ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. DOCÊNCIA NO PONTO ALTO DO ESTÁGIO: IMPLICAÇÕES E DESAFIOS DE FORMAÇÃO Givaldo Santos Sena (UFS)1 Eliana Sampaio Romão (UFS)2 INTRODUÇÃO A prática amparada pela LDB (1º do Art. 2º da Lei nº 11.788 de setembro de 2008) que é o estágio definido como pré-requisito no projeto pedagógico do curso para aprovação e obtenção do diploma. Em todo país, portanto, todos os cursos de formação de professor contempla em seus currículos, a obrigatoriedade desta prática que se encerra ora com relatórios reflexivos, artigos, portfólios ou cartas pedagógicas. Poucos ex-estagiários, todavia, saem dessa experiência que se robustece com a experiência do Pibid envolvidos com a causa e determinado a produzir e publicar suas constatações. Isso posto o presente Artigo é fruto do projeto de pesquisa da Monografia que nasceu no período de estágio, especificamente, no Estágio Supervisionado III, sob as provocações da professora da matéria frente o grau de exigência de realizar, sem que ainda estivesse credenciado para a tarefa de ensinar. Sabe-se, todavia, que nenhum professor está adequadamente em algum momento, menos, ainda, o/a aluno/a frente a obrigatoriedade de iniciação à docência. Dela ninguém escapa. Depois que o estagiário assume a condição da prática de aula “nunca mais é o mesmo”. Há, no entanto, muito que se fazer. Entre fazeres e saberes, inúmeras inquietações emergem engendradas com queixas e desafios enfrentados pelo/a estagiário/a. Particularmente, no que tange ao momento da docência/regência. Parece relevante para uma boa formação educacional a experiência do/a estagiário/a e a reflexão deste em relação às dificuldades e as queixas nos Estágios Supervisionados I, II, III, IV e Pibid/Pedagogia. E já que a escola como instituição democrática é responsável pelo o processo de mudança da sociedade, parece ser o mais adequado lugar para formar cidadão, a fim de proporcionar uma formação adequada, independente de suas dificuldades e desafios, conforme o que determina a LDB vigente, ao versar, em seu artigo 205 o “direito de educação para todos”. “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 1 Autor: Graduado em Pedagogia (UFS), Campus de Itabaiana. Experiências em Pibid/Pedagogia (UFS), Campus de Itabaiana. E-mail: [email protected] 2 Coautora: Doutora em Educação, Prof.ª Adjunta da Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Educação/Itabaiana (DEDI) e do Núcleo de pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe/UFS. E-mail: [email protected] 1 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1998, p. 19). Dentre as maiores dificuldades enfrentadas pelos alunos e alunas nos estágios, destacam-se as condições precárias de espaço físico. O estagiário e a estagiária se veem perplexos. As dificuldades são muitas, as queixas são diárias, pois se o professor, mesmo diplomado, nunca está preparado, essa realidade torna-se mais complicada para o estagiário que se encontra em pleno processo de formação, como endossa o autor: Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença entre o inacabado e o ser determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se inacabado. Gosto de ser gente porque, como tal, percebo afinal que a construção de minha presença no mundo, que não se faz no isolamento, isenta da influência das forças sociais, que não se compreende fora da tensão entre o que herdo geneticamente e o que herdo social, cultural e historicamente, tem muito a ver comigo mesmo. (FREIRE,1996, p. 53) O estagiário e a estagiária, na condição de sujeitos inacabados, se encontram perplexos com os problemas em sala de aula. Os professores têm reclamado muito das condições de trabalho na escola. A escola pública não dispõe de tudo que o professor precisa para atender aos alunos e a toda comunidade escolar. Falta o estímulo do professor devido à falta de material didático adequado para o trabalho em sala de aula. O autor enfatiza que: Cabe reconhecer que a razão da escolha da prática pedagógica do professor como objeto de investigação visa justamente buscar uma explicação mais real de todo esse movimento, no intuito de lograr uma contribuição mais efetiva ao mesmo. Ao proceder a caminhada da investigação, todavia, essas bandeiras começaram a adquirir dimensões antes não percebidas, a ponto de, agora, sofrerem um questionamento não quanto ao seu mérito, mas quanto aos seus fundamentos. (WENZEL, 1994, p. 95) O presente artigo tem como objetivo pensar, a partir das queixas frequentes da docência nos estágios dos formandos e formandas em Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto Carvalho, em Itabaiana, os efeitos do estágio na formação do professor, associando-a com a realidade circundante a partir de uma análise reflexiva dos estagiários e observando a atuação desta instituição e do docente. Pois, é um trabalho muito significativo para minha formação. Traz também uma breve discussão que abrange vários aspectos da instituição, educadores e família no processo de ensino aprendizagem dos alunos na regência nas escolas. Como explica Freire: 2 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. “A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos”. (FREIRE 1996, p. 32) Muitos alunos e alunas reconhecem sua importância e as contribuições para formação do professor na sociedade. É direito de todo formando estagiar em qualquer escola da rede pública, mas tem “alguns professores” que não aceitam estagiários em suas turmas de ensino. Esse fato se delineia como um impasse, pois todo professor, porém precisou um dia estagiar em alguma escola e turma de algum professor, mas tem professor que não reconhece que os estagiários precisam de uma turma para aplicar sua prática e congregá-la à teoria. Por isso, os estagiários têm enfrentado muitos problemas para aplicar a prática, porque a escola não oferece um suporte, e a Universidade também não se responsabiliza com as tarefas que os alunos vão desenvolver. Isso, por seu turno, deixa os estagiários tensos sem saber o que aplicar com os alunos, levando-os a fazerem o que podem mediante as possibilidades limitadas, por isso devem-se repensar práticas que de alguma forma viabilize este processo. A realização de regência no estágio deve ser mais valorizada na formação de professor. Nesse sentido, tem como indagação principal: Quais as queixas, espantos e dificuldades enfrentados na regência pelos os alunos e alunas na formação de professor nos estágios no interior da escola e como são enfrentadas por esses (as) estagiários (as)? DESENVOLVIMENTO Na maioria das vezes, portanto, os estagiários ficam sem saber o que fazer frente ao desafio de ensinar, posto que estão inseridos numa situação pioneira. O estagiário prepara uma aula, mas quando vai aplicar tudo acontece de outra maneira, porque durante as aulas, ocorrem vários imprevistos e situações que o desmotiva, mas os professores sempre tentam apaziguar, afirmando que os estagiários não precisam se preocupar, porque os desafios são muitos e, na maioria das vezes, os conteúdos não dão para serem trabalhados durante o ano. As indagações são muitas, e os desafios são multiplicados. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996, p. 47), 3 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Freire (1996) reforça que: “ensinar não é transferir conhecimento, mas mediar a relação do/a discente juntamente com o saber e o conhecimento, para que ele possa desenvolver suas habilidades e construir caminhos que lhe proporcione o aprendizado. O conhecimento o aluno se constrói com o passar do tempo. Nesse sentido, vale mencionar que as questões da docência no ponto alto do estágio e formação de professor remetem alguns pesquisadores aos fenômenos sociais, revelando que o estágio é muito importante para o graduando e graduanda em fase de formação”. TRILHA METODOLÓGICA: PESQUISA PARTICIPATIVA. A pesquisa foi desenvolvida através de uma abordagem qualitativa, que designa captar informações de fenômenos educacionais, bem como da realidade dos estágios de acordo com André (1995) e Ludike (1998) captar informações de fenômenos educacionais. Assim, para realização de meu trabalho utilizei a pesquisa de campo que considero mais simplificativa pelo fato de utilizar técnicas fundamentais para a coleta de dados. Nesta pesquisa foi empregado o método interrogativo chave para o processo de ponderação dos dados e fatos presentes durante os procedimentos básicos. Projeto do tipo pesquisa-ção, porque eu também vivi as experiências de estágios, cujo objeto de investigação é mais amplo a fim de que venha servir de análise na realidade da regência no estágio supervisionado III. Para obter os resultados, serviram de sujeitos os (as) alunos (as) de Pedagogia do estágio supervisionado III em escolas públicas de Itabaiana, a universidade e as escolas credenciadas para estágios. Foram aplicados questionários com alunos (as) formandos do curso de Pedagogia que já têm experiências e conhecimentos de regência nos estágios. Os instrumentos utilizados na referida pesquisa para a coleta de dados foram os questionários na turma de Pedagogia do 10º período da Universidade Federal de Sergipe, Campus de Itabaiana. Recolheu-se através do interrogativo do informante os dados da pesquisa sobre a docência no estágio, e como eles enfrentaram as inquietações, as queixas e os desafios na educação depois do estágio nos dias atuais, como reforçam as autoras: [...] quando se dá conta de que é observável, abrase-se um caminho para questionamentos e novas hipóteses. De forma inteiramente complementar, a entrevista de explicitação permite a verbalização da maneira como o estagiário trata a informação que obtém na classe, tornando possível, por essa transposição em palavras, uma tomada de consciência que, em contrapartida, modificará sua ação pedagógica posterior”. (MURAD e GRUMAN, 2001, p. 130) 4 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. O segundo instrumento tem importância fundamental nas ciências, porque eu estou incluso na pesquisa, sendo por meio dela que depende o valor de todos os outros processos, fato que exige condições físicas intelectuais. Análise dos dados é um processo fundamental na pesquisa, e esta tem um caráter quantitativo e qualitativo, sendo que, os dados do problema em questão foram analisados. Desse modo, criamos códigos para relacionar as análises em estudo. Os dados estatísticos e descritos, serão apresentados e têm como objetivo uma reflexão crítica sobre o estágio. “Ninguém conclui as horas de estágio ileso. Na passagem dos estagiários pela escola constatam-se ricas possibilidades de estudo, de conhecimento, de compreensão da docência e, enfim, da complexidade do ofício do professor. O estágio representa mais do que uma vivência breve da atividade de ensino, mais do que o cumprimento de exigências burocráticas, mais do que o confronto entre teoria e prática ou elo e, até, o diálogo entre a universidade e a instituição escolar. Revela-se, numa outra perspectiva, o estágio como uma práxis que tem como móbile a iniciação científica aliada a iniciação do trabalho docente, ou seja, uma experiência, porque experimenta e vive a prática, ainda que inicial, do trabalho docente com seu cheiro, suas rugas, suas tensões”. (ROMÃO... [et al.], 2013, p. 28) Os autores explicam que os (as) estagiários (as) depois que concluem o estágio não são mais os mesmos. Vale ressaltar que na passagem dos (as) estudantes pela escola constatam-se ricas possibilidades de estudo, de experiências, de um olhar crítico e numa compreensão melhor sobre a docência. DIFICULDADES/QUEIXAS * Condições precárias de espaço físico - O estagiário e a estagiária se veem perplexos. * Inexperiência ou despreparo – Vale dizer que se é certo que nem mesmo o professor, mesmo diplomado, nunca está preparado, essa realidade torna-se mais complicada para o estagiário que se encontra em pleno processo de formação. * O estagiário, muitas das vezes, é mal aproveitado na escola - o tempo que fica na secretaria, é um desperdício e, o professor “modelo”, nem sempre é um modelo a ser seguido... * É difícil lidar com as tensões - muitos ficam tensos e sem saber o que aplicar para os alunos em sala de aula, mas a maioria tem feito seus trabalhos na escola pelo plano do professor que nem sempre serve de referência; “Essas tensões vêm fazendo parte do movimento de renovação pedagógica das últimas décadas e vêm fazendo parte da construção de um novo perfil de docente. Podemos lembrar as vinculações buscadas entre conhecimentos escolares e cidadania e a luta pela inclusão social e cultural, pela igualdade e diversidade. Há 5 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. manifestações muito ricas na tentativa de abrir os conteúdos de nossa docência” (ARROUYO, 2009, p. 78). * Hora H – (regência). Foi fácil constatar que o momento de maior dificuldade para a maioria das entrevistadas, é na hora da regência, embora superadas na medida que a relação com as criança ia se constituindo. De acordo com o balanço dos dados, a afirmação seguinte revela que: “As maiores dificuldades foram na regência, pois não se sentiram à vontade para assumir uma turma”. (ex-estagiária pedagogia, 2013/1) * Alguns dos professores parecem nem gostar de crianças e até do que fazem. A FORMAÇÃO DE PROFESSOR: QUEIXAS E INDAGAÇÕES. Este item descrevem-se as queixas, desafios, indagações, colocações e sugestões das entrevistas através dos questionários aplicados com graduandos de pedagogia. Com base nos estudos apresentados na Fundamentação Teórica, apresentadas neste item a análise dos dados coletados e os resultados obtidos neste estudo. Como o autor reforça: Há necessidade de se reverem” legalmente as determinações sobre os estágios, no sentido de se recuperar a sua realização; impedindo o velho teatro: alunos fingindo que aprendem professores fingindo que ensinam, todos aplaudindo sem saber qual é o autor da peça. As bilheterias estão se esvaziando, e a peça insiste em ficar em cartaz, sem as devidas reformulações. (PICONEZ apud SOUZA, 2006, p. 71) Observa-se que o autor está criticando a forma que o professor trabalha em sala de aula, alunos fingem que aprendem e professor finge que ensina algo que pude perceber na escola nos estágios I, II, III e IV e também no PIBID/Pedagogia que a maioria diz “vocês que estão se formando para serem professores se preparem, porque em sala de aula não é tudo que os professores formadores dizem, na universidade a coisa é bem diferente, palavras que na maioria das vezes deixa o estagiário desanimado, mas o professor deve pesquisar sempre para se aperfeiçoar cada vez mais na vida profissional, principalmente o estagiário em fase de formação”, Como endossa o autor: A emergência dessas investigações para a formação docente vem se consolidando no espaço acadêmico, ao reafirmar o papel da pesquisa tanto em relação à formação de professores quanto ao desenvolvimento pessoal e profissional, articulando-se com categorias teóricas no campo dos saberes docentes, repertórios de conhecimento, da identidade e da história de vida como dispositivo de formação inicial e continuada, implicando outras compreensões sobre a prática e o lugar que ocupa a prática no espaço de formação, por indicarem pressupostos teóricos diferentes daqueles defendidos pela racionalidade técnica como viés único e como verdade absoluta para a formação. (SOUZA, 2006, p. 156) 6 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Segundo o autor, o estagiário na prática de ensino regência deve investigar todo o espaço escolar e buscar alternativas que lhe proporcione para uma formação pessoal e profissional de qualidade, não deve esquecer que as ideias teóricas não devem caminhar juntas no desenvolvimento e aprendizado do estagiário. A formação inicial e continuada é uma técnica que o professor deve carregar sempre em sua vida profissional. O estagiário deve falar de suas narrativas de vida no estágio como algo de bom proveito, mas a maioria reclama que é cansativo fazer um relatório sobre tudo que observou e aplicou em sala de aula. Dessa forma, o estágio marca uma etapa muito importante na vida do graduando, Como reforça o autor: A percepção construída sobre o trabalho de estágio como sendo cansativo, mas enriquecedor e oportuno aparece com regularidade nas narrativas, por tomar a escrita como base das atividades desenvolvidas. O processo de escrita da narrativa remete o sujeito a viver, enquanto ator e autor, sua singularidade, a partir do investimento em sua interioridade e no conhecimento de si que as atividades de pesquisa e de registros sobre si a escrita da trajetória de escolarização ou do diário de formação suscitam, enquanto atividades formadoras que antecedem e que marcam o estágio. (SOUZA, 2006, p. 158). CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa tratou das queixas, inquietações e desafios de estágio das graduandas de Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe. Apesar de muitos problemas e dificuldades para realização da pesquisa conseguir fazer as entrevistas sobre estágio supervisionado III com a maioria das alunas selecionadas. O Estágio Supervisionado III foi uma prática muito importante para minha formação. Podemos perceber que a prática de estágio na Escola é de grande importância para o desenvolvimento do graduando, e fornece aos estagiários experiências para uma formação profissional de qualidade. Outrossim, no Estágio Supervisionado III, me senti muito bem acolhido pela equipe diretiva, professores e alunos, fui bem recebido e fiz tudo que pude durante todas as atividades. Portanto, através do estágio Supervisionado III durante as observações e as práticas, foi fundamental para se preparar para enfrentar uma sala de aula e perceber sua importância para o desenvolvimento do processo educativo, fornecendo habilidades, experiências indescritíveis de tudo que podemos ver e fazer em uma sala de aula. Considera-se que a pesquisa realizada na Universidade Federal de Sergipe Campus de Itabaiana, trouxe resultados significativos acerca das dificuldades, queixas, inquietações, implicações e desafios encontrados pelas graduandas no processo de formação através do Estágio Supervisionado III entre as quais destaca-se aqui algumas: A experiência obtida com o trabalho foi gratificante e relevante em vários aspectos educacionais. Os questionamentos servirão como 7 ANAIS DO VI FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES E II CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ISSN 2176-7033 conhecimentos para minha formação docente. 28 a 30 de novembro de 2013 UFS–Itabaiana/SE, Brasil. Foi possível analisar que todo o processo de aprendizagem está articulado com a visão de cada sujeito, a aprendizagem se dá no decorrer do tempo. Portanto, este trabalho trouxe de forma gratificante e valiosa através dos estudos teóricos e das práticas do estágio do PIBID/Pedagogia que apliquei na escola nos anos iniciais do ensino fundamental menor, experiências de vida. Para mim, com essa pesquisa foi possível compreender que para o graduando e graduanda ter resultado na formação é preciso desde início da formação uma base de qualidade que desperte o gosto e o interesse pela formação e afirmação no magistério. E, Mais que isso, a certeza que vale a pena ser professor. REFERÊNCIAS ADA, Augusta Celestino Bezerra, NASCIMENTO, Marilene Batista da Cruz, SANTANA, Edineide... [et al]. A Questão da prática e da teoria na formação do professor / organização. – Fortaleza: Edições UFC, 2012. ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. – Campinas, SP: Papirus, 1995. – (Série Prática Pedagógica). ARROYO, Miguel G. O ofício do Mestre: Imagens e auto-imagens. Petrópolis: RJ: Vozes, 2000. ARROYO, Miguel G. 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