapia mais eficiente, além da reprodução de protocolos já definidos na literatura. Outro importante fator a ser destacado é o material utilizado para o acoplamento do transdutor ultra-sônico, onde evidencia-se que dos vários meios utilizados, alguns propiciam a atenuação da energia irradiada. Esta revisão pretende atualizar o profissional usuário do ultra-som terapêutico, bem como conscientizá-lo da necessidade de adoção de medidas metrológicas como prática de rotina para os equipamentos em uso. DESCRITORES: tendências. Terapia por ultrassom, métodos. Terapia por ultrassom, utilização. Fisioterapia, INTRODUÇÃO A radiação produzida por transdutores de ultra-som encontra crescente aplicação em diversas áreas d o c o n h e c i m e n t o . Em certos casos, é necessário conhecer-se c o m segurança as potências aplicadas, p r i n c i p a l m e n t e n a área m é d i c a o n d e é l a r g a m e n t e utilizado em diagnóstico, terapia ou em p r o c e d i m e n t o s cirúrgicos . O e q u i p a m e n t o de ultra-som terapêutico se caracteriza p o r apresentar u m a freqüência 4 * Professor do Curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba, SP. ** Bolsista de Iniciação Cientifica do Conselho Nacional de Pesquisa, CNPq (PIBIC), Universidade Metodista de Piracicaba, UNIMEP. Endereço para correspondência. Prof. Rinaldo Guirro. Departamento de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba. Rodovia do Açúcar Km 156 - Bairro Taquaral - 13400-901 Piracicaba,SP. de 1 a 3 M H z e intensidade v a r i a n d o entre 0 , 0 1 a 3,0 W c m n o s m o d o s c o n t í n u o e p u l s a d o . Este e q u i p a m e n t o é f o r m a d o p o r u m g e r a d o r de corrente elétrica de alta freqüência, conectado a uma cerâmica piezoelétrica (titanato z i r c o n a t o d e c h u m b o - P Z T ) a qual deforma-se n a p r e s e n ç a de u m c a m p o elétrico. 2 O ultra-som está entre os recursos físicos m a i s utilizados p e l o s profissionais fisioterapêutas, no tratamento das mais diversas afecções d o s i s t e m a m ú s c u l o - e s q u e l é t i c o . A ação deste sobre os tecidos, d e p e n d e g r a n d e m e n t e d a i n t e n s i d a d e a ser e m p r e g a d a , a qual muitas vezes apresenta erros de calibração p r o m o v e n d o a ineficiência d o t r a t a m e n t o ou até n o v a s l e s õ e s ' . L o g o o e q u i p a m e n t o deve ser aferido p e r i o d i c a m e n t e p a r a assegurar q u e os p a d r õ e s de s e g u r a n ç a estejam c o r r e t o s . O principal p r o b l e m a encontrado está em n ã o se a d o t a r p r o c e d i m e n t o s m e t r o l ó g i c o s , p a r a u m a d e v i d a aferição n e s s e s e q u i p a m e n tos. Isso a c o n t e c e p o r n ã o existir u m a cultura m e t r o l ó g i c a entre os usuários , pelo n ú m e r o restrito d e e q u i p a m e n t o s de m e d i ç ã o d i s p o n í veis e p o r n ã o h a v e r até o m o m e n t o , u m a normalização em âmbito nacional que regulam e n t e tais p r o c e d i m e n t o s . A intensidade d a r a d i a ç ã o ultra-sônica é fator e s s e n c i a l p a r a o s u c e s s o de q u a l q u e r terapia, b e m c o m o o seu t e m p o de a p l i c a ç ã o . A q u a n t i d a d e de energia total depositada sobre um determinado tecido biológico é o produto d a i n t e n s i d a d e c o m o t e m p o de a p l i c a ç ã o . S e g u n d o REPACHOLI e BENWEL , essa energia é dependente dos seguintes parâmetros: p o t ê n c i a acústica, t e m p o , freqüência e área de r a d i a ç ã o efetiva d o transdutor. O u t r o fator i m p o r t a n t e e p o u c o c o n s i d e r a d o p e l o s u s u á r i o s é o material utilizado para o acoplamento do transdutor ultra-sônico, onde evidencia-sè que dos vários meios utilizados a l g u n s p r o p i c i a m a a t e n u a ç ã o d a e n e r g i a irradiada. 5824 1 5 2 7 1 1 J 2 22 MÉTODOS UTILIZADOS PARA MEDIÇÃO DA INTENSIDADE A CÚSTICA T o d o c o r p o irradiado p o r u m feixe ultrasônico e x p e r i m e n t a u m a força cuja g r a n d e z a e d i r e ç ã o p o d e d e p e n d e r : d a intensidade, d o c a m p o de radiação, d o t a m a n h o e da c o m p o s i ç ã o d o material q u e o constitui. É essa força q u e c o m u m e n t e c h a m a m o s d e p r e s s ã o de rad i a ç ã o acústica. Os diferentes m é t o d o s de m e d i d a de energia d o c a m p o acústico ultra-sônico, de sua intensidade, e de g r a n d e z a s d e r i v a d a s p o d e m ser divididos em três g r u p o s principais: • O p r i m e i r o g r u p o c o m p r e e n d e os m é t o d o s t é r m i c o s ( c a l o r í m e t r o s ) n o s quais a energia das o n d a s a t e n u a d a s é c o n v e r t i d a em calor e então m e d i d a s . É u m m é t o d o universal e serve para m e d i r o n d a s contínuas e pulsadas, n o c a m p o p r ó x i m o ou n o c a m p o d i s t a n t e , a b a i x o ou a c i m a d o limiar de c a v i t a ç ã o . P o d e ser u s a d o t a m b é m para calibrar transdutores, medir potência total, intensidade média e d e n s i d a d e de e n e r g i a m é d i a do c a m p o acústico, e n q u a n t o q u e os s e n s o r e s t é r m i c o s p o d e m ser utilizados para m e d i r pontos particulares d o referido c a m p o . • O segundo grupo compreende métodos que m e d e m a pressão acústica, a sua velocidade ou o seu d e s l o c a m e n t o . Utiliza n o r m a l m e n te s e n s o r e s p i e z o e l é t r i c o s , m a g n e t o s t r i c t o s , capacitivos e e l e t r o d i n â m i c o s , e ainda alguns meios ó t i c o s . A s s u m e - s e que a frente de onda é p l a n a e q u e n ã o h á d e f a s a g e m entre pressão e v e l o c i d a d e , o q u e é v á l i d o para o c a m p o p r ó x i m o e para o n d a s de p e q u e n a s amplitudes em m e i o s de baixa a t e n u a ç ã o . • O terceiro g r u p o baseia-se em efeitos não-lineares d o c a m p o u l t r a - s ô n i c o (principalmente a força de radiação) o qual pressupõe a l g u m c o n h e c i m e n t o de p a r â m e t r o s acústicos d o m e i o . Este g r u p o caracteriza-se pela m e d i d a da força de r a d i a ç ã o , q u e é u m d o s m é t o dos m a i s c o m u n s para se d e t e r m i n a r valores a b s o l u t o s de m e d i d a de e n e r g i a . C o m esse m é t o d o , h á necessidade de se c o n h e c e r a velocidade do som n o m e i o e t a m b é m o coeficiente de reflexão das o n d a s . 1 9 16 18 A força e x e r c i d a n a superfície d o alvo pela r a d i a ç ã o c o r r e s p o n d e à t a x a de transferência n o m o m e n t o d o c a m p o acústico para a superfície d o alvo. O s dispositivos q u e se prestam para efetuar tais m e d i d a s d e n o m i n a m - s e b a l a n ç a s de radiação e p o d e m ser utilizadas t a n t o para o n d a s c o n t í n u a s c o m o p u l s a d a s , e m b o r a neste ú l t i m o c a s o , s o m e n t e a energia m é d i a possa ser m e d i d a . A estrutura do c a m p o ultra-sônico, n u m m e i o real, é bastante c o m plicada e d e p e n d e de m u i t o s p a r â m e t r o s d o c a m p o e d o m e i o . Por esta razão, é u m a prática c o m u m m e d i r - s e s o m e n t e a p o t ê n c i a total de saída e a intensidade média, usando-se a balança de r a d i a ç ã o , b e m c o m o o calorímetro. E m recente e s t u d o , GUIRRO et ai." p r o p õ e m a aferição d o e q u i p a m e n t o de ultra-som t e r a p ê u t i c o , u t i l i z a n d o - s e de u m a b a l a n ç a semi-analítica. Desta, d e s t a c a m - s e a praticidade da aferição, o fácil acesso à balança, b e m c o m o a sua p r e c i s ã o . ÁREA DE RADIAÇÃO EFETIVA (ERA) 1 914 A E R A c o m p r e e n d e t o d o s os p o n t o s nos q u a i s a i n t e n s i d a d e u l t r a - s ô n i c a é igual ou superior a 5 % da intensidade ultra-sônica m á x i m a espacial, e x p r e s s a d a em c e n t í m e t r o s q u a d r a d o s . E x i s t e m dois p a d r õ e s q u e e s p e cificam m é t o d o s p a r a a m e d i d a da E R A . O Food and Drug Administration-FDA (U.S. Federal register 1978) aplica-se aos e q u i p a mentos usados nos Estados Unidos e o 3 ELECTROTECHINICAL COMISSION é r e l e v a n t e p a r a e q u i p a m e n t o s u s a d o s e m t o d o o m u n d o . A m b o s definem diferentes m é t o d o s de m e d i d a , os q u a i s freq ü e n t e m e n t e d ã o diferentes áreas de radiação efetiva para o m e s m o transdutor. U m fato i m p o r t a n t e , é q u e n o Brasil ainda não existe n e n h u m laboratório que preste serviços c o m r e g u l a r i d a d e para a m e d i ç ã o d a E R A . S ã o n o v a s as indústrias fabricantes de ultra-som terapêuticos q u e quantificam a E R A dos seus t r a n s d u t o r e s . INTENSIDADE E 2 2 2 2 A partir da intensidade p o d e - s e obter o valor da potência da radiação ultra-sônica e m i t i d a . Esse v a l o r é c o n s e g u i d o m u l t i p l i c a n d o - s e a intensidade pela área de radiação efetiva, a qual p o d e variar entre os fabricantes. A m a i o r i a das industrias n a c i o n a i s a d o t a m u m a E R A de 4 . 0 c e n t í m e t r o s q u a d r a d o s . Várias normas internacionais de segurança r e c o m e n d a m um limite superior para a energia ultra-sônica emitida, visando proteger o paciente c o n t r a efeitos b i o l ó g i c o s desfavoráveis. O W o r l d Health O r g a n i s a t i o n , limitou a intensidade para u m m á x i m o de 3,0 W c m , para a m b o s tipos de o n d a s . N o entanto, um aspecto s e g u r o q u e não é c o n s i d e r a d o nesses limites, é a o c o r r ê n c i a de altas intensidades espaciais instantâneas dentro do feixe, p o d e n d o c a u s a r d a n o s p a r a o s t e c i d o s e, portanto, d e v e m ser evitadas. 13 Muitos pesquisadores têm discutido o fato de q u e as m e d i d a s d a Á r e a de R a d i a ç ã o Efetiva ( E R A ) p o d e m diferir c o n s i d e r a v e l m e n t e das especificadas pelos f a b r i c a n t e s - . Essas m e d i d a s p o d e m ser identificadas através de um h i d r o f o n e , sistema bastante c o m p l e x o q u e n ã o se e n c o n t r a d i s p o n í v e l p a r a u s o rotineiro. INTERNATIONAL tidade de energia que passa através d a unidade de área na u n i d a d e de t e m p o , s e n d o o Watt p o r M e t r o Q u a d r a d o ( W n r ) a sua u n i d a d e n o sistema internacional, m a s , d e v i d o a área de r a d i a ç ã o efetiva d o t r a n s d u t o r ser d a d a em c e n t í m e t r o q u a d r a d o ( c m ) , é c o n v e n ç ã o , na a p l i c a ç ã o d o ultra-som t e r a p ê u t i c o , a u n i d a d e ser W c m . N a m a i o r i a d o s e q u i p a m e n t o s , ela varia entre 0,01 a 3,0 Wcm" . POTÊNCIA A intensidade é definida c o m o a q u a n - 2 INTERNATIONAL ELECTROTECHINICAL COMISSION publicou as n o r m a s particulares de aferição exigidas para a s e g u r a n ç a d o ultras o m , o n d e a p o t ê n c i a a c ú s t i c a d e saída, a intensidade efetiva e a i n t e n s i d a d e m á x i m a t e m p o r a l n ã o d e v e m variar m a i s q u e 3 0 % dos valores indicados n o painel pelas indústrias fabricantes. A AMERICAN NATIONAL INSTITUTE 2 descreve que a característica da potência do u l t r a - s o m t e r a p ê u t i c o d e v e ser c o n s e r v a d a d e n t r o de u m limite d e ± 1 5 % , a s s i m c o m o a i n t e n s i d a d e m á x i m a i n s t a n t â n e a em ± 2 0 % . Cita a i n d a que m é d i a s d e v e m ser fornecidas. AFERIÇÃO Várias pesquisas t ê m sido realizadas n o tocante à necessidade de aferição d a intensidade acústica emitida pelos transdutores de ultra-som terapêuticos. A l g u n s trabalhos estão e x p o s t o s a seguir, j u n t a m e n t e c o m o s autores e seus r e s p e c t i v o s m é t o d o s . 23 S T E W A R T et a l . d e m o n s t r a r a m q u e , d e u m total d e 5 8 e q u i p a m e n t o s , 8 5 % a p r e s e n taram u m d e c r é s c i m o d e 2 0 % d a intensidade e m i t i d a n o m o d o c o n t í n u o , utilizando o m é t o do d a balança d e pressão de radiação. ALLEN e BATTYE 1 analisaram, pelo m é t o d o d a p r e s s ã o d e r a d i a ç ã o , u m total d e 13 e q u i p a m e n t o s o n d e 3 a p r e s e n t a v a m suas intensidades d e r a d i a ç ã o e m t o r n o d e 9 0 % d o s valores declarados pelas fábricas, conservando-se dentro d a tolerância recomendada pela IEC. Q u a t r o e q u i p a m e n t o s a p r e s e n t a v a m intensidades menores q u e 5 0 % d o s valores d i s c r i m i n a d o s e o u t r o s seis d e c r é s c i m o s s u p e riores a 60%) d o valor indicado. REPACHOLI e BENWELL 2 2 observaram um total d e 3 7 e q u i p a m e n t o s (avaliados pelo m é todo da balança de radiação) e constataram que, 7 2 % d o s e q u i p a m e n t o s testados n o m o d o contínuo e 2 0 % n o m o d o pulsado, emitiam p o t ê n c i a s acústicas a b a i x o d o s valores indic a d o s . A f r e q ü ê n c i a d o ultra-som d e 2 9 % d o s valores t e s t a d o s variou e m m a i s d e 5 % d o s valores i n d i c a d o s . U m p e q u e n o n ú m e r o d e u n i d a d e s testadas foram incapazes d e r e p r o duzir d o s e s efetivas, e m função d a v a r i a ç ã o na potência, d a freqüência ou n o t e m p o . FYFE e PARNELL 9 a v a l i a r a m u m total d e 18 e q u i p a m e n t o s pelo m é t o d o d a pressão d e radiação, onde encontraram somente 5 dentro das t o l e r â n c i a s d a I E C , s e n d o q u e o restante apresentou suas intensidades d e saída m e n o r e s q u e o s v a l o r e s i n d i c a d o s pelos fabricantes. DOCKER e PATRICK 6 utilizando-se do método d a força d e radiação, aferiram 2 9 equipamentos, onde 4 8 % possuíam suas intensidades efetivas fora d o s limites aceitáveis. S e g u n d o o s autores, a s a v a l i a ç õ e s d e v e riam s e r feitas s e m a n a l m e n t e . LLOYDE e EVANS 2 0 avaliaram 43 equipa- m e n t o s d e ultra-som t e r a p ê u t i c o , pelo m é t o d o da força de radiação, e concluíram q u e s o m e n te 4 4 % d a s u n i d a d e s foram c o n s i d e r a d a s satisfatórias, t e n d o u m a forma d e feixe aceitável e u m a intensidade v a r i a n d o ± 3 0 % do indicado pelo fabricante. 2 1 PYE e M I L F O R D , utilizando-se do método d o calorímetro, constataram que, d e u m total d e 8 5 e q u i p a m e n t o s , 3 4 % necessitavam de alguma forma d e reparo que podia ser s i m p l e s m e n t e r e g u l a g e m n o s c o n t r o l e s internos d a freqüência. N o v e necessitaram d e r e c o l o c a ç ã o d a c e r â m i c a , três c o n e c t o r e s d o s t r a n s d u t o r e s e s t a v a m q u e b r a d o s , seis tiveram falhas q u e afetaram s e r i a m e n t e a o p e r a ç ã o da o n d a pulsada, m a s n ã o afetaram o m o d o contínuo; dois e q u i p a m e n t o s m a i s v e l h o s tinham válvulas defeituosas e o s n o v e restantes apresentaram vários p r o b l e m a s elétricos internos. S u r p r e e n d e n t e m e n t e , n o v e d o s vinte e dois equipamentos mais novos necessitaram de m a i o r e s reparos. 1 3 G U I R R O et a l . a n a l i s a r a m 31 e q u i p a m e n t o s , e m u s o nas clínicas e d e p a r t a m e n t o s de fisioterapia através d o m é t o d o d a força d e r a d i a ç ã o , no m o d o c o n t í n u o e p u l s a d o , n a freq ü ê n c i a d e 1 M H z , n a s intensidades d e 0 , 1 ; 0,2; 0 , 5 ; 0 , 8 ; 1,0; 1,5; 2 , 0 ; 2 , 5 ; 3,0 W c n r . C o m o resultado o b s e r v a r a m a total ineficiência d e 3 e q u i p a m e n t o s q u e n ã o e m i t i a m energia ultra-sônica em n e n h u m a d a s intensidades aferidas. A m a i o r i a d o s e q u i p a m e n t o s apresentaram perdas e m t o r n o d e 5 0 % , c h e g a n d o a l g u n s , n a s intensidades m a i s e l e v a d a s , em perdas d e 9 0 % , q u a n d o c o m p a r a d a s as intensidades a p r e s e n t a d a s n o painel. 2 AGENTES DE ACOPLAMENTO O s agentes d e a c o p l a m e n t o s ã o u s a d o s nas aplicações d o ultra-som t e r a p ê u t i c o e m virtude deste n ã o se p r o p a g a r n o ar, fazendo c o m q u e o coeficiente d e a t e n u a ç ã o entre o s dois m e i o s e n v o l v i d o s se t o r n e m similares, e assim q u a s e t o d a a intensidade incidente seja transmitida. Existe u m a grande variedade desses agentes d e a c o p l a m e n t o u s a d o s n a prática clínica, q u e p o d e m ser: gel, glicerina, á g u a destilada, parafina líquida, entre o u t r o s . A s razões para o u s o d e u m d e t e r m i n a d o tipo d e a g e n t e tem sido questionadas e i n v e s t i g a d a s . A partir dessas pesquisas p e r c e b e u - s e q u e u m g r a n de n ú m e r o dos agentes d e a c o p l a m e n t o utilizad o s n ã o t r a n s m i t e m a i n t e n s i d a d e esperada. 510 GARNET e DAVID 1 0 demonstraram que a energia t r a n s m i t i d a nos diferentes m e i o s , foi s e m p r e inferior a incidente. O s autores citam u m a t a x a de 1 9 , 0 6 % de transmissão da energia ultra-sônica para a parafina líquida, 6 7 , 6 5 % p a r a a glicerina e 7 2 , 6 % p a r a o gel h i d r o s solúvel. 5 DOCKER e PATRICK reafirmam a eficiência do gel, tendo a parafina líquida c o m o ineficiente. Estas pesquisas, apesar de muito restritas, são de g r a n d e i m p o r t â n c i a pela influência que esses agentes exercem sob a dose terapêutica efetiva, p o d e n d o então ser mais um dos fatores causadores da diminuição da intensidade d o ultra-som terapêutico q u e incide no paciente. análise qualitativa, o qual indicará a e m i s s ã o ou n ã o d a e n e r g i a u l t r a - s ô n i c a . A p o s s i b i lidade de calibração d o U S T , n o m o m e n t o , está e x c l u s i v a m e n t e n a s indústrias fabricantes. C a b e frisar q u e este p r o c e d i m e n t o n ã o g a r a n t e q u e os p a d r õ e s d e d o s e sejam restabelecidos à níveis satisfatórios, h a v e n d o n e c e s sidade d a solicitação de u m a tabela de ajuste entre a intensidade s e l e c i o n a d a n o painel e a q u e e f e t i v a m e n t e é e m i t i d a pelo t r a n s d u t o r q u a n d o estes p a d r õ e s não são atingidos. U m p o n t o a favor da b o a calibração é que, n u m d e p a r t a m e n t o o n d e pacientes são assistidos p o r e q u i p a m e n t o s q u e a p r e s e n t a m alterações n a intensidade acústica, os resultados d o t r a t a m e n t o p o d e r ã o ser insatisfatórios. CONCLUSÕES A l é m disso, t o d a p e s q u i s a científica q u e visa A r e v i s ã o a p r e s e n t a d a m o s t r a q u e os e q u i p a m e n t o s de u l t r a - s o m t e r a p ê u t i c o , em nível m u n d i a l , a p r e s e n t a m um d e c r é s c i m o d a e n e r g i a e m i t i d a , q u e e s t á r e l a c i o n a d o a o seu uso. L o g o , a aferição d o e q u i p a m e n t o deveria ser a d o t a d a c o m o r o t i n a p e l o s u s u á r i o s , p r o p o r c i o n a n d o u m r e c u r s o d e m a i o r confiabilid a d e , r e s u l t a n d o em t e r a p i a s m a i s eficientes. O teste d a c a v i t a ç ã o d e v e ser realizado p e r i o d i c a m e n t e m e s m o em se tratando de u m a o u s o d a e n e r g i a ultra-sônica, s o m e n t e tornase confiável q u a n d o realizada a aferição e, se n e c e s s á r i o , a c a l i b r a ç ã o p r é v i a aos e n s a i o s experimentais. É importante ressaltar que além da n e c e s s i d a d e de aferição, d e v e - s e ter a t e n ç ã o especial para o agente de a c o p l a m e n t o escolhido, pois este pode diminuir a intensidade incidente n o p a c i e n t e , s e n d o o gel hidrossolúvel o mais indicado. G U I R R O , R., S A N T O S , S.C.B. The reality of acoustic power emitted by therapeutic ultrasound equipment: a revision. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 76-82, jul. I dez., 1997. ABSTRACT. The safety and efficiency of ultrasonic therapy may be compromised if the outlet power on the tranducer differs considerably from the value indicated on the equipment panel. This fact may be seen in the various publications which approach the referenced theme, where various studies determine that over 5 0 % of equipment in routine use in clinics and physiotherapy departments are out of the specifications recommended by the International Electrotechinical Commission (IEC). This occurs as a result of the non regulation of technical production standards, the wear of the equipment itself in use and by the non adoption of routine metrological procedures on the part of the physiotherapist. The precision of the acoustic intensity would enable a more efficient therapy, besides the reproduction of protocols already defined in literature. Another important factor to be pointed out is the material used for coupling the ultrasonic transducer, where of the various means utilized, some propiciate the atenuation of irradiated energy. This revision intends to update the professional therapeutic ultrasound user, as well as make him aware of the need for adopting metrological measures for the equipment in use as routine practice. KEYWORDS. Ultrasonic therapy, methods. Ultrasonic therapy, utilization. Physical therapy, trends. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. A L L E N , K. G. R., B A T T Y E , C. K. P e r f o r m a n c e of u l t r a s o n i c t h e r a p y instrument. Physioterapy, v. 64, n. 6, p. 174-9, 1978. 2. A M E R I C A N N A T I O N A L INSTITUTE. American standard specification for ultrasonic therapeutic Equipment. New York, American National Institute, 1956. 3. BHAGWANDIN, N. Characterization of the acoustic output of therapeutic ultrasound equipment. Fisioterapie, v. 48, n. 1, p. 46, 1992. B R E I T S C H W E R D T , C , E L I A S , D., FERRARI, M., RATTO, R. As variáveis físicas do ultra-som terapêutico: uma revisão. Rev. Ciênc. Tecnoi, v. 4, n. 9, p. 31-41, 1996. 13. G U I R R O , R., S E R R Ã O , F., E L I A S , D., B U C A L O N , A. J. C a l i b r a t i o n of therapeutic ultrasound equipment. Physiotherapy, [no prelo] 14. H E K K E N B E R G , R. T., R E I B O L D , R., Z E P I R I , B. Evaluation of ultrasound therapy devices. Physioterapy, v. 72, p. 390-5, 1986. 4. BUCALON, A. J., BATISTA I. L. Força de radiação acústica e sua medida. Rio Claro, 1993. Trabalho de Iniciação Científica, Departamento de Física. Universidade Estadual Paulista. 15. HILDERSLEY, K. A simple calorimeter for monitoring the output power of ultrasound therapy machines. Physioterapy, v. 80, n. 4, p. 219-23,1994. 5. BURNS, P. N., McDIJARMID, T. Clinicai 16. HILL, C. R. Proposed facility for ultrasound applications of therapeutic ultrasound. exposimetry and calibration. Physiotherapy, Med. Biol., v. 1, p. 475, 1975. v. 73, p. 155-62, 1987. 6. D O C K E R , M. F., P A T R I C K , M. K. Ultrasound couplants for physiotherapy. Physiotherapy, v. 68, n. 4, p. 124-5, 1982. 7. DOCKER, M. F. A review of instrumentation a v a i l a b l e for t h e r a p e u t i c u l t r a s o u n d . Physiotherapy, v. 73, p. 4, 1987. 8. D Y S O N , M. M e c h a n i s m s i n v o l v e d in therapeutic ultrasound. Physiotherapy, v. 73, p. 116-20, 1987. 9. F Y F E , M. C , P A R N E L L , S. M. T h e importance of measurement of effective transducer radiating area in the testing and calibration of "therapheutic" ultrasonic instruments. Health Phys., v. 43, n. 3, p. 377-81, 1982. 10. GARNET, E. C , DAVID, C. R. Efficiency of ultrasound coupling agents. 17. I N T E R N A T I O N Ultrasound ELECTROTECHICAL COMMISSION (IEC). Particular requirements for the safety of ultrasonic therapy equipment. G e n e v a , 1984. [Publication 601-2-5] 18. KORPEL, A., KESSLER, L., AHMED, A. Bragg diffraction sampling of a sound field. Jasa, v. 51, p. 1582-92, 1972. 19. L A B A R T K A V A , E. K. A t h e r m o e l e t r i c ultrasonic pick-up with semi-condutor thermistor. Sov.Phys-Acoustics.v. 6, p. 46871,1971. 20. LLOYDE, J. J., EVANS, J. A. A. calibration survey of p h y s i o t e r a p y u l t r a s o u n d equipment in North Wales. Physioterapy, v. 74, n. 2, p. 56-61, 1988. Physioterapy, 21. PYE, S. D., MILFORD, C. The performance 11. G U I R R O , R., S E R R Ã O , F., E L I A S , D., of ultrasound physioterapy machines in Lothian, Scotland, 1992. Ultrasound Med. Biol.,v. 20, n. 3, p. 347-59, 1994. v. 63, n. 8, p. 255-7, 1977. B U C A L O N , A. J. - D o s i m e t r i a de a p a r e l h o s de u l t r a - s o m t e r a p ê u t i c o utilizando balança semi-analítica. Rev. Bras. Fisioter., v. 1, n. 2, p. 79-82, 1996. 12. GUIRRO, R., GUIRRO, E. C. O., 22. REPACHOLI, M. H., BENWELL, D. A. Using surveys of ultrasound therapy devices to draft performance standards. Health Phys., v. 36, p. 679-86, 1979. 23. STEWART, H. F., HARRIS, G. R., HERMAN, B. A., ROBINSON, R. A., HARAN, M. E., M c C A L L , G. R., C A R L E S S , G., REES, D. Survey of use and performance of ultrasonic therapy equipament in Pinellas Recebido para publicação: 15/08/97 Aceito para publicação: 15/09/97 County. Florida. Phys. Ther., v. 54, p. 707-15, 1974. 24. WILLIAMS, R. Production and transmission of ultrasound. Physioterapy, v. 73, p. 1136, 1987. LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS EM DIGIT ADORES DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO BANESTADO LONDRINA, PARANA, BRASIL Eliane de Barros Barbosa*, Fabíola Dinardi Borges*, Luciana de Paula Dias*, Gisele Fabris*, Fernanda Frigeri*, CelitaSalmaso** BATISTA, E.B., BORGES, F.D., DIAS, L.P., FABRIS, G., FRIGERI, F., SALMASO, C. Lesões por esforços repetitivos em digitadores do Centro de Processamento de Dados do Banestado Londrina, Paraná, Brasil. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 83-91, jul. / dez., 1997. RESUMO: Lesões por Esforços Repetitivos (LER) é uma síndrome de difícil diagnóstico caracterizada por distúrbio de músculo tendinoso, principalmente dos membros superiores, ombros e pescoço, causada pela sobrecarga de um grupo muscular particular, devido ao uso repetitivo ou à manutenção de posturas inadequadas, resultando em dor, fadiga e declínio no desempenho profissional. O termo LER, adotado no Brasil, não é mais utilizado, preferindo-se, atualmente, a denominação Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). O difícil tratamento da DORT justifica o estudo sobre os principais fatores predisponentes e uma forma de previni-los. Foram analisados quarenta digitadores do Centro de Processamento de Serviços do Banestado Londrina, PR., suas queixas e seu local de trabalho. Através de questionários e observação dos fatores ocupacionais associados ao aparecimento das DORT, constatouse que a maioria referiu dores em ombro, cotovelo e mãos; 4 4 % dos entrevistados haviam procurado assistência médica por problemas como tenossinovite, bursite e tendinite, dos quais 7 8 % tiveram que se afastar do trabalho. Os resultados obtidos em nosso estudo sugerem que os tipos de movimentos utilizados para a realização das tarefas, a falta de alguns fatores básicos de ergonomia e de orientação quanto à prevenção contribuem para a instalação das DORT. DESCRJTORES: Doenças ocupacionais, diagnóstico. Computadores. INTRODUÇÃO O termo "Repetition Strain Injuries" (RSI), equivalente ao termo Lesões por Esforços Repetitivos (LER), adotado no Brasil, praticamente não é mais utilizado. A t u a l m e n t e , a d e n o m i n a ç ã o m a i s utilizada é Work-Related Musculoskeletal Disorders ( W R M D ) , a l g u m a coisa p a r e c i d a c o m D o e n ças O s t e o m u s c u l a r e s R e l a c i o n a d a s ao T r a b a l h o ( D O R T ) . E s s a d e n o m i n a ç ã o destaca o t e r m o "distúrbios" a o invés d e " lesões", pois * Acadêmicos do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina, PR. ** Coordenadora da Disciplina de Fisioterapia Preventiva e Saúde Pública da Universidade Estadual de Londrina, PR. Endereço para correspondência: Fernanda Frigeri. Rua Prudente de Morais, 615. Jardim Champagnat. 86062-110 Londrina, PR. c o r r e s p o n d e a o q u e se p e r c e b e n a p r á t i c a : o c o r r e m distúrbios n u m a fase p r e c o c e ( c o m o fadiga, p e s o nos m e m b r o s , d o l o r i m e n t o ) , apar e c e n d o as lesões n u m a fase m a i s adiantada. A s l o m b a l g i a s a i n d a são as m a i s freqüentes, mas a incidência das lesões nos m e m b r o s superiores t e m a u m e n t a d o ( C O U T O ) . p r i m e i r a caracteriza-se pelos esforços repetitivos, e t e m c o m o a g r a v a n t e a s o b r e c a r g a de trabalho. A s í n d r o m e por s o b r e c a r g a estática é provocada pela m a n u t e n ç ã o de posturas contraídas, e atinge p r i n c i p a l m e n t e a m u s c u latura c e r v i c a l , l o m b a r e c i n t u r a e s c a p u l a r C o n h e c i d a em séculos p a s s a d o s c o m o " d o e n ç a d o s e s c r i b a s " , as D O R T a t i n g e m , a t u a l m e n t e , t r a b a l h a d o r e s de diversas áreas. Especialistas em Medicina do Trabalho e s t i m a m q u e 5 % a 1 0 % d o s digitadores são p o r t a d o r e s d e D O R T . N a F r a n ç a , j á são o maior m o t i v o de afastamento do trabalho, comprometendo a produtividade (FOLHA D E L O N D R I N A ) . E m S ã o Paulo, d o s 2 8 4 casos de tenossinovite registrados nas agências do I N S S , n o p e r í o d o de n o v e m b r o de 1986 a d e z e m b r o de 1987, 88,3%) e r a m em digitadores ( R O C H A ) . Entre 1988 e 1992, o d i a g n ó s t i c o d a D O R T , n o s E U A a u m e n t o u 144%), ating i n d o 2 8 2 mil pacientes. T a n t o lá c o m o aqui no Brasil, sabe-se q u e o n ú m e r o de casos é muitas vezes superior ao das estatísticas oficiais. S ã o pacientes q u e estão se a u t o m e d i c a n d o , outros q u e se tratam m a s n ã o c o m u n i cam o fato às e m p r e s a s e o u t r o s a i n d a q u e e s c o n d e m o diagnóstico, c o m receio de p e r d e rem o c a r g o ou a função ( A N T O N Á L I A ) . D a d o s m a i s r e c e n t e s a p o n t a m o a u m e n t o d a incidência da D O R T , p r i n c i p a l m e n t e nos m e m b r o s superiores, n o m u n d o inteiro. E m b o r a a i n d a seja difícil d e f i n i r o n ú m e r o , d a d o s m a i s confiáveis v ê m d o s E U A , o n d e se e s t i m a q u e o n ú m e r o de a c o m e t i m e n t o s é de cerca de 3,2 a 3,5 t r a b a l h a d o r e s p o r c o n t i n g e n t e de 100 e o n ú m e r o m é d i o de dias de afastamento, q u a n d o esse o c o r r e é de 2 0 dias ( C O U T O ) . A fase I, início das lesões, caracterizase pelo desconforto q u e g e r a l m e n t e a p a r e c e no final d o dia de trabalho, por não haver sinais clínicos a p a r e n t e s e pela d o r s o m e n t e que é sentida q u a n d o a parte afetada for comprimida. N a fase II, h á d o r e d e s c o n f o r t o d u r a n t e o t r a b a l h o e à noite, s e n d o m a i s i n c ô m o d a nos p e r í o d o s de m a i o r m o v i m e n t o , g e r a n d o perda de r e n d i m e n t o . A d o r é m a i s localizada e p o d e vir a c o m p a n h a d a de parestesia e leves distúrbios de sensibilidade. N a fase III a d o r passa a ser c o n t í n u a e de irradiação m a i s definida, d i m i n u i n d o de intensidade nas horas de repouso, m a s aparece freqüentemente à noite. Perdese a força m u s c u l a r p o d e n d o ocorrer a i m p o s sibilidade de se e x e c u t a r a função. Já na fase IV a d o r é forte, contínua, e se manifesta m e s m o c o m a imobilização d o m e m b r o e c h e g a a ser insuportável levando a intenso sofrimento. O e d e m a é c o m u m e p o d e m ocorrer deformid a d e em função d o d e s u s o . É c o n s t a t a d a a i n c a p a c i d a d e para o t r a b a l h o , p o d e n d o acarretar neste estágio, alterações psicológicas com q u a d r o s de d e p r e s s ã o , a n s i e d a d e e angústia 5 8 1 3 1 5 As D O R T s incluem: tenossinovite, s í n d r o m e d o túnel d o carpo, tendinite, epicondilite, bursite, miosite, síndrome cervicobraquial, s í n d r o m e d o desfiladeiro torácico, o m b r o doloroso, lombalgia e outras patologias a s s o c i a d a s à fadiga m u s c u l a r p r i n c i p a l m e n t e de o m b r o e p e s c o ç o ( R O C H A ) . 1 3 H á dois tipos d e s í n d r o m e por e x c e s s o de uso: a p r o v o c a d a p o r s o b r e c a r g a d i n â m i c a e a p r o v o c a d a por sobrecarga estática. A 8 (FOLHA DE LONDRINA) . ( H O E F I L e L E C H , L.E.R., M A N U A L D A L E R D O BANCO DO B R A S I L ) 9 1 0 ". O s fatores q u e facilitam o a p a r e c i m e n t o das D O R T p o d e m ser específicos (traumatism o s anteriores, fatores h o r m o n a i s , psicológicos e congênitos) ou gerais: projeto de trabalho não a d e q u a d o c o m s o b r e c a r g a m u s c u l a r ; tipo de tarefa c o m m o v i m e n t o s r á p i d o s e repetitivos de antebraço, p u n h o , m ã o s e d e d o s ; instrum e n t o de t r a b a l h o i n a d e q u a d o , f a c i l i t a n d o d e s v i o ulnar e s u p i n a ç ã o d o p u n h o ; a m b i e n t e de trabalho i m p r ó p r i o ( m á i l u m i n a ç ã o , ruído e x c e s s i v o ) ; s o b r e c a r g a de trabalho c o m falta de p e r í o d o s de d e s c a n s o e freqüentes horas extras; c o m p e t i ç ã o ; p r e d i s p o s i ç ã o fisiológica e carga m u s c u l a r estática imposta pela postura aos m ú s c u l o s de p e s c o ç o e região d o s o m b r o s 1 3 (ROCHA) . P e s q u i s a s r e a l i z a d a s c o m 53 casos de lesões em o p e r a d o r e s d e c o m p u t a d o r , verific a r a m q u e o s n í v e i s d e estresse e r a m altos; q u e o local d e t r a b a l h o e r a irregular d e v i d o a fatores c o m o a g l o m e r a ç ã o , m á i l u m i n a ç ã o e equipamento ergometricamente inadequado; que o mal posicionamento do punho durante os m o v i m e n t o s d a m ã o (dorsiflexão e/ou d e s vio ulnar, p e r m a n ê n c i a d o p o l e g a r em e x t e n são e a b d u ç ã o e h i p e r e x t e n s ã o d o quinto d e d o ) e que a manutenção de posturas errôneas, c o m o cifose, l o r d o s e e escoliose, p o d e r i a m levar a u m a v a r i e d a d e d e lesões ( P A S C A R E L L I 1 2 e KELLA) . O d i a g n ó s t i c o d a D O R T é difícil, pois seus sinais e s i n t o m a s se c o n f u n d e m c o m os de d o e n ç a s r e u m á t i c a s . O d i a g n ó s t i c o p r e c o c e e i m p r e s c i n d í v e l p a r a a c u r a d o distúrbio e se os s i n t o m a s n ã o forem tratados n o início tend e m a t o r n a r - s e c r ô n i c o s o u irreversíveis, sendo que a prevenção é a melhor solução para a s s e g u r a r u m m e l h o r r e n d i m e n t o d o trabalha8 dor n a e m p r e s a ( F O L H A D E L O N D R I N A ) . Justifica-se, assim, o objetivo d o presente estudo em pesquisar os principais p r o b l e m a s r e l a c i o n a d o s c o m a d i g i t a ç ã o e u m a f o r m a de preveni-los. METODOLOGIA População de Estudo Participaram d a p e s q u i s a 4 0 pessoas (21 m u l h e r e s e 19 h o m e n s ) q u e t r a b a l h a v a m c o m digitação n o B a n e s t a d o , d u r a n t e o p e r í o d o de s e t e m b r o a n o v e m b r o de 1995, c o m u m a faixa etária entre 18 a 3 9 a n o s , n u m a m é d i a d e a p r o ximadamente 28 anos. Local de Pesquisa O e s t u d o foi d e s e n v o l v i d o j u n t o ao C e n tro de P r o c e s s a m e n t o de S e r v i ç o s e a g ê n c i a s do B a n e s t a d o , Londrina, responsável pela c o m p e n s a ç ã o d e c h e q u e s de Londrina e região. Material Os dados foram coletados mediante a utilização de u m q u e s t i o n á r i o e a o b s e r v a ç ã o do posto de trabalho. O q u e s t i o n á r i o c o n t i n h a 14 q u e s t õ e s fechadas e semi fechadas referentes a: sexo, idade, t e m p o de t r a b a l h o , h o r a s d e digitação/ dia, turno na empresa, realização de intervalos, local e características d a dor; prática esportiva, realização de a l o n g a m e n t o s ou r e l a x a m e n t o s durante o intervalo, n e c e s s i d a d e d e assistência m é d i c a , c o n h e c i m e n t o e interesse e m particip a r d e u m p r o g r a m a d e t r a t a m e n t o fisioterápico. A l é m d o q u e s t i o n á r i o , a equipe utilizouse da observação do local de trabalho atendo-se à postura dos trabalhadores, aos m o v i m e n t o s realizados, ao posicionamento dos e q u i p a m e n tos e a o n ú m e r o d e t o q u e s p o r hora. Procedimentos Inicialmente m a n t e v e - s e c o n t a t o c o m a e m p r e s a e foi o b t i d a a d e v i d a p e r m i s s ã o . E m s e g u i d a , foram c o n f e c c i o n a d o s o s q u e s t i o n á rios e distribuídos, t a n t o n o C e n t r o d e P r o c e s s a m e n t o q u a n t o nas a g ê n c i a s d o B a n e s t a d o , p a r a a q u e l e s q u e t r a b a l h a m c o m digitação. O supervisor da área recebeu 50 questionários, d o s quais 4 0 foram respondidos e devolvidos no prazo de u m a semana. Convém destacar que não houve nenhum contato ou entrevista c o m os digitadores, u m a v e z q u e estes se e n c o n t r a v a m em horário de trabalho. R e a l i z o u - s e u m a análise d a s c o n d i ç õ e s de trabalho n o C e n t r o q u a n t o à p o s t u r a m a n t i d a pelo trabalhador, a p o i o p a r a pés, p u n h o s e a n t e b r a ç o , i l u m i n a ç ã o , ruídos, t e m p e r a t u r a e dimensões para e q u i p a m e n t o s de trabalho com o computador (cadeira, mesa, tela). U t i l i z a r a m - s e 2 dias p a r a o b s e r v a ç ã o , c o m p e r m a n ê n c i a de 2 h o r a s n o local, nos períodos vespertino e noturno. Os dados relevantes foram a n o t a d o s . Visitou-se a C o m i s s ã o Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Hospital E v a n g é l i c o de L o n d r i n a , c o m o objetivo de c o n h e c e r sua a t u a ç ã o frente aos digitadores (uso de u m a tala que evita m o v i m e n t o s indesejados d o p u n h o ; a d a p t a ç ã o d o teclado, cadeira, m e s a , a p o i o para os pés e orientação de exercícios d e a l o n g a m e n t o ) . RESULTADOS Análise dos Questionários C o m a coleta de d a d o s e posterior análise encontroü-se u m a m é d i a de 6 horas de trabalho . n a e m p r e s a , s e n d o o p e r í o d o n o t u r n o de m a i o r u s o d o c o m p u t a d o r . A Lei N R 1 7 , em v i g ê n c i a d e s d e 19,88, e s t a b e l e c e intervalos fixados em 10 m i n u t o s p a r a c a d a 50 m i n u t o s digitados, p o r é m os resultados obtidos afirmam que 9 , 8 % dos entrevistados n ã o realizavam n e n h u m tipo de d e s c a n s o d u r a n t e a digitação. E m m é d i a , n u m p e r í o d o de 10 m i n u t o s , 2 0 0 c h e q u e s eram c o m p e n s a d o s p r o m o v e n d o um trabalho de 5 t o q u e s p o r c h e q u e , p e r f a z e n d o u m total de 6.000 t o q u e s por hora. D o s d i g i t a d o r e s , 8 7 , 5 % referiram d o r , sendo a incidência n o sexo feminino de 9 0 , 9 % e n o m a s c u l i n o , 8 3 , 3 % , 6 5 , 7 % caracterizaram a dor c o m o d o tipo q u e i m a ç ã o e q u e se m a n i festava p r i n c i p a l m e n t e d u r a n t e a d i g i t a ç ã o , englobando 6 0 % das respostas do questionário sobre o p e r í o d o d e a p a r e c i m e n t o d a dor. C o m relação às queixas, os locais de maior incidência estão ilustrados n o Gráfico 1. GRÁFICO 1 - LOCAIS DE MAIOR INCIDÊNCIA DE QUEIXAS EM DIGITADORES DO CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO BANESTADO - LONDRINA, PR. C o m relação à realização de atividades físicas, 4 , 3 % dos digitadores eram sedentários, não praticantes de relaxamento ou alongamento específico, enquanto 6 1 , 8 % utilizavam-se dos exercícios apenas para o alívio das dores. Estes eram realizados no local de trabalho durante os intervalos (a cada 50 minutos) e constituíam-se de e x e r c í c i o s ativos gerais de m e m b r o s superiores e coluna cervical, principalmente exercícios de alongamento e relaxamento. O s 3 3 , 9 % restantes realizavam atividade física fora d o a m b i e n t e de t r a b a l h o c o m o c a m i n h a d a , n a t a ç ã o , h i d r o g i n á s t i c a e futebol n u m a freqüência de 3 v e z e s por s e m a n a . N u - m a análise correlativa cruzada, enfatiza-se que dos que não realizavam atividade física 44,1 % a p r e s e n t a v a m queixa. Os distúrbios relacionados com a digitação tiveram sua incidência na ordem c r e s c e n t e d e : c e r v i c a l g i a , t e n d i n i t e , bursite e tenossinovite. Entre aqueles que apresent a v a m d i s t ú r b i o s , 4 4 % n e c e s s i t a r a m de a c o m p a n h a m e n t o m é d i c o e, de a c o r d o com as r e c o m e n d a ç õ e s deste, e n c o n t r a m o s os seguintes n ú m e r o s de a f a s t a m e n t o s : 1 6 , 7 % dos digitadores afastados por u m a m é d i a de 110 dias, um d i g i t a d o r por 7 anos e 4 1 , 7 % por t e m p o i n d e t e r m i n a d o . (Gráfico 2) GRAFICO 2 - RECOMENDAÇÕES MÉDICAS PARA DIGITADORES D O CENTRO DE PROCESSAMENTO DE D A D O S D O B A N E S T A D O - L O N D R I N A , PR. N o q u e diz respeito aos digitadores afastados, 7 6 , 5 % voltaram a digitar dos quais 6 8 , 8 % t i v e r a m r e c i d i v a dos p r o b l e m a s . M e s m o que 4 6 , 7 % dos digitadores não tivessem conhecimento sobre a atuação físioterápica nas D O R T , 6 4 , 5 % mostravamse interessados e m participar de u m p r o g r a m a p r e v e n t i v o n e s s a área. Observação do Posto de Trabalho O s e q u i p a m e n t o s c o n s t i t u í a m - s e de um terminal de c o m p u t a d o r e 4 c o m p e n s a d o r e s de cheques, dispostos n u m a m e s a única, s e n d o q u e a tela era centralizada. O t e c l a d o situavase n u m n í v e l inferior e o c o m p e n s a d o r de c h e q u e s lateralizado a e s q u e r d a , c o m p r e e n d e n d o u m c a m p o de t r a b a l h o de 6 4 cm para c a d a digitador. A m e s a de f ó r m i c a b r a n c a tinha 80 cm de largura e 7 0 c m de altura. Foi o b s e r v a d o também que havia um excesso de material sobre a m e s a . A tela era de fundo preto, c o m b o a legibilidade, e s t a v a a 6 0 c m d o d i g i t a d o r e disposta p a r a l e l a m e n t e às j a n e l a s . A i l u m i n a ç ã o local era obtida de forma semidireta através d e 3 t u b o s fluorescentes, Os m o v i m e n t o s e x e c u t a d o s , restringiamse à m o v i m e n t a ç ã o rápida de flexão e extensão dos d e d o s da m ã o direita c o m e x t e n s ã o de p u n h o , para acessar as teclas, e n q u a n t o o dedo indicador da m ã o esquerda realizava um m o v i m e n t o de flexão, e s t a n d o o p u n h o em h i p e r e x t e n s â o e o o m b r o m a n t i d o estaticam e n t e em u m a flexão m e n o r de 90°. Da postura mantida pelos digitadores, constatou-se q u e , c o m g r a n d e freqüência, a c a b e ç a era a n t e r i o r i z a d a e i n c l i n a d a p a r a a esquerda, a fim de visualizar o c o m p e n s a d o r de c h e q u e s , assim o t r o n c o ficava r o d a d o para direita. O s t r a b a l h a d o r e s s e n t a v a m sobre o sacro, sem apoiar t o t a l m e n t e a r e g i ã o dorsal, fazendo u m a inclinação posterior d o t r o n c o e flexão de quadril e m t o r n o de 120°. O s pés e r a m m a n t i d o s a p o i a d o s t o t a l m e n t e n o solo, s e n d o q u e m u i t o s digitadores e n c o n t r a v a m se c o m os pés c r u z a d o s . E de grande importância ressaltarmos que os d i g i t a d o r e s r e a l i z a v a m ajustes p o s t u r a i s p e r i o d i c a m e n t e , sem c o n t u d o atingirem u m a p o s i ç ã o que fosse e r g o n o m i c a m e n t e correta. A s p o s t u r a s d e s c r i t a s a c i m a e r a m as m a i s comumente adotadas. dispostos e m p a r a l e l o e c o m b o a intensidade, p o r é m s e m tela d e p r o t e ç ã o . DISCUSSÃO A cadeira, de c o u r v i m , com altura r e g u l á v e l , n ã o p o s s u í a a p o i o p a r a os a n t e braços ou a p o i o r e g u l á v e l para região dorsal. S e g u n d o S M I T H , a l g u n s fatores p o d e m ser p r e d i s p o n e n t e s d a s D O R T , c o m o : s e x o feminino, idade a c i m a de 4 0 a n o s , o b e s i d a d e , 15 diabetes, artrite ou alterações hormonais. Ainda, s e g u n d o S M I T H , a falta d e exercícios físicos r e g u l a r e s t a m b é m p o d e a u m e n t a r a p r o b a b i l i d a d e d e u m a pessoa d e s e n v o l v e r as doenças. 15 Há muitos anos preconiza-se a existência de p e r í o d o s d e p a u s a para r e p o u s o , a fim de garantir a r e c u p e r a ç ã o física d e u m p r o c e s s o de fadiga m u s c u l a r o r g â n i c a e m i c r o t r a u m a s de estruturas c o m o t e n d õ e s , b a i n h a s e bolsas sinoviais. D i v e r s o s a u t o r e s c o l o c a m q u e as p a u s a s p o d e m ser passivas o u ativas. A l g u n s estudos d e m o n s t r a m q u e a introdução de pausas freqüentes para descanso, além de reduzir a incidência d a s disfunções a u m e n t a 2 a produtividade (BARREIRA) . O t r a b a l h o c o m atividades de alta repetitividade é c o n s i d e r a d o c o m o u m fator de risco i m p o r t a n t e p a r a o a p a r e c i m e n t o e d e s e n v o l v i m e n t o das D O R T . H á autores q u e classificam e m alta repetitividade as atividades q u e s ã o c u m p r i d a s n o m á x i m o e m 3 0 s e g u n d o s ou a q u e l a s q u e r e q u e r e m a repetição d e p a d r õ e s d e m o v i m e n t o similares p o r mais d e 5 0 % d o ciclo d e trabalho. A f i r m a m que o n ú m e r o d e t o q u e s p o r h o r a d e v a ser menor q u e 8.000. Em nossos estudos, e n c o n t r a m o s u m a m é d i a d e t o q u e s inferior à proposta pelo autor, e u m a pequena p o r c e n t a g e m d e d i g i t a d o r e s q u e n ã o realizavam as pausas, contribuindo, provavelmente, à grande incidência de queixas 2 4 encontradas (BARREIRA, C O U T O ) . Os dados coletados c o a d u n a m c o m o s de Sato n o que se referem à característica da dor. Este afirma q u e pacientes p o r t a d o r e s de distúrbios m ú s c u l o - l i g a m e n t a r e s relacionados ao trabalho a p r e s e n t a m dificuldade para precisar a característica d a dor, e m b o r a alguns a d e s c r e v e s s e m c o m o : q u e i m a ç ã o , alfinetadas, aperto ou i n c ô m o d o ( S A T O et a i . ) . 14 N ã o há, n a literatura, d a d o s inerentes a o t e m p o d e afastamento dos t r a b a l h a d o r e s com D O R T . N u m a análise d a s c o m u n i c a ç õ e s de acidentes de trabalho registradas no município de São Paulo foi o b s e r v a d o q u e a p e n a s 6 , 7 % dos c a s o s d e t e n o s s i n o v i t e t i v e r a m afastam e n t o m e n o r e s d e 15 dias e q u e 7 0 , 3 % foram afastados por mais d e 9 0 dias ( R O C H A ) " . A postura m a n t i d a pelos digitadores e os equipamentos, descritos anteriormente, no que diz respeito a o s fatores e r g o n ô m i c o s , a p r e s e n t a v a m várias falhas: a falta d e apoio para a n t e b r a ç o , p u n h o e p é s ; altura d a tela i n a d e q u a d a , a b a i x o d a linha horizontal d o s o l h o s , e x i g i n d o q u e o d i g i t a d o r faça u m a inclinação a n t e r i o r d a c a b e ç a ; c a d e i r a s e m ajuste d o e n c o s t o , f i c a n d o este e m regiões v a r i a d a s d a c o l u n a ; e falta d e e s p a ç o para deslocar o t e c l a d o ( F i g u r a 1). Estes fatores contribuirão ao desgaste progressivo da coluna, stress d a m u s c u l a t u r a e a u m e n t o d a tensão ligamentar, ocasionando, assim, a instalação dos distúrbios (CALL1ET) . 3 FIGURA 1 - C A D E I R A C O M R E G U L A G E M PARA M E M B R O S INFERIORES E Q U A DRIL. E N C O S T O RETO, A U S Ê N C I A D E APOIO PARA C O T O V E L O S E P U N H O S ; A L T U R A D A T E L A INFERIOR À LINHA D O S O L H O S A l g u n s autores fazem várias r e c o m e n d a ções e comentários para o trabalho com c o m p u t a d o r e s . S e g u n d o estes, a cadeira d e v e ter altura r e g u l á v e l , b o r d a anterior arred o n d a d a e permitir o total a p o i o das coxas sem c o m p r e s s ã o da r e g i ã o p o p l í t e a . A m e s a de t r a b a l h o d e v e ser feita de m a t e r i a l n ã o reflexivo, e v i t a n d o - s e o uso de fórmica branca e vidro. A l é m d i s s o , é i m p o r t a n t e q u e a disposição dos utilitários, na m e s a de t r a b a l h o , seja feita de m o d o a evitar d e s l o c a m e n t o s constantes d o trabalhador. N a p o s t u r a sentada, o ideal é que a c o l u n a esteja ereta f a z e n d o u s o d o apoio dorsal e os pés a p o i a d o s p a r a l e l a m e n t e , e v i t a n d o - s e c r u z a r as pernas d e b a i x o da m e s a para p r e v e n i r o e d e m a de m e m b r o s inferiores 4 7 (COUTO. DUL E W E E R D M E E S T E R ) . A pressão n o disco intervertebral, é 5 0 % maior no indivíduo sentado d o que em pé. Essa pressão a u m e n t a tanto q u a n t o mais inclinado p a r a frente e s t i v e r o i n d i v í d u o . Este p a r a compensar, tende a apoiar o cotovelo na mesa, p o d e n d o causar a c o m p r e s s ã o d o n e r v o ulnar. E por isto que q u a n t o m a i s i n c l i n a d o posteriormente e apoiado estiver o tronco, m e n o r será o risco de lesões na coluna, princip a l m e n t e ao nível l o m b a r o n d e s u p o r t a m - s e as maiores pressões. N o p e s c o ç o , u m a inclinação excessiva da cabeça, c o m o e n c o n t r a d a em n o s s o s estudos (Figura 2), resulta em esforço estático e fadiga, assim c o m o a sustentação e fixação dos olhos, em superfícies muito elevadas, resulta em c o n t r a ç ã o estática dessa m u s culatura. FIGURA 2 - I N C L I N A Ç Ã O L A T E R A L D A C A B E Ç A C O M C O N S T A N T E M O V I M E N T A ÇÃO D O M E M B R O SUPERIOR ESQUERDO C o m b a s e nesses d a d o s , estudiosos afirm a m q u e a linha s u p e r i o r da tela d o c o m p u t a dor d e v e estar, n o m á x i m o , na altura dos olhos e a u m a distância de 4 5 a 70 cm d o usuário. A tela, d e v e a i n d a , estar disposta p e r p e n d i c u larmente à j a n e l a , a fim de evitar reflexos que c o m p r o m e t a m o d e s e m p e n h o visual, acarret a n d o m a i o r esforço p a r a realização das tarefas. O s b r a ç o s d e v e m trabalhar n u m â n g u l o de 70 a 80° e apoiados, e n q u a n t o os antebraços devem estar na horizontal. O apoio é indispensável q u a n d o o t e c l a d o é b a i x o e a b o r d a ante- rior da m e s a é a r r e d o n d a d a . O â n g u l o t r o n c o c o x a d e v e p e r m a n e c e r e m t o r n o d e 100° (COUTO, DULL e WEERDMEESTER) 4 7 . Em pesquisas realizadas em instituições bancárias, C O U T O o b s e r v o u q u e os c o m p r o missos da e m p r e s a não cessam c o m o afastam e n t o do e m p r e g a d o , pois a m e s m a continua t e n d o r e s p o n s a b i l i d a d e s financeiras c o m os t r a b a l h a d o r e s nos p r i m e i r o s 15 dias de afastam e n t o . C o m base nestes d a d o s , C O U T O apurou que os gastos foram de R $ 4 . 0 9 1 , 8 0 por funcionário afastado, o suficiente para tornar 5 5 e r g o n ô m i c o 6 0 0 g u i c h ê s de a t e n d i m e n t o de caixa ou 1.200 postos de escriturário ( C O U T O ) . 6 A s p e s s o a s p r e c i s a m ser e d u c a d a s para d e s e m p e n h a r as a t i v i d a d e s q u e e x i g e m m o v i m e n t o s repetitivos de f o r m a correta, sem t e n sionar os m ú s c u l o s . O r g a n i z a r as atividades, instituir a prática d e e x e r c í c i o s para as z o n a s de risco, adotar intervalos durante a realização de u m a tarefa e u m b o m s i s t e m a e r g o n ô m i c o são a l g u m a s das m e d i d a s p r e v e n t i v a s c a p a z e s de evitar o s u r g i m e n t o das D O R T . Usado corretamente, o computador pode trazer i n ú m e r o s benefícios. Se as c o n d i ç õ e s de t r a b a l h o são d e s f a v o r á v e i s ou os e q u i p a - m e n t o s inviáveis, o r e n d i m e n t o h u m a n o decai e a possibilidade de lesão a u m e n t a . A magnitude assumida pelas D O R T , e s t e n d e u - s e d e tal f o r m a q u e p a s s o u - s e a c o n s i d e r á - l o , hoje, u m i m p o r t a n t e p r o b l e m a de s a ú d e pública, e m b o r a n ã o existam d a d o s epidemiológicos que possam dimensionar o grau de risco ao qual está s u b m e t i d o o trabalhador, cuja tarefa requeira movimentos repetitivos. A realização de um trabalho prev e n t i v o , q u e atue d e s d e a o r i e n t a ç ã o sobre os e q u i p a m e n t o s , técnicas, p o s i c i o n a m e n t o a d e q u a d o e exercícios para as áreas m a i s sobrec a r r e g a d a s , é de f u n d a m e n t a l importância. BATISTA, E.B., BORGES, F.D., DIAS, L.P., FABRIS, G„ FRIGERI, F., SALMASO, C. Repetitive strain injuries in typists from the data processing Centro de Processamento de Dados do Banestado, bank in Londrina, Paraná, Brasil. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 83-91, jul. / dez., 1997. ABSTRACT: Repetitive Strain Injuries (RSI) is a syndrome of difficult diagnosis characterized as muscle-tendinous disease of the upper limbs, such as shoulders and neck, caused by overload of a particular set of muscles, due to its repetitive use or contracted posture sustance, resulting in pain, tiredness and decrease of fatigue professional development. The term RSI, utilized in Brazil, is not used anymore, have been prefered, actually, the denomination Work-Related Musculoskeletal Disorders (WRMD). The difficult of WRMD treatment explains the researches on the main susceptible factors and how to prevent them. Fourty typists' complaints and place of work from the Centro de Processamento de Dados of Banestado Bank in Londrina, Paraná, Brasil were analysed. Trought questinaries and occupational factors observation connected to the appearance of WRMD, it was shown that the majority mentioned pain on the shoulder, elbows and hands; 4 4 % subjects who were interviwed had already looked for medical help due yo problems such as tenosynovitis, bursitis and tendinitis, and from those ones, 7 8 % were dismissed from their job. The results obtained from our researches suggest that the kind of physical moviments made to perform the occupational daily tasks, lack of some basic adaptation factors and orientation concerning its prevention, help the appearance of WRMD. KEY WORDS: Occupational diseases, diagnosis. Computers. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANTONÁLIA, C. L.E.R. o medo e o problema. Rev. Mov. Med, v. 1, p. 16-8, 1997. 2. BARREIRA, T. H. C. Um enfoque ergonômico para as posturas de trabalho. Rev. Bras. Saúde Ocup., v. 17, n. 67, p. 61-71, 1989. 3. C A I L L I E T , R. Lombalgias síndromes dolorosas. 3. ed. São Paulo : Malone, 1988. 4. C O U T O , H. A. Ergonomia aplicada ao trabalho. Belo Horizonte : Ergo, 1995. v.l. 5. COUTO, H. A. Lesões músculo-ligamentares relacionadas ao trabalho: o que está se falando no mundo sobre elas. Inform. Ergo., n. 56, p. 1-4, 1996. 6. COUTO, H. A. O que uma empresa perde com a falta de ergonomia e o que ela ganha com a ergonomia: alguns números interessantes Inform. Ergo., n. 57, p. 1-4, 1997. 7. DUL, J., W E E R D M E E S T E R . Ergonomia prática. São Paulo : Edgard Blucher, 1993. 8. FOLHA DE LONDRINA: Ciência, p. 4-5, 1995. 9. HOEFIL, M. G., L E C H , O. Protocolo de investigação das lesões por esforços repetitivos (LER), Londrina, PR. 10. L.E.R. Lesões por esforços repetitivos. Manual do Bancário. Publicado pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba, abril, 1996. Curitiba, Sindicato dos Bancários, 1996. 11. MANUAL DA LER DO BANCO DO BRASIL. Publicado pelo Sindicato dos Bancários de São P a u l o , j u n . , 1995. São Paulo, Sindicato dos Bancários, 1995. 12. PASCARELLI, C , KELLA, L. Soft-tissue injuries related to use of the computer keyboard. A clinical study of 53 sevewrely injuried persons. J. Occup. Med., v. 35, n. 5,"p. 522-32, 1993. Recebido para publicação: 18/10/97 Aceito para publicação: 20/11/97 13. ROCHA, L. E. Tenossinovite e trabalho: análise das comunicações de acidentes do trabalho (CATs) registradas no município de São Paulo. Rev. Bras. Saúde Ocup., v. 18, n. 70, p. 29-39, 1990. 14. SATO, L., ARAÚJO, M.D., UDIHARA, M.L., FRANCO, M.A.Y., NICOTERA, F.N., DALDON, M.T.B., SETTIMI, M.M., SILVESTRE, M.P. Atividades em grupo com portadores de LER e achados sobre a dimensão psicossocial. Rev. Bras. Saúde Ocup., v. 21, n. 79, p. 49-62, 1993. 15. SMITH, B.E. Repetitive stress injuries & computer keybording [on line]. Disponível na Internet via www vrl: http://www. hal-pc.org/journal/ 01repet.html. [arquivo capturado em 3/4/97.] PERFIL E EXPECT A TIVAS DOS FISIOTERAPEUTAS DO COMPLEXO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PA ULO Amélia PasqualMarques*, Cláudia Helena de Azevedo Cernigoy**, Regina Célia Turola Passos Juliani**, Denise Vianna Machado Ayres**, Eliane Maria de Carvalho**, Eliana Harumi Takeda**, Ana Maria Pereira Rodigues Silva**, Luiz Antonio Fidalgo** MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, jul. / dez., 1997. RESUMO: Este trabalho foi realizado pela Coordenadoria das Atividades de Fisioterapia (CAFIS) e teve como objetivo identificar o perfil dos fisioterapeutas que trabalham no Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, HC/FMUSP, bem como suas expectativas em relação ao aperfeiçoamento profissional. Dentre os 125 fisioterapeutas que atuam no Complexo, 115 responderam ao questionário, evidenciando-se nas respostas que 7 8 % deles são jovens (menos de 30 anos), formados há menos de 10 anos, e tem vínculo empregatício com o HC em parceria com as fundações Zerbini e Faculdade de Medicina; a participação em reciclagem, atualização e pesquisa figura nas expectativas de todos os profissionais entrevistados. DESCRITORES: Fisioterapia, tendências. Fisioterapia, recursos humanos. Pessoal técnico de saúde, tendências. Pessoal técnico de saúde, educação. Educação médica. Escolas médicas. INTRODUÇÃO A C o o r d e n a d o r i a das Atividades de Fisioterapia (CAFIS) do Hospital das Clínicas d a F a c u l d a d e de M e d i c i n a da Universidade d e S ã o P a u l o , H C / F M U S P , foi constituída em 1991, diante da necessidade dos fisioterapeutas d o H C d e se o r g a n i z a r e m para participar d o p r ê m i o de incentivo à p r o d u ç ã o científica e de p r o m o v e r e m o e n t r o s a m e n t o sistemático entre os fisioterapeutas q u e atuam nos diversos institutos, hospitais auxiliares e curso de g r a d u a ç ã o em Fisioterapia da FMUSP: * Professora Doutora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Presidente da Coordenadoria das atividades de Fisioterapia - CAFIS. ** Representantes da CAFIS. Endereço para correspondência. Prof. Amélia Pasqual Marques. Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. 05360-000, São Paulo, SP. MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeirtas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, jul. / dez., 1997. "...objetivando coordenar e implementar uma política assistencial, de ensino, de pesquisa e de administração com a fisioterapia do complexo HC, em consonância com os objetivos do Hospital". E s t ã o i n t e g r a d o s à C A F I S : Instituto d a Criança (ICR), Instituto d o C o r a ç ã o ( I N C O R ) , Instituto d e O r t o p e d i a e T r a u m a t o l o g i a ( I O T ) , Divisão de Medicina de Reabilitação (DMR), Hospital A u x i l i a r d o C o t o x ó , Hospital A u x i liar de S u z a n o , U n i d a d e d e F í g a d o , Instituto Central e C u r s o d e Fisioterapia d a F M U S P . 1 A C A F I S t e m c o m o proposta d e trabalho: • buscar o aperfeiçoamento e o intercâmbio de procedimentos físioterápicos nas diferentes unidades; • e s t i m u l a r o s fisioterapeutas a d e s e n v o l v e r e publicar pesquisas; • realizar e n c o n t r o s p e r i ó d i c o s entre os fisioterapeutas p a r a d i v u l g a ç ã o e intercâmbio d e a t i v i d a d e s ; • p r o m o v e r r e u n i õ e s científicas d o c o m p l e x o H C para a t u a l i z a ç ã o d o s profissionais; • d i v u l g a r as a t i v i d a d e s d a C A F I S nas diferentes instâncias a d m i n i s t r a t i v a s d o C o m plexo HC. Diante destas propostas, sentimos necessidade de c o n h e c e r m e l h o r os fisioterapeutas q u e fazem parte d a C A F I S , b e m c o m o , identificar quais as suas e x p e c t a t i v a s c o m relação ao seu a p e r f e i ç o a m e n t o profissional. METODOLOGIA Foi e l a b o r a d o u m q u e s t i o n á r i o a ser resp o n d i d o p e l o s f i s i o t e r a p e u t a s n o s m e s e s de setembro e outubro de 1997. O questionário p r o c u r o u identificar d a d o s referentes ao local d e t r a b a l h o e d e f o r m a ç ã o a c a d ê m i c a , além d e a s p e c t o s referentes à a t u a l i z a ç ã o e reciclag e m destes p r o f i s s i o n a i s . A n t e r i o r m e n t e , em 1996, h a v i a sido feito e s t u d o s e m e l h a n t e , p o r é m , d e v i d o ao g r a n d e n ú m e r o d e c o n t r a t a ções durante este a n o de 1997, propôs-se atualizar os dados anteriormente obtidos. A e l a b o r a ç ã o d o m e s m o foi d i s c u t i d a p o r t o d o s o s i n t e g r a n t e s d a d i r e t o r i a d a C A F I S e, s o m e n t e a p ó s este p r o c e d i m e n t o , o m e s m o teve um formato definitivo. A sua a p l i c a ç ã o d e u - s e através d o representante de c a d a Instituto n a C A F I S e cada u m se e n c a r r e g o u d e distribuí-lo e recolhê-lo, devidamente preenchido, junto a cada fisioterapeuta. O questionário foi r e s p o n d i d o por 115 fisioterapeutas e os dados tabulados serão a p r e s e n t a d o s a seguir ( Q u a d r o 1): QUADRO 1 - N Ú M E R O DE FISIOTERAPEUTAS QUE RESPONDERAM O QUESTIONÁRIO T O T A L DE FISIOTERAPEUTAS RESPONDERAM Instituto d o C o r a ç ã o ( I N C O R ) 37 3 4 ( 9 2 %) Instituto de Ortopodia ( I O T ) 21 2 0 ( 9 5 %) Instituto Central 18 16 ( 8 8 % ) D i v i s ã o de M e d i c i n a d e Reabilitação ( D M R ) II 1 0 ( 9 1 %) Hospital A u x i l i a r de S u z a n o 8 8 (100%) Serviço do Figado 11 8 ( 7 3 %) Instituto da Criança (ICr) 7 7(100%) Hospital d o C o t o x ó 2 2(100%) Curso de Fisioterapia da F M U S P 10 10(100%) 125 115(92%) (ICHC) TOTAL 1 Estatutos publicados n o Diário Oficial d o Estado e m 1 6 / 0 6 / 9 2 . MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAK.EDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. RESULTADOS Características c i n a de R e a b i l i t a ç ã o ( D M R ) , H o s p i t a l d o dos C o t o x ó , Instituto Central d o Hospital das Clí- sujeitos nicas ( I C H C ) e C u r s o de G r a d u a ç ã o em Fisio• Local de trabalho terapia da F M U S P . M a i s da m e t a d e d o total C o m relação ao local de t r a b a l h o , observa-se n o Gráfico 1, que os fisioterapeutas estão distribuídos em n o v e locais diferentes: Instituto d o C o r a ç ã o ( I N C O R ) , Instituto de O r t o p e d i a ( I O T ) , Cirurgia Experimental (Serviço do Fígado), Hospital Auxiliar de S u z a n o , Instituto da C r i a n ç a (ICr), Divisão de M e d i - de fisioterapeutas, está concentrado no I N C O R ( 2 9 % ) , I O T ( 1 7 % ) e I C H C ( 1 4 % ) . As d e m a i s D M R , F M U S P , U n i d a d e d o Fígado e Suzano, correspondem a 9 % e 7 % respectivamente, sendo o ICr, e C o t o x ó responsáveis por apenas 8 % do total de fisioterapeutas no c o m p l e x o Hospital das Clínicas. G R Á F I C O 1 - D I S T R I B U I Ç Ã O D O S F I S I O T E R A P E U T A S N O S LOCAIS D E T R A B A L H O J U N T O AO C O M P L E X O HOS PITAL D A S C L Í N I C A S D A F M U S P • Tempo de trabalho Clínicas (HC) no Hospital das Pelos dados obtidos, pode-se observar no Gráfico 2, que u m a grande parcela (58%) trabalha n o Hospital das Clínicas há m e n o s 5 anos, 2 0 % entre 6 e 10, 1 4 % de 11 a 15 anos e a p e n a s 8 % t r a b a l h a m há m a i s de 16, o que nos faz supor que os baixos salários t e n h a m atraído a p e n a s r e c é m - f o r m a d o s q u e estariam muito mais interessados na possibilidade de aprimorar seus conhecimentos teóricopráticos voltados à assistência, ao ensino e a pesquisa que o hospital oferece. G R Á F I C O 2 - T E M P O D E T R A B A L I 1 0 (EM A N O S ) Q U E O S F I S I O T E R A P E U T A S E S T Ã O N O IIOSPITAL D A S C L Í N I C A S D A F M U S P MARQUES, A.P, CERNIGOY, CELA., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. Os fisioterapeutas q u e t r a b a l h a m no c o m p l e x o H C , a c o m p a n h a m a m é d i a brasileira, h a v e n d o p r e d o m i n â n c i a de m u l h e r e s . N o Hospital das Clínicas, há 91 m u l h e r e s ( 7 9 % ) e 2 4 h o m e n s (21%). • Local de formação dos fisioterapeutas O Gráfico 3 ilustra o local o n d e os 115 f i s i o t e r a p e u t a s se f o r m a r a m . D e s t e s , 2 4 % f o r m a r a m - s e na F M U S P , v i n d o a s e g u i r a U n i v e r s i d a d e da C i d a d e de São Paulo U N I C I D e U n i v e r s i d a d e Estadual de Londrina com 11 e 1 0 % , C l u b e N á u t i c o M o g i a n o , Uni- versidade Estadual Paulista - U N E S P , Universidade Metodista de Piracicaba - U N I M E P e Pontifícia Universidade Católica de C a m p i n a s - P U C A M P com 8%, 7 % , 6 % e 5 % respectivam e n t e . Há ainda fisioterapeutas q u e se formaram em diferentes cursos, e n g l o b a d o s na categoria outras, e r e s p o n s á v e i s por 2 9 % . GRAFICO 3 - LOCAL DE FORMAÇÃO DOS FISIOTERAPEUTAS • Ano de formação dos fisioterapeutas N o Gráfico 4 p o d e - s e verificar q u e mais da m e t a d e ( 5 6 , 5 % ) d o s fisioterapeutas concluíram o c u r s o de g r a d u a ç ã o após 1990 e 3 3 e n t r e 1981 e 1 9 9 0 . A p e n a s u m f i s i o terapeuta f o r m o u - s e antes de 1970 e s o m e n t e 15 f o r m a r a m - s e na d é c a d a de 7 0 . MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. • Tipo de vínculo empregatício O G r á f i c o 5 m o s t r a o tipo de v í n c u l o empregatício vigente entre os fisioterapeutas do complexo H C . Sem dúvida alguma, o vínculo predominante é a associação de HC - F u n d a ç ã o Faculdade de M e d i c i n a (54 % ) , e H C - Fundação Zerbini 14%. Existem ainda físioterapeu- tas contratados somente pelas fundações, tanto Zerbini quanto Faculdade de Medicina (13 e 8% respectivamente). O C u r s o de Fisioterapia é responsável por 8 % dos fisioterapeutas e apenas 3 % têm vínculo somente com o Hospital das Clínicas. Dos fisioterapeutas que trabalham no Hospital das Clínicas, 4 3 % têm outro vínculo empregatício. G R Á F I C O 5 - TIPO D E V Í N C U L O E M P R E G A T Í C I O D O S F I S I O T E R A P E U T A S D O H C / F M U S P Atualização e reciclagem fisioterapeutas • Participação em dos eventos C o m o se p o d e o b s e r v a r no Gráfico 6, os fisioterapeutas têm d e m o n s t r a d o interesse em participar de eventos científicos, e nos últimos três anos, a participação dos m e s m o s foi da o r d e m de 96 % , s u g e r i n d o g r a n d e interesse por atualização e r e c i c l a g e m . G R Á F I C O 6 - P A R T I C I P A Ç Ã O D O S F I S I O T E R A P E U T A S EM E V E N T O S N O S Ú L T I M O S TRÊS A N O S MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, jul. / dez., 1997. • Eventos de interesse dos fisioterapeutas O G r á f i c o 7 refere-se aos e v e n t o s de m a i o r interesse c i t a d o s pelos fisioterapeutas. A preferência por c u r s o s e c o n g r e s s o s corres- p o n d e a 83 % e palestras a 17 % , Ievandonos a inferir q u e há n e c e s s i d a d e d o hospital investir na atualização e r e c i c l a g e m de seus profissionais, j á q u e os m e s m o s m o s t r a m - s e m u i t o receptivos a estes a s p e c t o s . GRÁFICO 7 - EVENTOS DE MAIOR INTERESSE DOS FISIOTERAPEUTAS • Preferência de horário para eventos O G r á f i c o 8 m o s t r a a p r e f e r ê n c i a de horários para a realização de eventos. Do total da amostra 61 preferem eventos nos fins de s e m a n a , s e n d o q u e o p e r í o d o n o t u r n o foi escolhido por 37 dos entrevistados e apenas 17 preferem o horário de a l m o ç o . Infere-se então, que os eventos, a serem p r o g r a m a d o s visando atender basicamente os fisioterapeutas do HC, devem ser ministrados, preferencialmente, nos fins de s e m a n a e à noite. G R Á F I C O 8 - H O R Á R I O D E PREFERÊNCIA P A R A A R E A L I Z A Ç Ã O D E E V E N T O S MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. • Áreas de interesse O Gráfico 9 refere-se às áreas de interesse dos fisioterapeutas para possível realização de eventos, cursos etc. O s m e s m o s podiam escolher mais de u m a área. Assim a área de maior interesse foi a cardio-respiratória, seguida pela m ú s c u l o - e s q u e l é t i c a , n e u r o l o g i a e pediatria. GRÁFICO 9 - ÁREAS DE INTEftESSE DOS FISIOTERAPEUTAS • Participação rapeutas do em encontros HC dos fisiote- O Gráfico 10 refere-se ao interesse por participar em cursos de a t u a l i z a ç ã o e e n c o n tros entre os fisioterapeutas d o c o m p l e x o H C / F M U S P . S o m e n t e quatro pessoas não mostrar a m i n t e r e s s e e m p a r t i c i p a r de e n c o n t r o s futuros e d u a s não participariam de cursos, o que nos leva a s u p o r que há necessidade de incentivar a integração e atualização dos profissionais. GRÁFICO 10 - DISPONIBILIDADE DO FISIOTERAPEUTA PARA PARTICIPAR DE CURSOS MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, jul. / dez., 1997. • Leitura e assinatura científicas de revistas somente 23 % assinam revistas científicas. Setenta e cinco por cento O s G r á f i c o s 1 1 , 12 e 13 r e f e r e m - s e a o s h á b i t o s d o f i s i o t e r a p e u t a q u a n t o à leitura e a s s i n a t u r a d e r e v i s t a s c i e n t í f i c a s e a i n d a ao d e s e j o de p u b l i c a r e m r e v i s t a s c i e n t í f i c a s . C o m r e l a ç ã o ao h á b i t o de leitura, 93 % p r e f e r e m ler a r t i g o s c i e n t í f i c o s , m a s demonstram desejo de publicar e a p e n a s 1 8 % não o f a z e m , p r e s u m e - s e a s s i m q u e haja falta de p e r i ó d i c o s na á r e a , ou p o u c a d i v u l g a ç ã o dos mesmos, sugerindo a necessidade r e s u l t a d o de s e u s t r a b a l h o s . GRAFICO 11 - HABITO DE LEITURA DE REVISTAS CIENTIFICAS 4% de incentivar o fisioterapeuta a publicar o 3% GRAFICO 12 - FREQÜÊNCIA COM QUE OS FISIOTERAPEUTAS ASSINAM REVISTAS CIENTIFICAS 3% GRÁFICO 13 - INTERESSE DEMONSTRADO PELOS FISIOTERAPEUTAS PARA PUBLICAR EM REVISTAS CIENTÍFICAS MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Perfil e expectativas dos fisioterapeutas do complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Os dados apontam alguns aspectos n e m proporcionado pelo H C / F M U S P , e enc o n t r a m u m a p o p u l a ç ã o disponível e c o m necessidades emergentes. importantes: • O s fisioterapeutas q u e t r a b a l h a m n o H C / F M U S P são j o v e n s e 7 8 % t r a b a l h a m h á m e n o s de 10 a n o s . • O tipo de vínculo empregatício é uma p r e o c u p a ç ã o d a C A F I S . D o s 115 profissionais identificados, 89 % t e m v í n c u l o c o m as F u n d a ç õ e s ( Z e r b i n i e F a c u l d a d e d e M e d i c i n a ) , c o m o f o r m a de c o m p l e m e n t a ç ã o salarial d o s p r o f i s s i o n a i s , j á q u e o s salários e n c o n t r a m - s e a l t a m e n t e defasados em relação ao m e r c a d o de t r a b a l h o . • O s d a d o s r e v e l a m q u e a r e c i c l a g e m , atualiz a ç ã o e pesquisa, q u e n ã o é privilegiado S e n d o assim, p r e t e n d e m o s a curto prazo, oferecer aos fisioterapeutas reciclagem e atualização através de cursos e palestras oferecidos pela C A F I S e outros Institutos d o c o m p l e x o H C / F M U S P , c o n t a n d o , para tanto, c o m a c o m p r e e n s ã o d e d i r e t o r e s e chefes imediatos, n o intuito d e facilitar a liberação dos profissionais p a r a tais e v e n t o s . Por o u t r o lado, a c h a m o s necessário que o Hospital das Clínicas c o m e c e a discutir a f o r m a ç ã o de u m q u a d r o p r ó p r i o de fisioterapeutas com acesso à carreira acadêmica, a e x e m p l o d o q u e a c o n t e c e c o m outros profissionais de nível superior. MARQUES, A.P, CERNIGOY, C.H.A., JULIANI, R.C.T.P., AYRES, D.V.M., CARVALHO, E.M., TAKEDA, E.H., SILVA, A.M.P.R., FIDALGO, L.A. Physcial therapists at the Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: profile and expectations. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 92-100, Jul. / dez., 1997. ABSTRACTS: This survey, carried out by the Coordination of Physical Therapy Activities (CAFIS), aimed at better knowing the profile and professional expectations of the 125 therapists at work in the Complex Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 115 of them have answered the questionnaire, showing that 7 8 % are young (under 30), graduated less than 10 years ago and have working links with the Hospital in partnership with the foundations Zerbini and Faculdade de Medicina; the participation in recycling, updating and research activities is among the expectations of all the inquired subjects. KEYWORDS: Physical therapy, trends. Allied health personnel, trends. Allied health personnel, education. Education medical. Schools medical. Recebido para publicação: 10/10/97 Aceito para publicação: 15/11/97 RELATODE<^\j§0 A VALI AÇÃO E TRA TAMENTO FISIOTERÂPICO DA INCONTINÊNCIA URINARIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO Eliane Cristina Hilberath Moreira *, Fabíola Dinardi Borges**, João Marcelo Martins Coluna***, Juliana Cristina Frare** MOREIRA, E.C.H., B O R G E S , F.D., C O L U N A , J.M.M., FRARE, J.C. Avaliação e tratamento físioterápico da incontinência urinaria de esforço: estudo de caso. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 101-107,jul./dez., 1997. RESUMO: Através de uma revisão da literatura sobre a avaliação e tratamento da Incontinência Urinaria de Esforço (IUE), utilizando cones vaginais e exercícios do assoalho pélvico, realizou-se um estudo de caso para comparação e adequação deste tratamento à realidade do atendimento no Ambulatório de Fisioterapia do Hospital Universitário Regional do norte do Paraná, tendo em vista as condições sócioculturais das pacientes atendidas e os recursos disponíveis neste serviço, com objetivo de criar um protocolo de atendimento ambulatorial e comparar os resultados obtidos com os encontrados na literatura, que nos mostra uma aplicação diária dos cones vaginais pela própria paciente, em sua casa, sendo esta medida inviável a realidade do nosso serviço e das pacientes atendidas neste setor. O resultado deste estudo demonstrou uma avaliação mais fidedigna da força muscular do assoalho pélvico e um tratamento com resultado satisfatório aplicado no ambulatório, duas vezes por semana. Os resultados obtidos propiciaram a realização de um protocolo de atendimento a pacientes com Incontinência Urinaria de Esforço e um Projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido. DESCRITORES: caso. Avaliação. Fisioterapia, utilização. Incontinência urinaria por estresse. Relato de * Docente do Setor de Ginecologia e Obstetrícia do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina. ** Acadêmicas e Monitoras da Disciplina de Fisioterapia Aplicada à Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Estadual de Londrina. o *** Residente do 2 ano de Ginecologia e Obstetrícia do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina. Endereço para correspondência: Prof. Eliane Cristina Hilberath Moreira. Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Fisioterapia. Avenida Robert Koch, 60. Cervejaria. 86038-440 Londrina, PR. INTRODUÇÃO "A i n c o n t i n ê n c i a u r i n a r i a n a m u l h e r é u m evento muito comum e não implica n e c e s s a r i a m e n t e e m p a t o l o g i a " . "Faz parte d a m a t u r i d a d e " . " F a z parte d a v i d a d a m u l h e r " . " É n o r m a l a p ó s o p a r t o " . Estes são a l g u n s d o s mitos popularmente difundidos sobre a i n c o n t i n ê n c i a urinaria, aceitos por pacientes e a l g u n s m é d i c o s . Infelizmente, ao invés d e buscar t r a t a m e n t o , m u i t a s pacientes se a d a p t a m a incontinência, a l t e r a n d o o seu estilo de vida. A Incontinência Urinaria d e Esforço ( I U E ) ocorre n a a u s ê n c i a de c o n t r a ç ã o d o m ú s c u l o detrusor na bexiga, q u a n d o a pressão intravesical e x c e d e a p r e s s ã o uretral m á x i m a . P o r t a n t o , a p a c i e n t e a p r e s e n t a p e r d a urinaria involuntária d u r a n t e a t o s s e , o espirro ou em atividade física. Múltiplas estruturas e mecanismos fisiológicos asseguram a continência na m u l h e r . O m e c a n i s m o p r i m á r i o é constituído por alças d o e s p e c i a l i z a d o m ú s c u l o detrusor n o esfíncter interno d a uretra. A uretra, q u e r e p o u s a sobre a fáscia p u b o c e r v i c a l , m a n t é m se n u m a p o s i ç ã o q u e p r e v i n e a d e s c i d a rotacional em d i r e ç ã o à v a g i n a . A u m e n t o s n a pressão intra-abdominal c o m p r i m e m a parede uretral posterior, a qual é fixada contra o suporte da fáscia pubocervical. Tal ação ocasiona pressão de fechamento adicional originada e gerada pelo m e c a n i s m o do esfíncter interno. Para a s s e g u r a r a i n d a m a i s a continência, o m e c a n i s m o d o esfíncter externo fecha a porção média da uretra. O plexo s u b m u c o s o sustenta a pressão uretral. De m o d o g e r a l , a i n c o n t i n ê n c i a se t o r n a clinicamente aparente, quando acontecem múltiplas falhas n e s s e s s i s t e m a s . Além do comprometimento neuromuscular, produzido pelo parto vaginal, o e n v e l h e c i m e n t o e a deficiência de e s t r ó g e n o , outras condições médicas e sociais podem p r e d i s p o r a t o d a s as f o r m a s de incontinência. Condições que promovam aumento crônico da p r e s s ã o i n t r a - a b d o m i n a l c o m o c o n s t i p a ção, tosse crônica, o b e s i d a d e , p r e d i s p õ e m a t o d a s as formas d e distúrbios d o a s s o a l h o pélvico, s o b r e c a r r e g a n d o t e c i d o s j á d a n i f i c a d o s . Tratamento Terapia Comportamental: c o n s i s t e em ensinar às pacientes u m c o m p o r t a m e n t o que foi p e r d i d o , ou seja, m i c ç ã o e m h o r á r i o s d e t e r m i n a d o s c o m objetivo d e s e p a r a r - s e a p e r c e p ç ã o d a n e c e s s i d a d e d e urinar d o ato de urinar, p e r m i t i n d o à m u l h e r r e s t a b e l e c e r o controle cortical s o b r e a b e x i g a . Terapia de reposição estrogênica: tem importante papel nas mulheres hipoestrog ê n i c a s e m e n o p a u s a d a s , ajudando a restaurar o c o l á g e n o (por a u m e n t o d a sua síntese ou diminuição da quebra). Dispositivos: t a m p õ e s e pessários têm sido utilizados, p o d e m m e l h o r a r o s s i n t o m a s leves d e incontinência p o r estresse e s ã o particularm e n t e úteis n o s v a z a m e n t o s i n d u z i d o s p o r exercício. O T r a t a m e n t o Fisioterápico da incontinência urinaria de esforço consiste em m e l h o r a r a pressão uretral, através d o fortalecimento d o m e c a n i s m o de f e c h a m e n t o da uretra, e n v o l v e n d o dois c o m p o n e n t e s principais, o esfíncter uretral intrínseco e a m u s c u l a t u r a do assoalho pélvico. O objetivo d o s exercícios pélvicos é melhorar o tônus estático e favorecer as respostas rápidas dos m ú s c u l o s p e r i n e a l s . A s s i m , tal a t u a ç ã o i m p l i c a em contrações repetidas e exercícios resistidos que p o d e m ser feitos, u t i l i z a n d o - s e dispositivos c o m o os c o n e s v a g i n a i s . Há na literatura vários estudos q u e c o m p r o v a m a eficiência d o t r a t a m e n t o c o m cones vaginais na Incontinência Urinaria d e Esforço. P E A T T I E et a l . e s t u d a r a m 3 0 m u l h e r e s c o m incontinência q u e e s t a v a m a g u a r d a n d o cirurgia corretiva, utilizando-se d o m é t o d o p a d r ã o de tratamento e e n c o n t r a n d o 7 0 % de melhora/ cura subjetiva e 9 0 % de aceitação por parte das pacientes. S o m e n t e 3 7 % decidiram se submeter a cirurgia a p ó s o t r a t a m e n t o . O s resultad o s objetivos mostraram u m a significante correlação entre a c a p a c i d a d e de segurar os cones m a i s p e s a d o s e a r e d u ç ã o na p e r d a urinaria. 4 Num outro estudo, comparando o treinamento c o m cones e exercícios para o assoalho pélvico, P E A T T I E e PLEVN1CK 5 encontraram 8 0 % d e melhora subjetiva n o grupo com cones e 6 0 % no 2 grupo. Ensinar os e x e r c í c i o s p a r a o a s s o a l h o p é l v i c o levou 3 v e z e s m a i s t e m p o d o q u e a s instruções q u a n t o aos c o n e s . o 1 B R I D G E S et al. c o m p a r a r a m o t r a t a m e n t o c o m c o r r e n t e interferencial e c o m c o n e s e m 54 mulheres. O g r u p o c o m cones mostrou u m a m e l h o r a m a i s significativa, em t e r m o s de p e s o d o c o n e retido e gráfico d e continência. N o v a m e n t e o s c o n e s se m o s t r a r a m m a i s efetivos, ao se c o m p a r a r o s 7 9 , 2 % d e m e l h o r a n a atividade c o m c o n e s c o m o s 5 6 , 7 % d o g r u p o tratado c o m interferencial. Objetivo O Serviço Ambulatorial de Medicina e de Fisioterapia d o Hospital Universitário R e g i o nal d o N o r t e d o P a r a n á ( H U R n P r ) - Setor d e Ginecologia e Obstetrícia vem atendendo, há vários a n o s , u m a g a m a v a r i a d a de patologias, dentre as quais destaca-se a Incontinência U r i n a r i a d e Esforço p e l a sua g r a n d e incidência. D e v i d o a tal fato, este e s t u d o d e caso visa u m a c o m p a r a ç ã o e a d e q u a ç ã o d o s resultados, de a v a l i a ç õ e s e t r a t a m e n t o s F i s i o t e r á p i c o s , utilizando cones vaginais e exercícios de fortalecimento d o a s s o a l h o p é l v i c o , n a I U E , encontrados na literatura à realidade d o Serviço Ambulatorial de Fisioterapia do Hospital U n i v e r s i t á r i o R e g i o n a l d o N o r t e d o Paraná, bem c o m o a elaboração de um protocolo d e atendimento interdisciplinar (Medicina/Fisioterapia) a pacientes portadoras de I n c o n t i n ê n c i a U r i n a r i a d e Esforço. Resumo da história então submetida a cirurgia de panhisterectomia e de colpoperineoplastia. Posteriormente em 0 7 / 1 0 / 9 3 , decorridos dois meses d o p r o c e d i m e n t o c i r ú r g i c o , referindo p e r d a urinaria e, ao e x a m e ginecológico, apresentand o cistocele G I , s e n d o nesta o c a s i ã o e n c a m i n h a d a a o a m b u l a t ó r i o d e Fisioterapia G i n e cologia e Obstetrícia, onde participou de terapia e m g r u p o c o m e x e r c í c i o s gerais, s e m m e l h o r a . E m 18/03/96, foi s u b m e t i d a a cirurgia d e K e l l y - K e n n e d y , s e n d o r e e n c a m i n h a d a ao a m b u l a t ó r i o d e Fisioterapia, q u a n d o realizou t r a t a m e n t o individual p a r a fortalec i m e n t o d a m u s c u l a t u r a d o a s s o a l h o pélvico (exercícios d e K e g e l ) até j u n h o / 1 9 9 7 , s e m referir m e l h o r a significativa. E m 17/06/97, s u b m e t e u - s e a o e x a m e d e força m u s c u l a r d o a s s o a l h o pélvico através d o P e r i n e ô m e t r o , e avaliação para u s o d o p e s o a d e q u a d o d o c o n e vaginal, sendo-lhe indicado o de 60g. A partir de então, foram realizadas duas terapias s e m a n a i s utilizando o c o n e vaginal d e 6 0 g , a s s o c i a d o a exercícios d e fortalecimento d o a s s o a l h o pélvico e e x e r c í c i o s c o m a u m e n t o de pressão i n t r a - a b d o m i n a l . 2 3 MA TERIA IS E MÉTODOS Perineômetro U s a d o para avaliar a força e sustentação d a c o n t r a ç ã o d o s m ú s c u l o s d o a s s o a l h o pélvico, e t a m b é m c o m o treino d e s s a m u s c u l a t u r a através d o biofeedback. É c o m p o s t o por: • • • clinica • C S S G , 6 0 a n o s , b r a n c a , d o lar, G 6 P 4 C 2 , a d m i t i d a n o s e r v i ç o d e g i n e c o l o g i a clínica em a g o s t o / 1 9 9 3 , c o m q u e i x a d e h á 3 a n o s ter perd a urinaria aos p e q u e n o s esforços e em r e p o u so. S e m disúria o u polaciúria. E m a v a l i a ç ã o inicial, a p r e s e n t a n d o - s e c o m cistocele GIII, rotura perineal GII e m i o m a t o s e uterina, sendo Sensor vaginal inflável e n v o l t o p o r u m a b a i n h a d e b o r r a c h a siliconada u n i f o r m e e permeável, com 1 l c m de comprimento e 2,7cm d e d i â m e t r o ; m o n i t o r d e 8,5cm p o r l 5 , 5 c m ; p r o l o n g a m e n t o a s s o c i a d o a u m transdutor de p r e s s ã o ; seringa d e 5 0 m l . Este a p a r e l h o n o s fornece o pico, a m é d i a d e sustentação e o t e m p o d a c o n t r a ç ã o , s e n d o que apresenta u m a sensibilidade de 5 c m H 2 0 . Cones vaginais São dispositivos cilíndricos, fabricados em a ç o inoxidável e Perpex, c o m u m envoltório p l á s t i c o e u m fio d e n y l o n p a r a f a c i l i t a r s u a r e m o ç ã o . São distribuídos em kits com 5 unidades que apresentam mesmo formato e t a m a n h o , m a s cujo p e s o v a r i a d e 2 0 a lOOg. I n i c i a l m e n t e , s ã o r e a l i z a d o s testes p a r a definir o c o n e a ser utilizado n o t r a t a m e n t o . A p a c i e n t e é o r i e n t a d a a inserir o c o n e n o canal vaginal c o m o um absorvente interno, deix a n d o a p e n a s o fio d e n y l o n e x t e r n a m e n t e , sendo que deverá ser c a p a z de mantê-lo durante d e t e r m i n a d o t e m p o , n o qual realizará exercícios físicos, p a s s a n d o para u m c o n e de maior p e s o c o n f o r m e sua p r o g r e s s ã o . O cone q u a n d o alojado n o assoalho pélvico provoca um a u m e n t o na pressão p r o m o v e n d o assim u m feedback sensorial que faz c o m q u e os m ú s c u l o s se c o n t r a i a m , ao redor do cone, na tentativa de retê-lo. (Figura 1) Pab \1/ [CORDÃO SACRAL G M/ intra- a b d o m i n a l q u e t e n d e a e x p u l s á - l o d o canal, S.N.C. CONE \\/ FORÇA DOS MM. PÉLVICOS FIGURA 1 - PAB - Pressão intra-abdominal; G - Gravidade S.N.C. - Sistema Nervoso Central A l é m de i n c r e m e n t a r a força d a m u s c u l a tura pélvica, os c o n e s t a m b é m s e r v e m c o m o estímulo para contração perineal, ensinando as p a c i e n t e s a contrair os m ú s c u l o s certos, o q u e é, g e r a l m e n t e , m a i s difícil n a r e e d u c a ç ã o p é l v i c a / S e g u n d o SHEPHERD , s o m e n t e 4 0 % d a s m u l h e r e s a t e n d i d a s p o r serviços g i n e c o lógicos são capazes de contrair conscient e m e n t e a m u s c u l a t u r a pélvica. 6 Há algumas limitações para o uso dos cones: mulheres muito obesas com intróito pequeno, geralmente, têm dificuldade em reter cones mais pesados, enquanto mulheres com intróito largo podem achar d i f i c u l d a d e e m reter, a t é m e s m o , c o n e s m a i s l e v e s . O s c o n e s n ã o d e v e m ser u t i l i z a d o s e m presença de infecção vaginal, durante gestação ou período menstrual. Avaliação C o n s t a n d o de m i c ç ã o pré-teste, estado de hidratação d a p a c i e n t e , referência a d o e n ç a s renais, quantidade de líquidos ingeridos, escala de Ortis 1994 , c o m p o s t a p o r escala de v i s u a l i z a ç ã o d a c o n t r a ç ã o d o p e r í n e o e pelo grau de força m u s c u l a r d e t e c t a d o por t o q u e vaginal e P e r i n e ô m e t r o . O teste inicial d o P e r i n e ô m e t r o , para grad u a ç ã o de força d o a s s o a l h o p é l v i c o , obteve os seguintes resultados: pico d e c o n t r a ç ã o de 19cm de H 2 0 , m é d i a d e c o n t r a ç ã o de 5 c m de H 2 0 e t e m p o de c o n t r a ç ã o de 9 s e g u n d o s e a avaliação d o p e s o a d e q u a d o d o c o n e indicado foi 6 0 g . (Gráfico 1) GRÁFICO 1 - VALORES DO PRIMEIRO TESTE ANTES DA UTILIZAÇÃO DOS CONES VAGINAIS RESULTADOS E DISCUSSÃO A t u a l m e n t e , nos serviços de Fisioterapia, q u a n d o se trata d o t r a t a m e n t o da Incontinência Urinaria de Esforço, os p a r â m e t r o s utilizados para a avaliação da força muscular do assoalho pélvico e dos resultados dos tratamentos específicos, se dá p e l o e x a m e clínico ginecológico e relato, subjetivo, da paciente c o m relação à d i m i n u i ç ã o d o s s i n t o m a s . A t r a v é s d e s t e e s t u d o p o d e se a d e q u a r u m a avaliação mais fidedigna com relação aos p a r â m e t r o s de a u m e n t o de força m u s c u l a r d o assoalho p é l v i c o , c o m o uso d o Perineômetro, escala d e Ortis, e c o n e s v a g i n a i s , o q u e n o s permite a a d e q u a ç ã o e avaliação do efeito das técnicas de tratamento utilizadas para o fortalecimento d o a s s o a l h o pélvico. A p ó s 16 s e s s õ e s c o m u m a f r e q ü ê n c i a de 2 x / s e m a n a l por 4 5 m i n u t o s d e d u r a ç ã o , o n d e a p a c i e n t e foi s u b m e t i d a a t r a t a m e n t o utiliz a n d o o c o n e vaginal de 60 g r a m a s , associado a exercícios do assoalho pélvico (Kegel) - e a t i v i d a d e s o n d e o c o r r e m a u m e n t o de p r e s s ã o i n t r a - a b d o m i n a l c o m o tossir, espirrar, subir escadas, caminhadas, abdominais entre outros. 2 3 O s testes foram refeitos s e n d o e n c o n t r a d o os seguintes valores p e l o P e r i n e ô m e t r o : pico de c o n t r a ç ã o de 2 1 c m H 2 0 , m é d i a de contração de 13 cm H 2 0 e t e m p o de contração de 9 segundos (Gráfico 2), paciente com s u s t e n t a ç ã o d o c o n e d e 6 0 g p o d e n d o passar para o seguinte 80g e u m a m e l h o r a de 7 0 % n u m a escala subjetiva, com p e r d a de urina aos g r a n d e s esforços. GRÁFICO 2 - VALORES DO SEGUNDO TESTE APÓS 16 SESSÕES COM O USO DOS CONES VAGINAIS CONCLUSÃO O treinamento padrão, encontrado na literatura, p a r a o u s o de c o n e s c o n s i s t e na utilização dos m e s m o s p o r 1 m ê s d u r a n t e 15 m i n u t o s 2 v e z e s a o dia, p e r í o d o n o q u a l a paciente d e v e r á p e r m a n e c e r em suas atividades n ã o forçadas de vida diária. P o r é m p u d e m o s detectar que os cones p o d e m ser utilizados no tratamento ambulatorial associando-os a exercícios físicos gerais e específicos do 23 assoalho pélvico (KEGEL) g r u p o ou individuais por, n o por s e m a n a c o m resultados m e n t a n d o em m u i t o n o s s o s e m t e r a p i a s de mínimo, 2 vezes positivos, increrecursos para o t r a t a m e n t o a m b u l a t o r i a l da I n c o n t i n ê n c i a Urinaria de Esforço. C o m relação a avaliação destas pacientes, a n t e r i o r m e n t e só p o d í a m o s contar c o m a avaliação subjetiva , em relação a m e l h o r a d o s s i n t o m a s de p e r d a urinaria, e c o m os r e c u r s o s a p r e s e n t a d o s neste e s t u d o , p o d e m o s a v a l i a r c o m s e g u r a n ç a , a l é m da escala subjetiva, os r e s u l t a d o s das técnicas empregadas no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, que neste caso, quando multiplicamos a média de contração pelo t e m p o de s u s t e n t a ç ã o para o b t e r m o s o t r a b a l h o m u s c u l a r , n o t a m o s u m a diferença significativa de m e l h o r a de força muscular. (Gráfico 3) GRÁFICO 3 - VALOR ENTRE MÉDIA DE CONTRAÇÃO X TEMPO DE CONTRAÇÃO, COMPARANDO OS DOIS TESTES REALIZADOS MOREIRA, E.C.H., BORGES, D.E., COLUNA, J.M.M., FRARE, J.C. Physicaltherapic assessment and treatment of stress urinary incontinence: case report. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 101-107, jul./dez., 1997. ABSTRACT: Though a literature review about the evaluation and treatment of stress urinary incontinence using vaginal cones and pelvic floor's exercises. A case report was made to compare and adequate this treatment to the attendance at the physical therapy ambulatory ofthe Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, having in mind the social-cultural conditions ofthe observed patients and the avaiable resourses in these servise, with the objective to create in attendence ambulatorial register and to compare our results to the literature wich shows dialy vaginal cones aplication by themselves at home. This procedure is unviable to our service's and patient's reality. The results of this study showed a more reliable evaluation about the pelvic floor's muscle power and a treatment with a satisfactory result applied at the ambulatory twice a week. The gained results allowed the achievment of in attendence register about patients with stress urinary incontinence and, a research project that has been developed. KEY WORDS: Evaluation. Physical therapy, utilization. Urinary incontinence stress. Case report. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRIDGES, N., DENNING, J., OLAH, K.S., FARRAR, D. J. A prospective trial comparing interferential therapy and treatment using cones in patients with symptoms of stress incontinence. Neurourol. Urodyn.,v. 7, n. 3, p. 267-8,1988. [Apresentado no 18th Annual M e e t i n g da I n t e r n a t i o n a l C o n t i n e n c e Society] 2. KEGEL, A.H. The physiologic treatment of poor tone and function of the genital muscles and of urinary stress incontinence. West. J. Surg. Obstet. Gynaecol., v. 57, p. 527-35. 3. K E G E L , A . H . P h y s i o l o g i c t h e r a p y for urinary stress incontinence. J.A.M.A., v. Recebido para publicação: 15/08/97 Aceito para publicação: 15/09/97 146, n. 10, p. 915-7. 4. PEATTIE, A.B., PLEVNIK, S., STANTON, S. Vaginal cones: a conservative method of treating genuine stress incontinence. Br. J. Obstet. Gynaecol, v. 95, 1049-53. 1988. 5. PEATTIE, A.B., PLEVNIK, S. Cones versus Phisiotherapy as conservative management of genuine stress incontinence. Neurourol. U r o d y n . , v . 7, n. 3 , p. 2 6 5 - 6 , 1 9 8 8 . [Apresentado no 18th Annual Meeting da International Continence Society] 6. SHEPPERD, T. Treatment of genuine stress incontinence with a new perineometer. Phisioterapy, v. 76, n. 8, p. 430-2. 1990. TESES I DISSERTAÇÕES RE A TIVIDADE DA PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA, FREQÜÊNCIA CARDÍACA E PRESSÃO INTRACRANIANA DE CÃES A ESTÍMULOS ALGESIÓGENOS Odete de Fátima Saltas Durigon * DURIGON, O.F.S. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. São Paulo, 1997. Tese (doutorado) - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo - USP. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 108-110, Jul. / dez., 1997. [Resumo] RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi estudar os ajustes de pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC), pressão intracraniana (PIC) e pressão de perfusão (PPE) como resposta a estímulos algesiógenos em cães submetidos a uma lesão cortical que induz intensa hiperemia em extensa porção do cérebro. Vinte e um cães de ambos os sexos, raça indefinida, peso entre 10 e 14 kg, anestesiados com halotano a 2 % em mistura de 0 e N 0 a 50%, foram submetidos aos procedimentos cirúrgicos para introdução de cateteres arteriais e venosos, à exposição do polo superior da calota craniana para colocação, no lado esquerdo, de um cateter, registro da PIC e no lado direito, aplicação de nitrogênio líquido, em área de 2 cm de diâmetro durante 8 minutos, a fim de provocar lesão cortical. Registramos a PAM e a PIC por meio de transdutores de pressão Statham e Gould, respectivamente, e a FC era derivada do registro da PAM, havendo-se calculado a pressão de perfusão encefálica ( P P E = P A M - P I C ) . Estudamos o comportamento das variáveis registradas em função da covariável tempo, medindo a pressão venosa central (PVC), s a t 0 , temperatura, p 0 e p C 0 arteriais, glicemia, Na , K , hemoglobina e hematócrito. Dez cães foram estudados quanto à reatividade à estimulação algesiógena sob efeito dessa condição anestésica, constituindo esse o grupo halotano (GRH), e 11 sob efeito do cloridrato de fentanila (10 |ig/kg i.v. mais 3,5 pg i.v. cada 30 minutos), constituindo o grupo Fentanil (GRF). Os estímulos foram aplicados à falange distai do primeiro dedo das quatro patas durante 30 segundos em condições farmacológicas (com ou sem halotano) que diferiram em cada um dos grupos, exceto nas duas primeiras séries de estimulação (SI e S2), realizadas para obtenção do padrão de reatividade das variáveis estudadas após estabilização pós-cirúrgica e administração de succinilcolina (1,5 mg/kg i.v. mais 3,3 mg/kg/h em solução fisiológica) para imobilização do animal, respectivamente. A lesão era provocada a seguir no GRH e no GRF, após outras duas etapas experimentais, a saber, remoção do halotano e administração do Fentanil, ambas seguidas de nova série de estímulos, S3 e S4, respectivamente. Decorridos 30 minutos da lesão, procedia-se à última série de estímulos em ambos os grupos, a série tratamento lesão halotano, STLH (GRH) e a série tratamento lesão fentanil, STLF (GRF). A dispersão dos valores iniciais, em relação aos parâmetros estudados, demandou equiparação dos dados, calculando-se a razão entre o valor registrado, após o estímulo, e o inicial; o que foi possível depois do estudo da distribuição de freqüência dos valores 2 2 + 2 2 + 2 * Prof. Dr". do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP Endereço para correspondência. Prof. Dr". Odete de Fátima Sallas Durigon. Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51 - Cidade Universitária. 05360-000. São Paulo, SP. DURIGON, O.F.S. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. São Paulo, 1997. Tese (doutorado) - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo - USP. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 108-110, jul. / dez., 1997. [Resumo] absolutos dos gradientes. Empregamos, com esse objetivo, análise de variância para múltiplas variáveis (MANOVA) e para única variável (ANOVA); e testes de Duncan para comparação entre as médias das séries e as respectivas significâncias (p<0,05). Os resultados da MANOVA indicaram que o estímulo algesiógeno alterou as variáveis estudadas de modo significativo (F=0 para p<0,05). O teste ANOVA indicou que a FC e a PAM foram os responsáveis por tal significância e apontou ausência de significância para a PIC. Contudo, comparando-se as médias das diversas séries de estimulação pelo teste de Duncan, a PIC revelou-se alterada de modo significativo (p<0,05), o que indica que o resultado da ANOVA refletiu a influência do resultado das séries de estímulos anteriores à lesão. A comparação entre as médias pelo teste de Duncan para o grupo GRH mostrou que o estímulo algesiógeno não modificou a PAM e a FC após a lesão, mas a PIC e a PPE sim, sendo que a PIC aumentou e a PPE diminuiu em relação aos valores registrados na série controle desse grupo (S2). A comparação entre as médias pelo teste de Duncan para o grupo GRF revelou que PAM, FC e PIC aumentaram significativamente à estimulação após a lesão cortical, enquanto a PPE diminuiu em relação à série controle desse grupo (S4). A comparação entre os grupos GRH e GRF das variáveis estudadas e da PPE mostrou comportamento significativamente diferente à estimulação, havendo aumento de FC e PIC mais no GRH, enquanto a PAM e a PPE aumentaram mais no GRF. Em conjunto, os resultados revelaram alteração das variáveis estudadas em função da estimulação, a qual se manifesta como ajustes hemodinâmicos de alerta, causado pela estimulação. Entretanto, os resultados também mostram diferenças relacionadas com a anestesia, o que é de grande importância para avaliação do alerta em pacientes (ou animais experimentais) anestesiados. Outro fato que aparece conspicuamente, em nossos experimentos, é que os componentes vegetativos do alerta (mesmo sem despertar) e de comportamentos defensivos (causados normalmente pela estimulação algesiógena) se mantêm a despeito da anestesia e são acentuados quando se suspende a anestesia, mas se mantém analgesia. DESCRITORES: Pressão arterial. Freqüência cardíaca. Pressão intracraniana. Dor. Cães, fisiologia. DURIGON, O.F.S. Reactivity of the mean arterial pressure heart rate and intracranial pressure in dogs to noxious stimulation. São Paulo, 1997. Tese (doutorado) - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo - USP. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 108-110, jul. /dez., 1997. [Abstract] ABSTRACT: In 21 mongrel, adult dogs of either sex weighing between 10 and 14 kg, mean arterial pressure (PAM), heart rate (FC), intracranial pressure (PIC) and encephalic perfusion pressure (PPE) were determined under halothane anestesia or under Fentanil analgesia in response to noxious stimulation applied to the first digit of every paw. Stimulation was performed before and after lesion produced by pouring liquid nitrogen over the parietal cortex of one hemisphere (such a lesion increases PIC due to intense local hyperemia). PAM was measured through an intrafemoral Statham catheter and PIC was assayed through an intracranial Gould catheter; FC was automatically retrieved from PAM recordings and PPE was calculated (PPE=PAM-PIC). Central Venous Pressure (PVC), S a t 0 , body temperature, arterial p 0 and P C 0 , glycemia, plasmatic N a and K , hemoglobin and hematocrit were also determined. The time course of PAM, FC, PIC and PPE changes was calculated. In ten dogs the study was carried out under full halothane anesthesia (group GRH) and in 11 dogs anesthesia was much reduced but the animals were given Fentanil (10 u.g/kg plus 3.5 |!g/kg every 30 minutes), a general analgesic drug (group GRF) and N 0 was maintained. Noxious stimuli were applied to the first finger of every paw during 30 seconds in pharmacological conditions (with or without halothane) that differed in each group; however, in the first two experimental series (S1 and S2) stimulation was performed only to make up the normal pattern reactivity following stabilization after surgery and immobilization by succynilcholine (1.5 mg/kg i.v. plus 3.3 mg/kg/h). Lesioning was performed by pouring liquid nitrogen over the parietal cortex of one side (right side) in both GRH and GRF after discontinuing halothane and injecting Fentanil; subsequently, noxious stimulation was again performed in the two groups serie treatment lesion halothane, TSLH (GRH) and serie treatment lesion fentanil, TSLF (GRF). Scattering of the initial data required that the values be pondered, and the ratio post-stimulation recorded value/initial value be calculated. MANOVA and ANOVA and Duncan's test were employed for comparison among the means of all the series and to calculate their 2 + 2 2 2 + DURIGON, O.F.S. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. São Paulo, 1997. Tese (doutorado) - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo - USP. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 108-110, Jul. / dez., 1997. [Resumo] significance (p<0.05), respectively. MANO VA showed that noxious stimulation changed the studied variables significantly (F=0, p<0.05). ANOVA revealed that FC and PAM were responsible for such significance whereas PIC was not. However, comparison of the means of all the series through Duncan's test showed that PIC was also affected by stimulation. By comparing the means through Duncan's test in group GRH it was shown that noxious stimulation did not change PAM and FC after the lesion was performed but PIC and PPE were clearly affected; PIC increased as related to the control group for this series (S2) whereas PPE was reduced. Comparison of the means through Duncan's test in group GRF revealed that PAM, FC and PIC increased significantly when stimulation was performed after the cortical lesion was made but PPE decreased as related to the control group in this series (S4). Comparison of the studied variables between GRH and GRF showed a different behavior after stimulation, inasmuch as FC and PIC increased much more in GRH than in GRF and PAM and PPE increased more in GRF than in GRH. The results herein presented show that all the studied variables changed as a function of noxious stimulation, in that they were as expected from an arousal reaction provoked the stimulus. However, the results also show differences related to anesthesia, which is of a great relevance for evaluation of arousal in patients or experimental animals that are anesthetized. Another feature of our experiments is that vegetative components of the arousal (even without awakening) and defensive behaviors (even not expressed) provoked by noxious stimulation are present despite anesthesia and are enhanced when anesthesia is discontinued but general analgesia is present. KEYWORDS: Blood pressure. Heart rate. Intracranial pressure. Pain. Dogs, physiology. Recebido para publicação: 22/11/97 Aceito para publicação: 22/12/97 ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL EIMUNO-HISTOQUÍMICA DA INERVAÇÃO DA TÍBIA, FEMUR EPARIETAL DE RA TO ADULTO JOVEM Silvia Maria Amado João * JOÃO, S.M.A. Análise ultraestrutural e imuno-histoquímica da inervação da tíbia, femur e parietal de rato adulto jovem. São Paulo, 1997. Dissertação (mestrado) - Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 111-112, jul. / dez., 1997. [Resumo] RESUMO: Utilizando a microscopia eletrônica de transmissão e a imuno-histoquímica, estudamos a inervação óssea no rato adulto jovem no que se refere à: 1) análise ultraestrutural das fibras nervosas e terminações nervosas no periósteo, medula óssea e canais de Havers da tíbia, fêmur e parietal; 2) morfometria das fibras e terminações nervosas presentes no periósteo da tíbia e parietal; 3) confirmação da localização da substância P (SP) e peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) no periósteo da tíbia, fêmur e parietal. Feixes nervosos (fibras nervosas mielínicas e amielínicas) com perineum e terminações nervosas foram identificados na camada fibrosa do periósteo, freqüentemente associadas aos vasos sangüíneos. Feixe de fibras e terminações nervosas estavam presentes na medula óssea, adjacente aos vasos sangüíneos (arteríolas e sinusóides). Terminações nervosas foram observadas na parede arteriolar, adjacente à parede dos sinusóides e entre as células do parênquima medular. Apenas fibras nervosas amielínicas foram identificadas nos canais de Havers. O estudo morfométrico demonstrou um predomínio de fibras nervosas amielínicas com diâmetros entre 0,1 -1 u.m, tanto no periósteo da tíbia (96,62%), como no periósteo do parietal (94,91%). As terminações nervosas com diâmetros de 0,1-1 um apresentaram freqüências de 89,75% na tíbia e 87,60% no parietal. O maior contingente de fibras nervosas mielínicas apresentavam diâmetro entre l,01-3um no periósteo da tíbia (85,14%) e no osso parietal (82,35%). A imunorreatividade (IR) para a SP e CGRP foi evidente em fibras nervosas situadas no periósteo. A partir da análise destes dados, podemos concluir que: 1) periósteo e medula óssea são inervados; 2) ocasionalmente, fibras nervosas amielínicas foram observadas nos canais de Havers; 3) não foram observadas terminações nervosas encapsuladas; 4) a análise morfométrica demonstrou que as fibras nervosas presentes no periósteo da tíbia e do osso parietal são do tipo"C"e'\A8"; 5) os diâmetros obtidos com as terminações nervosas são compatíveis com aqueles descritos para as terminações nervosas oriundas de fibras do tipo "C"e "Aô"; 6) a análise imuno-histoquímica demonstrou a presença de fibras nervosas imunorreativas para a SP e CGRP no periósteo da tíbia, fêmur e parietal. DESCRITORES: Imunohistoquímica, métodos. Tíbia, inervação. Femur, inervação. Osso parietal, inervação. Ratos. Microscopia eletrônica, métodos. * Prof, do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. Endereço para correspondência: Prof. Silvia Maria Amado João. Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51 - Cidade Universitária - 05360-000 São Paulo, SP. JOÃO, S.M.A. Análise ultraestrutural e imuno-histoquímica da inervação da tíbia, fêmur e parietal de rato adulto jovem. São Paulo, 1997. Dissertação (mestrado) - Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 111-112, Jul. / dez., 1997. [Resumo] JOÃO, S.M.A. Ultrastructural and immunhistochemistry analysis of innervation of the tibial, femural and parietal bones in the young adult rat. São Paulo, 1997. Dissertação (mestrado) - Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo., v. 4, n. 2, p. 111112, jul. / dez., 1997. [Abstract] ABSTRACT: Transmission electron microscopy and immunohistochemistry were used to study the following aspects of bone innervation in the young adult rat: 1) ultrastructure of nerve fibers and nerve endings in the periosteum, bone marrow and Havers's canals of tibial, femural and parietal bones; 2) morphometry of nerve fibers and nerve endings in the periosteum of tibial and parietal bones; 3) localization of substance P (SP) and calcitonin gene-related peptide (CGRP) in the periosteum of tibial, femural and parietal bones. Fiber bundles with perineurium (myelinated and unmyelinated nerve fibers) and free nerve endings were identified in the fibrous layer of the periosteum, frequently close to blood vessels. Fiber bundles and nerve endings were localized in the bone marrow, adjacent to the blood vessels (arterioles and sinusoids). Nerve endings were observed in the wall of arterioles, adjacent to the sinusoidal wall and among parenchymal cells. Only unmyelinated nerve fibers were observed in the Havers's canals. The morphometric study showed a predominance of unmyelinated nerve fibers with a diameter of 0.1-1 \im in the tibial periosteum (96.62%) and parietal periosteum (94.91 %). The nerve endings with a diameter of 0.1-1 |Llm had a frequency of 89.75% in the tibial and 87.60% in the parietal periosteum. The majority of myelinated fibers had a diameter of 1.01-3 (J,m in both the tibial and parietal periosteum (85.14% and 82.35%, respectively). Immunoreactivity (IR) for SP and CGRP was evident in nerve fibers situated in the tibial, femural and parietal periosteum. Based on the analysis of these data we can conclude that: 1) periosteum and bone marrow in the tibial, femural and parietal bones are innervated; 2) unmyelinated nerve fibers were occasionally observed in Havers's canals; 3) encapsulated nerve endings were not observed; 4) morphometric analysis suggests that nerve fibers in the tibial and parietal bones were of the " C " and the "AO" types; 5) the diameter of the nerve endings was compatible with those described for nerve endings originating from either " C " or "AO"; 6) immunohistochemical analysis revealed the presence of SP-IR and CGRP-IR fibers in the periosteum of the tibial, femural and parietal bones. KEYWORDS: Immunohistochemistry, methods. Tibia, innervation. Femur, inervation. Parietal bone, inervation. Rats. Microscopy electron, methods. Recebido para publicação: 02/10/97 Aceito para publicação: 02/11/97 EVENTOS I EVENTS NACIONAIS: 50° R e u n i ã o A n u a l da S B P C - " C i ê n c i a , E d u c a ç ã o , I n v e s t i m e n t o - S B P C 5 0 a n o s " U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o Rio G r a n d e d o N o r t e - U F R N Inscrições c o m r e s u m o até 2 5 d e m a r ç o Inscrições s e m r e s u m o até 2 0 d e j u n h o Local: N a t a l - R N , Brasil Data: 12 a 17 d e j u l h o d e 1998 o I n f o r m a ç õ e s : R u a M a r i a A n t o n i a , 2 9 4 - 4 a n d a r Vila B u a r q u e CEP 01222-010 São Paulo - SP Tel: ( 0 1 1 ) 2 5 9 2 7 6 6 E-mail: [email protected] o 6 C o n g r e s s o C i e n t í f i c o I n t e r n a c i o n a l de Estética Inscrições: a partir d e 15/01 / 9 8 Local: S ã o P a u l o - SP, Brasil Data: 3 a 6 de a g o s t o de 1998 I n f o r m a ç õ e s : R u a Basílio M a c h a d o , 6 0 CEP 01230-905 S ã o P a u l o - S P , Brasil Telefax: ( 0 1 1 ) 8 2 6 - 8 6 2 8 http: / / w w w . e s t h e t i c p r o . c o m / n o u v e l l e b r a s i l INTERNA CIONAIS: The International Sport Science and Sport Ergonomics Seminar of the Savoie Local: V a l d'Isere, F r a n c e - Hotel M e r c u r e Val d'Isere Data: 2 4 a 3 0 d e abril de 1998 Haute Savoie, France I n f o r m a ç õ e s : D r s . M a r c V e r l i n d e n ( S e m i n a r Secretary) Dept. Experimental Anatomy Vrije Universiteit Brussel L a a r b e e k l a a n 103 1090 Brussel Belgium 37th A n n u a l Scientific M e e t i n g of the International Medical Society of Paraplegia - I N S O P / 9 8 III M e e t i n g of t h e L a t i n - A m e r i c a n S o c i e t y of P a r a p l e g i a V A n n u a l Scientific M e e t i n g o f t h e Brazilian Spinal I n j u r y A s s o c i a t i o n Local: F o z d o Iguaçu, Brasil Data: 18 a 2 0 d e j u n h o de 1998 I n f o r m a ç õ e s : C o n n e c t - R u a P e i x o t o G o m i d e , 1596, C j . 0 4 CEP 01409-002 S ã o P a u l o - S P , Brasil Fone/Fax (5511) 8537498 / 8537566 XII Isek C o n g r e s s Local: Ontario, Canadá Data: 2 7 a 3 0 de j u n h o de 1998 I n f o r m a ç õ e s : I S E K Secretariat C o n f e r e n c e Office M c G i l l University 5 5 0 S h e r b r o o k e Street West W e s t T o w e r , Suite 4 9 0 M o n t r e a l . Q u e b e c . C a n a d a H 3 A IB9 Tel: 5 1 4 3 9 8 - 3 7 7 0 Fax: 5 1 4 3 9 8 - 4 8 5 4 e-mail: i s e k @ u m s . l a n . m c g i l l . c a 11th C o n f e r e n c e of T h e E u r o p e a n Society of B i o m e c h a n i c s Local: Toulouse Data: 8 a 11 de j u l h o de 1998 Informações: ESB 98 Boite Postale 3 1 0 3 31026 Toulouse Cedex France Tel: 33 5 6 1 7 7 . 8 2 8 4 / 33 5 6 2 7 4 . 8 3 5 9 Telefax: 33 5 6 1 3 1 . 9 7 5 2 E-mail: E S B 9 8 . T o u l o u s e @ p u r p a n . i n s e r m . f r X V I I n t e r n a t i o n a l S y m p o s i u m of B i o m e c h a n i c s in S p o r t s 1998 Local: Germany Data: 21 a 2 5 de j u l h o de 1998 I n f o r m a ç õ e s : University o f K o n s t a n z FG S p o r t w i s s e n s c h a f t I S B S 9 8 Secretariat P.O. B o x 5 5 6 0 D 3 0 D - 78457 Konstanz I Germany Tel: + 4 9 7531 8 8 - 3 5 6 5 F a x : + 4 9 7531 8 8 - 4 2 2 1 e-mail: i s b s 9 8 @ u n i - k o n s t a n z . d e ÍNDICE DE A UTOR /A UTHOR INDEX Revista Ayres, D.V.M., de Fisioterapia 92 B a r b o s a , E.B., 83 B o r g e s , F.D., 8 3 , 101 C a r v a l h o , E.M., 92 Cernigoy, C.H.A., Coluna, J.M.M., Dias, L.P., 92 101 83 Durigon, O.F.S., Fabris, G., 4 9 , 108 83 Fidalgo, L.A., 92 Frare, J.C., 101 Frigeri, F., 83 G u i r r o , R., 76 J o ã o , S.M.A., 111 Juliani, R . C . T . P . , Marques, A.P., 92 92 M o r e i r a , E.C.H., O l n e y , S.J., 101 50 Salmaso, C , 83 Santos, S.C.B., 76 Silva, A . M . P . R . , T a k e d a , E.H., 92 Teixeira, L.F, 50 Watson, A.W.S., 92 66 da Universidade de São Paulo, v. 4, n. 2, 1997 ÍNDICE DE ASSUNTOS Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo, v. 4, n.2,1997 Articulação do tornozelo Articulação társica Biomecânica, 50 Esportes Flexibilidade Avaliação de desempenho, Articulação társica Biomecânica Articulação do tornozelo, Femur Osso parietal Ratos Microcopia eletrônica Imunohistoquímica Tíbia, 111 50 Avaliação Fisioterapia Incontinência urinaria por estresse Relato de caso, 101 Avaliação de desempenho Esportes Flexibilidade, 66 Biomecânica Articulação do tornozelo Articulação társica, 50 Freqüência cardíaca Pressão intracraniana Dor Cães Pressão arterial, 83 Educação médica Escolas médicas Fisioterapia Pessoal técnico de saúde, Escolas médicas Fisioterapia Pessoal técnico de saúde Educação médica, 92 109 Imunohistoquímica Tíbia Femur Osso parietal Ratos Microcopia eletrônica, Doenças ocupacionais Computadores, 83 Dor Cães Pressão arterial Freqüência cardíaca Pressão intracraniana, Fisioterapia Incontinência urinaria por estresse Relato de caso Avaliação, 101 Pessoal técnico de saúde Educação médica Escolas médicas, 92 Terapia por ultrassom, 76 Flexibilidade Avaliação de desempenho Esportes, 66 Cães Pressão arterial Freqüência cardíaca Pressão intracraniana Dor, 109 Computadores Doenças ocupacionais, 66 109 92 Incontinência urinaria por estresse Relato de caso Avaliação Fisioterapia, 101 Microcopia eletrônica Imunohistoquímica Tíbia Femur Osso parietal Ratos, 111 111 Osso parietal Ratos Microcopia eletrônica Imunohistoquímica Tíbia Femur, 111 Ratos Microcopia eletrônica Imunohistoquímica Tíbia Femur Osso parietal, 111 Pessoal técnico de saúde Educação médica Escolas médicas Fisioterapia, 92 Relato de caso Avaliação Fisioterapia Incontinência urinaria por estresse, Pressão arterial Freqüência cardíaca Pressão intracraniana Dor Cães, 109 Terapia por ultrassom Fisioterapia, "76 Pressão intracraniana Dor Cães Pressão arterial . Freqüência cardíaca, 109 Tíbia Femur Osso parietal Ratos Microcopia eletrônica Imunohistoquímica, 111 101 KEY WORDS INDEX Revista de Fisioterapia Biomechanics Ankle joint Tarsal joint, v. 4, n. 2, Heart rate Intracranial pressure Pain Dogs Blood pressure, 50 Blood pressure Heart rate Intracranial pressure Pain Dogs, 108 Case report Evaluation Physical therapy Urinary incontinence stress, 83 Dogs Blood pressure Heart rate Intracranial pressure Pain, 108 Education medical Schools medical Physical therapy Allied health personnel, Femur Parietal bone Rats Microscopy electron Immunohistochemistry Tibia, 111 111 Intracranial pressure Pain Dogs Blood pressure Heart rate, 108 101 Microscopy electron Immunohistochemistry Tibia Femur Parietal bone Rats, 111 Occupational disease Computers, 83 92 Employee performance appraipal Sports Flexibility, 66 Evaluation Physical therapy Urinary incontinence stress Case report, 101 1997 108 Immunohistochemistry Tibia Femur Parietal bone Rats Microscopy electron, 50 Computers Occupational disease, de São Paulo, Flexibility Employee performance appraipal Sports, 66 Allied health personnel Education medical Schools medical Physical therapy, 92 Ankle joint Tarsal joint Biomechanics, da Universidade Pain Dogs Blood pressure Heart rate Intracranial pressure, Parietal bone Rats Microscopy electron Immunohistochemistry Tibia Femur, 111 Physical therapy Allied health personnel Education medical Schools medical, 92 Ultrasonic therapy, 76 Urinary incontinence stress Case report Evaluation, 101 108 Rats Microscopy electron Immunohistochemistry Tibia Femur Parietal bone, 111 Tibia Femur Parietal bone Rats Microscopy electron Immunohistochemistry, Schools medical Physical therapy Allied health personnel Education medical, 92 Ultrasonic therapy Physical therapy, 76 Sports Flexibility Employee performance appraipal, 66 Urinary incontinence stress Case report Evaluation Physical therapy, 101 Tarsal joint Biomechanics Ankle joint, 50 111 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS A REVISTA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO é uma publicação do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A revista publica além de artigos originais, artigos de revisão (revisão de literatura dos últimos 10 anos), relato de caso (relato de um ou mais casos que evoluíram de forma crítica), resenha de livro (análise crítica da obra), teses e dissertações, pontos de vista (o pensamento do autor sobre um tema) e cartas ao Editor (expressão da opinião do leitor). Os artigos e outros textos enviados para a Revista, serão submetidos à apreciação do Conselho Consultivo, que decidirá sobre sua publicação, podendo ser, eventualmente, devolvidos aos autores para adaptação às normas desta Revista. Os trabalhos devem ser enviados para: CURSO DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Rua Cipotânea, n2 51 - Cidade Universitária "Armando Salles de Oliveira"- CEP 05360-000 São Paulo, SP. O conteúdo e as opiniões expressas são de inteira responsabilidade FORMA E de seus autores. CONTEÚDO: 1. Apresentação dos originais - Aceitamos trabalhos em disquete, desde que, compatíveis com o programa Winword 6.0, os trabalhos também poderão ser datilografados, em espaço duplo e apresentados em três vias. 2. Página de rosto - Deve constar: a) título do trabalho elaborado de forma breve e específica; b) versão do título para o inglês; c) nome completo dos autores e respectivos títulos profissionais e acadêmicos; d) identificação das instituições às quais os autores estão vinculados: e) referência ao trabalho como parte integrante de dissertação, tese ou projeto; f) referência à apresentação do trabalho em eventos, indicando nome do evento, local e data de realização; g) endereço para correspondência. 3. Resumo / Abstract - Os trabalhos enviados às seções, Artigos, Divulgando Projetos e Experiências, Debates e Dissertações devem apresentar dois resumos, um em português e outro em inglês. Observar as recomendações daNBR-68, ABNT, para redação e apresentação dos resumos: a) quanto a extensão, a norma determina o máximo de 250 palavras para os artigos de periódicos; b) quanto ao conteúdo, deverão observar a estrutura formal do texto, isto é, indicar o objetivo do trabalho, mencionar os procedimentos básicos, relacionar os resultados mais importantes e principais conclusões; c) quanto à redação e estilo, usar o verbo na voz ativa da 3 . pessoa do singular, evitar locuções como "o autor descreve", "neste artigo", e t c , não adjetivar e não usar parágrafos. a 4. Descritores / Key words - Palavras ou expressões utilizadas para fins de indexação e que representam o conteúdo dos trabalhos. Para o uso de descritores em português, consultar "Descritores em Ciências da Saúde" (DeCS) parte da metodologia LILACS-Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, e o MESH-Medical Subjets Headings da National Library of Medicine. 5. Estrutura do texto - O caráter interdisciplinar da publicação permitiu estabelecer um formato mais flexível quanto à estrutura orgânica dos trabalhos sem comprometer o conteúdo. A publicação sugere que os trabalhos de investigação científica devem ser organizados mediante a estrutura formal: a) Introdução, estabelecer o objetivo do artigo, relacionando-o a outros publicados anteriormente e esclarecendo o estado atual em que se encontra o objeto investigado; b) Material e Métodos, ou, Casuística e Métodos (quando a pesquisa envolve seres humanos), descrever procedimentos, apresentar as variáveis incluídas na pesquisa, determinar e caracterizar a população e amostra, detalhar técnicas e equipamentos, indicar quantidades exatas; c) Resultados, exposição factual da observação, apresentada na seqüência lógica do texto, apoiados em gráficos e tabelas; d) Discussão, apresentação dos dados obtidos e resultados alcançados, estabelecendo compatibilidade ou não com resultados anteriores de outros autores; e) Conclussões, são as deduções lógicas e fundamentadas nos Resultados e Discussão. 6. Referências bibliográficas - Organizar as referências em ordem alfabética pelo último sobrenome do primeiro autor dos trabalhos e numerá-las consecutivamente. Deverão ser mencionados todos os autores de cada referência. Os títulos de periódicos deverão ser abreviados pela "List of Journals Indexed in Index Medicus". Observar a Norma Brasileira - NBR 6023/1989 que estabelece critérios para identificar os elementos que compõem a referência bibliográfica. EXEMPLOS: • Monografias Voss, D. E., Ionta, M. K., Myers, B. J. Facilitação neuromuscularproprioceptiva. Panamericana. 1987. 388 p. • 3.ed. São Paulo: Partes de monografias (com autoria própria) Kadekaro, M., Timo-Iaria, C , Vicente, M. L. M. Control of gastric secretion by the central nervous system. In: Brooks, F. R., Evers, P. Nerves and the gut. Thorafare, NJ.: C. B. Slack, 1977. p. 377427. • Partes de Monografias (sem autoria especial) Rothstein, J. M., Roy,S. H., Wolf, S. L. The rehabilitation specialists handbook. Philadelphia: F. A. Dairis, 1991. p. 465-585: Vascular anatomy, cardiology and cardiac rehabilitation. • Dissertações, Teses Marques, A. P. Um delineamento de linha da base múltipla para investigar efeitos de procedimentos . de ensino sobre diferentes comportamentos envolvidos, uma avaliação goniométrica. São Paulo, 1990. Dissertação (Mestrado) - Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos. • Artigos de periódicos Kozelka, J. W., Christy, G. M., Wurtor, R. D. Somato autonomic reflexes in anesthetized and unaesthetized dogs. J. Auton. Nerv. Syst. v.3, n.2, p. 171-5, 1981. • Evento (no todo) SIMPÓSIO Sobre Fertilizantes na Agricultura Brasileira, 2., 1984, Brasília. Anais ... Brasília: EMBRAPA, Departamento de Estudos e Pesquisas, 1984. 642 p. • Eventos (considerados em partes) Orlando Filho, J., Leme, E. J. A. Utilização agrícola dos resíduos da agroindústria canavieira. In: SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA, 2., 1984, Brasília. Anais ... Brasília: EMBRAPA, Departamento de Estudos e Pesquisas, 1984. 642 p. p. 451-75. 7. Ilustrações e L e g e n d a s - As tabelas devem ser elaboradas em folhas à parte, numeradas consecutivamente ha ordem de citação no texto. O título deve constar na parte superior da tabela. Evitar o uso de linhas no interior das tabelas, usar somente as linhas laterais e aquelas que separam os títulos. As figuras se referem a todas as ilustrações, fotografias, desenhos, gráficos, excetuando-se tabelas. Para organização das figuras observar o mesmo procedimento adotado para as tabelas. 8. Agradecimentos - Quando pertinentes, dirigidos à pessoas ou instituições que contribuíram para a elaboração do trabalho. ERRATA DURIGON, O.F.S, SÁ, C.S.C. Intervenção fisioterápica facilitatória em paciente com encefalopatia não progressiva crônica da infância. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v. 3, n. 1/2, p. 54-64, jan. / dez., 1996 ARTICULAÇÃO GRUPO MUSCULAR AVALIAÇÃO INICIAL AVALIAÇÃO APÓS A 10° SEMANA AVALIAÇÃO APÓS A 20° SEMANA AVALIAÇÃO APÓS A 40° SEMANA AVALIAÇÃO APÓS A 50° SEMANA Ombro Flexor 2 2 2 2 6 Adutor 2 2 2 2 6 Rotador Lateral 2 2 2 2 6 Extensor 6 6 6 6 2 Abdutor 6 6 6 6 2 Rotador Lateral 6 6 6 6 2 Flexor 6 6 6 6 6 Extensor 2 2 2 2 2 Flexor 6 6 6 6 6 Extensor 4 4 4 4 4 Flexor 6 6 6 6 6 Extensor 4 4 4 4 4 Extensor 2 2 2 2 8 Abdutor 2 2 2 2 2 Rotador Lateral 2 2 2 2 2 Flexor 8 8 8 8 2 Adutor 8 8 8 8 8 Rotador Medial 4 4 4 4 4 Flexor 8 8 8 8 5 Extensor 5 5 5 5 8 Flexor 2 2 2 2 2 Extensor 8 8 8 8 8 Cotovelo Punho Dedos Coxo Femural Joelho Tornozelo Fonte: D U R I G O N , O F.S., P I E M O N T E , M.E.P. . Desenvolvimento de protocolo para avaliação de hipertonia, 1993 ''.